O presente artigo trabalha com algumas das principais teses desenvolvidas por Robert Nozick na obra Anarchy, State and Utopia. Inicia-se com a construção da tese basilar dos direitos individuais invioláveis fundamentados sobre a segunda formulação do imperativo categórico kantiano. Em seguida, visa-se demonstrar a tese da Self-Ownership e sua extensão para a legitimação da propriedade. Além de formular críticas as teses nozickeanas durante a exposição delas, far-se-á, como terceiro tópico, algumas críticas sobre a tese da Self-Ownership e a ideia da legitimidade da propriedade fundamentada nela.
{"title":"A propriedade de si mesmo e propriedade em Robert Nozick","authors":"Keberson Bresolin","doi":"10.5216/phi.v25i1.52200","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v25i1.52200","url":null,"abstract":"O presente artigo trabalha com algumas das principais teses desenvolvidas por Robert Nozick na obra Anarchy, State and Utopia. Inicia-se com a construção da tese basilar dos direitos individuais invioláveis fundamentados sobre a segunda formulação do imperativo categórico kantiano. Em seguida, visa-se demonstrar a tese da Self-Ownership e sua extensão para a legitimação da propriedade. Além de formular críticas as teses nozickeanas durante a exposição delas, far-se-á, como terceiro tópico, algumas críticas sobre a tese da Self-Ownership e a ideia da legitimidade da propriedade fundamentada nela.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-10-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42084110","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Em Imagem-tempo Deleuze quando do quarto comentario a Bergson fala em cinema do tempo remetendo a Orson Welles e ao filme Cidadao Kane. O cinema do tempo e apresentado a partir de tres caracteres de um tempo nao cronologico. Deleuze aponta para uma condicao do cinema do tempo ao propor a substituicao de uma vista pragmatica longitudinal por uma visao otica, vertical, em profundidade. A profundidade de campo e trabalhada enquanto um elemento conceitual no trato de uma metafisica da memoria em dialogo com as bases do cinema moderno, nesse sentido, os tres caracteres de um tempo nao cronologico e a insercao de uma nova relacao entre tempo e espaco no cinema sao constituintes de uma imagem tempo direta cujo problema filosofico perpassa a insercao do movimento no pensamento. O encontro do quarto comentario em Imagem-tempo com o primeiro comentario a Bergson em Imagem-movimento e o percurso para compreender a importância da profundidade de campo. Assim o cinema do tempo de Welles e entendido como o cinema de uma metafisica da memoria a partir de duas fontes: o esforco atual de evocacao para suscitar a imagem-lembranca e a exploracao das zonas virtuais de passado para encontrar a imagem-lembranca.
{"title":"Cinema do tempo, profundidade de campo e a metafísica da memória em Deleuze","authors":"Ana Luiza Gomes DE Araujo","doi":"10.5216/phi.v25i1.49578","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v25i1.49578","url":null,"abstract":"Em Imagem-tempo Deleuze quando do quarto comentario a Bergson fala em cinema do tempo remetendo a Orson Welles e ao filme Cidadao Kane. O cinema do tempo e apresentado a partir de tres caracteres de um tempo nao cronologico. Deleuze aponta para uma condicao do cinema do tempo ao propor a substituicao de uma vista pragmatica longitudinal por uma visao otica, vertical, em profundidade. A profundidade de campo e trabalhada enquanto um elemento conceitual no trato de uma metafisica da memoria em dialogo com as bases do cinema moderno, nesse sentido, os tres caracteres de um tempo nao cronologico e a insercao de uma nova relacao entre tempo e espaco no cinema sao constituintes de uma imagem tempo direta cujo problema filosofico perpassa a insercao do movimento no pensamento. O encontro do quarto comentario em Imagem-tempo com o primeiro comentario a Bergson em Imagem-movimento e o percurso para compreender a importância da profundidade de campo. Assim o cinema do tempo de Welles e entendido como o cinema de uma metafisica da memoria a partir de duas fontes: o esforco atual de evocacao para suscitar a imagem-lembranca e a exploracao das zonas virtuais de passado para encontrar a imagem-lembranca.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43662750","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo examina as concepções de consciência, bem como as concepções de fenômenos mentais inconscientes, de David Armstrong e John Searle. Enquanto Armstrong entende a consciência como decorrente de uma percepção de segunda ordem, de modo que um fenômeno inconsciente é apenas um fenômeno mental que não é percebido, Searle entende a consciência como um estado global, o que torna sua visão do inconsciente mais complicada. Estados mentais inconscientes não passam de padrões de atividade neuronal, padrões que são capazes de causar estados mentais conscientes nas circunstâncias adequadas. Porém, enquanto a teoria de Armstrong é perfeitamente coerente, a visão de Searle se mostra inconsistente, pois a eficácia causal que ele atribui aos fenômenos inconscientes é incompatível com o papel fundamental que ele atribui à consciência no domínio dos fenômenos mentais.
{"title":"Consciência e fenômenos mentais inconscientes: as visões de David Armstrong e John Searle","authors":"Tárik de Athayde Prata","doi":"10.5216/phi.v25i1.49694","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v25i1.49694","url":null,"abstract":"O artigo examina as concepções de consciência, bem como as concepções de fenômenos mentais inconscientes, de David Armstrong e John Searle. Enquanto Armstrong entende a consciência como decorrente de uma percepção de segunda ordem, de modo que um fenômeno inconsciente é apenas um fenômeno mental que não é percebido, Searle entende a consciência como um estado global, o que torna sua visão do inconsciente mais complicada. Estados mentais inconscientes não passam de padrões de atividade neuronal, padrões que são capazes de causar estados mentais conscientes nas circunstâncias adequadas. Porém, enquanto a teoria de Armstrong é perfeitamente coerente, a visão de Searle se mostra inconsistente, pois a eficácia causal que ele atribui aos fenômenos inconscientes é incompatível com o papel fundamental que ele atribui à consciência no domínio dos fenômenos mentais.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48042950","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
According to Rush Rhees, Wittgenstein composed TS 209 (Philosophical Remarks) and handed it in to Russell in order to renew a grant from the Cambridge Council Cambridge in April-May 1930. Pichler (1994, 2009) and Rothhaupt (2010) challenged Rhees’ hypothesis, and claimed that Wittgenstein handed in TS 208 to Russell, and not TS 209. Against their view, I argue that Rhees’ hypothesis best explains the major motive for the composition of Philosophical Remarks, and that it best explains what Wittgenstein handed in to Russell. While I give six reasons in favor of Rhees, I also try to explain how Russell, Moore, Littlewood, Schlick, and Waismann are linked with the composition of TS 208 and TS 209.
{"title":"The origins Of Wittgenstein’s Philosophical Remarks: On Ts 208 And Ts 209","authors":"M. Engelmann","doi":"10.5216/phi.v25i1.62274","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v25i1.62274","url":null,"abstract":"According to Rush Rhees, Wittgenstein composed TS 209 (Philosophical Remarks) and handed it in to Russell in order to renew a grant from the Cambridge Council Cambridge in April-May 1930. Pichler (1994, 2009) and Rothhaupt (2010) challenged Rhees’ hypothesis, and claimed that Wittgenstein handed in TS 208 to Russell, and not TS 209. Against their view, I argue that Rhees’ hypothesis best explains the major motive for the composition of Philosophical Remarks, and that it best explains what Wittgenstein handed in to Russell. While I give six reasons in favor of Rhees, I also try to explain how Russell, Moore, Littlewood, Schlick, and Waismann are linked with the composition of TS 208 and TS 209.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"25 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41465045","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A tradição aristotélica, sobretudo depois de Brentano e sua unidade analógica do ser, tem a tendência de compreender a unidade dos diversos modo de se dizer o ser a partir da categoria primeira, a ousia. Tal tendência resultará naturalmente na necessidade de se desqualificar o capítulo Theta 10 da Metaphysica no qual Aristóteles propõe o ser verdadeiro (on alethes) como o modo mais próprio de dizer o ser. Nossa investigação pretende mostrar como Heidegger pôde desvincular-se de tal tradição ao pensar a unidade da plurivocidade do ser a partir do que ele chama de presentidade constante (ständige Anwesenheit). Para verificar a validade da tese heideggeriana proporemos acompanhar como tal presentidade se deixar visualizar nos modos de se dizer o ser segundo o ser verdadeiro (on alethes), segundo a energeia e segundo o ser por acidente (symbebekos).
{"title":"O ser verdadeiro (on alethes) como o modo mais próprio de se dizer o ser: A leitura de Heidegger do capítulo Theta 10 da Metaphysica","authors":"E. Cruz","doi":"10.5216/phi.v25i1.53320","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v25i1.53320","url":null,"abstract":"A tradição aristotélica, sobretudo depois de Brentano e sua unidade analógica do ser, tem a tendência de compreender a unidade dos diversos modo de se dizer o ser a partir da categoria primeira, a ousia. Tal tendência resultará naturalmente na necessidade de se desqualificar o capítulo Theta 10 da Metaphysica no qual Aristóteles propõe o ser verdadeiro (on alethes) como o modo mais próprio de dizer o ser. Nossa investigação pretende mostrar como Heidegger pôde desvincular-se de tal tradição ao pensar a unidade da plurivocidade do ser a partir do que ele chama de presentidade constante (ständige Anwesenheit). Para verificar a validade da tese heideggeriana proporemos acompanhar como tal presentidade se deixar visualizar nos modos de se dizer o ser segundo o ser verdadeiro (on alethes), segundo a energeia e segundo o ser por acidente (symbebekos).","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42060889","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
This paper discusses the inclusion of the immigrant in democratic political contexts. It aims to demonstrate that the proceduralist paradigm of law, proposed by Jürgen Habermas, offers the formal conditions required for Marcio Renan Hamel Jelson Becker Salomão PHILÓSOPHOS, GOIÂNIA, V. 25, N. 1, P.213-236, JAN./JUN. 2020. 234 the solution of the tension between political citizenship and national identity generated by the phenomenon of migration. Habermasian model aims to ensure, through the reflexive structure of law, the inviolability of the person and the ethical neutrality of the Democratic Constitutional State. Nevertheless, although Habermas had grounded the Democratic Principle on the idea of intersubjective recognition, he has not made fully explicit its normative content. Given that the idea of recognition may be interpreted in a purely descriptive sense, we argue that the plausibility of Habermasian proceduralist model depends on a conception of recognition as a moral posture that affirms intrinsic value of a person or group of persons.
本文探讨了移民在民主政治语境中的包容问题。本文旨在证明由哈贝马斯提出的程序主义法律范式为马尔乔·雷南·哈默尔·耶尔森·贝克尔(salom, PHILÓSOPHOS, GOIÂNIA, V. 25, N. 1, P.213-236, jan /JUN.)提供了必要的形式条件。2020. 234 .解决移民现象所产生的政治公民身份与国家认同之间的紧张关系。哈贝马斯模式旨在通过法律的反身性结构,确保人的不可侵犯性和民主宪政国家的道德中立性。然而,尽管哈贝马斯将民主原则建立在主体间认同的基础上,但他并没有完全明确其规范性内容。鉴于承认的概念可以在纯粹的描述性意义上解释,我们认为哈贝马斯程序主义模型的合理性取决于承认作为一种肯定一个人或一群人的内在价值的道德姿态的概念。
{"title":"Cidadania e identidade no estado democrático de direito: acerca da inclusão política do imigrante","authors":"M. R. Hamel, Jelson Becker Salomão","doi":"10.5216/phi.v25i1.52355","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v25i1.52355","url":null,"abstract":"This paper discusses the inclusion of the immigrant in democratic political contexts. It aims to demonstrate that the proceduralist paradigm of law, proposed by Jürgen Habermas, offers the formal conditions required for Marcio Renan Hamel Jelson Becker Salomão PHILÓSOPHOS, GOIÂNIA, V. 25, N. 1, P.213-236, JAN./JUN. 2020. 234 the solution of the tension between political citizenship and national identity generated by the phenomenon of migration. Habermasian model aims to ensure, through the reflexive structure of law, the inviolability of the person and the ethical neutrality of the Democratic Constitutional State. Nevertheless, although Habermas had grounded the Democratic Principle on the idea of intersubjective recognition, he has not made fully explicit its normative content. Given that the idea of recognition may be interpreted in a purely descriptive sense, we argue that the plausibility of Habermasian proceduralist model depends on a conception of recognition as a moral posture that affirms intrinsic value of a person or group of persons.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"25 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70715856","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
The aim of this article is to interpret in a heterodox way Nietzsche’s controversial statements in the second essay of Genealogy of morals, more precisely, those that emphatically support the phenomena of human cruelty and violence as pillars of superior culture. By heterodox, I mean here an aesthetic way of dealing with these phenomena, something that is also disseminated in other works.
{"title":"Fascinação pela crueldade","authors":"André Luis Muniz Garcia","doi":"10.5216/phi.v25i1.62452","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v25i1.62452","url":null,"abstract":"The aim of this article is to interpret in a heterodox way Nietzsche’s controversial statements in the second essay of Genealogy of morals, more precisely, those that emphatically support the phenomena of human cruelty and violence as pillars of superior culture. By heterodox, I mean here an aesthetic way of dealing with these phenomena, something that is also disseminated in other works.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44635636","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rawls propoe uma “divisao do trabalho” entre as instituicoes que compoem a estrutura basica da sociedade e as regras diretamente aplicaveis a individuos e associacoes (grosso modo, o direito privado). O artigo expoe e refuta o argumento de que e compativel com a concepcao rawlsiana de justica defender um ideal de justica nao distributivo (como um ideal de justica corretivo) para o direito privado. Alega-se, em suma, que o direito privado e necessario para manter o que Rawls chama de “justica de fundo”, bem como que esse papel pode ser desempenhado sem abrir mao de uma relativa simplicidade normativa.
{"title":"Direito privado e justiça: o argumento da divisão institucional do trabalho","authors":"L. Zanitelli","doi":"10.5216/phi.v24i2.52039","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v24i2.52039","url":null,"abstract":"Rawls propoe uma “divisao do trabalho” entre as instituicoes que compoem a estrutura basica da sociedade e as regras diretamente aplicaveis a individuos e associacoes (grosso modo, o direito privado). O artigo expoe e refuta o argumento de que e compativel com a concepcao rawlsiana de justica defender um ideal de justica nao distributivo (como um ideal de justica corretivo) para o direito privado. Alega-se, em suma, que o direito privado e necessario para manter o que Rawls chama de “justica de fundo”, bem como que esse papel pode ser desempenhado sem abrir mao de uma relativa simplicidade normativa.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-04-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46150888","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A presente investigacao pretende defender a ideia, como homenagem apos os 60 anos da morte de Gaston Roupnel (1871-1946), de que ha uma influencia que vai alem da nocao de Instante como descontinuidade sobre Bachelard (1884-1962). Por essa via, a virada da filosofia bachelardiana para a critica literaria e poetica perpassa uma cosmovisao influenciada por Roupnel em Siloe (obra muito rara, geralmente citada indiretamente e ainda nao traduzida para o portugues). Ao ter acesso direto a esse texto percebe-se que ali se da um recomeco, uma nova ontogenese da vida para a ideia de devaneios espaciais de uma perspectiva que une duracao e instante, espaco e tempo. Nesse sentido, pretendemos desvelar a influencia roupneliana sobre Bachelard por fora de A intuicao do instante, no intuito de demonstrar a hipotese que foi a partir de Siloe que se abre o espaco para o devaneio bachelardiano.
{"title":"Roupnel e Bachelard: devaneios e espacialidades geopoéticas","authors":"Gabriel Kafure da Rocha","doi":"10.5216/phi.v24i2.47851","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v24i2.47851","url":null,"abstract":"A presente investigacao pretende defender a ideia, como homenagem apos os 60 anos da morte de Gaston Roupnel (1871-1946), de que ha uma influencia que vai alem da nocao de Instante como descontinuidade sobre Bachelard (1884-1962). Por essa via, a virada da filosofia bachelardiana para a critica literaria e poetica perpassa uma cosmovisao influenciada por Roupnel em Siloe (obra muito rara, geralmente citada indiretamente e ainda nao traduzida para o portugues). Ao ter acesso direto a esse texto percebe-se que ali se da um recomeco, uma nova ontogenese da vida para a ideia de devaneios espaciais de uma perspectiva que une duracao e instante, espaco e tempo. Nesse sentido, pretendemos desvelar a influencia roupneliana sobre Bachelard por fora de A intuicao do instante, no intuito de demonstrar a hipotese que foi a partir de Siloe que se abre o espaco para o devaneio bachelardiano.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45465342","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
The present article analyses critically the paradox of phenomenon claimed by Danish Philosopher Kierkegaard and Marion’s new concept named saturated phenomenon. While the concept of God, by definition, must surpass the realm of empiricism, perhaps the something may shed light over what God must be: Excess. However, Marion developed a new concept of phenomenon that not only occupies the immanence world, but also goes beyond. It is called saturated phenomenon. In order to address the question one might understand the limit of the givenness and then what does it mean saturated givenness. We probably all have had the sense of being overwhelmed by something and this can lead toward a sense of torpor or numbness. In the other hand, Kierkegaard affirms that God is so different than a human being, so totally other that we may think we’re right in demanding God make himself understood and be reasonable towards us. Kierkegaard upholds that we’re always dealing with God in the wrong way. I will argue that Marion, however, following phenomenological footsteps indicates a new path toward how to address God properly. Key words: Paradox; Saturated phenomenon; freedom; Excess.
{"title":"Is God a Phenomenon? A dialogue between Kierkegaard and Jean-Luc Marion","authors":"Wellington José Santana","doi":"10.5216/phi.v24i2.47183","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v24i2.47183","url":null,"abstract":"The present article analyses critically the paradox of phenomenon claimed by Danish Philosopher Kierkegaard and Marion’s new concept named saturated phenomenon. While the concept of God, by definition, must surpass the realm of empiricism, perhaps the something may shed light over what God must be: Excess. However, Marion developed a new concept of phenomenon that not only occupies the immanence world, but also goes beyond. It is called saturated phenomenon. In order to address the question one might understand the limit of the givenness and then what does it mean saturated givenness. We probably all have had the sense of being overwhelmed by something and this can lead toward a sense of torpor or numbness. In the other hand, Kierkegaard affirms that God is so different than a human being, so totally other that we may think we’re right in demanding God make himself understood and be reasonable towards us. Kierkegaard upholds that we’re always dealing with God in the wrong way. I will argue that Marion, however, following phenomenological footsteps indicates a new path toward how to address God properly. \u0000 \u0000Key words: Paradox; Saturated phenomenon; freedom; Excess.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49119632","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}