Pub Date : 2022-09-06DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e84028
Luciana Maria Santos de Arruda
Discutir educação inclusiva requer o entendimento da educação enquanto direito universal, resultado de conquistas sociais, e também da compreensão da diferença como um dado da realidade humana que se expressa nas práticas da educação escolar. A educação inclusiva contrapõe-se às teorias e epistemologias clássicas da educação que utiliza como pressupostos básicos a homogeneidade, a funcionalidade e a evolução, estando associada a um saber que se diz universal, com dificuldades de atribuir veracidade aos outros saberes (originais). A educação inclusiva parte do pressuposto de que as diferenças se constituem em fator construtivo, e que a vida se constrói nas diferenças e singularidades sociais e a partir de trocas entre experiências diversas. Dessa forma, refletindo sobre os caminhos que possibilitam a construção dos conhecimentos geográficos pelas crianças cegas, escrevi este texto. Assim, a análise sobre a epistemologia converge para uma perspectiva da Geografia Humanista, num primeiro momento em que foram construídos materiais didáticos táteis para alunos do 6º ano. Num segundo momento, foram apresentados metodologias e recursos que culminaram na construção de um livro tátil com crianças cegas em uma turma de 1° ano do Ensino Fundamental no Instituto Benjamin Constant (IBC). Dialogando com a literatura e o processo de alfabetização, o caminho percorrido na pesquisa identificou as expressões espaciais dessas crianças na Geografia da Infância em consonância com a Teoria Histórico-Cultural de Vigotski, mostrando a importância de ouvir a voz das crianças como agentes criadores de linguagens geográficas outras.
{"title":"O caminho epistemológico para educação inclusiva: um ensaio sobre crianças com deficiência visual","authors":"Luciana Maria Santos de Arruda","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e84028","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e84028","url":null,"abstract":"Discutir educação inclusiva requer o entendimento da educação enquanto direito universal, resultado de conquistas sociais, e também da compreensão da diferença como um dado da realidade humana que se expressa nas práticas da educação escolar. A educação inclusiva contrapõe-se às teorias e epistemologias clássicas da educação que utiliza como pressupostos básicos a homogeneidade, a funcionalidade e a evolução, estando associada a um saber que se diz universal, com dificuldades de atribuir veracidade aos outros saberes (originais). A educação inclusiva parte do pressuposto de que as diferenças se constituem em fator construtivo, e que a vida se constrói nas diferenças e singularidades sociais e a partir de trocas entre experiências diversas. Dessa forma, refletindo sobre os caminhos que possibilitam a construção dos conhecimentos geográficos pelas crianças cegas, escrevi este texto. Assim, a análise sobre a epistemologia converge para uma perspectiva da Geografia Humanista, num primeiro momento em que foram construídos materiais didáticos táteis para alunos do 6º ano. Num segundo momento, foram apresentados metodologias e recursos que culminaram na construção de um livro tátil com crianças cegas em uma turma de 1° ano do Ensino Fundamental no Instituto Benjamin Constant (IBC). Dialogando com a literatura e o processo de alfabetização, o caminho percorrido na pesquisa identificou as expressões espaciais dessas crianças na Geografia da Infância em consonância com a Teoria Histórico-Cultural de Vigotski, mostrando a importância de ouvir a voz das crianças como agentes criadores de linguagens geográficas outras.\u0000 ","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"11 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87541292","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-02DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e70333
Caroline Leal Bonilha, P. Henning
A pesquisa propõe o desenho de um território no qual educação, educação ambiental e arte estejam presentes. A intenção é seguir os rastros deixados por Michel Foucault, desarrumando as linhas que mantém separadas natureza e cultura. Para tanto foram analisados materiais provenientes de exposições artísticas que apresentam questões caras à educação ambiental, que transbordam ditos e visibilidades sobre o meio ambiente, sobre outras formas de habitar o planeta e de lidar com as incertezas ligadas as crises ambientais. Propostas curatoriais, obras, catálogos e materiais educativos lançados em razão da 9ª edição da Bienal do Mercosul/Porto Alegre, realizada em 2013 e da 32ª Bienal de São Paulo de 2016, foram pensados como elementos que fazem parte de processos de produção de subjetividades e que aparecem carregados de enunciações e de visibilidades sobre a natureza e sobre as formas como aprendemos a ver e a agir diante dos atuais dilemas ambientais. Interessa pensar de que forma exposições de arte contemporânea que discutem questões que atravessam a educação ambiental vem educando para natureza.
{"title":"Educando para natureza: bienais de arte e educação ambiental","authors":"Caroline Leal Bonilha, P. Henning","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e70333","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e70333","url":null,"abstract":"A pesquisa propõe o desenho de um território no qual educação, educação ambiental e arte estejam presentes. A intenção é seguir os rastros deixados por Michel Foucault, desarrumando as linhas que mantém separadas natureza e cultura. Para tanto foram analisados materiais provenientes de exposições artísticas que apresentam questões caras à educação ambiental, que transbordam ditos e visibilidades sobre o meio ambiente, sobre outras formas de habitar o planeta e de lidar com as incertezas ligadas as crises ambientais. Propostas curatoriais, obras, catálogos e materiais educativos lançados em razão da 9ª edição da Bienal do Mercosul/Porto Alegre, realizada em 2013 e da 32ª Bienal de São Paulo de 2016, foram pensados como elementos que fazem parte de processos de produção de subjetividades e que aparecem carregados de enunciações e de visibilidades sobre a natureza e sobre as formas como aprendemos a ver e a agir diante dos atuais dilemas ambientais. Interessa pensar de que forma exposições de arte contemporânea que discutem questões que atravessam a educação ambiental vem educando para natureza.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"28 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-09-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80999239","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-02DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e85530
Marta Da Silva Aguiar, Lívia Suassuna
Considerando o presente contexto da educação brasileira, em que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é alçada à posição de núcleo das políticas educacionais, incluindo a política nacional de formação de professores, e diante dos impasses que permeiam a formação do docente de literatura, na qual ainda permanece instaurado um falso dilema entre formar especialistas ou docentes da educação básica, problematizamos, neste trabalho, aspectos do processo formativo do professor de literatura do ensino fundamental e médio a partir de perspectivas de racionalidade da formação docente. Trata-se de uma pesquisa exploratória e documental, realizada no âmbito do curso de Doutorado em Educação da Universidade Federal de Pernambuco, na qual analisamos documentos legais que estabelecem diretrizes curriculares para a formação de professores em interlocução com formulações teóricas que constituem diferentes paradigmas de racionalidade docente. Assim, com base nos modelos técnico, prático-reflexivo e crítico, apresentamos, primeiramente, questões mais gerais sobre a formação de professores e, em seguida, focamos pontos específicos da formação do licenciando em Letras e do professor de literatura atuante na educação básica. Em nossas considerações finais, evidenciamos as inegáveis contribuições da racionalidade prática, mas também destacamos a necessidade de avançarmos em direção a um paradigma crítico para a abordagem de problemas ligados à construção da identidade e do papel do professor. Dessa forma, a reflexividade e a produção de conhecimento poderão ser reafirmadas como processos fortemente implicados na docência, sem que sejam desconsiderados seu compromisso social e a percepção do processo educativo dentro de um amplo contexto histórico e político.
{"title":"Modelos de racionalidade e formação inicial e continuada do professor de literatura","authors":"Marta Da Silva Aguiar, Lívia Suassuna","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e85530","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e85530","url":null,"abstract":"Considerando o presente contexto da educação brasileira, em que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é alçada à posição de núcleo das políticas educacionais, incluindo a política nacional de formação de professores, e diante dos impasses que permeiam a formação do docente de literatura, na qual ainda permanece instaurado um falso dilema entre formar especialistas ou docentes da educação básica, problematizamos, neste trabalho, aspectos do processo formativo do professor de literatura do ensino fundamental e médio a partir de perspectivas de racionalidade da formação docente. Trata-se de uma pesquisa exploratória e documental, realizada no âmbito do curso de Doutorado em Educação da Universidade Federal de Pernambuco, na qual analisamos documentos legais que estabelecem diretrizes curriculares para a formação de professores em interlocução com formulações teóricas que constituem diferentes paradigmas de racionalidade docente. Assim, com base nos modelos técnico, prático-reflexivo e crítico, apresentamos, primeiramente, questões mais gerais sobre a formação de professores e, em seguida, focamos pontos específicos da formação do licenciando em Letras e do professor de literatura atuante na educação básica. Em nossas considerações finais, evidenciamos as inegáveis contribuições da racionalidade prática, mas também destacamos a necessidade de avançarmos em direção a um paradigma crítico para a abordagem de problemas ligados à construção da identidade e do papel do professor. Dessa forma, a reflexividade e a produção de conhecimento poderão ser reafirmadas como processos fortemente implicados na docência, sem que sejam desconsiderados seu compromisso social e a percepção do processo educativo dentro de um amplo contexto histórico e político.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"10 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-09-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81938140","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-29DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e84083
Edilene Simões Costa dos Santos, Denise Medina França, Késia Ramires
Este artigo discute, a partir de um dispositivo didático, saberes de referência que foram produzidos para ensinar fração. Observamos que o referido dispositivo esteve presente em diferentes manuais didáticos do ensino primário, em períodos históricos distintos. Em decorrência disso, surgiu-nos a questão: de que forma os autores de manuais sistematizaram saberes para o ensino de frações apropriando-se do mesmo dispositivo didático? Foi suposto que o dispositivo poderia compor saberes de referência para a docência, saberes a ensinar e saberes para ensinar fração. Para a análise, tomou-se como parâmetros conceitos da história cultural e da linha sócio-histórica, como: cultura escolar, saber a ensinar e saber para ensinar, e dispositivo didático. Atualmente, é possível verificar que o objeto estudado mantém a mesma finalidade: ser um dispositivo didático. Entretanto, a partir da pesquisa empreendida, constatou-se que ele foi abordado para tratar de diferentes saberes inerentes à fração. Esteve articulado ao ensino de partes do todo, operações entre frações, relação entre grandezas, relação entre número fracionário e número decimal, ensino das classes de equivalência, e outros saberes a ensinar. Também foi possível compreender que saberes inerentes a ele podem ser compreendidos como vestígios de ressignificações de diferentes apropriações de autores de manuais didáticos. Assim, a investigação mostra que um dispositivo didático pode ser o meio de articular saberes a e para ensinar matemática. produção de diferentes saberes para ensinar fração nas vagas pedagógicas em estudo. Esteve articulado ao ensino de partes do todo, operações entre frações, relação entre grandezas, relação entre número fracionário e número decimal, ensino das classes de equivalência, e outros saberes a ensinar. Também foi possível compreender que saberes inerentes a ele podem ser compreendidos como vestígios de ressignificações de diferentes apropriações de autores de manuais pedagógicos. Assim, a investigação mostra que um dispositivo didático pode ser o meio de articular saberes a e para ensinar matemática. Pode ser resultado de apropriações, de sistematizações; um elemento da matemática do ensino.
{"title":"Saberes de referência para a docência mobilizados com um dispositivo didático para o ensino de fração","authors":"Edilene Simões Costa dos Santos, Denise Medina França, Késia Ramires","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e84083","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e84083","url":null,"abstract":"Este artigo discute, a partir de um dispositivo didático, saberes de referência que foram produzidos para ensinar fração. Observamos que o referido dispositivo esteve presente em diferentes manuais didáticos do ensino primário, em períodos históricos distintos. Em decorrência disso, surgiu-nos a questão: de que forma os autores de manuais sistematizaram saberes para o ensino de frações apropriando-se do mesmo dispositivo didático? Foi suposto que o dispositivo poderia compor saberes de referência para a docência, saberes a ensinar e saberes para ensinar fração. Para a análise, tomou-se como parâmetros conceitos da história cultural e da linha sócio-histórica, como: cultura escolar, saber a ensinar e saber para ensinar, e dispositivo didático. Atualmente, é possível verificar que o objeto estudado mantém a mesma finalidade: ser um dispositivo didático. Entretanto, a partir da pesquisa empreendida, constatou-se que ele foi abordado para tratar de diferentes saberes inerentes à fração. Esteve articulado ao ensino de partes do todo, operações entre frações, relação entre grandezas, relação entre número fracionário e número decimal, ensino das classes de equivalência, e outros saberes a ensinar. Também foi possível compreender que saberes inerentes a ele podem ser compreendidos como vestígios de ressignificações de diferentes apropriações de autores de manuais didáticos. Assim, a investigação mostra que um dispositivo didático pode ser o meio de articular saberes a e para ensinar matemática.\u0000produção de diferentes saberes para ensinar fração nas vagas pedagógicas em estudo. Esteve articulado ao ensino de partes do todo, operações entre frações, relação entre grandezas, relação entre número fracionário e número decimal, ensino das classes de equivalência, e outros saberes a ensinar. Também foi possível compreender que saberes inerentes a ele podem ser compreendidos como vestígios de ressignificações de diferentes apropriações de autores de manuais pedagógicos. Assim, a investigação mostra que um dispositivo didático pode ser o meio de articular saberes a e para ensinar matemática. Pode ser resultado de apropriações, de sistematizações; um elemento da matemática do ensino.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91303044","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-29DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e89471
E. Zuin
O presente artigo descreve uma investigação que teve como objetivo verificar a presença do ensino do Desenho nos currículos das escolas normais, primárias e complementares de Minas Gerais, entre os anos de 1906 a 1927. Como fontes primárias, foram arrolados documentos referentes à legislação escolar e manuais didáticos de Desenho editados no final do século XIX e início do século XX. A pesquisa se fundamenta nos referenciais da História Cultural. No tocante ao Curso Normal, buscou-se determinar os saberes a ensinar e os saberes para ensinar relativos à rubrica Desenho. Foi possível a formulação de algumas inferências através do exame da legislação e da confrontação entre a documentação oficial e os impressos didáticos. A análise da legislação indica que houve uma determinação para o ensino do Desenho, como forma de expressão e como método de resolução de problemas de geometria, com uma clara indicação de encerrar, neste último caso, um objetivo propedêutico quanto à formação profissional. Constatam-se propostas que visavam favorecer a inclusão de novas práticas no interior do ambiente escolar. O senso estético, presente nos ideais escolanovistas, ficou evidenciado nos programas e instruções para o ensino de Geometria e Desenho.
{"title":"O ensino do desenho nas escolas de Minas Gerais nas primeiras décadas do novecentos","authors":"E. Zuin","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e89471","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e89471","url":null,"abstract":"O presente artigo descreve uma investigação que teve como objetivo verificar a presença do ensino do Desenho nos currículos das escolas normais, primárias e complementares de Minas Gerais, entre os anos de 1906 a 1927. Como fontes primárias, foram arrolados documentos referentes à legislação escolar e manuais didáticos de Desenho editados no final do século XIX e início do século XX. A pesquisa se fundamenta nos referenciais da História Cultural. No tocante ao Curso Normal, buscou-se determinar os saberes a ensinar e os saberes para ensinar relativos à rubrica Desenho. Foi possível a formulação de algumas inferências através do exame da legislação e da confrontação entre a documentação oficial e os impressos didáticos. A análise da legislação indica que houve uma determinação para o ensino do Desenho, como forma de expressão e como método de resolução de problemas de geometria, com uma clara indicação de encerrar, neste último caso, um objetivo propedêutico quanto à formação profissional. Constatam-se propostas que visavam favorecer a inclusão de novas práticas no interior do ambiente escolar. O senso estético, presente nos ideais escolanovistas, ficou evidenciado nos programas e instruções para o ensino de Geometria e Desenho.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"47 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89397512","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-29DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e90111
David Antonio Da Costa, Wagner Rodrigues Valente
Apresentação do Dossiê “A produção do currículo de matemática: história e perspectivas atuais” , Volume 40, número 2, abril/jun., 2022, da Revista Perspectiva da UFSC.
{"title":"Pesquisas sobre a natureza dos saberes envolvidos no ensino de matemática e na formação de professores","authors":"David Antonio Da Costa, Wagner Rodrigues Valente","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e90111","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e90111","url":null,"abstract":"Apresentação do Dossiê “A produção do currículo de matemática: história e perspectivas atuais” , Volume 40, número 2, abril/jun., 2022, da Revista Perspectiva da UFSC.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"15 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87494678","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-24DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e84116
Carina Copatti
Tem-se evidenciado, no âmbito da formação de professores de Geografia, preocupação em avançar as reflexões e os estudos inerentes aos conhecimentos e saberes necessários à docência, indo além da definição dos conhecimentos de conteúdo e definições metodológicas implicados no exercício da docência Desse modo, propõe-se refletir a respeito das bases epistemológicas desse processo, compreendendo os constructos que envolvem distintas perspectivas e que contribuem na construção de um modo de pensamento de professor. Defende-se, neste sentido, a construção do que se denomina como Pensamento Pedagógico-Geográfico de Professor (PPGP), o que envolve um amplo espectro de elementos oriundos da Geografia científica, em seus delineamentos na Geografia acadêmica (como formadora dos professores que atuarão na escola) e na Geografia escolar (onde ocorre a atuação docente), mas que não se limitam a essa ciência. Envolve, também, a Educação, com sua historicidade, seus processos pedagógicos, com cultura, singularidades e outros movimentos implicados na construção do pensamento. Procura-se responder, diante disso, com base no conhecimento construído acerca da formação docente, que conhecimentos e saberes são essenciais à formação de professores de Geografia e que constituem o Pensamento Pedagógico-Geográfico de Professor? Considera-se que esses aportes precisam estar claros na atividade docente para amparar as intenções, as ações, as proposições e as decisões dos professores envolvidos na articulação entre o olhar profissional, com seus aspectos específicos, considerando o espaço de atuação e sua subjetividade. Para tanto, desenvolve-se uma pesquisa de caráter qualitativo, de base teórica e reflexiva, no sentido de avançar as proposições já apresentadas em pesquisa de doutoramento.
{"title":"Em busca de uma epistemologia na formação de professores de Geografia: percurso pelo pensamento pedagógico-geográfico de professor","authors":"Carina Copatti","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e84116","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e84116","url":null,"abstract":"Tem-se evidenciado, no âmbito da formação de professores de Geografia, preocupação em avançar as reflexões e os estudos inerentes aos conhecimentos e saberes necessários à docência, indo além da definição dos conhecimentos de conteúdo e definições metodológicas implicados no exercício da docência Desse modo, propõe-se refletir a respeito das bases epistemológicas desse processo, compreendendo os constructos que envolvem distintas perspectivas e que contribuem na construção de um modo de pensamento de professor. Defende-se, neste sentido, a construção do que se denomina como Pensamento Pedagógico-Geográfico de Professor (PPGP), o que envolve um amplo espectro de elementos oriundos da Geografia científica, em seus delineamentos na Geografia acadêmica (como formadora dos professores que atuarão na escola) e na Geografia escolar (onde ocorre a atuação docente), mas que não se limitam a essa ciência. Envolve, também, a Educação, com sua historicidade, seus processos pedagógicos, com cultura, singularidades e outros movimentos implicados na construção do pensamento. Procura-se responder, diante disso, com base no conhecimento construído acerca da formação docente, que conhecimentos e saberes são essenciais à formação de professores de Geografia e que constituem o Pensamento Pedagógico-Geográfico de Professor? Considera-se que esses aportes precisam estar claros na atividade docente para amparar as intenções, as ações, as proposições e as decisões dos professores envolvidos na articulação entre o olhar profissional, com seus aspectos específicos, considerando o espaço de atuação e sua subjetividade. Para tanto, desenvolve-se uma pesquisa de caráter qualitativo, de base teórica e reflexiva, no sentido de avançar as proposições já apresentadas em pesquisa de doutoramento.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"38 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72719795","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-24DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e84355
A. C. Rocha
Formada pela Escola Normal Modelo de Belo Horizonte, Alda Lodi é reconhecida pelo papel significativo que desempenhou no campo do ensino de matemática em Minas Gerais. Depois da temporada em que se dedicou aos estudos sobre Metodologia da Aritmética no Teachers College da Universidade de Columbia em Nova Iorque, Alda Lodi tornou-se professora da Escola de Aperfeiçoamento de Belo Horizonte (EA). Entre as décadas de 1940 e 1950, Alda Lodi elaborou dois programas de Aritmética e Geometria voltados para o ensino primário e publicados pela Secretaria de Educação de Minas Gerais. Nossa pesquisa tem se dedicado a investigar os elementos que a caracterizam como expert da educação. Este artigo pretende explorar as prescrições do Programa de Aritmética e Geometria escrito por Alda Lodi e publicado em 1953. Ele conecta esse documento ao programa experimental publicado em 1941 pela mesma Secretaria, cuja seção de Aritmética e Geometria também foi escrita por Lodi. A comparação entre os dois programas leva em consideração três fatores: a incorporação da EA ao Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG) em 1946, as mudanças contextuais do período e as discussões que Lodi desenvolveu como professora de Metodologia de Aritmética neste intervalo de tempo. Assim, este trabalho procura relacionar os saberes da matemática ensinada por Lodi nos cursos de formação de professores às prescrições curriculares presentes nesses programas de ensino. Finalmente, conclui que as reflexões sobre o ensino de Aritmética presentes nos programas de ensino analisados estão vinculadas ao trabalho docente de Lodi na EA e no IEMG. Este artigo pretende explorar as prescrições do Programa de Aritmética e Geometria escrito por Alda Lodi e publicado em 1953. Ele conecta este documento ao programa experimental publicado em 1941 pela mesma secretaria, cuja seção de Aritmética e Geometria também foi escrita por Lodi. A comparação entre os dois programas leva em consideração três fatores: a incorporação da EA ao Instituto de Educação de Minas Gerais em 1946, as mudanças contextuais do período e as discussões que Lodi desenvolveu como professora de Metodologia de Aritmética neste intervalo. Assim, este trabalho procura relacionar os saberes da matemática ensinada por Lodi nos cursos de formação de professores às prescrições curriculares presentes nestes programas de ensino.
Alda Lodi毕业于贝洛奥里藏特的Escola Normal Modelo,因其在米纳斯吉拉斯州数学教学领域的重要作用而受到认可。阿尔达·洛迪(Alda Lodi)在纽约哥伦比亚大学教师学院(Teachers College of the university of Columbia)学习算术方法论一季后,成为贝洛奥里藏特(Belo Horizonte)改进学校(EA)的一名教师。在20世纪40年代到50年代之间,阿尔达·洛迪为小学开发了两个算术和几何程序,并由米纳斯吉拉斯教育部出版。我们的研究致力于调查她作为教育专家的特征的因素。本文旨在探讨由Alda Lodi编写并于1953年出版的算术和几何程序的规定。他将这篇论文与1941年同一部门出版的实验程序联系起来,该部门的算术和几何部分也是由洛迪编写的。这两个项目之间的比较考虑了三个因素:1946年米纳斯吉拉斯教育学院(IEMG)的合并,这一时期的背景变化,以及洛迪作为算术方法论教师在这段时间内进行的讨论。因此,本研究试图将洛迪在教师培训课程中教授的数学知识与这些教学计划的课程规定联系起来。最后,得出结论,分析的教学方案中对算术教学的反思与Lodi在EA和IEMG中的教学工作有关。本文旨在探讨由Alda Lodi编写并于1953年出版的算术和几何程序的规定。他将这篇论文与1941年由同一部门出版的实验程序联系起来,该部门的算术和几何部分也是由洛迪编写的。这两个项目之间的比较考虑了三个因素:1946年米纳斯吉拉斯教育学院的合并,这一时期的背景变化,以及洛迪作为算术方法论教师在这一范围内进行的讨论。因此,本研究试图将洛迪在教师培训课程中教授的数学知识与这些教学计划的课程规定联系起来。
{"title":"Interseções entre a formação de professores e a elaboração de Programas Escolares: Alda Lodi, Minas Gerais, 1941-1957","authors":"A. C. Rocha","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e84355","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e84355","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000\u0000Formada pela Escola Normal Modelo de Belo Horizonte, Alda Lodi é reconhecida pelo papel significativo que desempenhou no campo do ensino de matemática em Minas Gerais. Depois da temporada em que se dedicou aos estudos sobre Metodologia da Aritmética no Teachers College da Universidade de Columbia em Nova Iorque, Alda Lodi tornou-se professora da Escola de Aperfeiçoamento de Belo Horizonte (EA). Entre as décadas de 1940 e 1950, Alda Lodi elaborou dois programas de Aritmética e Geometria voltados para o ensino primário e publicados pela Secretaria de Educação de Minas Gerais. Nossa pesquisa tem se dedicado a investigar os elementos que a caracterizam como expert da educação. Este artigo pretende explorar as prescrições do Programa de Aritmética e Geometria escrito por Alda Lodi e publicado em 1953. Ele conecta esse documento ao programa experimental publicado em 1941 pela mesma Secretaria, cuja seção de Aritmética e Geometria também foi escrita por Lodi. A comparação entre os dois programas leva em consideração três fatores: a incorporação da EA ao Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG) em 1946, as mudanças contextuais do período e as discussões que Lodi desenvolveu como professora de Metodologia de Aritmética neste intervalo de tempo. Assim, este trabalho procura relacionar os saberes da matemática ensinada por Lodi nos cursos de formação de professores às prescrições curriculares presentes nesses programas de ensino. Finalmente, conclui que as reflexões sobre o ensino de Aritmética presentes nos programas de ensino analisados estão vinculadas ao trabalho docente de Lodi na EA e no IEMG.\u0000\u0000\u0000\u0000\u0000Este artigo pretende explorar as prescrições do Programa de Aritmética e Geometria escrito por Alda Lodi e publicado em 1953. Ele conecta este documento ao programa experimental publicado em 1941 pela mesma secretaria, cuja seção de Aritmética e Geometria também foi escrita por Lodi. A comparação entre os dois programas leva em consideração três fatores: a incorporação da EA ao Instituto de Educação de Minas Gerais em 1946, as mudanças contextuais do período e as discussões que Lodi desenvolveu como professora de Metodologia de Aritmética neste intervalo. Assim, este trabalho procura relacionar os saberes da matemática ensinada por Lodi nos cursos de formação de professores às prescrições curriculares presentes nestes programas de ensino.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"45 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77628398","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-24DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e84012
W. Valente, Gisele de Gouvêa
Os estudos sobre o currículo, em particular, aqueles sobre o currículo de matemática, têm sido pautados por análises que não incluem investigações diretamente ligadas aos processos e dinâmicas envolvidos na sistematização de saberes para o ensino e para a formação de professores. Para tal, há que investigar a documentação curricular por meio de estudos históricos, enfrentando o desafio que o historiador Jacques Le Goff (1996) denominou a passagem da análise de monumentos a documentos. Este artigo analisa alguns aspectos do processo de elaboração de novos saberes para a formação de professores e para o ensino de matemática consolidados na Proposta Curricular do estado de São Paulo na década de 1980. Momento decisivo de retomada da democracia, com a eleição direta de novos governadores, o período envolve iniciativas das políticas estaduais em elaborar documentação educacional que pudesse afastar-se de tempos de ditadura militar. O estudo reúne material empírico vindo dos experts que elaboraram a Proposta. Conclui-se por evidenciar novos processos que passaram a incluir professores e suas experiências de práticas pedagógicas, reagindo à organização da matemática organizada para o ensino sistematizada pelos experts.
{"title":"O currículo de matemática sob a perspectiva dos experts: cenas da elaboração da proposta curricular para o ensino de matemática 1º. grau (São Paulo, década de 1980)","authors":"W. Valente, Gisele de Gouvêa","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e84012","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e84012","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000\u0000Os estudos sobre o currículo, em particular, aqueles sobre o currículo de matemática, têm sido pautados por análises que não incluem investigações diretamente ligadas aos processos e dinâmicas envolvidos na sistematização de saberes para o ensino e para a formação de professores. Para tal, há que investigar a documentação curricular por meio de estudos históricos, enfrentando o desafio que o historiador Jacques Le Goff (1996) denominou a passagem da análise de monumentos a documentos. Este artigo analisa alguns aspectos do processo de elaboração de novos saberes para a formação de professores e para o ensino de matemática consolidados na Proposta Curricular do estado de São Paulo na década de 1980. Momento decisivo de retomada da democracia, com a eleição direta de novos governadores, o período envolve iniciativas das políticas estaduais em elaborar documentação educacional que pudesse afastar-se de tempos de ditadura militar. O estudo reúne material empírico vindo dos experts que elaboraram a Proposta. Conclui-se por evidenciar novos processos que passaram a incluir professores e suas experiências de práticas pedagógicas, reagindo à organização da matemática organizada para o ensino sistematizada pelos experts.\u0000\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"67 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72518749","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-12DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e85466
Cleber Schaefer Barbaresco, Flavia Caraiba de Castro, Renata Feuser Silveira, D. A. Costa
Este artigo tem como objetivo caracterizar o Serviço de Remodelação do Ensino Profissional Técnico como um lugar de expertise. Para este propósito, busca-se compreender como a comissão do Serviço de Remodelação investiu em trabalhos de inspeção como uma ferramenta de diagnóstico. Também, entender como as inspeções se converteram em conhecimento que proporciona ajustar os métodos de ensino, em particular, do ensino de matemática. Como referencial teórico será utilizado o conceito de expertise para se interpretar o Serviço de Remodelação como lugar institucional capaz de gerar conhecimentos e experiências reconhecidas pelo governo, no âmbito do ensino profissional técnico. Foram utilizados como fontes de pesquisa para este estudo os Relatórios do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio e materiais elaborados pelo Serviço de Remodelação. Além disso, fez-se uso de fontes secundárias, como literaturas consolidadas sobre a temática proposta e matérias de jornais da época, que contribuíram com informações. Como resultado, verifica-se que o Serviço de Remodelação se fundamenta inicialmente em uma expertise que se desenvolve em outros conhecimentos e experiências, principalmente no que tange a lógica gestionária, que implica na reestruturação do ensino de matemática. Tal reestruturação altera as lógicas de transmissão dos conteúdos dos saberes e das práticas. Com isso, tem-se que essa expertise do Serviço de Remodelação vai moldar a Rede de Ensino Profissional Técnico estabelecida com as EAAs.
{"title":"O serviço de remodelação do ensino profissional técnico das escolas de aprendizes artífices: um lugar de expertise para o ensino profissional técnico","authors":"Cleber Schaefer Barbaresco, Flavia Caraiba de Castro, Renata Feuser Silveira, D. A. Costa","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e85466","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e85466","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo caracterizar o Serviço de Remodelação do Ensino Profissional Técnico como um lugar de expertise. Para este propósito, busca-se compreender como a comissão do Serviço de Remodelação investiu em trabalhos de inspeção como uma ferramenta de diagnóstico. Também, entender como as inspeções se converteram em conhecimento que proporciona ajustar os métodos de ensino, em particular, do ensino de matemática. Como referencial teórico será utilizado o conceito de expertise para se interpretar o Serviço de Remodelação como lugar institucional capaz de gerar conhecimentos e experiências reconhecidas pelo governo, no âmbito do ensino profissional técnico. Foram utilizados como fontes de pesquisa para este estudo os Relatórios do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio e materiais elaborados pelo Serviço de Remodelação. Além disso, fez-se uso de fontes secundárias, como literaturas consolidadas sobre a temática proposta e matérias de jornais da época, que contribuíram com informações. Como resultado, verifica-se que o Serviço de Remodelação se fundamenta inicialmente em uma expertise que se desenvolve em outros conhecimentos e experiências, principalmente no que tange a lógica gestionária, que implica na reestruturação do ensino de matemática. Tal reestruturação altera as lógicas de transmissão dos conteúdos dos saberes e das práticas. Com isso, tem-se que essa expertise do Serviço de Remodelação vai moldar a Rede de Ensino Profissional Técnico estabelecida com as EAAs.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-08-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89059488","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}