Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e83587
Adriana De Barros
Este artigo tem o propósito de ampliar o olhar sobre as políticas de educação inclusiva para Surdos ao revisitar documentos oficiais, discorrer sobre os modelos existentes de educação para os estudantes Surdos e expor a situação marginal em que eles se encontram. Para tal, recorro às leituras de autores, leis e decretos tais como, Campos (2013), Silva e Favorito (2009), Lacerda (2006), Kumada (2016), a nova Lei 14.191 (BRASIL, 2021), a Lei nº 10.436/02 (BRASIL, 2002), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) e o Decreto nº 5.626/05 (BRASIL 2005), respectivamente. Embora as políticas educacionais na perspectiva da inclusão escolar de estudantes Surdos venham assegurando-lhes direitos, percebemos uma disparidade entre os que asseveram as leis e a realidade escolar desses estudantes. Professores e toda a comunidade escolar, em sua maioria, encontram-se despreparados para atuar no processo de ensino que seja adequado para o aprendizado desses estudantes, sentenciando-lhes à exclusão e à marginalidade das práticas sociais. O acesso das Pessoas com Surdez à educação de qualidade ainda é um desafio para a sua comunidade e a sociedade como um todo.
本文旨在通过重新查阅官方文件,讨论现有的聋人学生教育模式,并揭露他们所处的边缘地位,拓宽对聋人包容性教育政策的看法。为此,我参考了作者、法律和法令,如Campos(2013)、Silva e Favorito(2009)、Lacerda(2006)、Kumada(2016)、新法律14.191(巴西劳工协会,2021)、第10.436/02号法律(巴西劳工组织,2002)、《全纳教育视角下的特殊教育国家政策》(巴西劳工委员会,2008)和第5.626/05号法令(巴西劳工社会协会,2005)。尽管从学校接纳聋人学生的角度来看,教育政策确保了他们的权利,但我们认为,那些维护法律的人与这些学生的学校现实之间存在差距。在大多数情况下,教师和整个学校社区都没有准备好在适合这些学生学习的教学过程中采取行动,将他们排除在外,并被社会实践边缘化。耳聋患者获得优质教育的机会对他们的社区和整个社会来说仍然是一个挑战。
{"title":"Políticas de educação inclusiva para surdos: documentos oficiais, modelos de educação e marginalidade","authors":"Adriana De Barros","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e83587","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e83587","url":null,"abstract":"Este artigo tem o propósito de ampliar o olhar sobre as políticas de educação inclusiva para Surdos ao revisitar documentos oficiais, discorrer sobre os modelos existentes de educação para os estudantes Surdos e expor a situação marginal em que eles se encontram. Para tal, recorro às leituras de autores, leis e decretos tais como, Campos (2013), Silva e Favorito (2009), Lacerda (2006), Kumada (2016), a nova Lei 14.191 (BRASIL, 2021), a Lei nº 10.436/02 (BRASIL, 2002), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) e o Decreto nº 5.626/05 (BRASIL 2005), respectivamente. Embora as políticas educacionais na perspectiva da inclusão escolar de estudantes Surdos venham assegurando-lhes direitos, percebemos uma disparidade entre os que asseveram as leis e a realidade escolar desses estudantes. Professores e toda a comunidade escolar, em sua maioria, encontram-se despreparados para atuar no processo de ensino que seja adequado para o aprendizado desses estudantes, sentenciando-lhes à exclusão e à marginalidade das práticas sociais. O acesso das Pessoas com Surdez à educação de qualidade ainda é um desafio para a sua comunidade e a sociedade como um todo.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47468401","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente trabalho discute o protagonismo indígena na Década das Línguas Indígenas no Brasil. Parte-se de uma discussão sobre o cenário sociolinguístico das línguas ancestrais e as ações políticas que povos indígenas, autonomamente e em parceira, vêm desenvolvendo com relação ao fortalecimento, à revitalização e à retomada de suas línguas. Em seguida, são tratadas das concepções de língua/linguagem que são a base epistemológica desses projetos de revitalização e retomada linguística. Encontramo-nos em momento crucial diante do perigo de desaparecimento de muitas línguas ancestrais no Brasil e no mundo, no qual a defesa dessas línguas se mostra central na garantia dos direitos dos povos indígenas e de sua diversidade linguístico-cultural. Nesse sentido, são levantadas algumas reflexões sobre a emergência do protagonismo indígena para a elaboração de políticas linguísticas locais, regionais e nacionais no que tange à Década Internacional das Línguas Indígenas, que, no Brasil, está sendo coordenada por indígenas das cinco regiões do país e suas organizações.
{"title":"Década internacional das línguas indígenas no Brasil: o levante e o protagonismo indígena na construção de políticas linguísticas","authors":"Sâmela Ramos da Silva Meirelles, Altaci Corrêa Rubim, Anari Braz Bomfim","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e84209","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e84209","url":null,"abstract":"O presente trabalho discute o protagonismo indígena na Década das Línguas Indígenas no Brasil. Parte-se de uma discussão sobre o cenário sociolinguístico das línguas ancestrais e as ações políticas que povos indígenas, autonomamente e em parceira, vêm desenvolvendo com relação ao fortalecimento, à revitalização e à retomada de suas línguas. Em seguida, são tratadas das concepções de língua/linguagem que são a base epistemológica desses projetos de revitalização e retomada linguística. Encontramo-nos em momento crucial diante do perigo de desaparecimento de muitas línguas ancestrais no Brasil e no mundo, no qual a defesa dessas línguas se mostra central na garantia dos direitos dos povos indígenas e de sua diversidade linguístico-cultural. Nesse sentido, são levantadas algumas reflexões sobre a emergência do protagonismo indígena para a elaboração de políticas linguísticas locais, regionais e nacionais no que tange à Década Internacional das Línguas Indígenas, que, no Brasil, está sendo coordenada por indígenas das cinco regiões do país e suas organizações.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44269682","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e83156
D. Gomes
O presente artigo trata da necessidade de promover acessibilidade linguística para estudantes indígenas nas escolas públicas do Distrito Federal (Brasília, Brasil). O DF registra cerca de 500 estudantes indígenas. O português não é a língua materna de boa parte desses estudantes, o que impacta em seu aprendizado específico e global, uma vez que essa é a língua usada pelos professores, direção, coordenação e pela quase totalidade dos alunos. O material didático também é quase todo em português. Além disso, há ainda aulas e materiais em inglês e em espanhol, duas outras línguas obrigatórias nas escolas do DF. A acessibilidade linguística pretendida dar-se-á no âmbito de produção de materiais didático-pedagógicos e metodologias de ensino-aprendizagem de línguas a serem usados por estudantes indígenas em escolas públicas do DF. O ponto de partida é o Centro Educacional Gisno, que acolherá os pesquisadores envolvidos durante o desenvolvimento da pesquisa e será o locus de projetos-piloto, passíveis de expansão para as demais escolas públicas da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), com vistas ao fomento de políticas públicas para os estudantes indígenas. O objetivo deste artigo é apresentar o contexto da pesquisa e sua justificativa, seus objetivos, o quadro teórico, o percurso metodológico inicial, os resultados iniciais, e a relevância e o impacto da pesquisa para o desenvolvimento científico, tecnológico ou de inovação.
{"title":"Acessibilidade Linguística a estudantes indígenas da rede pública de ensino do Distrito Federal (Brasil): igualdade, equidade e competências interculturais","authors":"D. Gomes","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e83156","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e83156","url":null,"abstract":"O presente artigo trata da necessidade de promover acessibilidade linguística para estudantes indígenas nas escolas públicas do Distrito Federal (Brasília, Brasil). O DF registra cerca de 500 estudantes indígenas. O português não é a língua materna de boa parte desses estudantes, o que impacta em seu aprendizado específico e global, uma vez que essa é a língua usada pelos professores, direção, coordenação e pela quase totalidade dos alunos. O material didático também é quase todo em português. Além disso, há ainda aulas e materiais em inglês e em espanhol, duas outras línguas obrigatórias nas escolas do DF. A acessibilidade linguística pretendida dar-se-á no âmbito de produção de materiais didático-pedagógicos e metodologias de ensino-aprendizagem de línguas a serem usados por estudantes indígenas em escolas públicas do DF. O ponto de partida é o Centro Educacional Gisno, que acolherá os pesquisadores envolvidos durante o desenvolvimento da pesquisa e será o locus de projetos-piloto, passíveis de expansão para as demais escolas públicas da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), com vistas ao fomento de políticas públicas para os estudantes indígenas. O objetivo deste artigo é apresentar o contexto da pesquisa e sua justificativa, seus objetivos, o quadro teórico, o percurso metodológico inicial, os resultados iniciais, e a relevância e o impacto da pesquisa para o desenvolvimento científico, tecnológico ou de inovação.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42352504","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo dá a conhecer o sistema denominado ALiBWeb, que se encontra em construção, à comunidade acadêmica. O processo de informatização do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) começou em 2007, quando aconteceram as reuniões iniciais sobre análise de requisitos para o desenvolvimento de um banco de dados e, consequentemente, de um sistema que possibilitasse gerenciar os dados armazenados. Assim, será mostrada a importância do ALiBWeb, que permitirá a organização dos dados e sua inserção no banco, facilitando o seu armazenamento e, principalmente, garantindo maior segurança com a informatização e disponibilizando-os a fim de socializá-los, para que possam servir de base para análises linguísticas de dados orais de natureza geolinguística.
{"title":"ALiBWeb","authors":"Daniela Barreiro Claro, Josane Moreira de Oliveira, Marcela Moura Torres Paim","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e77981","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e77981","url":null,"abstract":"O presente artigo dá a conhecer o sistema denominado ALiBWeb, que se encontra em construção, à comunidade acadêmica. O processo de informatização do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) começou em 2007, quando aconteceram as reuniões iniciais sobre análise de requisitos para o desenvolvimento de um banco de dados e, consequentemente, de um sistema que possibilitasse gerenciar os dados armazenados. Assim, será mostrada a importância do ALiBWeb, que permitirá a organização dos dados e sua inserção no banco, facilitando o seu armazenamento e, principalmente, garantindo maior segurança com a informatização e disponibilizando-os a fim de socializá-los, para que possam servir de base para análises linguísticas de dados orais de natureza geolinguística.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49151212","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-16DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e78348
Valeska Gracioso Carlos
Este trabalho apresenta algumas considerações metodológicas aplicadas em uma pesquisa de doutorado, que visou a descrição das variedades linguísticas da língua portuguesa falada na região de fronteira entre Brasil e Paraguai, mais especificamente, no estado do Paraná e o departamento del Alto Paraná, e a consequente produção de cartas linguísticas de caráter contatual e topodinâmico da área investigada. Em termos metodológicos, seguindo os pressupostos da Dialetologia Pluridimensional, foram consideradas as oito dimensões propostas por Thun (1998), a saber: diatópica, diastrática, diassexual, diageracional, a diatópico-cinética, dialingual, diafásica e diarreferencial. A utilização dessas dimensões interfere diretamente na escolha da rede de pontos, na definição do perfil do informante, no tipo de questionário e, até mesmo, nos dados para a ficha do informante. Só foi possível considerar as oito dimensões devido ao tipo de trabalho proposto, à região que proporciona uma gama de diferentes contatos linguísticos e, sobretudo, às migrações no Oeste do Paraná e às imigrações ao Paraguai. A pesquisa buscou compreender o comportamento linguístico, nas suas diferentes variedades, diante de dimensões de ordem linguística, espacial e social.
{"title":"Geolinguística: desafios da metodologia pluridimensional","authors":"Valeska Gracioso Carlos","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e78348","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e78348","url":null,"abstract":"Este trabalho apresenta algumas considerações metodológicas aplicadas em uma pesquisa de doutorado, que visou a descrição das variedades linguísticas da língua portuguesa falada na região de fronteira entre Brasil e Paraguai, mais especificamente, no estado do Paraná e o departamento del Alto Paraná, e a consequente produção de cartas linguísticas de caráter contatual e topodinâmico da área investigada. Em termos metodológicos, seguindo os pressupostos da Dialetologia Pluridimensional, foram consideradas as oito dimensões propostas por Thun (1998), a saber: diatópica, diastrática, diassexual, diageracional, a diatópico-cinética, dialingual, diafásica e diarreferencial. A utilização dessas dimensões interfere diretamente na escolha da rede de pontos, na definição do perfil do informante, no tipo de questionário e, até mesmo, nos dados para a ficha do informante. Só foi possível considerar as oito dimensões devido ao tipo de trabalho proposto, à região que proporciona uma gama de diferentes contatos linguísticos e, sobretudo, às migrações no Oeste do Paraná e às imigrações ao Paraguai. A pesquisa buscou compreender o comportamento linguístico, nas suas diferentes variedades, diante de dimensões de ordem linguística, espacial e social.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46305954","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-16DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e78588
Fabiane Cristina Altino
Verificar características socio-históricas que cada comunidade apresenta, e averiguar se elas se refletem nas diversidades geográficas são metas que devem nortear a tarefa dos pesquisadores que se debruçam sobre o estudo da variação. Esses objetivos estão presentes nos atlas regionais e nos atlas nacionais. Nesta perspectiva, vários trabalhos de cunho dialetológico foram empreendidos e inúmeros atlas regionais publicados. Entre eles, o ALPR – Atlas Linguístico do Paraná, organizado em dois momentos: o primeiro de Aguilera, publicado em 1994 e o segundo, ainda sem publicação, por Altino, em 2007, resultado da tese de doutoramento. O objetivo deste artigo é discutir os dados registrados nas cartas fonéticas dos dois volumes do Atlas Linguístico do Paraná, cotejá-los com os dados registrados nas entrevistas do Atlas Linguístico do Brasil, também no Estado em questão, observando as falas de homens e mulheres entrevistados e buscando estabelecer o grau de influência dos diversos grupos étnicos presentes no Estado em relação ao nível fonético. Os aspectos da colonização apontam para a possibilidade da diversidade linguística do Estado. O estudo da história social do Paraná sinaliza para o status histórico dos grupos povoadores no conjunto da população paranaense.
{"title":"Variação linguística no Paraná: vogais médias no ALPR e ALIB/PR","authors":"Fabiane Cristina Altino","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e78588","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e78588","url":null,"abstract":"Verificar características socio-históricas que cada comunidade apresenta, e averiguar se elas se refletem nas diversidades geográficas são metas que devem nortear a tarefa dos pesquisadores que se debruçam sobre o estudo da variação. Esses objetivos estão presentes nos atlas regionais e nos atlas nacionais. Nesta perspectiva, vários trabalhos de cunho dialetológico foram empreendidos e inúmeros atlas regionais publicados. Entre eles, o ALPR – Atlas Linguístico do Paraná, organizado em dois momentos: o primeiro de Aguilera, publicado em 1994 e o segundo, ainda sem publicação, por Altino, em 2007, resultado da tese de doutoramento. O objetivo deste artigo é discutir os dados registrados nas cartas fonéticas dos dois volumes do Atlas Linguístico do Paraná, cotejá-los com os dados registrados nas entrevistas do Atlas Linguístico do Brasil, também no Estado em questão, observando as falas de homens e mulheres entrevistados e buscando estabelecer o grau de influência dos diversos grupos étnicos presentes no Estado em relação ao nível fonético. Os aspectos da colonização apontam para a possibilidade da diversidade linguística do Estado. O estudo da história social do Paraná sinaliza para o status histórico dos grupos povoadores no conjunto da população paranaense.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48710071","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-16DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e78008
Selmo Ribeiro Figueiredo Junior
Este artigo é um recorte da tese de doutorado Atlas linguístico pluridimensional do português paulista (FIGUEIREDO JR., 2019). Nomeadamente, ele aborda a variação lexical documentada no interior paulista como resposta à pergunta “Como se chama um rio pequeno, estreito, de uns dois metros de largura?”. A rede de pontos é constituída pelos municípios de Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Araçariguama, São Roque, Sorocaba, Itu, Porto Feliz, Tietê, Capivari e Piracicaba, integrantes da região do Médio Tietê, considerada berço da cultura caipira (GARCIA, 2011; PAZETTI, 2014). Com aporte teórico-metodológico da Dialetologia Pluridimensional (RADTKE; THUN, 1996; THUN, 2000, 2005, entre outros), 13 covariantes lexicais foram coletadas de 80 informantes. Dessas formas, as mais frequentes e relevantes estão cartografadas e quantitativamente tratadas em correlação com variáveis diatópica, diastrática, diagenérica e diageracional. Um conjunto de conclusões é apresentado, entre as quais a de que Santana de Parnaíba é o ponto mais conservador da rede de pontos, dividido alternadamente entre o uso do grupo covariante / e o uso da covariante , e, inversamente, a de que Tietê é o ponto mais inovador, dividido simultaneamente entre o uso do grupo covariante /, o uso da covariante e o uso da covariante .
本文摘自博士论文《圣保罗葡萄牙语多维语言图谱》(FIGUEIREDO JR.,2019)。也就是说,他在回答“一条大约两米宽的狭窄小河叫什么名字?”的问题时,谈到了圣保罗内陆记录的词汇变化。积分网络由Santana de Parnaíba、Pirapora do Bom Jesus、Araçarigama、São Roque、Sorocaba、Itu、Porto Feliz、Tietê、Capivari和Piraciba等市镇组成,这些市镇是被视为凯皮拉文化发源地的中蒂埃地区的成员(GARCIA,2011;PAZETTI,2014)。在多维方言学的理论和方法支持下(RADTKE;THUN,1996;THUN、2000、2005等),从80名知情者中收集了13个词汇协变量。因此,最常见和最相关的是与同位素、非同位素、成岩和成岩变量相关的映射和定量处理。给出了一组结论,其中Santana de Parnaíba是点网络中最保守的点,在使用协变量组/和使用协变量之间交替划分,相反,Tietê是最具创新性的点,同时在使用协变组/、使用协变量和使用协变变量之间划分。
{"title":"Como se chama um rio pequeno, estreito, de uns dois metros de largura no interior paulista?","authors":"Selmo Ribeiro Figueiredo Junior","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e78008","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e78008","url":null,"abstract":"Este artigo é um recorte da tese de doutorado Atlas linguístico pluridimensional do português paulista (FIGUEIREDO JR., 2019). Nomeadamente, ele aborda a variação lexical documentada no interior paulista como resposta à pergunta “Como se chama um rio pequeno, estreito, de uns dois metros de largura?”. A rede de pontos é constituída pelos municípios de Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Araçariguama, São Roque, Sorocaba, Itu, Porto Feliz, Tietê, Capivari e Piracicaba, integrantes da região do Médio Tietê, considerada berço da cultura caipira (GARCIA, 2011; PAZETTI, 2014). Com aporte teórico-metodológico da Dialetologia Pluridimensional (RADTKE; THUN, 1996; THUN, 2000, 2005, entre outros), 13 covariantes lexicais foram coletadas de 80 informantes. Dessas formas, as mais frequentes e relevantes estão cartografadas e quantitativamente tratadas em correlação com variáveis diatópica, diastrática, diagenérica e diageracional. Um conjunto de conclusões é apresentado, entre as quais a de que Santana de Parnaíba é o ponto mais conservador da rede de pontos, dividido alternadamente entre o uso do grupo covariante / e o uso da covariante , e, inversamente, a de que Tietê é o ponto mais inovador, dividido simultaneamente entre o uso do grupo covariante /, o uso da covariante e o uso da covariante .","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49458228","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-16DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e77898
Leandro Almeida dos Santos, Silvana Soares Costa Ribeiro
Este artigo apresenta um estudo sobre as áreas dialetais do Brasil, realizado por meio de dados semântico-lexicais, que tomam a proposição de divisão dialetal do Brasil estabelecida por Antenor Nascentes (1953) por referência. Desse modo, há uma investigação das respostas dos informantes do Projeto Atlas Linguístico do Brasil – Projeto ALiB, para a questão 156 do Questionário Semântico-Lexical – QSL, que busca apurar as formas de nomear o brinquedo assim descrito na questão: “Como se chamam as coisinhas redondas de vidro que os meninos gostam de brincar?” (COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALiB, 2001, p. 34). A metodologia utilizada consistiu na realização das seguintes etapas: a) seleção e leitura dos textos relacionados ao tema, Nascentes (1953; 1955), Teles (2018), entre outros; b) formação do corpus; c) comparação analítica dos itens documentados no corpus, objetivando identificar semelhanças e diferenças, a partir do cotejo estabelecido entre as pesquisas de Ribeiro (2012), Portilho (2013), Isquerdo; Romano (2014), Romano (2015), D’Anunciação (2016), Santos (2016), Alencar (2018) e, por fim, Santos (2018), os quais tiveram foco na descrição das respostas para QSL 156 (gude); e d) elaboração de considerações finais acerca da arealidade dialetal brasileira, retratada por meio do estudo comparativo. Vale ressaltar que a análise do corpus possibilitou realizar o registro e a documentação da diversidade lexical do português falado em diversas regiões geográficas do país, além de trazer notícias sobre a configuração dialetal brasileira, do ponto de vista do item lexical em análise.
本文以Antenor nascenes(1953)提出的巴西方言划分命题为参考,利用语义词汇数据对巴西方言区进行了研究。这样的答案,有调查资料提供者的巴西的Atlas语言—项目ALiB语义的问题156问卷-Lexical—例外,寻求建立形式的指定这样的玩具中所描述的问题:“你们叫什么名字都是玻璃的小圆孩子们喜欢玩吗?(ALiB项目全国委员会,2001年,第34页)。所采用的方法包括以下步骤:A)选择和阅读与主题相关的文本,《新生》(1953年);1955)、Teles(2018)等;b)语料库的形成;c)对语料库中记录的项目进行分析比较,旨在通过Ribeiro(2012)、Portilho(2013)、Isquerdo的研究进行比较,确定异同;Romano (2014), Romano (2015), D ' anunciacao (2016), Santos (2016), Alencar(2018),最后,Santos(2018),重点描述了QSL 156 (gude)的答案;d)通过比较研究,阐述对巴西方言现实的最后考虑。值得注意的是,语料库分析使我们能够记录和记录该国不同地理区域的葡萄牙语词汇多样性,并从词汇项分析的角度带来关于巴西方言配置的新闻。
{"title":"De norte a sul, as áreas dialetais do Brasil","authors":"Leandro Almeida dos Santos, Silvana Soares Costa Ribeiro","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e77898","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e77898","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta um estudo sobre as áreas dialetais do Brasil, realizado por meio de dados semântico-lexicais, que tomam a proposição de divisão dialetal do Brasil estabelecida por Antenor Nascentes (1953) por referência. Desse modo, há uma investigação das respostas dos informantes do Projeto Atlas Linguístico do Brasil – Projeto ALiB, para a questão 156 do Questionário Semântico-Lexical – QSL, que busca apurar as formas de nomear o brinquedo assim descrito na questão: “Como se chamam as coisinhas redondas de vidro que os meninos gostam de brincar?” (COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALiB, 2001, p. 34). A metodologia utilizada consistiu na realização das seguintes etapas: a) seleção e leitura dos textos relacionados ao tema, Nascentes (1953; 1955), Teles (2018), entre outros; b) formação do corpus; c) comparação analítica dos itens documentados no corpus, objetivando identificar semelhanças e diferenças, a partir do cotejo estabelecido entre as pesquisas de Ribeiro (2012), Portilho (2013), Isquerdo; Romano (2014), Romano (2015), D’Anunciação (2016), Santos (2016), Alencar (2018) e, por fim, Santos (2018), os quais tiveram foco na descrição das respostas para QSL 156 (gude); e d) elaboração de considerações finais acerca da arealidade dialetal brasileira, retratada por meio do estudo comparativo. Vale ressaltar que a análise do corpus possibilitou realizar o registro e a documentação da diversidade lexical do português falado em diversas regiões geográficas do país, além de trazer notícias sobre a configuração dialetal brasileira, do ponto de vista do item lexical em análise.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44455440","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-16DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e78355
Iara Maria Teles, Abdelhak Razky, Diego Coimbra
Este trabalho tem por objetivo apresentar o estado da arte do projeto Atlas Linguístico de Rondônia. O estudo segue a orientação teórico-metodológica da Dialetologia Pluridimensional (RADTKE; THUN, 1996), a Sociolinguística Quantitativa (GUY; ZILLER, 2007), a perspectiva da Geossociolinguística (RAZKY, 1998) e a noção de agrupamento fonético (RAZKY; TELLES; COIMBRA, 2019). Foram analisados 16 pontos de inquérito que compõem a rede de pontos do ALiRO (Atlas Linguístico de Rondônia). Nas localidades dos municípios do interior de Rondônia, foram entrevistados 4 informantes em cada localidade, estratificados conforme os grupos de fatores considerados nesta pesquisa, quais sejam: faixa etária (2 informantes de 18 a 30 anos e 2 de 50 a 65 anos) e sexo (2 homens e 2 mulheres). Na capital, entrevistou-se 8 informantes estratificados em sexo (4 homens e 4 mulheres), faixa etária (4 informantes de 18 a 30 anos e 4 informantes de 50 a 65 anos) e escolaridade (4 informantes com ensino fundamental e 4 informantes com ensino superior). No total, foram elencados 20 aspectos fonético-fonológicos variáveis no banco de dados do ALiRO, sendo 9 concernentes aos segmentos vocálicos e 11 concernentes aos segmentos consonantais. Neste estudo, foram descritas e analisadas as vogais médias anterior /e/ e posterior /o/ em posição pretônica e a consoante /S/ em coda silábica interna. Os resultados, apresentados em cartas linguísticas e em tabelas com dados quantitativos, apontam para uma variação fonética relevante do ponto de vista geossociolinguístico.
{"title":"Estado da arte do projeto Atlas Linguístico de Rondônia","authors":"Iara Maria Teles, Abdelhak Razky, Diego Coimbra","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e78355","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e78355","url":null,"abstract":"Este trabalho tem por objetivo apresentar o estado da arte do projeto Atlas Linguístico de Rondônia. O estudo segue a orientação teórico-metodológica da Dialetologia Pluridimensional (RADTKE; THUN, 1996), a Sociolinguística Quantitativa (GUY; ZILLER, 2007), a perspectiva da Geossociolinguística (RAZKY, 1998) e a noção de agrupamento fonético (RAZKY; TELLES; COIMBRA, 2019). Foram analisados 16 pontos de inquérito que compõem a rede de pontos do ALiRO (Atlas Linguístico de Rondônia). Nas localidades dos municípios do interior de Rondônia, foram entrevistados 4 informantes em cada localidade, estratificados conforme os grupos de fatores considerados nesta pesquisa, quais sejam: faixa etária (2 informantes de 18 a 30 anos e 2 de 50 a 65 anos) e sexo (2 homens e 2 mulheres). Na capital, entrevistou-se 8 informantes estratificados em sexo (4 homens e 4 mulheres), faixa etária (4 informantes de 18 a 30 anos e 4 informantes de 50 a 65 anos) e escolaridade (4 informantes com ensino fundamental e 4 informantes com ensino superior). No total, foram elencados 20 aspectos fonético-fonológicos variáveis no banco de dados do ALiRO, sendo 9 concernentes aos segmentos vocálicos e 11 concernentes aos segmentos consonantais. Neste estudo, foram descritas e analisadas as vogais médias anterior /e/ e posterior /o/ em posição pretônica e a consoante /S/ em coda silábica interna. Os resultados, apresentados em cartas linguísticas e em tabelas com dados quantitativos, apontam para uma variação fonética relevante do ponto de vista geossociolinguístico.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46439493","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-16DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e74504
Edmilson José De Sá
Este artigo analisa as denominações relacionadas a itens lexicais pertencentes à fauna, em atlas linguísticos construídos em dois estados do Nordeste, considerando as variantes mais acentuadas nesses estados. Desse modo, escolheu-se cotejar os dados do referido campo semântico no Atlas Linguístico do Estado de Alagoas (DOIRON, 2017) e no Atlas Linguístico de Pernambuco (SÁ, 2016) com obras lexicográficas e textos a fim de auxiliar na identificação de categorias motivacionais para a variação lexical nos falares pernambucano e alagoano, de modo a perceber convergências e divergências entre eles. A análise permitiu constatar a existência de variantes para joão-de-barro, gambá e libélula que representam marcas específicas dos falares dos dois estados, somadas ao que fora observado em outras partes do Nordeste e extrapolando as suas fronteiras. Cabe, então, considerar as acepções regionalistas provenientes da cultura e das crenças dos falantes, dos quais são transmitidos, conservados e desenvolvidos valores característicos da sua língua materna.
{"title":"Estudo de itens lexicais pertencentes à fauna nos atlas linguísticos de alagoas e pernambuco","authors":"Edmilson José De Sá","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e74504","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e74504","url":null,"abstract":"Este artigo analisa as denominações relacionadas a itens lexicais pertencentes à fauna, em atlas linguísticos construídos em dois estados do Nordeste, considerando as variantes mais acentuadas nesses estados. Desse modo, escolheu-se cotejar os dados do referido campo semântico no Atlas Linguístico do Estado de Alagoas (DOIRON, 2017) e no Atlas Linguístico de Pernambuco (SÁ, 2016) com obras lexicográficas e textos a fim de auxiliar na identificação de categorias motivacionais para a variação lexical nos falares pernambucano e alagoano, de modo a perceber convergências e divergências entre eles. A análise permitiu constatar a existência de variantes para joão-de-barro, gambá e libélula que representam marcas específicas dos falares dos dois estados, somadas ao que fora observado em outras partes do Nordeste e extrapolando as suas fronteiras. Cabe, então, considerar as acepções regionalistas provenientes da cultura e das crenças dos falantes, dos quais são transmitidos, conservados e desenvolvidos valores característicos da sua língua materna.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42519910","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}