Pub Date : 2022-05-16DOI: 10.53000/cpa.v27i37/38.4672
A. Moreno
Com seu livro, o prof. Benoit enfrenta, no âmbito específico da história da filosofia, a ampla e secular questão de como compreender e explicar as obras humanas em sua especificidade simbólica. Isto é feito através de severa crítica à atitude cientificista vigente nessa área da filosofia e, também, através do método imanentista que Benoit propõe para a leitura e interpretação de textos – tomando como exemplo de sua aplicação os Diálogos de Platão.
{"title":"Apresentação a Platão e as temporalidades","authors":"A. Moreno","doi":"10.53000/cpa.v27i37/38.4672","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/cpa.v27i37/38.4672","url":null,"abstract":"Com seu livro, o prof. Benoit enfrenta, no âmbito específico da história da filosofia, a ampla e secular questão de como compreender e explicar as obras humanas em sua especificidade simbólica. Isto é feito através de severa crítica à atitude cientificista vigente nessa área da filosofia e, também, através do método imanentista que Benoit propõe para a leitura e interpretação de textos – tomando como exemplo de sua aplicação os Diálogos de Platão.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129307056","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-16DOI: 10.53000/cpa.v27i37/38.4671
C. Rodrigues
Este artigo está dividido em duas partes. A primeira, Aprendizagem, remonta a fragmentos de memória, a partir dos quais um retrato compósito – como aquelas antigas fotografias – do professor Arley Ramos Moreno (1943-2022) possa ser composto. Esse retrato indica aspectos aparentemente socráticos do professor, mas não platônicos, que refletem aspectos de sua obra filosófica. A segunda parte, Reminiscências, tenta estabelecer sugestões para uma comparação entre o Peirce, Wittgenstein e Moreno, quanto a aspectos especificamente não essencializantes em suas filosofias. Ao final, o artigo chega a uma caracterização da epistemologia do uso de Moreno que a aproxima de conclusões de Peirce que poderiam ser tomadas como condições prévias para a possibilidade do projeto de Wittgenstein de uma terapêutica filosófica.
{"title":"Peirce, Wittgenstein, Moreno e a aprendizagem das reminiscências","authors":"C. Rodrigues","doi":"10.53000/cpa.v27i37/38.4671","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/cpa.v27i37/38.4671","url":null,"abstract":"Este artigo está dividido em duas partes. A primeira, Aprendizagem, remonta a fragmentos de memória, a partir dos quais um retrato compósito – como aquelas antigas fotografias – do professor Arley Ramos Moreno (1943-2022) possa ser composto. Esse retrato indica aspectos aparentemente socráticos do professor, mas não platônicos, que refletem aspectos de sua obra filosófica. A segunda parte, Reminiscências, tenta estabelecer sugestões para uma comparação entre o Peirce, Wittgenstein e Moreno, quanto a aspectos especificamente não essencializantes em suas filosofias. Ao final, o artigo chega a uma caracterização da epistemologia do uso de Moreno que a aproxima de conclusões de Peirce que poderiam ser tomadas como condições prévias para a possibilidade do projeto de Wittgenstein de uma terapêutica filosófica.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132939383","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-16DOI: 10.53000/cpa.v27i37/38.4673
Paulo Sérgio de Vasconcellos, F. N. Silva, P. P. A. Funari
Entrevista com Paulo Sérgio de Vasconcellos.
采访保罗-塞尔吉奥-德-瓦斯康塞洛斯。
{"title":"A antiguidade romana no mundo contemporâneo","authors":"Paulo Sérgio de Vasconcellos, F. N. Silva, P. P. A. Funari","doi":"10.53000/cpa.v27i37/38.4673","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/cpa.v27i37/38.4673","url":null,"abstract":"Entrevista com Paulo Sérgio de Vasconcellos.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129033044","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-16DOI: 10.53000/cpa.v27i37/38.4674
Pedro Tarozzo Tinoco Cabral Lima
Alguns poucos pensadores conseguem ter a sensibilidade de sentir os ventos que sopram em seu momento histórico, traduzindo filosoficamente as ideias que são por eles levantadas. Bacon foi um desses pensadores, pois conseguiu pôr em palavras o sentimento de mudança que perpassava a geração que então fundava o capitalismo, deixando o passado medieval rumo à modernidade. A sua Nova Atlântida representa a síntese dessa mudança, marco dessa transição que retoma a ideia platônica de Atlântida para assentar os pilares da Inglaterra incipientemente capitalista, na qual o imperialismo em ascensão começava a dar as cartas da vez. Neste pequeno artigo, procura-se abordar o significado filosófico desse “refundar” de Atlântida no contexto histórico de Bacon.
{"title":"Alegorias capitalistas da Atlântida perdida","authors":"Pedro Tarozzo Tinoco Cabral Lima","doi":"10.53000/cpa.v27i37/38.4674","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/cpa.v27i37/38.4674","url":null,"abstract":"Alguns poucos pensadores conseguem ter a sensibilidade de sentir os ventos que sopram em seu momento histórico, traduzindo filosoficamente as ideias que são por eles levantadas. Bacon foi um desses pensadores, pois conseguiu pôr em palavras o sentimento de mudança que perpassava a geração que então fundava o capitalismo, deixando o passado medieval rumo à modernidade. A sua Nova Atlântida representa a síntese dessa mudança, marco dessa transição que retoma a ideia platônica de Atlântida para assentar os pilares da Inglaterra incipientemente capitalista, na qual o imperialismo em ascensão começava a dar as cartas da vez. Neste pequeno artigo, procura-se abordar o significado filosófico desse “refundar” de Atlântida no contexto histórico de Bacon.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127735587","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-05-16DOI: 10.53000/cpa.v27i37/38.4675
Catarina de Faria Rodrigues, F. N. Silva
Este artigo discute a atuação laboral das libertas no Império Romano a partir da epigrafia latina. Tem-se por intenção avaliar as contribuições das teorias feministas para os Estudos Clássicos, e ressaltar sua importância para a construção de uma História Antiga que possa e deva reconhecer e valorizar a experiência histórica das mulheres. Assim sendo, propõe-se a leitura de inscrições funerárias latinas de mulheres egressas da escravidão. Nesta empreitada, interessa-nos evidenciar a contribuição social e econômica das mulheres para além da exclusão proposta pela escravidão.
{"title":"Mulheres alforriadas e o trabalho no império romano","authors":"Catarina de Faria Rodrigues, F. N. Silva","doi":"10.53000/cpa.v27i37/38.4675","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/cpa.v27i37/38.4675","url":null,"abstract":"Este artigo discute a atuação laboral das libertas no Império Romano a partir da epigrafia latina. Tem-se por intenção avaliar as contribuições das teorias feministas para os Estudos Clássicos, e ressaltar sua importância para a construção de uma História Antiga que possa e deva reconhecer e valorizar a experiência histórica das mulheres. Assim sendo, propõe-se a leitura de inscrições funerárias latinas de mulheres egressas da escravidão. Nesta empreitada, interessa-nos evidenciar a contribuição social e econômica das mulheres para além da exclusão proposta pela escravidão.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116453741","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-26DOI: 10.53000/cpa.v26i36.4522
Reinaldo Sampaio Pereira
Muito já se escreveu e ainda se escreve sobre o método na Ética a Nicômaco de Aristóteles. O propósito que move a redação deste artigo não é o de entrar em tal debate, mas o de examinar parcialmente uma passagem (EN VII 1, 1145b2-7) freqüentemente visitada por aqueles que analisam o método na ética aristotélica. Ao comentar esta passagem em um célebre artigo, Jonathan Barnes observa que o método empregado na Ética a Nicômaco, denominado por Barnes ‘o método das endoxa’, é composto de três elementos. O primeiro elemento de tal método consiste em estabelecer os phainomena (tithenai ta phainomena), isto é, consiste em estabelecer as opiniões reputáveis (ta endoxa) sobre os objetos da ética. Neste artigo trataremos deste primeiro elemento do método em questão. Examinaremos os porquês de Aristóteles recorrer a opiniões reputáveis (endoxa) no método empregado na Ética a Nicômaco e, então, verificaremos se tal uso das endoxa autoriza a considerar de modo apropriado a ética aristotélica como uma ética do senso comum.
在亚里士多德的《尼各马可伦理学》中,关于方法已经写了很多,现在仍然写着。这篇文章的目的不是进入这样的辩论,而是部分地检查一段(EN VII 1,1145 b2-7),这段话经常被那些分析亚里士多德伦理学方法的人访问。乔纳森·巴恩斯(Jonathan Barnes)在一篇著名文章中评论这篇文章时指出,尼各马可伦理学中使用的方法,被巴恩斯称为“endoxa方法”,由三个要素组成。这种方法的第一个要素是建立phainomena (tithenai ta phainomena),即建立关于伦理对象的声誉意见(ta endoxa)。在本文中,我们将讨论该方法的第一个元素。我们将检验为什么亚里士多德在尼各马可伦理学中使用了著名的观点(endoxa),然后我们将验证这种endoxa的使用是否授权适当地考虑亚里士多德伦理学作为常识伦理学。
{"title":"Sobre o método na ética a Nicômaco de Aristóteles","authors":"Reinaldo Sampaio Pereira","doi":"10.53000/cpa.v26i36.4522","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/cpa.v26i36.4522","url":null,"abstract":"Muito já se escreveu e ainda se escreve sobre o método na Ética a Nicômaco de Aristóteles. O propósito que move a redação deste artigo não é o de entrar em tal debate, mas o de examinar parcialmente uma passagem (EN VII 1, 1145b2-7) freqüentemente visitada por aqueles que analisam o método na ética aristotélica. Ao comentar esta passagem em um célebre artigo, Jonathan Barnes observa que o método empregado na Ética a Nicômaco, denominado por Barnes ‘o método das endoxa’, é composto de três elementos. O primeiro elemento de tal método consiste em estabelecer os phainomena (tithenai ta phainomena), isto é, consiste em estabelecer as opiniões reputáveis (ta endoxa) sobre os objetos da ética. Neste artigo trataremos deste primeiro elemento do método em questão. Examinaremos os porquês de Aristóteles recorrer a opiniões reputáveis (endoxa) no método empregado na Ética a Nicômaco e, então, verificaremos se tal uso das endoxa autoriza a considerar de modo apropriado a ética aristotélica como uma ética do senso comum.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124071543","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-26DOI: 10.53000/cpa.v26i36.4520
Marco Zingano
Neste artigo, busco mostrar a relevância da percepção na determinação da ação moral a que chega o prudente. Para tanto, é feita a análise de algumas passagens do Livro VI da Ética Nicomaqueia, com especial atenção a VI 2 1139a17-18 tria dê estin en têi psuchêi ta kuria praxeôs kai alêtheias, aisthêsis nous orexis.
在这篇文章中,我试图展示感知在决定谨慎的道德行为中的相关性。为此,本文分析了《尼各马基雅伦理学》第六卷的一些段落,特别关注了《尼各马基雅伦理学》第二卷1139a17-18 tria de estin en tai psuchai ta kuria praxeo kai aletiias, aisthesis nous orexis》。
{"title":"A prudência e sua natureza tricípite em Aristóteles","authors":"Marco Zingano","doi":"10.53000/cpa.v26i36.4520","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/cpa.v26i36.4520","url":null,"abstract":"Neste artigo, busco mostrar a relevância da percepção na determinação da ação moral a que chega o prudente. Para tanto, é feita a análise de algumas passagens do Livro VI da Ética Nicomaqueia, com especial atenção a VI 2 1139a17-18 tria dê estin en têi psuchêi ta kuria praxeôs kai alêtheias, aisthêsis nous orexis.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132463511","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-26DOI: 10.53000/cpa.v26i36.4517
C. Nascimento
Apresenta-se aqui uma tradução da questão 6ª das Questões disputadas sobre o mal de Tomás de Aquino. O assunto em discussão é se a escolha humana é livre ou está sujeita à necessidade. A resposta de Tomás distingue dois aspectos no movimento da vontade: o exercício do ato de escolher e o objeto do ato de escolher. Tomás procura então mostrar que, quanto ao exercício da escolha, a vontade nunca está sujeita à necessidade; quanto ao objeto da escolha, ela é movida por um bem adequado em particular. Assim ela se move necessariamente para a bem-aventurança, pois todos querem ser felizes. Face aos bens particulares, estes não determinam necessariamente a vontade, ela tem o poder de escolher entre eles, a não ser face a bens que independem da vontade, como ser, viver e entender.
{"title":"Questão disputada sobre o mal – Q. 6","authors":"C. Nascimento","doi":"10.53000/cpa.v26i36.4517","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/cpa.v26i36.4517","url":null,"abstract":"Apresenta-se aqui uma tradução da questão 6ª das Questões disputadas sobre o mal de Tomás de Aquino. O assunto em discussão é se a escolha humana é livre ou está sujeita à necessidade. A resposta de Tomás distingue dois aspectos no movimento da vontade: o exercício do ato de escolher e o objeto do ato de escolher. Tomás procura então mostrar que, quanto ao exercício da escolha, a vontade nunca está sujeita à necessidade; quanto ao objeto da escolha, ela é movida por um bem adequado em particular. Assim ela se move necessariamente para a bem-aventurança, pois todos querem ser felizes. Face aos bens particulares, estes não determinam necessariamente a vontade, ela tem o poder de escolher entre eles, a não ser face a bens que independem da vontade, como ser, viver e entender.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132718059","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-26DOI: 10.53000/cpa.v26i36.4521
Cláudio William Veloso
Este artigo é um trabalho ao mesmo tempo de história da filosofia e de filosofia. Ele constitui a primeira parte de um díptico que levanta a hipótese da possibilidade de definir a verdade. Após a distinção das três grandes acepções da palavra « verdade » (sinceridade, ipseidade, bondade de um julgamento), a individuação da acepção segundo a qual se trataria de definir a verdade (a terceira) e algumas considerações sobre esta última, o autor concentra-se na questão que consiste em saber o que torna verdadeiro um julgamento. O ponto de partida é a concepção aristotélica da verdade à qual são reconduzidas várias concepções concorrentes, principalmente a dita « da verdade como correspondência com a realidade », embora Aristóteles jamais apresente a sua nesses termos. Em um segundo momento, o autor compara essa concepção com a de Alfred Tarski, que supostamente retomaria Aristóteles, afim de mostrar tudo que separa esses dois pensadores. O autor procede, em seguida, a uma defesa da posição de Aristóteles e, enfim, sugere uma resposta provisória à questão posta: o que torna verdadeiro um julgamento é a crença, sendo que crer não é, todavia, ter por verdadeiro.
{"title":"Definindo a verdade 1. Aristóteles e Tarski","authors":"Cláudio William Veloso","doi":"10.53000/cpa.v26i36.4521","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/cpa.v26i36.4521","url":null,"abstract":"Este artigo é um trabalho ao mesmo tempo de história da filosofia e de filosofia. Ele constitui a primeira parte de um díptico que levanta a hipótese da possibilidade de definir a verdade. Após a distinção das três grandes acepções da palavra « verdade » (sinceridade, ipseidade, bondade de um julgamento), a individuação da acepção segundo a qual se trataria de definir a verdade (a terceira) e algumas considerações sobre esta última, o autor concentra-se na questão que consiste em saber o que torna verdadeiro um julgamento. O ponto de partida é a concepção aristotélica da verdade à qual são reconduzidas várias concepções concorrentes, principalmente a dita « da verdade como correspondência com a realidade », embora Aristóteles jamais apresente a sua nesses termos. Em um segundo momento, o autor compara essa concepção com a de Alfred Tarski, que supostamente retomaria Aristóteles, afim de mostrar tudo que separa esses dois pensadores. O autor procede, em seguida, a uma defesa da posição de Aristóteles e, enfim, sugere uma resposta provisória à questão posta: o que torna verdadeiro um julgamento é a crença, sendo que crer não é, todavia, ter por verdadeiro.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128513935","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-26DOI: 10.53000/cpa.v26i36.4523
A. Ferreira
Trata-se, nesse texto, de uma análise comparativa de três comentários à obra aristotélica Segundos Analíticos, realizadas no século XIII, a partir de versões latinas da obra, então recentemente inseridas no meio intelectual europeu, a saber os comentários de Tomás de Aquino, Alberto Magno, Roberto Grosseteste. Nosso objetivo é, por um lado explorar a noção de translatio studiorum, representada pelo modo como obras e noções filosóficas de um passado tão distante são assumidas e passadas adiantes por sucessivas gerações de estudiosos, que para tanto devem se valer de traduções e comentários. Por outro lado, pretendemos mostrar como o assunto da diferença entre ciência e opinião são tratados pelos diferentes comentadores, que, por meio do arranjo da exposição aristotélica, manifestam suas próprias concepções sobre o assunto. Concluímos com algumas reflexões sobre a diferença entre ciência e opinião em nosso próprio tempo, onde sentimos bastante necessidade dessa orientação.
{"title":"Ciência e opinião nos comentários do século XIII aos Segundos Analíticos","authors":"A. Ferreira","doi":"10.53000/cpa.v26i36.4523","DOIUrl":"https://doi.org/10.53000/cpa.v26i36.4523","url":null,"abstract":"Trata-se, nesse texto, de uma análise comparativa de três comentários à obra aristotélica Segundos Analíticos, realizadas no século XIII, a partir de versões latinas da obra, então recentemente inseridas no meio intelectual europeu, a saber os comentários de Tomás de Aquino, Alberto Magno, Roberto Grosseteste. Nosso objetivo é, por um lado explorar a noção de translatio studiorum, representada pelo modo como obras e noções filosóficas de um passado tão distante são assumidas e passadas adiantes por sucessivas gerações de estudiosos, que para tanto devem se valer de traduções e comentários. Por outro lado, pretendemos mostrar como o assunto da diferença entre ciência e opinião são tratados pelos diferentes comentadores, que, por meio do arranjo da exposição aristotélica, manifestam suas próprias concepções sobre o assunto. Concluímos com algumas reflexões sobre a diferença entre ciência e opinião em nosso próprio tempo, onde sentimos bastante necessidade dessa orientação.","PeriodicalId":127850,"journal":{"name":"Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127957782","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}