Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41173
Ana Paula Fregnani Colombi, Lucila D’Urso
Neste artigo, tem-se como objetivo investigar em que medida a atuação da CUT e da CGT alterou a agenda do trabalho dos governos petistas e kirchneristas entre 2003 e 2014 e, ainda, indagar se suas práticas, seus discursos e seus resultados podem ser interpretados como um processo de revitalização ou recuperação sindical no Brasil e na Argentina. Em primeiro lugar, analisam-se as transformações no mercado e nas relações de trabalho. Num segundo momento, mapeiam-se as ações das centrais frente aos principais embates em torno dos aspectos centrais da relação de emprego. A pesquisa mostra que as reivindicações da CUT e da CGT se concentram majoritariamente no campo econômico, sem lograr maiores mudanças nos elementos que versam sobre as condições de trabalho, suas modalidades de contratação e a jornada laboral. Ambas as centrais privilegiaram uma atuação no âmbito institucional, o que limitou a capacidade de o movimento sindical reverter o processo de flexibilização das relações laborais, permitindo problematizar a tese da revitalização sindical nesses países.
{"title":"AÇÃO SINDICAL NA ARGENTINA E NO BRASIL: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS CASOS DA CUT E DA CGT NO ALVORECER DO SÉCULO XXI","authors":"Ana Paula Fregnani Colombi, Lucila D’Urso","doi":"10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41173","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41173","url":null,"abstract":"Neste artigo, tem-se como objetivo investigar em que medida a atuação da CUT e da CGT alterou a agenda do trabalho dos governos petistas e kirchneristas entre 2003 e 2014 e, ainda, indagar se suas práticas, seus discursos e seus resultados podem ser interpretados como um processo de revitalização ou recuperação sindical no Brasil e na Argentina. Em primeiro lugar, analisam-se as transformações no mercado e nas relações de trabalho. Num segundo momento, mapeiam-se as ações das centrais frente aos principais embates em torno dos aspectos centrais da relação de emprego. A pesquisa mostra que as reivindicações da CUT e da CGT se concentram majoritariamente no campo econômico, sem lograr maiores mudanças nos elementos que versam sobre as condições de trabalho, suas modalidades de contratação e a jornada laboral. Ambas as centrais privilegiaram uma atuação no âmbito institucional, o que limitou a capacidade de o movimento sindical reverter o processo de flexibilização das relações laborais, permitindo problematizar a tese da revitalização sindical nesses países.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133658035","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41172
Priscila De Souza Silva, Francisco Demetrius Monteiro Rodrigues, Arlindo Vicente de Andrade Neto, Silvana Nunes de Queiróz
O objetivo principal deste estudo é analisar a evolução da participação feminina em relação à masculina no setor bancário brasileiro, bem como traçar o perfil demográfico e socioeconômico dos ocupados em tal atividade, durante os anos de 1994, 2004 e 2014. Para tanto, a principal fonte de dados é a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os principais resultados mostram que os bancos permanecem ligeiramente masculinos (51,05%), com pequena diferença em relação à participação feminina, isto porque, ao longo dos anos, elas conquistam espaço nesse segmento. Com relação às demais características pessoais, em 2014, são maioria as pessoas na faixa etária de 30 a 39 anos (sejam homens ou mulheres), que permanecem cinco anos ou mais no mesmo emprego e que possuem nível superior completo, sendo que o contingente feminino com esse nível de instrução é maior quando comparado ao masculino. A maior diferença observada é no tocante aos cargos e rendimentos, onde eles são maioria nas ocupações de maior projeção social e econômica (diretoria e gerência), e com isso auferem maiores rendimentos, apesar de elas serem mais instruídas, mesmo quando ocupam o mesmo posto de trabalho. Ademais, foi possível constatar piora no emprego bancário brasileiro, tanto para homens quanto para mulheres, principalmente no tocante ao achatamento salarial.
{"title":"MULHERES BANCÁRIAS NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO","authors":"Priscila De Souza Silva, Francisco Demetrius Monteiro Rodrigues, Arlindo Vicente de Andrade Neto, Silvana Nunes de Queiróz","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41172","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41172","url":null,"abstract":"O objetivo principal deste estudo é analisar a evolução da participação feminina em relação à masculina no setor bancário brasileiro, bem como traçar o perfil demográfico e socioeconômico dos ocupados em tal atividade, durante os anos de 1994, 2004 e 2014. Para tanto, a principal fonte de dados é a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os principais resultados mostram que os bancos permanecem ligeiramente masculinos (51,05%), com pequena diferença em relação à participação feminina, isto porque, ao longo dos anos, elas conquistam espaço nesse segmento. Com relação às demais características pessoais, em 2014, são maioria as pessoas na faixa etária de 30 a 39 anos (sejam homens ou mulheres), que permanecem cinco anos ou mais no mesmo emprego e que possuem nível superior completo, sendo que o contingente feminino com esse nível de instrução é maior quando comparado ao masculino. A maior diferença observada é no tocante aos cargos e rendimentos, onde eles são maioria nas ocupações de maior projeção social e econômica (diretoria e gerência), e com isso auferem maiores rendimentos, apesar de elas serem mais instruídas, mesmo quando ocupam o mesmo posto de trabalho. Ademais, foi possível constatar piora no emprego bancário brasileiro, tanto para homens quanto para mulheres, principalmente no tocante ao achatamento salarial.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129951526","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41175
Aparecida Neri De Souza, M. R. Lombardi
{"title":"Apresentação","authors":"Aparecida Neri De Souza, M. R. Lombardi","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41175","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41175","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"50 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130029165","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41160
H. Hirata
O desenvolvimento do trabalho doméstico remunerado e do trabalho de cuidado nos últimos anos não se deve apenas, como se diz frequentemente, ao aumento do trabalho remunerado das mulheres e ao envelhecimento notável da população nos países industrializados, mas também é uma consequência da precarização do trabalho e do impacto do desemprego. Tal precarização não é apenas o resultado de um processo interno às sociedades estudadas, mas é também o fruto das “cadeias globais de afeto e de assistência” às quais se referem Cristina Carrasco e Arlie Hochschild. Para analisar o trabalho de cuidado como trabalho realizado principalmente por mulheres, negras, imigrantes e pobres, utilizaremos a teoria da interseccionalidade ou da consubstancialidade, que parte da afirmação da interdependência das relações de poder de gênero, raça e classe (KERGOAT).
{"title":"DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, PRECARIZAÇÃO E DESIGUALDADES INTERSECCIONAIS","authors":"H. Hirata","doi":"10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41160","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41160","url":null,"abstract":"O desenvolvimento do trabalho doméstico remunerado e do trabalho de cuidado nos últimos anos não se deve apenas, como se diz frequentemente, ao aumento do trabalho remunerado das mulheres e ao envelhecimento notável da população nos países industrializados, mas também é uma consequência da precarização do trabalho e do impacto do desemprego. Tal precarização não é apenas o resultado de um processo interno às sociedades estudadas, mas é também o fruto das “cadeias globais de afeto e de assistência” às quais se referem Cristina Carrasco e Arlie Hochschild. Para analisar o trabalho de cuidado como trabalho realizado principalmente por mulheres, negras, imigrantes e pobres, utilizaremos a teoria da interseccionalidade ou da consubstancialidade, que parte da afirmação da interdependência das relações de poder de gênero, raça e classe (KERGOAT).","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132812636","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41161
B. Castro
Este trabalho apresenta o desenho da divisão sexual do trabalho na área de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil, a partir de um estudo empírico realizado nas cidades de São Paulo e Campinas (SP). As mulheres se concentram nas funções denominadas como softs (analistas de sistemas, líderes e gerentes de equipes), enquanto os homens se concentram nas chamadas funções hards (programação, bancos de dados, redes). Tal desenho deriva da naturalização da relação estabelecida socialmente entre uma ideia fixa de masculinidade e de tecnologia. Proponho uma reflexão sobre a naturalização do trabalho emocional contido no relacionamento cliente-empresas-equipe organizado nas funções softs e em sua consequente feminização. O artigo busca contribuir para a compreensão do movimento contraditório que a reprodução das relações de gênero opera na esfera do trabalho. Pois, ao mesmo tempo em que as mulheres estão concentradas em funções que se distanciam da ideia hard de TI, a ideia de que elas desempenham melhor as tarefas de comunicação e resolução de conflito as possibilita ingressar em cargos de chefia.
{"title":"FEMINIZANDO CHEFIAS? UMA ANÁLISE DA DINÂMICA DA DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO NO SETOR DE TI","authors":"B. Castro","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41161","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41161","url":null,"abstract":"Este trabalho apresenta o desenho da divisão sexual do trabalho na área de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil, a partir de um estudo empírico realizado nas cidades de São Paulo e Campinas (SP). As mulheres se concentram nas funções denominadas como softs (analistas de sistemas, líderes e gerentes de equipes), enquanto os homens se concentram nas chamadas funções hards (programação, bancos de dados, redes). Tal desenho deriva da naturalização da relação estabelecida socialmente entre uma ideia fixa de masculinidade e de tecnologia. Proponho uma reflexão sobre a naturalização do trabalho emocional contido no relacionamento cliente-empresas-equipe organizado nas funções softs e em sua consequente feminização. O artigo busca contribuir para a compreensão do movimento contraditório que a reprodução das relações de gênero opera na esfera do trabalho. Pois, ao mesmo tempo em que as mulheres estão concentradas em funções que se distanciam da ideia hard de TI, a ideia de que elas desempenham melhor as tarefas de comunicação e resolução de conflito as possibilita ingressar em cargos de chefia.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"415 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124819247","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41162
M. R. Lombardi, V. Campos
O objetivo do nosso artigo foi conhecer a organização das três principais profissões do campo da Enfermagem: enfermeiros/as de nível superior, técnicos/as em enfermagem e auxiliares de enfermagem. Investigamos a configuração histórica dessas ocupações, desde o Brasil colônia até os dias de hoje e, levando em conta as relações de gênero, raça/cor e classe social, demonstramos como a divisão técnica interna do trabalho se hierarquizou a partir das e sobre tais relações. A escolha pela enfermagem se deu por ser esta uma área de trabalho tradicionalmente feminina, e discorremos um pouco sobre as motivações culturais disso ao longo do texto. A partir de pesquisa documental, revisão da literatura e buscas on-line, selecionamos as peças que fundamentaram nossas análises. Além disso, apresentamos algumas estatísticas de 2015 da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho – que fundamentam em termos estatísticos nossa hipótese de segmentação.
{"title":"A ENFERMAGEM NO BRASIL E OS CONTORNOS DE GÊNERO, RAÇA/COR E CLASSE SOCIAL NA FORMAÇÃO DO CAMPO PROFISSIONAL","authors":"M. R. Lombardi, V. Campos","doi":"10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41162","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41162","url":null,"abstract":"O objetivo do nosso artigo foi conhecer a organização das três principais profissões do campo da Enfermagem: enfermeiros/as de nível superior, técnicos/as em enfermagem e auxiliares de enfermagem. Investigamos a configuração histórica dessas ocupações, desde o Brasil colônia até os dias de hoje e, levando em conta as relações de gênero, raça/cor e classe social, demonstramos como a divisão técnica interna do trabalho se hierarquizou a partir das e sobre tais relações. A escolha pela enfermagem se deu por ser esta uma área de trabalho tradicionalmente feminina, e discorremos um pouco sobre as motivações culturais disso ao longo do texto. A partir de pesquisa documental, revisão da literatura e buscas on-line, selecionamos as peças que fundamentaram nossas análises. Além disso, apresentamos algumas estatísticas de 2015 da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho – que fundamentam em termos estatísticos nossa hipótese de segmentação.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115565617","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41163
Régine Bercot
As diferenças de lugar entre homens e mulheres na divisão do trabalho são conhecidas. Esta contribuição parte do fato de que além dessa diferença de lugar, a diferença de tratamento e de consideração de que as mulheres são objeto também podem ter um efeito sobre sua saúde. Este aspecto é ainda pouco estudado. Quais mecanismos afetam a saúde das mulheres? Este artigo analisa os processos de deterioração da saúde ligados às condições de atividade, de entrada no trabalho, os tipos de relações no trabalho.
{"title":"CONSIDERAR O GÊNERO NO ESTUDO DO MAL-ESTAR NO TRABALHO: QUAIS OS DESAFIOS, QUAIS AS PERSPECTIVAS?","authors":"Régine Bercot","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41163","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41163","url":null,"abstract":"As diferenças de lugar entre homens e mulheres na divisão do trabalho são conhecidas. Esta contribuição parte do fato de que além dessa diferença de lugar, a diferença de tratamento e de consideração de que as mulheres são objeto também podem ter um efeito sobre sua saúde. Este aspecto é ainda pouco estudado. Quais mecanismos afetam a saúde das mulheres? Este artigo analisa os processos de deterioração da saúde ligados às condições de atividade, de entrada no trabalho, os tipos de relações no trabalho.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129151147","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41165
Roberto Heloani
Intenta-se, neste artigo, discutir as formas utilizadas no encobrimento das relações sociais que determinam os suicídios no trabalho. Nas últimas décadas, vários casos de suicídio laboral ocorreram em nosso país no setor bancário. No Brasil, tivemos casos emblemáticos na década de 1990: um banco público, que possuía uma cultura de respeito aos direitos trabalhistas e empática aos seus funcionários, viu-se sujeito de um amplo processo de reestruturação no qual a ferramenta principal consistia em um PDV (Programa de Desligamento Voluntário). A direção da instituição alegou que necessitava “modernizar-se” e para isso fazia-se necessário “renovar seu quadro de funcionários”. Para os recalcitrantes em permanecer na instituição, “procedimentos motivacionais” foram adotados e “estímulos” utilizados, tal como repreender o funcionário na presença do “amigo cliente”, xingamentos, desqualificações, isolamentos etc. Deste modo, o artigo aponta para a necessidade de se conhecer melhor as causas dos suicídios no trabalho.
{"title":"PDV: VIOLÊNCIA E HUMILHAÇÃO","authors":"Roberto Heloani","doi":"10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41165","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2018v17n1.41165","url":null,"abstract":"Intenta-se, neste artigo, discutir as formas utilizadas no encobrimento das relações sociais que determinam os suicídios no trabalho. Nas últimas décadas, vários casos de suicídio laboral ocorreram em nosso país no setor bancário. No Brasil, tivemos casos emblemáticos na década de 1990: um banco público, que possuía uma cultura de respeito aos direitos trabalhistas e empática aos seus funcionários, viu-se sujeito de um amplo processo de reestruturação no qual a ferramenta principal consistia em um PDV (Programa de Desligamento Voluntário). A direção da instituição alegou que necessitava “modernizar-se” e para isso fazia-se necessário “renovar seu quadro de funcionários”. Para os recalcitrantes em permanecer na instituição, “procedimentos motivacionais” foram adotados e “estímulos” utilizados, tal como repreender o funcionário na presença do “amigo cliente”, xingamentos, desqualificações, isolamentos etc. Deste modo, o artigo aponta para a necessidade de se conhecer melhor as causas dos suicídios no trabalho.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124100830","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41164
Aurélie Jeantet
Este texto esclarece os diferentes status das emoções: efeitos, frequentemente patógenos, das organizações e reveladores da crise do mundo do trabalho (sofrimento, burn out, RPS, estresse…), também desempenham papéis positivos no trabalho, para avaliar situações, tomar decisões, cooperar ou compreender outrem. Assim podem ser consideradas objetos, produtos, know-how, instrumentos, mas também resistência. Embora socialmente determinadas, as emoções são, em parte, imprevisíveis e rebeldes. Individualmente, certos sentimentos de padecimento sentidos na carne podem ser considerados como uma forma de resistência (às formas de gerenciamento, às injunções produtivas...), cujo custo subjetivo pode ser muito elevado. Ao se agregar coletivamente, o sentimento de injustiça, por exemplo, está na base de movimentos sociais (motins) e de contestação crítica.
{"title":"DAS EMOÇÕES CRÍTICAS: DA CRISE À RESISTÊNCIA","authors":"Aurélie Jeantet","doi":"10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41164","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41164","url":null,"abstract":"Este texto esclarece os diferentes status das emoções: efeitos, frequentemente patógenos, das organizações e reveladores da crise do mundo do trabalho (sofrimento, burn out, RPS, estresse…), também desempenham papéis positivos no trabalho, para avaliar situações, tomar decisões, cooperar ou compreender outrem. Assim podem ser consideradas objetos, produtos, know-how, instrumentos, mas também resistência. Embora socialmente determinadas, as emoções são, em parte, imprevisíveis e rebeldes. Individualmente, certos sentimentos de padecimento sentidos na carne podem ser considerados como uma forma de resistência (às formas de gerenciamento, às injunções produtivas...), cujo custo subjetivo pode ser muito elevado. Ao se agregar coletivamente, o sentimento de injustiça, por exemplo, está na base de movimentos sociais (motins) e de contestação crítica.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"65 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125819179","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41170
Guilherme Amelio Milian
Desde 1999, a OIT vem fazendo esforços para promover a geração de “trabalho decente”. Fora da “nata” do emprego formal, encontram-se trabalhadores em situação precária, o que reforça a necessidade de um indicativo dos ares que envolvem o emprego digno. Dessa maneira, o objetivo geral deste artigo é o de verificar a qualidade do trabalho entre as regiões metropolitanas (RMs), por meio de um índice-síntese de trabalho decente, com metodologia semelhante ao IDH. Utilizaram-se os microdados da PNAD/IBGE dos anos de 2005 e 2014 de nove das principais metrópoles de diferentes regiões do país. O índice-síntese de trabalho decente final é composto por três índices calculados de acordo com os pilares do conceito, a saber: Emprego, Direitos e Princípios Fundamentais no Trabalho e Segurança Social + Diálogo Social. Finalmente, o índice-síntese calculado revelou uma qualidade muito baixa nas seguintes RMs: de Belém, de Fortaleza, do Recife, de Salvador e do Rio de Janeiro.
{"title":"ÍNDICE-SÍNTESE DE TRABALHO DECENTE: UMA COMPARAÇÃO ENTRE REGIÕES METROPOLITANAS (20052014)","authors":"Guilherme Amelio Milian","doi":"10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41170","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1676-4439.2018V17N1.41170","url":null,"abstract":"Desde 1999, a OIT vem fazendo esforços para promover a geração de “trabalho decente”. Fora da “nata” do emprego formal, encontram-se trabalhadores em situação precária, o que reforça a necessidade de um indicativo dos ares que envolvem o emprego digno. Dessa maneira, o objetivo geral deste artigo é o de verificar a qualidade do trabalho entre as regiões metropolitanas (RMs), por meio de um índice-síntese de trabalho decente, com metodologia semelhante ao IDH. Utilizaram-se os microdados da PNAD/IBGE dos anos de 2005 e 2014 de nove das principais metrópoles de diferentes regiões do país. O índice-síntese de trabalho decente final é composto por três índices calculados de acordo com os pilares do conceito, a saber: Emprego, Direitos e Princípios Fundamentais no Trabalho e Segurança Social + Diálogo Social. Finalmente, o índice-síntese calculado revelou uma qualidade muito baixa nas seguintes RMs: de Belém, de Fortaleza, do Recife, de Salvador e do Rio de Janeiro.","PeriodicalId":363760,"journal":{"name":"Revista da ABET","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122063141","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}