Mário Lourenço, J. Carvalho, Edgar Tavares-Silva, Belmiro Parada, A. Figueiredo
Introdução: O efeito da circuncisão sobre a função sexual masculina é controverso, podendo ter efeitos positivos ou negativos em vários domínios da sexualidade (função erétil, ejaculação, orgasmo, desejo). O objetivo foi avaliar o efeito da circuncisão na função sexual. Métodos: Amostra composta por todos os doentes circuncisados pelo mesmo cirurgião (investigador principal) nos últimos 26 meses, com idade inferior a 60 anos e com atividade sexual nos 30 dias prévios às entrevistas. Para avaliação da função sexual pré e pós-circuncisão foram usados os questionários International Index of Erectile Function-5 (IIEF-5) e o Brief Male Sexual Function Inventory (BMSFI), sendo que os dados pré-circuncisão foram obtidos de forma retrospetiva. Foram ainda questionados o motivo da circuncisão, o tempo de latência intravaginal e o grau de satisfação dos doentes com o procedimento. Resultados: Amostra composta por 25 doentes, idade média de 36,3±10,3 anos (lim: 22-55), sendo a avaliação realizada em média 11,4±5,4 meses após a cirurgia (lim: 5-26). Dos indivíduos avaliados, 52.0% referiram melhoria da vida sexual, 44,0% não notaram diferença e 4,0% referiram agravamento. Repetiriam a cirurgia 92,0% dos indivíduos.Não existiram diferenças estatisticamente significativas entre os resultados pré-circuncisão e pós-circuncisão em relação ao IELT (p=0,608), satisfação sexual “subjetiva” (p=0,130), score total do BMFSI (p=0.054) e score do IIEF-5 (p=0,351).Há uma correlação entre os scores BMFSI pré-circuncisão e pós-circuncisão e os scores IIEF-5 pré e pós-circuncisão, respetivamente (p<0,001). Discussão e Conclusão: A circuncisão não parece influenciar negativamente a função sexual. A maioria dos doentes repetiria o procedimento e refere melhorias na sua vida sexual após a cirurgia.
{"title":"Efeito da Circuncisão na Sexualidade Masculina","authors":"Mário Lourenço, J. Carvalho, Edgar Tavares-Silva, Belmiro Parada, A. Figueiredo","doi":"10.24915/aup.37.1-2.105","DOIUrl":"https://doi.org/10.24915/aup.37.1-2.105","url":null,"abstract":"Introdução: O efeito da circuncisão sobre a função sexual masculina é controverso, podendo ter efeitos positivos ou negativos em vários domínios da sexualidade (função erétil, ejaculação, orgasmo, desejo).\u0000O objetivo foi avaliar o efeito da circuncisão na função sexual.\u0000Métodos: Amostra composta por todos os doentes circuncisados pelo mesmo cirurgião (investigador principal) nos últimos 26 meses, com idade inferior a 60 anos e com atividade sexual nos 30 dias prévios às entrevistas. Para avaliação da função sexual pré e pós-circuncisão foram usados os questionários International Index of Erectile Function-5 (IIEF-5) e o Brief Male Sexual Function Inventory (BMSFI), sendo que os dados pré-circuncisão foram obtidos de forma retrospetiva. Foram ainda questionados o motivo da circuncisão, o tempo de latência intravaginal e o grau de satisfação dos doentes com o procedimento.\u0000Resultados: Amostra composta por 25 doentes, idade média de 36,3±10,3 anos (lim: 22-55), sendo a avaliação realizada em média 11,4±5,4 meses após a cirurgia (lim: 5-26). Dos indivíduos avaliados, 52.0% referiram melhoria da vida sexual, 44,0% não notaram diferença e 4,0% referiram agravamento. Repetiriam a cirurgia 92,0% dos indivíduos.Não existiram diferenças estatisticamente significativas entre os resultados pré-circuncisão e pós-circuncisão em relação ao IELT (p=0,608), satisfação sexual “subjetiva” (p=0,130), score total do BMFSI (p=0.054) e score do IIEF-5 (p=0,351).Há uma correlação entre os scores BMFSI pré-circuncisão e pós-circuncisão e os scores IIEF-5 pré e pós-circuncisão, respetivamente (p<0,001).\u0000Discussão e Conclusão: A circuncisão não parece influenciar negativamente a função sexual. A maioria dos doentes repetiria o procedimento e refere melhorias na sua vida sexual após a cirurgia.","PeriodicalId":100020,"journal":{"name":"Acta Urológica Portuguesa","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89584638","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Tito Palmela Leitão, M. Miranda, T. Oliveira, P. Oliveira, Inês Pereira Pereira, J. Palma dos Reis, I. Fernandes, L. Ormonde, L. Costa, L. Mendes Pedro, T. Lopes
Pheochromocytomas with vena cava thrombus are extremely rare, with only a few cases reported in the literature. Radical nephrectomy with adrenalectomy and inferior vena cava (IVC) thrombectomy is the treatment of choice. However, it is a challenging procedure and its surgical approach is yet to be standardized. We present a case of a 49-year-old male incidentally diagnosed with a pheochromocytoma with aggressive local invasion and a level 1 vena cava thrombus. A laparoscopic right radical nephrectomy with right adrenalectomy, IVC thrombectomy and cavorraphy. A detailed revision of the technique is performed and compared with current strategies for pheochromocytoma optimal treatment. Renal and adrenal masses with vena cava thrombus are associated with high morbidity and mortality, particularly in the case of pheochromocytoma. The management is complex but minimally invasive surgery can be performed safely in the context of an experienced multidisciplinary team.
{"title":"Laparoscopic Vena Cava Thrombectomy and Radical Nephrectomy in a Malignant Pheochromocytoma Case","authors":"Tito Palmela Leitão, M. Miranda, T. Oliveira, P. Oliveira, Inês Pereira Pereira, J. Palma dos Reis, I. Fernandes, L. Ormonde, L. Costa, L. Mendes Pedro, T. Lopes","doi":"10.24915/aup.37.1-2.162","DOIUrl":"https://doi.org/10.24915/aup.37.1-2.162","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000Pheochromocytomas with vena cava thrombus are extremely rare, with only a few cases reported in the literature. Radical nephrectomy with adrenalectomy and inferior vena cava (IVC) thrombectomy is the treatment of choice. However, it is a challenging procedure and its surgical approach is yet to be standardized. We present a case of a 49-year-old male incidentally diagnosed with a pheochromocytoma with aggressive local invasion and a level 1 vena cava thrombus. A laparoscopic right radical nephrectomy with right adrenalectomy, IVC thrombectomy and cavorraphy. A detailed revision of the technique is performed and compared with current strategies for pheochromocytoma optimal treatment. Renal and adrenal masses with vena cava thrombus are associated with high morbidity and mortality, particularly in the case of pheochromocytoma. The management is complex but minimally invasive surgery can be performed safely in the context of an experienced multidisciplinary team.\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":100020,"journal":{"name":"Acta Urológica Portuguesa","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77920078","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
M. Eliseu, Vera Marques, H. Antunes, M. Lourenço, E. Tavares-da-Silva, P. Temido, A. Figueiredo
Introduction: Non-muscle invasive (NMI) bladder cancers (BC) account for 75% of BC cases, and most are initially diagnosed and treated with transurethral resection of bladder tumor (TURB). After primary TURB, a repeat resection (rTURB) should be carried out in cases of incomplete resection; however, rTURB is recommended by EAU guidelines in pT1 tumors even when the completeness of the original resection is believed by the surgeon, with reported rates of residual tumor in up to 33%-55% and upstaging in up to 25%. Since the quality of initial resection impacts in the result of a rTURB, these rates are largely dependent on the primary treatment and accurate prediction of completeness, with a probable high variability between surgeons and Centres. Our objectives to determine whether rTURB after initial perceived complete resection would frequently identify residual tumor and if this procedure would improve outcomes in NMIBC patients. Methods: Patients submitted to TURB from 2015 to 2017 were analysed, identifying which underwent rTURB after initial resection without follow-up cystoscopy in between. Primary perception of completeness, stage and grade were correlated with the eventual presence, stage and grade of residual tumor. Results: We analyzed 546 TURB procedures; of these, 275 (50.4%) were for primary bladder cancer. pT1 lesions were found in 85 (30.9%) of primary TURBs; 12 of these were selected for rTURB due to incomplete resection. Of the remaining 73 macros- copically completely resected primary pT1 tumors, 26 (30.6%) underwent elective rTURB. Repeat TURB after complete resection of primary pT1 tumors yielded residual tumor in 11.5% of patients (n= 3). All patients with residual tumor had primary pT1 high grade lesions; no upstaging or upgrading was observed. Patients had similar recurrence rates at 1-year regardless of rTURB. Discussion/Conclusion: Standard practice in primary TURB pro- cedures varies across surgeons and centers and will reflect on residual tumor rates. Indications for rTURB might not be suitable for all patients, and single Centre results should be taken in consideration when selecting patients for rTURB.
{"title":"Results of Repeat Transurethral Resection of Bladder Tumor After Macroscopically Complete Primary Resection","authors":"M. Eliseu, Vera Marques, H. Antunes, M. Lourenço, E. Tavares-da-Silva, P. Temido, A. Figueiredo","doi":"10.24915/aup.37.1-2.147","DOIUrl":"https://doi.org/10.24915/aup.37.1-2.147","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000Introduction: Non-muscle invasive (NMI) bladder cancers (BC) account for 75% of BC cases, and most are initially diagnosed and treated with transurethral resection of bladder tumor (TURB). After primary TURB, a repeat resection (rTURB) should be carried out in cases of incomplete resection; however, rTURB is recommended by EAU guidelines in pT1 tumors even when the completeness of the original resection is believed by the surgeon, with reported rates of residual tumor in up to 33%-55% and upstaging in up to 25%. Since the quality of initial resection impacts in the result of a rTURB, these rates are largely dependent on the primary treatment and accurate prediction of completeness, with a probable high variability between surgeons and Centres.\u0000Our objectives to determine whether rTURB after initial perceived complete resection would frequently identify residual tumor and if this procedure would improve outcomes in NMIBC patients.\u0000Methods: Patients submitted to TURB from 2015 to 2017 were analysed, identifying which underwent rTURB after initial resection without follow-up cystoscopy in between. Primary perception of completeness, stage and grade were correlated with the eventual presence, stage and grade of residual tumor.\u0000Results: We analyzed 546 TURB procedures; of these, 275 (50.4%) were for primary bladder cancer. pT1 lesions were found in 85 (30.9%) of primary TURBs; 12 of these were selected for rTURB due to incomplete resection. Of the remaining 73 macros- copically completely resected primary pT1 tumors, 26 (30.6%) underwent elective rTURB.\u0000Repeat TURB after complete resection of primary pT1 tumors yielded residual tumor in 11.5% of patients (n= 3). All patients with residual tumor had primary pT1 high grade lesions; no upstaging or upgrading was observed. Patients had similar recurrence rates at 1-year regardless of rTURB.\u0000Discussion/Conclusion: Standard practice in primary TURB pro- cedures varies across surgeons and centers and will reflect on residual tumor rates. Indications for rTURB might not be suitable for all patients, and single Centre results should be taken in consideration when selecting patients for rTURB.\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":100020,"journal":{"name":"Acta Urológica Portuguesa","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91517967","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"The Importance of Science in the Misinformation Infodemic Associated with COVID-19","authors":"Belmiro Parada","doi":"10.24915/aup.37.1-2.174","DOIUrl":"https://doi.org/10.24915/aup.37.1-2.174","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":100020,"journal":{"name":"Acta Urológica Portuguesa","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89316321","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Daniel Carvalho Ribeiro, Abílio De Castro Almeida, Pedro Fernandes Lessa, Pedro Ribeiro da Mota, Edson Augusto Prachia Ribeiro, Soraya Prates Eleuterio
Paciente de 71 anos do sexo feminino diagnosticada com um tumor de 10,0 cm em rim direito em ferradura. Estudos de imagem pré-operatórios evidenciaram a presença de um istmo renal localizado em posição posterior à veia cava e anteriormente à aorta, além da presença de uma veia cava acessória rudimentar à esquerda. Foi realizada a heminefrectomia por via videolaparoscópica e o estudo anatomopatológico da peça evidenciou a presença de um oncocitoma renal. Estudos de imagem pré-operatório adequados são fundamentais no adequado tratamento desses pacientes por videolaparoscopia, tornando a via minimamente invasiva uma alternativa segura para esses casos
{"title":"Heminefrectomia e Istmectomia Videolaparoscópica para Tumor Renal no Rim em Ferradura com Veia Cava Acessória: Relato de Caso e Revisão da Literatura","authors":"Daniel Carvalho Ribeiro, Abílio De Castro Almeida, Pedro Fernandes Lessa, Pedro Ribeiro da Mota, Edson Augusto Prachia Ribeiro, Soraya Prates Eleuterio","doi":"10.24915/aup.37.1-2.144","DOIUrl":"https://doi.org/10.24915/aup.37.1-2.144","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000Paciente de 71 anos do sexo feminino diagnosticada com um tumor de 10,0 cm em rim direito em ferradura. Estudos de imagem pré-operatórios evidenciaram a presença de um istmo renal localizado em posição posterior à veia cava e anteriormente à aorta, além da presença de uma veia cava acessória rudimentar à esquerda. Foi realizada a heminefrectomia por via videolaparoscópica e o estudo anatomopatológico da peça evidenciou a presença de um oncocitoma renal. Estudos de imagem pré-operatório adequados são fundamentais no adequado tratamento desses pacientes por videolaparoscopia, tornando a via minimamente invasiva uma alternativa segura para esses casos\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":100020,"journal":{"name":"Acta Urológica Portuguesa","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88073114","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sofia Ferreira de Lima, Ana Cebola, Sara Cordeiro Pereira, R. Alves
Self-inserted urethrovesical foreign bodies are rare in children.We present three cases and discuss the clinical presentation, diagnosis and management of such patients. In case 1, a 16-year-old boy introduced a wire into the urethra and partially into the bladder three days before. In case 2, a 4-year-old boy introduced a hairpin in the urethra in the same day. In case 3, a 11-year-old boy introduced a sewing needle in the urethra a few hours before. Cystourethroscopy and suprapubic cystotomy were used to remove the foreign bodies. The presentation of urethrovesical foreign bodies can vary widely, as can the type of object inserted. Foreign body retrieval is determined by its morphology and the patient’s conditions with the aim to minimise urothelial trauma and preserve erectile function. Definitive treatment is usually the endoscopic removal, however sometimes surgical intervention may be required. It is advocated follow-up with long duration, which is necessary to diagnose the long-term complications including urethral stricture.
{"title":"Self-Insertion of Foreign Bodies in Urethra and Bladder: Report of Three Pediatric Cases","authors":"Sofia Ferreira de Lima, Ana Cebola, Sara Cordeiro Pereira, R. Alves","doi":"10.24915/aup.37.1-2.126","DOIUrl":"https://doi.org/10.24915/aup.37.1-2.126","url":null,"abstract":"Self-inserted urethrovesical foreign bodies are rare in children.We present three cases and discuss the clinical presentation, diagnosis and management of such patients. In case 1, a 16-year-old boy introduced a wire into the urethra and partially into the bladder three days before. In case 2, a 4-year-old boy introduced a hairpin in the urethra in the same day. In case 3, a 11-year-old boy introduced a sewing needle in the urethra a few hours before. Cystourethroscopy and suprapubic cystotomy were used to remove the foreign bodies. The presentation of urethrovesical foreign bodies can vary widely, as can the type of object inserted. Foreign body retrieval is determined by its morphology and the patient’s conditions with the aim to minimise urothelial trauma and preserve erectile function. Definitive treatment is usually the endoscopic removal, however sometimes surgical intervention may be required. It is advocated follow-up with long duration, which is necessary to diagnose the long-term complications including urethral stricture.","PeriodicalId":100020,"journal":{"name":"Acta Urológica Portuguesa","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91541988","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Celso Marialva, A. Macedo, Nuno Ramos, V. Metrogos, M. Carvalho
Introdução: O nosso objetivo foi avaliar as diferenças entre a colocação precoce ou tardia do cateter ureteral duplo J em doentes com urosépsis associada a litíase do trato urinário. Material e Métodos: Revisão retrospectiva de doentes internados na nossa instituição entre 2011 e 2015 com o diagnóstico de urosépsis associada a litíase do trato urinário, com colocação de cateter ureteral duplo J. Os grupos de cateterização precoce e tardia foram definidos pela mediana de espera pela colocação de cateter ureteral duplo J. Analisou-se o tempo de internamento, localização e emissão espontânea de cálculos após a colocação do cateter ureteral. A análise estatística incluiu teste de qui-quadrado, regressão linear e correlação de Spearman. Resultados: Quarenta e dois doentes (média de idade: 58 anos; 32 mulheres) apresentaram uma média de 3,38 dias desde a admissão no serviço de urgência até à colocação de cateter ureteral duplo J. A mediana de tempo para cateterismo ureteral foi 2,5 dias.Otempo médio de internamento foi 12,2 dias. O grupo de cateterismo precoce teve um tempo de internamento menor do que o grupo de cateterismo tardio (média de 5,6 vs 18,8 dias; p<0,001). O grupo de cateterismo ureteral precoce apresentou cálculos predominantemente lombares face ao grupo tardio (76,2% vs 42,8%; p=0,029) e apresentou melhor emissão espontânea de cálculos comparativamente a esse grupo (61,9% vs 47,6%; p=0,268). Se considerarmos apenas os cálculos lombares, existe uma relação na emissão espontânea entre os dois grupos ( p=0,027). Conclusão: Existe redução significativa do tempo de internamento, em doentes com urosépsis por litíase, quando é realizado o cateterismo ureteral precoce. Este apresenta uma maior emissão espontânea de cálculos, sobretudo na região lombar.
前言:我们的目的是评估早期和晚期放置双J输尿管导管在尿路结石相关尿脓毒症患者中的差异。材料和方法:回顾性分析住院病人的诊断机构从2011年到2015年urosépsis与尿道里litíase导管放置输尿管双j导管组早期和晚期被定义为一般输尿管双j导管等放置在住院的时间,地点和自发辐射的计算后的放置输尿管导管。统计分析包括卡方检验、线性回归和斯皮尔曼相关。结果:42例患者(平均年龄58岁);32名女性)从急诊室入院到放置双j输尿管导管平均3.38天,输尿管导管的中位时间为2.5天。平均住院时间为12.2天。早期导尿管组的住院时间比晚期导尿管组短(平均5.6天vs 18.8天)。p < 0.001)。早期输尿管导尿管组与晚期输尿管导尿管组相比,以腰椎结石为主(76.2% vs 42.8%)。p= 0.029),与这组(61.9% vs 47.6%; p= 0.029)相比,自发发射计算更好。p = 0.268)。如果我们只考虑腰椎计算,两组之间的自发发射有关系(p= 0.027)。结论:早期输尿管导尿管可显著缩短结石性尿脓症患者的住院时间。这表现出较高的自发性结石发射,特别是在腰椎区域。
{"title":"Eficiência do Cateterismo Ureteral Precoce na Urosépsis Associada à Litíase do Tracto Urinário","authors":"Celso Marialva, A. Macedo, Nuno Ramos, V. Metrogos, M. Carvalho","doi":"10.24915/aup.37.1-2.92","DOIUrl":"https://doi.org/10.24915/aup.37.1-2.92","url":null,"abstract":"Introdução: O nosso objetivo foi avaliar as diferenças entre a colocação precoce ou tardia do cateter ureteral duplo J em doentes com urosépsis associada a litíase do trato urinário.\u0000Material e Métodos: Revisão retrospectiva de doentes internados na nossa instituição entre 2011 e 2015 com o diagnóstico de urosépsis associada a litíase do trato urinário, com colocação de cateter ureteral duplo J. Os grupos de cateterização precoce e tardia foram definidos pela mediana de espera pela colocação de cateter ureteral duplo J. Analisou-se o tempo de internamento, localização e emissão espontânea de cálculos após a colocação do cateter ureteral. A análise estatística incluiu teste de qui-quadrado, regressão linear e correlação de Spearman.\u0000Resultados: Quarenta e dois doentes (média de idade: 58 anos; 32 mulheres) apresentaram uma média de 3,38 dias desde a admissão no serviço de urgência até à colocação de cateter ureteral duplo J. A mediana de tempo para cateterismo ureteral foi 2,5 dias.Otempo médio de internamento foi 12,2 dias. O grupo de cateterismo precoce teve um tempo de internamento menor do que o grupo de cateterismo tardio (média de 5,6 vs 18,8 dias; p<0,001). O grupo de cateterismo ureteral precoce apresentou cálculos predominantemente lombares face ao grupo tardio (76,2% vs 42,8%; p=0,029) e apresentou melhor emissão espontânea de cálculos comparativamente a esse grupo (61,9% vs 47,6%; p=0,268). Se considerarmos apenas os cálculos lombares, existe uma relação na emissão espontânea entre os dois grupos ( p=0,027).\u0000Conclusão: Existe redução significativa do tempo de internamento, em doentes com urosépsis por litíase, quando é realizado o cateterismo ureteral precoce. Este apresenta uma maior emissão espontânea de cálculos, sobretudo na região lombar.","PeriodicalId":100020,"journal":{"name":"Acta Urológica Portuguesa","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90999371","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O objectivo do estudo foi avaliar a taxa de sucesso e as complicações associadas a diferentes técnicas de correção transvaginal de prolapso apical, recorrendo a tecidos nativos. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de 41 cirurgias vaginais para correção de prolapso apical com tecidos nativos, realizadas no Departamento de Uroginecologia de um hospital terciário, de janeiro/2013 a junho/2018. Resultados: Nesta amostra, a idade mediana foi de 66 anos, todas eram multíparas e 95,1% encontravam-se na pós-menopausa; 47,5% referiam história pessoal de histerectomia, 17,5% de colporrafia anterior, 10,0% de colporrafia posterior e 7,5% de correção de prolapso apical. À observação, para além do prolapso apical, 24,4% apresentavam prolapso anterior, 4,9% prolapso posterior e 53,7% prolapso dos três compartimentos. As técnicas utilizadas para correção vaginal do prolapso apical foram a suspensão dos ligamentos útero-sagrados (22,0%), a fixação ao ligamento sacro-espinhoso (68,3%) e a fixação à fáscia do músculo iliococcígeo (9,8%). No mesmo tempo cirúrgico, 39,0% foram histerectomizadas (com colporrafia anterior em 4/16; posterior em 3/16 e ambas em 7/16), 7,3% submetidas a colporrafia anterior, 2,4% a colporrafia posterior e 36,6% a colporrafia anterior e posterior. Não se registaram complicações no período peri-operatório. A taxa de sucesso terapêutico foi de 82,9%. Verificou-se recidiva clínica do prolapso apical em 17,1% e de outros prolapsos em 4,9%, um caso de incontinência urinária de urgência e dois de fístulas. Estas complicações ocorreram nos primeiros seis meses após a cirurgia em 34,1%. Não se registaram diferenças estatisticamente significativas relativamente à taxa de sucesso ou de complicações entre as três técnicas estudadas. Conclusão: O uso de tecidos nativos para correção do prolapso apical revelou-se um método efetivo e seguro com baixa morbilidade. Neste estudo, todas as técnicas estudadas revelaram-se igualmente eficazes, sugerindo que a sua escolha deve depender da experiência do cirurgião.
{"title":"Correção de Prolapso Apical Via Vaginal com Tecidos Nativos: Sessenta Meses de Experiência","authors":"M. Cunha, Ana Regalo, M. Rodrigues, Luís Canelas","doi":"10.24915/aup.37.1-2.108","DOIUrl":"https://doi.org/10.24915/aup.37.1-2.108","url":null,"abstract":"Introdução: O objectivo do estudo foi avaliar a taxa de sucesso e as complicações associadas a diferentes técnicas de correção transvaginal de prolapso apical, recorrendo a tecidos nativos.\u0000Material e Métodos: Estudo retrospetivo de 41 cirurgias vaginais para correção de prolapso apical com tecidos nativos, realizadas no Departamento de Uroginecologia de um hospital terciário, de janeiro/2013 a junho/2018.\u0000Resultados: Nesta amostra, a idade mediana foi de 66 anos, todas eram multíparas e 95,1% encontravam-se na pós-menopausa; 47,5% referiam história pessoal de histerectomia, 17,5% de colporrafia anterior, 10,0% de colporrafia posterior e 7,5% de correção de prolapso apical. À observação, para além do prolapso apical, 24,4% apresentavam prolapso anterior, 4,9% prolapso posterior e 53,7% prolapso dos três compartimentos. As técnicas utilizadas para correção vaginal do prolapso apical foram a suspensão dos ligamentos útero-sagrados (22,0%), a fixação ao ligamento sacro-espinhoso (68,3%) e a fixação à fáscia do músculo iliococcígeo (9,8%). No mesmo tempo cirúrgico, 39,0% foram histerectomizadas (com colporrafia anterior em 4/16; posterior em 3/16 e ambas em 7/16), 7,3% submetidas a colporrafia anterior, 2,4% a colporrafia posterior e 36,6% a colporrafia anterior e posterior. Não se registaram complicações no período peri-operatório. A taxa de sucesso terapêutico foi de 82,9%. Verificou-se recidiva clínica do prolapso apical em 17,1% e de outros prolapsos em 4,9%, um caso de incontinência urinária de urgência e dois de fístulas. Estas complicações ocorreram nos primeiros seis meses após a cirurgia em 34,1%. Não se registaram diferenças estatisticamente significativas relativamente à taxa de sucesso ou de complicações entre as três técnicas estudadas.\u0000Conclusão: O uso de tecidos nativos para correção do prolapso apical revelou-se um método efetivo e seguro com baixa morbilidade. Neste estudo, todas as técnicas estudadas revelaram-se igualmente eficazes, sugerindo que a sua escolha deve depender da experiência do cirurgião.","PeriodicalId":100020,"journal":{"name":"Acta Urológica Portuguesa","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82801686","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ana Catarina Gomes Andrade, Luis Figueiredo, Paulo Dinis
Introdução: Métodos: Resultados: Discussão: Conclusão: A prostatite crónica bacteriana corresponde a 5% - 10% dos casos de prostatite crónica, sendo responsável porum declínio significativo na qualidade de vida destes doentes. A abordagem terapêutica atual da prostatite crónica bacteriana baseia-se em antibioterapia de longa duração com fluoroquinolonas. Contudo, muitos destes casos recidivam com resistência e requerem antibioterapia, por vezes por via parentérica, em regime de internamento. Este trabalho apresenta uma revisão da literatura relativa à eficácia de alguns antibióticos, por via oral, no tratamento da prostatite crónica bacteriana por microrganismos resistentes aos antibióticos de primeira linha. Métodos: Revisão da literatura, seguindo a metodologia PICO, através da PubMed, utilizando como palavras-chave: “prostatitis”, “nitrofurantoin”, “macrolides”, “fosfomycin”, “amoxicillin”, “cephalosporins”, “tetracycline” e “doxycycline”. Resultados: Foram incluídos 15 estudos que avaliaram a eficácia clínica (cura clínica) e/ou microbiológica (erradicação bacteriana) em homens com prostatite crónica bacteriana por diversos agentes etiológicos tratados com fosfomicina, amoxicilina, macrólidos ou tetraciclinas. E Discussão: Em duas séries de casos publicadas, a fosfomicina e a combinação amoxicilina-ácido clavulânico apresentaram eficácia parcial na prostatite crónica bacteriana por Enterobacteriáceas multirresistentes. A combinação fluoroquinolona-macrólido revelou-se também muito eficaz na prostatite por agentes etiológicos tradicionais. A maioria da investigação sobre o papel dos macrólidos e tetraciclinas na prostatite crónica bacteriana está direcionada para agentes atípicos intracelulares, sendo de primeira escolha nesta etiologia. Conclusão: Dada a necessidade de novas alternativas para o tratamento da prostatite crónica bacteriana resistente, são precisos mais estudos nesta área.
{"title":"Eficácia Clínica da Antibioterapia na Prostatite Crónica por Microrganismos Resistentes aos Antibióticos de Primeira Linha","authors":"Ana Catarina Gomes Andrade, Luis Figueiredo, Paulo Dinis","doi":"10.24915/AUP.37.1-2.85","DOIUrl":"https://doi.org/10.24915/AUP.37.1-2.85","url":null,"abstract":"Introdução: Métodos: Resultados: Discussão: Conclusão: A prostatite crónica bacteriana corresponde a 5% - 10% dos casos de prostatite crónica, sendo responsável porum declínio significativo na qualidade de vida destes doentes. A abordagem terapêutica atual da prostatite crónica bacteriana baseia-se em antibioterapia de longa duração com fluoroquinolonas. Contudo, muitos destes casos recidivam com resistência e requerem antibioterapia, por vezes por via parentérica, em regime de internamento. Este trabalho apresenta uma revisão da literatura relativa à eficácia de alguns antibióticos, por via oral, no tratamento da prostatite crónica bacteriana por microrganismos resistentes aos antibióticos de primeira linha.\u0000Métodos: Revisão da literatura, seguindo a metodologia PICO, através da PubMed, utilizando como palavras-chave: “prostatitis”, “nitrofurantoin”, “macrolides”, “fosfomycin”, “amoxicillin”, “cephalosporins”, “tetracycline” e “doxycycline”.\u0000Resultados: Foram incluídos 15 estudos que avaliaram a eficácia clínica (cura clínica) e/ou microbiológica (erradicação bacteriana) em homens com prostatite crónica bacteriana por diversos agentes etiológicos tratados com fosfomicina, amoxicilina, macrólidos ou tetraciclinas. E\u0000Discussão: Em duas séries de casos publicadas, a fosfomicina e a combinação amoxicilina-ácido clavulânico apresentaram eficácia parcial na prostatite crónica bacteriana por Enterobacteriáceas multirresistentes. A combinação fluoroquinolona-macrólido revelou-se também muito eficaz na prostatite por agentes etiológicos tradicionais. A maioria da investigação sobre o papel dos macrólidos e tetraciclinas na prostatite crónica bacteriana está direcionada para agentes atípicos intracelulares, sendo de primeira escolha nesta etiologia.\u0000Conclusão: Dada a necessidade de novas alternativas para o tratamento da prostatite crónica bacteriana resistente, são precisos mais estudos nesta área.","PeriodicalId":100020,"journal":{"name":"Acta Urológica Portuguesa","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86705167","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O cancro da próstata é a segunda neoplasia maligna mais frequente nos homens em todo o mundo. A elevada prevalência do cancro da próstata, bem como o seu curso clínico relativamente indolente e as opções terapêuticas emergentes, conduziram à necessidade de identificação de biomarcadores que possam auxiliar nas decisões clínicas e refletir a resposta aos tratamentos. Na era da medicina de precisão, para uma correta decisão terapêutica é mandatória a caracterização individual de cada tumor. “Biópsia líquida” é um termo genérico aplicado ao estudo de biomarcadores atribuídos aos tumores que se encontram em circulação nos fluídos corporais de doentes com cancro. Baseia- -se no princípio de que nestes doentes existem células tumorais e fragmentos com conteúdo genómico de células tumorais que entram em circulação, podendo ser detetados e usados como biomarcadores para aplicação clínica. A maioria destes biomarcadores correlaciona-se com a carga tumoral, sendo mais frequentemente identificados em indivíduos com doença disseminada. Os biomarcadores mais estudados em doentes com cancro da próstata podem ser subdivididos em três grandes grupos: células tumorais circulantes (CTCs), material genético livre (como RNA e DNA - designadamente, microRNA (miRNA) e DNA livre circulante (cfDNA), incluindo o cfDNA total do doente e o DNA específico do tumor (cftDNA)) e micro vesículas extracelulares (onde há inclusão de material específico e único do tumor). Este conhecimento pode permitir desenvolver potenciais aplicações clínicas desde o diagnóstico ao prognóstico, bem como o desenvolvimento de biomarcadores preditivos de resposta aos tratamentos e de monitorização da doença.
{"title":"O Papel da Biópsia Líquida no Cancro da Próstata Metastizado","authors":"J. Glória, D. Nunes-Carneiro, A. Fraga","doi":"10.24915/aup.37.1-2.116","DOIUrl":"https://doi.org/10.24915/aup.37.1-2.116","url":null,"abstract":"O cancro da próstata é a segunda neoplasia maligna mais frequente nos homens em todo o mundo. A elevada prevalência do cancro da próstata, bem como o seu curso clínico relativamente indolente e as opções terapêuticas emergentes, conduziram à necessidade de identificação de biomarcadores que possam auxiliar nas decisões clínicas e refletir a resposta aos tratamentos. Na era da medicina de precisão, para uma correta decisão terapêutica é mandatória a caracterização individual de cada tumor. “Biópsia líquida” é um termo genérico aplicado ao estudo de biomarcadores atribuídos aos tumores que se encontram em circulação nos fluídos corporais de doentes com cancro. Baseia- -se no princípio de que nestes doentes existem células tumorais e fragmentos com conteúdo genómico de células tumorais que entram em circulação, podendo ser detetados e usados como biomarcadores para aplicação clínica. A maioria destes biomarcadores correlaciona-se com a carga tumoral, sendo mais frequentemente identificados em indivíduos com doença disseminada. Os biomarcadores mais estudados em doentes com cancro da próstata podem ser subdivididos em três grandes grupos: células tumorais circulantes (CTCs), material genético livre (como RNA e DNA - designadamente, microRNA (miRNA) e DNA livre circulante (cfDNA), incluindo o cfDNA total do doente e o DNA específico do tumor (cftDNA)) e micro vesículas extracelulares (onde há inclusão de material específico e único do tumor). Este conhecimento pode permitir desenvolver potenciais aplicações clínicas desde o diagnóstico ao prognóstico, bem como o desenvolvimento de biomarcadores preditivos de resposta aos tratamentos e de monitorização da doença.","PeriodicalId":100020,"journal":{"name":"Acta Urológica Portuguesa","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-07-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78139887","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}