Pub Date : 2022-07-04DOI: 10.20890/reflexus.v16i1.2611
Mariosan Sousa Marques
Vastamente conhecido é o caminho feito por Agostinho na filosofia e depois de sua conversão, na teologia, como pensador e escritor, deixando sua marca no pensamento ocidental. Em suas Confissões ele relata, a modo de autobiografia confessante, a sua experiência pessoal e seu caminho árduo até ao encontro com o Ser e a verdade. Certamente que o encontro com o ser foi por intuição e a descoberta do Ser na história como Salvação se deu pelo encontro com a Escritura cristã. As citações que Agostinho faz da literatura paulina nas Confissões dão conta do quanto o apóstolo dos gentios marcou a vida do hiponense, não só como possibilidade de interpretação do eu dissipado na exterioridade na busca da verdade, como também lhe descortinando grandes verdades da tradição crista. Nesse trabalho busca-se fazer um elenco das citações paulinas na obra da Confissões para perceber o impacto de Paulo na vida e pensamento de Agostinho.
{"title":"O uso da literatura paulina nas Confissões de Agostinho","authors":"Mariosan Sousa Marques","doi":"10.20890/reflexus.v16i1.2611","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v16i1.2611","url":null,"abstract":"Vastamente conhecido é o caminho feito por Agostinho na filosofia e depois de sua conversão, na teologia, como pensador e escritor, deixando sua marca no pensamento ocidental. Em suas Confissões ele relata, a modo de autobiografia confessante, a sua experiência pessoal e seu caminho árduo até ao encontro com o Ser e a verdade. Certamente que o encontro com o ser foi por intuição e a descoberta do Ser na história como Salvação se deu pelo encontro com a Escritura cristã. As citações que Agostinho faz da literatura paulina nas Confissões dão conta do quanto o apóstolo dos gentios marcou a vida do hiponense, não só como possibilidade de interpretação do eu dissipado na exterioridade na busca da verdade, como também lhe descortinando grandes verdades da tradição crista. Nesse trabalho busca-se fazer um elenco das citações paulinas na obra da Confissões para perceber o impacto de Paulo na vida e pensamento de Agostinho.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127722557","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-04DOI: 10.20890/reflexus.v16i1.2609
André Luiz Rodrigues da Silva, Agenilton Marques Corrêa
Este artigo almeja conjugar e aprofundar o conteúdo dos ensinamentos de Agostinho e de Lutero sobre as Sagradas Escrituras, em particular no que diz respeito às intuições que eles tiveram, ainda em vida, em confronto com os seus respectivos opositores sobre o lugar ideal para o sentido literal da Bíblia. Na tentativa de dirimir as dúvidas de um escrito precedente, Agostinho escreve o De spiritu et littera, assumindo as referências da carta de Paulo aos Romanos para combater as teorias pelagianas que defendiam a autonomia do homem em relação à graça divina. Lutero se opõe ao semipelagianismo de Erasmo e de Emser, comentando a carta de Paulo aos Romanos com citações diretas e explícitas do De spiritu et littera de Agostinho. Dessa maneira, tanto em Agostinho quanto em Lutero é possível enxergar a relação profunda do tema bíblico com as questões que envolviam o tema da graça, do livre-arbítrio e da vontade humana.
这篇文章的目的是结合和深化奥古斯丁和路德关于圣经的教导的内容,特别是关于他们在活着的时候与各自的对手在圣经字面意义的理想位置上的直觉。为了消除对之前著作的怀疑,奥古斯丁写了《de spiritu et littera》,引用了保罗写给罗马人的信,以对抗佩拉基的理论,佩拉基的理论主张人在神的恩典方面的自治。路德反对伊拉斯谟和埃姆瑟的半佩拉基主义,他直接而明确地引用奥古斯丁的《精神与文学》来评论保罗写给罗马人的信。因此,在奥古斯丁和路德中,我们都可以看到圣经主题与恩典、自由意志和人类意志主题之间的深刻关系。
{"title":"As raízes da questão sobre as Sagradas Escrituras em Agostinho e em Lutero","authors":"André Luiz Rodrigues da Silva, Agenilton Marques Corrêa","doi":"10.20890/reflexus.v16i1.2609","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v16i1.2609","url":null,"abstract":"Este artigo almeja conjugar e aprofundar o conteúdo dos ensinamentos de Agostinho e de Lutero sobre as Sagradas Escrituras, em particular no que diz respeito às intuições que eles tiveram, ainda em vida, em confronto com os seus respectivos opositores sobre o lugar ideal para o sentido literal da Bíblia. Na tentativa de dirimir as dúvidas de um escrito precedente, Agostinho escreve o De spiritu et littera, assumindo as referências da carta de Paulo aos Romanos para combater as teorias pelagianas que defendiam a autonomia do homem em relação à graça divina. Lutero se opõe ao semipelagianismo de Erasmo e de Emser, comentando a carta de Paulo aos Romanos com citações diretas e explícitas do De spiritu et littera de Agostinho. Dessa maneira, tanto em Agostinho quanto em Lutero é possível enxergar a relação profunda do tema bíblico com as questões que envolviam o tema da graça, do livre-arbítrio e da vontade humana.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130413840","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-04DOI: 10.20890/reflexus.v16i1.2503
Ozéias Vieira Dos Santos, Marcial Maçaneiro
Resumo: Fortemente comprometido com a unicidade de Deus (tawhid), o Islã testemunha o monoteísmo integral: Allah é uno e único, sem partes nem hipóstases, como diz a Sura 112. Por outro lado, o mesmo Alcorão menciona as diferentes qualidades e os múltiplos nomes de Deus, cuja revelação inclui adjetivos e analogias. Assim, a unidade absoluta de Deus, de um lado, e a multiplicidade de Seus atributos, de outro, suscitou as discussões do kalam – o discurso teológico expositivo, elaborado por Escolas do século VIII a XI, que representam a teologia clássica do Islã. Dessas Escolas, duas debateram sobre os atributos divinos: a Mutazila privilegia a unicidade ontológica de Allah, reduzindo os Seus atributos positivos à essência mesma da divindade; a Asharia recorre ao princípio da analogia e entende que os atributos de Allah constituem Sua revelação, sem comprometer a essência divina. A primeira Escola quer proteger o dogma, nos limites textuais do Alcorão; a segunda Escola quer conhecer a revelação de Allah, interpretando racionalmente o texto corânico. Ambas evidenciam a tensão entre o Deus revelado e o Deus inefável no Islã, com duas abordagens que se tocam: a inteligência que proclama Seus belos nomes e o coração que silencia em adoração.Palavra-chave: Islã. Monoteísmo. Teologia islâmica. Mutazila. Asharia.
{"title":"Os atributos de Deus segundo a teologia clássica muçulmana","authors":"Ozéias Vieira Dos Santos, Marcial Maçaneiro","doi":"10.20890/reflexus.v16i1.2503","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v16i1.2503","url":null,"abstract":"Resumo: Fortemente comprometido com a unicidade de Deus (tawhid), o Islã testemunha o monoteísmo integral: Allah é uno e único, sem partes nem hipóstases, como diz a Sura 112. Por outro lado, o mesmo Alcorão menciona as diferentes qualidades e os múltiplos nomes de Deus, cuja revelação inclui adjetivos e analogias. Assim, a unidade absoluta de Deus, de um lado, e a multiplicidade de Seus atributos, de outro, suscitou as discussões do kalam – o discurso teológico expositivo, elaborado por Escolas do século VIII a XI, que representam a teologia clássica do Islã. Dessas Escolas, duas debateram sobre os atributos divinos: a Mutazila privilegia a unicidade ontológica de Allah, reduzindo os Seus atributos positivos à essência mesma da divindade; a Asharia recorre ao princípio da analogia e entende que os atributos de Allah constituem Sua revelação, sem comprometer a essência divina. A primeira Escola quer proteger o dogma, nos limites textuais do Alcorão; a segunda Escola quer conhecer a revelação de Allah, interpretando racionalmente o texto corânico. Ambas evidenciam a tensão entre o Deus revelado e o Deus inefável no Islã, com duas abordagens que se tocam: a inteligência que proclama Seus belos nomes e o coração que silencia em adoração.Palavra-chave: Islã. Monoteísmo. Teologia islâmica. Mutazila. Asharia.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122931705","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-04DOI: 10.20890/reflexus.v16i1.2499
Matheus Landau De Carvalho
O objetivo deste Artigo é identificar aspectos religiosos e seculares, de um ponto de vista moderno, nos usos que as Leis de Manu (Mānava-Dharmaśāstra) fazem das comunidades rituais sócio-ocupacionais hindus (jātis). Para isso, lançou-se um olhar sobre a maneira pela qual as Leis de Manu (Mānava-Dharmaśāstra) descrevem e qualificam estas comunidades segundo as funções seculares que lhe atribui no âmbito do sistema varṇa-āśrama, de modo a enxergar nestes usos explicações racionais inerentes à funcionalidade da sociedade védica de acordo com fins práticos necessários à sua manutenção. Além disso, buscou-se salientar o modo como as Leis de Manu (Mānava-Dharmaśāstra) elaboram explicações meta-racionais e religiosamente fundamentadas, com ações orientadas para fins transcendentais a partir da prescrição de injunções rituais e a busca por bens espirituais.
{"title":"Aspectos religiosos e seculares das comunidades rituais sócio-ocupacionais hindus (jātis) segundo as Leis de Manu (Mānava-Dharmaśāstra)","authors":"Matheus Landau De Carvalho","doi":"10.20890/reflexus.v16i1.2499","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v16i1.2499","url":null,"abstract":"O objetivo deste Artigo é identificar aspectos religiosos e seculares, de um ponto de vista moderno, nos usos que as Leis de Manu (Mānava-Dharmaśāstra) fazem das comunidades rituais sócio-ocupacionais hindus (jātis). Para isso, lançou-se um olhar sobre a maneira pela qual as Leis de Manu (Mānava-Dharmaśāstra) descrevem e qualificam estas comunidades segundo as funções seculares que lhe atribui no âmbito do sistema varṇa-āśrama, de modo a enxergar nestes usos explicações racionais inerentes à funcionalidade da sociedade védica de acordo com fins práticos necessários à sua manutenção. Além disso, buscou-se salientar o modo como as Leis de Manu (Mānava-Dharmaśāstra) elaboram explicações meta-racionais e religiosamente fundamentadas, com ações orientadas para fins transcendentais a partir da prescrição de injunções rituais e a busca por bens espirituais.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"405 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123378417","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-04DOI: 10.20890/reflexus.v16i1.2531
Antônio Henrique da Cruz Saraiva, Joaquim Hudson de Souza Ribeiro
RESUMO: Ao longo da história, a busca da felicidade instigou o ser humano a criar diversos conceitos, conforme suas experiências. A vida feliz consiste na posse de Deus escrevia Santo Agostinho. A vida consagrada Redentorista tem como dever buscar a Deus em tudo e entregar-se para Ele. Essa entrega ocorre por meio dos conselhos evangélicos que são os caminhos para possuir a felicidade em Deus. Este estudo tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre a felicidade dentro da vida consagrada Redentorista por meio do conceito de felicidade de Santo Agostinho. Trata-se de um estudo básico, descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa. O procedimento usado foi o bibliográfico, que utiliza o método hermenêutico para análise. A abordagem deste tema apresenta horizontes espirituais que apontam para felicidade e a motivação dessa pesquisa reside na importância que o tema possui para os Missionários Redentoristas, bem como aqueles que bebem de sua espiritualidade. Chegou-se à conclusão que, a felicidade Redentorista e o conceito felicidade de santo Agostinho visam o mesmo propósito, Deus.Palavras-chave: Felicidade; Deus; Redentoristas; Vida Consagrada.
{"title":"A felicidade dos Redentoristas em Manaus: uma leitura em Santo Agostinho","authors":"Antônio Henrique da Cruz Saraiva, Joaquim Hudson de Souza Ribeiro","doi":"10.20890/reflexus.v16i1.2531","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v16i1.2531","url":null,"abstract":"RESUMO: Ao longo da história, a busca da felicidade instigou o ser humano a criar diversos conceitos, conforme suas experiências. A vida feliz consiste na posse de Deus escrevia Santo Agostinho. A vida consagrada Redentorista tem como dever buscar a Deus em tudo e entregar-se para Ele. Essa entrega ocorre por meio dos conselhos evangélicos que são os caminhos para possuir a felicidade em Deus. Este estudo tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre a felicidade dentro da vida consagrada Redentorista por meio do conceito de felicidade de Santo Agostinho. Trata-se de um estudo básico, descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa. O procedimento usado foi o bibliográfico, que utiliza o método hermenêutico para análise. A abordagem deste tema apresenta horizontes espirituais que apontam para felicidade e a motivação dessa pesquisa reside na importância que o tema possui para os Missionários Redentoristas, bem como aqueles que bebem de sua espiritualidade. Chegou-se à conclusão que, a felicidade Redentorista e o conceito felicidade de santo Agostinho visam o mesmo propósito, Deus.Palavras-chave: Felicidade; Deus; Redentoristas; Vida Consagrada.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123688000","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-04DOI: 10.20890/reflexus.v16i1.2616
Maria Angélica De Farias Jurity Martins, Breno Martins Campos
Este artigo parte de dados empíricos do Brasil contemporâneo, na intersecção da religião com a política, com o intuito de mostrar que a relação formal de evangélicos com a atividade política não é exclusiva ao campo das igrejas e lideranças pentecostais e neopentecostais. Na verdade, em nossos dias, são também necessárias investigações científicas que contemplem o avanço, ainda que discreto, de protestantes históricos calvinistas na arena público-política em nosso país. O que buscamos não é propriamente analisar o campo evangélico brasileiro, mas, antes, promover uma leitura do neocalvinismo holandês do século XIX, com destaque para a pessoa e obra de Abraham Kuyper. Queremos oferecer subsídios teológicos (ou uma chave de interpretação) para que cientistas sociais e da religião possam discutir e avaliar se a presença de protestantes reformados na política – e até em postos de governo – no Brasil do século XXI pode ser considerada uma herança do neocalvinismo holandês.
{"title":"Abraham Kuyper, o neocalvinismo holandês do século XIX e a contemporaneidade:","authors":"Maria Angélica De Farias Jurity Martins, Breno Martins Campos","doi":"10.20890/reflexus.v16i1.2616","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v16i1.2616","url":null,"abstract":"Este artigo parte de dados empíricos do Brasil contemporâneo, na intersecção da religião com a política, com o intuito de mostrar que a relação formal de evangélicos com a atividade política não é exclusiva ao campo das igrejas e lideranças pentecostais e neopentecostais. Na verdade, em nossos dias, são também necessárias investigações científicas que contemplem o avanço, ainda que discreto, de protestantes históricos calvinistas na arena público-política em nosso país. O que buscamos não é propriamente analisar o campo evangélico brasileiro, mas, antes, promover uma leitura do neocalvinismo holandês do século XIX, com destaque para a pessoa e obra de Abraham Kuyper. Queremos oferecer subsídios teológicos (ou uma chave de interpretação) para que cientistas sociais e da religião possam discutir e avaliar se a presença de protestantes reformados na política – e até em postos de governo – no Brasil do século XXI pode ser considerada uma herança do neocalvinismo holandês.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122452743","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-04DOI: 10.20890/reflexus.v16i1.2605
Valmor Da Silva, Gustavo Augusto Da Silva
Resumo: Este artigo relaciona a salmodia bíblica e os comentários aos salmos que Agostinho de Hipona empreendeu entre os anos de 392 e 422, transmitidos na obra Enarrationes in Psalmos. Nessa obra, Agostinho interpreta os salmos a fim de instruir os fiéis em sua vida de fé, especialmente através do canto e da música. Por isso, o fio condutor da presente análise é a musicalidade, como expressão da oração em forma de poesia. A partir de bibliografia pertinente, são destacados os aspectos musicais nos salmos em geral, e na obra de Agostinho em particular. Com o objetivo de ilustrar a importância da música na oração, Enarrationes serve como amostragem para todos os tempos. Poesia, música e oração movem os corações ao longo da história bíblica, assim como na época de Agostinho e nas culturas subsequentes. O mesmo resultado se aplica, com certeza, aos dias atuais.
{"title":"Salmos e o Canto Cristão:","authors":"Valmor Da Silva, Gustavo Augusto Da Silva","doi":"10.20890/reflexus.v16i1.2605","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v16i1.2605","url":null,"abstract":"Resumo: Este artigo relaciona a salmodia bíblica e os comentários aos salmos que Agostinho de Hipona empreendeu entre os anos de 392 e 422, transmitidos na obra Enarrationes in Psalmos. Nessa obra, Agostinho interpreta os salmos a fim de instruir os fiéis em sua vida de fé, especialmente através do canto e da música. Por isso, o fio condutor da presente análise é a musicalidade, como expressão da oração em forma de poesia. A partir de bibliografia pertinente, são destacados os aspectos musicais nos salmos em geral, e na obra de Agostinho em particular. Com o objetivo de ilustrar a importância da música na oração, Enarrationes serve como amostragem para todos os tempos. Poesia, música e oração movem os corações ao longo da história bíblica, assim como na época de Agostinho e nas culturas subsequentes. O mesmo resultado se aplica, com certeza, aos dias atuais.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127528516","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-04DOI: 10.20890/reflexus.v16i1.2619
Celso Gabatz, R. Angelin
Esta abordagem busca descortinar uma análise da conjuntura na perspectiva das tensões relacionadas a uma guerra cultural e suas implicações no cenário brasileiro contemporâneo. Por meio de uma exposição histórica acerca das origens do termo no ambiente intelectual estadunidense, o artigo traz à tona críticas feitas ao “marxismo cultural” em suas ligações com a governança brasileira. A despeito de uma noção epistemológica bastante confusa na base das premissas delineadas pela hegemonia cultural bolsonarista, o artigo deixa evidente que as questões referidas possuem relevância semântica para impulsionar um projeto de poder ao amplificar uma retórica que dissemina o ódio, evoca conspirações e performances escatológicas, revelando um desejo de retorno a uma ordem moralista idealizada.
{"title":"Percursos da hegemonia cultural bolsonarista e a retórica de ódio na realidade brasileira contemporânea","authors":"Celso Gabatz, R. Angelin","doi":"10.20890/reflexus.v16i1.2619","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v16i1.2619","url":null,"abstract":"Esta abordagem busca descortinar uma análise da conjuntura na perspectiva das tensões relacionadas a uma guerra cultural e suas implicações no cenário brasileiro contemporâneo. Por meio de uma exposição histórica acerca das origens do termo no ambiente intelectual estadunidense, o artigo traz à tona críticas feitas ao “marxismo cultural” em suas ligações com a governança brasileira. A despeito de uma noção epistemológica bastante confusa na base das premissas delineadas pela hegemonia cultural bolsonarista, o artigo deixa evidente que as questões referidas possuem relevância semântica para impulsionar um projeto de poder ao amplificar uma retórica que dissemina o ódio, evoca conspirações e performances escatológicas, revelando um desejo de retorno a uma ordem moralista idealizada.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124498727","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-04DOI: 10.20890/reflexus.v16i1.2610
Fabiano De Souza Coelho
Agostinho (354 - 430 E.C.) foi bispo da cidade de Hipona, norte da África romana, sendo uns dos maiores pensadores de seu tempo. Suas concepções e escritos marcaram tanto o Cristianismo de sua época quanto de momentos históricos posteriores. O presente trabalho tem como objetivo apresentar os estudos das últimas décadas a respeito de Agostinho de Hipona, suas relações com às mulheres e questões de gênero.
{"title":"Status Quaestionis: Leituras contemporâneas em torno de Agostinho de Hipona e o gênero feminino do Império Romano Tardo-Antigo","authors":"Fabiano De Souza Coelho","doi":"10.20890/reflexus.v16i1.2610","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v16i1.2610","url":null,"abstract":"Agostinho (354 - 430 E.C.) foi bispo da cidade de Hipona, norte da África romana, sendo uns dos maiores pensadores de seu tempo. Suas concepções e escritos marcaram tanto o Cristianismo de sua época quanto de momentos históricos posteriores. O presente trabalho tem como objetivo apresentar os estudos das últimas décadas a respeito de Agostinho de Hipona, suas relações com às mulheres e questões de gênero.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"93 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129573366","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-04DOI: 10.20890/reflexus.v16i1.2604
J. R. F. Martins Filho, Ana Kelly Ferreira Souto Pinto
O problema do mal perpassa todas as culturas, sendo a questão que move inicialmente o pensamento filosófico-teológico de Agostinho de Hipona. Neste estudo, apresenta-se o conceito agostiniano de mal à luz dos comentários ao livro do Gênesis. Entende-se, com base em Agostinho, que toda obra de Deus é boa e, portanto, não pode se corromper em essência. O mal, por consequência, surge do uso indevido do livre arbítrio. A fim de ilustrar a argumentação desenvolvida, recorre-se a algumas das principais imagens constantes na narrativa do pecado da desobediência, conforme disponível no Gênesis, tais como a questão do trabalho como punição, o fruto da árvore proibida, além, notadamente, dos papeis de Adão, Eva e da serpente na formulação do enredo. Como pano de fundo permanece a discussão agostiniana a respeito do mal como consequência do uso degenerado da liberdade.
{"title":"A ideia do mal no comentário ao Gênesis de Santo Agostinho","authors":"J. R. F. Martins Filho, Ana Kelly Ferreira Souto Pinto","doi":"10.20890/reflexus.v16i1.2604","DOIUrl":"https://doi.org/10.20890/reflexus.v16i1.2604","url":null,"abstract":"O problema do mal perpassa todas as culturas, sendo a questão que move inicialmente o pensamento filosófico-teológico de Agostinho de Hipona. Neste estudo, apresenta-se o conceito agostiniano de mal à luz dos comentários ao livro do Gênesis. Entende-se, com base em Agostinho, que toda obra de Deus é boa e, portanto, não pode se corromper em essência. O mal, por consequência, surge do uso indevido do livre arbítrio. A fim de ilustrar a argumentação desenvolvida, recorre-se a algumas das principais imagens constantes na narrativa do pecado da desobediência, conforme disponível no Gênesis, tais como a questão do trabalho como punição, o fruto da árvore proibida, além, notadamente, dos papeis de Adão, Eva e da serpente na formulação do enredo. Como pano de fundo permanece a discussão agostiniana a respeito do mal como consequência do uso degenerado da liberdade.","PeriodicalId":300365,"journal":{"name":"REFLEXUS - Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões","volume":"156 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121448503","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}