O presente artigo deseja problematizar a afirmação do Decreto Apostolicam actuositatem, nº19, §4, que, enuncia o direito dos leigos de fundar, dar nome e governar suas próprias associações de apostolado. A questão aventada não é a redução dessa possibilidade, mas sim de reconhecer que tal abertura corrobora no detrimento da originalidade vocacional laical: da sua peculiar característica secular e do trato com as realidades temporais. Nisso, apontar em outros dois documentos conciliares, Constituições Lumen Gentium e Gaudium et spes, instruções que intuem o sujeito eclesial leigo responsável pelo testemunho em meio a “profanidade” do tempo. Desse modo, se faz oportuno assinalar que o fenômeno recente de leigos fundadores e dessas associações, formadas predominantemente pelo laicato, sinalizam sujeitos religiosos mais inclinados à reescrita da vida consagrada com tom carismático, midiático e ultraconservador. Contudo, entende-se que o fiel leigo precisa atingir postos de governo e liderança no contexto eclesial. No entanto, diante do cenário crescente das novas associações de fiéis e de suas particulares características, estas acabam não auxiliando para a renovação da instituição ao fortalecer a narrativa extremamente dogmática, moralista, proselitista e autoritária. Com isso, distanciam a comunidade e seus membros – consciências-da sociedade, dos dilemas humanos e da interpretação dos sinais dos tempos. Pretende-se analisar, nesse artigo, essa delicada realidade a partir de três momentos. No primeiro, apresentar as proposições acerca do leigo nos documentos do Concílio Vaticano II (1962-1965); num segundo, refletir a abundância de novas comunidades e características gerais que as tornam avessas ao espírito conciliar; no terceiro, identificar as causas e os efeitos da ausência de vocações laicais autênticas e verdadeiramente pautadas na proposta evangélica da libertação integral.
本文旨在对使徒法令第19条第4款的肯定提出质疑,该法令规定了俗人建立、命名和管理他们自己的使徒协会的权利。提出的问题不是要减少这种可能性,而是要认识到这种开放性证实了对世俗职业原创性的损害:它独特的世俗特征和对世俗现实的处理。在这一点上,指出另外两份理事会文件,《宪法》《Lumen Gentium》和《Gaudium et spes》,直观地说明了在当时的“亵渎”中负责见证的世俗教会主体。因此,值得注意的是,最近出现的世俗创始人和这些主要由俗人组成的协会的现象,表明宗教主体更倾向于用魅力、媒介和极端保守的语气重写神圣的生活。然而,可以理解的是,信徒需要在教会的背景下达到政府和领导的职位。然而,面对日益增长的新信徒协会及其特殊特征,这些最终无助于制度的更新,加强了极端教条主义、道德主义、传教主义和独裁叙事。通过这种方式,他们使社区及其成员——社会良知——远离人类的困境和对时代迹象的解释。本文旨在从三个方面分析这一微妙的现实。第一,在第二次梵蒂冈会议(1962-1965)的文件中提出关于外行的建议;第二,反映新社区的丰富和使它们违背和解精神的一般特征;第三,确定缺乏真正的世俗职业的原因和影响,真正基于福音的整体解放的建议。
{"title":"É protagonismo laical fundar as suas próprias associações?","authors":"André Luiz Boccato de Almeida, Lucia Eliza","doi":"10.46525/ret.v38i2.1802","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1802","url":null,"abstract":"O presente artigo deseja problematizar a afirmação do Decreto Apostolicam actuositatem, nº19, §4, que, enuncia o direito dos leigos de fundar, dar nome e governar suas próprias associações de apostolado. A questão aventada não é a redução dessa possibilidade, mas sim de reconhecer que tal abertura corrobora no detrimento da originalidade vocacional laical: da sua peculiar característica secular e do trato com as realidades temporais. Nisso, apontar em outros dois documentos conciliares, Constituições Lumen Gentium e Gaudium et spes, instruções que intuem o sujeito eclesial leigo responsável pelo testemunho em meio a “profanidade” do tempo. Desse modo, se faz oportuno assinalar que o fenômeno recente de leigos fundadores e dessas associações, formadas predominantemente pelo laicato, sinalizam sujeitos religiosos mais inclinados à reescrita da vida consagrada com tom carismático, midiático e ultraconservador. Contudo, entende-se que o fiel leigo precisa atingir postos de governo e liderança no contexto eclesial. No entanto, diante do cenário crescente das novas associações de fiéis e de suas particulares características, estas acabam não auxiliando para a renovação da instituição ao fortalecer a narrativa extremamente dogmática, moralista, proselitista e autoritária. Com isso, distanciam a comunidade e seus membros – consciências-da sociedade, dos dilemas humanos e da interpretação dos sinais dos tempos. Pretende-se analisar, nesse artigo, essa delicada realidade a partir de três momentos. No primeiro, apresentar as proposições acerca do leigo nos documentos do Concílio Vaticano II (1962-1965); num segundo, refletir a abundância de novas comunidades e características gerais que as tornam avessas ao espírito conciliar; no terceiro, identificar as causas e os efeitos da ausência de vocações laicais autênticas e verdadeiramente pautadas na proposta evangélica da libertação integral.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135472308","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo objetiva refletir sobre alguns chamados de discípulos e discípulas por Jesus nos Evangelhos Sinóticos, no ano em que a Igreja do Brasil celebra o seu terceiro Ano Vocacional. Diferente dos mestres da sua época, Jesus vai ao encontro dos seus discípulos e discípulas lá onde estes estão vivendo e trabalhando. A iniciativa é sempre de Jesus. Ele vai à beira mar e, também, à beira dos abismos onde chama homens e mulheres para irem em seu seguimento. A origem de toda vocação continua sendo o encontro decisivo com Jesus Cristo e sua proposta. Os discípulos e discípulas que foram chamados não eram especialistas na Torá, porém responderam com prontidão e generosidade ao convite do Mestre. Esses modelos de chamados e, consequentemente, as respostas dadas a eles lançam luzes para os desafios das vocações de hoje.
{"title":"chamados do mestre: da beira mar à beira do abismo","authors":"Ildo Perondi, Patrícia Zaganin Camilo Rosa","doi":"10.46525/ret.v38i2.1817","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1817","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva refletir sobre alguns chamados de discípulos e discípulas por Jesus nos Evangelhos Sinóticos, no ano em que a Igreja do Brasil celebra o seu terceiro Ano Vocacional. Diferente dos mestres da sua época, Jesus vai ao encontro dos seus discípulos e discípulas lá onde estes estão vivendo e trabalhando. A iniciativa é sempre de Jesus. Ele vai à beira mar e, também, à beira dos abismos onde chama homens e mulheres para irem em seu seguimento. A origem de toda vocação continua sendo o encontro decisivo com Jesus Cristo e sua proposta. Os discípulos e discípulas que foram chamados não eram especialistas na Torá, porém responderam com prontidão e generosidade ao convite do Mestre. Esses modelos de chamados e, consequentemente, as respostas dadas a eles lançam luzes para os desafios das vocações de hoje.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135472300","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Um plano de vida ajuda a separar o joio do trigo, entender o que é importante e o que não é. Conhecer e entender sua missão é necessário para criar um projeto de vida. O projeto de vida na formação a Vida Religiosa Consagrada é um processo metodológico que visa o autoconhecimento e o crescimento do formando. Aprender a cultivar essa prática é tornar a vida mais virtuosa a partir das inferências planejar, executar, interferir e avaliar. O artigo, tem como objetivo discutir o projeto de vida em um público bem especifico, a saber, na Vida Religiosa Consagrada. Dessa forma, ele se apresenta em duas partes, uma diz respeito as dimensões da pessoa humana e a outra a construção do projeto de vida. Quando falamos em dimensões humanas pensamos em sua integração. Não é possível afirmar apenas um ou outra, mas de forma linear valorizar a todas. Para a construção do projeto de vida, é bem fundante o texto Evangelização da juventude - Doc. 85 CNBB: Desafios e perspectivas pastorais. Como conclusão, o projeto de vida contribui para que o formador acompanhe a caminha dos formandos. Proporciona a efetivação de sonhos e aptidões dos candidatos, favorecendo a ordem/ congregação/ comunidade e a própria igreja.
{"title":"Projeto de vida na formação à vida religiosa consagrada","authors":"Marcel Alcleante Alexandre de Sousa","doi":"10.46525/ret.v38i2.1801","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1801","url":null,"abstract":"Um plano de vida ajuda a separar o joio do trigo, entender o que é importante e o que não é. Conhecer e entender sua missão é necessário para criar um projeto de vida. O projeto de vida na formação a Vida Religiosa Consagrada é um processo metodológico que visa o autoconhecimento e o crescimento do formando. Aprender a cultivar essa prática é tornar a vida mais virtuosa a partir das inferências planejar, executar, interferir e avaliar. O artigo, tem como objetivo discutir o projeto de vida em um público bem especifico, a saber, na Vida Religiosa Consagrada. Dessa forma, ele se apresenta em duas partes, uma diz respeito as dimensões da pessoa humana e a outra a construção do projeto de vida. Quando falamos em dimensões humanas pensamos em sua integração. Não é possível afirmar apenas um ou outra, mas de forma linear valorizar a todas. Para a construção do projeto de vida, é bem fundante o texto Evangelização da juventude - Doc. 85 CNBB: Desafios e perspectivas pastorais. Como conclusão, o projeto de vida contribui para que o formador acompanhe a caminha dos formandos. Proporciona a efetivação de sonhos e aptidões dos candidatos, favorecendo a ordem/ congregação/ comunidade e a própria igreja.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135472305","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Os livros de Gênesis e Josué são assumidos, neste artigo, como uma moldura para os livros de Êxodo a Deuteronômio, nos quais Moisés é o personagem humano central, protagonizando, por sua vocação e missão, a saída do Egito, a caminhada e o tempo da permanência no deserto. Se o livro de Gênesis, de Adão a José, lança as bases para o protagonismo de Moisés, o livro de Josué representa o testemunho da obediência da fé do seu sucessor, demonstrando a intenção do papel pedagógico da Torá. Nota-se nessa trajetória um percurso descritivo e reflexivo sobre a presença dos que atuaram na pré-história bíblica (Gn 1,1–11,32), dos patriarcas antepassados de Israel (Gn 12,1–50,26), de Moisés e Aarão (Ex 1,1–Dt 34,12), culminando na concretização da promessa da terra de Canaã pela vocação e missão de Josué (Nm 27,18-23; Dt 31,23; 34,9; Js 1,1-9). Na presente reflexão, não foi possível ser exaustivo, devido ao grande número de citações nas quais os fatos são narrados, envolvendo os personagens citados, mas procurou-se evidenciar o aspecto relacional entre a vocação dos pais e o clamor dos filhos. Do ponto de vista metodológico, a abordagem será feita a partir de recortes das narrativas contidas na Torá e no livro de Josué, considerando o protagonismo de certos personagens.
{"title":"Do chamado dos pais ao clamor dos filhos:","authors":"Leonardo Agostini Fernandes","doi":"10.46525/ret.v38i2.1795","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1795","url":null,"abstract":"Os livros de Gênesis e Josué são assumidos, neste artigo, como uma moldura para os livros de Êxodo a Deuteronômio, nos quais Moisés é o personagem humano central, protagonizando, por sua vocação e missão, a saída do Egito, a caminhada e o tempo da permanência no deserto. Se o livro de Gênesis, de Adão a José, lança as bases para o protagonismo de Moisés, o livro de Josué representa o testemunho da obediência da fé do seu sucessor, demonstrando a intenção do papel pedagógico da Torá. Nota-se nessa trajetória um percurso descritivo e reflexivo sobre a presença dos que atuaram na pré-história bíblica (Gn 1,1–11,32), dos patriarcas antepassados de Israel (Gn 12,1–50,26), de Moisés e Aarão (Ex 1,1–Dt 34,12), culminando na concretização da promessa da terra de Canaã pela vocação e missão de Josué (Nm 27,18-23; Dt 31,23; 34,9; Js 1,1-9). Na presente reflexão, não foi possível ser exaustivo, devido ao grande número de citações nas quais os fatos são narrados, envolvendo os personagens citados, mas procurou-se evidenciar o aspecto relacional entre a vocação dos pais e o clamor dos filhos. Do ponto de vista metodológico, a abordagem será feita a partir de recortes das narrativas contidas na Torá e no livro de Josué, considerando o protagonismo de certos personagens.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135472307","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo tem como escopo fazer uma análise da figura de Jesus, o “Bom Pastor”, em Jo 10,1-18, tendo presente sua base veterotestamentária (Sl 23 e Ez 34) e as sete autoafirmações de Cristo a partir da expressão “ἐγὼ εἰμι/eu sou” com algum predicado, ao londo do IV Evangelho: caminho, verdade e vida (Jo 14,6), luz do mundo (Jo 8,12), Bom Pastor (Jo 10,11.14), porta (Jo 10,7.9), videira (Jo 15,1.5), pão da vida (Jo 6,35.48.51), ressurreição e vida (Jo 11,25). Busca-se analisar como a metáfora do “Bom Pastor” contribui para explicitar quem é Jesus e sua missão. Oferce-se segmentação e tradução do texto de Jo 10,1-18, notas de crítica textual, análise da base do AT e das sete ocorrências da expressão “ἐγὼ εἰμι/eu sou” com predicado. Enfim, procura-se entender como Cristo foi assumido como “aquele que é”, em consonância com a tradição judaica, a partir de Ex 3,14.
{"title":"Jesus, o Bom Pastor, aquele que dá a vida.","authors":"Waldecir Gonzaga, José Rodrigues da Silva Filho","doi":"10.46525/ret.v38i2.1752","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1752","url":null,"abstract":"O artigo tem como escopo fazer uma análise da figura de Jesus, o “Bom Pastor”, em Jo 10,1-18, tendo presente sua base veterotestamentária (Sl 23 e Ez 34) e as sete autoafirmações de Cristo a partir da expressão “ἐγὼ εἰμι/eu sou” com algum predicado, ao londo do IV Evangelho: caminho, verdade e vida (Jo 14,6), luz do mundo (Jo 8,12), Bom Pastor (Jo 10,11.14), porta (Jo 10,7.9), videira (Jo 15,1.5), pão da vida (Jo 6,35.48.51), ressurreição e vida (Jo 11,25). Busca-se analisar como a metáfora do “Bom Pastor” contribui para explicitar quem é Jesus e sua missão. Oferce-se segmentação e tradução do texto de Jo 10,1-18, notas de crítica textual, análise da base do AT e das sete ocorrências da expressão “ἐγὼ εἰμι/eu sou” com predicado. Enfim, procura-se entender como Cristo foi assumido como “aquele que é”, em consonância com a tradição judaica, a partir de Ex 3,14.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135472080","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O universo missionário que envolve as figuras de Pedro e Paulo se situa no I séc. da era cristã. Universo pluricultural que vivia sob o domínio imperial Romano. Neste universo surge um pequeno núcleo chamado de cristãos que anunciam um Messias Ressuscitado. Mensagem esta estranha, principalmente por ser proveniente de uma pequena e incômoda colônia romana chamada Judéia. O anúncio e o modo de vida adotado por este pequeno núcleo progressivamente gera atenção e propõe como modelo no meio pluricultural e politeísta do Império Romano. Deste pequeno núcleo proveniente da Palestina se destaca as figuras de Pedro e de Paulo. Distintos em todos os aspectos, eles são atraídos pelo Cristo e se tornam seus seguidores. O primeiro anunciando dentro da própria cultura e outro se abrindo para o universo pluricultural do Império. Aqui se deseja justamente evidenciar quem era Pedro e Paulo e as características da missão de cada um deles.
{"title":"Pedro e Paulo","authors":"Gilvan Leite de Araujo","doi":"10.46525/ret.v38i2.1805","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1805","url":null,"abstract":"O universo missionário que envolve as figuras de Pedro e Paulo se situa no I séc. da era cristã. Universo pluricultural que vivia sob o domínio imperial Romano. Neste universo surge um pequeno núcleo chamado de cristãos que anunciam um Messias Ressuscitado. Mensagem esta estranha, principalmente por ser proveniente de uma pequena e incômoda colônia romana chamada Judéia. O anúncio e o modo de vida adotado por este pequeno núcleo progressivamente gera atenção e propõe como modelo no meio pluricultural e politeísta do Império Romano. Deste pequeno núcleo proveniente da Palestina se destaca as figuras de Pedro e de Paulo. Distintos em todos os aspectos, eles são atraídos pelo Cristo e se tornam seus seguidores. O primeiro anunciando dentro da própria cultura e outro se abrindo para o universo pluricultural do Império. Aqui se deseja justamente evidenciar quem era Pedro e Paulo e as características da missão de cada um deles.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135472297","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo aborda a comunicação aplicada à liturgia, procurando conceituar o sentido amplo da comunicação, transmissões pela mídia, midiatização e a crescente capilarização da presença da Igreja nas mídias sociais digitais, sobretudo com transmissões de missas; trabalha a dimensão antropológica, apontando aspectos como a pessoa que comunica, a comunicação pelos sentidos, o espaço litúrgico, a proclamação da Palavra; a necessidade da formação continuada para a comunicação a todas as lideranças, de quem preside às equipes de celebração, de transmissão e ministérios. Resgata estudos e encontros realizados por parte da CNBB sobre missas de rádio e televisão com orientações de recentes documentos sobre o tema, bem como desafios e pontos a serem aprofundados no contexto atual.
{"title":"Comunicação na Liturgia:","authors":"Helena Corazza","doi":"10.46525/ret.v38i2.1763","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1763","url":null,"abstract":"Este artigo aborda a comunicação aplicada à liturgia, procurando conceituar o sentido amplo da comunicação, transmissões pela mídia, midiatização e a crescente capilarização da presença da Igreja nas mídias sociais digitais, sobretudo com transmissões de missas; trabalha a dimensão antropológica, apontando aspectos como a pessoa que comunica, a comunicação pelos sentidos, o espaço litúrgico, a proclamação da Palavra; a necessidade da formação continuada para a comunicação a todas as lideranças, de quem preside às equipes de celebração, de transmissão e ministérios. Resgata estudos e encontros realizados por parte da CNBB sobre missas de rádio e televisão com orientações de recentes documentos sobre o tema, bem como desafios e pontos a serem aprofundados no contexto atual.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135472298","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo tem como tema o sacerdócio geral de todas as pessoas crentes numa perspectiva do pensamento decolonial. Dada esta premissa, o trabalho propõe conceituar os dois temas e interligá-los, problematizando como desafio à teologia hodierna. Partindo do campo da sociologia com aspectos da história, o texto apresentado conclui com uma abordagem teológica ao destacar o pensamento do reformador alemão Martinho Lutero sobre o sacerdócio geral. Autores distintos, com experiência no assunto são elencados a partir de artigos relacionados ao tema. Dentre eles destacam-se Walter Mignolo e David Bosch. A teologia, como ciência humana está desafiada pelo pensamento decolonial, nesse sentido, o presente artigo propõe um caminho de contribuição reflexiva à comunidade acadêmica e eclesial ao abordar o Sacerdócio Geral de Todas as Pessoas Crentes no horizonte da decolonialidade e seus desdobramentos no contexto atual.
{"title":"Sacerdócio de todas as pessoas crentes numa perspectiva decolonial","authors":"Celso Gabatz, Samir Saft, Joelson Erbert Martins, Oneide Bobsin","doi":"10.46525/ret.v38i2.1796","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1796","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como tema o sacerdócio geral de todas as pessoas crentes numa perspectiva do pensamento decolonial. Dada esta premissa, o trabalho propõe conceituar os dois temas e interligá-los, problematizando como desafio à teologia hodierna. Partindo do campo da sociologia com aspectos da história, o texto apresentado conclui com uma abordagem teológica ao destacar o pensamento do reformador alemão Martinho Lutero sobre o sacerdócio geral. Autores distintos, com experiência no assunto são elencados a partir de artigos relacionados ao tema. Dentre eles destacam-se Walter Mignolo e David Bosch. A teologia, como ciência humana está desafiada pelo pensamento decolonial, nesse sentido, o presente artigo propõe um caminho de contribuição reflexiva à comunidade acadêmica e eclesial ao abordar o Sacerdócio Geral de Todas as Pessoas Crentes no horizonte da decolonialidade e seus desdobramentos no contexto atual.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"66 1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135472295","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A instituição profética é conhecida em diversos povos do Antigo Oriente Próximo. É somente em Israel, contudo, que se pode perceber seu valor decisivo para a condução do povo em seu conjunto. Dentre as numerosas figuras proféticas presentes no universo do profetismo bíblico, algumas personagens se destacam por serem apresentadas como particularmente chamadas por Deus e a elas haver narrativas que detalham o chamamento recebido, que funda sua atuação como profeta e a legitima diante da comunidade. Em vista de apresentar em que consiste, na vida do profeta, tal vocação, o presente estudo deter-se-á na consideração de seus pressupostos (a experiência de Deus e a necessária transformação) e a outorga de uma missão, elemento intrínseco à vocação. Três personagens bíblicos (Isaías, Jeremias e Ezequiel) serão considerados na busca deste objetivo. A análise de seus relatos de vocação permitirá considerar as peculiaridades de cada um. De outra parte, sua consideração no contexto de cada um dos livros possibilitará traçar os principais elementos que estruturam a vocação profética segundo os testemunhos bíblicos. Como complementação deste quadro, será tratado também o relato referente ao profeta Jonas, protagonista do livro que leva o seu nome, o qual, como figura de contraposição, trará dados de interesse para a caracterização do profeta por vocação.
{"title":"Vocação nos livros proféticos","authors":"Maria de Lourdes Corrêa Lima","doi":"10.46525/ret.v38i2.1816","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1816","url":null,"abstract":"A instituição profética é conhecida em diversos povos do Antigo Oriente Próximo. É somente em Israel, contudo, que se pode perceber seu valor decisivo para a condução do povo em seu conjunto. Dentre as numerosas figuras proféticas presentes no universo do profetismo bíblico, algumas personagens se destacam por serem apresentadas como particularmente chamadas por Deus e a elas haver narrativas que detalham o chamamento recebido, que funda sua atuação como profeta e a legitima diante da comunidade. Em vista de apresentar em que consiste, na vida do profeta, tal vocação, o presente estudo deter-se-á na consideração de seus pressupostos (a experiência de Deus e a necessária transformação) e a outorga de uma missão, elemento intrínseco à vocação. Três personagens bíblicos (Isaías, Jeremias e Ezequiel) serão considerados na busca deste objetivo. A análise de seus relatos de vocação permitirá considerar as peculiaridades de cada um. De outra parte, sua consideração no contexto de cada um dos livros possibilitará traçar os principais elementos que estruturam a vocação profética segundo os testemunhos bíblicos. Como complementação deste quadro, será tratado também o relato referente ao profeta Jonas, protagonista do livro que leva o seu nome, o qual, como figura de contraposição, trará dados de interesse para a caracterização do profeta por vocação.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"66 1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135472309","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}