K. Camargo, Júlio Cezar Nascimento Morais, André Luiz Boccato de Almeida
O presente artigo tem como objetivo explicitar e analisar o tema da ética a partir da encíclica Fratelli Tutti (FT) do Papa Francisco, destacando a importância de lançar luzes sobre alguns desafios que emergem do contexto contemporâneo e que obstam uma verdadeira experiência de amizade. Sabe-se que o cristianismo está ancorado sobre a ideia da amizade enquanto Deus que se comunica com a humanidade em Jesus pelo Espírito Santo, tornando-se, assim, amigo de todos(as). A amizade é uma expressão do amor que enobrece o ser humano e eleva as relações a um nível de confiança muito profundo. O Papa Francisco fala em amizade em sua dimensão humana fundamental e na dimensão social. Na atual cultura, marcadamente individualista, a referência nas relações reduz-se às necessidades do próprio indivíduo que busca incessantemente satisfazê-las e obter prazer, em detrimento do outro. No cristianismo, o outro é a referência do eu. Emerge daí uma ética centrada na amizade enquanto expressão deste amor e felicidade. Nesta reflexão, pretende-se retomar, a partir da FT, uma ética da amizade que responda aos desafios que o contexto contemporâneo impõe. Tratar-se-á disso, aqui, em três partes. Na primeira, serão abordados alguns desafios do momento atual para a amizade social. Na segunda, se compreenderá como a tradição bíblica e eclesial lidou com o tema da amizade. Na terceira, retomará a visão de esperança que brota da FT e seu desdobramento para a prática cristã. Assim, a análise contribuirá no destaque de uma ética da amizade que nasce da própria revelação em Jesus Cristo, que traz luzes e esperanças para o contexto atual.
本文旨在解释和分析教皇方济各通谕《大家的朋友》(FT)中的伦理主题,强调阐明当代背景下出现的一些挑战的重要性,这些挑战阻碍了对友谊的真正体验。众所周知,基督教立足于友谊的理念,即上帝通过圣灵在耶稣身上与人类沟通,从而成为所有人的朋友。友谊是爱的一种表达方式,它使人类变得高尚,并将人际关系提升到非常深厚的信任层面。教宗方济各从人的根本层面和社会层面谈论友谊。当今的文化具有明显的个人主义色彩,人际关系中的参照点被简化为个人自身的需求,个人不断地寻求满足自身需求并获得快乐,从而损害了他人的利益。在基督教中,他人是自我的参照点。由此产生了一种以友谊为中心的伦理,作为这种爱和幸福的表达方式。本次反思的目的是要从 FT 中汲取一种友谊伦理,以应对当代环境带来的挑战。这将分三个部分进行。首先,我们将讨论当前社会友谊面临的一些挑战。第二部分,我们将了解圣经和教会传统是如何处理友谊这一主题的。在第三部分中,我们将讨论从 "友谊 "中产生的希望愿景及其在基督教实践中的展开。通过这样的分析,我们将有助于突出耶稣基督启示本身所产生的友谊伦理,为当前的环境带来光明和希望。
{"title":"Ética da amizade cristã a partir da Fratelli Tutti","authors":"K. Camargo, Júlio Cezar Nascimento Morais, André Luiz Boccato de Almeida","doi":"10.46525/ret.v38i3.1825","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i3.1825","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo explicitar e analisar o tema da ética a partir da encíclica Fratelli Tutti (FT) do Papa Francisco, destacando a importância de lançar luzes sobre alguns desafios que emergem do contexto contemporâneo e que obstam uma verdadeira experiência de amizade. Sabe-se que o cristianismo está ancorado sobre a ideia da amizade enquanto Deus que se comunica com a humanidade em Jesus pelo Espírito Santo, tornando-se, assim, amigo de todos(as). A amizade é uma expressão do amor que enobrece o ser humano e eleva as relações a um nível de confiança muito profundo. O Papa Francisco fala em amizade em sua dimensão humana fundamental e na dimensão social. Na atual cultura, marcadamente individualista, a referência nas relações reduz-se às necessidades do próprio indivíduo que busca incessantemente satisfazê-las e obter prazer, em detrimento do outro. No cristianismo, o outro é a referência do eu. Emerge daí uma ética centrada na amizade enquanto expressão deste amor e felicidade. Nesta reflexão, pretende-se retomar, a partir da FT, uma ética da amizade que responda aos desafios que o contexto contemporâneo impõe. Tratar-se-á disso, aqui, em três partes. Na primeira, serão abordados alguns desafios do momento atual para a amizade social. Na segunda, se compreenderá como a tradição bíblica e eclesial lidou com o tema da amizade. Na terceira, retomará a visão de esperança que brota da FT e seu desdobramento para a prática cristã. Assim, a análise contribuirá no destaque de uma ética da amizade que nasce da própria revelação em Jesus Cristo, que traz luzes e esperanças para o contexto atual.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":" 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138963086","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo deste artigo é refletir o tema da comunidade tendo por base a Encíclica Fratelli Tutti do Papa Francisco. A questão que instiga se refere à pertinência da comunidade cristã, que por um lado, abraça o coração da experiência de fé cristã, mas, por outro lado, vem sendo corroída devido à força motriz proveniente de uma sociedade sem coração, com as marcas do individualismo e da cultura da indiferença. A nossa hipótese de trabalho é que a comunidade na ótica da amizade social, ou amor social, desenvolvida por Papa Francisco comporta um caminho histórico-salvífico para a humanidade. Esta hipótese está ancorada na FT, quando o Papa Francisco, afirma que “perante as várias formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, sejamos capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras” (FT 6).
本文的目的是根据教皇方济各的通谕 Fratelli Tutti 思考社区这一主题。它一方面包含了基督教信仰经验的核心,但另一方面却正在被一个无情社会的驱动力所侵蚀,带有个人主义和冷漠文化的印记。我们的工作假设是,教皇方济各从社会友谊或社会之爱的角度提出的社区涉及人类的一条历史性救赎之路。教皇方济各在《方济各文集》中指出:"面对当前各种消除或忽视他人的形式,让我们能够以博爱和社会友爱的新梦想作出反应,而这种梦想并不局限于言语"(《方济各文集》第 6 卷)。
{"title":"COMUNIDADE, um tema ainda necessário","authors":"Rogério L. Zanini, E. Bortoleto","doi":"10.46525/ret.v38i3.1834","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i3.1834","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é refletir o tema da comunidade tendo por base a Encíclica Fratelli Tutti do Papa Francisco. A questão que instiga se refere à pertinência da comunidade cristã, que por um lado, abraça o coração da experiência de fé cristã, mas, por outro lado, vem sendo corroída devido à força motriz proveniente de uma sociedade sem coração, com as marcas do individualismo e da cultura da indiferença. A nossa hipótese de trabalho é que a comunidade na ótica da amizade social, ou amor social, desenvolvida por Papa Francisco comporta um caminho histórico-salvífico para a humanidade. Esta hipótese está ancorada na FT, quando o Papa Francisco, afirma que “perante as várias formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, sejamos capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras” (FT 6).","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":" 32","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138961349","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo pretende apresentar o tema da amizade social, dentro de uma visão filosófica e sociológica, bem como da Doutrina social da Igreja, expressa na Fratelli tutti do Papa Francisco. Tanto a tradição grega, quanto a cristã, entendem que a amizade social é resultado da sociabilidade humana e o fundamento para a convivência em uma sociedade aberta. No século XVII o filósofo Thomas Hobbes provocou uma reviravolta nesta compreensão, ao afirmar que cada homem é lobo do outro homem. Como um desdobramento desta situação de guerra de todos contra todos, apareceu no século XX uma racionalidade política que induz a ver quem pensa diferente como um inimigo a ser abatido. Esta lógica está na base das sociedades fechadas do século passado e presente ainda hoje, nas ideologias de extremistas. Este artigo deseja, ainda, ressaltar as indicações expressas na encíclica Fratelli tutti, onde o Papa aponta o diálogo, a cultura do encontro e a política, destacando o papel das Religiões, para promoverem a amizade social e construírem uma sociedade aberta. A polarização, hoje tão falada, não pode ser entendida como confronto, mas sim como os diferentes que oferecem o melhor de si, para o bem de todos. Isto representa a amizade social e significa construir uma sociedade aberta.
{"title":"amizade social na construção de uma sociedade aberta","authors":"Antonio Aparecido Alves","doi":"10.46525/ret.v38i3.1822","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i3.1822","url":null,"abstract":"Este artigo pretende apresentar o tema da amizade social, dentro de uma visão filosófica e sociológica, bem como da Doutrina social da Igreja, expressa na Fratelli tutti do Papa Francisco. Tanto a tradição grega, quanto a cristã, entendem que a amizade social é resultado da sociabilidade humana e o fundamento para a convivência em uma sociedade aberta. No século XVII o filósofo Thomas Hobbes provocou uma reviravolta nesta compreensão, ao afirmar que cada homem é lobo do outro homem. Como um desdobramento desta situação de guerra de todos contra todos, apareceu no século XX uma racionalidade política que induz a ver quem pensa diferente como um inimigo a ser abatido. Esta lógica está na base das sociedades fechadas do século passado e presente ainda hoje, nas ideologias de extremistas. Este artigo deseja, ainda, ressaltar as indicações expressas na encíclica Fratelli tutti, onde o Papa aponta o diálogo, a cultura do encontro e a política, destacando o papel das Religiões, para promoverem a amizade social e construírem uma sociedade aberta. A polarização, hoje tão falada, não pode ser entendida como confronto, mas sim como os diferentes que oferecem o melhor de si, para o bem de todos. Isto representa a amizade social e significa construir uma sociedade aberta.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":" 42","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138961928","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Os Salmos foram referenciados no Novo Testamento e estavam presentes no cotidiano do povo pela tradição, ajudando na conexão com o Pai por meio das orações e canções. Jesus citou os Salmos em momentos difíceis, evidenciando sua passagem por uma escola de tradição que primava pelo uso dos Salmos no cerne da vida cotidiana, nas dores e nas alegrias. O uso dos Salmos na tradição cristã obedecia a um tríplice ritmo de oração: nas casas (ritmo diário, no ambiente familiar), nas sinagogas (ritmo semanal, no ambiente comunitário) e nas grandes festas (ritmo anual, no ano litúrgico). Portanto, a situação-problema do presente trabalho levanta a seguinte inquietação: como os Salmos foram usados no Novo Testamento, na tradição e na vida de Jesus? O objetivo geral traçado para o presente estudo foi compreender como a tradição influenciou o uso dos Salmos na vida de Jesus. A metodologia do artigo foi o levantamento bibliográfico e a pesquisa teórica, priorizando a taxonomia das fontes primárias. Os resultados demonstram que Jesus viveu em uma cultura que favoreceu o contato permanente com os Salmos por meio da tradição e das vivências familiares e coletivas. Essas experiências foram tão impactantes na vida de Jesus que nos momentos mais conturbados da sua vida terrestre ele faz uso dos Salmos; como é o caso da agonia no Getsêmani e as dores da sua morte na cruz.
{"title":"uso dos Salmos no Novo Testamento","authors":"Cristiano Mariella, Douglas Azevedo Pereira","doi":"10.46525/ret.v38i3.1820","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i3.1820","url":null,"abstract":"Os Salmos foram referenciados no Novo Testamento e estavam presentes no cotidiano do povo pela tradição, ajudando na conexão com o Pai por meio das orações e canções. Jesus citou os Salmos em momentos difíceis, evidenciando sua passagem por uma escola de tradição que primava pelo uso dos Salmos no cerne da vida cotidiana, nas dores e nas alegrias. O uso dos Salmos na tradição cristã obedecia a um tríplice ritmo de oração: nas casas (ritmo diário, no ambiente familiar), nas sinagogas (ritmo semanal, no ambiente comunitário) e nas grandes festas (ritmo anual, no ano litúrgico). Portanto, a situação-problema do presente trabalho levanta a seguinte inquietação: como os Salmos foram usados no Novo Testamento, na tradição e na vida de Jesus? O objetivo geral traçado para o presente estudo foi compreender como a tradição influenciou o uso dos Salmos na vida de Jesus. A metodologia do artigo foi o levantamento bibliográfico e a pesquisa teórica, priorizando a taxonomia das fontes primárias. Os resultados demonstram que Jesus viveu em uma cultura que favoreceu o contato permanente com os Salmos por meio da tradição e das vivências familiares e coletivas. Essas experiências foram tão impactantes na vida de Jesus que nos momentos mais conturbados da sua vida terrestre ele faz uso dos Salmos; como é o caso da agonia no Getsêmani e as dores da sua morte na cruz.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"124 28","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138959342","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A fraternidade e amizade social são tratadas neste artigo no campo da teologia pastoral, em diálogo com outros saberes, com o objetivo de aprofundar a sociedade fratricida e a inimizade social contemporâneas e, ao mesmo tempo, articuladamente, defender a primazia da amizade social sobre a pretendida amizade da economia de mercado, caracterizada por relações mediadas pelo dinheiro, lucro e interesses corporativistas de operadores do poder, como uma perspectiva de retomada das saudáveis relações interpessoais, comunitárias e sociais, como elemento indispensável à reumanização ou à construção de um novo humanismo, como propõe o Papa Francisco. São abordadas realidades como as desigualdades (principal definidor do injusto e perverso desarranjo mundial), o ódio, o fundamentalismo religioso como matriz do conservadorismo e do reacionarismo, a inspiração em Nazaré como condição de possibilidade para a fraternidade, o reconhecimento do outro, a destinação universal dos bens. Por último, uma declaração de que fraternidade (real) e amizade social são possíveis.
{"title":"Primazia da amizade social sobre a amizade de mercado","authors":"Joaquim Giovani Mol Guimarães","doi":"10.46525/ret.v38i3.1828","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i3.1828","url":null,"abstract":"A fraternidade e amizade social são tratadas neste artigo no campo da teologia pastoral, em diálogo com outros saberes, com o objetivo de aprofundar a sociedade fratricida e a inimizade social contemporâneas e, ao mesmo tempo, articuladamente, defender a primazia da amizade social sobre a pretendida amizade da economia de mercado, caracterizada por relações mediadas pelo dinheiro, lucro e interesses corporativistas de operadores do poder, como uma perspectiva de retomada das saudáveis relações interpessoais, comunitárias e sociais, como elemento indispensável à reumanização ou à construção de um novo humanismo, como propõe o Papa Francisco. São abordadas realidades como as desigualdades (principal definidor do injusto e perverso desarranjo mundial), o ódio, o fundamentalismo religioso como matriz do conservadorismo e do reacionarismo, a inspiração em Nazaré como condição de possibilidade para a fraternidade, o reconhecimento do outro, a destinação universal dos bens. Por último, uma declaração de que fraternidade (real) e amizade social são possíveis. ","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":" 22","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138960829","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
MIRANDA, Mario de França. O Deus Escondido. A pertinência do cristianismo no mundo atual. Petrópolis: Vozes, 2023, 104 páginas, ISBN 978-65-5713-816-8
米兰达,马里奥-德-弗朗萨。隐藏的上帝基督教在当今世界的现实意义》。Petrópolis: Vozes, 2023, 104 pages, ISBN 978-65-5713-816-8
{"title":"O Deus Escondido","authors":"Patricia Carneiro de Paula","doi":"10.46525/ret.v38i3.1823","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i3.1823","url":null,"abstract":"MIRANDA, Mario de França. O Deus Escondido. A pertinência do cristianismo no mundo atual. Petrópolis: Vozes, 2023, 104 páginas, ISBN 978-65-5713-816-8","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":" 783","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138960230","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste ensaio teórico argumentamos que o negacionismo científico, visto antes da e durante a pandemia de covid-19, pode ser compreendido como uma prisão teológica colonial, que destrói outros conhecimentos e visões de mundo, especialmente em certos grupos evangélicos. Iniciamos com perguntas acerca da natureza das ciências naturais em nosso mundo e época, para depois traçar uma breve história do negacionismo científico em relação à importação de modelos teológicos desconectados das realidades brasileiras, especialmente dentro do contexto de denominações neopentecostais aprendendo e reproduzindo o discurso do criacionismo de terra jovem, vindo dos Estados Unidos. Buscamos, então, convergir os conceitos de colonialidade, de Catherine Walsh et al; ecologia dos saberes, de Souza, Menezes e Nunes; além dos modos de relação entre ciência e fé explorados por Ian Barbour, como o conflito, a independência, o diálogo e a integração, utilizando ideais oriundas do trabalho de Cootsona (2018) para oferecer uma perspectiva teórica de abordagem decolonial possível em sala de aula no ensino de ciências naturais, com o fim de mitigar conflitos com e entre os alunos, considerados em suas individualidades e contextos culturais e religiosos, bem como oferecer aos professores algumas possibilidades de diálogo e integração com o currículo de ciências da natureza no Brasil.
{"title":"negacionismo científico como prisão teológica da colonialidade e propostas libertadoras na relação entre ciência e fé","authors":"Daniel Ruy Pereira","doi":"10.46525/ret.v38i3.1824","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i3.1824","url":null,"abstract":"Neste ensaio teórico argumentamos que o negacionismo científico, visto antes da e durante a pandemia de covid-19, pode ser compreendido como uma prisão teológica colonial, que destrói outros conhecimentos e visões de mundo, especialmente em certos grupos evangélicos. Iniciamos com perguntas acerca da natureza das ciências naturais em nosso mundo e época, para depois traçar uma breve história do negacionismo científico em relação à importação de modelos teológicos desconectados das realidades brasileiras, especialmente dentro do contexto de denominações neopentecostais aprendendo e reproduzindo o discurso do criacionismo de terra jovem, vindo dos Estados Unidos. Buscamos, então, convergir os conceitos de colonialidade, de Catherine Walsh et al; ecologia dos saberes, de Souza, Menezes e Nunes; além dos modos de relação entre ciência e fé explorados por Ian Barbour, como o conflito, a independência, o diálogo e a integração, utilizando ideais oriundas do trabalho de Cootsona (2018) para oferecer uma perspectiva teórica de abordagem decolonial possível em sala de aula no ensino de ciências naturais, com o fim de mitigar conflitos com e entre os alunos, considerados em suas individualidades e contextos culturais e religiosos, bem como oferecer aos professores algumas possibilidades de diálogo e integração com o currículo de ciências da natureza no Brasil.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":" 74","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138962153","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A reflexão sobre as Novas Comunidades é proposta a partir de duplo referencial: por um lado, as características da cultura urbana e o desafio que esta constitui para a renovação eclesial; por outro, a teologia dos carismas e a relação exigida entre os dons carismáticos e os dons hierárquicos. A modo de estado da questão, a reflexão teológica e as orientações magisteriais são revisadas em vista de respostas concretas aos desafios pastorais. Dessa revisão emerge o reconhecimento da eclesialidade e da relevância das Novas Comunidades para a missão da Igreja. O percurso reflexivo e analítico leva à compreensão de que é fundamental para a compreensão da eclesialidade das Novas Comunidades ser a eclesiologia do concílio Vaticano II e sua recepção serem assumidas como referencial; que as Novas Comunidades podem e devem ser compreendidas no rico e diversificado movimento de recepção conciliar, especialmente de sua teologia dos carismas e do reconhecimento da pluralidade de sujeitos eclesiais na comunhão e a serviço da evangelização; e que são fundamentais a abertura e o diálogo entre os diversos agentes da evangelização em vista de uma presença significativa e servidora da Igreja em contexto urbano.
{"title":"novas comunidades e a relação entre os dons carismáticos e dons hierárquicos:","authors":"Antonio Luiz Catelan Ferreira","doi":"10.46525/ret.v38i2.1814","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1814","url":null,"abstract":"A reflexão sobre as Novas Comunidades é proposta a partir de duplo referencial: por um lado, as características da cultura urbana e o desafio que esta constitui para a renovação eclesial; por outro, a teologia dos carismas e a relação exigida entre os dons carismáticos e os dons hierárquicos. A modo de estado da questão, a reflexão teológica e as orientações magisteriais são revisadas em vista de respostas concretas aos desafios pastorais. Dessa revisão emerge o reconhecimento da eclesialidade e da relevância das Novas Comunidades para a missão da Igreja. O percurso reflexivo e analítico leva à compreensão de que é fundamental para a compreensão da eclesialidade das Novas Comunidades ser a eclesiologia do concílio Vaticano II e sua recepção serem assumidas como referencial; que as Novas Comunidades podem e devem ser compreendidas no rico e diversificado movimento de recepção conciliar, especialmente de sua teologia dos carismas e do reconhecimento da pluralidade de sujeitos eclesiais na comunhão e a serviço da evangelização; e que são fundamentais a abertura e o diálogo entre os diversos agentes da evangelização em vista de uma presença significativa e servidora da Igreja em contexto urbano.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135472302","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A Epístola aos Laodicenses já foi referida como a décima quinta carta do Apóstolo Paulo. Trata-se de um breve texto apócrifo que se faz presente em alguns manuscritos da Vulgata Latina de S. Jerônimo. O artigo que segue tem como propósito oferecer aos leitores uma tradução – do latim para o português – desta carta apócrifa, além de lhes propor um estudo histórico-teológico do pequeno texto em questão. Para que este objetivo seja alcançado, se faz necessário, antes, coletar algumas referências sobre a literatura apócrifa; em seguida, os principais dados biográficos do apóstolo, a quem se atribui a missiva apócrifa supracitada, e um breve comentário de suas cartas canônicas, isto é, aquelas que foram acolhidas no cânon bíblico; e, por fim, uma transcrição da Epístola aos Laodicenses, em latim, e sua consequente tradução, que está acompanhada de notas e comentários.
{"title":"Epístola [Apócrifa] de Paulo aos Laodicenses","authors":"Nirio De Jesus Moraes","doi":"10.46525/ret.v38i2.1794","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1794","url":null,"abstract":"A Epístola aos Laodicenses já foi referida como a décima quinta carta do Apóstolo Paulo. Trata-se de um breve texto apócrifo que se faz presente em alguns manuscritos da Vulgata Latina de S. Jerônimo. O artigo que segue tem como propósito oferecer aos leitores uma tradução – do latim para o português – desta carta apócrifa, além de lhes propor um estudo histórico-teológico do pequeno texto em questão. Para que este objetivo seja alcançado, se faz necessário, antes, coletar algumas referências sobre a literatura apócrifa; em seguida, os principais dados biográficos do apóstolo, a quem se atribui a missiva apócrifa supracitada, e um breve comentário de suas cartas canônicas, isto é, aquelas que foram acolhidas no cânon bíblico; e, por fim, uma transcrição da Epístola aos Laodicenses, em latim, e sua consequente tradução, que está acompanhada de notas e comentários.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135472303","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}