Pub Date : 2021-07-23DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.48700
L. Mattei, Vicente Loeblein Heinen
O objetivo principal do artigo é analisar os impactos da reforma trabalhista efetuada no Brasil em 2017 sobre o mercado de trabalho de Santa Catarina. O ponto de partida analítico remonta ao processo de mudanças recentes no mundo do trabalho no âmbito global, bem como ao processo de crise econômica que se estabeleceu no país a partir de 2014. Tal crise encetou a argumentação de setores hegemônicos do capital, juntamente com o governo de plantão à época, de que a solução para o problema do desemprego e da informalidade no Brasil adviria de uma ampla reforma na legislação trabalhista. Tomando como base as informações da PNAD Contínua, são analisados os possíveis impactos das mudanças na legislação trabalhista sobre os níveis de ocupação da força de trabalho e de formalização do emprego no estado catarinense e, a partir dos dados do Caged, sobre o mercado formal de trabalho do estado, articulando particularmente as modalidades do trabalho intermitente e do trabalho parcial. Os resultados indicam que, ao invés de atacar a precarização, a reforma acabou facilitando sua extensão para áreas que antes forneciam um maior grau de segurança aos trabalhadores.
{"title":"IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA NO MERCADO DE TRABALHO DE SANTA CATARINA","authors":"L. Mattei, Vicente Loeblein Heinen","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.48700","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.48700","url":null,"abstract":"O objetivo principal do artigo é analisar os impactos da reforma trabalhista efetuada no Brasil em 2017 sobre o mercado de trabalho de Santa Catarina. O ponto de partida analítico remonta ao processo de mudanças recentes no mundo do trabalho no âmbito global, bem como ao processo de crise econômica que se estabeleceu no país a partir de 2014. Tal crise encetou a argumentação de setores hegemônicos do capital, juntamente com o governo de plantão à época, de que a solução para o problema do desemprego e da informalidade no Brasil adviria de uma ampla reforma na legislação trabalhista. Tomando como base as informações da PNAD Contínua, são analisados os possíveis impactos das mudanças na legislação trabalhista sobre os níveis de ocupação da força de trabalho e de formalização do emprego no estado catarinense e, a partir dos dados do Caged, sobre o mercado formal de trabalho do estado, articulando particularmente as modalidades do trabalho intermitente e do trabalho parcial. Os resultados indicam que, ao invés de atacar a precarização, a reforma acabou facilitando sua extensão para áreas que antes forneciam um maior grau de segurança aos trabalhadores.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123936988","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-23DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.49327
Jonilson de Souza Figueiredo, W. G. Silva, Suzete Câmara da Silva Figueiredo
RESUMO A análise e a avaliação de quais respostas são necessárias para que, nas crises, não se acentuem as desigualdades que vêm integrando a agenda pública. Assim, este artigo analisa a evolução das assimetrias entre gêneros no mercado de trabalho, de 2012 a 2019, para o Rio Grande do Norte (RN), Nordeste (NE) e Brasil (BR). Através de indicadores de assimetria na inserção, na taxa de desocupação e na remuneração média a análise aponta que, apesar da dinâmica favorável aos homens, a redução das desigualdades é característica do período estudado. Isso sugere um progresso no sentido da igualdade de gênero (ODS 5 da Agenda 2030 dos países membro da ONU). Palavras-chave: Mercado de trabalho. Desigualdade de gênero. Indicadores de assimetria.
{"title":"INDICADORES DE ASSIMETRIA DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE PARA O BRASIL, NORDESTE E RIO GRANDE DO NORTE","authors":"Jonilson de Souza Figueiredo, W. G. Silva, Suzete Câmara da Silva Figueiredo","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.49327","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.49327","url":null,"abstract":"RESUMO \u0000 A análise e a avaliação de quais respostas são necessárias para que, nas crises, não se acentuem as desigualdades que vêm integrando a agenda pública. Assim, este artigo analisa a evolução das assimetrias entre gêneros no mercado de trabalho, de 2012 a 2019, para o Rio Grande do Norte (RN), Nordeste (NE) e Brasil (BR). Através de indicadores de assimetria na inserção, na taxa de desocupação e na remuneração média a análise aponta que, apesar da dinâmica favorável aos homens, a redução das desigualdades é característica do período estudado. Isso sugere um progresso no sentido da igualdade de gênero (ODS 5 da Agenda 2030 dos países membro da ONU). \u0000Palavras-chave: Mercado de trabalho. Desigualdade de gênero. Indicadores de assimetria. \u0000 ","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121385270","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-23DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.49911
Ediano Dionisio do Prado
O presente texto, de natureza descritiva, realiza uma revisão bibliográfica de discussões fulcrais da Sociologia do Trabalho, centradas nas metamorfoses da organização produtiva. A dinâmica da relação entre capital e trabalho, as demandas de disciplinamento da mão-de-obra para a produção, a interconexão produtiva global e as configurações sociais, legais e culturais decorrentes mostraram-se pontos cruciais para a compreensão de aspectos evidentes de nossa época. Desta feita, apreendemos algumas características e dinâmicas do Fordismo e do Toyotismo como instrumento metodológico para a compreensão dos impasses e inquietações presentes na contemporaneidade. Na esfera do capital (público e privado) processa-se um ajuste macroeconômico e a reestruturação microorganizacional. No âmbito do trabalho, essas ações produzem uma profunda vulnerabilidade.
{"title":"MUDANÇAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, VULNERABILIDADE SOCIAL E RECOMPOSIÇÃO DE CLASSES NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO","authors":"Ediano Dionisio do Prado","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.49911","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.49911","url":null,"abstract":"O presente texto, de natureza descritiva, realiza uma revisão bibliográfica de discussões fulcrais da Sociologia do Trabalho, centradas nas metamorfoses da organização produtiva. A dinâmica da relação entre capital e trabalho, as demandas de disciplinamento da mão-de-obra para a produção, a interconexão produtiva global e as configurações sociais, legais e culturais decorrentes mostraram-se pontos cruciais para a compreensão de aspectos evidentes de nossa época. Desta feita, apreendemos algumas características e dinâmicas do Fordismo e do Toyotismo como instrumento metodológico para a compreensão dos impasses e inquietações presentes na contemporaneidade. Na esfera do capital (público e privado) processa-se um ajuste macroeconômico e a reestruturação microorganizacional. No âmbito do trabalho, essas ações produzem uma profunda vulnerabilidade.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125226007","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-23DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.41504
Cristiéle De Almeida Vieira, Rodrigo Farias da Silva
A presença de racismo no Brasil é opinião quase unânime entre cientistas sociais. Historicamente, detentores de postos de trabalho precários e mal remunerados, as diferenças de oportunidades profissionais entre negros e brancos tornam-se ainda mais evidentes nas elites ocupacionais do país. Dado a dificuldade de ascensão dos não brancos aos cargos considerados elevados nas empresas e, sendo esse um problema vigente em nossa sociedade, o presente artigo tem como objetivo analisar a evolução da discriminação racial nos postos mais altos hierarquicamente do mercado de trabalho, para os estados brasileiros entre os anos de 2005 a 2015. A metodologia adotada consiste no cálculo do Índice de Hierarquização Racial proposto por Chadaverian (2011). Os resultados apontam que está em curso a queda na desigualdade entre brancos e não brancos no Brasil, porém, a convergência é lenta e descontínua, com significativas disparidades entre os estados e regiões.
{"title":"DESIGUALDADE RACIAL NA ELITE OCUPACIONAL BRASILEIRA: CONSIDERAÇÕES ACERCA DA DISCRIMINAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO 2005-2015","authors":"Cristiéle De Almeida Vieira, Rodrigo Farias da Silva","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.41504","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.41504","url":null,"abstract":"A presença de racismo no Brasil é opinião quase unânime entre cientistas sociais. Historicamente, detentores de postos de trabalho precários e mal remunerados, as diferenças de oportunidades profissionais entre negros e brancos tornam-se ainda mais evidentes nas elites ocupacionais do país. Dado a dificuldade de ascensão dos não brancos aos cargos considerados elevados nas empresas e, sendo esse um problema vigente em nossa sociedade, o presente artigo tem como objetivo analisar a evolução da discriminação racial nos postos mais altos hierarquicamente do mercado de trabalho, para os estados brasileiros entre os anos de 2005 a 2015. A metodologia adotada consiste no cálculo do Índice de Hierarquização Racial proposto por Chadaverian (2011). Os resultados apontam que está em curso a queda na desigualdade entre brancos e não brancos no Brasil, porém, a convergência é lenta e descontínua, com significativas disparidades entre os estados e regiões.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129732516","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-23DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.52377
Jacqueline Aslan Souen
RESUMO: Houve um intenso aumento do emprego formal entre 2003 e 2013, com expressiva elevação dos níveis das remunerações médias e a diminuição da dispersão relativa destas, contribuindo para a elevação do nível de renda da população, com redução da desigualdade, sendo este um aspecto fundamental do caráter socialmente inclusivo do crescimento da economia no período. Essa característica de maior inclusão social foi uma novidade no Brasil, onde aumentos na renda costumavam ser acompanhados de aumento na desigualdade. Contudo, não se verificou uma modificação mais substantiva da distribuição da estrutura ocupacional formal, o que exigiria transformações da distribuição do emprego formal por categoria ocupacional, as quais estão relacionadas não somente a alterações na composição das atividades da economia e na composição das ocupações, mas também a um processo de aperfeiçoamento no sistema de regulação do trabalho, o que forçaria deslocamentos de ocupações entre as categorias ocupacionais definidas conforme a renda média. PALAVRAS-CHAVE: emprego formal; crescimento econômico; inclusão social; mercado de trabalho.
{"title":"EVOLUÇÃO DA COMPOSIÇÃO DAS CATEGORIAS OCUPACIONAIS DO EMPREGO FORMAL, CONFORME OS SETORES DE ATIVIDADE, 2003, 2008 2013","authors":"Jacqueline Aslan Souen","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.52377","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2021v20n1.52377","url":null,"abstract":"RESUMO: Houve um intenso aumento do emprego formal entre 2003 e 2013, com expressiva elevação dos níveis das remunerações médias e a diminuição da dispersão relativa destas, contribuindo para a elevação do nível de renda da população, com redução da desigualdade, sendo este um aspecto fundamental do caráter socialmente inclusivo do crescimento da economia no período. Essa característica de maior inclusão social foi uma novidade no Brasil, onde aumentos na renda costumavam ser acompanhados de aumento na desigualdade. Contudo, não se verificou uma modificação mais substantiva da distribuição da estrutura ocupacional formal, o que exigiria transformações da distribuição do emprego formal por categoria ocupacional, as quais estão relacionadas não somente a alterações na composição das atividades da economia e na composição das ocupações, mas também a um processo de aperfeiçoamento no sistema de regulação do trabalho, o que forçaria deslocamentos de ocupações entre as categorias ocupacionais definidas conforme a renda média. \u0000 \u0000PALAVRAS-CHAVE: emprego formal; crescimento econômico; inclusão social; mercado de trabalho.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132342214","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-08-31DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.52169
M. Hopp
O objetivo do artigo é problematizar as formas de proteção social do trabalho autogestionário implementadas na Argentina entre 2003 e 2019. Especificamente, consideramos as novas formas de proteção criadas a partir do processo de institucionalização das politicas da economia social e da economia popular. A análise aborda dois problemas que devem ser considerados para avançar na construção de sistemas de proteção social iguais e de qualidade, com base no reconhecimento da natureza particular do trabalho autogestionário: 1) a tensão entre trabalho e assistência nas políticas para promover a economia social e a economia popular na Argentina; e 2) os limites do trabalho assalariado como horizonte de significado na definição do sujeito da proteção e nas estratégias estatais implantadas.
{"title":"PROTECCIÓN SOCIAL Y POLÍTICAS DE PROMOCIÓN DE LA ECONOMÍA SOCIAL Y POPULAR EN ARGENTINA","authors":"M. Hopp","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.52169","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.52169","url":null,"abstract":"O objetivo do artigo é problematizar as formas de proteção social do trabalho autogestionário implementadas na Argentina entre 2003 e 2019. Especificamente, consideramos as novas formas de proteção criadas a partir do processo de institucionalização das politicas da economia social e da economia popular. A análise aborda dois problemas que devem ser considerados para avançar na construção de sistemas de proteção social iguais e de qualidade, com base no reconhecimento da natureza particular do trabalho autogestionário: 1) a tensão entre trabalho e assistência nas políticas para promover a economia social e a economia popular na Argentina; e 2) os limites do trabalho assalariado como horizonte de significado na definição do sujeito da proteção e nas estratégias estatais implantadas.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115392947","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-08-31DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.49175
P. Duarte, M. Loural
A aprovação, no Brasil, das leis número 13.429 – que alterou dispositivos da lei que dispunha sobre o trabalho temporário nas empresas urbanas - e 13.467 – que alterou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) -, ambas de 2017, teve como objetivo promover a flexibilização das leis trabalhistas - sendo seu conjunto denominado como reforma trabalhista - com argumentos sobre a necessidade de se modernizar a CLT para adequá-la e adaptá-la ao cenário competitivo atual e, portanto, às novas condições sobre as quais operam a relação capital-trabalho. Uma vez que a reforma entrou em vigor no final de 2017, e considerando que quaisquer observações a respeito dos efeitos da reforma seriam preliminares e inconclusivos, o presente trabalho se propõe a lançar uma metodologia de acompanhamento do mercado de trabalho formal no Brasil para identificar os resultados da reforma a médio/longo prazo.
{"title":"REFORMA TRABALHISTA NO BRASIL","authors":"P. Duarte, M. Loural","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.49175","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.49175","url":null,"abstract":"A aprovação, no Brasil, das leis número 13.429 – que alterou dispositivos da lei que dispunha sobre o trabalho temporário nas empresas urbanas - e 13.467 – que alterou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) -, ambas de 2017, teve como objetivo promover a flexibilização das leis trabalhistas - sendo seu conjunto denominado como reforma trabalhista - com argumentos sobre a necessidade de se modernizar a CLT para adequá-la e adaptá-la ao cenário competitivo atual e, portanto, às novas condições sobre as quais operam a relação capital-trabalho. Uma vez que a reforma entrou em vigor no final de 2017, e considerando que quaisquer observações a respeito dos efeitos da reforma seriam preliminares e inconclusivos, o presente trabalho se propõe a lançar uma metodologia de acompanhamento do mercado de trabalho formal no Brasil para identificar os resultados da reforma a médio/longo prazo. ","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129663263","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-08-31DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.52330
C. M. Silva
O presente trabalho é fruto de ações extensionistas promovidas pela Universidade do Estado de Minas Gerais, em parceria com organizações da sociedade civil e gestores públicos tendo como público alvo organizações de catadores de recicláveis. Priorizamos analisar situações de desproteção social das mulheres, suas lutas por inclusão socioprodutiva e acesso a direitos. O acompanhamento feito às organizações de catadores foi realizado no período 2011-2017, a partir de metodologias participativas e de pesquisa-ação, sendo adotadas as seguintes estratégias metodológicas: participação em reuniões, observação direta nos espaços de trabalho, diário de campo com registro de informações e observação participante. Os resultados apontam a economia solidária como elemento importante para o protagonismo das mulheres em seus processos organizativos frente a ausência do Estado e de políticas públicas emancipatórias. Palavras-chave: Mulheres; Economia Solidária; Desproteção social; Políticas Públicas; Cidadania.
{"title":"TRABALHO, ECONOMIA SOLIDÁRIA E DESPROTEÇÃO SOCIAL: REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO DE CATADORAS DE RECICLÁVEIS EM SUAS LUTAS POR INCLUSÃO SOCIOPRODUTIVA E ACESSO A DIREITOS","authors":"C. M. Silva","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.52330","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.52330","url":null,"abstract":"O presente trabalho é fruto de ações extensionistas promovidas pela Universidade do Estado de Minas Gerais, em parceria com organizações da sociedade civil e gestores públicos tendo como público alvo organizações de catadores de recicláveis. Priorizamos analisar situações de desproteção social das mulheres, suas lutas por inclusão socioprodutiva e acesso a direitos. O acompanhamento feito às organizações de catadores foi realizado no período 2011-2017, a partir de metodologias participativas e de pesquisa-ação, sendo adotadas as seguintes estratégias metodológicas: participação em reuniões, observação direta nos espaços de trabalho, diário de campo com registro de informações e observação participante. Os resultados apontam a economia solidária como elemento importante para o protagonismo das mulheres em seus processos organizativos frente a ausência do Estado e de políticas públicas emancipatórias. \u0000Palavras-chave: Mulheres; Economia Solidária; Desproteção social; Políticas Públicas; Cidadania.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"71 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116018091","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-08-31DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.52350
Luciana Garcia de Mello
Esse artigo procura analisar a relação entre a reforma trabalhista e o processo de generalização da desproteção social. Procurou-se demonstrar que com o desenvolvimento do capitalismo e da industrialização foi sendo estabelecido um elo entre trabalho e proteção social. No entanto, a partir dos anos 1970, diante da crise estrutural do capital, esse panorama muda e o conflito entre capital e trabalho volta a tornar-se cada vez mais desregulamentado. O horizonte normativo que havia sido construído pela luta da classe trabalhadora se esmaece e trabalhadores historicamente inseridos informalmente e de forma precária, como é o caso dos negros, deixam de vislumbrar em seu horizonte a possibilidade de diminuição das desigualdades que os separam dos brancos. Ao contrário, o que se assiste é uma mudança estrutural, que provoca um devir negro do mundo, indicando assim uma tendência de que a condição da população negra se alastre para boa parte dos trabalhadores.
{"title":"REFORMA TRABALHISTA E DESPROTEÇÃO SOCIAL: UM DEVIR NEGRO DO MUNDO","authors":"Luciana Garcia de Mello","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.52350","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.52350","url":null,"abstract":"Esse artigo procura analisar a relação entre a reforma trabalhista e o processo de generalização da desproteção social. Procurou-se demonstrar que com o desenvolvimento do capitalismo e da industrialização foi sendo estabelecido um elo entre trabalho e proteção social. No entanto, a partir dos anos 1970, diante da crise estrutural do capital, esse panorama muda e o conflito entre capital e trabalho volta a tornar-se cada vez mais desregulamentado. O horizonte normativo que havia sido construído pela luta da classe trabalhadora se esmaece e trabalhadores historicamente inseridos informalmente e de forma precária, como é o caso dos negros, deixam de vislumbrar em seu horizonte a possibilidade de diminuição das desigualdades que os separam dos brancos. Ao contrário, o que se assiste é uma mudança estrutural, que provoca um devir negro do mundo, indicando assim uma tendência de que a condição da população negra se alastre para boa parte dos trabalhadores.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"78 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116305688","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-08-31DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.51283
Johanna Maldován Bonelli, Nora Goren
Los cambios acontecidos en el mundo del trabajo –signados por la existencia de una importante fracción de la clase trabajadora que se encuentra por fuera de la relación salarial- han abierto un conjunto de interrogantes acerca del papel del sindicalismo en la representación de este sector. En este marco, este artículo analiza las estrategias de representación sindical llevadas a cabo por la Unión Obrera Ladrillera de la República Argentina para representar tanto a trabajadores/as asalariados/as como a los/as de la economía popular, en el período 2013-2019. Se propone que la articulación de ambos sujetos de representación se sustenta en dos dimensiones transversales a la actividad: la territorialidad y “la familia”. En este artículo se recuperan entrevistas en profundidad realizadas con integrantes de la conducción nacional de la UOLRA, delegados/as y trabajadores/as de unidades productivas fabriles y familiares de las provincias de Buenos Aires, Entre Ríos y Córdoba.
工作世界的变化——其特点是存在着相当一部分工人阶级,他们不在工资关系之外——引发了一系列关于工会主义在代表这一部门中所起作用的问题。在此背景下,本文分析了阿根廷共和国工会(union Obrera Ladrillera de la republica Argentina)在2013-2019年期间实施的工会代表策略,以代表受薪工人和大众经济中的工人。本文提出,这两个表现主体的衔接是基于活动的两个横向维度:领土和“家庭”。本文对布宜诺斯艾利斯、恩特雷rios和cordoba省的UOLRA全国领导成员、工厂和家庭生产单位的代表和工人进行了深入采访。
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