Homofobia é uma violência vivida pela comunidade LGBTQIA+, caracterizada pelo ódio ou aversão a sua manifestação sexual. Essa violência ocorre em diferentes regiões do Brasil, tornando-se importante o conhecimento do índice de casos de homofobia nas Unidades da Federação (UF), possibilitando a realização de estudos estratégicos para a elaboração de políticas, em termos de segurança pública e direitos humanos. O objetivo deste artigo é apresentar, por meio de mapas temáticos, a distribuição espacial dos casos de violência contra LGBTQIA+ no Brasil, no período de 2011 a 2019, realizando análises espaciais com a integração de dados através do Sistema de Informação Geográfica (SIG). O estudo foi realizado baseado nos casos de discriminação, violência física e violência psicológica registrados no “Disque 100”, canal de denúncias vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Calculou-se a taxa de violência para cada UF, e que posteriormente foi corrigida pelo Método Bayesiano Empírico Local. Na análise espacial, foram calculados os Índices de Moran Global e Local para verificar a existência de autocorrelação espacial. A região Nordeste do Brasil apresentou maiores taxas de violência contra LGBTQIA+. Cerca de 61,54% das UF que apresentaram maiores taxas de violência possuíam menores Índices de Desenvolvimento Humano do país. O índice global indicou autocorrelação espacial para todos os anos de análise, enquanto o índice local identificou agrupamentos de áreas com valores semelhantes. Os resultados apresentados neste trabalho evidenciam a importância da utilização do SIG como ferramenta de apoio no planejamento de políticas e ações de segurança pública.
{"title":"Análise Exploratória de Dados Espaciais da Violência Contra LGBTQIA+ no Brasil","authors":"Guilherme Silva Neivas, A. Baptista","doi":"10.14393/rbcv74n1-61817","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/rbcv74n1-61817","url":null,"abstract":"Homofobia é uma violência vivida pela comunidade LGBTQIA+, caracterizada pelo ódio ou aversão a sua manifestação sexual. Essa violência ocorre em diferentes regiões do Brasil, tornando-se importante o conhecimento do índice de casos de homofobia nas Unidades da Federação (UF), possibilitando a realização de estudos estratégicos para a elaboração de políticas, em termos de segurança pública e direitos humanos. O objetivo deste artigo é apresentar, por meio de mapas temáticos, a distribuição espacial dos casos de violência contra LGBTQIA+ no Brasil, no período de 2011 a 2019, realizando análises espaciais com a integração de dados através do Sistema de Informação Geográfica (SIG). O estudo foi realizado baseado nos casos de discriminação, violência física e violência psicológica registrados no “Disque 100”, canal de denúncias vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Calculou-se a taxa de violência para cada UF, e que posteriormente foi corrigida pelo Método Bayesiano Empírico Local. Na análise espacial, foram calculados os Índices de Moran Global e Local para verificar a existência de autocorrelação espacial. A região Nordeste do Brasil apresentou maiores taxas de violência contra LGBTQIA+. Cerca de 61,54% das UF que apresentaram maiores taxas de violência possuíam menores Índices de Desenvolvimento Humano do país. O índice global indicou autocorrelação espacial para todos os anos de análise, enquanto o índice local identificou agrupamentos de áreas com valores semelhantes. Os resultados apresentados neste trabalho evidenciam a importância da utilização do SIG como ferramenta de apoio no planejamento de políticas e ações de segurança pública.","PeriodicalId":36183,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cartografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48785009","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
T. F. Belloli, Laurindo Antonio Guasselli, T. Kuplich, Luís Fernando Naudi Ruiz, João Paulo Delapasse Simioni
Delinear com precisão os limites das Áreas Úmidas (AUs) e os padrões de cobertura vegetal é um passo essencial para a rápida avaliação e gestão destes ecossistemas. A Análise de Imagens Baseada em Objeto (Object-Based Image Analysis - OBIA) a partir de aprendizado de máquina e da integração de dados ópticos e de radar apresentam vantagens em relação a outras técnicas no mapeamento da cobertura vegetal nos ecossistemas de AUs. Este estudo tem como objetivo classificar tipologias de cobertura vegetal em áreas úmidas, integrando imagens ópticas e SAR dos satélites Sentinel-1 e 2A e o algoritmo Random Forest à classificação OBIA, utilizando como estudo de caso o Banhado Grande, localizado no Rio Grande do Sul. Como resultados, as polarizações VH e VV do Sentinel-1 obtiveram a maior relevância na classificação (18,6%). Entre as bandas ópticas as maiores relevâncias ocorreram para as bandas Borda Vermelha e Infravermelho Médio. A partir dos atributos ópticos, a classificação obteve acurácia de 86,2%. Quando inseridos os atributos SAR mais importantes, a acurácia aumentou para 91,3%. A classe Macrófitas Emergentes (ME), correspondente à espécie Scirpus giganteus, alcançou a melhor acurácia (91%), com área estimada em 1.507 ha. Concluímos que a integração de imagens aliada ao método de classificação possibilitou identificar e delimitar a extensão das tipologias vegetais e a área total do ecossistema. Os resultados acurados demostram que esta abordagem metodológica pode ser expandida para outras áreas úmidas palustres subtropicais.
{"title":"Classificação Baseada em Objeto de Tipologias de Cobertura Vegetal em Área Úmida Integrando Imagens Ópticas e SAR","authors":"T. F. Belloli, Laurindo Antonio Guasselli, T. Kuplich, Luís Fernando Naudi Ruiz, João Paulo Delapasse Simioni","doi":"10.14393/rbcv74n1-61277","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/rbcv74n1-61277","url":null,"abstract":"Delinear com precisão os limites das Áreas Úmidas (AUs) e os padrões de cobertura vegetal é um passo essencial para a rápida avaliação e gestão destes ecossistemas. A Análise de Imagens Baseada em Objeto (Object-Based Image Analysis - OBIA) a partir de aprendizado de máquina e da integração de dados ópticos e de radar apresentam vantagens em relação a outras técnicas no mapeamento da cobertura vegetal nos ecossistemas de AUs. Este estudo tem como objetivo classificar tipologias de cobertura vegetal em áreas úmidas, integrando imagens ópticas e SAR dos satélites Sentinel-1 e 2A e o algoritmo Random Forest à classificação OBIA, utilizando como estudo de caso o Banhado Grande, localizado no Rio Grande do Sul. Como resultados, as polarizações VH e VV do Sentinel-1 obtiveram a maior relevância na classificação (18,6%). Entre as bandas ópticas as maiores relevâncias ocorreram para as bandas Borda Vermelha e Infravermelho Médio. A partir dos atributos ópticos, a classificação obteve acurácia de 86,2%. Quando inseridos os atributos SAR mais importantes, a acurácia aumentou para 91,3%. A classe Macrófitas Emergentes (ME), correspondente à espécie Scirpus giganteus, alcançou a melhor acurácia (91%), com área estimada em 1.507 ha. Concluímos que a integração de imagens aliada ao método de classificação possibilitou identificar e delimitar a extensão das tipologias vegetais e a área total do ecossistema. Os resultados acurados demostram que esta abordagem metodológica pode ser expandida para outras áreas úmidas palustres subtropicais.","PeriodicalId":36183,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cartografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45997785","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Buscando reduzir o esforço computacional na extração de informações a partir de dados geoespaciais tridimensionais (3D), uma opção é realizar a generalização 3D. Configurando um processo subjetivo de derivação de dados em que são estabelecidos critérios e regras, a generalização 3D permite criar modelos de representação espacial 3D compactos e realísticos, impactando menores requisitos de armazenamento, visualização e análise dos dados. Nesse contexto, o presente artigo tem como objetivo geral avaliar o emprego da técnica de voxelização como um método para generalizar árvores urbanas delimitadas em nuvem de pontos LiDAR (Light Detection and Ranging). Adquiridos em plataforma aerotransportada, os dados utilizados são referentes ao bairro da Pituba no município de Salvador-BA e apresentam densidade média de 8 pontos/m2. Para a delimitação das árvores, os dados foram filtrados e classificados com auxílio de rotinas de processamento implementadas em softwares próprios para nuvens de pontos. Para a voxelização, foram definidas quatro diferentes dimensões mínimas de célula: 0,5 m, 1 m, 1,5 m e 2 m. Os resultados obtidos mostraram a diminuição do número de unidades elementares e a redução do espaço de armazenamento computacional, mantida a eficácia para a extração de informações sobre a localização e a distribuição espacial das árvores delimitadas. Valida-se assim a voxelização como um eficaz método para generalização 3D de arborização urbana em dados ALS.
{"title":"Um Estudo de Caso sobre o Emprego da Técnica de Voxelização como Método para Generalização 3D de Arborização Urbana em Dados LiDAR Aerotransportado","authors":"Daniel Andrade e Silva, D. Santos","doi":"10.14393/rbcv74n1-61577","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/rbcv74n1-61577","url":null,"abstract":"Buscando reduzir o esforço computacional na extração de informações a partir de dados geoespaciais tridimensionais (3D), uma opção é realizar a generalização 3D. Configurando um processo subjetivo de derivação de dados em que são estabelecidos critérios e regras, a generalização 3D permite criar modelos de representação espacial 3D compactos e realísticos, impactando menores requisitos de armazenamento, visualização e análise dos dados. Nesse contexto, o presente artigo tem como objetivo geral avaliar o emprego da técnica de voxelização como um método para generalizar árvores urbanas delimitadas em nuvem de pontos LiDAR (Light Detection and Ranging). Adquiridos em plataforma aerotransportada, os dados utilizados são referentes ao bairro da Pituba no município de Salvador-BA e apresentam densidade média de 8 pontos/m2. Para a delimitação das árvores, os dados foram filtrados e classificados com auxílio de rotinas de processamento implementadas em softwares próprios para nuvens de pontos. Para a voxelização, foram definidas quatro diferentes dimensões mínimas de célula: 0,5 m, 1 m, 1,5 m e 2 m. Os resultados obtidos mostraram a diminuição do número de unidades elementares e a redução do espaço de armazenamento computacional, mantida a eficácia para a extração de informações sobre a localização e a distribuição espacial das árvores delimitadas. Valida-se assim a voxelização como um eficaz método para generalização 3D de arborização urbana em dados ALS.","PeriodicalId":36183,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cartografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42161474","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Vinícius Marques Müller Pessôa, Camila Frandi Cecagno, D. Camargo, Mara Lúcia Marques
As inundações são fenômenos naturais, que podem causar impacto ambiental conforme as alterações de cobertura e uso do solo, com a intensificação demográfica e crescimento urbano. Assim, o propósito deste estudo foi incluir a relação entre os sistemas naturais e antrópicos na elaboração dos modelos de análise do perigo à inundação. A partir de análise espacial foram gerados modelos de perigo à inundação, empregando o método de sobreposição ponderada e a análise pareada de critérios pelo Processo Analítico Hierárquico (AHP), considerando os parâmetros hipsometria, densidade, tipos de solos, densidade de drenagem, pluviometria, tipos de solos, cobertura vegetal original e uso e cobertura, nas datas 1975 e 2018. As classes de uso e cobertura do solo (urbano, agrícola, solo exposto, vegetação arbórea e rasteira, água e outros) foram obtidas pelo processo de classificação por regiões das imagens LANDSAT, utilizando o classificador por máxima verossimilhança. Observou-se alterações das classes Alto e Muito Alto, ao comparar as alterações entre os modelos de perigo natural e antropogênico à inundação de 1975 e de 2018, que passaram a ocupar 225,7km² (28,63%) e 26,59km² (3,37%) em 1975, e 260,97km² (33,09%) e 22,88km² (2,90%) em 2018. Destaca-se que as maiores alterações das áreas de perigo Alto foram observadas nas bacias do Rio Capivari de 34,3km² (1975) e 56,8km² (2018), Ribeirão Anhumas de 28,4km² (1975) e 35,4km² (2018), Ribeirão Quilombo de 14,1km² (1975) e 22,8km² (2018), e Rio Atibaia 20,6km² (1975) e 13,4km² (2018). Atribui-se a variação do perigo alto de inundação nessas bacias ao adensamento populacional e impermeabilização do solo, como consequência da expansão urbana em áreas de planícies fluviais, que alteram o escoamento e infiltração das águas superficiais.
{"title":"Contribuição de Aspectos Naturais e Antropogênicos para Análise do Perigo à Inundação em Campinas-SP","authors":"Vinícius Marques Müller Pessôa, Camila Frandi Cecagno, D. Camargo, Mara Lúcia Marques","doi":"10.14393/rbcv74n1-49026","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/rbcv74n1-49026","url":null,"abstract":"As inundações são fenômenos naturais, que podem causar impacto ambiental conforme as alterações de cobertura e uso do solo, com a intensificação demográfica e crescimento urbano. Assim, o propósito deste estudo foi incluir a relação entre os sistemas naturais e antrópicos na elaboração dos modelos de análise do perigo à inundação. A partir de análise espacial foram gerados modelos de perigo à inundação, empregando o método de sobreposição ponderada e a análise pareada de critérios pelo Processo Analítico Hierárquico (AHP), considerando os parâmetros hipsometria, densidade, tipos de solos, densidade de drenagem, pluviometria, tipos de solos, cobertura vegetal original e uso e cobertura, nas datas 1975 e 2018. As classes de uso e cobertura do solo (urbano, agrícola, solo exposto, vegetação arbórea e rasteira, água e outros) foram obtidas pelo processo de classificação por regiões das imagens LANDSAT, utilizando o classificador por máxima verossimilhança. Observou-se alterações das classes Alto e Muito Alto, ao comparar as alterações entre os modelos de perigo natural e antropogênico à inundação de 1975 e de 2018, que passaram a ocupar 225,7km² (28,63%) e 26,59km² (3,37%) em 1975, e 260,97km² (33,09%) e 22,88km² (2,90%) em 2018. Destaca-se que as maiores alterações das áreas de perigo Alto foram observadas nas bacias do Rio Capivari de 34,3km² (1975) e 56,8km² (2018), Ribeirão Anhumas de 28,4km² (1975) e 35,4km² (2018), Ribeirão Quilombo de 14,1km² (1975) e 22,8km² (2018), e Rio Atibaia 20,6km² (1975) e 13,4km² (2018). Atribui-se a variação do perigo alto de inundação nessas bacias ao adensamento populacional e impermeabilização do solo, como consequência da expansão urbana em áreas de planícies fluviais, que alteram o escoamento e infiltração das águas superficiais.","PeriodicalId":36183,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cartografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42259753","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Franck Gilberto Oliveira da Silva, S. F. Souza, Roosevelt de Lara Santos Junior, Rodrigo da Silva Ferraz
A separação entre o geoide e o quase geoide, entendida como a diferença entre as altitudes normal e ortométrica, pode ser da ordem de centímetros, chegando a metros em áreas de grande variação altimétrica, relacionando-se com a densidade das massas topográficas litológicas e a resolução do modelo topográfico utilizado. Neste contexto, o objetivo principal desta pesquisa consistiu em avaliar a SGQG no Brasil, a partir de quatro metodologias distintas. A primeira calculou a SGQG pela diferença entre as altitudes normais e ortométricas. A segunda empregou a anomalia simplificada de Bouguer. A terceira introduziu a correção do terreno e na quarta foi adicionada a correção gravimétrica. O estudo foi desenvolvido utilizando-se dados altimétricos e gravimétricos disponibilizados pelo IBGE, dados altimétricos do SRTM com resolução 3” e do mapa de densidade variável derivado do mapa geológico do Brasil. A SGQG obtida pela primeira e segunda metodologias não apresentaram diferenças significativas entre si. A anomalia simplificada de Bouguer correspondeu, em média, a cerca de 92,5% do total da SGQG no Brasil. Introduzindo-se as correções do terreno e gravimétrica, verifica-se que a combinação destas correspondeu a 7,5% da SGQG, sendo a maior contribuição na região sul, confirmando que essas correções não devem ser negligenciadas, principalmente em regiões de maiores altitudes. O modelo de densidade variável diferiu cerca de 4,7% do modelo de densidade constante, sendo esta diferença maior na região centro-oeste. A principal contribuição desta pesquisa foi a viabilidade da incorporação do modelo de densidade variável e das correções topográfica e gravimétrica no cálculo da SGQG em âmbito nacional.
{"title":"Contribuição para a Determinação da Separação Geoide e Quase Geoide (SGQG) no Território Brasileiro","authors":"Franck Gilberto Oliveira da Silva, S. F. Souza, Roosevelt de Lara Santos Junior, Rodrigo da Silva Ferraz","doi":"10.14393/rbcv74n1-61349","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/rbcv74n1-61349","url":null,"abstract":"A separação entre o geoide e o quase geoide, entendida como a diferença entre as altitudes normal e ortométrica, pode ser da ordem de centímetros, chegando a metros em áreas de grande variação altimétrica, relacionando-se com a densidade das massas topográficas litológicas e a resolução do modelo topográfico utilizado. Neste contexto, o objetivo principal desta pesquisa consistiu em avaliar a SGQG no Brasil, a partir de quatro metodologias distintas. A primeira calculou a SGQG pela diferença entre as altitudes normais e ortométricas. A segunda empregou a anomalia simplificada de Bouguer. A terceira introduziu a correção do terreno e na quarta foi adicionada a correção gravimétrica. O estudo foi desenvolvido utilizando-se dados altimétricos e gravimétricos disponibilizados pelo IBGE, dados altimétricos do SRTM com resolução 3” e do mapa de densidade variável derivado do mapa geológico do Brasil. A SGQG obtida pela primeira e segunda metodologias não apresentaram diferenças significativas entre si. A anomalia simplificada de Bouguer correspondeu, em média, a cerca de 92,5% do total da SGQG no Brasil. Introduzindo-se as correções do terreno e gravimétrica, verifica-se que a combinação destas correspondeu a 7,5% da SGQG, sendo a maior contribuição na região sul, confirmando que essas correções não devem ser negligenciadas, principalmente em regiões de maiores altitudes. O modelo de densidade variável diferiu cerca de 4,7% do modelo de densidade constante, sendo esta diferença maior na região centro-oeste. A principal contribuição desta pesquisa foi a viabilidade da incorporação do modelo de densidade variável e das correções topográfica e gravimétrica no cálculo da SGQG em âmbito nacional.","PeriodicalId":36183,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cartografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45074593","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo deste trabalho é analisar a influência das Unidades de Conservação (UCs) e das comunidades tradicionais no processo de mudança de uso e cobertura da terra na Baía da Ilha Grande ao longo dos anos de 2013 a 2018, por meio de modelagem dinâmica espacial. Para realizar a modelagem, foi utilizada a plataforma Dinamica EGO, que realiza simulação do uso e cobertura da terra com o método de pesos de evidência e é baseada no paradigma de autômatos celulares. Foi realizada a simulação espacial para doze unidades hidrológicas de planejamento, dando-se ênfase à observação das taxas de transição e aos pesos atribuídos para as variáveis de UCs e comunidades tradicionais. Nas UCs de Proteção Integral, foi observado um padrão de pesos negativos para as transições de desflorestamento e urbanização, ao passo que as UCs de Uso Sustentável indicam pressão antrópica sobre os ambientes naturais costeiros. As comunidades tradicionais apresentam dinâmicas próprias em seus territórios, sendo observado que os mesmos desfavorecem a urbanização no interior de seus limites. O modelo de Bayes foi capaz de simular os processos de mudança de uso e cobertura na área de estudo, e os resultados por ele produzidos podem ajudar na gestão da mesma. Os pesos atribuídos para as variáveis categóricas de UCs revelam como estas se comportam para determinadas transições, e as simulações por eles ajustadas produziram Índices de Similaridade Fuzzy satisfatórios. Este trabalho permitiu o entendimento das dinâmicas que ocorrem no interior de UCs e comunidades tradicionais, o que poderá auxiliar na elaboração de diretrizes para o planejamento territorial e ambiental.
{"title":"Modelagem Dinâmica Espacial das Mudanças de Uso e Cobertura da Terra na Região Hidrográfica da Baía da Ilha Grande-RJ: um Enfoque Sobre Comunidades Tradicionais e Unidades de Conservação","authors":"T. L. Branco, C. Almeida, C. Francisco","doi":"10.14393/rbcv74n1-59436","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/rbcv74n1-59436","url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho é analisar a influência das Unidades de Conservação (UCs) e das comunidades tradicionais no processo de mudança de uso e cobertura da terra na Baía da Ilha Grande ao longo dos anos de 2013 a 2018, por meio de modelagem dinâmica espacial. Para realizar a modelagem, foi utilizada a plataforma Dinamica EGO, que realiza simulação do uso e cobertura da terra com o método de pesos de evidência e é baseada no paradigma de autômatos celulares. Foi realizada a simulação espacial para doze unidades hidrológicas de planejamento, dando-se ênfase à observação das taxas de transição e aos pesos atribuídos para as variáveis de UCs e comunidades tradicionais. Nas UCs de Proteção Integral, foi observado um padrão de pesos negativos para as transições de desflorestamento e urbanização, ao passo que as UCs de Uso Sustentável indicam pressão antrópica sobre os ambientes naturais costeiros. As comunidades tradicionais apresentam dinâmicas próprias em seus territórios, sendo observado que os mesmos desfavorecem a urbanização no interior de seus limites. O modelo de Bayes foi capaz de simular os processos de mudança de uso e cobertura na área de estudo, e os resultados por ele produzidos podem ajudar na gestão da mesma. Os pesos atribuídos para as variáveis categóricas de UCs revelam como estas se comportam para determinadas transições, e as simulações por eles ajustadas produziram Índices de Similaridade Fuzzy satisfatórios. Este trabalho permitiu o entendimento das dinâmicas que ocorrem no interior de UCs e comunidades tradicionais, o que poderá auxiliar na elaboração de diretrizes para o planejamento territorial e ambiental.","PeriodicalId":36183,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cartografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46756451","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O posicionamento em levantamentos topográficos e geodésicos com uso de receptores GNSS (Global Navigation Satellite System) pode ser realizado com uso de serviços on-line gratuitos e comerciais. Estes, determinam as coordenadas dos pontos de interesse na época e referencial geodésico das efemérides precisas, às quais são usadas no pós-processamento das observáveis GNSS coletadas em campo e difere do sistema geodésico de referência adotado para o SGB (Sistema Geodésico Brasileiro). No Brasil, é empregado na determinação das coordenadas apenas a realização SIRGAS2000 (época 2000,4). É imprescindível a mudança de referencial e atualização das coordenadas para o referencial geodésico oficial no país. Assim, uma ferramenta computacional para automação dos procedimentos e fornecimento de relatório dos cálculos executados internamente, contribui para estudantes e usuários desses serviços de processamento de dados GNSS para posicionamento. O propósito deste trabalho foi desenvolver um software, nomeado de MRefGeo, para realizar a mudança de referencial geodésico e atualização das coordenadas e validar os resultados de sua utilização. No MRefGeo, é possível escolher parâmetros disponibilizados pelo IBGE-PPP (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Posicionamento por Ponto Preciso) ou pelo IERS/IGN (International Earth rotation and Reference systems Service/ Institut National de l'Information Géographique et Forestière) para mudança de referencial e modelos de velocidade para o SIRGAS - VEMOS2009 e VEMOS2017. Os resultados obtidos com MRefGeo são concordantes, a nível do milímetro, com os fornecidos pela ferramenta on-line ETRF/ITRF coordinate transformation utilizados na validação das transformações e atualizações.
{"title":"Automação do Processo de Mudança de Referencial Geodésico e Atualização de Coordenadas no Posicionamento de Alta Precisão","authors":"Taynara Nascimento de Oliveira, A. S. Carvalho","doi":"10.14393/rbcv74n1-55464","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/rbcv74n1-55464","url":null,"abstract":"O posicionamento em levantamentos topográficos e geodésicos com uso de receptores GNSS (Global Navigation Satellite System) pode ser realizado com uso de serviços on-line gratuitos e comerciais. Estes, determinam as coordenadas dos pontos de interesse na época e referencial geodésico das efemérides precisas, às quais são usadas no pós-processamento das observáveis GNSS coletadas em campo e difere do sistema geodésico de referência adotado para o SGB (Sistema Geodésico Brasileiro). No Brasil, é empregado na determinação das coordenadas apenas a realização SIRGAS2000 (época 2000,4). É imprescindível a mudança de referencial e atualização das coordenadas para o referencial geodésico oficial no país. Assim, uma ferramenta computacional para automação dos procedimentos e fornecimento de relatório dos cálculos executados internamente, contribui para estudantes e usuários desses serviços de processamento de dados GNSS para posicionamento. O propósito deste trabalho foi desenvolver um software, nomeado de MRefGeo, para realizar a mudança de referencial geodésico e atualização das coordenadas e validar os resultados de sua utilização. No MRefGeo, é possível escolher parâmetros disponibilizados pelo IBGE-PPP (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Posicionamento por Ponto Preciso) ou pelo IERS/IGN (International Earth rotation and Reference systems Service/ Institut National de l'Information Géographique et Forestière) para mudança de referencial e modelos de velocidade para o SIRGAS - VEMOS2009 e VEMOS2017. Os resultados obtidos com MRefGeo são concordantes, a nível do milímetro, com os fornecidos pela ferramenta on-line ETRF/ITRF coordinate transformation utilizados na validação das transformações e atualizações.","PeriodicalId":36183,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cartografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43639667","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Raissa Cruz Ferreira, A. S. Carvalho, V. Cioce, Edvaldo Simões da Fonseca Junior
Vários serviços de processamento de dados GPS (Global Positioning System) estão disponíveis em plataformas on-line para determinação posicional com uso dos métodos relativo e por ponto preciso (PPP). Devido à gratuidade, facilidade de manuseio e fornecimento de resultados robustos, muitos usuários têm submetido dados GPS coletados em campo para o cálculo das coordenadas geodésicas dos pontos de interesse. O Software Bernese GNSS v.5.2 (BSW) e os serviços/plataformas AUSPOS, IBGE-PPP, CSRS-PPP (SPARK) e OPUS foram utilizados para o processamento das observáveis GPS coletadas em 30 marcos geodésicos, com sessões de observação de 5h, para determinação das coordenadas. Uma análise comparativa da qualidade posicional proporcionada por cada estratégia foi realizada. As discrepâncias posicionais foram calculadas tomando como referência as coordenadas obtidas com uso do Software Bernese no modo Relativo. Os resultados indicam acurácia posicional centimétrica (0,016 m a 0,073 m) para as componentes altimétrica, planimétrica e tridimensional para uso do AUSPOS, BSW-PPP, IBGE-PPP, CSRS-PPP e decimétrica (0,100 m a 0,180 m) para o OPUS, indicando deste modo, potencialidades dos serviços. A plataforma que proporcionou maior concordância posicional em relação aos resultados obtidos pelo BSW- relativo foi o CSRS-PPP (SPARK), seguido pelo AUSPOS, BSW-PPP, IBGE-PPP e OPUS.
全球定位系统(GPS)数据处理服务可在在线平台上使用相对和精确点(PPP)方法进行位置确定。由于免费、易于操作和提供可靠的结果,许多用户提交了现场收集的GPS数据,以计算兴趣点的测地线坐标。利用Bernese GNSS v.5.2软件(BSW)和AUSPOS、IBGE-PPP、CSRS-PPP (SPARK)和OPUS服务/平台对30个测地线点收集的GPS观测数据进行处理,观测时间为5h,以确定坐标。对每种策略提供的位置质量进行了比较分析。利用Bernese软件在相对模式下获得的坐标计算位置差异。结果表明,AUSPOS、BSW-PPP、IBGE-PPP、CSRS-PPP的高程、平面和三维组件的定位精度为厘米(0.016 m ~ 0.073 m), OPUS的定位精度为decimetric (0.100 m ~ 0.180 m),表明了服务的潜力。与BSW- relative结果一致的平台是CSRS- ppp (SPARK),其次是AUSPOS、BSW- ppp、IBGE- ppp和OPUS。
{"title":"Análise Comparativa da Acurácia Posicional Proporcionada por Plataformas de Processamento de Dados GPS no Posicionamento Relativo e por Ponto Preciso","authors":"Raissa Cruz Ferreira, A. S. Carvalho, V. Cioce, Edvaldo Simões da Fonseca Junior","doi":"10.14393/rbcv74n1-61588","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/rbcv74n1-61588","url":null,"abstract":"Vários serviços de processamento de dados GPS (Global Positioning System) estão disponíveis em plataformas on-line para determinação posicional com uso dos métodos relativo e por ponto preciso (PPP). Devido à gratuidade, facilidade de manuseio e fornecimento de resultados robustos, muitos usuários têm submetido dados GPS coletados em campo para o cálculo das coordenadas geodésicas dos pontos de interesse. O Software Bernese GNSS v.5.2 (BSW) e os serviços/plataformas AUSPOS, IBGE-PPP, CSRS-PPP (SPARK) e OPUS foram utilizados para o processamento das observáveis GPS coletadas em 30 marcos geodésicos, com sessões de observação de 5h, para determinação das coordenadas. Uma análise comparativa da qualidade posicional proporcionada por cada estratégia foi realizada. As discrepâncias posicionais foram calculadas tomando como referência as coordenadas obtidas com uso do Software Bernese no modo Relativo. Os resultados indicam acurácia posicional centimétrica (0,016 m a 0,073 m) para as componentes altimétrica, planimétrica e tridimensional para uso do AUSPOS, BSW-PPP, IBGE-PPP, CSRS-PPP e decimétrica (0,100 m a 0,180 m) para o OPUS, indicando deste modo, potencialidades dos serviços. A plataforma que proporcionou maior concordância posicional em relação aos resultados obtidos pelo BSW- relativo foi o CSRS-PPP (SPARK), seguido pelo AUSPOS, BSW-PPP, IBGE-PPP e OPUS.","PeriodicalId":36183,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cartografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48427107","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
É cada vez mais necessário que processos usados em instrumentação geodésica sejam automatizados, visando a eficiência e redução de tempo de execução. No Brasil e no mundo há diversas normativas que se atém a esta temática, estabelecendo os procedimentos em campo e laboratório para a classificação da componente angular de instrumentos geodésicos. É neste contexto que esta pesquisa projetou e implantou um sistema de classificação da componente angular horizontal de teodolitos e estações totais em laboratório, conjuntamente com a automação do processo de cálculo e emissão de certificado de classificação. Para viabilizar essa proposta, foi reproduzida a mesma condição estabelecida pela NBR 13133/1994 (atualizada em 2021), para uma base de classificação de campo, porém em laboratório, utilizando colimadores para a definição de pontos que serão ocupados pelos alvos (visados). Estes colimadores foram instalados em uma plataforma de concreto, todos no mesmo plano horizontal, de forma que o ângulo horizontal formado entre o primeiro colimador e o último, foi maior que noventa graus. Para garantia da manutenção do mesmo plano horizontal utilizou-se um nível geodésico N3 da Wild. Ao final do processo de coleta de dados (após leituras/medições), estes dados foram inseridos de forma manual pelo operador ou por meio de upload de arquivo com extensão .txt, realizando por meio do MATLAB® (MATrix LABoratory), os cálculos oriundos da Norma e que resultou na emissão automática de um certificado de classificação da componente angular horizontal do instrumento.
{"title":"Implantação de uma Base de Classificação da Componente Angular de Estações Totais e Teodolitos em Laboratório com Uso de Colimadores","authors":"J. Silva, P. Faggion, Alex Soria Medina","doi":"10.14393/rbcv74n1-61571","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/rbcv74n1-61571","url":null,"abstract":"É cada vez mais necessário que processos usados em instrumentação geodésica sejam automatizados, visando a eficiência e redução de tempo de execução. No Brasil e no mundo há diversas normativas que se atém a esta temática, estabelecendo os procedimentos em campo e laboratório para a classificação da componente angular de instrumentos geodésicos. É neste contexto que esta pesquisa projetou e implantou um sistema de classificação da componente angular horizontal de teodolitos e estações totais em laboratório, conjuntamente com a automação do processo de cálculo e emissão de certificado de classificação. Para viabilizar essa proposta, foi reproduzida a mesma condição estabelecida pela NBR 13133/1994 (atualizada em 2021), para uma base de classificação de campo, porém em laboratório, utilizando colimadores para a definição de pontos que serão ocupados pelos alvos (visados). Estes colimadores foram instalados em uma plataforma de concreto, todos no mesmo plano horizontal, de forma que o ângulo horizontal formado entre o primeiro colimador e o último, foi maior que noventa graus. Para garantia da manutenção do mesmo plano horizontal utilizou-se um nível geodésico N3 da Wild. Ao final do processo de coleta de dados (após leituras/medições), estes dados foram inseridos de forma manual pelo operador ou por meio de upload de arquivo com extensão .txt, realizando por meio do MATLAB® (MATrix LABoratory), os cálculos oriundos da Norma e que resultou na emissão automática de um certificado de classificação da componente angular horizontal do instrumento.","PeriodicalId":36183,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cartografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41690667","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
H. Brito, Yáscara Maia Araújo de Brito, Iana Alexandra Alves Rufino
No Semiárido Brasileiro a escassez de água é recorrente, agravada por secas históricas e pelo aumento da demanda de água. Na busca por mitigar tais efeitos, o estudo objetiva elaborar uma dimensão para o Índice de Segurança Hídrica do Brasil (ISH), capaz de representar o risco associado às interferências antrópicas e ao fenômeno da seca na região. A metodologia visa adicionar uma quinta dimensão ao ISH, que considera as dimensões humana, econômica, ecossistêmica e de resiliência. O intuito é aprimorar o mapa de segurança hídrica previsto para o ano de 2035, aplicado à Bacia do Alto Curso do Rio Paraíba. A nova dimensão, denominada Dimensão de Risco, utiliza um produto de uso e cobertura da terra simulado para 2035 e o Mapa Cumulativo de Secas. OS resultados constatam a carência de informações em algumas dimensões do ISH, visto que diversas ottobacias têm o seu ISH representado por apenas uma dimensão. Nesse âmbito, a Dimensão de Risco agregou informações baseada na demanda e oferta de água, ao considerar todas as áreas de uso antrópico e as condições de seca que assolam a região, alterando o ISH de diversas localidades. Logo, o trabalho contribui para refinar o conceito de risco adotado na elaboração do ISH, principalmente para regiões de maior vulnerabilidade climática e social como o Semiárido Brasileiro, onde o risco transcende quantificações de oferta e demanda de água e afeta diretamente o desenvolvimento humano, político e econômico da população, impactando as ações humanas que ocorrem na região e, consequentemente, sua segurança hídrica.
{"title":"O Índice de Segurança Hídrica do Brasil e o Semiárido Brasileiro: Desafios e Riscos Futuros","authors":"H. Brito, Yáscara Maia Araújo de Brito, Iana Alexandra Alves Rufino","doi":"10.14393/rbcv74n1-60928","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/rbcv74n1-60928","url":null,"abstract":"No Semiárido Brasileiro a escassez de água é recorrente, agravada por secas históricas e pelo aumento da demanda de água. Na busca por mitigar tais efeitos, o estudo objetiva elaborar uma dimensão para o Índice de Segurança Hídrica do Brasil (ISH), capaz de representar o risco associado às interferências antrópicas e ao fenômeno da seca na região. A metodologia visa adicionar uma quinta dimensão ao ISH, que considera as dimensões humana, econômica, ecossistêmica e de resiliência. O intuito é aprimorar o mapa de segurança hídrica previsto para o ano de 2035, aplicado à Bacia do Alto Curso do Rio Paraíba. A nova dimensão, denominada Dimensão de Risco, utiliza um produto de uso e cobertura da terra simulado para 2035 e o Mapa Cumulativo de Secas. OS resultados constatam a carência de informações em algumas dimensões do ISH, visto que diversas ottobacias têm o seu ISH representado por apenas uma dimensão. Nesse âmbito, a Dimensão de Risco agregou informações baseada na demanda e oferta de água, ao considerar todas as áreas de uso antrópico e as condições de seca que assolam a região, alterando o ISH de diversas localidades. Logo, o trabalho contribui para refinar o conceito de risco adotado na elaboração do ISH, principalmente para regiões de maior vulnerabilidade climática e social como o Semiárido Brasileiro, onde o risco transcende quantificações de oferta e demanda de água e afeta diretamente o desenvolvimento humano, político e econômico da população, impactando as ações humanas que ocorrem na região e, consequentemente, sua segurança hídrica.","PeriodicalId":36183,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cartografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42954583","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}