Pub Date : 2023-08-07DOI: 10.5007/1984-8420.2023.e92298
Mariana Müller de Ávila, A. Miranda
Este estudo descreve e analisa o registro gráfico da nasalidade vocálica em posição medial de palavra por crianças falantes de três variedades do português, a saber, o brasileiro, o europeu e o moçambicano. Tendo em vista as divergências teóricas em relação à existência de vogais nasais no inventário fonológico do português, busca-se investigar em dados de aquisição da escrita como crianças que partilham o mesmo sistema linguístico concebem a nasalidade vocálica. Note-se que, conforme Miranda (2018), o registro gráfico da nasalidade medial é tarefa complexa que se impõe às crianças nos primeiros anos escolares. Neste artigo, são analisados dados extraídos de textos de 1º e 2º anos do ensino fundamental de escolas de ensino público das cidades de Pelotas (Brasil), Porto (Portugal) e Maputo (Moçambique), pertencentes ao Banco de Textos de Aquisição da Linguagem Escrita (BATALE). Os resultados encontrados corroboram a literatura da aquisição fonológica que defende a existência de vogais nasais no inventário infantil, um conhecimento que está na base das escritas alfabéticas iniciais e que, por efeito do contato com forma ortográfica, vai sendo alterado até corresponder à proposta de Camara Jr (1979) para a nasalidade vocálica do sistema adulto do português, isto é, uma vogal oral seguida de uma consoante nasal.
{"title":"A grafia da nasalidade medial pós-vocálica por crianças de três variedades do português","authors":"Mariana Müller de Ávila, A. Miranda","doi":"10.5007/1984-8420.2023.e92298","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2023.e92298","url":null,"abstract":"Este estudo descreve e analisa o registro gráfico da nasalidade vocálica em posição medial de palavra por crianças falantes de três variedades do português, a saber, o brasileiro, o europeu e o moçambicano. Tendo em vista as divergências teóricas em relação à existência de vogais nasais no inventário fonológico do português, busca-se investigar em dados de aquisição da escrita como crianças que partilham o mesmo sistema linguístico concebem a nasalidade vocálica. Note-se que, conforme Miranda (2018), o registro gráfico da nasalidade medial é tarefa complexa que se impõe às crianças nos primeiros anos escolares. Neste artigo, são analisados dados extraídos de textos de 1º e 2º anos do ensino fundamental de escolas de ensino público das cidades de Pelotas (Brasil), Porto (Portugal) e Maputo (Moçambique), pertencentes ao Banco de Textos de Aquisição da Linguagem Escrita (BATALE). Os resultados encontrados corroboram a literatura da aquisição fonológica que defende a existência de vogais nasais no inventário infantil, um conhecimento que está na base das escritas alfabéticas iniciais e que, por efeito do contato com forma ortográfica, vai sendo alterado até corresponder à proposta de Camara Jr (1979) para a nasalidade vocálica do sistema adulto do português, isto é, uma vogal oral seguida de uma consoante nasal.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49070465","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-07DOI: 10.5007/1984-8420.2023.e93134
Aline Silvestre, Fernando Lima da Mota, Rafaela Ribeiro Mendonça, Yasmim Delfino dos Santos
Este artigo investiga a realização prosódica de orações adverbiais anexadas à oração matriz e de orações desgarradas nos falares de João Pessoa e de Porto Alegre, com base nos pressupostos da Fonologia Prosódica (Nespor; Vogel, 2007) e no modelo Autossegmental e Métrico da Fonologia Entoacional (Pierrehumbert, 1980; Ladd, 2008). O corpus de análise é constituído por 720 orações – 360 de cada localidade – e foram observados o contorno melódico, a duração e a gama de variação da F0 no fim do sintagma entoacional (IP). O estudo do fenômeno na fala de indivíduos pessoenses e portoalegrenses visa, além de descrever se o desgarramento será materializado de forma semelhante ao descrito por Silvestre (2021) para a capital fluminense, observar se traços fonéticos regionais, descritos anteriormente em estudos prosódicos sobre orações assertivas neutras (Cunha, 2000; Lira, 2009; Silva, 2011; Silvestre 2012; Castelo, 2016), também se manifestam nas orações desgarradas de João Pessoa e de Porto Alegre ou se são neutralizados pela construção sintática específica. Os resultados revelam que o alongamento das sílabas finais é característica importante para a materialização do fenômeno de desgarramento em todos os dialetos estudados e que há, mesmo nesta estrutura sintática específica, índices relativos à prosódia regional. Em João Pessoa, é consistentemente observado o tom H+L* no início dos IPs e subida melódica na última sílaba pós-tônica dos enunciados. Em Porto Alegre, é frequente a fronteira bitonal HL% no fim do IP, com descida melódica após a sílaba tônica, característica que parece diferenciar o falar na capital gaúcha.
{"title":"Prosódia dialetal e estruturas sintáticas: resultados preliminares sobre a materialização do desgarramento nos falares de João Pessoa e de Porto Alegre","authors":"Aline Silvestre, Fernando Lima da Mota, Rafaela Ribeiro Mendonça, Yasmim Delfino dos Santos","doi":"10.5007/1984-8420.2023.e93134","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2023.e93134","url":null,"abstract":" Este artigo investiga a realização prosódica de orações adverbiais anexadas à oração matriz e de orações desgarradas nos falares de João Pessoa e de Porto Alegre, com base nos pressupostos da Fonologia Prosódica (Nespor; Vogel, 2007) e no modelo Autossegmental e Métrico da Fonologia Entoacional (Pierrehumbert, 1980; Ladd, 2008). O corpus de análise é constituído por 720 orações – 360 de cada localidade – e foram observados o contorno melódico, a duração e a gama de variação da F0 no fim do sintagma entoacional (IP). O estudo do fenômeno na fala de indivíduos pessoenses e portoalegrenses visa, além de descrever se o desgarramento será materializado de forma semelhante ao descrito por Silvestre (2021) para a capital fluminense, observar se traços fonéticos regionais, descritos anteriormente em estudos prosódicos sobre orações assertivas neutras (Cunha, 2000; Lira, 2009; Silva, 2011; Silvestre 2012; Castelo, 2016), também se manifestam nas orações desgarradas de João Pessoa e de Porto Alegre ou se são neutralizados pela construção sintática específica. Os resultados revelam que o alongamento das sílabas finais é característica importante para a materialização do fenômeno de desgarramento em todos os dialetos estudados e que há, mesmo nesta estrutura sintática específica, índices relativos à prosódia regional. Em João Pessoa, é consistentemente observado o tom H+L* no início dos IPs e subida melódica na última sílaba pós-tônica dos enunciados. Em Porto Alegre, é frequente a fronteira bitonal HL% no fim do IP, com descida melódica após a sílaba tônica, característica que parece diferenciar o falar na capital gaúcha.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49402200","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-07DOI: 10.5007/1984-8420.2023.e92297
A. Balduino
Neste artigo discutimos a silabificação no português urbano de São Tomé e Príncipe (PSTP), com base no exame de alguns processos fonológicos: apagamentos de clusters, coda e núcleo; ensurdecimento vocálico; vocalização, nasalização e posteriorização do rótico. Tais fenômenos, embora tratados, comumente, de forma independente pela literatura, quando analisados em conjunto podem refletir padrões silábicos diversos, trazendo uma visão ampla e complexa sobre o sistema em foco. De fato, o levantamento dos fenômenos no PSTP indica a atuação de duas trajetórias gramaticais paradoxais: a prevalência de sílabas CV fomentada por apagamentos e lenições, em que sílabas fechadas se adaptam em sílabas abertas, e a emergência de estruturas complexas, promovida, sobretudo, pela ressilabificação de sibilantes e pelo apagamento vocálico. Essas trajetórias contrastantes refletem a dificuldade de propostas tradicionais em explanar a variação observada no PSTP. Ressaltamos, a partir dos processos discutidos, a necessidade, em trabalhos futuros, em abordar a questão por modelos pautados no uso, que acomodem a variação, e possam abarcar a complexidade dos sistemas linguísticos.
{"title":"Padrões silábicos no Português de São Tomé e Príncipe: relações complexas","authors":"A. Balduino","doi":"10.5007/1984-8420.2023.e92297","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2023.e92297","url":null,"abstract":"Neste artigo discutimos a silabificação no português urbano de São Tomé e Príncipe (PSTP), com base no exame de alguns processos fonológicos: apagamentos de clusters, coda e núcleo; ensurdecimento vocálico; vocalização, nasalização e posteriorização do rótico. Tais fenômenos, embora tratados, comumente, de forma independente pela literatura, quando analisados em conjunto podem refletir padrões silábicos diversos, trazendo uma visão ampla e complexa sobre o sistema em foco. De fato, o levantamento dos fenômenos no PSTP indica a atuação de duas trajetórias gramaticais paradoxais: a prevalência de sílabas CV fomentada por apagamentos e lenições, em que sílabas fechadas se adaptam em sílabas abertas, e a emergência de estruturas complexas, promovida, sobretudo, pela ressilabificação de sibilantes e pelo apagamento vocálico. Essas trajetórias contrastantes refletem a dificuldade de propostas tradicionais em explanar a variação observada no PSTP. Ressaltamos, a partir dos processos discutidos, a necessidade, em trabalhos futuros, em abordar a questão por modelos pautados no uso, que acomodem a variação, e possam abarcar a complexidade dos sistemas linguísticos.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47926363","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e84152
Luciana Maria Da Silva Figueiredo
Este artigo defende a educação linguística para as relações étnicoraciais (FERREIRA, 2006; NOGUEIRA, 2012; SANTANA & NETO, 2018; SOUZA, 2016), no âmbito do ensino-aprendizagem de línguas adicionais, mais especificamente, o de língua inglesa na educação básica. Parte-se do princípio de que língua e linguagem são práticas sociais e, portanto, sócio historicamente situadas. Ademais, entende-se que a educação linguística antirracista deve promover a de(s)colonização de nossas práticas docentes. Desse modo, reitera-se que a aula de língua adicional (LA)/Inglês precisa ultrapassar os limites de decodificação da língua ou de simples contato com outra cultura. É preciso reORIentar (NASCIMENTO, 2018; REIS, 2020) nosso campo de atuação para as práticas sociais, como espaço para apresentação e para apreciação de valores identitários e versões da história diferentes das narrativas hegemônicas, promovendo a emancipação individual, a convivência com o outro, assim como o efetivo exercício da cidadania, para a construção da democratização racial. (FERREIRA, 2004/2017b; MOITA LOPES, 2005; PENNYCOOK, 2001) Nesse sentido, este artigo discute como as aulas de língua inglesa, especificamente, podem contribuir de forma efetiva para combater práticas racistas e para promover o letramento racial crítico (LADSON-BILLINGS,1998; MOSLEY, 2010; SKERRETT, 2011) na educação básica.
{"title":"Educação linguística para as relações étnico-raciais na educação básica: implicações e reorientações no ensino-aprendizagem de LA/inglês","authors":"Luciana Maria Da Silva Figueiredo","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e84152","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e84152","url":null,"abstract":"Este artigo defende a educação linguística para as relações étnicoraciais (FERREIRA, 2006; NOGUEIRA, 2012; SANTANA & NETO, 2018; SOUZA, 2016), no âmbito do ensino-aprendizagem de línguas adicionais, mais especificamente, o de língua inglesa na educação básica. Parte-se do princípio de que língua e linguagem são práticas sociais e, portanto, sócio historicamente situadas. Ademais, entende-se que a educação linguística antirracista deve promover a de(s)colonização de nossas práticas docentes. Desse modo, reitera-se que a aula de língua adicional (LA)/Inglês precisa ultrapassar os limites de decodificação da língua ou de simples contato com outra cultura. É preciso reORIentar (NASCIMENTO, 2018; REIS, 2020) nosso campo de atuação para as práticas sociais, como espaço para apresentação e para apreciação de valores identitários e versões da história diferentes das narrativas hegemônicas, promovendo a emancipação individual, a convivência com o outro, assim como o efetivo exercício da cidadania, para a construção da democratização racial. (FERREIRA, 2004/2017b; MOITA LOPES, 2005; PENNYCOOK, 2001) Nesse sentido, este artigo discute como as aulas de língua inglesa, especificamente, podem contribuir de forma efetiva para combater práticas racistas e para promover o letramento racial crítico (LADSON-BILLINGS,1998; MOSLEY, 2010; SKERRETT, 2011) na educação básica.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43279976","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e83786
Luciana Kool Modesto-Sarra
Este trabalho tem por objetivo trazer à reflexão os instrumentos utilizados para ensino-aprendizagem nas aulas de Português como Língua de Acolhimento, doravante PLAc, para migrantes e refugiados, oferecidas por uma instituição religiosa, designada de IR. A pesquisa é de base qualitativa e se propõe a responder sobre os aspectos culturais brasileiros que estão representados no exercício analisado, se o objeto de análise promove a interculturalidade e de que forma isso acontece. As discussões estão apoiadas nas teorizações de Amado (2011; 2013), Bizon; Camargo (2018), Lopez (2016), Anunciação (2017) e Maher (2007). Dentre o que foi observado, o exercício por si só está a serviço da gramática e traz um olhar estereotipado da mulher, porém, diante da mediação do professor, nesse caso voluntário, como se dá o ensino de PLAc atualmente no Brasil, foi possível a promoção de um diálogo intercultural, uma vez que os alunos puderam discutir e conhecer como vem sendo modificado o papel da mulher na sociedade brasileira. O Brasil, apesar de ter atraído um contingente de migrantes internacionais devido ao seu crescimento econômico no início do século XXI, não se mostra muito bem preparado para receber essa população. A língua de acolhimento deve possibilitar aos alunos migrantes e refugiados, principalmente, utilizar o português com agentividade. A ausência do serviço de formação pedagógica e políticas públicas voltadas às práticas do PLAc, que refletem o cenário atual brasileiro, impedem o emprego efetivo dos direitos humanos.
{"title":"Português como língua de acolhimento: relato de uma prática pedagógica dentro de uma perspectiva intercultural","authors":"Luciana Kool Modesto-Sarra","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e83786","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e83786","url":null,"abstract":"Este trabalho tem por objetivo trazer à reflexão os instrumentos utilizados para ensino-aprendizagem nas aulas de Português como Língua de Acolhimento, doravante PLAc, para migrantes e refugiados, oferecidas por uma instituição religiosa, designada de IR. A pesquisa é de base qualitativa e se propõe a responder sobre os aspectos culturais brasileiros que estão representados no exercício analisado, se o objeto de análise promove a interculturalidade e de que forma isso acontece. As discussões estão apoiadas nas teorizações de Amado (2011; 2013), Bizon; Camargo (2018), Lopez (2016), Anunciação (2017) e Maher (2007). Dentre o que foi observado, o exercício por si só está a serviço da gramática e traz um olhar estereotipado da mulher, porém, diante da mediação do professor, nesse caso voluntário, como se dá o ensino de PLAc atualmente no Brasil, foi possível a promoção de um diálogo intercultural, uma vez que os alunos puderam discutir e conhecer como vem sendo modificado o papel da mulher na sociedade brasileira. O Brasil, apesar de ter atraído um contingente de migrantes internacionais devido ao seu crescimento econômico no início do século XXI, não se mostra muito bem preparado para receber essa população. A língua de acolhimento deve possibilitar aos alunos migrantes e refugiados, principalmente, utilizar o português com agentividade. A ausência do serviço de formação pedagógica e políticas públicas voltadas às práticas do PLAc, que refletem o cenário atual brasileiro, impedem o emprego efetivo dos direitos humanos.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43097485","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e83310
Mairla Pereira Pires Costa, Bianca Sena Gomes, Gilmara Kaynne Carvalho da Costa
Atualmente, a translinguagem está sendo utilizada como forma de proporcionar um ensino para bilíngues, considerando aspectos holísticos do indivíduo, como o respeito às culturas, às línguas e às sociedades que estão envolvidas nesse processo de ensino e de aprendizagem (GARCÍA, 2009a; GARCÍA, 2009b). Elucubrando o histórico educacional de pessoas surdas no Brasil e as exigências indicadas pelas políticas educacionais para que tais pessoas tenham acesso a uma educação bilíngue Libras-português, este estudo trata da educação de surdos e das ideologias linguísticas em interlocução com o tema da translinguagem. Tomando por base as narrativas de quatros surdas bilíngues, analisa-se possíveis aproximações com as práticas translíngues. As entrevistas foram selecionadas a partir do Projeto Corpus Libras, em discursos produzidos em Libras, registrados em vídeos. Como resultados, identificou-se que as narrativas das entrevistadas sobre suas vivências escolares demonstraram concordância com a abordagem translíngue, nas diferentes experiências de mulheres surdas. Constata-se caminhos distintos para aquisição de linguagem e/ou aprendizagem de língua(s) e variadas ações pedagógicas por parte dos professores no ensino de surdos. Os discursos evidenciam a importância da convivência em comunidade linguística (em língua de sinais) como fator que favorece a construção da identidade e da cultura surdas, aspectos recorrentemente narrados pelas entrevistadas. A não nomeação de línguas é um ponto que precisa ser melhor discutido, considerando o contexto de surdos bilíngues (Libras e português) bimodais.
{"title":"Ideologias sobre educação bilíngue em narrativas de mulheres surdas e possíveis aproximações com a abordagem translíngue","authors":"Mairla Pereira Pires Costa, Bianca Sena Gomes, Gilmara Kaynne Carvalho da Costa","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e83310","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e83310","url":null,"abstract":"Atualmente, a translinguagem está sendo utilizada como forma de proporcionar um ensino para bilíngues, considerando aspectos holísticos do indivíduo, como o respeito às culturas, às línguas e às sociedades que estão envolvidas nesse processo de ensino e de aprendizagem (GARCÍA, 2009a; GARCÍA, 2009b). Elucubrando o histórico educacional de pessoas surdas no Brasil e as exigências indicadas pelas políticas educacionais para que tais pessoas tenham acesso a uma educação bilíngue Libras-português, este estudo trata da educação de surdos e das ideologias linguísticas em interlocução com o tema da translinguagem. Tomando por base as narrativas de quatros surdas bilíngues, analisa-se possíveis aproximações com as práticas translíngues. As entrevistas foram selecionadas a partir do Projeto Corpus Libras, em discursos produzidos em Libras, registrados em vídeos. Como resultados, identificou-se que as narrativas das entrevistadas sobre suas vivências escolares demonstraram concordância com a abordagem translíngue, nas diferentes experiências de mulheres surdas. Constata-se caminhos distintos para aquisição de linguagem e/ou aprendizagem de língua(s) e variadas ações pedagógicas por parte dos professores no ensino de surdos. Os discursos evidenciam a importância da convivência em comunidade linguística (em língua de sinais) como fator que favorece a construção da identidade e da cultura surdas, aspectos recorrentemente narrados pelas entrevistadas. A não nomeação de línguas é um ponto que precisa ser melhor discutido, considerando o contexto de surdos bilíngues (Libras e português) bimodais.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48436449","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e83563
Angela Derlise Stübe, Marisa Pierezan
Este artigo visa compreender o imaginário na constituição do discurso, analisando efeitos de sentidos produzidos sobre o sujeito indígena em documentos oficiais, bem como compreender como o imaginário impacta em políticas públicas para a educação escolar indígena e incentivar iniciativas para o ensino e a valorização das línguas indígenas. O arquivo foi constituído pelo Parecer CNE/CEB nº 14, de 19 de setembro de 1999 e pela Resolução CEB nº 3, de 10 de novembro de 1999, que tratam das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Indígena. Para tanto, trabalhou-se com a hipótese de que os esquemas interdiscursivos de repetibilidade – utilizados para refutar o passado e estabilizar o presente –, constantes no discurso sobre, ao criar um lugar para essa política e um lugar imaginário de sujeito indígena, produziram um espaço de tensão, gerando ressonâncias em relação ao imaginário e, consequentemente, em relação à constituição do sujeito indígena e às políticas da educação escolar indígena. A perspectiva discursiva adotada entende o sujeito como cindido, clivado e barrado pela linguagem e trabalha com efeitos de sentido, desvelando a incompletude do discurso e do sujeito. Com as análises, o real da língua, o real da história e o real do sujeito desvelaram que pelo imaginário se constituiu um sujeito indígena que é uma mistura indefinida, um “entre”, um “pertence/não/pertence”. Os documentos produziram um imaginário sobre o sujeito indígena que não é um, nem outro; não é igual, nem diferente. Não é sujeito indígena, mas também não é sujeito não-indígena, repercutindo nas políticas da educação escolar indígena.
{"title":"Imaginário e política linguística: sentidos sobre o indígena em documentos oficiais","authors":"Angela Derlise Stübe, Marisa Pierezan","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e83563","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e83563","url":null,"abstract":"Este artigo visa compreender o imaginário na constituição do discurso, analisando efeitos de sentidos produzidos sobre o sujeito indígena em documentos oficiais, bem como compreender como o imaginário impacta em políticas públicas para a educação escolar indígena e incentivar iniciativas para o ensino e a valorização das línguas indígenas. O arquivo foi constituído pelo Parecer CNE/CEB nº 14, de 19 de setembro de 1999 e pela Resolução CEB nº 3, de 10 de novembro de 1999, que tratam das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Indígena. Para tanto, trabalhou-se com a hipótese de que os esquemas interdiscursivos de repetibilidade – utilizados para refutar o passado e estabilizar o presente –, constantes no discurso sobre, ao criar um lugar para essa política e um lugar imaginário de sujeito indígena, produziram um espaço de tensão, gerando ressonâncias em relação ao imaginário e, consequentemente, em relação à constituição do sujeito indígena e às políticas da educação escolar indígena. A perspectiva discursiva adotada entende o sujeito como cindido, clivado e barrado pela linguagem e trabalha com efeitos de sentido, desvelando a incompletude do discurso e do sujeito. Com as análises, o real da língua, o real da história e o real do sujeito desvelaram que pelo imaginário se constituiu um sujeito indígena que é uma mistura indefinida, um “entre”, um “pertence/não/pertence”. Os documentos produziram um imaginário sobre o sujeito indígena que não é um, nem outro; não é igual, nem diferente. Não é sujeito indígena, mas também não é sujeito não-indígena, repercutindo nas políticas da educação escolar indígena.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44851970","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.5007/1984-8420.2022.84182
H. J. D. Lima, T. Rezende
O Português Brasileiro é uma construção linguística na/da diversidade na interação, como qualquer língua, exceto aquelas cujos povos ainda se encontram isolados. Apesar disso, os estudos sobre políticas de contato linguístico empregam como ferramenta de análise, principalmente, as interferências entre as línguas, em geral, apontadoras de déficit. Uma dessas ferramentas é a noção ideológica da interlíngua, base do entendimento do que sejam as línguas crioulas, por exemplo. Como um pressuposto, a interlíngua tem sido empregada no ensino de línguas em situação de contato assimétrico entre línguas, desde a colonização do Brasil. Com a presente discussão, propomos uma reflexão crítica sobre os impactos da concepção teórica de interlíngua nas análises linguísticas das práticas escritas expressas em português pelas pessoas surdas na manutenção da ideologia colonial do déficit, por força das políticas e dos planejamentos linguísticos oficiais monolíngues homogeneizadores. No que se refere ao processo de aquisição/aprendizagem do português escrito pela pessoa surda, a língua emergente, denominada neste texto como interportuguês do(a) surdo(a), é considerada deficitária, uma vez que a interferência da libras no português distancia o sistema interlinguístico emergente do modelo de língua determinado para todos(as). Ideologicamente, a concepção de interportuguês sustenta a colonialidade da linguagem por meio da concepção de “erros”, discursivamente suavizada com eufemismos como “omissão”, “inadequação”, “falha”, “desvios”, “trocas” etc., mantida nas práticas de ensino, gerando violências epistêmicas. Da perspectiva da Sociolinguística Decolonial, consideramos urgente a necessidade de problematizar concepções linguísticas que sustentam violências epistêmicas por meio do ensino, especialmente em contextos de línguas e povos historicamente subalternizados.
{"title":"Políticas e planejamento oficiais de manutenção da ideologia linguística colonial do déficit","authors":"H. J. D. Lima, T. Rezende","doi":"10.5007/1984-8420.2022.84182","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.84182","url":null,"abstract":"O Português Brasileiro é uma construção linguística na/da diversidade na interação, como qualquer língua, exceto aquelas cujos povos ainda se encontram isolados. Apesar disso, os estudos sobre políticas de contato linguístico empregam como ferramenta de análise, principalmente, as interferências entre as línguas, em geral, apontadoras de déficit. Uma dessas ferramentas é a noção ideológica da interlíngua, base do entendimento do que sejam as línguas crioulas, por exemplo. Como um pressuposto, a interlíngua tem sido empregada no ensino de línguas em situação de contato assimétrico entre línguas, desde a colonização do Brasil. Com a presente discussão, propomos uma reflexão crítica sobre os impactos da concepção teórica de interlíngua nas análises linguísticas das práticas escritas expressas em português pelas pessoas surdas na manutenção da ideologia colonial do déficit, por força das políticas e dos planejamentos linguísticos oficiais monolíngues homogeneizadores. No que se refere ao processo de aquisição/aprendizagem do português escrito pela pessoa surda, a língua emergente, denominada neste texto como interportuguês do(a) surdo(a), é considerada deficitária, uma vez que a interferência da libras no português distancia o sistema interlinguístico emergente do modelo de língua determinado para todos(as). Ideologicamente, a concepção de interportuguês sustenta a colonialidade da linguagem por meio da concepção de “erros”, discursivamente suavizada com eufemismos como “omissão”, “inadequação”, “falha”, “desvios”, “trocas” etc., mantida nas práticas de ensino, gerando violências epistêmicas. Da perspectiva da Sociolinguística Decolonial, consideramos urgente a necessidade de problematizar concepções linguísticas que sustentam violências epistêmicas por meio do ensino, especialmente em contextos de línguas e povos historicamente subalternizados.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46205455","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e84299
Janiny Pires Seles Bispo
Neste artigo, nosso objetivo é analisar a acessibilidade linguística no percurso escolar dos surdos para a compreensão dos desafios da educação deles no ensino superior. Foi utilizada uma abordagem metodológica qualitativa, analisada por meio de entrevista semiestruturada com dois alunos surdos do curso de licenciatura em Letras, com habilitação em Libras, do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – CFP/UFRB. Dialogamos com autores como Laraia (2001), Gadotti (1998), Perlin (1998), Quadros (1997), Freire (1979), Strobel (2008) e outros. As discussões realizadas neste trabalho possibilitarão problematizar e ressignificar a educação superior para os surdos dessa comunidade acadêmica.
{"title":"Reflexões sobre a acessibilidade linguística dos surdos no curso de Letras Libras do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia","authors":"Janiny Pires Seles Bispo","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e84299","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e84299","url":null,"abstract":"Neste artigo, nosso objetivo é analisar a acessibilidade linguística no percurso escolar dos surdos para a compreensão dos desafios da educação deles no ensino superior. Foi utilizada uma abordagem metodológica qualitativa, analisada por meio de entrevista semiestruturada com dois alunos surdos do curso de licenciatura em Letras, com habilitação em Libras, do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – CFP/UFRB. Dialogamos com autores como Laraia (2001), Gadotti (1998), Perlin (1998), Quadros (1997), Freire (1979), Strobel (2008) e outros. As discussões realizadas neste trabalho possibilitarão problematizar e ressignificar a educação superior para os surdos dessa comunidade acadêmica.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70485329","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.5007/1984-8420.2022.e83836
Vanessa Silva Sagica, B. Oliveira
Neste artigo propomos uma reflexão sobre a educação escolar indígena, a preservação das línguas originárias e os documentos oficiais que asseguram às comunidades indígenas uma educação escolar diferenciada, especialmente por percebermos que tais documentos não garantem às comunidades indígenas aportes didáticos que escapem às prerrogativas estritamente culturais ou integracionistas com sentido salvacionista colonial. Para tanto, realizamos uma análise bibliográfica e um levantamento documental de dois extremos do Brasil, o Estado de Roraima (Norte do país) e de Santa Catarina (Sul do país), no que tange aos documentos normativos sobre educação escolar indígena, a fim de discutir sobre como é possível, a partir dos documentos oficiais que amparam e legalizam a educação escolar indígena, (re)criarmos novos discursos que possam incluir a pluralidade linguística e discursiva dos povos originários, considerando tais documentos como instrumentos de políticas linguísticas educacionais.
{"title":"Plurilinguismo e pluridiscursividade: caminhos decoloniais para a educação escolar indígena","authors":"Vanessa Silva Sagica, B. Oliveira","doi":"10.5007/1984-8420.2022.e83836","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e83836","url":null,"abstract":"Neste artigo propomos uma reflexão sobre a educação escolar indígena, a preservação das línguas originárias e os documentos oficiais que asseguram às comunidades indígenas uma educação escolar diferenciada, especialmente por percebermos que tais documentos não garantem às comunidades indígenas aportes didáticos que escapem às prerrogativas estritamente culturais ou integracionistas com sentido salvacionista colonial. Para tanto, realizamos uma análise bibliográfica e um levantamento documental de dois extremos do Brasil, o Estado de Roraima (Norte do país) e de Santa Catarina (Sul do país), no que tange aos documentos normativos sobre educação escolar indígena, a fim de discutir sobre como é possível, a partir dos documentos oficiais que amparam e legalizam a educação escolar indígena, (re)criarmos novos discursos que possam incluir a pluralidade linguística e discursiva dos povos originários, considerando tais documentos como instrumentos de políticas linguísticas educacionais.","PeriodicalId":31410,"journal":{"name":"Working Papers em Linguistica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47634838","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}