Pub Date : 2023-01-24DOI: 10.21166/metapre.v6i.3083
S. Dantas, David Mesquita, Jefté Silva
A alfabetização cartográfica tem como proposta metodológica fundamental a formação do sujeito, de produtor de mapas e gráficos a leitor eficiente dessas representações, avançando do conhecimento espontâneo ao conhecimento sistematizado e leitura de mundo. Com uma alfabetização cartográfica eficaz, os alunos tornam-se capazes de fazer uma análise crítica do espaço geográfico através de suas representações, compreendendo o mundo de forma mais significativa e reconhecendo-se como sujeitos atuantes no espaço geográfico. A iniciação da alfabetização cartográfica se dá desde Educação Infantil (Infantil três) e durante o Ensino Fundamental, onde o espaço concreto do aluno é trabalhado e, ao longo dos anos iniciais, se dá uma evolução dos níveis de aprendizagem. Espera-se que a partir do 6º ano o aluno já esteja apto a ler um mapa de forma crítica e consciente, sendo indispensável que haja uma alfabetização cartográfica nos anos anteriores. Diante desta problemática, após um longo período de ensino remoto emergencial no contexto da pandemia de COVID-19, constatou-se que os alunos do 6º e 7º ano Ensino Fundamental careciam de uma intervenção nos estudos de cartografia, já que a alfabetização cartográfica necessária nos anos anteriores foi prejudicada. Tal constatação levantou a necessidade de oferecer a esses alunos um ensino presencial que se baseie nas metodologias ativas, mais criativas e supervisionadas. Para tanto, foram implementadas nas aulas de geografia do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental metodologias ativas com o uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação - TDICs e Geotecnologias no processo de alfabetização cartográfica, utilizando o modelo de rotação por estações e outras ferramentas facilitadoras no processo de ensino e aprendizagem de geografia. Concluímos que, além da importância de inserir a temática no cotidiano das aulas de geografia, se dá a importância de abordar a alfabetização cartográfica na formação inicial e continuada dos docentes, fortalecendo assim, a práxis.
{"title":"Alfabetização cartográfica no Ensino Fundamental:","authors":"S. Dantas, David Mesquita, Jefté Silva","doi":"10.21166/metapre.v6i.3083","DOIUrl":"https://doi.org/10.21166/metapre.v6i.3083","url":null,"abstract":"A alfabetização cartográfica tem como proposta metodológica fundamental a formação do sujeito, de produtor de mapas e gráficos a leitor eficiente dessas representações, avançando do conhecimento espontâneo ao conhecimento sistematizado e leitura de mundo. Com uma alfabetização cartográfica eficaz, os alunos tornam-se capazes de fazer uma análise crítica do espaço geográfico através de suas representações, compreendendo o mundo de forma mais significativa e reconhecendo-se como sujeitos atuantes no espaço geográfico. A iniciação da alfabetização cartográfica se dá desde Educação Infantil (Infantil três) e durante o Ensino Fundamental, onde o espaço concreto do aluno é trabalhado e, ao longo dos anos iniciais, se dá uma evolução dos níveis de aprendizagem. Espera-se que a partir do 6º ano o aluno já esteja apto a ler um mapa de forma crítica e consciente, sendo indispensável que haja uma alfabetização cartográfica nos anos anteriores. Diante desta problemática, após um longo período de ensino remoto emergencial no contexto da pandemia de COVID-19, constatou-se que os alunos do 6º e 7º ano Ensino Fundamental careciam de uma intervenção nos estudos de cartografia, já que a alfabetização cartográfica necessária nos anos anteriores foi prejudicada. Tal constatação levantou a necessidade de oferecer a esses alunos um ensino presencial que se baseie nas metodologias ativas, mais criativas e supervisionadas. Para tanto, foram implementadas nas aulas de geografia do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental metodologias ativas com o uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação - TDICs e Geotecnologias no processo de alfabetização cartográfica, utilizando o modelo de rotação por estações e outras ferramentas facilitadoras no processo de ensino e aprendizagem de geografia. Concluímos que, além da importância de inserir a temática no cotidiano das aulas de geografia, se dá a importância de abordar a alfabetização cartográfica na formação inicial e continuada dos docentes, fortalecendo assim, a práxis.","PeriodicalId":117596,"journal":{"name":"Metodologias e Aprendizado","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115424857","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-24DOI: 10.21166/metapre.v6i.3115
R. Duarte, L. Dias, L. Moreira
O proposto lançado neste trabalho inicia-se pelo pensar nas atuais práticas dos professores de Geografia, materializado através de suas estratégias de ensino e aprendizagem, adotadas por entre as diferentes e também diversas linguagens que a Cartografia Escolar proporciona aos docentes em atuação. Pensar nas atuais práticas dos professores se faz necessário, pois permite entender a autonomia dos docentes e as apropriações de suas ações colocadas na esteira do campo da educação brasileira, e isso só será realizado por meio da reflexão da práxis. Adiante, idealizamos uma pesquisa com professores investigando através de um questionário, o panorama das linguagens geográficas, este recorte faz parte da pesquisa de mestrado realizado com professores da educação básica de Pelotas. Para além das questões levantadas, haverá um aprofundamento nas práticas de Cartografia Escolar que se apropriam das linguagens das histórias em quadrinhos. O debate colocado permite aprofundamentos necessários no campo das linguagens da Cartografia, assim como assente traçar linhas que direcionem para o aperfeiçoamento das práticas escolares, que desenvolvam habilidades importantes na Geografia. Espera-se contribuir colaborar com à aproximação dos conceitos e conteúdo da Cartografia, com ideias que possam ser utilizadas em sala de aula. O proposto lançado neste trabalho inicia-se pelo pensar nas atuais práticas dos professores de Geografia, materializado através de suas estratégias de ensino e aprendizagem, adotadas por entre as diferentes e também diversas linguagens que a Cartografia Escolar proporciona aos docentes em atuação. Pensar nas atuais práticas dos professores se faz necessário, pois permite entender a autonomia dos docentes e as apropriações de suas ações colocadas na esteira do campo da educação brasileira, e isso só será realizado por meio da reflexão da práxis. Adiante, idealizamos uma pesquisa com professores investigando através de um questionário, o panorama das linguagens geográficas, este recorte faz parte da pesquisa de mestrado realizado com professores da educação básica de Pelotas. Para além das questões levantadas, haverá um aprofundamento nas práticas de Cartografia Escolar que se apropriam das linguagens das histórias em quadrinhos. O debate colocado permite aprofundamentos necessários no campo das linguagens da Cartografia, assim como assente traçar linhas que direcionem para o aperfeiçoamento das práticas escolares, que desenvolvam habilidades importantes na Geografia. Espera-se contribuir colaborar com à aproximação dos conceitos e conteúdo da Cartografia, com ideias que possam ser utilizadas em sala de aula.
{"title":"Diferentes linguagens no ensino de Geografia","authors":"R. Duarte, L. Dias, L. Moreira","doi":"10.21166/metapre.v6i.3115","DOIUrl":"https://doi.org/10.21166/metapre.v6i.3115","url":null,"abstract":"O proposto lançado neste trabalho inicia-se pelo pensar nas atuais práticas dos professores de Geografia, materializado através de suas estratégias de ensino e aprendizagem, adotadas por entre as diferentes e também diversas linguagens que a Cartografia Escolar proporciona aos docentes em atuação. Pensar nas atuais práticas dos professores se faz necessário, pois permite entender a autonomia dos docentes e as apropriações de suas ações colocadas na esteira do campo da educação brasileira, e isso só será realizado por meio da reflexão da práxis. Adiante, idealizamos uma pesquisa com professores investigando através de um questionário, o panorama das linguagens geográficas, este recorte faz parte da pesquisa de mestrado realizado com professores da educação básica de Pelotas. Para além das questões levantadas, haverá um aprofundamento nas práticas de Cartografia Escolar que se apropriam das linguagens das histórias em quadrinhos. O debate colocado permite aprofundamentos necessários no campo das linguagens da Cartografia, assim como assente traçar linhas que direcionem para o aperfeiçoamento das práticas escolares, que desenvolvam habilidades importantes na Geografia. Espera-se contribuir colaborar com à aproximação dos conceitos e conteúdo da Cartografia, com ideias que possam ser utilizadas em sala de aula. \u0000O proposto lançado neste trabalho inicia-se pelo pensar nas atuais práticas dos professores de Geografia, materializado através de suas estratégias de ensino e aprendizagem, adotadas por entre as diferentes e também diversas linguagens que a Cartografia Escolar proporciona aos docentes em atuação. Pensar nas atuais práticas dos professores se faz necessário, pois permite entender a autonomia dos docentes e as apropriações de suas ações colocadas na esteira do campo da educação brasileira, e isso só será realizado por meio da reflexão da práxis. Adiante, idealizamos uma pesquisa com professores investigando através de um questionário, o panorama das linguagens geográficas, este recorte faz parte da pesquisa de mestrado realizado com professores da educação básica de Pelotas. Para além das questões levantadas, haverá um aprofundamento nas práticas de Cartografia Escolar que se apropriam das linguagens das histórias em quadrinhos. O debate colocado permite aprofundamentos necessários no campo das linguagens da Cartografia, assim como assente traçar linhas que direcionem para o aperfeiçoamento das práticas escolares, que desenvolvam habilidades importantes na Geografia. Espera-se contribuir colaborar com à aproximação dos conceitos e conteúdo da Cartografia, com ideias que possam ser utilizadas em sala de aula.","PeriodicalId":117596,"journal":{"name":"Metodologias e Aprendizado","volume":"45 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114678999","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-24DOI: 10.21166/metapre.v6i.3123
Ione Araújo, S. Dantas, Jefté Sousa da Silva, Davi Gerard de Sousa Mesquita
Nos últimos anos, a alfabetização cartográfica tem chamado atenção no âmbito da Geografia Escolar. Percebe-se limitações por parte dos professores de Geografia no ensino da Cartografia, o que gera a necessidade de repensar este ensino para a formação de alunos capazes de fazerem uma leitura significativa dos mapas, além de decodificação pura e simples (PASSINI, 2009). Torna-se imprescindível que o aluno não apenas decodifique os signos cartográficos, mas que também percebam os conceitos e as espacialidades do que está sendo observado, para que a leitura seja realmente significativa (KATUTA, 1997). Diante das dificuldades, o professor de geografia deve buscar de forma criativa novas metodologias de prática de ensino. Neste contexto, entendendo que o ensino se torna mais eficaz quando associado à inserção de recursos didáticos. O objetivo deste trabalho é compartilhar a experiência acerca da utilização de recursos didáticos para o ensino mais significativo da Cartografia para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Odilon Gonzaga Braveza, localizada em Fortaleza, CE. Os usos dos recursos didáticos já disponíveis e criados para um ensino mais direcionado constituíram subsídios para uma retomada de estudos cartográficos após o período de ensino remoto. Assim, no desfecho do semestre os alunos se reuniram na sala de multimídia da escola, onde equipes foram formadas com o objetivo de reforçar os conteúdos de Cartografia vistos até então. Os resultados apontaram melhoria, por parte dos alunos, na capacidade de associação do conteúdo ministrado ao longo do semestre.
{"title":"Recursos didáticos na alfabetização cartográfica no ensino fundamental: Possibilidades de criar e recriar","authors":"Ione Araújo, S. Dantas, Jefté Sousa da Silva, Davi Gerard de Sousa Mesquita","doi":"10.21166/metapre.v6i.3123","DOIUrl":"https://doi.org/10.21166/metapre.v6i.3123","url":null,"abstract":"Nos últimos anos, a alfabetização cartográfica tem chamado atenção no âmbito da Geografia Escolar. Percebe-se limitações por parte dos professores de Geografia no ensino da Cartografia, o que gera a necessidade de repensar este ensino para a formação de alunos capazes de fazerem uma leitura significativa dos mapas, além de decodificação pura e simples (PASSINI, 2009). Torna-se imprescindível que o aluno não apenas decodifique os signos cartográficos, mas que também percebam os conceitos e as espacialidades do que está sendo observado, para que a leitura seja realmente significativa (KATUTA, 1997). Diante das dificuldades, o professor de geografia deve buscar de forma criativa novas metodologias de prática de ensino. Neste contexto, entendendo que o ensino se torna mais eficaz quando associado à inserção de recursos didáticos. O objetivo deste trabalho é compartilhar a experiência acerca da utilização de recursos didáticos para o ensino mais significativo da Cartografia para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Odilon Gonzaga Braveza, localizada em Fortaleza, CE. Os usos dos recursos didáticos já disponíveis e criados para um ensino mais direcionado constituíram subsídios para uma retomada de estudos cartográficos após o período de ensino remoto. Assim, no desfecho do semestre os alunos se reuniram na sala de multimídia da escola, onde equipes foram formadas com o objetivo de reforçar os conteúdos de Cartografia vistos até então. Os resultados apontaram melhoria, por parte dos alunos, na capacidade de associação do conteúdo ministrado ao longo do semestre.","PeriodicalId":117596,"journal":{"name":"Metodologias e Aprendizado","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116024428","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-18DOI: 10.21166/metapre.v6i.3124
M. Carvalho, Cassio Pereira, D. Paula, Jorn Seemann
Trabalhar a Educação Cartográfica no contexto do ensino básico tem sido deveras desafiador. Em um mundo permeado pelas Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC's), um dos grandes obstáculos a efetivação da aprendizagem em Cartografia pode ser encontrado em dar significado ao conteúdo e, consequentemente, capturar a atenção dos estudantes de modo a construir saberes e fazeres para sua prática cotidiana. É evidente que a sociedade, mesmo mergulhada em mapas e mapeamentos, pouco sabe e interage, porque este saber tem um grau de ‘cientificidade’, tendo pouca utilidade e significância na Geografia cotidiana. No bojo dessa peleja, velhos conhecidos surgem como novas ferramentas para o desenvolvimento de um ensino com maior eficácia e significância, como as práticas escolares de mapeamento colaborativo. Cabe salientar que, evocando a literatura sobre o ensino, temos na pesquisa dentro da educação básica uma centelha para a instigação da curiosidade dos alunos, o que permite o avanço para o próximo passo. A inserção do conhecimento cartográfico diversificado (aqui representado pelo mapeamento colaborativo feito a partir de mapeamentos efêmeros e/ou uso do geoprocessamento), a fim de saciar a sede de conhecimento dos estudantes e a fome de aprendizagem do docente (e porque não dizer também, das instâncias superiores de gestão educacional), tem permitido inserir mapas e processos de mapeamentos para debruçar-se sobre os processos sociais e territoriais. Partindo dessa conjectura, surgem os seguintes questionamentos: qual o papel das práticas escolares dos mapeamentos colaborativos para a transformação dos saberes cartográficos científicos em saberes cartográficos práticos e cotidianos? Pode-se proporcionar uma consciência cartográfica a partir das práticas escolares dos mapeamentos colaborativos? Para ilustrar a proposta aqui ensejada faremos uso de um conjunto de trabalhos realizados no interior cearense, mais precisamente em municípios da região do Cariri. Para além de ilustrar propõe-se uma discussão e avaliação acerca das práticas à luz das teorias cartográficas e do ensino de modo a deixar claro que não há de fato uma panaceia capaz de sanar todas as problemáticas do processo educativo da Cartografia. Todavia, há meios para construir saberes e fazeres que oportunize a prática de mapear para desvendar as tramas da(s) geografia(s) do(s) fenômenos que ocorrem no cotidiano, tornando-a mais prazerosa, eficaz e significativa.
{"title":"Mapeamentos colaborativos e geografia(s) do cotidiano","authors":"M. Carvalho, Cassio Pereira, D. Paula, Jorn Seemann","doi":"10.21166/metapre.v6i.3124","DOIUrl":"https://doi.org/10.21166/metapre.v6i.3124","url":null,"abstract":"Trabalhar a Educação Cartográfica no contexto do ensino básico tem sido deveras desafiador. Em um mundo permeado pelas Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC's), um dos grandes obstáculos a efetivação da aprendizagem em Cartografia pode ser encontrado em dar significado ao conteúdo e, consequentemente, capturar a atenção dos estudantes de modo a construir saberes e fazeres para sua prática cotidiana. É evidente que a sociedade, mesmo mergulhada em mapas e mapeamentos, pouco sabe e interage, porque este saber tem um grau de ‘cientificidade’, tendo pouca utilidade e significância na Geografia cotidiana. No bojo dessa peleja, velhos conhecidos surgem como novas ferramentas para o desenvolvimento de um ensino com maior eficácia e significância, como as práticas escolares de mapeamento colaborativo. Cabe salientar que, evocando a literatura sobre o ensino, temos na pesquisa dentro da educação básica uma centelha para a instigação da curiosidade dos alunos, o que permite o avanço para o próximo passo. A inserção do conhecimento cartográfico diversificado (aqui representado pelo mapeamento colaborativo feito a partir de mapeamentos efêmeros e/ou uso do geoprocessamento), a fim de saciar a sede de conhecimento dos estudantes e a fome de aprendizagem do docente (e porque não dizer também, das instâncias superiores de gestão educacional), tem permitido inserir mapas e processos de mapeamentos para debruçar-se sobre os processos sociais e territoriais. Partindo dessa conjectura, surgem os seguintes questionamentos: qual o papel das práticas escolares dos mapeamentos colaborativos para a transformação dos saberes cartográficos científicos em saberes cartográficos práticos e cotidianos? Pode-se proporcionar uma consciência cartográfica a partir das práticas escolares dos mapeamentos colaborativos? Para ilustrar a proposta aqui ensejada faremos uso de um conjunto de trabalhos realizados no interior cearense, mais precisamente em municípios da região do Cariri. Para além de ilustrar propõe-se uma discussão e avaliação acerca das práticas à luz das teorias cartográficas e do ensino de modo a deixar claro que não há de fato uma panaceia capaz de sanar todas as problemáticas do processo educativo da Cartografia. Todavia, há meios para construir saberes e fazeres que oportunize a prática de mapear para desvendar as tramas da(s) geografia(s) do(s) fenômenos que ocorrem no cotidiano, tornando-a mais prazerosa, eficaz e significativa.","PeriodicalId":117596,"journal":{"name":"Metodologias e Aprendizado","volume":"46 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133528703","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-17DOI: 10.21166/metapre.v6i.3119
Renato Ribeiro
A ideia de ensino de geografia, na maioria das vezes, compreende a educação básica regular em suas reflexões e propostas pedagógicas, ou seja, estudantes que estão dentro das etapas consideradas corretas à escolarização, algo que caracteriza homogeneidade das turmas. O objetivo deste trabalho é demonstrar que alguns pressupostos ao ensino de geografia na educação não condizem, em alguns casos, com a realidade da sala de aula, posto que as turmas são heterogêneas e com aspectos e condições singulares. Apresentaremos os resultados dessa intervenção a partir do ensino de Geografia no Ensino de Jovens e Adultos (EJA), ao qual as abordagens, técnicas e estratégias de ensino-aprendizagem para ficam aquém às especificidades que esta modalidade apresenta no contexto escolar e na sala de aula. Tal fato, ainda fica mais evidente quando pensamos no atendimento de pessoas com deficiência na EJA, que, por um motivo ou outro, seja da ordem intelectual, sensorial ou motora, tem seu direito a educação negligenciado ou mesmo negado. Ao refletirmos sobre a ideia das atividades adaptadas no ensino de geografia e na cartografia escolar, na maioria das vezes, constata-se que são reducionistas e/ou infantilizam o conteúdo ofertado às pessoas que frequentam a EJA, e ao que pese a infantilização corrente o mesmo se agrava e intensifica quando conjugamos estudante da EJA com deficiência. Diante da exposição, buscamos apresentar reflexões que nos surgiram da experiência pedagógica com estudantes da EJA com ou sem alguma deficiência quando da aplicação do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA).
{"title":"O uso do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) na aprendizagem cartográfica e noções espaciais: um relato de experiência a partir da Educação de Jovens e Adultos (EJA).","authors":"Renato Ribeiro","doi":"10.21166/metapre.v6i.3119","DOIUrl":"https://doi.org/10.21166/metapre.v6i.3119","url":null,"abstract":"A ideia de ensino de geografia, na maioria das vezes, compreende a educação básica regular em suas reflexões e propostas pedagógicas, ou seja, estudantes que estão dentro das etapas consideradas corretas à escolarização, algo que caracteriza homogeneidade das turmas. O objetivo deste trabalho é demonstrar que alguns pressupostos ao ensino de geografia na educação não condizem, em alguns casos, com a realidade da sala de aula, posto que as turmas são heterogêneas e com aspectos e condições singulares. Apresentaremos os resultados dessa intervenção a partir do ensino de Geografia no Ensino de Jovens e Adultos (EJA), ao qual as abordagens, técnicas e estratégias de ensino-aprendizagem para ficam aquém às especificidades que esta modalidade apresenta no contexto escolar e na sala de aula. Tal fato, ainda fica mais evidente quando pensamos no atendimento de pessoas com deficiência na EJA, que, por um motivo ou outro, seja da ordem intelectual, sensorial ou motora, tem seu direito a educação negligenciado ou mesmo negado. Ao refletirmos sobre a ideia das atividades adaptadas no ensino de geografia e na cartografia escolar, na maioria das vezes, constata-se que são reducionistas e/ou infantilizam o conteúdo ofertado às pessoas que frequentam a EJA, e ao que pese a infantilização corrente o mesmo se agrava e intensifica quando conjugamos estudante da EJA com deficiência. Diante da exposição, buscamos apresentar reflexões que nos surgiram da experiência pedagógica com estudantes da EJA com ou sem alguma deficiência quando da aplicação do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA).","PeriodicalId":117596,"journal":{"name":"Metodologias e Aprendizado","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129619825","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-17DOI: 10.21166/metapre.v6i.3129
Iani Magalhaes, Nicollas Da Silva Cabral, Fabiano Luis Belém
Este estudo traz como principal foco trabalhar a cartografia escolar com os alunos do 9° ano da Escola José do Patrocínio no distrito de Fazendinha em Macapá, AP. Dentro dos objetivos desta pesquisa avaliou o conhecimento concreto e abstrato dos discentes, a partir das compreensões que eles têm do espaço geográfico. A metodologia empregada nesta investigação foi um estudo de caso, de acordo com revisões bibliográficas e trabalhos de campo para verificar a dinâmica dos alunos em sala de aula. Como procedimentos metodológicos realizou num primeiro momento atividades com os discentes em sala de aula, expondo e exemplificando conceitos básicos da cartografia. A partir deste trabalho e do mapa da região da escola os alunos geraram os mapas mentais das áreas do entorno da escola. Posteriormente, houve a busca e identificação de feições geográficas presentes no bairro do colégio, tendo mapas bases como parâmetro que foram divididos em 6 regiões que são Norte, Noroeste, Nordeste, Sul, Sudoeste e Sudeste. Os resultados obtidos apresentam uma deficiência no ensino-aprendizagem de cartografia escolar, que mostra uma dificuldade do processo de construção do conhecimento abstrato por parte dos alunos. Houve uma grande quantidade de desacertos, o que mostra uma enorme deficiência em grande parte quando se trata da cartografia básica, errando até mesmo feições geográficas que fazem parte do cotidiano do discente, como por exemplo, as unidades de conservação. Este trabalho mostra que existe uma necessidade de haver um reforço no ensino da cartografia para os alunos da escola estadual Jose do Patrocínio- AP.
本研究把重点学校测绘工作和学校的9°年级约瑟夫在Macapá赞助的小农场区,公寓。在这个研究目标评估具体和抽象的知识,学习者的理解他们的地理空间。本研究采用个案研究的方法,根据文献综述和实地调查,以验证学生在课堂上的动态。作为方法论程序,首先与学生在课堂上进行活动,暴露和例证制图学的基本概念。从这项工作和学校区域地图中,学生生成了学校周围区域的心理地图。随后,对colegio附近的地理特征进行了搜索和识别,以地图为参数,将其划分为北、西北、东北、南、西南和东南6个区域。研究结果表明,学校地图学教学存在不足,学生在建构抽象知识的过程中存在困难。有很多错误,这显示了一个巨大的缺陷,特别是当涉及到基本的制图,甚至错过了地理特征,这是学生日常生活的一部分,如保护区。这项工作表明,有必要加强国家学校Jose do patrocinio - AP的制图学教学。
{"title":"A elaboração de mapas mentais dos alunos do 9º ano da escola José do Patrocínio do distrito de Fazendinha - AP","authors":"Iani Magalhaes, Nicollas Da Silva Cabral, Fabiano Luis Belém","doi":"10.21166/metapre.v6i.3129","DOIUrl":"https://doi.org/10.21166/metapre.v6i.3129","url":null,"abstract":"Este estudo traz como principal foco trabalhar a cartografia escolar com os alunos do 9° ano da Escola José do Patrocínio no distrito de Fazendinha em Macapá, AP. Dentro dos objetivos desta pesquisa avaliou o conhecimento concreto e abstrato dos discentes, a partir das compreensões que eles têm do espaço geográfico. A metodologia empregada nesta investigação foi um estudo de caso, de acordo com revisões bibliográficas e trabalhos de campo para verificar a dinâmica dos alunos em sala de aula. Como procedimentos metodológicos realizou num primeiro momento atividades com os discentes em sala de aula, expondo e exemplificando conceitos básicos da cartografia. A partir deste trabalho e do mapa da região da escola os alunos geraram os mapas mentais das áreas do entorno da escola. Posteriormente, houve a busca e identificação de feições geográficas presentes no bairro do colégio, tendo mapas bases como parâmetro que foram divididos em 6 regiões que são Norte, Noroeste, Nordeste, Sul, Sudoeste e Sudeste. Os resultados obtidos apresentam uma deficiência no ensino-aprendizagem de cartografia escolar, que mostra uma dificuldade do processo de construção do conhecimento abstrato por parte dos alunos. Houve uma grande quantidade de desacertos, o que mostra uma enorme deficiência em grande parte quando se trata da cartografia básica, errando até mesmo feições geográficas que fazem parte do cotidiano do discente, como por exemplo, as unidades de conservação. Este trabalho mostra que existe uma necessidade de haver um reforço no ensino da cartografia para os alunos da escola estadual Jose do Patrocínio- AP.","PeriodicalId":117596,"journal":{"name":"Metodologias e Aprendizado","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121156800","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-17DOI: 10.21166/metapre.v6i.3062
V. Santos, M. Rizzatti, C. Petsch, Natália Lampert Batista
Memes são uma espécie de mainstream do período atual. Diante disso, este trabalho pretende, ao passo que se assegura a função comunicativa dos memes como um discurso notadamente encontrado nas redes sociais digitais, destacar o seu potencial educativo, ou seja, desvelar a contribuição desse recurso multimodal, com uma linguagem que é típica dos multiletramentos, para o ensino e a aprendizagem de Geografia, fazendo com que as aulas desta disciplina, em espaços escolares, sejam atrativas e capazes de fazer com que o estudo de determinados conteúdos, por vezes abstratos, gere significados concretos no cotidiano dos sujeitos do processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, sendo a Cartografia um campo de estudo pelo qual a ciência geográfica se utiliza para melhor elucidar os acontecimentos e/ou fenômenos que ocorrem no espaço, serão utilizados/criados memes com referência a temática de escala, coordenadas geográficas, projeções, fusos horários, entre outros. Parte-se da necessidade de dar ao aluno, através da mediação do docente, a possibilidade de aproximar-se de conhecimentos cartográficos e apreendê-los de maneira mais significativa, a partir desse recurso que os estudantes revelam ter bastante contato em atividades do cotidiano, bem como de fazerem uso, para comunicação e interação social. Logo, ao se apresentar a intenção de trabalhar com tais textos contemporâneos na/para a Cartografia Escolar, significa dizer que eles, quando fundamentados didaticamente, possibilitam uma melhor apreensão das formascom que o ser humano constrói o seu espaço e transforma a natureza, granjeando o interesse dos estudantes para com o que irá ser abordado em sala de aula.
{"title":"Memes de cartografia: Uma proposta didático-pedagógica para o ensino de geografia","authors":"V. Santos, M. Rizzatti, C. Petsch, Natália Lampert Batista","doi":"10.21166/metapre.v6i.3062","DOIUrl":"https://doi.org/10.21166/metapre.v6i.3062","url":null,"abstract":"Memes são uma espécie de mainstream do período atual. Diante disso, este trabalho pretende, ao passo que se assegura a função comunicativa dos memes como um discurso notadamente encontrado nas redes sociais digitais, destacar o seu potencial educativo, ou seja, desvelar a contribuição desse recurso multimodal, com uma linguagem que é típica dos multiletramentos, para o ensino e a aprendizagem de Geografia, fazendo com que as aulas desta disciplina, em espaços escolares, sejam atrativas e capazes de fazer com que o estudo de determinados conteúdos, por vezes abstratos, gere significados concretos no cotidiano dos sujeitos do processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, sendo a Cartografia um campo de estudo pelo qual a ciência geográfica se utiliza para melhor elucidar os acontecimentos e/ou fenômenos que ocorrem no espaço, serão utilizados/criados memes com referência a temática de escala, coordenadas geográficas, projeções, fusos horários, entre outros. Parte-se da necessidade de dar ao aluno, através da mediação do docente, a possibilidade de aproximar-se de conhecimentos cartográficos e apreendê-los de maneira mais significativa, a partir desse recurso que os estudantes revelam ter bastante contato em atividades do cotidiano, bem como de fazerem uso, para comunicação e interação social. Logo, ao se apresentar a intenção de trabalhar com tais textos contemporâneos na/para a Cartografia Escolar, significa dizer que eles, quando fundamentados didaticamente, possibilitam uma melhor apreensão das formascom que o ser humano constrói o seu espaço e transforma a natureza, granjeando o interesse dos estudantes para com o que irá ser abordado em sala de aula.","PeriodicalId":117596,"journal":{"name":"Metodologias e Aprendizado","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133878502","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-06DOI: 10.21166/metapre.v6i.3130
Gabriel Lemos, L. Dias, Matheus Rossales
O presente trabalho busca a verificação das relações entre as atividades escoteiras e a ciência cartográfica, dividindo-se em quatro seções, sendo a primeira um breve resumo do que é o movimento escoteiro, seu surgimento e sua caracterização enquanto ensino não formal. Na sequência, busca-se a verificação da ocorrência do uso da ciência cartográfica nas atividades propostas e desenvolvidas pelo movimento escoteiro através de uma revisão de literatura, buscando publicações que interseccionassem o escotismo e a cartografia. Em seguida, são elencadas três publicações e uma dissertação, que em parte ou no todo, abordam as relações entre escotismo e cartografia em atividades desenvolvidas ou em documentos e manuais escoteiros que apresentem elementos da ciência cartográfica. Também são apresentadas as categorias de pesquisas utilizadas e desenvolvidas pelos seus respectivos autores e a forma de contato que ocorreu entre os mesmos e as atividades escoteiras no decorrer das suas pesquisas. No último momento, será realizado um fechamento elencando, a partir dos textos encontrados, como a cartografia está presente nas atividades escoteiras em diferentes momentos e da sua proposta pedagógica, também apresentando como a mesma é trabalhada pelos escotistas e suas finalidades. Por fim, há uma reflexão sobre os desdobramentos na construção dos conhecimentos geográficos e cartográficos para os indivíduos participantes das atividades.
{"title":"Escotismo e Cartografia: As relações e usos da cartografia em atividades do movimento escoteiro","authors":"Gabriel Lemos, L. Dias, Matheus Rossales","doi":"10.21166/metapre.v6i.3130","DOIUrl":"https://doi.org/10.21166/metapre.v6i.3130","url":null,"abstract":"O presente trabalho busca a verificação das relações entre as atividades escoteiras e a ciência cartográfica, dividindo-se em quatro seções, sendo a primeira um breve resumo do que é o movimento escoteiro, seu surgimento e sua caracterização enquanto ensino não formal. Na sequência, busca-se a verificação da ocorrência do uso da ciência cartográfica nas atividades propostas e desenvolvidas pelo movimento escoteiro através de uma revisão de literatura, buscando publicações que interseccionassem o escotismo e a cartografia. Em seguida, são elencadas três publicações e uma dissertação, que em parte ou no todo, abordam as relações entre escotismo e cartografia em atividades desenvolvidas ou em documentos e manuais escoteiros que apresentem elementos da ciência cartográfica. Também são apresentadas as categorias de pesquisas utilizadas e desenvolvidas pelos seus respectivos autores e a forma de contato que ocorreu entre os mesmos e as atividades escoteiras no decorrer das suas pesquisas. No último momento, será realizado um fechamento elencando, a partir dos textos encontrados, como a cartografia está presente nas atividades escoteiras em diferentes momentos e da sua proposta pedagógica, também apresentando como a mesma é trabalhada pelos escotistas e suas finalidades. Por fim, há uma reflexão sobre os desdobramentos na construção dos conhecimentos geográficos e cartográficos para os indivíduos participantes das atividades.","PeriodicalId":117596,"journal":{"name":"Metodologias e Aprendizado","volume":"92 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115665677","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-04DOI: 10.21166/metapre.v6i.3132
Maiara Tibola, Mafalda Nesi Francischett
Neste texto, apresentamos aspectos relacionados à importância dos mapas táteis, como recursos didáticos mediadores para o conhecimento geográfico dos estudantes cegos. Um estudo de caso em desenvolvimento, cujo recorte espacial se dá no município de Francisco Beltrão-PR, com a participação de 15 professores da Educação Básica, que foram entrevistados a respeito do ensino dos estudantes cegos inclusos e sobre o trabalho com os conceitos geográficos, tanto no ensino regular como no Atendimento Educacional Especializado, das Salas de Recursos Multifuncionais - Área da Deficiência Visual (SRM-DV) e no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP). A linha metodológica segue pela Teoria Histórico Crítica, como base na elaboração e adaptação de recursos didáticos táteis. O trabalho é realizado no Laboratório e Grupo de Pesquisa Representações, Espaços, Tempos e Linguagens em Experiências Educativas (RETLEE), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Francisco Beltrão (UNIOESTE-FB), onde as matrizes de mapas táteis são construídas baseadas nos dados recolhidos na investigação e no indicativo da maior necessidade para estudar e ensinar sobre a relação do lugar no mundo dos cegos. As bases foram construídas e avaliadas por professores e estudantes cegos. Os mapas foram reproduzidos em acetato na máquina de termoformagem. Seguimos na afirmativa de que nenhuma proposta pedagógica por si só dá conta da realidade. Portanto, defendemos a perspectiva teórica de Vigotski, pois indica que a mediação dos conteúdos considera a realidade para proporcionar o conhecimento e que sejam analisados os aspectos históricos e sociais do contexto estudado.
{"title":"Mapas táteis como mediadores na interpretação espacial","authors":"Maiara Tibola, Mafalda Nesi Francischett","doi":"10.21166/metapre.v6i.3132","DOIUrl":"https://doi.org/10.21166/metapre.v6i.3132","url":null,"abstract":"Neste texto, apresentamos aspectos relacionados à importância dos mapas táteis, como recursos didáticos mediadores para o conhecimento geográfico dos estudantes cegos. Um estudo de caso em desenvolvimento, cujo recorte espacial se dá no município de Francisco Beltrão-PR, com a participação de 15 professores da Educação Básica, que foram entrevistados a respeito do ensino dos estudantes cegos inclusos e sobre o trabalho com os conceitos geográficos, tanto no ensino regular como no Atendimento Educacional Especializado, das Salas de Recursos Multifuncionais - Área da Deficiência Visual (SRM-DV) e no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP). A linha metodológica segue pela Teoria Histórico Crítica, como base na elaboração e adaptação de recursos didáticos táteis. O trabalho é realizado no Laboratório e Grupo de Pesquisa Representações, Espaços, Tempos e Linguagens em Experiências Educativas (RETLEE), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Francisco Beltrão (UNIOESTE-FB), onde as matrizes de mapas táteis são construídas baseadas nos dados recolhidos na investigação e no indicativo da maior necessidade para estudar e ensinar sobre a relação do lugar no mundo dos cegos. As bases foram construídas e avaliadas por professores e estudantes cegos. Os mapas foram reproduzidos em acetato na máquina de termoformagem. Seguimos na afirmativa de que nenhuma proposta pedagógica por si só dá conta da realidade. Portanto, defendemos a perspectiva teórica de Vigotski, pois indica que a mediação dos conteúdos considera a realidade para proporcionar o conhecimento e que sejam analisados os aspectos históricos e sociais do contexto estudado.","PeriodicalId":117596,"journal":{"name":"Metodologias e Aprendizado","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127465316","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-04DOI: 10.21166/metapre.v6i.3257
Pedro Alves, Gabriela Siqueira, Tiaraju Duarte
O presente trabalho discute a construção de uma cartografia social da resistência LGBTQIA+ no espaço urbano do município de Pelotas. A análise é fruto da aproximação de duas pesquisas acadêmicas, sendo a primeira um trabalho de conclusão de curso de licenciatura em Geografia intitulado “As múltiplas territorialidades do medo e violência LGBTQIA+ na cidade de Pelotas: Corpos em processo de exclusão” e o segunda um projeto desenvolvido junto ao grupo de pesquisa “Margens: grupos em processo de exclusão e suas formas de habitar Pelotas/RS” que investiga como os atores pertencentes a comunidade LGBTQIA+ fazem-cidade e exercem seu direito à cidade. Frente a esta apresentação, o objetivo do presente artigo é identificar e cartografar as violências vivenciadas e as estratégias de enfrentamento desenvolvidas por quem é LGBTQIA+ na cidade de Pelotas, possibilitando neste sentido construir recursos didáticos voltados a conscientização desta situação. Em termos metodológicos, para elencar os pontos que seriam marcados em nossa cartografia recorremos, além das pesquisas mencionadas anteriormente, a revisão bibliográfica de trabalhos que abordam questões relacionadas a pessoas LGBTQIA+ no contexto de Pelotas e que tratassem de lugares ou acontecimentos que envolvessem formas de resistência na cidade. O caminho que seguimos para construção da cartografia teve grande influência dos entendimentos, expostos no artigo “Mapas, mapeamentos e a cartografia da realidade”, do geógrafo Seemann (2003). Além disso, para a realização do artigo foram utilizados vídeos, colagens digitais, colagens digitais em vídeos, narrativas, imagens, como formas de representar um cenário urbano que está em constante movimento, construído e reconstruído pela incessante relação entre periferias e centro (AGIER, 2015). Como base conceitual, partimos de um entendimento de resistência formulado por Michel Foucault (1988). Como resultados, podemos visualizar que a cartografia possibilitou identificar locais considerados seguros ou representativos (MAGNANI, 1993) que puderam inclusive se apresentar como formas táticas (CERTEAU, 2008) para fazer-cidade e exercer o direito à cidade (AGIER, 2015) - de pessoas LGBTQIA+. Estes elementos foram explorados por nós como forma de apresentar com diferentes linguagens e possibilidades, por meio da elaboração dos recursos didáticos, uma cidade de Pelotas que é feita de resistência, ainda que em suas dinâmicas existem inúmeras situações de violência. Assim, utilizamos da cartografia como forma de contar, como coloca Jörn Seemann (2003), que a cidade é feita por pessoas LGBTQIA+ através da articulação criativa de ações de lutas e táticas cotidianas para contornar estas violências.
{"title":"Por uma cartografia do (r)existir cotidiano: o viver e as práticas espaciais da comunidade LGBTQIA+ no município de Pelotas","authors":"Pedro Alves, Gabriela Siqueira, Tiaraju Duarte","doi":"10.21166/metapre.v6i.3257","DOIUrl":"https://doi.org/10.21166/metapre.v6i.3257","url":null,"abstract":"O presente trabalho discute a construção de uma cartografia social da resistência LGBTQIA+ no espaço urbano do município de Pelotas. A análise é fruto da aproximação de duas pesquisas acadêmicas, sendo a primeira um trabalho de conclusão de curso de licenciatura em Geografia intitulado “As múltiplas territorialidades do medo e violência LGBTQIA+ na cidade de Pelotas: Corpos em processo de exclusão” e o segunda um projeto desenvolvido junto ao grupo de pesquisa “Margens: grupos em processo de exclusão e suas formas de habitar Pelotas/RS” que investiga como os atores pertencentes a comunidade LGBTQIA+ fazem-cidade e exercem seu direito à cidade. Frente a esta apresentação, o objetivo do presente artigo é identificar e cartografar as violências vivenciadas e as estratégias de enfrentamento desenvolvidas por quem é LGBTQIA+ na cidade de Pelotas, possibilitando neste sentido construir recursos didáticos voltados a conscientização desta situação. Em termos metodológicos, para elencar os pontos que seriam marcados em nossa cartografia recorremos, além das pesquisas mencionadas anteriormente, a revisão bibliográfica de trabalhos que abordam questões relacionadas a pessoas LGBTQIA+ no contexto de Pelotas e que tratassem de lugares ou acontecimentos que envolvessem formas de resistência na cidade. O caminho que seguimos para construção da cartografia teve grande influência dos entendimentos, expostos no artigo “Mapas, mapeamentos e a cartografia da realidade”, do geógrafo Seemann (2003). Além disso, para a realização do artigo foram utilizados vídeos, colagens digitais, colagens digitais em vídeos, narrativas, imagens, como formas de representar um cenário urbano que está em constante movimento, construído e reconstruído pela incessante relação entre periferias e centro (AGIER, 2015). Como base conceitual, partimos de um entendimento de resistência formulado por Michel Foucault (1988). Como resultados, podemos visualizar que a cartografia possibilitou identificar locais considerados seguros ou representativos (MAGNANI, 1993) que puderam inclusive se apresentar como formas táticas (CERTEAU, 2008) para fazer-cidade e exercer o direito à cidade (AGIER, 2015) - de pessoas LGBTQIA+. Estes elementos foram explorados por nós como forma de apresentar com diferentes linguagens e possibilidades, por meio da elaboração dos recursos didáticos, uma cidade de Pelotas que é feita de resistência, ainda que em suas dinâmicas existem inúmeras situações de violência. Assim, utilizamos da cartografia como forma de contar, como coloca Jörn Seemann (2003), que a cidade é feita por pessoas LGBTQIA+ através da articulação criativa de ações de lutas e táticas cotidianas para contornar estas violências. ","PeriodicalId":117596,"journal":{"name":"Metodologias e Aprendizado","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126359241","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}