Pub Date : 2024-11-26DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104466
João Paulo da Silva-Sampaio , Raniela Borges Sinimbu , Julia Trece Marques , Abilio Francisco de Oliveira Neto , Livia Melo Villar
A retrospective and cross-sectional study was carried out on blood donors from Piauí State located at Northeastern Brazil to evaluate the prevalence of Hepatitis E Virus (HEV) infection. Serum samples were tested for anti-HEV IgG and IgM using electrochemiluminescence and HEV RNA was tested using real time PCR. A total of 890 individuals were included with median age of 33.4 years and most of them were male and lived at Mid-Northern region of the State. Prevalences of anti-HEV IgG and IgM were 1.35 % and 0.11 %, respectively. None HEV-RNA was detected. This study demonstrated low prevalence of HEV infection in blood donors in this region.
{"title":"Seroprevalence of hepatitis E virus infection in blood donors from Piauí State, Northeast Brazil","authors":"João Paulo da Silva-Sampaio , Raniela Borges Sinimbu , Julia Trece Marques , Abilio Francisco de Oliveira Neto , Livia Melo Villar","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104466","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104466","url":null,"abstract":"<div><div>A retrospective and cross-sectional study was carried out on blood donors from Piauí State located at Northeastern Brazil to evaluate the prevalence of Hepatitis E Virus (HEV) infection. Serum samples were tested for anti-HEV IgG and IgM using electrochemiluminescence and HEV RNA was tested using real time PCR. A total of 890 individuals were included with median age of 33.4 years and most of them were male and lived at Mid-Northern region of the State. Prevalences of anti-HEV IgG and IgM were 1.35 % and 0.11 %, respectively. None HEV-RNA was detected. This study demonstrated low prevalence of HEV infection in blood donors in this region.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"29 1","pages":"Article 104466"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142699046","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-11-26DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104481
Balbina Chilombo Albano, Leticia Ramos Dantas, Gabriel Burato Ortis, Paula Hansen Suss, Felipe Francisco Tuon
Background
Treating NDM-producing bacteria poses a significant challenge, especially for those bacteria inherently resistant to polymyxin, such as Serratia marcescens, necessitating combined therapies.
Objective
To assess in vitro the synergistic effect of different antimicrobial combinations against NDM-producing S. marcescens.
Methods
Four clinical isolates were tested with various antibiotic combinations: polymyxin, amikacin, meropenem, and aztreonam. Concentrations used were those maximized by pharmacokinetic and pharmacodynamic assessments. Synergy evaluation involved a static macrodilution test followed by a time-kill curve assay.
Results
All four isolates demonstrated resistance according to CLSI and EUCAST standards for the tested antibiotics (polymyxin, amikacin, meropenem, and aztreonam). In the macrodilution synergy test, the combination of aztreonam and amikacin was active in 2 out of 4 isolates within 24 h, and polymyxin with meropenem in only one isolate, despite of intrinsic resistance to polymyxin. However, time-kill curve analysis revealed no synergism or additive effect for combinations with the tested antimicrobials.
Conclusion
Combinations of polymyxin, meropenem, aztreonam, and amikacin at doses optimized by pharmacokinetic/pharmacodynamic were insufficient to demonstrate any synergism in NDM-producing S. marcescens isolates in time-kill curves.
{"title":"Combined therapeutic option for NDM-producing Serratia Marcescens – an in vitro study from clinical samples","authors":"Balbina Chilombo Albano, Leticia Ramos Dantas, Gabriel Burato Ortis, Paula Hansen Suss, Felipe Francisco Tuon","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104481","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104481","url":null,"abstract":"<div><h3>Background</h3><div>Treating NDM-producing bacteria poses a significant challenge, especially for those bacteria inherently resistant to polymyxin, such as <em>Serratia marcescens</em>, necessitating combined therapies.</div></div><div><h3>Objective</h3><div>To assess in vitro the synergistic effect of different antimicrobial combinations against NDM-producing <em>S. marcescens</em>.</div></div><div><h3>Methods</h3><div>Four clinical isolates were tested with various antibiotic combinations: polymyxin, amikacin, meropenem, and aztreonam. Concentrations used were those maximized by pharmacokinetic and pharmacodynamic assessments. Synergy evaluation involved a static macrodilution test followed by a time-kill curve assay.</div></div><div><h3>Results</h3><div>All four isolates demonstrated resistance according to CLSI and EUCAST standards for the tested antibiotics (polymyxin, amikacin, meropenem, and aztreonam). In the macrodilution synergy test, the combination of aztreonam and amikacin was active in 2 out of 4 isolates within 24 h, and polymyxin with meropenem in only one isolate, despite of intrinsic resistance to polymyxin. However, time-kill curve analysis revealed no synergism or additive effect for combinations with the tested antimicrobials.</div></div><div><h3>Conclusion</h3><div>Combinations of polymyxin, meropenem, aztreonam, and amikacin at doses optimized by pharmacokinetic/pharmacodynamic were insufficient to demonstrate any synergism in NDM-producing <em>S. marcescens</em> isolates in time-kill curves.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"29 1","pages":"Article 104481"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142699045","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-11-01DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104426
Eduarda Raunheitti Giesteira, Maria Eduarda Gonandy Araujo, Gabriella Lima Pereira da Silva, Juliana Dias de Souto Pereira, Emily Perdomo da Silva Santos, Lara Ramos do Prado, Maria Eduarda Cruz do Bonfim de Sena, Andre Ricardo Araújo da Silva
A sífilis congênita (SC) ocorre em virtude da disseminação hematogênica da bactéria Treponema pallidum, da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto por via transplacentária em qualquer fase gestacional ou por meio do contato com o canal de parto, se presença de lesões genitais maternas. O presente estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico da SC no estado do Rio de Janeiro no período de 2010 a 2022. Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo que utilizou dados públicos do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e do IBGE. Foram analisados os casos confirmados de sífilis congênita, no período de 2010 a 2022, de acordo com o ano de notificação, com a microrregião IBGE de notificação, com a escolaridade materna, com a faixa etária materna, com o tratamento dos parceiros e segundo a classificação final de aborto/natimorto por sífilis. Calculou-se a prevalência de sífilis congênita a cada 100 habitantes das microrregiões do IBGE. Além disso, foram calculadas a incidência de sífilis na gravidez na adolescência e a taxa de letalidade da SC. Durante o período analisado houve 45.875 casos confirmados de sífilis congênita no estado do Rio de Janeiro. A microrregião do IBGE com maior prevalência foi o Rio de Janeiro (0,33 casos/ 100 habitantes). Ademais, foi possível observar que 27% dos casos são de mães que possuem como nível de escolaridade o ensino fundamental incompleto e apenas 0,45% das mulheres possuíam nível superior completo. A análise do tratamento dos parceiros de mulheres com diagnóstico confirmado mostrou que somente 10% realizaram o tratamento para sífilis. Além disso, notou-se que a incidência de SC dentre as gravidezes na adolescência no estado foi de 2,62 casos/ 100 gravidezes de jovens de 10 a 19 anos e dentre os casos de SC confirmados, 25,52% eram mães nesta faixa etária. Por fim, percebeu-se que a taxa de letalidade da SC foi de 1,768 para cada 100 casos confirmados. Notou-se uma forte relação entre os casos de SC e a baixa escolaridade materna e com gravidez na adolescência, enfatizando possíveis correlações entre situações de vulnerabilidade social. A baixa taxa de tratamento de parceiros é alarmante para a saúde pública assim como a taxa de letalidade. A prevenção e o rastreio de SC é essencial, feita pela Estratégia da Saúde da Família, a fim de garantir o diagnóstico e o tratamento precoces. Palavras-chave: Sífilis congênita, Infecções Sexualmente transmissíveis, Treponema pallidum. Conflitos de interesse: Não houve conflitos de interesse. Ética e financiamentos: Declarações de interesse: Nenhum.
{"title":"ESTUDO ECOLÓGICO RETROSPECTIVO DE SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2010-2022","authors":"Eduarda Raunheitti Giesteira, Maria Eduarda Gonandy Araujo, Gabriella Lima Pereira da Silva, Juliana Dias de Souto Pereira, Emily Perdomo da Silva Santos, Lara Ramos do Prado, Maria Eduarda Cruz do Bonfim de Sena, Andre Ricardo Araújo da Silva","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104426","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104426","url":null,"abstract":"<div><div>A sífilis congênita (SC) ocorre em virtude da disseminação hematogênica da bactéria Treponema pallidum, da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto por via transplacentária em qualquer fase gestacional ou por meio do contato com o canal de parto, se presença de lesões genitais maternas. O presente estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico da SC no estado do Rio de Janeiro no período de 2010 a 2022. Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo que utilizou dados públicos do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e do IBGE. Foram analisados os casos confirmados de sífilis congênita, no período de 2010 a 2022, de acordo com o ano de notificação, com a microrregião IBGE de notificação, com a escolaridade materna, com a faixa etária materna, com o tratamento dos parceiros e segundo a classificação final de aborto/natimorto por sífilis. Calculou-se a prevalência de sífilis congênita a cada 100 habitantes das microrregiões do IBGE. Além disso, foram calculadas a incidência de sífilis na gravidez na adolescência e a taxa de letalidade da SC. Durante o período analisado houve 45.875 casos confirmados de sífilis congênita no estado do Rio de Janeiro. A microrregião do IBGE com maior prevalência foi o Rio de Janeiro (0,33 casos/ 100 habitantes). Ademais, foi possível observar que 27% dos casos são de mães que possuem como nível de escolaridade o ensino fundamental incompleto e apenas 0,45% das mulheres possuíam nível superior completo. A análise do tratamento dos parceiros de mulheres com diagnóstico confirmado mostrou que somente 10% realizaram o tratamento para sífilis. Além disso, notou-se que a incidência de SC dentre as gravidezes na adolescência no estado foi de 2,62 casos/ 100 gravidezes de jovens de 10 a 19 anos e dentre os casos de SC confirmados, 25,52% eram mães nesta faixa etária. Por fim, percebeu-se que a taxa de letalidade da SC foi de 1,768 para cada 100 casos confirmados. Notou-se uma forte relação entre os casos de SC e a baixa escolaridade materna e com gravidez na adolescência, enfatizando possíveis correlações entre situações de vulnerabilidade social. A baixa taxa de tratamento de parceiros é alarmante para a saúde pública assim como a taxa de letalidade. A prevenção e o rastreio de SC é essencial, feita pela Estratégia da Saúde da Família, a fim de garantir o diagnóstico e o tratamento precoces. <strong>Palavras-chave:</strong> Sífilis congênita, Infecções Sexualmente transmissíveis, Treponema pallidum. <strong>Conflitos de interesse:</strong> Não houve conflitos de interesse. <strong>Ética e financiamentos: Declarações de interesse:</strong> Nenhum.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104426"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657474","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-11-01DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104384
Fabiana Siroma , Edson Abdala , Stefanie Lima do Nascimento Castro , Wellington Andraus , Luiz Augusto Carneiro D´Álbuquerque , Alice Tung Wan Song
Background
Liver transplantation is the treatment for many end-stage liver diseases and hepatocellular carcinoma but shortage of available organs poses significant challenge. Many centers have used grafts from donors with positive anti-HBc serology but concerns about potential hepatitis B virus reactivation and de novo hepatitis B infection have raised questions about the safety of this approach. This study aimed to evaluate the survival of liver transplant recipients from anti-HBc-positive-donors and assess the risk of hepatitis B reactivation and de novo hepatitis B.
Patients and methods
A retrospective single-center cohort study was conducted from 2002 to 2018, comparing who received grafts from anti-HBc-positive-donors to those from anti-HBc-negative-donors. The primary outcome was survival and description cases of hepatitis B reactivation/de novo hepatitis B.
Results
We analyzed 1,111 liver transplants, in which 993 (89 %) received grafts from anti-HBc-negative-donors and 118 (11 %) from anti-HBc-positive-donors. Median age of recipients from anti-HBc-positive donors was 56 years and from anti-HBc-negative donors was of 53 years (p = 0.001). Male sex was predominant in both groups. Factors associated with death in multivariate analysis were retransplantation, early allograft dysfunction, high MELD, recipient over 60 years and female donor. The utilization of grafts from anti-HBc-positive-donors did not increase mortality. The majority of HBV reactivation and de novo hepatitis B occurred in anti-HBc positive recipients. The risk of hepatitis B reactivation/de novo hepatitis B was low and manageable.
Conclusion
The study supports safety of liver grafts from anti-HBc-positive donors when employing antiviral prophylaxis. These findings contribute to expand donor options and improve patient outcomes
{"title":"Survival after liver transplantation from hepatitis B-core positive donors at a quaternary care hospital in Brazil","authors":"Fabiana Siroma , Edson Abdala , Stefanie Lima do Nascimento Castro , Wellington Andraus , Luiz Augusto Carneiro D´Álbuquerque , Alice Tung Wan Song","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104384","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104384","url":null,"abstract":"<div><h3>Background</h3><div>Liver transplantation is the treatment for many end-stage liver diseases and hepatocellular carcinoma but shortage of available organs poses significant challenge. Many centers have used grafts from donors with positive anti-HBc serology but concerns about potential hepatitis B virus reactivation and <em>de novo</em> hepatitis B infection have raised questions about the safety of this approach. This study aimed to evaluate the survival of liver transplant recipients from anti-HBc-positive-donors and assess the risk of hepatitis B reactivation and <em>de novo</em> hepatitis B.</div></div><div><h3>Patients and methods</h3><div>A retrospective single-center cohort study was conducted from 2002 to 2018, comparing who received grafts from anti-HBc-positive-donors to those from anti-HBc-negative-donors. The primary outcome was survival and description cases of hepatitis B reactivation/<em>de novo</em> hepatitis B.</div></div><div><h3>Results</h3><div>We analyzed 1,111 liver transplants, in which 993 (89 %) received grafts from anti-HBc-negative-donors and 118 (11 %) from anti-HBc-positive-donors. Median age of recipients from anti-HBc-positive donors was 56 years and from anti-HBc-negative donors was of 53 years (<em>p</em> = 0.001). Male sex was predominant in both groups. Factors associated with death in multivariate analysis were retransplantation, early allograft dysfunction, high MELD, recipient over 60 years and female donor. The utilization of grafts from anti-HBc-positive-donors did not increase mortality. The majority of HBV reactivation and <em>de novo</em> hepatitis B occurred in anti-HBc positive recipients. The risk of hepatitis B reactivation/de novo hepatitis B was low and manageable.</div></div><div><h3>Conclusion</h3><div>The study supports safety of liver grafts from anti-HBc-positive donors when employing antiviral prophylaxis. These findings contribute to expand donor options and improve patient outcomes</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 6","pages":"Article 104384"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142482051","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-11-01DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104433
Simone Aranha Nouér , Kaio Nathan Alvarenga , Luiza Leite Carvão , Anna Carla Castiñeiras , Luiz Felipe A. Guimarães , Henrique Leandro Reis Rocha , Maria da Glória Carvalho Barreiros
Introdução e objetivo
infecções fúngicas invasivas continuam sendo um desafio para pacientes hospitalizados, com alta mortalidade. Na pandemia de COVID-19, observou-se um aumento das infecções causadas por leveduras. O objetivo deste trabalho foi avaliar a epidemiologia das candidemias após a diminuição da pandemia.
Material e métodos
De 2017-2019 (período pré-pandemia), 2020-2022 (durante) e 2023-2024 (após), todas as hemoculturas positivas no sistema BactAlert® ao exame direto para leveduras foram encaminhadas ao Laboratório de Micologia para serem identificadas pelos métodos tradicionais (auxanograma e zimograma) e automatizado (Vitek2®). Uso do meio de Chromoagar®, Chromoagar plus® ou Malditof® foram utilizados para determinação da espécie de Candida. Apenas os pacientes assistidos no hospital foram acompanhados; somente a primeira hemocultura de cada paciente foi considerada; dados clínicos e epidemiológicos foram avaliados. A incidência anual de candidemia foi calculada considerando o número de admissões hospitalares. As diferenças entre as incidências foram calculadas pelo método de Poisson; valor de p < 0,05 foram considerados significativos.
Resultados
166 episódios foram acompanhados desde 2017. A incidência de candidemia variou de 1,2 episódios por 1000 admissões (pré-pandemia), 4,3 (durante a pandemia) a 2,7 (após). As espécies mais frequentes continuam sendo C. albicans (n = 57), C. parapsilosis (n = 47), C. tropicalis (n = 41) e C. glabrata (n = 16). Duas cepas de C. haemulonii e uma C. pelliculosa foram confirmadas. Nenhuma cepa foi identificada como C. auris. A incidência de candidemia aumentou desde o início da pandemia (de 1,2 para 2,8; p = 0,0001) e considerando apenas os pacientes que não tiveram COVID-19, manteve-se alta (2,5; p = 0,6). A incidência de C. albicans e C. tropicalis voltou ao nível da pré-pandemia (0,9 e 0,3; respectivamente). Entretanto, a incidência de C. parapsilosis aumentou de 0,3 (pré-pandemia) para 1,2 (pós-pandemia; p = 0,0015). Os pacientes com infecção por C. parapsilosis não tiveram relação temporal ou espacial. Após o início da pandemia, observamos que a maioria destes pacientes foram procedentes de clínicas de hemodiálise.
Conclusões
Após a diminuição da pandemia, a incidência de candidemia se manteve alta nos pacientes hospitalizados. Candida parapsilosis emergiu como patógeno mais prevalente.
Palavras-chave
Candidemia, Epidemiologia, COVID-19.
Conflitos de interesse
Nenhum autor tem conflitos de interesse.
Ética e financiamentos
Sem financiamento especifico. Projeto aprovado pelo CEP HUCFF
{"title":"MUDANÇA NA EPIDEMIOLOGIA DE CANDIDEMIA: DADOS DE UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE","authors":"Simone Aranha Nouér , Kaio Nathan Alvarenga , Luiza Leite Carvão , Anna Carla Castiñeiras , Luiz Felipe A. Guimarães , Henrique Leandro Reis Rocha , Maria da Glória Carvalho Barreiros","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104433","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104433","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução e objetivo</h3><div>infecções fúngicas invasivas continuam sendo um desafio para pacientes hospitalizados, com alta mortalidade. Na pandemia de COVID-19, observou-se um aumento das infecções causadas por leveduras. O objetivo deste trabalho foi avaliar a epidemiologia das candidemias após a diminuição da pandemia.</div></div><div><h3>Material e métodos</h3><div>De 2017-2019 (período pré-pandemia), 2020-2022 (durante) e 2023-2024 (após), todas as hemoculturas positivas no sistema BactAlert® ao exame direto para leveduras foram encaminhadas ao Laboratório de Micologia para serem identificadas pelos métodos tradicionais (auxanograma e zimograma) e automatizado (Vitek2®). Uso do meio de Chromoagar®, Chromoagar plus® ou Malditof® foram utilizados para determinação da espécie de Candida. Apenas os pacientes assistidos no hospital foram acompanhados; somente a primeira hemocultura de cada paciente foi considerada; dados clínicos e epidemiológicos foram avaliados. A incidência anual de candidemia foi calculada considerando o número de admissões hospitalares. As diferenças entre as incidências foram calculadas pelo método de Poisson; valor de p < 0,05 foram considerados significativos.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>166 episódios foram acompanhados desde 2017. A incidência de candidemia variou de 1,2 episódios por 1000 admissões (pré-pandemia), 4,3 (durante a pandemia) a 2,7 (após). As espécies mais frequentes continuam sendo C. albicans (n = 57), C. parapsilosis (n = 47), C. tropicalis (n = 41) e C. glabrata (n = 16). Duas cepas de C. haemulonii e uma C. pelliculosa foram confirmadas. Nenhuma cepa foi identificada como C. auris. A incidência de candidemia aumentou desde o início da pandemia (de 1,2 para 2,8; p = 0,0001) e considerando apenas os pacientes que não tiveram COVID-19, manteve-se alta (2,5; p = 0,6). A incidência de C. albicans e C. tropicalis voltou ao nível da pré-pandemia (0,9 e 0,3; respectivamente). Entretanto, a incidência de C. parapsilosis aumentou de 0,3 (pré-pandemia) para 1,2 (pós-pandemia; p = 0,0015). Os pacientes com infecção por C. parapsilosis não tiveram relação temporal ou espacial. Após o início da pandemia, observamos que a maioria destes pacientes foram procedentes de clínicas de hemodiálise.</div></div><div><h3>Conclusões</h3><div>Após a diminuição da pandemia, a incidência de candidemia se manteve alta nos pacientes hospitalizados. Candida parapsilosis emergiu como patógeno mais prevalente.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Candidemia, Epidemiologia, COVID-19.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Nenhum autor tem conflitos de interesse.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos</h3><div>Sem financiamento especifico. Projeto aprovado pelo CEP HUCFF</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104433"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657942","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-11-01DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104438
Nícolas de Albuquerque Pereira Feijóo , Rinaldo Siciliano Foccacia , Anna Maria Amaral de Oliveira , Diego Augusto Medeiros Santos , Tania Maria Strabelli , Giovanna Ianini Ferraiouli Barbosa , Rafael Quaresma Garrido , Cristiane da Cruz Lamas
Introdução/objetivos
Staphylococcus lugdunensis é um estafilococo coagulase negativo (ECN) anteriormente frequentemente identificado incorretamente como S. aureus. O uso rotineiro do MALDI-TOF MS no diagnóstico permitiu a identificação correta desse patógeno em anos recentes. Apesar de não ser um agente etiológico comum da endocardite infecciosa (EI), é reconhecido por sua apresentação clínica agressiva, semelhante ao S.aureus. A atualização dos critérios pela Duke-ISCVID passou a considerar S. lugdunensis como critério maior de EI. Nosso objetivo é apresentar uma série de casos de EI por S.lugdunensis (EISL) identificados em três centros brasileiros.
Métodos
Casos definitivos de IE de acordo com os critérios modificados de Duke incluídos prospectivamente com análise post hoc. Resultados foram apresentados como frequências e médias ± desvio padrão.
Resultados
Em nossa coorte prospectiva de EI em adultos seguidos em dois centros de referência para cirurgia cardíaca, SLIE representou 6/1165 (0,5%) dos casos de EI, e por 6/128 (4,7%) casos de EI por ECN. Como comparação, EI por S.aureus representou 140/1165 (12%). Paciente número 7 foi seguido em um terceiro centro. Idade média dos pacientes foi de 48.3 ± 25.9 anos; EI adquirida na comunidade ocorreu em 4 casos, EI associada a assistência à saúde não-nosocomial em 2, ambas relacionadas a hemodiálise, e EI hospitalar em 1. Predisposições a EI descritas foram: doença cardíaca congênita (3), valvopatia reumática (1) e esclerose valvar (1). Todos os pacientes apresentaram febre e valores elevados de proteína C-reativa; todos, com exceção de um paciente tiveram EI de válvulas esquerdas. Três pacientes tinham biopróteses e dois apresentaram EI concomitante de válvulas aórtica e mitral. Vegetações foram identificadas em 6/7 (86%), e a média do tamanho do maior diâmetro da vegetação foi de 12.9 ± 7.9mm. Embolização sistêmica ocorreu em 5/7 (71%) dos pacientes, bacteremia persistente e insuficiência cardíaca ocorreram em 3/7 (43%) cada. Foram submetidos à cirurgia cardíaca 5/7 (71%) pacientes e a mortalidade intra-hospitalar foi de 1/7 (14%). Conclusão: Esses são os primeiros relatos de casos de EISL no Brasil ao nosso conhecimento. EISL apresentou-se com curso agressivo, com múltiplas embolizações. Válvulas protéticas foram frequentemente envolvidas, possivelmente devido a viés de referenciamento. É notável que dois pacientes tiveram EI associado a hemodiálise, o que tem sido descrito na literatura recente.
{"title":"ENDOCARDITE INFECCIOSA POR S.LUGDUNENSIS: UMA SÉRIE DE CASOS MULTICÊNTRICA BRASILEIRA","authors":"Nícolas de Albuquerque Pereira Feijóo , Rinaldo Siciliano Foccacia , Anna Maria Amaral de Oliveira , Diego Augusto Medeiros Santos , Tania Maria Strabelli , Giovanna Ianini Ferraiouli Barbosa , Rafael Quaresma Garrido , Cristiane da Cruz Lamas","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104438","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104438","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução/objetivos</h3><div>Staphylococcus lugdunensis é um estafilococo coagulase negativo (ECN) anteriormente frequentemente identificado incorretamente como S. aureus. O uso rotineiro do MALDI-TOF MS no diagnóstico permitiu a identificação correta desse patógeno em anos recentes. Apesar de não ser um agente etiológico comum da endocardite infecciosa (EI), é reconhecido por sua apresentação clínica agressiva, semelhante ao S.aureus. A atualização dos critérios pela Duke-ISCVID passou a considerar S. lugdunensis como critério maior de EI. Nosso objetivo é apresentar uma série de casos de EI por S.lugdunensis (EISL) identificados em três centros brasileiros.</div></div><div><h3>Métodos</h3><div>Casos definitivos de IE de acordo com os critérios modificados de Duke incluídos prospectivamente com análise post hoc. Resultados foram apresentados como frequências e médias ± desvio padrão.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Em nossa coorte prospectiva de EI em adultos seguidos em dois centros de referência para cirurgia cardíaca, SLIE representou 6/1165 (0,5%) dos casos de EI, e por 6/128 (4,7%) casos de EI por ECN. Como comparação, EI por S.aureus representou 140/1165 (12%). Paciente número 7 foi seguido em um terceiro centro. Idade média dos pacientes foi de 48.3 ± 25.9 anos; EI adquirida na comunidade ocorreu em 4 casos, EI associada a assistência à saúde não-nosocomial em 2, ambas relacionadas a hemodiálise, e EI hospitalar em 1. Predisposições a EI descritas foram: doença cardíaca congênita (3), valvopatia reumática (1) e esclerose valvar (1). Todos os pacientes apresentaram febre e valores elevados de proteína C-reativa; todos, com exceção de um paciente tiveram EI de válvulas esquerdas. Três pacientes tinham biopróteses e dois apresentaram EI concomitante de válvulas aórtica e mitral. Vegetações foram identificadas em 6/7 (86%), e a média do tamanho do maior diâmetro da vegetação foi de 12.9 ± 7.9mm. Embolização sistêmica ocorreu em 5/7 (71%) dos pacientes, bacteremia persistente e insuficiência cardíaca ocorreram em 3/7 (43%) cada. Foram submetidos à cirurgia cardíaca 5/7 (71%) pacientes e a mortalidade intra-hospitalar foi de 1/7 (14%). Conclusão: Esses são os primeiros relatos de casos de EISL no Brasil ao nosso conhecimento. EISL apresentou-se com curso agressivo, com múltiplas embolizações. Válvulas protéticas foram frequentemente envolvidas, possivelmente devido a viés de referenciamento. É notável que dois pacientes tiveram EI associado a hemodiálise, o que tem sido descrito na literatura recente.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Endocardite Infecciosa, Lugdunensis, Estafilococos coagulase-negativo, Embolização, Hemodiálise.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Não houve conflitos de interesse.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos</h3><div>Não há conflito de interesse</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104438"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657869","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-11-01DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104441
Barbara Barreto Corrêa , Giovanna Groult da Silva , Caroline Conceição Araújo , Douglas Guedes Ferreira , Raiane Cardoso Chamon
Introdução/objetivos
Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) são frequentemente isolados de amostras de hemocultura, associados à infecção de corrente sanguínea. A ocorrência da pandemia da COVID-19 acarretou um aumento do uso de antibióticos, o que pode ter impactado na seleção de amostras multidroga resistentes. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar de forma retrospectiva amostras de S. aureus isoladas de hemoculturas de indivíduos admitidos em um Hospital Universitário (HU) do Rio de Janeiro, durante um período de nove anos (2014 – 2022).
Materiais e métodos
Os resultados do perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos das amostras identificadas foram analisados (PhoenixBDTM; BD Diagnostic Systems, Sparks, MD), sendo incluída apenas uma amostra por paciente. Resultados: Foram identificadas 330 amostras de S. aureus, dentre as quais, 153 MRSA (46,4%). Houve um aumento significativo (p-valor < 0,05) no isolamento de cepas MRSA a partir do ano de 2020 (62,2%), mantendo altas taxas de isolamento nos anos subsequentes (50,9%). Também se observou um aumento da resistência à eritromicina e gentamicina (p-valor < 0,005), associado a cepas MRSA (p-valor < 0,005). Entretanto, o aumento da resistência à gentamicina também foi observado para cepas sensíveis à meticilina (MSSA) (p-valor < 0,005). Cerca de 9% das amostras apresentaram concentração mínima inibitória (CMI) > 1,5 mg/L para vancomicina. Identificamos uma amostra resistente à daptomicina (isolada em 2019), duas resistentes à tigeciclina (2020 e 2021), três resistentes à linezolida (2017, 2020 e 2021) e seis resistentes à teicoplanina (2020, 2021 e 2022). Oito amostras MRSA sensíveis dose-dependente (I) à ceftarolina foram isoladas em 2020 (duas), 2021 (duas) e 2022 (quatro). Conclusões: A vigilância constante do isolamento de cepas de S. aureus, em especial MRSA, de amostras de hemocultura se faz necessária, em especial no contexto pós-pandemia, com o uso alarmante de antimicrobianos. O aumento do isolamento de amostras MRSA, assim como da resistência à eritromicina e gentamicina entre amostras isoladas no período da pandemia ressalta a importância do controle epidemiológico e microbiológico dessas infecções, além de sugerir que o uso exacerbado de macrolídeos pode ter contribuído para a seleção de cepas resistentes.
{"title":"IMPACTO DA PANDEMIA DA COVID-19 NA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADAS DE HEMOCULTURA","authors":"Barbara Barreto Corrêa , Giovanna Groult da Silva , Caroline Conceição Araújo , Douglas Guedes Ferreira , Raiane Cardoso Chamon","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104441","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104441","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução/objetivos</h3><div>Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) são frequentemente isolados de amostras de hemocultura, associados à infecção de corrente sanguínea. A ocorrência da pandemia da COVID-19 acarretou um aumento do uso de antibióticos, o que pode ter impactado na seleção de amostras multidroga resistentes. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar de forma retrospectiva amostras de S. aureus isoladas de hemoculturas de indivíduos admitidos em um Hospital Universitário (HU) do Rio de Janeiro, durante um período de nove anos (2014 – 2022).</div></div><div><h3>Materiais e métodos</h3><div>Os resultados do perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos das amostras identificadas foram analisados (PhoenixBDTM; BD Diagnostic Systems, Sparks, MD), sendo incluída apenas uma amostra por paciente. Resultados: Foram identificadas 330 amostras de S. aureus, dentre as quais, 153 MRSA (46,4%). Houve um aumento significativo (p-valor < 0,05) no isolamento de cepas MRSA a partir do ano de 2020 (62,2%), mantendo altas taxas de isolamento nos anos subsequentes (50,9%). Também se observou um aumento da resistência à eritromicina e gentamicina (p-valor < 0,005), associado a cepas MRSA (p-valor < 0,005). Entretanto, o aumento da resistência à gentamicina também foi observado para cepas sensíveis à meticilina (MSSA) (p-valor < 0,005). Cerca de 9% das amostras apresentaram concentração mínima inibitória (CMI) > 1,5 mg/L para vancomicina. Identificamos uma amostra resistente à daptomicina (isolada em 2019), duas resistentes à tigeciclina (2020 e 2021), três resistentes à linezolida (2017, 2020 e 2021) e seis resistentes à teicoplanina (2020, 2021 e 2022). Oito amostras MRSA sensíveis dose-dependente (I) à ceftarolina foram isoladas em 2020 (duas), 2021 (duas) e 2022 (quatro). Conclusões: A vigilância constante do isolamento de cepas de S. aureus, em especial MRSA, de amostras de hemocultura se faz necessária, em especial no contexto pós-pandemia, com o uso alarmante de antimicrobianos. O aumento do isolamento de amostras MRSA, assim como da resistência à eritromicina e gentamicina entre amostras isoladas no período da pandemia ressalta a importância do controle epidemiológico e microbiológico dessas infecções, além de sugerir que o uso exacerbado de macrolídeos pode ter contribuído para a seleção de cepas resistentes.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Staphylococcus aureus, Hemocultura, MRSA, COVID-19, Resistência antimicrobiana.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Não há conflitos de interesse.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos</h3><div>Declarações de interesse: nenhum</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104441"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657871","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-11-01DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104450
Thauane Pereira Nunes , Andreia D'Avila Freitas , Marcia Ferreira dos Santos Silva , Gabriela Franco Paes de Figueiredo , Nathália Antônio de Oliveira Velasco , Pedro Ramos Brandão de Melo , Angélica Caroline Ferreira , Natalia Chilinque Zambão da Silva
Introdução
A sepse é definida como uma resposta extrema do organismo a uma infecção e é considerada uma emergência médica com risco de vida. A adoção de estratégias educacionais de ensino para aprendizagem da sepse pode favorecer o desenvolvimento de conhecimento deste tema e propiciar identificação precoce, e assim, melhorar o desfecho dos pacientes.
Objetivos
Este estudo teve como objetivo implementar treinamento de sepse in loco para médicos emergencistas baseado em casos clínicos e avaliar se treinamento resultado em melhores resultados de assertividade no protocolo de sepse.
Materiais e métodos
Em janeiro de 2024, foi instituído em um hospital geral do Rio de Janeiro um grupo multidisciplinar de manejo e acompanhamento de pacientes adultos acima de 18 anos com sepse admitidos na emergência. Como ferramenta de melhoria de atendimento e desfecho, em maio de 2024, foi fornecido, via formulário Google Forms anônimo, casos clínicos para que os médicos respondessem as condutas a serem traçadas em cada situação e, em seguida, fornecido o gabarito comentado. Os temas escolhidos foram baseados em avaliação prévia das não conformidades de prescrição de antimicrobiano na sepse. Os temas incluíram: influenza, pielonefrite, litíase renal, diarreia e dengue. Posteriormente, a equipe da infectologia esteve in loco debatendo os casos e tirando as dúvidas.
Resultados
Dos 40 profissionais que prestam assistência, 38 responderam as perguntas dos casos clínicos. Cerca de 60% dos emergencistas acertou a conduta em relação a pielonefrite, 65% respondeu de forma correta o manejo de pneumonia e apenas 35% e 7% gabaritou o caso de diarreia e dengue, respectivamente. Em relação aos protocolos abertos, antes do treinamento a assertividade da escolha do antimicrobiano era de 50% e após atividade lúdica passou para 69%.
Conclusão
Evidenciou-se que a articulação de métodos tradicionais e ativos de ensino e aprendizagem são capazes de reconhecer fragilidades na assistência e provocar o desenvolvimento de conhecimento sobre sepse.
Palavras-chave
Sepse, Educação Médica, Uso racional de antimicrobianos.
Conflitos de interesse
Os autores declaram não haver conflitos de interesse, financeiros ou pessoais, que possam influenciar o conteúdo e resultados deste trabalho.
Ética e financiamentos
Todos os autores declaram que não possuem relações financeiras ou pessoais que possam influenciar o conteúdo deste trabalho. Não houve financiamento ou gastos relacionados à execução do estudo.
Declarações de interesse
Nenhum. As informações aqui declaradas estão em conformidade com os padrões da revista e são consistentes com os requisitos de divulgação ética e financeira.
{"title":"TREINAMENTO IN LOCO ATRAVÉS DE CASOS CLÍNICOS: FERRAMENTA DE CICLO DE MELHORIA EM UM PROTOCOLO DE SEPSE","authors":"Thauane Pereira Nunes , Andreia D'Avila Freitas , Marcia Ferreira dos Santos Silva , Gabriela Franco Paes de Figueiredo , Nathália Antônio de Oliveira Velasco , Pedro Ramos Brandão de Melo , Angélica Caroline Ferreira , Natalia Chilinque Zambão da Silva","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104450","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104450","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>A sepse é definida como uma resposta extrema do organismo a uma infecção e é considerada uma emergência médica com risco de vida. A adoção de estratégias educacionais de ensino para aprendizagem da sepse pode favorecer o desenvolvimento de conhecimento deste tema e propiciar identificação precoce, e assim, melhorar o desfecho dos pacientes.</div></div><div><h3>Objetivos</h3><div>Este estudo teve como objetivo implementar treinamento de sepse in loco para médicos emergencistas baseado em casos clínicos e avaliar se treinamento resultado em melhores resultados de assertividade no protocolo de sepse.</div></div><div><h3>Materiais e métodos</h3><div>Em janeiro de 2024, foi instituído em um hospital geral do Rio de Janeiro um grupo multidisciplinar de manejo e acompanhamento de pacientes adultos acima de 18 anos com sepse admitidos na emergência. Como ferramenta de melhoria de atendimento e desfecho, em maio de 2024, foi fornecido, via formulário Google Forms anônimo, casos clínicos para que os médicos respondessem as condutas a serem traçadas em cada situação e, em seguida, fornecido o gabarito comentado. Os temas escolhidos foram baseados em avaliação prévia das não conformidades de prescrição de antimicrobiano na sepse. Os temas incluíram: influenza, pielonefrite, litíase renal, diarreia e dengue. Posteriormente, a equipe da infectologia esteve in loco debatendo os casos e tirando as dúvidas.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Dos 40 profissionais que prestam assistência, 38 responderam as perguntas dos casos clínicos. Cerca de 60% dos emergencistas acertou a conduta em relação a pielonefrite, 65% respondeu de forma correta o manejo de pneumonia e apenas 35% e 7% gabaritou o caso de diarreia e dengue, respectivamente. Em relação aos protocolos abertos, antes do treinamento a assertividade da escolha do antimicrobiano era de 50% e após atividade lúdica passou para 69%.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>Evidenciou-se que a articulação de métodos tradicionais e ativos de ensino e aprendizagem são capazes de reconhecer fragilidades na assistência e provocar o desenvolvimento de conhecimento sobre sepse.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Sepse, Educação Médica, Uso racional de antimicrobianos.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Os autores declaram não haver conflitos de interesse, financeiros ou pessoais, que possam influenciar o conteúdo e resultados deste trabalho.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos</h3><div>Todos os autores declaram que não possuem relações financeiras ou pessoais que possam influenciar o conteúdo deste trabalho. Não houve financiamento ou gastos relacionados à execução do estudo.</div></div><div><h3>Declarações de interesse</h3><div>Nenhum. As informações aqui declaradas estão em conformidade com os padrões da revista e são consistentes com os requisitos de divulgação ética e financeira.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104450"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657806","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-11-01DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104419
Sandra Maria dos Santos Pinto , Rita Cassia Ravaglia Campos , Luiz Fernando Emídio da Silva , Marise Regina Bender , Carolina Augusta Oliveira de Queiroz , Marcio Rodrigues Caixeiro , Rafaela Evangelista de Paula , Rayane Maia Cordeiro Becker
Introdução
As residências terapêuticas (RT) são alternativas de moradia para pessoas que estão internadas há anos em hospitais psiquiátricos por não contarem com suporte adequado na comunidade. Podem servir de apoio a usuários de outros serviços de saúde mental sem suporte familiar e social suficientes para lhes garantir moradia adequada. As infecções sexualmente transmissíveis (IST) podem não apresentar sinais e sintomas, sendo os testes rápidos uma importante ferramenta para o seu rastreio. O teste rápido (TR) é seguro, não necessita de estrutura laboratorial e o resultado fica pronto em até trinta minutos. Neste ano, uma parceria entre a Área Técnica da Saúde do Idoso e a Área Técnica de IST/HIV/AIDS e Hepatites B e C (SAE) promoveu a oferta de TR para o HIV, a Sífilis, a Hepatite B e a Hepatite C para todos os usuários e funcionários das RT. O município tem onze residências terapêuticas, sendo uma delas com duas equipes, totalizando doze equipes. Cada RT tem em média dez usuários.
Relato de experiência
Relato de experiência exitosa do município ao ofertar os TR para Hepatites B e C, HIV e Sífilis aos usuários acolhidos nas RT, com o objetivo de diagnosticar, tratar e acompanhar os usuários em que o resultado do exame fosse reagente, evitando o agravamento dessas infecções. Foram testados 60 homens, sendo 14 acima de 60 anos e 46 entre 20 e 59 anos, e 41 mulheres, sendo 13 acima de 60 anos e 28 entre 20 e 59 anos. Os pacientes atendidos estavam assintomáticos e a maioria deles fez os quatro testes propostos. Houve uma recusa e três não os fizeram, pois estavam em outras unidades de saúde. Todos os que dispunham de cartão de vacina tiveram seus cartões analisados e as informações foram passadas ao setor de imunização. No total 101 pacientes fizeram os testes, havendo a confirmação diagnóstica de 2 casos de hepatite B e 4 casos de sífilis, que estão em acompanhamento no SAE de acordo com os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde. Não houve testes reagentes para hepatite C nem para HIV.
Comentários
Com a parceria entre o SAE e a Área Técnica da Saúde do Idoso foi possível levar a testagem até os pacientes das RT, garantindo o tratamento para a sífilis e a hepatite B nos pacientes diagnosticados e a orientação das equipes quanto à prevenção das IST em geral, contribuindo para a saúde integral do indivíduo.
{"title":"UMA INICIATIVA INTERSETORIAL PARA A AMPLIAÇÃO DO RASTREAMENTO DAS HEPATITES VIRAIS E OUTRAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NAS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS EM UM MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO","authors":"Sandra Maria dos Santos Pinto , Rita Cassia Ravaglia Campos , Luiz Fernando Emídio da Silva , Marise Regina Bender , Carolina Augusta Oliveira de Queiroz , Marcio Rodrigues Caixeiro , Rafaela Evangelista de Paula , Rayane Maia Cordeiro Becker","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104419","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104419","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>As residências terapêuticas (RT) são alternativas de moradia para pessoas que estão internadas há anos em hospitais psiquiátricos por não contarem com suporte adequado na comunidade. Podem servir de apoio a usuários de outros serviços de saúde mental sem suporte familiar e social suficientes para lhes garantir moradia adequada. As infecções sexualmente transmissíveis (IST) podem não apresentar sinais e sintomas, sendo os testes rápidos uma importante ferramenta para o seu rastreio. O teste rápido (TR) é seguro, não necessita de estrutura laboratorial e o resultado fica pronto em até trinta minutos. Neste ano, uma parceria entre a Área Técnica da Saúde do Idoso e a Área Técnica de IST/HIV/AIDS e Hepatites B e C (SAE) promoveu a oferta de TR para o HIV, a Sífilis, a Hepatite B e a Hepatite C para todos os usuários e funcionários das RT. O município tem onze residências terapêuticas, sendo uma delas com duas equipes, totalizando doze equipes. Cada RT tem em média dez usuários.</div></div><div><h3>Relato de experiência</h3><div>Relato de experiência exitosa do município ao ofertar os TR para Hepatites B e C, HIV e Sífilis aos usuários acolhidos nas RT, com o objetivo de diagnosticar, tratar e acompanhar os usuários em que o resultado do exame fosse reagente, evitando o agravamento dessas infecções. Foram testados 60 homens, sendo 14 acima de 60 anos e 46 entre 20 e 59 anos, e 41 mulheres, sendo 13 acima de 60 anos e 28 entre 20 e 59 anos. Os pacientes atendidos estavam assintomáticos e a maioria deles fez os quatro testes propostos. Houve uma recusa e três não os fizeram, pois estavam em outras unidades de saúde. Todos os que dispunham de cartão de vacina tiveram seus cartões analisados e as informações foram passadas ao setor de imunização. No total 101 pacientes fizeram os testes, havendo a confirmação diagnóstica de 2 casos de hepatite B e 4 casos de sífilis, que estão em acompanhamento no SAE de acordo com os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde. Não houve testes reagentes para hepatite C nem para HIV.</div></div><div><h3>Comentários</h3><div>Com a parceria entre o SAE e a Área Técnica da Saúde do Idoso foi possível levar a testagem até os pacientes das RT, garantindo o tratamento para a sífilis e a hepatite B nos pacientes diagnosticados e a orientação das equipes quanto à prevenção das IST em geral, contribuindo para a saúde integral do indivíduo.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>HIV, Hepatites Virais B e C, Sífilis.</div></div><div><h3>Conflito de interesse: Ética e financiamentos</h3><div>Não houve conflito de interesse.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104419"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657303","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-11-01DOI: 10.1016/j.bjid.2024.104423
Alfonso J. Rodriguez-Morales , D. Katterine Bonilla-Aldana , Jaime A. Cardona-Ospina
Introduction
Multiple aspects of the epidemics of mpox during 2022-2024 have been explored, including clinical features, diagnostic aspects, therapies and vaccines. However, socioeconomic aspects have been poorly assessed in terms of the epidemiologically associated factors. No studies have been published on the relationships between the human development index (HDI) and the morbidity and mortality from Mpox.
Methods
An ecological study for 104 countries was done using HDI data that were obtained from the United Nations Development Program (UNDP), and the cases, calculating the incidence rates (cases per 100,000 pop.), from the U.S. Centers for Disease Control (CDC) and the World Health Organization (WHO). Also, mortality rates (cases per 100,000 pop.) and case fatality rates (deaths per 100 cases, %CFR) were calculated. The annual variation of the variables was assessed, and non-linear regression models (exponential) were done at Stata/MP® v.14.0.
Results
The non-linear regression models revealed significant findings. The relationship between epidemiological factors and HDI was found to be significant. During this epidemic, a higher incidence was observed in countries with high HDI (r2 = 0.4132; p < 0.0001), while mortality rates were significantly lower in these countries (r2 = 0.1317; p = 0.0007). Conversely, the case fatality rate (%CFR) was significantly higher in countries with lower HDI (r2 = 0.1595; p = 0.0001).
Discussion/conclusions
These findings underscore the significant influence of socioeconomic indicators such as the HDI on the Mpox incidence and mortality rates and on %CFR globally, particularly in endemic countries. Despite the epidemics of 2022-2024, Mpox remains a neglected condition worldwide, with a resurgence in countries like the Democratic Republic of Congo in 2023-2024. Therefore, the need for further studies on multiple epidemiological factors of Mpox is paramount.
Keywords
Mpox, Epidemics, Human Development, Global, Surveillance.
{"title":"RELATIONSHIPS BETWEEN MORBIDITY AND MORTALITY FROM MPOX AND THE HUMAN DEVELOPMENT INDEX (HDI) GLOBALLY DURING 2022-2024 EPIDEMICS","authors":"Alfonso J. Rodriguez-Morales , D. Katterine Bonilla-Aldana , Jaime A. Cardona-Ospina","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104423","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104423","url":null,"abstract":"<div><h3>Introduction</h3><div>Multiple aspects of the epidemics of mpox during 2022-2024 have been explored, including clinical features, diagnostic aspects, therapies and vaccines. However, socioeconomic aspects have been poorly assessed in terms of the epidemiologically associated factors. No studies have been published on the relationships between the human development index (HDI) and the morbidity and mortality from Mpox.</div></div><div><h3>Methods</h3><div>An ecological study for 104 countries was done using HDI data that were obtained from the United Nations Development Program (UNDP), and the cases, calculating the incidence rates (cases per 100,000 pop.), from the U.S. Centers for Disease Control (CDC) and the World Health Organization (WHO). Also, mortality rates (cases per 100,000 pop.) and case fatality rates (deaths per 100 cases, %CFR) were calculated. The annual variation of the variables was assessed, and non-linear regression models (exponential) were done at Stata/MP® v.14.0.</div></div><div><h3>Results</h3><div>The non-linear regression models revealed significant findings. The relationship between epidemiological factors and HDI was found to be significant. During this epidemic, a higher incidence was observed in countries with high HDI (r2 = 0.4132; p < 0.0001), while mortality rates were significantly lower in these countries (r2 = 0.1317; p = 0.0007). Conversely, the case fatality rate (%CFR) was significantly higher in countries with lower HDI (r2 = 0.1595; p = 0.0001).</div></div><div><h3>Discussion/conclusions</h3><div>These findings underscore the significant influence of socioeconomic indicators such as the HDI on the Mpox incidence and mortality rates and on %CFR globally, particularly in endemic countries. Despite the epidemics of 2022-2024, Mpox remains a neglected condition worldwide, with a resurgence in countries like the Democratic Republic of Congo in 2023-2024. Therefore, the need for further studies on multiple epidemiological factors of Mpox is paramount.</div></div><div><h3>Keywords</h3><div>Mpox, Epidemics, Human Development, Global, Surveillance.</div></div><div><h3>Conflicts of interest</h3><div>There was no conflicts of interest.</div></div><div><h3>Ethics and financing</h3><div>No financial support.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104423"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657471","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}