O trabalho visa uma leitura da teoria da sublimidade na Crítica da razão prática, a partir da análise das passagens nas quais, em particular na conclusão da obra e no terceiro capítulo da Analítica da razão prática pura, Kant oferece respaldo textual para destacarmos certa distância teórica com relação à concepção estética do sublime sucessivamente apresentada na Crítica da faculdade do juízo, notadamente na formulação geral do §23. Para isso, e tendo como plano de fundo uma perspectiva contrastiva de interpretações que aproximam segunda e terceira Críticas quanto ao sublime, sugerimos que, nessas duas obras, há variações referentes tanto à dinâmica envolvida pelo sublime quanto ao seu objeto de referência, assim como no que tange à caracterização dos sentimentos de admiração e respeito mediante os quais, segundo Kant, o sublime se expressa. Palavras-chave: Kant; sublime; respeito; admiração.
{"title":"Sublime na Crítica da razão prática","authors":"Emanuele Tredanaro","doi":"10.5216/PHI.V25I2.64654","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V25I2.64654","url":null,"abstract":"O trabalho visa uma leitura da teoria da sublimidade na Crítica da razão prática, a partir da análise das passagens nas quais, em particular na conclusão da obra e no terceiro capítulo da Analítica da razão prática pura, Kant oferece respaldo textual para destacarmos certa distância teórica com relação à concepção estética do sublime sucessivamente apresentada na Crítica da faculdade do juízo, notadamente na formulação geral do §23. Para isso, e tendo como plano de fundo uma perspectiva contrastiva de interpretações que aproximam segunda e terceira Críticas quanto ao sublime, sugerimos que, nessas duas obras, há variações referentes tanto à dinâmica envolvida pelo sublime quanto ao seu objeto de referência, assim como no que tange à caracterização dos sentimentos de admiração e respeito mediante os quais, segundo Kant, o sublime se expressa. Palavras-chave: Kant; sublime; respeito; admiração.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"112 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79657516","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo analisa a questão da música nas obras de Edmund Husserl. Entre as obras mais importantes para o tema estão as Lições para uma fenomenologia da consciência interna do tempo publicada em 1905 e o volume XXIII da husserliana sob o título de: Fantasia, consciência de imagem e memória. Da fenomenologia das presentificações intuitivas. Textos póstumos (1898-1925). O artigo faz uma crítica às leituras limitadoras da compreensão da fantasia, modo de consciência que gere a arte musical.
{"title":"Música, fantasia e temporalidade na fenomenologia de Husserl","authors":"V. Fontana","doi":"10.5216/PHI.V25I2.64469","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V25I2.64469","url":null,"abstract":"O artigo analisa a questão da música nas obras de Edmund Husserl. Entre as obras mais importantes para o tema estão as Lições para uma fenomenologia da consciência interna do tempo publicada em 1905 e o volume XXIII da husserliana sob o título de: Fantasia, consciência de imagem e memória. Da fenomenologia das presentificações intuitivas. Textos póstumos (1898-1925). O artigo faz uma crítica às leituras limitadoras da compreensão da fantasia, modo de consciência que gere a arte musical.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83130732","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
No caminho dos trabalhos que versam sobre as questões envolvendo a autonomia da arte, categoria da Estética desde a modernidade, este artigo visa desenvolver explanações sobre dois autores, Arthur Schopenhauer (1788–1860) e Herbert Marcuse (1898-1979) que, devedores da estética kantiana, possuem perspectivas que permitem reflexões sobre a autonomia da arte, ainda que Marcuse se posicione como um crítico da perspectiva representada por Schopenhauer. Designadamente, este artigo apresentará a compreensão estética do filósofo Arthur Schopenhauer - na obra principal deste autor, O Mundo Como Vontade e Representação – sobretudo o lugar do gênio artístico na obra do filósofo alemão, bem como apresentará os apontamentos do filósofo Herbert Marcuse na obra Dimensão Estética, de 1977, que sintetiza as principais questões da estética do autor. Palavras-chave: Schopenhauer, Marcuse, autonomia da arte, estética
{"title":"Da Estética Schopenhaueriana à Dimensão Estética de Marcuse:","authors":"Heiberle Hirsgnerg Horacio","doi":"10.5216/PHI.V25I2.65023","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V25I2.65023","url":null,"abstract":"No caminho dos trabalhos que versam sobre as questões envolvendo a autonomia da arte, categoria da Estética desde a modernidade, este artigo visa desenvolver explanações sobre dois autores, Arthur Schopenhauer (1788–1860) e Herbert Marcuse (1898-1979) que, devedores da estética kantiana, possuem perspectivas que permitem reflexões sobre a autonomia da arte, ainda que Marcuse se posicione como um crítico da perspectiva representada por Schopenhauer. Designadamente, este artigo apresentará a compreensão estética do filósofo Arthur Schopenhauer - na obra principal deste autor, O Mundo Como Vontade e Representação – sobretudo o lugar do gênio artístico na obra do filósofo alemão, bem como apresentará os apontamentos do filósofo Herbert Marcuse na obra Dimensão Estética, de 1977, que sintetiza as principais questões da estética do autor. Palavras-chave: Schopenhauer, Marcuse, autonomia da arte, estética","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"8 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89696113","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A finalidade explícita na arquitetura e ênfase na utilidade, no aspecto de uma aplicação prática, intrigou filósofos alemães como Immanuel Kant e August Schlegel. O entrelaçamento entre beleza e finalidade na arquitetura fora notado cedo por Marco Vitrúvio Polião (81 a.C.-15d d.C.), que aponta utilidade, solidez e beleza como características fundamentais da obra arquitetônica. Segundo Guyer (2011), a partir de Kant, o pensamento filosófico sobre a arquitetura começa a apresentar um distanciamento em relação a Vitrúvio, de modo que, mesmo sem total renúncia à tríade vitruviana no pensamento de Kant, este defende ser a característica principal da arquitetura representar ideias estéticas. A tese de Guyer aponta o desenvolvimento desse ponto de Kant em Schelling, Hegel e Schopenhauer, todavia com uma lacuna: August Schlegel (1767-1845), fundador do primeiro sistema de belas artes com sua Kunstlehre (1801-1804). Buscaremos aprofundar como a tese de Guyer não só é válida, mas ganha mais solidez no caso de August Schlegel e do papel que este confere à imaginação na arquitetura. Após a indicação de elementos vitruvianos e pós-vitruvianos em Kant e Schlegel, indicaremos as divergências entre ambos na apreciação da arquitetura, a partir de suas articulações entre arquitetura e finalidade.
{"title":"Architectura, Utilitas, Venustas:","authors":"G. Assumpção","doi":"10.5216/PHI.V25I2.64782","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V25I2.64782","url":null,"abstract":"A finalidade explícita na arquitetura e ênfase na utilidade, no aspecto de uma aplicação prática, intrigou filósofos alemães como Immanuel Kant e August Schlegel. O entrelaçamento entre beleza e finalidade na arquitetura fora notado cedo por Marco Vitrúvio Polião (81 a.C.-15d d.C.), que aponta utilidade, solidez e beleza como características fundamentais da obra arquitetônica. Segundo Guyer (2011), a partir de Kant, o pensamento filosófico sobre a arquitetura começa a apresentar um distanciamento em relação a Vitrúvio, de modo que, mesmo sem total renúncia à tríade vitruviana no pensamento de Kant, este defende ser a característica principal da arquitetura representar ideias estéticas. A tese de Guyer aponta o desenvolvimento desse ponto de Kant em Schelling, Hegel e Schopenhauer, todavia com uma lacuna: August Schlegel (1767-1845), fundador do primeiro sistema de belas artes com sua Kunstlehre (1801-1804). Buscaremos aprofundar como a tese de Guyer não só é válida, mas ganha mais solidez no caso de August Schlegel e do papel que este confere à imaginação na arquitetura. Após a indicação de elementos vitruvianos e pós-vitruvianos em Kant e Schlegel, indicaremos as divergências entre ambos na apreciação da arquitetura, a partir de suas articulações entre arquitetura e finalidade.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75650852","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo discute as relações entre animais não-humanos e o sensível. Para tanto, ensaia-se uma compreensão das formas animais e suas aparências expressivas, apoiando-se em ideias e teses dos filósofos franceses Merleau-Ponty e Dominique Lestel formuladas a partir do estudo do zoólogo Adolf Portmann sobre a aparência dos animais, denominado A forma animal (Die Tiergestalt). A investigação de Portmann, interessada em apreender fora do registro funcional do biológico o mistério que envolve as formas vivas, assimila uma nova concepção de corpo animal e descobre nele uma qualidade estética de livre expressão resultante do dispêndio das aparências dos viventes não-humanos.Palavras-chave: Vida Sensível; Animalidade; Aparência; Natureza.
{"title":"Vida Sensível dos Animais.","authors":"Mateus Uchôa","doi":"10.5216/PHI.V25I2.64559","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V25I2.64559","url":null,"abstract":"O presente artigo discute as relações entre animais não-humanos e o sensível. Para tanto, ensaia-se uma compreensão das formas animais e suas aparências expressivas, apoiando-se em ideias e teses dos filósofos franceses Merleau-Ponty e Dominique Lestel formuladas a partir do estudo do zoólogo Adolf Portmann sobre a aparência dos animais, denominado A forma animal (Die Tiergestalt). A investigação de Portmann, interessada em apreender fora do registro funcional do biológico o mistério que envolve as formas vivas, assimila uma nova concepção de corpo animal e descobre nele uma qualidade estética de livre expressão resultante do dispêndio das aparências dos viventes não-humanos.Palavras-chave: Vida Sensível; Animalidade; Aparência; Natureza.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"28 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81336974","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste artigo, pretendo desenvolver algumas ideias em torno da relação entre as noções de sonho, sublimação e transfiguração no pensamento do jovem Nietzsche, mais especificamente, no âmbito da metafísica de artista elaborada por ele no Nascimento da tragédia. As reflexões que se seguem desdobram-se à luz do que considero ser a “teoria” do inconsciente presente neste momento de sua obra. Mesmo que o termo “sublimação” não ocorra nos textos do período, acredito que seu sentido esteja presente em diversas formulações do autor acerca do processo mediante o qual o sofrimento e os impulsos violentos e destrutivos (representados pelo princípio pulsional dionisíaco) são refreados, deslocados, transformados e como que reintegrados em torno de uma imagem consolatória capaz de amenizar o sofrimento e harmonizar as forças em atividade no indivíduo e na cultura (o que seria resultado da ação do princípio apolíneo). Minha hipótese central é que Nietzsche enxerga, na produção inconsciente do sonho, o exemplo emblemático do processo de sublimação, enquanto evento psicológico, e que este funciona como paradigma para a formulação do importante conceito de transfiguração, que assume então uma função propriamente metafísica, no interior da proposta ética de justificação estética da existência.
{"title":"Sonho, sublimação e transfiguração","authors":"William Mattioli","doi":"10.5216/PHI.V25I2.64431","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V25I2.64431","url":null,"abstract":"Neste artigo, pretendo desenvolver algumas ideias em torno da relação entre as noções de sonho, sublimação e transfiguração no pensamento do jovem Nietzsche, mais especificamente, no âmbito da metafísica de artista elaborada por ele no Nascimento da tragédia. As reflexões que se seguem desdobram-se à luz do que considero ser a “teoria” do inconsciente presente neste momento de sua obra. Mesmo que o termo “sublimação” não ocorra nos textos do período, acredito que seu sentido esteja presente em diversas formulações do autor acerca do processo mediante o qual o sofrimento e os impulsos violentos e destrutivos (representados pelo princípio pulsional dionisíaco) são refreados, deslocados, transformados e como que reintegrados em torno de uma imagem consolatória capaz de amenizar o sofrimento e harmonizar as forças em atividade no indivíduo e na cultura (o que seria resultado da ação do princípio apolíneo). Minha hipótese central é que Nietzsche enxerga, na produção inconsciente do sonho, o exemplo emblemático do processo de sublimação, enquanto evento psicológico, e que este funciona como paradigma para a formulação do importante conceito de transfiguração, que assume então uma função propriamente metafísica, no interior da proposta ética de justificação estética da existência.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"108 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78656649","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo deste artigo é mostrar como na filosofia de Sartre o processo de personalização coaduna com o processo de singularização. Para isso explora-se a tese da transcendência do ego e a ideia de identidade na filosofia de Sartre, tendo como fundo a discussão sobre a liberdade e alienação. Em seguida mostra como pela noção de vivência foi possível reinterpretar tal jogo. Por fim afere à singularização como tessitura própria do sujeito livre.
{"title":"Sujeito, Identidade e Pessoa:","authors":"Marcelo Prates","doi":"10.5216/PHI.V25I2.52318","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V25I2.52318","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é mostrar como na filosofia de Sartre o processo de personalização coaduna com o processo de singularização. Para isso explora-se a tese da transcendência do ego e a ideia de identidade na filosofia de Sartre, tendo como fundo a discussão sobre a liberdade e alienação. Em seguida mostra como pela noção de vivência foi possível reinterpretar tal jogo. Por fim afere à singularização como tessitura própria do sujeito livre.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"126 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86406825","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo tem como objetivo defender a possibilidade da existência da beleza moral a partir da teoria moral e estética de David Hume. A relação entre a estética e a moralidade será analisada, na primeira parte. A hipótese da beleza moral será colocada como uma destas possíveis relações. Dentro das possibilidades de se fundamentar a beleza moral, será argumentado que a melhor seria através da compreensão humeana da estética e da moralidade. A segunda parte do artigo analisa o conceito de experiência estética e a sua importância para a fundamentação humeana da beleza moral. Por fim, a teoria moral e estética proposta por Hume será desenvolvida a fins de demonstrar como a sua teoria moral e estética possuem uma relação intrínseca que possibilitaria a confirmação da hipótese da beleza moral.
{"title":"Podem ações morais serem belas? Sobre a possibilidade de uma estética moral a partir de David Hume","authors":"Daniel de Vasconcelos Costa","doi":"10.5216/PHI.V25I2.64466","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V25I2.64466","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo defender a possibilidade da existência da beleza moral a partir da teoria moral e estética de David Hume. A relação entre a estética e a moralidade será analisada, na primeira parte. A hipótese da beleza moral será colocada como uma destas possíveis relações. Dentro das possibilidades de se fundamentar a beleza moral, será argumentado que a melhor seria através da compreensão humeana da estética e da moralidade. A segunda parte do artigo analisa o conceito de experiência estética e a sua importância para a fundamentação humeana da beleza moral. Por fim, a teoria moral e estética proposta por Hume será desenvolvida a fins de demonstrar como a sua teoria moral e estética possuem uma relação intrínseca que possibilitaria a confirmação da hipótese da beleza moral.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"46 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87855726","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo visa a examinar a estreita relação entre a antropologia filosófica e a filosofia da arte em Susanne Langer. Uma vez que tais âmbitos se sustentam, no pensamento langeriano, sobre uma preocupação epistemológica e semântica, refletiremos inicialmente qual seria a resposta da filósofa à pergunta kantiana “O que posso conhecer?”, vinculada a nossas possibilidades de articulação de significados (meanings). Na sequência, abordaremos a distinção entre nossos dois dispositivos básicos para gerar e manejar significados: os signos e os símbolos, classificados, por sua vez, em símbolos discursivos e apresentativos. Por fim, investigaremos a especificidade das obras de arte como símbolos apresentativos, de modo a explicitar conceitos como sentimento, expressão, autoexpressão, abstração e inefabilidade, que, fundamentais à estética langeriana, repercutem na questão dos limites da expressividade e do conhecimento humanos. Ao longo desse percurso, verificaremos como Langer nos permite estender e aprofundar nossa autocompreensão a partir do reconhecimento (teórico e vivencial) do artístico.
{"title":"Para além do literal:","authors":"Clóvis Salgado Gontijo Oliveira","doi":"10.5216/PHI.V25I2.64728","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V25I2.64728","url":null,"abstract":"Este artigo visa a examinar a estreita relação entre a antropologia filosófica e a filosofia da arte em Susanne Langer. Uma vez que tais âmbitos se sustentam, no pensamento langeriano, sobre uma preocupação epistemológica e semântica, refletiremos inicialmente qual seria a resposta da filósofa à pergunta kantiana “O que posso conhecer?”, vinculada a nossas possibilidades de articulação de significados (meanings). Na sequência, abordaremos a distinção entre nossos dois dispositivos básicos para gerar e manejar significados: os signos e os símbolos, classificados, por sua vez, em símbolos discursivos e apresentativos. Por fim, investigaremos a especificidade das obras de arte como símbolos apresentativos, de modo a explicitar conceitos como sentimento, expressão, autoexpressão, abstração e inefabilidade, que, fundamentais à estética langeriana, repercutem na questão dos limites da expressividade e do conhecimento humanos. Ao longo desse percurso, verificaremos como Langer nos permite estender e aprofundar nossa autocompreensão a partir do reconhecimento (teórico e vivencial) do artístico.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"65 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72770448","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
In this article, we intend to analyze the concept of Overman in Nietzsche from the idea of Zuchtung, understanding this as a task assumed by Nietzschean philosophy itself and bequeathed as a mission for all philosophy. In this sense, it begins with an analysis of the concept of Zuchtung in Nietzsche's work, articulating it with the conditions proper for the cultivation and creation of Ubermensch and the effectiveness of its doctrine. Thereafter, it will be assessed how the creation of such conditions requires overcoming disgust to guarantee the possibility of creating the Overman.
{"title":"O além-do-homem como tarefa filosófica","authors":"J. Oliveira","doi":"10.5216/phi.v25i1.63788","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v25i1.63788","url":null,"abstract":"In this article, we intend to analyze the concept of Overman in Nietzsche from the idea of Zuchtung, understanding this as a task assumed by Nietzschean philosophy itself and bequeathed as a mission for all philosophy. In this sense, it begins with an analysis of the concept of Zuchtung in Nietzsche's work, articulating it with the conditions proper for the cultivation and creation of Ubermensch and the effectiveness of its doctrine. Thereafter, it will be assessed how the creation of such conditions requires overcoming disgust to guarantee the possibility of creating the Overman.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-10-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44017547","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}