Orquídea Moreira Ribeiro Moreira Ribeiro, Fernando Alberto Torres Moreira, Susana Pimenta
O Estado Novo português, mediante a Constituição de 1933, advogava a igualdade de direitos dos indivíduos, embora com restrições para o género feminino. Apresentar uma visão de Portugal a partir de um enfoque feminino, num país e numa época em que ser mulher era quase não existir, foi motivo para que Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno fossem perseguidas, repudiadas e maltratadas pela sua condição feminina; situação semelhante viveu Natália Correia que, em 1966, editara uma seleção de textos eróticos, uma óbvia provocação à moral da época. A partir de uma hermenêutica textual e documental, pretende-se abordar exemplos de resistência cultural configurados pelas publicações das autoras referenciadas, comprovando a situação efetiva de exclusão e diferenciação praticadas pelo Estado Novo em Portugal. Conclui-se que a dissidência cultural protagonizada por estas mulheres afigura-se como o primeiro passo alinhado com a luta pela igualdade de direitos na restante Europa.
根据1933年的宪法,新葡萄牙国家主张个人权利平等,尽管对女性有限制。玛丽亚·特蕾莎·奥尔塔(Maria Teresa Horta)、玛丽亚·韦洛·达·科斯塔(Maria Velho da Costa)和玛丽亚·伊莎贝尔·巴里诺(Maria Isabel Barreno)因为她们的女性身份而受到迫害、否认和虐待,从女性的角度呈现葡萄牙的愿景,在一个几乎不存在女性身份的国家;类似的情况也发生在natalia Correia身上,她在1966年编辑了一些色情文本,这显然是对当时道德的挑衅。从文本和文献诠释学的角度,我们打算解决参考作者的出版物所配置的文化抵抗的例子,证明葡萄牙新国家所实践的排斥和分化的有效情况。我们的结论是,由这些女性主导的文化异议似乎是欧洲其他国家争取平等权利的第一步。
{"title":"RESISTÊNCIA NO FEMININO DURANTE O ESTADO NOVO EM PORTUGAL: AS ‘TRÊS MARIAS’ E NATÁLIA CORREIA","authors":"Orquídea Moreira Ribeiro Moreira Ribeiro, Fernando Alberto Torres Moreira, Susana Pimenta","doi":"10.25112/rco.v2.3365","DOIUrl":"https://doi.org/10.25112/rco.v2.3365","url":null,"abstract":"O Estado Novo português, mediante a Constituição de 1933, advogava a igualdade de direitos dos indivíduos, embora com restrições para o género feminino. Apresentar uma visão de Portugal a partir de um enfoque feminino, num país e numa época em que ser mulher era quase não existir, foi motivo para que Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno fossem perseguidas, repudiadas e maltratadas pela sua condição feminina; situação semelhante viveu Natália Correia que, em 1966, editara uma seleção de textos eróticos, uma óbvia provocação à moral da época. A partir de uma hermenêutica textual e documental, pretende-se abordar exemplos de resistência cultural configurados pelas publicações das autoras referenciadas, comprovando a situação efetiva de exclusão e diferenciação praticadas pelo Estado Novo em Portugal. Conclui-se que a dissidência cultural protagonizada por estas mulheres afigura-se como o primeiro passo alinhado com a luta pela igualdade de direitos na restante Europa.","PeriodicalId":36929,"journal":{"name":"Revista Conhecimento Online","volume":"54 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73819591","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Laura Moraes Ribeiro, Rita de Cassia Sobreira Lopes
A relevância de investigar as experiências de mulheres que escolheram não ter filhos destaca-se pela permanência da expectativa social em torno da maternidade, apesar do aumento da opção de não ter filhos. Atesta-se a importância de compreender o que tem sido investigado nos cenários nacional e internacional para destacar os avanços na área e os aspectos que devem nortear as próximas investigações. Assim, este trabalho tem por objetivo apresentar uma revisão sistemática da literatura nacional e internacional acerca da experiência de mulheres que escolheram não ter filhos. Foi utilizada a base de dados internacional PsycInfo, utilizando os descritores: “Childfree”, “Childless by choice”, “Voluntary childless”. E as bases de dados nacionais Lilacs, Scielo e Pepsic, utilizando o descritor: “não-maternidade”. Foram incluídos artigos empíricos, publicados entre 2010 e 2020, nos idiomas inglês, português e espanhol. Ao total foram selecionados 14 artigos para esta revisão. Trata-se de pesquisas qualitativas acerca da experiência destas mulheres, em que se foca nas motivações, no processo de decisão, na percepção de maternidade e nas repercussões desta escolha nos relacionamentos estabelecidos por estas mulheres. Os estudos internacionais tem demonstrado tendências teóricas e metodológicas que não são utilizadas no contexto nacional, como a descrição detalhada das participantes e a utilização de teorias de gênero e da sexualidade. Portanto, ressalta-se a importância de realização de mais estudos, sobretudo no contexto brasileiro, considerando a escassez da literatura nacional sobre esse fenômeno. Ressalta-se a importância de utilizar determinadas tendências propostas pelos estudos internacionais, pois representam uma complexificação dos estudos na área. Palavras-chave: Não-maternidade; Mulheres; Revisão de literatura
{"title":"A EXPERIÊNCIA DE MULHERES QUE ESCOLHERAM NÃO TER FILHOS: UMA REVISÃO DE ESTUDOS EMPÍRICOS","authors":"Laura Moraes Ribeiro, Rita de Cassia Sobreira Lopes","doi":"10.25112/rco.v2.3396","DOIUrl":"https://doi.org/10.25112/rco.v2.3396","url":null,"abstract":"A relevância de investigar as experiências de mulheres que escolheram não ter filhos destaca-se pela permanência da expectativa social em torno da maternidade, apesar do aumento da opção de não ter filhos. Atesta-se a importância de compreender o que tem sido investigado nos cenários nacional e internacional para destacar os avanços na área e os aspectos que devem nortear as próximas investigações. Assim, este trabalho tem por objetivo apresentar uma revisão sistemática da literatura nacional e internacional acerca da experiência de mulheres que escolheram não ter filhos. Foi utilizada a base de dados internacional PsycInfo, utilizando os descritores: “Childfree”, “Childless by choice”, “Voluntary childless”. E as bases de dados nacionais Lilacs, Scielo e Pepsic, utilizando o descritor: “não-maternidade”. Foram incluídos artigos empíricos, publicados entre 2010 e 2020, nos idiomas inglês, português e espanhol. Ao total foram selecionados 14 artigos para esta revisão. Trata-se de pesquisas qualitativas acerca da experiência destas mulheres, em que se foca nas motivações, no processo de decisão, na percepção de maternidade e nas repercussões desta escolha nos relacionamentos estabelecidos por estas mulheres. Os estudos internacionais tem demonstrado tendências teóricas e metodológicas que não são utilizadas no contexto nacional, como a descrição detalhada das participantes e a utilização de teorias de gênero e da sexualidade. Portanto, ressalta-se a importância de realização de mais estudos, sobretudo no contexto brasileiro, considerando a escassez da literatura nacional sobre esse fenômeno. Ressalta-se a importância de utilizar determinadas tendências propostas pelos estudos internacionais, pois representam uma complexificação dos estudos na área.\u0000Palavras-chave: Não-maternidade; Mulheres; Revisão de literatura","PeriodicalId":36929,"journal":{"name":"Revista Conhecimento Online","volume":"60 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74340229","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sabela Pérez-Martín, Iria Vázquez Silva, Carmen Verde-Diego
Los mitos sexistas ejercen una influencia significativa en el imaginario colectivo en relación con la violencia machista, lo que afecta al criterio de los diversos agentes profesionales implicados en el proceso de denuncia de dicha violencia. Esta investigación de corte cualitativo, busca poner de manifiesto el sexismo que impera en las instituciones mediante la utilización de mitos misóginos, a través de la realización de 15 entrevistas semiestructuradas a diferentes profesionales del ámbito socio-jurídico y policial, así como a mujeres supervivientes que fueron sometidas a sexismo institucional durante el proceso de denuncia de la violencia machista que atravesaron. Los resultados revelan que la reproducción de mitos y estereotipos misóginos a menudo conduce a las mujeres supervivientes y a sus hijas e hijos, a una segunda experiencia de victimización, con graves consecuencias jurídicas que conllevan una menor protección y, por tanto, un mayor riesgo de sufrir más violencia. Además, el impacto psicosocial que implica el sexismo institucional, puede obstaculizar e incluso impedir la recuperación del trauma de la violencia machista.
{"title":"PERCEPCIÓN SOBRE VIOLENCIA MACHISTA INSTITUCIONAL POR PARTE DE PROFESIONALES Y MUJERES SUPERVIVIENTES: UNA INVESTIGACIÓN DESDE EL TRABAJO SOCIAL","authors":"Sabela Pérez-Martín, Iria Vázquez Silva, Carmen Verde-Diego","doi":"10.25112/rco.v2.3347","DOIUrl":"https://doi.org/10.25112/rco.v2.3347","url":null,"abstract":"Los mitos sexistas ejercen una influencia significativa en el imaginario colectivo en relación con la violencia machista, lo que afecta al criterio de los diversos agentes profesionales implicados en el proceso de denuncia de dicha violencia. Esta investigación de corte cualitativo, busca poner de manifiesto el sexismo que impera en las instituciones mediante la utilización de mitos misóginos, a través de la realización de 15 entrevistas semiestructuradas a diferentes profesionales del ámbito socio-jurídico y policial, así como a mujeres supervivientes que fueron sometidas a sexismo institucional durante el proceso de denuncia de la violencia machista que atravesaron. Los resultados revelan que la reproducción de mitos y estereotipos misóginos a menudo conduce a las mujeres supervivientes y a sus hijas e hijos, a una segunda experiencia de victimización, con graves consecuencias jurídicas que conllevan una menor protección y, por tanto, un mayor riesgo de sufrir más violencia. Además, el impacto psicosocial que implica el sexismo institucional, puede obstaculizar e incluso impedir la recuperación del trauma de la violencia machista.","PeriodicalId":36929,"journal":{"name":"Revista Conhecimento Online","volume":"14 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79618320","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente estudo, que se enquadra no paradigma qualitativo, de natureza descritiva e interpretativa, foi realizado no âmbito da Prática Pedagógica desenvolvido numa turma do 1º ano do 1º CEB, incidindo sobre a área da Cidadania. Com este estudo, procurou compreender-se que estereótipos de género eram evidenciados por alunos de uma turma do 1º ano de escolaridade e se estes estereótipos poderiam sofrer influência de atividades de desconstrução de papeis de género, com recurso a personagens e heróis de histórias e filmes para a infância. Assim, recorrendo a um conjunto de atividades – leitura e discussão da história “O Jaime é uma sereia”, visualização e discussão de excertos dos filmes “Como treinares o teu dragão” e “Brave – Indomável” com atribuição de caraterísticas ao género feminino e masculino e leitura e discussão da história “As raparigas também podem...”, procuramos desconstruir alguns dos estereótipos que encontramos na nossa primeira entrevista, sendo estes estereótipos de papéis de género e de traços de género. Os resultados obtidos permitem-nos concluir que existem efetivamente estereótipos de género por parte das crianças, sendo os rapazes os que mais demonstram estereótipos. Por sua vez, embora as atividades implementadas tenham tido algum impacto, não modificaram de forma significativa os estereótipos apresentados inicialmente.
{"title":"OS ESTEREÓTIPOS DE GÉNERO NUMA TURMA DO 1º ANO DE ESCOLARIDADE","authors":"P. Lisboa, M. J. Santos, Hugo Alexandre Menino","doi":"10.25112/rco.v2.3390","DOIUrl":"https://doi.org/10.25112/rco.v2.3390","url":null,"abstract":"O presente estudo, que se enquadra no paradigma qualitativo, de natureza descritiva e interpretativa, foi realizado no âmbito da Prática Pedagógica desenvolvido numa turma do 1º ano do 1º CEB, incidindo sobre a área da Cidadania. Com este estudo, procurou compreender-se que estereótipos de género eram evidenciados por alunos de uma turma do 1º ano de escolaridade e se estes estereótipos poderiam sofrer influência de atividades de desconstrução de papeis de género, com recurso a personagens e heróis de histórias e filmes para a infância. Assim, recorrendo a um conjunto de atividades – leitura e discussão da história “O Jaime é uma sereia”, visualização e discussão de excertos dos filmes “Como treinares o teu dragão” e “Brave – Indomável” com atribuição de caraterísticas ao género feminino e masculino e leitura e discussão da história “As raparigas também podem...”, procuramos desconstruir alguns dos estereótipos que encontramos na nossa primeira entrevista, sendo estes estereótipos de papéis de género e de traços de género. Os resultados obtidos permitem-nos concluir que existem efetivamente estereótipos de género por parte das crianças, sendo os rapazes os que mais demonstram estereótipos. Por sua vez, embora as atividades implementadas tenham tido algum impacto, não modificaram de forma significativa os estereótipos apresentados inicialmente.","PeriodicalId":36929,"journal":{"name":"Revista Conhecimento Online","volume":"69 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75619434","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo versa sobre o racismo e o género feminino e tem como objetivo compreender as experiências de racismo vividas pelas estudantes africanas no ensino superior em Portugal. Para tal, foram realizadas entrevistas de cariz biográfico a dez estudantes provenientes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa que frequentavam uma instituição de Ensino Superior em Portugal. Os resultados obtidos revelam que as estudantes africanas são, frequentemente, confrontadas com diversas manifestações de racismo, no Ensino Superior, associadas sobretudo à cultura africana e à “cor da pele”. Ademais, o racismo é um fenómeno que acarreta múltiplas consequências negativas, como barreiras no estabelecimento de redes sociais com os colegas, no sentimento de pertença e bem-estar, na aprendizagem e, consequentemente, no sucesso académico. As considerações finais destacam que a existência de racismo no ensino superior em contexto português compromete seriamente a adaptação e integração académica e social das estudantes africanas. Assim, este artigo contribui para a compreensão das experiências de racismo vividas pelas estudantes africanas no ensino superior em Portugal.
{"title":"“TEMOS QUE APRENDER A VIVER COM ISSO”: VIVÊNCIAS DE RACISMO DAS ESTUDANTES AFRICANAS NO ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL","authors":"C. Doutor, Natália Alves","doi":"10.25112/rco.v2.3356","DOIUrl":"https://doi.org/10.25112/rco.v2.3356","url":null,"abstract":"O artigo versa sobre o racismo e o género feminino e tem como objetivo compreender as experiências de racismo vividas pelas estudantes africanas no ensino superior em Portugal. Para tal, foram realizadas entrevistas de cariz biográfico a dez estudantes provenientes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa que frequentavam uma instituição de Ensino Superior em Portugal. Os resultados obtidos revelam que as estudantes africanas são, frequentemente, confrontadas com diversas manifestações de racismo, no Ensino Superior, associadas sobretudo à cultura africana e à “cor da pele”. Ademais, o racismo é um fenómeno que acarreta múltiplas consequências negativas, como barreiras no estabelecimento de redes sociais com os colegas, no sentimento de pertença e bem-estar, na aprendizagem e, consequentemente, no sucesso académico. As considerações finais destacam que a existência de racismo no ensino superior em contexto português compromete seriamente a adaptação e integração académica e social das estudantes africanas. Assim, este artigo contribui para a compreensão das experiências de racismo vividas pelas estudantes africanas no ensino superior em Portugal.","PeriodicalId":36929,"journal":{"name":"Revista Conhecimento Online","volume":"21 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76753014","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
La constante incorporación de didácticas tecnológicas al escenario educativo ha provocado una verdadera revolución en la concepción de la enseñanza y el aprendizaje. El presente estudio realizado con una muestra de 256 estudiantes, se enmarca dentro del proceso de difusión de resultados de un proyecto colaborativo interuniversitario entre profesores de la Universidad de Murcia y Salamanca, con la finalidad de conocer la valoración que realizan los estudiantes, futuros profesionales de la educación, sobre el uso de Kahoot! como herramienta docente de gamificación en la asignatura de Metodología de Investigación Educativa, analizando la influencia del género en dichas valoraciones. Los resultados obtenidos, planteados como evaluación de necesidades para la toma de decisiones futuras en materia de igualdad, muestran que pese a que todos los estudiantes consideran que Kahoot! y su metodolgoía lúdica, constituyen un buen recurso didáctico que potencia y favorece el desarrollo de competencias, son los estudiantes varones quienes se posicionan más a favor de la utilidad y practicidad de esta herramienta y sus benificios en el proceso de enseñanza-aprendizaje
{"title":"INFLUENCIA DEL GENERO EN LA VALORACIÓN DE LA HERRAMIENTA DE GAMIFICACIÓN KAHOOT!","authors":"María Luisa Belmonte, Juan Pablo Hernández Ramos","doi":"10.25112/rco.v2.3305","DOIUrl":"https://doi.org/10.25112/rco.v2.3305","url":null,"abstract":"La constante incorporación de didácticas tecnológicas al escenario educativo ha provocado una verdadera revolución en la concepción de la enseñanza y el aprendizaje. El presente estudio realizado con una muestra de 256 estudiantes, se enmarca dentro del proceso de difusión de resultados de un proyecto colaborativo interuniversitario entre profesores de la Universidad de Murcia y Salamanca, con la finalidad de conocer la valoración que realizan los estudiantes, futuros profesionales de la educación, sobre el uso de Kahoot! como herramienta docente de gamificación en la asignatura de Metodología de Investigación Educativa, analizando la influencia del género en dichas valoraciones. Los resultados obtenidos, planteados como evaluación de necesidades para la toma de decisiones futuras en materia de igualdad, muestran que pese a que todos los estudiantes consideran que Kahoot! y su metodolgoía lúdica, constituyen un buen recurso didáctico que potencia y favorece el desarrollo de competencias, son los estudiantes varones quienes se posicionan más a favor de la utilidad y practicidad de esta herramienta y sus benificios en el proceso de enseñanza-aprendizaje","PeriodicalId":36929,"journal":{"name":"Revista Conhecimento Online","volume":"75 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80828575","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Michelle Mendoza Lira, Kristen Standen Lillo, Javiera Pinto Lillo
El reconocimiento y el respeto hacia la diversidad de género se ha transformado en un importante desafío para el sistema educativo. La siguiente investigación tuvo por objetivo comprender las creencias de docentes en formación y en ejercicio acerca de la educación con perspectiva en identidad de género. Para ello, y desde un enfoque cualitativo de carácter fenomenológico, se realizaron diez entrevistas semiestructuradas: cinco a profesores(as) en formación y cinco a docentes en ejercicio, todos con experiencias educativas con estudiantes de la comunidad LGBTQ+. De las entrevistas analizadas por medio del análisis de contenido cualitativo emergieron cuatro categorías: (1) Definición de identidad de género; (2) Perfil del estudiante; (3) Incorporación de la identidad de género en el aula y (4) Formación en educación con perspectiva en identidad de género. Los principales hallazgos revelan creencias positivas respecto de la educación con enfoque en identidad de género, asociadas a la convicción de que el trabajo colaborativo de la comunidad escolar es esencial para un cambio de paradigma. No obstante, se advierte la falta de recursos teóricos y prácticos que se ajusten a las necesidades educativas del estudiantado LGBTQ+. Se concluye la necesidad de instaurar espacios formativos en esta materia tanto para el profesorado en formación como en ejercicio, con el propósito de avanzar hacia una educación igualitaria, justa e inclusiva.
{"title":"CREENCIAS DE DOCENTES EN FORMACIÓN Y EN EJERCICIO ACERCA DE LA EDUCACIÓN CON PERSPECTIVA EN IDENTIDAD DE GÉNERO","authors":"Michelle Mendoza Lira, Kristen Standen Lillo, Javiera Pinto Lillo","doi":"10.25112/rco.v2.3358","DOIUrl":"https://doi.org/10.25112/rco.v2.3358","url":null,"abstract":"El reconocimiento y el respeto hacia la diversidad de género se ha transformado en un importante desafío para el sistema educativo. La siguiente investigación tuvo por objetivo comprender las creencias de docentes en formación y en ejercicio acerca de la educación con perspectiva en identidad de género. Para ello, y desde un enfoque cualitativo de carácter fenomenológico, se realizaron diez entrevistas semiestructuradas: cinco a profesores(as) en formación y cinco a docentes en ejercicio, todos con experiencias educativas con estudiantes de la comunidad LGBTQ+. De las entrevistas analizadas por medio del análisis de contenido cualitativo emergieron cuatro categorías: (1) Definición de identidad de género; (2) Perfil del estudiante; (3) Incorporación de la identidad de género en el aula y (4) Formación en educación con perspectiva en identidad de género. Los principales hallazgos revelan creencias positivas respecto de la educación con enfoque en identidad de género, asociadas a la convicción de que el trabajo colaborativo de la comunidad escolar es esencial para un cambio de paradigma. No obstante, se advierte la falta de recursos teóricos y prácticos que se ajusten a las necesidades educativas del estudiantado LGBTQ+. Se concluye la necesidad de instaurar espacios formativos en esta materia tanto para el profesorado en formación como en ejercicio, con el propósito de avanzar hacia una educación igualitaria, justa e inclusiva.","PeriodicalId":36929,"journal":{"name":"Revista Conhecimento Online","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91017469","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Os abusos sexuais são um problema transversal que afeta diferentes sociedades. Outubro de 2017 assumiu-se como um período de viragem, devido ao aparecimento do movimento #MeToo. Neste artigo, propomo-nos analisar os conteúdos publicados por três jornais online portugueses para responder a: 1) qual a representatividade do movimento na imprensa online portuguesa? Foi feito o levantamento do conteúdo das notícias, a fim de aferir: 2) a diferença ou semelhança entre conteúdos publicados pelos jornais online em análise. Do estudo feito, conclui-se que há maior proliferação de informação nos media nacionais de notícias relacionadas com o impacto do movimento no panorama internacional e pouca representatividade do movimento em casos portugueses.
{"title":"REPRESENTATIVIDADE DO MOVIMENTO AMERICANO #METOO NOS MEDIA ONLINE PORTUGUESES","authors":"Susana Amante, A. Freitas, A. Silva","doi":"10.25112/rco.v2.3330","DOIUrl":"https://doi.org/10.25112/rco.v2.3330","url":null,"abstract":"Os abusos sexuais são um problema transversal que afeta diferentes sociedades. Outubro de 2017 assumiu-se como um período de viragem, devido ao aparecimento do movimento #MeToo. Neste artigo, propomo-nos analisar os conteúdos publicados por três jornais online portugueses para responder a: 1) qual a representatividade do movimento na imprensa online portuguesa? Foi feito o levantamento do conteúdo das notícias, a fim de aferir: 2) a diferença ou semelhança entre conteúdos publicados pelos jornais online em análise. Do estudo feito, conclui-se que há maior proliferação de informação nos media nacionais de notícias relacionadas com o impacto do movimento no panorama internacional e pouca representatividade do movimento em casos portugueses.","PeriodicalId":36929,"journal":{"name":"Revista Conhecimento Online","volume":"11 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90122767","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Suelen Bomfim Nobre, Franciele Schilling Da Silva, Priscila Maria Souza Da Silva, D. Zucchetti
As pedagogias tradicionais eram antropocêntricas, já a Ecopedagogia é globalizadora, centrada no socioconstrutivismo e tem sua base teórico-metodológica na Educação Ambiental Crítica, buscando promover uma formação integral, a partir de uma visão sistêmica, acerca das relações ecológicas e sociais, contribuindo para a valorização das diversidades. Neste cenário, este estudo tem como objetivo analisar o potencial da Ecopedagogia na difusão de práticas educativas que promovam a tematização das questões de gênero e diversidade cultural, em espaços escolares e não escolares. Para tanto, em uma abordagem qualitativa-exploratória, esta pesquisa se consolidou de forma crítico-colaborativa, adotando como instrumento o método científico dedutivo. Foram avaliadas produções científicas publicadas no âmbito nacional, na área de Educação, no recorte temático Ecopedagogia, no período de 2000-2023, em bases eletrônicas. Os estudos visitados sinalizam que, a cidadania ambiental e a cultura da sustentabilidade precisam ser fomentadas a partir de práticas ecopedagógicas, que promovam a reflexão-ação, por meio de questões emergentes na modernidade, arreigadas no capitalismo e do patriarcado, com destaque para o seguintes temas: mudanças climáticas; diversidade cultural; inclusão de pessoas com deficiência; educação para a sexualidade; ecofeminismo; ecossocialismo. Somente a partir destas reflexões, caminharemos para construção de uma Ecopedagogia, sensível e potente, confluente às complexas problemáticas socioambientais, emergentes no século XXI, e garantindo o respeito a diversidade, às formas de vida, bem como todas às expressões e manifestações culturais e sociais.
{"title":"A ECOPEDAGOGIA COMO DIFUSORA DE PRÁTICAS EDUCATIVAS EM TORNO DAS QUESTÕES DE GÊNERO E DIVERSIDADE CULTURAL","authors":"Suelen Bomfim Nobre, Franciele Schilling Da Silva, Priscila Maria Souza Da Silva, D. Zucchetti","doi":"10.25112/rco.v2.3403","DOIUrl":"https://doi.org/10.25112/rco.v2.3403","url":null,"abstract":"As pedagogias tradicionais eram antropocêntricas, já a Ecopedagogia é globalizadora, centrada no socioconstrutivismo e tem sua base teórico-metodológica na Educação Ambiental Crítica, buscando promover uma formação integral, a partir de uma visão sistêmica, acerca das relações ecológicas e sociais, contribuindo para a valorização das diversidades. Neste cenário, este estudo tem como objetivo analisar o potencial da Ecopedagogia na difusão de práticas educativas que promovam a tematização das questões de gênero e diversidade cultural, em espaços escolares e não escolares. Para tanto, em uma abordagem qualitativa-exploratória, esta pesquisa se consolidou de forma crítico-colaborativa, adotando como instrumento o método científico dedutivo. Foram avaliadas produções científicas publicadas no âmbito nacional, na área de Educação, no recorte temático Ecopedagogia, no período de 2000-2023, em bases eletrônicas. Os estudos visitados sinalizam que, a cidadania ambiental e a cultura da sustentabilidade precisam ser fomentadas a partir de práticas ecopedagógicas, que promovam a reflexão-ação, por meio de questões emergentes na modernidade, arreigadas no capitalismo e do patriarcado, com destaque para o seguintes temas: mudanças climáticas; diversidade cultural; inclusão de pessoas com deficiência; educação para a sexualidade; ecofeminismo; ecossocialismo. Somente a partir destas reflexões, caminharemos para construção de uma Ecopedagogia, sensível e potente, confluente às complexas problemáticas socioambientais, emergentes no século XXI, e garantindo o respeito a diversidade, às formas de vida, bem como todas às expressões e manifestações culturais e sociais.","PeriodicalId":36929,"journal":{"name":"Revista Conhecimento Online","volume":"92 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76050695","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre as primeiras perspetivas teóricas que tentaram explicar os “problemas” de género e que conduziram ao surgimento das categorias “travesti” e “transexual”. Para tal, foi desenvolvido um estudo de natureza qualitativa, baseado numa pesquisa bibliográfica e documental com vista a ser realizada uma análise e revisão historiográfica sobre o tema. Foi possível observar que as categorias “travesti” e “transexual” são relativamente recentes, tendo sido produzidas pelo “modelo médico” e o seu interesse inicial por sujeitos com características anatômicas ambíguas que não podiam ser classificados inteiramente como machos ou fêmeas por se encontrarem em posição indefinida. Este modelo tentou explicá-los com base em diferentes perspetivas – biológicas, psicanalíticas, de aprendizagem social e de desenvolvimento cognitivo – e, em resultado, da sua integração nos compêndios médicos e prescrição de intervenções corretivas, acabou por promover e legitimar a sua patologização, com consequências expressivas na estigmatização e exclusão social de uma grande quantidade de sujeitos.
{"title":"O “MODELO MÉDICO” E A PROCURA PELA “NORMALIZAÇÃO” DE GÉNERO E SEXUAL: UMA ANÁLISE HISTÓRICO-CRÍTICA SOBRE AS CATEGORIAS “TRAVESTI” E “TRANSEXUAL”","authors":"N. Ramalho","doi":"10.25112/rco.v2.3290","DOIUrl":"https://doi.org/10.25112/rco.v2.3290","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre as primeiras perspetivas teóricas que tentaram explicar os “problemas” de género e que conduziram ao surgimento das categorias “travesti” e “transexual”. Para tal, foi desenvolvido um estudo de natureza qualitativa, baseado numa pesquisa bibliográfica e documental com vista a ser realizada uma análise e revisão historiográfica sobre o tema. Foi possível observar que as categorias “travesti” e “transexual” são relativamente recentes, tendo sido produzidas pelo “modelo médico” e o seu interesse inicial por sujeitos com características anatômicas ambíguas que não podiam ser classificados inteiramente como machos ou fêmeas por se encontrarem em posição indefinida. Este modelo tentou explicá-los com base em diferentes perspetivas – biológicas, psicanalíticas, de aprendizagem social e de desenvolvimento cognitivo – e, em resultado, da sua integração nos compêndios médicos e prescrição de intervenções corretivas, acabou por promover e legitimar a sua patologização, com consequências expressivas na estigmatização e exclusão social de uma grande quantidade de sujeitos.","PeriodicalId":36929,"journal":{"name":"Revista Conhecimento Online","volume":"13 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81606447","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}