Pub Date : 2021-09-23DOI: 10.18542/rebac.v17i2.11008
Eduarda De Oliveira e Silva, Camila Muchon de Melo
A Teoria das Molduras Relacionais (RFT) é uma teoria relativamente recente na história da Análise do Comportamento, que se propôs a ampliar as proposições sobre a linguagem humana feitas por Skinner (1957) e Sidman (1971). Os proponentes da RFT, em suas publicações, costumam apontar a convergência de suas ideias com o Contextualismo Funcional. Em relação à teoria skinneriana, não há consenso a respeito, embora existam autores que defendem uma interpretação contextualista dela. O Contextualismo explorado por esses autores é o descrito pelo filósofo Stephen C. Pepper (1942). Portanto, este estudo tem como objetivo analisar os compromissos teóricos e filosóficos da teoria do Comportamento Verbal e da RFT em relação ao Contextualismo, e a partir disso delinear convergências e divergências entre as duas últimas. Para isso, foi realizada uma pesquisa teórico-conceitual, utilizando o procedimento de interpretação conceitual de texto (PICT). A partir da análise, pode-se perceber algumas semelhanças entre os compromissos filosóficos da teoria do Comportamento Verbal e da RFT. A principal semelhança que dá origem às outras é a questão do contexto. Ambas as teorias compartilham a noção de que o contexto ou ambiente não é apenas onde estão os determinantes do comportamento, mas também o que dá significado a ele. Como consequência dessa convergência, as concepções de comportamento operante, classe de respostas e significado são semelhantes. No entanto, a Teoria do Comportamento Verbal e a RFT têm várias diferenças na abordagem do comportamento operante, bem como no modelo explicativo para o comportamento verbal.Palavras-chave: Comportamentalismo Radical, Teoria das Molduras Relacionais, Pesquisa teórico-conceitual, B. F. Skinner, S. C. Hayes.
{"title":"Comportamento Verbal E RFT: Convergências e Divergências a partir do Contextualismo","authors":"Eduarda De Oliveira e Silva, Camila Muchon de Melo","doi":"10.18542/rebac.v17i2.11008","DOIUrl":"https://doi.org/10.18542/rebac.v17i2.11008","url":null,"abstract":"A Teoria das Molduras Relacionais (RFT) é uma teoria relativamente recente na história da Análise do Comportamento, que se propôs a ampliar as proposições sobre a linguagem humana feitas por Skinner (1957) e Sidman (1971). Os proponentes da RFT, em suas publicações, costumam apontar a convergência de suas ideias com o Contextualismo Funcional. Em relação à teoria skinneriana, não há consenso a respeito, embora existam autores que defendem uma interpretação contextualista dela. O Contextualismo explorado por esses autores é o descrito pelo filósofo Stephen C. Pepper (1942). Portanto, este estudo tem como objetivo analisar os compromissos teóricos e filosóficos da teoria do Comportamento Verbal e da RFT em relação ao Contextualismo, e a partir disso delinear convergências e divergências entre as duas últimas. Para isso, foi realizada uma pesquisa teórico-conceitual, utilizando o procedimento de interpretação conceitual de texto (PICT). A partir da análise, pode-se perceber algumas semelhanças entre os compromissos filosóficos da teoria do Comportamento Verbal e da RFT. A principal semelhança que dá origem às outras é a questão do contexto. Ambas as teorias compartilham a noção de que o contexto ou ambiente não é apenas onde estão os determinantes do comportamento, mas também o que dá significado a ele. Como consequência dessa convergência, as concepções de comportamento operante, classe de respostas e significado são semelhantes. No entanto, a Teoria do Comportamento Verbal e a RFT têm várias diferenças na abordagem do comportamento operante, bem como no modelo explicativo para o comportamento verbal.Palavras-chave: Comportamentalismo Radical, Teoria das Molduras Relacionais, Pesquisa teórico-conceitual, B. F. Skinner, S. C. Hayes.","PeriodicalId":250172,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Análise do Comportamento","volume":"79 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131332891","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O conceito de autonomia já foi utilizado para estabelecer interlocuções entre a proposta educacional de Paulo Freire e a Análise do Comportamento. Neste artigo, são examinadas as teses ontológicas subjacentes ao conceito de autonomia de Freire. O objetivo é delinear convergências ontológicas entre as concepções freiriana e comportamentalista radical de autonomia, discutindo suas possíveis articulações éticas e políticas. Para tanto, são analisadas: 1) suposições ontológicas da noção freiriana de autonomia; 2) possíveis pressupostos ontológicos de um conceito comportamentalista radical de autonomia compatível com o conceito de Freire; 3) uma concepção política de autonomia baseada em conceitos e princípios do Comportamentalismo Radical. Uma interpretação ontológica não-determinista dos pressupostos teóricos da Análise do Comportamento mostrou mais afinidades com os compromissos ontológicos do conceito de autonomia de Freire. Esta interpretação ontológica é consistente com um sentido político de autonomia identificado na literatura analítico-comportamental, elucidado pelos repertórios de autocontrole e contracontrole, e pelo estabelecimento de condições que permitam a discriminação de controles sociais tácitos, responsáveis pela manutenção de relações de poder assimétricas entre os indivíduos e entre grupos na sociedade. Uma proposta educacional analítico-comportamental informada pelo conceito político de autonomia poderia nortear o desenvolvimento de uma tecnologia de ensino comprometida com a transformação das condições subjugadoras de povos historicamente oprimidos.Palavras-chave: Paulo Freire, comportamentalismo radical, autonomia, política, ontologia.
{"title":"Autonomia, educação e compromisso social: convergências ontológicas entre Paulo Freire e o Comportamentalismo Radical","authors":"Cândido Rocha Flores Júnior, Denise Silveira Barbosa, Carolina Laurenti","doi":"10.18542/rebac.v17i2.11016","DOIUrl":"https://doi.org/10.18542/rebac.v17i2.11016","url":null,"abstract":"O conceito de autonomia já foi utilizado para estabelecer interlocuções entre a proposta educacional de Paulo Freire e a Análise do Comportamento. Neste artigo, são examinadas as teses ontológicas subjacentes ao conceito de autonomia de Freire. O objetivo é delinear convergências ontológicas entre as concepções freiriana e comportamentalista radical de autonomia, discutindo suas possíveis articulações éticas e políticas. Para tanto, são analisadas: 1) suposições ontológicas da noção freiriana de autonomia; 2) possíveis pressupostos ontológicos de um conceito comportamentalista radical de autonomia compatível com o conceito de Freire; 3) uma concepção política de autonomia baseada em conceitos e princípios do Comportamentalismo Radical. Uma interpretação ontológica não-determinista dos pressupostos teóricos da Análise do Comportamento mostrou mais afinidades com os compromissos ontológicos do conceito de autonomia de Freire. Esta interpretação ontológica é consistente com um sentido político de autonomia identificado na literatura analítico-comportamental, elucidado pelos repertórios de autocontrole e contracontrole, e pelo estabelecimento de condições que permitam a discriminação de controles sociais tácitos, responsáveis pela manutenção de relações de poder assimétricas entre os indivíduos e entre grupos na sociedade. Uma proposta educacional analítico-comportamental informada pelo conceito político de autonomia poderia nortear o desenvolvimento de uma tecnologia de ensino comprometida com a transformação das condições subjugadoras de povos historicamente oprimidos.Palavras-chave: Paulo Freire, comportamentalismo radical, autonomia, política, ontologia.","PeriodicalId":250172,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Análise do Comportamento","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117028512","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-23DOI: 10.18542/rebac.v17i2.11013
Cesar Antonio Alves da Rocha, A. Dittrich
Aproximações entre comportamentalismo radical e pragmatismo têm sido tema de estudos diversos, com focos sobre diferentes domínios filosóficos, da epistemologia à política. O presente estudo objetivou identificar afinidades e divergências epistemológicas, éticas e políticas entre essas propostas filosóficas, tendo como base a obra de dois de seus principais expoentes: R. Rorty e B. F. Skinner. O itinerário proposto envolve uma apresentação da concepção de conhecimento na perspectiva de Rorty a partir do que chama de “filosofia sem espelhos”, passando pela sua proposta de uma “ética sem princípios” e, finalmente, sua defesa da democracia e do “ironismo liberal”. Em seguida, é apresentada a perspectiva comportamentalista radical de Skinner, com sua teoria consequencialista do conhecimento, passando pela proposição de uma “heurística ética”, e, finalmente, por sua crítica à democracia liberal e defesa do controle “face a face”. À apresentação dos diferentes aspectos da obra de Skinner, seguem-se comentários que buscam relações possíveis com o neopragmatismo rortyano. Enfim, a título de considerações finais, os achados são brevemente sumarizados e comentados, concluindo-se que, apesar das afinidades relativas nos domínios epistemológico e ético, há diferenças decisivas no tocante às concepções políticas de cada autor.Palavras-chave: R. Rorty, B. F. Skinner, Pragmatismo, Neopragmatismo, Comportamentalismo radical.
{"title":"Afinidades e divergências epistemológicas, éticas e políticas entre R. Rorty e B. F. Skinner","authors":"Cesar Antonio Alves da Rocha, A. Dittrich","doi":"10.18542/rebac.v17i2.11013","DOIUrl":"https://doi.org/10.18542/rebac.v17i2.11013","url":null,"abstract":"Aproximações entre comportamentalismo radical e pragmatismo têm sido tema de estudos diversos, com focos sobre diferentes domínios filosóficos, da epistemologia à política. O presente estudo objetivou identificar afinidades e divergências epistemológicas, éticas e políticas entre essas propostas filosóficas, tendo como base a obra de dois de seus principais expoentes: R. Rorty e B. F. Skinner. O itinerário proposto envolve uma apresentação da concepção de conhecimento na perspectiva de Rorty a partir do que chama de “filosofia sem espelhos”, passando pela sua proposta de uma “ética sem princípios” e, finalmente, sua defesa da democracia e do “ironismo liberal”. Em seguida, é apresentada a perspectiva comportamentalista radical de Skinner, com sua teoria consequencialista do conhecimento, passando pela proposição de uma “heurística ética”, e, finalmente, por sua crítica à democracia liberal e defesa do controle “face a face”. À apresentação dos diferentes aspectos da obra de Skinner, seguem-se comentários que buscam relações possíveis com o neopragmatismo rortyano. Enfim, a título de considerações finais, os achados são brevemente sumarizados e comentados, concluindo-se que, apesar das afinidades relativas nos domínios epistemológico e ético, há diferenças decisivas no tocante às concepções políticas de cada autor.Palavras-chave: R. Rorty, B. F. Skinner, Pragmatismo, Neopragmatismo, Comportamentalismo radical.","PeriodicalId":250172,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Análise do Comportamento","volume":"176 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134144133","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-23DOI: 10.18542/rebac.v17i2.11011
K. Carrara, Diego Zilio
Após estabelecer uma distinção entre “princípios”, aqui definidos como enunciados derivados da interpretação de dados empíricos, e “pressupostos”, considerados como condições pré-admitidas (ou seja, a priori) necessárias enquanto parte da filosofia behaviorista radical, este artigo ocupa-se de analisar em que medida é viável falar, respectivamente, de universalidade e especificidade em relação aos princípios e aos temas de estudo da Análise do Comportamento, colocando a questão sob a perspectiva das possíveis variáveis de controle do comportamento do cientista. Em seguida, são discutidas possibilidades e limitações, sejam teóricas ou empíricas, para a consolidação de uma ciência do comportamento à brasileira, norteada, porém não compulsoriamente, pelas demandas sociais relevantes e soluções alternativas auspiciosas e passíveis de serem encontradas no contexto da Análise do Comportamento. Argumenta-se pela defesa de especificidade temática sensível ao contexto brasileiro, mas sem abrir mão da universalidade possível de princípios comportamentais.Palavras-chave: Comportamentalismo à brasileira, análise do comportamento, especificidade temática, universalidade de princípios.
{"title":"Universalidade de princípios e especificidade temática: viabilidade e limites de um comportamentalismo à brasileira","authors":"K. Carrara, Diego Zilio","doi":"10.18542/rebac.v17i2.11011","DOIUrl":"https://doi.org/10.18542/rebac.v17i2.11011","url":null,"abstract":"Após estabelecer uma distinção entre “princípios”, aqui definidos como enunciados derivados da interpretação de dados empíricos, e “pressupostos”, considerados como condições pré-admitidas (ou seja, a priori) necessárias enquanto parte da filosofia behaviorista radical, este artigo ocupa-se de analisar em que medida é viável falar, respectivamente, de universalidade e especificidade em relação aos princípios e aos temas de estudo da Análise do Comportamento, colocando a questão sob a perspectiva das possíveis variáveis de controle do comportamento do cientista. Em seguida, são discutidas possibilidades e limitações, sejam teóricas ou empíricas, para a consolidação de uma ciência do comportamento à brasileira, norteada, porém não compulsoriamente, pelas demandas sociais relevantes e soluções alternativas auspiciosas e passíveis de serem encontradas no contexto da Análise do Comportamento. Argumenta-se pela defesa de especificidade temática sensível ao contexto brasileiro, mas sem abrir mão da universalidade possível de princípios comportamentais.Palavras-chave: Comportamentalismo à brasileira, análise do comportamento, especificidade temática, universalidade de princípios.","PeriodicalId":250172,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Análise do Comportamento","volume":"138 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131869992","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-16DOI: 10.18542/rebac.v17i1.10630
L. Messa, E. Borloti, V. B. Haydu
Os indivíduos são mais propensos a emitir ironia quando tais emissões são reforçadas pela audiência e o ambiente se assemelha àquele em que o reforço ocorreu. O objetivo desse estudo foi analisar a produção da ironia por humoristas profissionais que publicam constantemente produtos de seus comportamentos verbais em sites e redes sociais na rede mundial de computadores. Cinco humoristas profissionais responderam um questionário com questões descritivas dos elementos funcionais de sua produção irônica (sobre sexo, política e religião), das consequências sobre ouvintes e dos sentimentos correlatos a elas. Os resultados destacam “humor” e “conscientização do leitor” (em relação aos temas ironizados) como consequências positivas ao comportamento de emitir ironias, e “ameaça”, “acusação” e “incompreensão”, como consequências aversivas. Sobre algumas audiências, o efeito que o falante produz emitindo ironias é a ridicularização; sobre outras, o humor, a incompreensão, a inadequação ou a revolta. O humorista profissional modifica seu próprio comportamento verbal irônico a partir desse controle múltiplo, composto, além dessas audiências, de estímulos verbais e não verbais, e operações motivacionais. Conclui-se que os humoristas profissionais, em geral, definem sua ironia pelo sentido tradicional de “contrário dos fatos”, aparente na discriminação da função de seu humor irônico “maquiar” ou “esconder” os fatos. A audiência reforçadora dessa ironia é marcada por ouvintes com comportamentos não verbais (e.g., comprar humor) e verbais (e.g., consciência) que, indiretamente, geram dinheiro como reforçador condicional ao humor irônico.Palavras-chave: Ironia, produção irônica, comportamento verbal, análise do comportamento.
{"title":"A produção da ironia verbal: o que controla o comportamento verbal do humorista profissional?","authors":"L. Messa, E. Borloti, V. B. Haydu","doi":"10.18542/rebac.v17i1.10630","DOIUrl":"https://doi.org/10.18542/rebac.v17i1.10630","url":null,"abstract":"Os indivíduos são mais propensos a emitir ironia quando tais emissões são reforçadas pela audiência e o ambiente se assemelha àquele em que o reforço ocorreu. O objetivo desse estudo foi analisar a produção da ironia por humoristas profissionais que publicam constantemente produtos de seus comportamentos verbais em sites e redes sociais na rede mundial de computadores. Cinco humoristas profissionais responderam um questionário com questões descritivas dos elementos funcionais de sua produção irônica (sobre sexo, política e religião), das consequências sobre ouvintes e dos sentimentos correlatos a elas. Os resultados destacam “humor” e “conscientização do leitor” (em relação aos temas ironizados) como consequências positivas ao comportamento de emitir ironias, e “ameaça”, “acusação” e “incompreensão”, como consequências aversivas. Sobre algumas audiências, o efeito que o falante produz emitindo ironias é a ridicularização; sobre outras, o humor, a incompreensão, a inadequação ou a revolta. O humorista profissional modifica seu próprio comportamento verbal irônico a partir desse controle múltiplo, composto, além dessas audiências, de estímulos verbais e não verbais, e operações motivacionais. Conclui-se que os humoristas profissionais, em geral, definem sua ironia pelo sentido tradicional de “contrário dos fatos”, aparente na discriminação da função de seu humor irônico “maquiar” ou “esconder” os fatos. A audiência reforçadora dessa ironia é marcada por ouvintes com comportamentos não verbais (e.g., comprar humor) e verbais (e.g., consciência) que, indiretamente, geram dinheiro como reforçador condicional ao humor irônico.Palavras-chave: Ironia, produção irônica, comportamento verbal, análise do comportamento.","PeriodicalId":250172,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Análise do Comportamento","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129104183","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-16DOI: 10.18542/rebac.v17i1.10631
R. Modenesi, P. C. Grisante, Paula Debert
Quando o MTS é utilizado para produzir classes de equivalência, a depender da estrutura de treino, discriminações simples requeridas no treino serão diferentes daquelas requeridas nos testes. Alguns autores discutem que essas diferenças são responsáveis por diferentes desempenhos obtidos com diferentes estruturas. Um estudo com o procedimento Go/no-go com estímulos compostos, que apresenta as mesmas discriminações nos treinos e testes, forneceu subsídios a essa interpretação na medida em que revelou ausência de diferenças entre os desempenhos produzidos com estruturas diferentes. Entretanto, nesse estudo, cada grupo de participantes foi submetido a uma das estruturas constituindo um delineamento de grupo. O objetivo do presente estudo foi avaliar se diferentes estruturas de treino, utilizando o procedimento Go/no-go com estímulos compostos, produziriam diferenças na aquisição e emergência de classes de equivalência submetendo cada participante às três diferentes estruturas de treino em cada uma das sessões. Dessa forma, os desempenhos do mesmo participante, obtidos com cada direcionalidade, poderão ser comparados. Participaram quatro universitários. Foram treinadas, simultaneamente, 24 relações entre estímulos (oito relações para cada estrutura de treino – MTO, OTM e LS). Durante o treino, respostas aos compostos “relacionados” (A1B1, A2B2, B1C1, B2C2, D1E1, D2E2, F1E1, F2E2, G1H1, G2H2, G1I1 e G2I2) foram reforçadas e respostas aos compostos “não-relacionados” (A1B2, A2B1, B1C2, B2C1, D1E2, D2E1, F1E2, F2E1, G1H2, G2H1, G1I2 e G2I1) não foram. Testes em extinção avaliaram a emergência de classes de equivalência. Todos os participantes apresentaram desempenhos consistentes com a formação de classes para todas as relações treinadas. Tais resultados sugerem que as diferenças nas discriminações simples requeridas nos treinos e testes são variáveis críticas quando diferentes estruturas de treino são utilizadas no procedimento MTS.Palavras-chave: Equivalência, estruturas de treino, go/no-go, estímulos compostos.
{"title":"Efeito das estruturas de treino na formação de classes de equivalência com o procedimento Go/no-go com estímulos compostos","authors":"R. Modenesi, P. C. Grisante, Paula Debert","doi":"10.18542/rebac.v17i1.10631","DOIUrl":"https://doi.org/10.18542/rebac.v17i1.10631","url":null,"abstract":"Quando o MTS é utilizado para produzir classes de equivalência, a depender da estrutura de treino, discriminações simples requeridas no treino serão diferentes daquelas requeridas nos testes. Alguns autores discutem que essas diferenças são responsáveis por diferentes desempenhos obtidos com diferentes estruturas. Um estudo com o procedimento Go/no-go com estímulos compostos, que apresenta as mesmas discriminações nos treinos e testes, forneceu subsídios a essa interpretação na medida em que revelou ausência de diferenças entre os desempenhos produzidos com estruturas diferentes. Entretanto, nesse estudo, cada grupo de participantes foi submetido a uma das estruturas constituindo um delineamento de grupo. O objetivo do presente estudo foi avaliar se diferentes estruturas de treino, utilizando o procedimento Go/no-go com estímulos compostos, produziriam diferenças na aquisição e emergência de classes de equivalência submetendo cada participante às três diferentes estruturas de treino em cada uma das sessões. Dessa forma, os desempenhos do mesmo participante, obtidos com cada direcionalidade, poderão ser comparados. Participaram quatro universitários. Foram treinadas, simultaneamente, 24 relações entre estímulos (oito relações para cada estrutura de treino – MTO, OTM e LS). Durante o treino, respostas aos compostos “relacionados” (A1B1, A2B2, B1C1, B2C2, D1E1, D2E2, F1E1, F2E2, G1H1, G2H2, G1I1 e G2I2) foram reforçadas e respostas aos compostos “não-relacionados” (A1B2, A2B1, B1C2, B2C1, D1E2, D2E1, F1E2, F2E1, G1H2, G2H1, G1I2 e G2I1) não foram. Testes em extinção avaliaram a emergência de classes de equivalência. Todos os participantes apresentaram desempenhos consistentes com a formação de classes para todas as relações treinadas. Tais resultados sugerem que as diferenças nas discriminações simples requeridas nos treinos e testes são variáveis críticas quando diferentes estruturas de treino são utilizadas no procedimento MTS.Palavras-chave: Equivalência, estruturas de treino, go/no-go, estímulos compostos.","PeriodicalId":250172,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Análise do Comportamento","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123642229","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-16DOI: 10.18542/rebac.v17i1.10636
João Cláudio Todorov, João Guilherme Siqueira Casalecchi, Thatielle Marinho Tomm, Alessandra Rocha de Albuquerque
A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, objetiva coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Este estudo analisou contingências presentes na Lei com foco nos seus objetivos e no papel da família e sociedade na proteção da mulher. Os artigos da Lei foram classificados como comportamento, antecedente ou consequente e, posteriormente, analisados a fim de agrupar os diferentes termos componentes das contingências. A Lei representa avanços em relação aos seus objetivos de coibir comportamentos de violência doméstica contra a mulher e fornecer assistência e proteção às vítimas. Foram identificadas lacunas (contingências incompletas) relativas ao papel da família e sociedade na prevenção à violência as quais podem favorecer múltiplas interpretações e o descumprimento da Lei. Ainda que leis, por si só, não alterem diretamente comportamentos, a formulação de enunciados claros e completos, nos termos da contingência, é uma das variáveis a serem consideradas no sentido de favorecer a sua eficácia. Nesse sentido, o presente estudo se soma a análises anteriores, de outras leis, baseadas nos conceitos de contingências e metacontingências. A análise específica de uma lei de proteção à mulher contribui para discussões relativas à desigualdade de gênero, ainda escassas no âmbito da Análise do Comportamento.Palavras-chave: Contingência, Violência Contra a Mulher, Lei Maria da Penha.
{"title":"Contingências descritas na Lei Maria da Penha: Objetivos, papel da família e sociedade","authors":"João Cláudio Todorov, João Guilherme Siqueira Casalecchi, Thatielle Marinho Tomm, Alessandra Rocha de Albuquerque","doi":"10.18542/rebac.v17i1.10636","DOIUrl":"https://doi.org/10.18542/rebac.v17i1.10636","url":null,"abstract":"A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, objetiva coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Este estudo analisou contingências presentes na Lei com foco nos seus objetivos e no papel da família e sociedade na proteção da mulher. Os artigos da Lei foram classificados como comportamento, antecedente ou consequente e, posteriormente, analisados a fim de agrupar os diferentes termos componentes das contingências. A Lei representa avanços em relação aos seus objetivos de coibir comportamentos de violência doméstica contra a mulher e fornecer assistência e proteção às vítimas. Foram identificadas lacunas (contingências incompletas) relativas ao papel da família e sociedade na prevenção à violência as quais podem favorecer múltiplas interpretações e o descumprimento da Lei. Ainda que leis, por si só, não alterem diretamente comportamentos, a formulação de enunciados claros e completos, nos termos da contingência, é uma das variáveis a serem consideradas no sentido de favorecer a sua eficácia. Nesse sentido, o presente estudo se soma a análises anteriores, de outras leis, baseadas nos conceitos de contingências e metacontingências. A análise específica de uma lei de proteção à mulher contribui para discussões relativas à desigualdade de gênero, ainda escassas no âmbito da Análise do Comportamento.Palavras-chave: Contingência, Violência Contra a Mulher, Lei Maria da Penha.","PeriodicalId":250172,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Análise do Comportamento","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129569125","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-16DOI: 10.18542/rebac.v17i1.10634
M. A. Oliveira, E. Arntzen
The concept of meaning has been a traditional object of scientific study over recent decades within the behavioral and cognitive psychology fields. The former defines meaningful events in terms of their existing or acquired behavioral functions. The latter focuses on explanatory models to describe the role of meaningful events in cognitive performance. We performed a literature review of research studies that were published between 2012 and 2017 that investigated the relationship between meaningful events and cognitive processes that are related to language acquisition and behavioral processes, specifically the formation of stimulus equivalence classes. The final sample included 33 articles that were identified by searching three different databases (Web of Science, PsycINFO, and Google Scholar) using specific keywords. The results showed that meaningful events play an important role in cognitive/behavioral processes. More studies were found within the cognitive approach, whereas a stronger effect of meaningful events was observed in studies that employed a behavioral approach.Keywords: Behavioral psychology, cognitive psychology, meaningful events, meaning.
近几十年来,在行为和认知心理学领域,意义概念一直是一个传统的科学研究对象。前者根据已有的或获得的行为功能来定义有意义的事件。后者侧重于解释模型来描述有意义事件在认知表现中的作用。我们对2012年至2017年间发表的研究进行了文献回顾,这些研究调查了与语言习得和行为过程相关的有意义事件与认知过程之间的关系,特别是刺激等效类的形成。最后的样本包括33篇文章,这些文章是通过使用特定的关键词搜索三个不同的数据库(Web of Science、PsycINFO和Google Scholar)确定的。结果表明,有意义的事件在认知/行为过程中起着重要作用。在认知方法中发现了更多的研究,而在使用行为方法的研究中发现了更强的有意义事件的影响。关键词:行为心理学;认知心理学;有意义事件;
{"title":"Meaningful Events in Cognitive and Behavioral Psychology Research Approaches: A 6-Year Literature Review","authors":"M. A. Oliveira, E. Arntzen","doi":"10.18542/rebac.v17i1.10634","DOIUrl":"https://doi.org/10.18542/rebac.v17i1.10634","url":null,"abstract":"The concept of meaning has been a traditional object of scientific study over recent decades within the behavioral and cognitive psychology fields. The former defines meaningful events in terms of their existing or acquired behavioral functions. The latter focuses on explanatory models to describe the role of meaningful events in cognitive performance. We performed a literature review of research studies that were published between 2012 and 2017 that investigated the relationship between meaningful events and cognitive processes that are related to language acquisition and behavioral processes, specifically the formation of stimulus equivalence classes. The final sample included 33 articles that were identified by searching three different databases (Web of Science, PsycINFO, and Google Scholar) using specific keywords. The results showed that meaningful events play an important role in cognitive/behavioral processes. More studies were found within the cognitive approach, whereas a stronger effect of meaningful events was observed in studies that employed a behavioral approach.Keywords: Behavioral psychology, cognitive psychology, meaningful events, meaning. ","PeriodicalId":250172,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Análise do Comportamento","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123415410","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-16DOI: 10.18542/rebac.v17i1.10638
Paulo César Morales Mayer, Marcus Bentes de Carvalho Neto
O modelo de seleção por consequências foi um grande marco na análise do comportamento. Explicitou a relação entre os três níveis de seleção (filogenético, ontogenético e cultural) e consolidou uma aproximação com a Biologia. Contudo, o modelo proposto por Skinner abarca apenas mecanismos de seleção deixando de lado mecanismos responsáveis pela eliminação de características ou comportamentos não favoráveis à sobrevivência do organismo. Este artigo é um ensaio teórico que visa discutir a possibilidade de ampliação do modelo de seleção para um modelo também de “desseleção”, verificando se a analogia com a seleção natural continuaria compatível. Primeiro, discute-se a possibilidade de mecanismos de eliminação de comportamentos, no nível operante, distinto da extinção. Após, apresenta-se a noção e os mecanismos de extinção na biologia evolutiva. Por fim, avalia-se a compatibilidade entre os conceitos e mecanismos de punição e extinção da teoria operante com os de extinção da teoria evolutiva. Argumenta-se que, apesar de controversas, a explicação de punição na análise do comportamento e a necessidade de maior compreensão da neurofisiologia envolvida, seriam fatores potencialmente importantes na construção de uma analogia entre seleção e “desseleção”.Palavras-chave: seleção natural, punição, extinção, desseleção, análise do comportamento.
{"title":"“Desseleção” por Consequências: Uma possível aproximação entre os mecanismos supressivos ontogenéticos e filogenéticos","authors":"Paulo César Morales Mayer, Marcus Bentes de Carvalho Neto","doi":"10.18542/rebac.v17i1.10638","DOIUrl":"https://doi.org/10.18542/rebac.v17i1.10638","url":null,"abstract":"O modelo de seleção por consequências foi um grande marco na análise do comportamento. Explicitou a relação entre os três níveis de seleção (filogenético, ontogenético e cultural) e consolidou uma aproximação com a Biologia. Contudo, o modelo proposto por Skinner abarca apenas mecanismos de seleção deixando de lado mecanismos responsáveis pela eliminação de características ou comportamentos não favoráveis à sobrevivência do organismo. Este artigo é um ensaio teórico que visa discutir a possibilidade de ampliação do modelo de seleção para um modelo também de “desseleção”, verificando se a analogia com a seleção natural continuaria compatível. Primeiro, discute-se a possibilidade de mecanismos de eliminação de comportamentos, no nível operante, distinto da extinção. Após, apresenta-se a noção e os mecanismos de extinção na biologia evolutiva. Por fim, avalia-se a compatibilidade entre os conceitos e mecanismos de punição e extinção da teoria operante com os de extinção da teoria evolutiva. Argumenta-se que, apesar de controversas, a explicação de punição na análise do comportamento e a necessidade de maior compreensão da neurofisiologia envolvida, seriam fatores potencialmente importantes na construção de uma analogia entre seleção e “desseleção”.Palavras-chave: seleção natural, punição, extinção, desseleção, análise do comportamento.","PeriodicalId":250172,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Análise do Comportamento","volume":"336 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122136329","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-16DOI: 10.18542/rebac.v17i1.10635
Bruna Colombo dos Santos, Marcus Bentes de Carvalho Neto
O behaviorismo não é uma filosofia unificada na ciência. São identificados pelo menos 15 behaviorismos diferentes, divididos em behaviorismos psicológicos e filosóficos. Dessa forma, fazer uma análise comparativa entre estes behaviorismos pode se apresentar como uma tarefa produtiva para estudiosos desta área. O objetivo desse ensaio foi analisar comparativamente os behaviorismos de Kantor e Skinner, de forma a revelar similaridades e diferenças entre ambos. Foram elencados como tópicos para análise: objeto de estudo, unidade de análise e seus componentes e modelo de causalidade. De maneira geral, observou-se que as propostas destes autores apresentam características em comum, como por exemplo, comportamento como fenômeno interacional e como objeto de estudo científico, rejeição do dualismo e de “agentes” internos como causas do comportamento. Por outro lado, alguns aspectos abordados pelo interbehaviorismo não são abordados por Skinner, ou o são de maneira bastante distinta. Argumenta-se que esse exercício pode trazer elementos que auxiliem ambas as áreas em sua própria revisão e, se necessário, reformulação.Palavras-chave: Behaviorismo Radical, Interbehaviorismo, análise comparativa.
{"title":"Comparação de conceitos e processos nos Behaviorismos de Kantor e Skinner","authors":"Bruna Colombo dos Santos, Marcus Bentes de Carvalho Neto","doi":"10.18542/rebac.v17i1.10635","DOIUrl":"https://doi.org/10.18542/rebac.v17i1.10635","url":null,"abstract":"O behaviorismo não é uma filosofia unificada na ciência. São identificados pelo menos 15 behaviorismos diferentes, divididos em behaviorismos psicológicos e filosóficos. Dessa forma, fazer uma análise comparativa entre estes behaviorismos pode se apresentar como uma tarefa produtiva para estudiosos desta área. O objetivo desse ensaio foi analisar comparativamente os behaviorismos de Kantor e Skinner, de forma a revelar similaridades e diferenças entre ambos. Foram elencados como tópicos para análise: objeto de estudo, unidade de análise e seus componentes e modelo de causalidade. De maneira geral, observou-se que as propostas destes autores apresentam características em comum, como por exemplo, comportamento como fenômeno interacional e como objeto de estudo científico, rejeição do dualismo e de “agentes” internos como causas do comportamento. Por outro lado, alguns aspectos abordados pelo interbehaviorismo não são abordados por Skinner, ou o são de maneira bastante distinta. Argumenta-se que esse exercício pode trazer elementos que auxiliem ambas as áreas em sua própria revisão e, se necessário, reformulação.Palavras-chave: Behaviorismo Radical, Interbehaviorismo, análise comparativa.","PeriodicalId":250172,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Análise do Comportamento","volume":"9 9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131278762","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}