Pub Date : 2021-06-29DOI: 10.20890/reflexus.v15i1.2440
Waldecir Gonzaga, Dimas Solda
O Evangelho de Marcos é o escrito mais antigo dos quatro Evangelhos canônicos e seu grego é dos mais “pobres” entre eles. Isso não significa que seja de fácil entendimento e interpretação. Pelo contrário, há termos que são realmente difíceis. Se não bastasse a dificuldade da própria língua, ainda temos a presença de vários hápax legómena ao longo do Evangelho, gerando ainda mais dificuldades, como é o caso da perícope Mc 4,10-12. Com maior razão, isso acontece quando nos deparamos com algumas duras sentenças que precisam ser mais examinadas para serem melhor compreendidas. As sentenças que temos na perícope Mc 4,10-12 são introduzidas pelas conjunções ἵνα (“a fim de que”) e μήποτε (“para que não”), em 4,12, que, gramaticalmente falando, são subordinativas finais. Ademais, a perícope Mc 4,10-12 conta com a presença de uma base veterotestamentária que foi usada com certa liberdade na forma de citação ou alusão, que é o texto de Is 6,9-10, como trabalhamos no artigo. Com tudo isso, esta perícope pede nós um estudo mais atento, como aqui nos propomos. Oferecemos nova tradução, pautada na crítica textual, delimitação do texto, exame veterotestamentário e, enfim, uma análise exegética, para termos uma melhor compreensão da perícope em si.
{"title":"O sentido das conjunções ἵνα e μήποτε em Mc 4,10-12 e sua base veterotestamentária: “a fim de que não se convertam”","authors":"Waldecir Gonzaga, Dimas Solda","doi":"10.20890/reflexus.v15i1.2440","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v15i1.2440","url":null,"abstract":"O Evangelho de Marcos é o escrito mais antigo dos quatro Evangelhos canônicos e seu grego é dos mais “pobres” entre eles. Isso não significa que seja de fácil entendimento e interpretação. Pelo contrário, há termos que são realmente difíceis. Se não bastasse a dificuldade da própria língua, ainda temos a presença de vários hápax legómena ao longo do Evangelho, gerando ainda mais dificuldades, como é o caso da perícope Mc 4,10-12. Com maior razão, isso acontece quando nos deparamos com algumas duras sentenças que precisam ser mais examinadas para serem melhor compreendidas. As sentenças que temos na perícope Mc 4,10-12 são introduzidas pelas conjunções ἵνα (“a fim de que”) e μήποτε (“para que não”), em 4,12, que, gramaticalmente falando, são subordinativas finais. Ademais, a perícope Mc 4,10-12 conta com a presença de uma base veterotestamentária que foi usada com certa liberdade na forma de citação ou alusão, que é o texto de Is 6,9-10, como trabalhamos no artigo. Com tudo isso, esta perícope pede nós um estudo mais atento, como aqui nos propomos. Oferecemos nova tradução, pautada na crítica textual, delimitação do texto, exame veterotestamentário e, enfim, uma análise exegética, para termos uma melhor compreensão da perícope em si.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124467526","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-29DOI: 10.20890/reflexus.v15i1.2376
Fábio Lanza, J. W. A. Neves Jr, Lenir Candida de Assis
Em 2018 ocorreu em Londrina-PR o 14º. Intereclesial das CEBs com a presença de 3114 pessoas de todo o Brasil e de países da América Latina. Trata-se de encontro religioso católico com o tema “Desafios do mundo urbano”. Este artigo apresenta dados da pesquisa realizada entre os participantes pelo LERR/UEL em que 53,06% dos participantes eram negros. O recorte étnico-racial mereceu relevância e motivaram a problemática a ser elucidada: qual o perfil dos participantes negros? Como ocorreu a participação dos negros no encontro, uma vez que estão submetidos a diversos desafios nas cidades brasileiras? Houve intervenção desses participantes nos debates e nos encaminhamentos propostos? O estudo resultou na percepção de que a participação dos negros influenciou a linha política dos debates em grupos e apresentou propostas urbanas específicas.
{"title":"MUNDO URBANO E A PARTICIPAÇÃO DOS NEGROS NO 14º. INTERECLESIAL DAS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE (CEBS)","authors":"Fábio Lanza, J. W. A. Neves Jr, Lenir Candida de Assis","doi":"10.20890/reflexus.v15i1.2376","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v15i1.2376","url":null,"abstract":"Em 2018 ocorreu em Londrina-PR o 14º. Intereclesial das CEBs com a presença de 3114 pessoas de todo o Brasil e de países da América Latina. Trata-se de encontro religioso católico com o tema “Desafios do mundo urbano”. Este artigo apresenta dados da pesquisa realizada entre os participantes pelo LERR/UEL em que 53,06% dos participantes eram negros. O recorte étnico-racial mereceu relevância e motivaram a problemática a ser elucidada: qual o perfil dos participantes negros? Como ocorreu a participação dos negros no encontro, uma vez que estão submetidos a diversos desafios nas cidades brasileiras? Houve intervenção desses participantes nos debates e nos encaminhamentos propostos? O estudo resultou na percepção de que a participação dos negros influenciou a linha política dos debates em grupos e apresentou propostas urbanas específicas. ","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127117231","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-29DOI: 10.20890/reflexus.v15i1.2394
Tiago de Melo Novais
O presente artigo tem como objetivo tratar da religiosidade sobre o prisma da validade apriorística da mesma, avaliando duas propostas diferentes que, apesar das divergências pressuposicionais, assumem essa categoria como anterior ao desenvolvimento sócio-cultural humano. Dessa forma, tratamos aqui da questão filosófica acerca da religião a priori, a partir de dois teóricos, a saber, o teólogo alemão Rudolf Otto e o filósofo holandês Herman Dooyeweerd. A metodologia utilizada no artigo foi exploratória, com uso do método comparativo, a fim de expandir a discussão por meio das aproximações e contrastes dos dois atores presentes no texto. Destacamos aqui as concepções diferentes sobre o tema central ao pôr ao lado da fenomenologia-psicológica de Otto a religião fundamentalmente inevitável de Dooyeweerd.
{"title":"DE ONDE VEM A RELIGIOSIDADE? RUDOLF OTTO E HERMAN DOOYEWEERD SOBRE A RELIGIÃO A PRIORI","authors":"Tiago de Melo Novais","doi":"10.20890/reflexus.v15i1.2394","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v15i1.2394","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo tratar da religiosidade sobre o prisma da validade apriorística da mesma, avaliando duas propostas diferentes que, apesar das divergências pressuposicionais, assumem essa categoria como anterior ao desenvolvimento sócio-cultural humano. Dessa forma, tratamos aqui da questão filosófica acerca da religião a priori, a partir de dois teóricos, a saber, o teólogo alemão Rudolf Otto e o filósofo holandês Herman Dooyeweerd. A metodologia utilizada no artigo foi exploratória, com uso do método comparativo, a fim de expandir a discussão por meio das aproximações e contrastes dos dois atores presentes no texto. Destacamos aqui as concepções diferentes sobre o tema central ao pôr ao lado da fenomenologia-psicológica de Otto a religião fundamentalmente inevitável de Dooyeweerd.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"266 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133539149","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-29DOI: 10.20890/reflexus.v15i1.2520
G. McGeoch
Resenha.
审查。
{"title":"Anarchy and the Kingdom of God: From Eschatology to Orthodox Political Theology and Back.","authors":"G. McGeoch","doi":"10.20890/reflexus.v15i1.2520","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v15i1.2520","url":null,"abstract":"Resenha.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"146 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133626298","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-29DOI: 10.20890/reflexus.v15i1.2483
Matthias Grenzer, Kleber Barreto de Jesus
A formulação jurídica em Ex 22,27a oferece diversas dificuldades para sua compreensão mais exata. De um lado, é preciso entender a carga semântica do verbo que o legislador israelita usa para apresentar a proibição: o que significa "não blasfemar", "não insultar" e/ou "não amaldiçoar"? Do outro, surgem dúvidas a respeito do alvo de eventuais blasfêmias, insultos e/ou maldições; porventura o substantivo hebraico presente na formulação jurídica indica o "Deus" de Israel, todos os "deuses" e/ou "autoridades divinas" que julgam ou governam em nome de Deus? Levando em consideração o contexto literário – o Código da Aliança (Ex 20,22–23,33), o livro do Êxodo, a composição do Pentateuco e os demais escritos pertencentes à Bíblia Hebraica –, cultiva-se a expectativa de que estudos comparativos possam contribuir com a compreensão de Ex 22,27a.
Ex 22,27 A中的法律措辞为更准确地理解它提供了几个困难。一方面,有必要理解以色列立法者用来表示禁令的动词的语义:“不亵渎”、“不侮辱”和/或“不诅咒”是什么意思?另一方面,对可能的亵渎、侮辱和/或诅咒的目标产生怀疑;法律措辞中的希伯来名词是否表示以色列的“上帝”,所有的“神”和/或“神圣的权威”,以上帝的名义审判或统治?考虑到文学背景——约法典(出埃及记20:22 - 23,33)、《出埃及记》、《摩西五经》的组成和其他属于希伯来圣经的著作——人们期望比较研究有助于理解出埃及记22:27 a。
{"title":"A proibição de amaldiçoar a Deus. Um estudo da formulação jurídica em Ex 22,27a","authors":"Matthias Grenzer, Kleber Barreto de Jesus","doi":"10.20890/reflexus.v15i1.2483","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v15i1.2483","url":null,"abstract":"A formulação jurídica em Ex 22,27a oferece diversas dificuldades para sua compreensão mais exata. De um lado, é preciso entender a carga semântica do verbo que o legislador israelita usa para apresentar a proibição: o que significa \"não blasfemar\", \"não insultar\" e/ou \"não amaldiçoar\"? Do outro, surgem dúvidas a respeito do alvo de eventuais blasfêmias, insultos e/ou maldições; porventura o substantivo hebraico presente na formulação jurídica indica o \"Deus\" de Israel, todos os \"deuses\" e/ou \"autoridades divinas\" que julgam ou governam em nome de Deus? Levando em consideração o contexto literário – o Código da Aliança (Ex 20,22–23,33), o livro do Êxodo, a composição do Pentateuco e os demais escritos pertencentes à Bíblia Hebraica –, cultiva-se a expectativa de que estudos comparativos possam contribuir com a compreensão de Ex 22,27a.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126587696","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-11DOI: 10.20890/reflexus.v14i2.2480
J. Filho
Nominata de Avaliadores 2020
{"title":"Nominata de Avaliadores 2020","authors":"J. Filho","doi":"10.20890/reflexus.v14i2.2480","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v14i2.2480","url":null,"abstract":"Nominata de Avaliadores 2020","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"52 3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124299241","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-14DOI: 10.20890/reflexus.v14i2.2265
P. D. S. G. Tostes
O artigo visa contribuir com a reflexão sobre a Diversidade Religiosa, de forma breve. Destaca a importância das influências Cultural, Sociológica, Psicológica, Filosófica e Política na sociedade. É uma pesquisa bibliográfica-qualitativa partindo da Ciência da Religião, onde apresenta diversos campos da Ciências e seus saberes, aplicando os mesmos para a análise do objeto “religião, /religiosidade ou os sem religião”. Do mesmo modo, nessa breve reflexão busca-se resgatar as contribuições históricas, legislativa e cultural do objeto analisado, através do ensino religioso nas escolas públicas brasileira. Conclui-se que os diversos saberes encontrados na Ciência da Religião, favorece o enriquecimento das pesquisas as serem aplicadas de uma forma útil e utilizáveis na sala de aula e ou no meio social.
{"title":"DIVERSIDADE RELIGIOSA: uma breve análise das influências sociológicas e psicológicas na sociedade","authors":"P. D. S. G. Tostes","doi":"10.20890/reflexus.v14i2.2265","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v14i2.2265","url":null,"abstract":"O artigo visa contribuir com a reflexão sobre a Diversidade Religiosa, de forma breve. Destaca a importância das influências Cultural, Sociológica, Psicológica, Filosófica e Política na sociedade. É uma pesquisa bibliográfica-qualitativa partindo da Ciência da Religião, onde apresenta diversos campos da Ciências e seus saberes, aplicando os mesmos para a análise do objeto “religião, /religiosidade ou os sem religião”. Do mesmo modo, nessa breve reflexão busca-se resgatar as contribuições históricas, legislativa e cultural do objeto analisado, através do ensino religioso nas escolas públicas brasileira. Conclui-se que os diversos saberes encontrados na Ciência da Religião, favorece o enriquecimento das pesquisas as serem aplicadas de uma forma útil e utilizáveis na sala de aula e ou no meio social.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"135 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124014681","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-14DOI: 10.20890/reflexus.v14i2.2415
José Aristides da Silva Gamito
A relação entre cristianismo e filosofia iniciou-se conflituosa com os primeiros apologetas, porém, progressivamente ocorreu uma recepção positiva no século II. O encontro entre a religião cristã e a filosofia grega contribuiu para construção de uma cosmovisão específica do cristianismo dentro da sociedade greco-romana. No campo ético, verifica-se nas obras de Clemente de Alexandria, principalmente no Pedagogo, conceitos e valores estoicos. Esta pesquisa identifica e compara intertextualidade e contatos entre Clemente de Alexandria e os antigos estoicos (Zenão de Cítio, Cleanto, Crísipo), e com o filósofo Caio Musônio Rufo, representante do estoicismo imperial, e que viveu quase cinco décadas antes de Clemente.
{"title":"A RECEPÇÃO DO ESTOICISMO NO PENSAMENTO ÉTICO DE CLEMENTE DE ALEXANDRIA: RELAÇÕES INTERTEXTUAIS ENTRE O PEDAGOGO E AS DIATRIBES DE MUSÔNIO RUFO","authors":"José Aristides da Silva Gamito","doi":"10.20890/reflexus.v14i2.2415","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v14i2.2415","url":null,"abstract":"A relação entre cristianismo e filosofia iniciou-se conflituosa com os primeiros apologetas, porém, progressivamente ocorreu uma recepção positiva no século II. O encontro entre a religião cristã e a filosofia grega contribuiu para construção de uma cosmovisão específica do cristianismo dentro da sociedade greco-romana. No campo ético, verifica-se nas obras de Clemente de Alexandria, principalmente no Pedagogo, conceitos e valores estoicos. Esta pesquisa identifica e compara intertextualidade e contatos entre Clemente de Alexandria e os antigos estoicos (Zenão de Cítio, Cleanto, Crísipo), e com o filósofo Caio Musônio Rufo, representante do estoicismo imperial, e que viveu quase cinco décadas antes de Clemente.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131813494","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-14DOI: 10.20890/reflexus.v14i2.693
A. M. Barbosa
Este trabalho ocupa-se de duas literaturas do período colonial: Viagem à Terra do Brasil, escrito em 1578, por Jean de Léry, e A Key Into the Language of América, escrito por Roger Williams, em 1643. A escolha dos personagens e seus textos deve-se ao fato de que ambos representam o pensamento europeu e protestante em diferentes contextos e momentos da colonização americana. O objetivo é comparar a forma como ambos elaboram seu discurso sobre mundo do índio, a partir de algumas referências destacadas de suas obras. Busca-se compreender como estes textos revelam a constituição de um lugar hermenêutico caracterizado pela fronteira entre dois mundo, nascido da estranheza frente ao mundo do outro e o reconhecimento de sua legitimidade e de seus direitos, e do efeito em seu próprio mundo cristão e civilizado, criticado em comparação ao dito selvagem.
{"title":"JEAN DE LERY E ROGER WILLIAMS E A COMPREENSÃO DO NATIVO AMERICANO EM “VIAGEM À TERRA DO BRASIL” E “A KEY INTO THE LANGUAGE OF AMERICA”","authors":"A. M. Barbosa","doi":"10.20890/reflexus.v14i2.693","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v14i2.693","url":null,"abstract":"Este trabalho ocupa-se de duas literaturas do período colonial: Viagem à Terra do Brasil, escrito em 1578, por Jean de Léry, e A Key Into the Language of América, escrito por Roger Williams, em 1643. A escolha dos personagens e seus textos deve-se ao fato de que ambos representam o pensamento europeu e protestante em diferentes contextos e momentos da colonização americana. O objetivo é comparar a forma como ambos elaboram seu discurso sobre mundo do índio, a partir de algumas referências destacadas de suas obras. Busca-se compreender como estes textos revelam a constituição de um lugar hermenêutico caracterizado pela fronteira entre dois mundo, nascido da estranheza frente ao mundo do outro e o reconhecimento de sua legitimidade e de seus direitos, e do efeito em seu próprio mundo cristão e civilizado, criticado em comparação ao dito selvagem.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126469474","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-14DOI: 10.20890/reflexus.v14i2.2253
Renato Kirchner, J. Alves
Considerado o texto mais conhecido de Teresa de Ávila como mestra espiritual, Castelo interior ou moradas pode ser classificado como um guia de viagem. Conforme o título mesmo sugere, o que o distingue como guia é o rumo a ser tomado e empreendido. Teresa descreve aventuras experimentadas numa rota mais surpreendente e misteriosa: pelo caminho do mundo interior. Ela escreve como quem já percorreu tal caminho. Quem parte deseja alcançar o termo para aí permanecer. O movimento torna-se claro na estrutura das sete “moradas” do castelo. O texto apresentado aqui possui o intuito de interpretar as estruturas e formas do caminho ao mundo interior e demonstrar as transformações ocorridas na alma ao ultrapassar cada morada, mediante leitura, análise temática, interpretação e síntese da obra e, na medida em que se fizer necessário, pela utilização de comentadores da obra teresiana. A alma disposta a percorrer tal jornada possui um único objetivo, a saber, adentrar ao próprio interior da alma: um castelo. Por que um castelo? Porque nele mora um Rei e, por intermédio da união mística, no matrimônio espiritual, se estabelece a conexão extrema de vontades entre alma e Deus.
{"title":"O caminho do mundo interior em Teresa de Ávila","authors":"Renato Kirchner, J. Alves","doi":"10.20890/reflexus.v14i2.2253","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v14i2.2253","url":null,"abstract":"Considerado o texto mais conhecido de Teresa de Ávila como mestra espiritual, Castelo interior ou moradas pode ser classificado como um guia de viagem. Conforme o título mesmo sugere, o que o distingue como guia é o rumo a ser tomado e empreendido. Teresa descreve aventuras experimentadas numa rota mais surpreendente e misteriosa: pelo caminho do mundo interior. Ela escreve como quem já percorreu tal caminho. Quem parte deseja alcançar o termo para aí permanecer. O movimento torna-se claro na estrutura das sete “moradas” do castelo. O texto apresentado aqui possui o intuito de interpretar as estruturas e formas do caminho ao mundo interior e demonstrar as transformações ocorridas na alma ao ultrapassar cada morada, mediante leitura, análise temática, interpretação e síntese da obra e, na medida em que se fizer necessário, pela utilização de comentadores da obra teresiana. A alma disposta a percorrer tal jornada possui um único objetivo, a saber, adentrar ao próprio interior da alma: um castelo. Por que um castelo? Porque nele mora um Rei e, por intermédio da união mística, no matrimônio espiritual, se estabelece a conexão extrema de vontades entre alma e Deus.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125320119","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}