Pub Date : 2021-12-27DOI: 10.34019/2318-3446.2021.v9.36029
Fernando Pavão
O objetivo deste estudo é examinar como as retraduções dos evangelhos publicadas por Frederico Lourenço em 2017 e por Marcelo Musa Cavallari em 2020 se posicionam e coexistem com as diversas opções disponíveis no espaço da retradução dos evangelhos para a língua portuguesa e destacar os principais elementos das abordagens adotadas pelos tradutores. Para tanto, retomaremos o conceito de retradução, suas motivações e alguns referenciais teóricos para tradução de textos religiosos, destacando os critérios empregados por Lourenço e por Cavallari para retradução dos textos. Além disso, avaliaremos as retraduções com base no referencial teórico abordado, no intuito de demonstrar que ambas se distanciaram das abordagens tradicionais para tradução dos evangelhos ao objetivar uma maior aproximação em relação ao texto de partida, o que resulta em versões que favorecem novas leituras desses textos.
{"title":"Abordagens contemporâneas para a retradução dos evangelhos para o português","authors":"Fernando Pavão","doi":"10.34019/2318-3446.2021.v9.36029","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2021.v9.36029","url":null,"abstract":"O objetivo deste estudo é examinar como as retraduções dos evangelhos publicadas por Frederico Lourenço em 2017 e por Marcelo Musa Cavallari em 2020 se posicionam e coexistem com as diversas opções disponíveis no espaço da retradução dos evangelhos para a língua portuguesa e destacar os principais elementos das abordagens adotadas pelos tradutores. Para tanto, retomaremos o conceito de retradução, suas motivações e alguns referenciais teóricos para tradução de textos religiosos, destacando os critérios empregados por Lourenço e por Cavallari para retradução dos textos. Além disso, avaliaremos as retraduções com base no referencial teórico abordado, no intuito de demonstrar que ambas se distanciaram das abordagens tradicionais para tradução dos evangelhos ao objetivar uma maior aproximação em relação ao texto de partida, o que resulta em versões que favorecem novas leituras desses textos.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134239029","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-27DOI: 10.34019/2318-3446.2021.v9.35820
C. D. Donne
This article offers a new reading of Seneca’s Ulysses. He will be proven not to stand for the Stoic hero, the symbol of virtue; rather, he will turn out to represent the proficiens – those who make any effort to reach virtue, and yet sometimes fail. In this regard, Ulysses is like Seneca himself, in as much as both of them appear to do their best to face the impetuous waves of fortune.
{"title":"Ulysses proficiens. A reassessment of Seneca’s reading","authors":"C. D. Donne","doi":"10.34019/2318-3446.2021.v9.35820","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2021.v9.35820","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000\u0000This article offers a new reading of Seneca’s Ulysses. He will be proven not to stand for the Stoic hero, the symbol of virtue; rather, he will turn out to represent the proficiens – those who make any effort to reach virtue, and yet sometimes fail. In this regard, Ulysses is like Seneca himself, in as much as both of them appear to do their best to face the impetuous waves of fortune.\u0000\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133184455","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-27DOI: 10.34019/2318-3446.2021.v9.35819
Tiago Augusto Nápoli, Mattia Cavagna
O presente trabalho tem como objetivo apresentar e discutir algumas das questões centrais acerca do chamado nascimento do Purgatório, em contexto medieval. Com base em diferentes tradições bíblicas (e.g. Ecl 9.10; Mc 9.47) e apócrifas (e.g. o “Apocalipse de Paulo”) relativas às representações do porvir, procura-se demonstrar que a concepção de uma paragem cujas penas seriam temporárias e individuais é rastreável na chamada Visão de Dryhthelm (Historia ecclesiastica gentis anglorum V.12), de autoria de Beda (c. 673 – 735). Além disso, acompanha o estudo introdutório uma tradução inédita da fonte primária citada, a partir da edição de Colgrave e Mynors (1969).
本文旨在介绍和讨论中世纪背景下围绕所谓炼狱诞生的一些核心问题。根据《圣经》(如 Eccl 9.10;Mk 9.47)和《启示录》(如 "保罗启示录")中有关未来表述的不同传统,本文旨在证明,惩罚是暂时的和个别的 "止境 "这一概念可以追溯到贝达(Beda,约 673 - 735 年)所著的所谓《Dryhthelm 的幻象》(Historia ecclesiastica gentis anglorum V.12)。此外,该介绍性研究还附有所引用的原始资料的未出版译文,译文来自科尔格雷夫和梅诺斯(Colgrave and Mynors,1969 年)的版本。
{"title":"Visão de Dryhthelm entre história, teologia e hermenêutica","authors":"Tiago Augusto Nápoli, Mattia Cavagna","doi":"10.34019/2318-3446.2021.v9.35819","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2021.v9.35819","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como objetivo apresentar e discutir algumas das questões centrais acerca do chamado nascimento do Purgatório, em contexto medieval. Com base em diferentes tradições bíblicas (e.g. Ecl 9.10; Mc 9.47) e apócrifas (e.g. o “Apocalipse de Paulo”) relativas às representações do porvir, procura-se demonstrar que a concepção de uma paragem cujas penas seriam temporárias e individuais é rastreável na chamada Visão de Dryhthelm (Historia ecclesiastica gentis anglorum V.12), de autoria de Beda (c. 673 – 735). Além disso, acompanha o estudo introdutório uma tradução inédita da fonte primária citada, a partir da edição de Colgrave e Mynors (1969).","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127770279","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-27DOI: 10.34019/2318-3446.2021.v9.36274
Matheus Trevizam
Neste trabalho, apresentamos traduzida parte da obra agronômica de Paládio, que escreveu em Roma na passagem do séc. IV para o V d.C. Intitulado Opus agriculturae (OA), o tratado paladiano contém quatorze livros em prosa e um pequeno poema de características didáticas no fim. O tema do poema, chamado Carmen de insitione (“Poema sobre o enxerto”), é a técnica da enxertia arbórea. Do ponto de vista formal, observamos que Paládio provavelmente se baseou em Columela (séc. I d.C.), autor de De re rustica, ao inserir um livro em versos no OA: sabemos, com efeito, que o livro 10 do tratado columeliano fora composto em metro hexâmetro datílico. Contudo, Insit. se diferencia por ter sido composto sob a forma de oitenta e cinco dísticos elegíacos. Além da tradução, feita em disposição justalinear com o original e acrescida de notas explicativas, juntamos informações prévias para situar esse autor em seu meio e OA no contexto da literatura técnica antiga.
在这项工作中,我们翻译了部分帕拉迪乌斯的农学著作,他写于公元一世纪的罗马。《帕拉第亚条约》(IV to V),标题为《农业作品》(OA),包含14本散文书,最后是一首具有教育特征的小诗。这首诗的主题是“关于嫁接的诗”(Carmen de insitione),是树木嫁接的技术。从正式的角度来看,我们观察到帕拉迪可能是基于科伦米拉(公元17世纪)。《de re rustica》的作者在OA中插入了一本书的诗句:事实上,我们知道《columelian》的第10卷是用六边形的韵律组成的。然而,Insit。它的不同之处在于它是由85首赞美诗组成的。除了翻译,在布局上与原文一致,并添加解释性注释,我们收集了之前的信息,以定位作者在他的环境和OA在古代技术文献的背景。
{"title":"Tradução do livro 15 do Opus agriculturae de Paládio","authors":"Matheus Trevizam","doi":"10.34019/2318-3446.2021.v9.36274","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2021.v9.36274","url":null,"abstract":"Neste trabalho, apresentamos traduzida parte da obra agronômica de Paládio, que escreveu em Roma na passagem do séc. IV para o V d.C. Intitulado Opus agriculturae (OA), o tratado paladiano contém quatorze livros em prosa e um pequeno poema de características didáticas no fim. O tema do poema, chamado Carmen de insitione (“Poema sobre o enxerto”), é a técnica da enxertia arbórea. Do ponto de vista formal, observamos que Paládio provavelmente se baseou em Columela (séc. I d.C.), autor de De re rustica, ao inserir um livro em versos no OA: sabemos, com efeito, que o livro 10 do tratado columeliano fora composto em metro hexâmetro datílico. Contudo, Insit. se diferencia por ter sido composto sob a forma de oitenta e cinco dísticos elegíacos. Além da tradução, feita em disposição justalinear com o original e acrescida de notas explicativas, juntamos informações prévias para situar esse autor em seu meio e OA no contexto da literatura técnica antiga.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126542291","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-27DOI: 10.34019/2318-3446.2021.v9.35959
Rodrigo Pinto De Brito
Reseña.
回顾。
{"title":"Reseña: Bernabé, Alberto (ed.). Fragmentos presocráticos. Clásicos de la literatura. Madrid: Abada Editores, 2019. 587 p. €32,00 (pb). ISBN 9788417301507.","authors":"Rodrigo Pinto De Brito","doi":"10.34019/2318-3446.2021.v9.35959","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2021.v9.35959","url":null,"abstract":"<jats:p>Reseña.</jats:p>","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126497529","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-27DOI: 10.34019/2318-3446.2021.v9.36098
Talita Janine Juliani
Neste material trazemos uma tradução, para o português do Brasil, da biografia de Dido, rainha de Cartago, presente na obra De mulieribus claris, de Giovanni Boccaccio. Importante personagem feminina da Antiguidade, a Dido que Boccaccio nos apresenta em seu catálogo de vidas de mulheres foi traçada não a partir da popular versão que encontramos nos cantos iniciais da Eneida, de Virgílio, ou nas Heroides, de Ovídio, mas segundo historiadores antigos, como Justino, e os padres da Igreja, como Jerônimo. Nessa variante do mito de Dido, a rainha nunca encontrou Eneias, e o que lemos está centrado nos eventos de sua infância, casamento com Siqueu, fuga para longe do irmão e na fundação de Cartago. Além disso, lê-se no texto boccacciano uma longa exortação à castidade após a viuvez. Nossa tradução vem acompanhada de notas cujo objetivo é destacar aspectos textuais e contextuais que julgamos importantes para apreciação do texto.
{"title":"Dido, rainha de Cartago: uma releitura de Giovanni Boccaccio na obra De mulieribus claris","authors":"Talita Janine Juliani","doi":"10.34019/2318-3446.2021.v9.36098","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2021.v9.36098","url":null,"abstract":"Neste material trazemos uma tradução, para o português do Brasil, da biografia de Dido, rainha de Cartago, presente na obra De mulieribus claris, de Giovanni Boccaccio. Importante personagem feminina da Antiguidade, a Dido que Boccaccio nos apresenta em seu catálogo de vidas de mulheres foi traçada não a partir da popular versão que encontramos nos cantos iniciais da Eneida, de Virgílio, ou nas Heroides, de Ovídio, mas segundo historiadores antigos, como Justino, e os padres da Igreja, como Jerônimo. Nessa variante do mito de Dido, a rainha nunca encontrou Eneias, e o que lemos está centrado nos eventos de sua infância, casamento com Siqueu, fuga para longe do irmão e na fundação de Cartago. Além disso, lê-se no texto boccacciano uma longa exortação à castidade após a viuvez. Nossa tradução vem acompanhada de notas cujo objetivo é destacar aspectos textuais e contextuais que julgamos importantes para apreciação do texto.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131572934","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-27DOI: 10.34019/2318-3446.2021.v9.35783
Alessandro Carvalho da Silva Oliveira, Camilla Ferreira Paulino da Silva
Analisamos o uso de recursos retóricos no discurso epistolar de Cícero que permitiam a preservação do éthos (MAINGUENEAU, 2014) do orador em seu período de exílio (58–57 AEC). A partir das correspondências, os aristocratas romanos dos fins da República mediavam suas relações sociais à distância, utilizando missivas para a substituição das interações pessoais nos momentos necessários. Considerando que a ausência (absentia) de amici poderia ser considerada problemática e que a demora ao enviar cartas poderia acarretar problemas ao éthos de um cidadão romano, Cícero se utilizou de recursos pathetici ao apropriar-se de seu exílio para mitigar os possíveis danos de sua escrita infrequente. Assim sendo, selecionamos trechos de cartas escritas por Cícero em seu exílio e analisamos como ele utilizou do páthos para a preservação de seu éthos no discurso epistolar. Concluímos que a situação do exílio permitiu uma escrita única, que pôde subverter as expectativas do comportamento de um aristocrata.
{"title":"Ad te scribam nescio: Cícero exilado e o uso do páthos para escusar-se da obrigação de escrever","authors":"Alessandro Carvalho da Silva Oliveira, Camilla Ferreira Paulino da Silva","doi":"10.34019/2318-3446.2021.v9.35783","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2021.v9.35783","url":null,"abstract":"Analisamos o uso de recursos retóricos no discurso epistolar de Cícero que permitiam a preservação do éthos (MAINGUENEAU, 2014) do orador em seu período de exílio (58–57 AEC). A partir das correspondências, os aristocratas romanos dos fins da República mediavam suas relações sociais à distância, utilizando missivas para a substituição das interações pessoais nos momentos necessários. Considerando que a ausência (absentia) de amici poderia ser considerada problemática e que a demora ao enviar cartas poderia acarretar problemas ao éthos de um cidadão romano, Cícero se utilizou de recursos pathetici ao apropriar-se de seu exílio para mitigar os possíveis danos de sua escrita infrequente. Assim sendo, selecionamos trechos de cartas escritas por Cícero em seu exílio e analisamos como ele utilizou do páthos para a preservação de seu éthos no discurso epistolar. Concluímos que a situação do exílio permitiu uma escrita única, que pôde subverter as expectativas do comportamento de um aristocrata.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"39 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123188919","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-27DOI: 10.34019/2318-3446.2021.v9.35797
Márcio Meirelles Gouvêa Júnior
O Culex, poema da Appendix Vergiliana, é um epílio que a tradição literária atribuiu desde a Antiguidade à juventude de Públio Virgílio Marão. Apesar de todas as incertezas relacionadas a essa atribuição, a obra composta de 414 hexâmetros dactílicos é, provavelmente, um exemplo rico da poesia do século I d.C., podendo ser encontrados nela os principais aspectos da produção neotérica, com influências de Lucrécio e Catulo. Considerado majoritariamente uma obra espúria, é analisado por alguns como uma paródia, por outros, como uma forma de complemento da biografia de Virgílio, por outros ainda, como um recurso para compor a biografia fictícia do Homerus Romanus. Assim, seu estudo tem se mostrado inesgotável. Sua tradução em versos dodecassílabos, aqui proposta pela primeira vez em língua portuguesa, vem acompanhada do aparato crítico mínimo para a compreensão pelo leitor atual e pretende permitir alguma reverberação do texto original latino, virgiliano ou não, na contemporaneidade, apesar de todos os desafios que se apresentam na tarefa do tradutor.
{"title":"Culex – Mosquito: O processo de análise e tradução de um poema da Appendix Vergiliana","authors":"Márcio Meirelles Gouvêa Júnior","doi":"10.34019/2318-3446.2021.v9.35797","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2021.v9.35797","url":null,"abstract":"O Culex, poema da Appendix Vergiliana, é um epílio que a tradição literária atribuiu desde a Antiguidade à juventude de Públio Virgílio Marão. Apesar de todas as incertezas relacionadas a essa atribuição, a obra composta de 414 hexâmetros dactílicos é, provavelmente, um exemplo rico da poesia do século I d.C., podendo ser encontrados nela os principais aspectos da produção neotérica, com influências de Lucrécio e Catulo. Considerado majoritariamente uma obra espúria, é analisado por alguns como uma paródia, por outros, como uma forma de complemento da biografia de Virgílio, por outros ainda, como um recurso para compor a biografia fictícia do Homerus Romanus. Assim, seu estudo tem se mostrado inesgotável. Sua tradução em versos dodecassílabos, aqui proposta pela primeira vez em língua portuguesa, vem acompanhada do aparato crítico mínimo para a compreensão pelo leitor atual e pretende permitir alguma reverberação do texto original latino, virgiliano ou não, na contemporaneidade, apesar de todos os desafios que se apresentam na tarefa do tradutor.\u0000 ","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129947694","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-15DOI: 10.34019/2318-3446.2021.V9.34176
Gustavo Frade, Anna Clara Figueiredo Lima, Gabriela De Oliveira Vallejo, Raphaella Nasser Rodrigues
O objetivo deste estudo é investigar a representação das mulheres escravizadas na narrativa da Odisseia e como ela manifesta o modo aristocrático grego arcaico de conceber a escravidão. Para isso, consideram-se as relações entre gênero e classe na Antiguidade, assim como as entre propriedade (oîkos), comunidade e ordem cósmica. A leitura rastreia, a partir das evidências no texto, a situação geral das mulheres escravizadas na propriedade de Odisseu e trata da construção de Euricleia como personagem, de sua interação com Odisseu no reconhecimento da cicatriz, das cenas de Melanto e do enforcamento das mulheres que mantiveram relações sexuais com os pretendentes. A Odisseia constrói interações entre personagens baseadas num modelo de moralidade que exige não só a subordinação do interesse e das ações das mulheres escravizadas aos interesses do senhor, mas mesmo a afeição delas pelo senhor e por sua família. Ainda assim, a hierarquia e a autoridade no oîkos são estabelecidas pela violência.
{"title":"mulheres escravizadas na Odisseia","authors":"Gustavo Frade, Anna Clara Figueiredo Lima, Gabriela De Oliveira Vallejo, Raphaella Nasser Rodrigues","doi":"10.34019/2318-3446.2021.V9.34176","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2021.V9.34176","url":null,"abstract":"O objetivo deste estudo é investigar a representação das mulheres escravizadas na narrativa da Odisseia e como ela manifesta o modo aristocrático grego arcaico de conceber a escravidão. Para isso, consideram-se as relações entre gênero e classe na Antiguidade, assim como as entre propriedade (oîkos), comunidade e ordem cósmica. A leitura rastreia, a partir das evidências no texto, a situação geral das mulheres escravizadas na propriedade de Odisseu e trata da construção de Euricleia como personagem, de sua interação com Odisseu no reconhecimento da cicatriz, das cenas de Melanto e do enforcamento das mulheres que mantiveram relações sexuais com os pretendentes. A Odisseia constrói interações entre personagens baseadas num modelo de moralidade que exige não só a subordinação do interesse e das ações das mulheres escravizadas aos interesses do senhor, mas mesmo a afeição delas pelo senhor e por sua família. Ainda assim, a hierarquia e a autoridade no oîkos são estabelecidas pela violência.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125326519","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-15DOI: 10.34019/2318-3446.2021.V9.33547
Thayrynne Coutinho, Leni Ribeiro Leite
O presente trabalho objetiva pensar o mito de Hércules no quadrinho de Ortega (2012) e no cordel de Marco Haurélio (2013), em comparação com as Metamorfoses, de Ovídio, tendo como objetivo sua realização dentro da dinâmica do ensino de literatura. Para tanto, nos valemos das considerações de Mortatti (2014; 2001) e Dalvi (2013a, 2013b) sobre o ensino de literatura no ensino básico, de Grijó (2017) sobre adaptação de obras literárias, e de Alves (2013) sobre literatura de cordel. Entendemos que a contraposição entre diferentes produções literárias possibilita que o aluno compreenda as adequações genéricas, ao mesmo tempo em que depreende as peculiaridades de cada gênero e de cada forma de circulação do texto na sociedade contemporânea.
{"title":"mito de Hércules: entre quadrinhos e cordéis","authors":"Thayrynne Coutinho, Leni Ribeiro Leite","doi":"10.34019/2318-3446.2021.V9.33547","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-3446.2021.V9.33547","url":null,"abstract":"O presente trabalho objetiva pensar o mito de Hércules no quadrinho de Ortega (2012) e no cordel de Marco Haurélio (2013), em comparação com as Metamorfoses, de Ovídio, tendo como objetivo sua realização dentro da dinâmica do ensino de literatura. Para tanto, nos valemos das considerações de Mortatti (2014; 2001) e Dalvi (2013a, 2013b) sobre o ensino de literatura no ensino básico, de Grijó (2017) sobre adaptação de obras literárias, e de Alves (2013) sobre literatura de cordel. Entendemos que a contraposição entre diferentes produções literárias possibilita que o aluno compreenda as adequações genéricas, ao mesmo tempo em que depreende as peculiaridades de cada gênero e de cada forma de circulação do texto na sociedade contemporânea.","PeriodicalId":386005,"journal":{"name":"Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116980875","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}