Ha um conhecido argumento contra o realismo acerca dos universais. De acordo com ele, tal realismo conduz a um regresso ao infinito. Este artigo visa a mostrar que e possivel bloquear o regresso sem lancar mao de recursos argumentativos ad hoc. Algumas consideracoes sobre a forma logica de frases relacionais contendo termos que se referem a propriedades e relacoes mostram como substituir a forma viciosa de regresso por uma menos problematica.
{"title":"Blocking the Third Man Argument","authors":"Guilherme Kubiszeski","doi":"10.5216/phi.v24i2.50330","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v24i2.50330","url":null,"abstract":"Ha um conhecido argumento contra o realismo acerca dos universais. De acordo com ele, tal realismo conduz a um regresso ao infinito. Este artigo visa a mostrar que e possivel bloquear o regresso sem lancar mao de recursos argumentativos ad hoc. Algumas consideracoes sobre a forma logica de frases relacionais contendo termos que se referem a propriedades e relacoes mostram como substituir a forma viciosa de regresso por uma menos problematica.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43267323","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Resumo: Existe uma reconhecida proximidade entre os materialistas franceses do século XVIII que teria se mostrado tanto em investigações sobre a natureza quanto à moral e organização pública. Porém, as divergências entre eles podem desencadear um entendimento muito diferente sobre como se considera uma sociedade. Por isso é necessário analisar no detalhe tais divergências para determinar seu ponto nevrálgico. O presente artigo dedicase à investigação das críticas feitas por Diderot à Helvétius, reunidas em Réfutations d’Helvétius (DIDEROT,1783). Para tanto, centra-se na distinta concepção da natureza da sensibilidade humana e sua importância para o desenvolvimento humano no que concerne à educação e a moral.
{"title":"A querela entre Helvétius e Diderot: distintos entendimentos sobre desenvolvimento humano e moral.","authors":"Camila Sant'Ana Vieira Ferraz Milek","doi":"10.5216/phi.v24i2.51623","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v24i2.51623","url":null,"abstract":"Resumo: Existe uma reconhecida proximidade entre os materialistas franceses do século XVIII que teria se mostrado tanto em investigações sobre a natureza quanto à moral e organização pública. Porém, as divergências entre eles podem desencadear um entendimento muito diferente sobre como se considera uma sociedade. Por isso é necessário analisar no detalhe tais divergências para determinar seu ponto nevrálgico. O presente artigo dedicase à investigação das críticas feitas por Diderot à Helvétius, reunidas em Réfutations d’Helvétius (DIDEROT,1783). Para tanto, centra-se na distinta concepção da natureza da sensibilidade humana e sua importância para o desenvolvimento humano no que concerne à educação e a moral.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"24 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42028547","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo deste artigo é mostrar, segundo a teoria da justiça de Michael Walzer, o papel fundamental que as esferas da educação e da cidadania, em sua recíproca sustentação, devem representar para a obtenção de uma sociedade democrática justa. Para isto, será feita uma apresentação daquela teoria com uma reconstrução dos seus conceitos básicos. Após, será mostrado porque a cidadania e o Estado precisariam ser fortalecidos muito acima do padrão habitual das democracias existentes para cumprir adequadamente tal papel. Por último, será proposto que a melhor chance de alcançar e sustentar o alto grau de solidariedade social da cidadania e do Estado que são exigidos para realizar concretamente aquela sociedade justa está em uma educação cívica democrática e comunitarista.
{"title":"Michael Walzer e as esferas da justiça fundamentais: educação e cidadania na constituição das sociedades democráticas justas","authors":"Ricardo Araujo","doi":"10.5216/phi.v24i2.52063","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v24i2.52063","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é mostrar, segundo a teoria da justiça de Michael Walzer, o papel fundamental que as esferas da educação e da cidadania, em sua recíproca sustentação, devem representar para a obtenção de uma sociedade democrática justa. Para isto, será feita uma apresentação daquela teoria com uma reconstrução dos seus conceitos básicos. Após, será mostrado porque a cidadania e o Estado precisariam ser fortalecidos muito acima do padrão habitual das democracias existentes para cumprir adequadamente tal papel. Por último, será proposto que a melhor chance de alcançar e sustentar o alto grau de solidariedade social da cidadania e do Estado que são exigidos para realizar concretamente aquela sociedade justa está em uma educação cívica democrática e comunitarista.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43534510","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O trabalho se propoe a analisar em que medida a fusao de horizontes desenvolvida por Charles Taylor pode abrir espaco para uma universalizacao de principios normativos nos debates multiculturais. Nas sociedades contemporâneas se impoe a discussao em torno do multiculturalismo e, consequentemente, de que forma seria possivel reconhecer as mais diversas culturas sem abrir mao de principios normativos que serviriam como criterio de avaliacao das proprias praticas culturais. Uma resposta possivel apresentada por Taylor afirma que uma verdadeira fusao de horizontes permitiria uma compreensao adequada entre as culturas possibilitando que houvesse reconhecimento mutuo, alem do estabelecimento de principios minimos aceitos e respeitados por todos os membros do processo de fusao. O grande questionamento que emerge nesse interim e: como garantir que, de fato, ocorra uma fusao de horizontes? Nesse sentido, quais as condicoes de possibilidade para que todas as culturas efetivamente alcancem uma compreensao mutua? Caminhamos na direcao de defender que a fusao de horizontes e dependente de uma serie de condicoes ideais que dificilmente poderao se efetivar.
{"title":"Fusão de horizontes: um caminho para a universalidade?","authors":"Odair Camati","doi":"10.5216/phi.v24i2.52362","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v24i2.52362","url":null,"abstract":"O trabalho se propoe a analisar em que medida a fusao de horizontes desenvolvida por Charles Taylor pode abrir espaco para uma universalizacao de principios normativos nos debates multiculturais. Nas sociedades contemporâneas se impoe a discussao em torno do multiculturalismo e, consequentemente, de que forma seria possivel reconhecer as mais diversas culturas sem abrir mao de principios normativos que serviriam como criterio de avaliacao das proprias praticas culturais. Uma resposta possivel apresentada por Taylor afirma que uma verdadeira fusao de horizontes permitiria uma compreensao adequada entre as culturas possibilitando que houvesse reconhecimento mutuo, alem do estabelecimento de principios minimos aceitos e respeitados por todos os membros do processo de fusao. O grande questionamento que emerge nesse interim e: como garantir que, de fato, ocorra uma fusao de horizontes? Nesse sentido, quais as condicoes de possibilidade para que todas as culturas efetivamente alcancem uma compreensao mutua? Caminhamos na direcao de defender que a fusao de horizontes e dependente de uma serie de condicoes ideais que dificilmente poderao se efetivar.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48167818","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Em suas análises de Édipo-Rei, Michel Foucault recorda que a manifestação da verdade no interior da peça de Sófocles depende necessariamente de indivíduos que possam afirmar: eu vi com meus próprios olhos e eu escutei com meus próprios ouvidos. Do alto de seu poder autocrático, Édipo é aquele que tudo viu e tudo ouviu e por isso tudo sabe e tudo pode, mas vê-se ao final obrigado a se exilar, andando a esmo através do mundo na noite de sua cegueira. Partindo dos deuses e passando pelos reis e pelos escravos, é o desvelamento da verdade que o leva a furar os próprios olhos e, para sempre, abrir os ouvidos.
{"title":"OLHAR, ESCUTA E VERDADE NO “ÉDIPO DE FOUCAULT”","authors":"Fabiano Incerti","doi":"10.5216/PHI.V24I1.49453","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V24I1.49453","url":null,"abstract":"Em suas análises de Édipo-Rei, Michel Foucault recorda que a manifestação da verdade no interior da peça de Sófocles depende necessariamente de indivíduos que possam afirmar: eu vi com meus próprios olhos e eu escutei com meus próprios ouvidos. Do alto de seu poder autocrático, Édipo é aquele que tudo viu e tudo ouviu e por isso tudo sabe e tudo pode, mas vê-se ao final obrigado a se exilar, andando a esmo através do mundo na noite de sua cegueira. Partindo dos deuses e passando pelos reis e pelos escravos, é o desvelamento da verdade que o leva a furar os próprios olhos e, para sempre, abrir os ouvidos. \u0000 ","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"156 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80998404","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A tradição interpretativa de Maquiavel reconhece a centralidade do povo como ator político. No entanto, sobre a função que desempenha existe um amplo espectro de interpretações. Em um extremo estão aquelas que o concebem como ente passivo, sem iniciativa política autônoma. No outro, as que lhe conferem um papel ativo no governo da cidade. Muito embora o próprio Maquiavel fale do povo como animado por um “desejo negativo”, disso não resulta uma passividade popular. Neste trabalho mostraremos que o povo é ator político ativo autônomo que atua na cena pública de dois modos principais. Uma forma extra-institucional exercida pelos tumultos por meio dos quais o povo luta por leis. E uma forma intra-institucional exercida por meio de estruturas legais e institucionais com os quais o povo age com as leis.
{"title":"POVO E GOVERNO: SOBRE A QUESTÃO DA PARTICIPAÇÃO POPULAR EM MAQUIAVEL","authors":"J. Ames","doi":"10.5216/PHI.V24I1.53412","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V24I1.53412","url":null,"abstract":"A tradição interpretativa de Maquiavel reconhece a centralidade do povo como ator político. No entanto, sobre a função que desempenha existe um amplo espectro de interpretações. Em um extremo estão aquelas que o concebem como ente passivo, sem iniciativa política autônoma. No outro, as que lhe conferem um papel ativo no governo da cidade. Muito embora o próprio Maquiavel fale do povo como animado por um “desejo negativo”, disso não resulta uma passividade popular. Neste trabalho mostraremos que o povo é ator político ativo autônomo que atua na cena pública de dois modos principais. Uma forma extra-institucional exercida pelos tumultos por meio dos quais o povo luta por leis. E uma forma intra-institucional exercida por meio de estruturas legais e institucionais com os quais o povo age com as leis.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"462 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78908759","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Objetiva-se no presente artigo criticar a estratégia demonstrativa dos filósofos conceitualistas da percepção, McDowell e Brewer, em resposta ao argumento da granulação fina do conteúdo da experiência. A análise baseia-se em estudos sobre o papel da atenção seletiva e dos conceitos demonstrativos na percepção visual. Levine (2010) e Pylyshyn (2003, 2007) argumentam que um sistema visual primário provê uma referência direta e rastreia objetos em um período de tempo. É fundamental que tal mecanismo seja cognitivamente opaco, e assim, não apele a conceitos de forma alguma. Se esta teoria estiver correta, então os conceitualistas falham ao responder ao argumento da granulação fina.
{"title":"ATENÇÃO E DEMONSTRATIVOS: UMA RÉPLICA AO CONCEITUALISMO","authors":"J. Salatiel","doi":"10.5216/PHI.V24I1.52360","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V24I1.52360","url":null,"abstract":"Objetiva-se no presente artigo criticar a estratégia demonstrativa dos filósofos conceitualistas da percepção, McDowell e Brewer, em resposta ao argumento da granulação fina do conteúdo da experiência. A análise baseia-se em estudos sobre o papel da atenção seletiva e dos conceitos demonstrativos na percepção visual. Levine (2010) e Pylyshyn (2003, 2007) argumentam que um sistema visual primário provê uma referência direta e rastreia objetos em um período de tempo. É fundamental que tal mecanismo seja cognitivamente opaco, e assim, não apele a conceitos de forma alguma. Se esta teoria estiver correta, então os conceitualistas falham ao responder ao argumento da granulação fina.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72898206","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo do artigo é explicitar as formas da apropriação marcuseana do pensamento de Freud. Está dividido em quatro tópicos que correspondem ao que sustento ser a relação de Marcuse com a psicanálise. Essa relação se dá a partir da seguinte articulação: 1) apresenta-se como a defesa intransigente da ortodoxia freudiana contra as pretensões revisionistas; 2) fornece os elementos para a teoria marcuseana da sociedade; 3) a psicanálise apresenta conceitos que permitem uma crítica da sociedade e de sua cultura; 4) é evocada para discutir ecologia e a defesa radical do meio ambiente. Os tópicos 1 e 2 acima compõem o diálogo de Marcuse com Freud na década de 1950. O tópico 2 é específico de seu pensamento. O tópico 3 é desenvolvido em um texto datado de 1963. O único texto em que Marcuse vai a Freud para falar sobre a necessidade de uma política ecológica e radical está discutido na seção 4. A relação Freud e ecologia foi uma das últimas do autor e data de 1977. E essa associação de Freud com a ecologia reforça o caráter específico de seu pensamento em relação aos demais autores da Teoria Crítica.
{"title":"RECEPÇÃO DE FREUD NA FILOSOFIA DE HERBERT MARCUSE","authors":"R. C. Silva","doi":"10.5216/PHI.V24I1.50321","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V24I1.50321","url":null,"abstract":"O objetivo do artigo é explicitar as formas da apropriação marcuseana do pensamento de Freud. Está dividido em quatro tópicos que correspondem ao que sustento ser a relação de Marcuse com a psicanálise. Essa relação se dá a partir da seguinte articulação: 1) apresenta-se como a defesa intransigente da ortodoxia freudiana contra as pretensões revisionistas; 2) fornece os elementos para a teoria marcuseana da sociedade; 3) a psicanálise apresenta conceitos que permitem uma crítica da sociedade e de sua cultura; 4) é evocada para discutir ecologia e a defesa radical do meio ambiente. Os tópicos 1 e 2 acima compõem o diálogo de Marcuse com Freud na década de 1950. O tópico 2 é específico de seu pensamento. O tópico 3 é desenvolvido em um texto datado de 1963. O único texto em que Marcuse vai a Freud para falar sobre a necessidade de uma política ecológica e radical está discutido na seção 4. A relação Freud e ecologia foi uma das últimas do autor e data de 1977. E essa associação de Freud com a ecologia reforça o caráter específico de seu pensamento em relação aos demais autores da Teoria Crítica.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73476539","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Esse artigo examina como se define a questão do trágico para Hölderlin, importante poeta alemão do século XVIII. Em 1804, Hölderlin traduz e comenta as peças Édipo-rei e Antígona de Sófocles. Esse artigo se concentra na investigação sobre o trágico que Hölderlin empreende na terceira parte de suas Observações sobre Édipo, nela surgem elementos que são singulares no seu pensamento, como a cesura, a dupla infidelidade e o afastamento categórico do deus. Esses elementos permitem que Hölderlin trate o tema do trágico a partir de uma visão completamente nova para o seu tempo e que propiciou o surgimento de importantes reflexões posteriores na literatura e na filosofia. Duas são as questões principais que norteiam a argumentação neste artigo: a primeira se refere à acepção singular de Hölderlin sobre os paradoxos que comumente constituem o trágico, como o humano e o divino; a segunda, a análise da tarefa poética da modernidade como tarefa possível para toda e qualquer poesia.
{"title":"O TRÁGICO EM HÖLDERLIN: UMA LEITURA POÉTICA E FILOSÓFICA DAS OBSERVAÇÕES SOBRE ÉDIPO","authors":"S. Costa","doi":"10.5216/PHI.V24I1.52309","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V24I1.52309","url":null,"abstract":"Esse artigo examina como se define a questão do trágico para Hölderlin, importante poeta alemão do século XVIII. Em 1804, Hölderlin traduz e comenta as peças Édipo-rei e Antígona de Sófocles. Esse artigo se concentra na investigação sobre o trágico que Hölderlin empreende na terceira parte de suas Observações sobre Édipo, nela surgem elementos que são singulares no seu pensamento, como a cesura, a dupla infidelidade e o afastamento categórico do deus. Esses elementos permitem que Hölderlin trate o tema do trágico a partir de uma visão completamente nova para o seu tempo e que propiciou o surgimento de importantes reflexões posteriores na literatura e na filosofia. Duas são as questões principais que norteiam a argumentação neste artigo: a primeira se refere à acepção singular de Hölderlin sobre os paradoxos que comumente constituem o trágico, como o humano e o divino; a segunda, a análise da tarefa poética da modernidade como tarefa possível para toda e qualquer poesia.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"32 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82026966","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Wesley Newcomb Hohfeld was an American jurist who published a series of articles between 1909 and 1917 that were very important for 20th century analytical philosophy of right. In these articles, Hohfeld analyzed how jurists and judges alike use the word ‘right’ to speak of the rights of groups and individuals. Since he presented his articles, it has been commonplace among ‘hohfeldian specialists’ to distinguish rights into four groups: privileges, or claims, powers and immunities. This paper has four sections. In section I, I present Hohfeld’s notion of privilege and point to a difficulty that has long been known by specialists, namely, that there are actually two significantly different legal relations that this notion is supposed to cover. In section II, I analyze and criticize the way (Wenar 2005) proposes we should define these two legal relations. In section III, I do the same with suggestion proposed by (Moritz 1960, 1073). In section IV, I present my own suggestion about how we should understand them.
{"title":"HOHFELD ON PRIVILEGES AND LIBERTIES","authors":"D. Nascimento","doi":"10.5216/PHI.V24I1.48949","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V24I1.48949","url":null,"abstract":"Wesley Newcomb Hohfeld was an American jurist who published a series of articles between 1909 and 1917 that were very important for 20th century analytical philosophy of right. In these articles, Hohfeld analyzed how jurists and judges alike use the word ‘right’ to speak of the rights of groups and individuals. Since he presented his articles, it has been commonplace among ‘hohfeldian specialists’ to distinguish rights into four groups: privileges, or claims, powers and immunities. This paper has four sections. In section I, I present Hohfeld’s notion of privilege and point to a difficulty that has long been known by specialists, namely, that there are actually two significantly different legal relations that this notion is supposed to cover. In section II, I analyze and criticize the way (Wenar 2005) proposes we should define these two legal relations. In section III, I do the same with suggestion proposed by (Moritz 1960, 1073). In section IV, I present my own suggestion about how we should understand them.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"17 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90909839","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}