Pub Date : 2022-08-12DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e67869
Sandra Luciana Dalmagro
O artigo relaciona a forma escolar, tal como definida na literatura, com a percepção dos estudantes quanto à organização do trabalho escolar e pedagógico. A pesquisa de campo foi realizada em três escolas portuguesas com características diferenciadas entre si: duas de perfil tradicional sendo uma de localização periférica e outra voltada a setores sociais elitizados. Uma terceira escola foi selecionada por adotar métodos inovadores. Realizamos observações nas turmas, grupos focais com estudantes e entrevistas com docentes. O suporte teórico advém das perspectivas críticas, sobretudo Enguita (1989), o qual destaca o isomorfismo entre sociedade e escola burguesa. As escolas de perfil tradicional foram objeto de críticas pelos estudantes. A de periferia revela a formação para inserção social precária e um cunho assistencial, enquanto a escola voltada às elites mostrou-se mais enrijecida em seus métodos, sofrendo grande rejeição estudantil. Aquela com proposta pedagógica inovadora alcança algumas mudanças na forma escolar e atrai o interesse e o envolvimento dos estudantes. Concluímos que a escola precisa ser transformada radicalmente em seu conteúdo e forma para estar em sintonia com as novas gerações e os desafios da sociedade atual, mas o conjunto social igualmente precisa ser revolucionado pois, no limite, é este que modula o conteúdo, a forma e os sentidos que os sujeitos imprimem à escola.
{"title":"Conteúdo e forma da escola na perspectiva dos estudantes","authors":"Sandra Luciana Dalmagro","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e67869","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e67869","url":null,"abstract":"O artigo relaciona a forma escolar, tal como definida na literatura, com a percepção dos estudantes quanto à organização do trabalho escolar e pedagógico. A pesquisa de campo foi realizada em três escolas portuguesas com características diferenciadas entre si: duas de perfil tradicional sendo uma de localização periférica e outra voltada a setores sociais elitizados. Uma terceira escola foi selecionada por adotar métodos inovadores. Realizamos observações nas turmas, grupos focais com estudantes e entrevistas com docentes. O suporte teórico advém das perspectivas críticas, sobretudo Enguita (1989), o qual destaca o isomorfismo entre sociedade e escola burguesa. As escolas de perfil tradicional foram objeto de críticas pelos estudantes. A de periferia revela a formação para inserção social precária e um cunho assistencial, enquanto a escola voltada às elites mostrou-se mais enrijecida em seus métodos, sofrendo grande rejeição estudantil. Aquela com proposta pedagógica inovadora alcança algumas mudanças na forma escolar e atrai o interesse e o envolvimento dos estudantes. Concluímos que a escola precisa ser transformada radicalmente em seu conteúdo e forma para estar em sintonia com as novas gerações e os desafios da sociedade atual, mas o conjunto social igualmente precisa ser revolucionado pois, no limite, é este que modula o conteúdo, a forma e os sentidos que os sujeitos imprimem à escola.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"115 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-08-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76714158","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-12DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e84077
M. Almeida, Rui Candeias
Este artigo pretende aprofundar o conhecimento sobre o ensino da Matemática nos primeiros anos de escolaridade, estabelecendo um diálogo entre as propostas curriculares obrigatórias para o ensino da Geometria e as indicações didáticas transmitidas aos professores através de manuais de didática e de orientações para o ensino. Analisámos por um lado, os programas portugueses obrigatórios para a Matemática do ensino primário e para a Telescola, procurando conhecer os conteúdos, as orientações e os materiais didáticos relativos à Geometria referidos nesses documentos. Por outro lado, olhámos para os materiais da formação de professores do ensino primário e para as orientações para o ensino da Matemática na Telescola, em busca das indicações didáticas aí preconizadas para o ensino da Geometria. O período escolhido insere-se numa época em que circulavam internacionalmente ideias de renovação do ensino da matemática, o Movimento da Matemática Moderna, pelo que também procurámos a influência deste movimento nos materiais analisados. O estudo é baseado numa análise documental, de natureza descritiva e interpretativa, com uma perspetiva histórica. As fontes utilizadas englobam os programas em vigor na época e os materiais produzidos especificamente para professores, ou para futuros professores, que contêm indicações didáticas. De uma forma geral, os materiais produzidos especificamente para professores, ou para futuros professores, centram-se na componente pedagógica e seguem as indicações dos documentos curriculares oficiais na abordagem proposta. A análise evidenciou uma preocupação em adequar o ensino de geometria à faixa etária dos alunos favorecendo uma abordagem simultaneamente utilitária, formativa, intuitiva e ativa.
{"title":"O ensino da geometria nos primeiros anos (1965-1974) em Portugal: diálogo entre os programas e os materiais de formação dos professores","authors":"M. Almeida, Rui Candeias","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e84077","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e84077","url":null,"abstract":"Este artigo pretende aprofundar o conhecimento sobre o ensino da Matemática nos primeiros anos de escolaridade, estabelecendo um diálogo entre as propostas curriculares obrigatórias para o ensino da Geometria e as indicações didáticas transmitidas aos professores através de manuais de didática e de orientações para o ensino. Analisámos por um lado, os programas portugueses obrigatórios para a Matemática do ensino primário e para a Telescola, procurando conhecer os conteúdos, as orientações e os materiais didáticos relativos à Geometria referidos nesses documentos. Por outro lado, olhámos para os materiais da formação de professores do ensino primário e para as orientações para o ensino da Matemática na Telescola, em busca das indicações didáticas aí preconizadas para o ensino da Geometria. O período escolhido insere-se numa época em que circulavam internacionalmente ideias de renovação do ensino da matemática, o Movimento da Matemática Moderna, pelo que também procurámos a influência deste movimento nos materiais analisados. O estudo é baseado numa análise documental, de natureza descritiva e interpretativa, com uma perspetiva histórica. As fontes utilizadas englobam os programas em vigor na época e os materiais produzidos especificamente para professores, ou para futuros professores, que contêm indicações didáticas. De uma forma geral, os materiais produzidos especificamente para professores, ou para futuros professores, centram-se na componente pedagógica e seguem as indicações dos documentos curriculares oficiais na abordagem proposta. A análise evidenciou uma preocupação em adequar o ensino de geometria à faixa etária dos alunos favorecendo uma abordagem simultaneamente utilitária, formativa, intuitiva e ativa.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"25 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-08-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81507482","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-08DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e86356
Giovanna Ofretorio de Oliveira Martin Franchi, M. S. Hobold
Este texto objetivou analisar e discutir a temática Didática como componente curricular nas pesquisas no Campo da Didática, buscando compreender “o que” se tem pesquisado sobre o campo na Pós-Graduação em Educação no Brasil e quais elementos relacionados a essa temática foram constantes, ausentes ou intermitentes, as lacunas e os desafios. Foram indicadas 991 dissertações e teses classificadas em 16 temas, incluindo Didática. Esse tema apresentou duas subcategorias temáticas - Didática como campo científico e Didática como componente curricular. O estudo analisou cinco produções científicas, sendo três dissertações e duas teses classificadas na segunda categoria - Didática como componente curricular. Os elementos analisados foram: a instituição de vínculo, o objeto de estudo, o objetivo do estudo, os sujeitos, a metodologia de pesquisa, os resultados e as conclusões, o campo e a dimensão da Didática em que as produções são classificadas. De acordo com a análise, a maioria das produções foram desenvolvidas em IES pertencentes à região Sudeste; o que se produz aborda os aspectos relacionados à história da disciplina; os sentidos atribuídos à disciplina por docentes e alunos, especificamente em seu caráter instrumental; a relevância da disciplina na formação de professores e a constituição dos conteúdos da disciplina por meio dos manuais didáticos. Percebe-se, ainda, a prevalência de pesquisas no campo da Didática, cuja temática aborda a conceituação do próprio campo.
{"title":"Pesquisas contemporâneas em didática: contribuições para a formação de professores","authors":"Giovanna Ofretorio de Oliveira Martin Franchi, M. S. Hobold","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e86356","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e86356","url":null,"abstract":"Este texto objetivou analisar e discutir a temática Didática como componente curricular nas pesquisas no Campo da Didática, buscando compreender “o que” se tem pesquisado sobre o campo na Pós-Graduação em Educação no Brasil e quais elementos relacionados a essa temática foram constantes, ausentes ou intermitentes, as lacunas e os desafios. Foram indicadas 991 dissertações e teses classificadas em 16 temas, incluindo Didática. Esse tema apresentou duas subcategorias temáticas - Didática como campo científico e Didática como componente curricular. O estudo analisou cinco produções científicas, sendo três dissertações e duas teses classificadas na segunda categoria - Didática como componente curricular. Os elementos analisados foram: a instituição de vínculo, o objeto de estudo, o objetivo do estudo, os sujeitos, a metodologia de pesquisa, os resultados e as conclusões, o campo e a dimensão da Didática em que as produções são classificadas. De acordo com a análise, a maioria das produções foram desenvolvidas em IES pertencentes à região Sudeste; o que se produz aborda os aspectos relacionados à história da disciplina; os sentidos atribuídos à disciplina por docentes e alunos, especificamente em seu caráter instrumental; a relevância da disciplina na formação de professores e a constituição dos conteúdos da disciplina por meio dos manuais didáticos. Percebe-se, ainda, a prevalência de pesquisas no campo da Didática, cuja temática aborda a conceituação do próprio campo.\u0000 ","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-08-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87155594","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-04DOI: 10.5007/2175-795x.2022.e85432
G. Cruz, Cecília Silvano Batalha, Fernanda Lahtermaher, Talita da Silva Campelo
O artigo tem por objetivo analisar situações de ensino protagonizadas por professores iniciantes em escolas públicas localizadas em áreas conflagradas do estado do Rio de Janeiro, como meio de discutir os desafios de uma educação democrática e comprometida com a justiça social, em um tempo marcado por incertezas em diferentes esferas da vida. Orienta-se pelo seguinte questionamento: o que é imprescindível à docência em tempos e contextos incertos e de exclusão social na perspectiva de professores que vivem as incertezas do início da profissão? Teoricamente, fundamenta-se em Santos (2020), Biesta (2013) e Zeichner (2008), para discutir didática e docência em ‘tempos incertos’ e a insurgência de uma educação democrática; em André (2018) e Cruz, Farias e Hobold (2020), para situar os professores em inserção profissional; e em Candau (2009, 2011, 2015, 2020), para defender perspectivas a favor de uma didática intercultural. Metodologicamente, analisa depoimentos de seis professores em situação de inserção profissional em escolas de áreas conflagradas, cujas constatações indicam que, apesar das circunstâncias, os professores mobilizam fazeres e saberes profissionais a favor da inclusão e da diversidade, expressos em relações pedagógicas afetivas e planejamentos com ênfase no diálogo e no trabalho diferenciado. Conclui com a defesa de perspectivas a favor de uma didática intercultural situada no tempo e no contexto e comprometida com a educação democrática e a justiça social.
{"title":"Didática e docência em tempos incertos: desafios à educação democrática e à justiça social","authors":"G. Cruz, Cecília Silvano Batalha, Fernanda Lahtermaher, Talita da Silva Campelo","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e85432","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e85432","url":null,"abstract":"\u0000\u0000\u0000\u0000O artigo tem por objetivo analisar situações de ensino protagonizadas por professores iniciantes em escolas públicas localizadas em áreas conflagradas do estado do Rio de Janeiro, como meio de discutir os desafios de uma educação democrática e comprometida com a justiça social, em um tempo marcado por incertezas em diferentes esferas da vida. Orienta-se pelo seguinte questionamento: o que é imprescindível à docência em tempos e contextos incertos e de exclusão social na perspectiva de professores que vivem as incertezas do início da profissão? Teoricamente, fundamenta-se em Santos (2020), Biesta (2013) e Zeichner (2008), para discutir didática e docência em ‘tempos incertos’ e a insurgência de uma educação democrática; em André (2018) e Cruz, Farias e Hobold (2020), para situar os professores em inserção profissional; e em Candau (2009, 2011, 2015, 2020), para defender perspectivas a favor de uma didática intercultural. Metodologicamente, analisa depoimentos de seis professores em situação de inserção profissional em escolas de áreas conflagradas, cujas constatações indicam que, apesar das circunstâncias, os professores mobilizam fazeres e saberes profissionais a favor da inclusão e da diversidade, expressos em relações pedagógicas afetivas e planejamentos com ênfase no diálogo e no trabalho diferenciado. Conclui com a defesa de perspectivas a favor de uma didática intercultural situada no tempo e no contexto e comprometida com a educação democrática e a justiça social.\u0000\u0000\u0000\u0000","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"32 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-08-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76471447","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Se construyó una hipótesis explicativa para un patrón de difusión de covid-19 especialmente intenso y temprano detectado en regiones latinoamericanas donde predominan actividades extractivas de materias primas para consumo en mercados globales —incluso en comparación con regiones metropolitanas cercanas—. Para ello, se propone considerarlas como paisajes operativos fundamentales en procesos de urbanización global; en función de ello, el análisis en función de las estrategias de movilidad relevadas en esos territorios permitió identificar factores específicos determinantes de las altas tasas de contagio y circulación del virus. Para asegurar la fiabilidad y la disponibilidad de datos y profundizar en el análisis y la discusión de resultados, se determinó como caso de estudio la región agroproductiva de Córdoba (Argentina). Se procesaron estadísticas socioeconómicas y productivas y se reconstruyó la difusión de covid-19 con datos desagregados por localidad entre marzo de 2020 y enero de 2021. La contrastación de esta información permitió afirmar que las pautas cotidianas de sus habitantes son producto de la dicotomía no resuelta entre lógicas devenidas de un desarrollo histórico como comunidades rurales y nuevas lógicas determinadas por su articulación en redes globales con alta movilidad de mercancías y personas; esto tiende a amplificar los factores de riesgo, incluso en comparación con regiones metropolitanas consideradas de mayor riesgo sanitario. De esta forma, la restructuración de estos territorios como paisaje operativo podría explicar el patrón de difusión del virus e inferir sus tendencias de desarrollo a mediano plazo, convirtiéndose en un aporte estratégico para intervenciones de contención y remediación sanitaria y políticas de desarrollo regional.
{"title":"Estrategias de movilidad en paisajes operativos latinoamericanos como factor de riesgo en tiempos de covid-19","authors":"S. Boccolini","doi":"10.19053/01233769.13071","DOIUrl":"https://doi.org/10.19053/01233769.13071","url":null,"abstract":"Se construyó una hipótesis explicativa para un patrón de difusión de covid-19 especialmente intenso y temprano detectado en regiones latinoamericanas donde predominan actividades extractivas de materias primas para consumo en mercados globales —incluso en comparación con regiones metropolitanas cercanas—. Para ello, se propone considerarlas como paisajes operativos fundamentales en procesos de urbanización global; en función de ello, el análisis en función de las estrategias de movilidad relevadas en esos territorios permitió identificar factores específicos determinantes de las altas tasas de contagio y circulación del virus. Para asegurar la fiabilidad y la disponibilidad de datos y profundizar en el análisis y la discusión de resultados, se determinó como caso de estudio la región agroproductiva de Córdoba (Argentina). Se procesaron estadísticas socioeconómicas y productivas y se reconstruyó la difusión de covid-19 con datos desagregados por localidad entre marzo de 2020 y enero de 2021. La contrastación de esta información permitió afirmar que las pautas cotidianas de sus habitantes son producto de la dicotomía no resuelta entre lógicas devenidas de un desarrollo histórico como comunidades rurales y nuevas lógicas determinadas por su articulación en redes globales con alta movilidad de mercancías y personas; esto tiende a amplificar los factores de riesgo, incluso en comparación con regiones metropolitanas consideradas de mayor riesgo sanitario. De esta forma, la restructuración de estos territorios como paisaje operativo podría explicar el patrón de difusión del virus e inferir sus tendencias de desarrollo a mediano plazo, convirtiéndose en un aporte estratégico para intervenciones de contención y remediación sanitaria y políticas de desarrollo regional. ","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41871925","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
José Sebastián Sandoval Díaz, Saron Monsalves Peña, Vivana Vejar Valles
Chile presenta un alto nivel de exposición y vulnerabilidad frente a los procesos de riesgo de desastre y además es uno de los cinco países con más volcanes activos a nivel mundial. A este escenario se suma el incremento sostenido del envejecimiento poblacional, ya que se trata de un grupo etario altamente vulnerable ante situaciones de riesgo natural. Sin embargo, experiencias previas, contextos y organizaciones locales pueden propiciar oportunidades para que las personas mayores adquieran y desplieguen capacidades de afrontamiento adaptativas ante situaciones críticas. Por ello, en el presente trabajo se analizaron las capacidades individuales y colectivas de personas mayores expuestas al riesgo volcánico en una zona rural del sur de Chile. Se utilizó un diseño de caso cualitativo, de corte fenomenológico, y se seleccionaron intencionadamente 15 personas mayores. Los datos son producidos mediante entrevistas semiestructuradas y un grupo focal, utilizando como estrategia de análisis el proceso de codificación de la teoría fundamentada. Como primer resultado, se identifican, como capacidades de afrontamiento individuales, la resiliencia psicológica, el envejecimiento positivo y la movilización ante el riesgo volcánico. En términos de capacidades colectivas, se identifica el rol del capital social, como presencia de vínculos y redes organizativas comunitarias e institucionales que facilitan procesos de participación, implicación, confianza y solidaridad a escala local. Como conclusión, se sostiene la importancia de incorporar la capacidad de agencia y el envejecimiento positivo en la gestión local de riesgo de desastre, comprendiendo que el fortalecimiento de la adaptación y la resiliencia debe ir acompañado de participación y reducción estructural e institucional de las vulnerabilidades.
{"title":"Capacidades y capital social ante un riesgo natural en personas mayores: el caso del Complejo Volcánico Nevados de Chillán, Chile","authors":"José Sebastián Sandoval Díaz, Saron Monsalves Peña, Vivana Vejar Valles","doi":"10.19053/01233769.13434","DOIUrl":"https://doi.org/10.19053/01233769.13434","url":null,"abstract":"Chile presenta un alto nivel de exposición y vulnerabilidad frente a los procesos de riesgo de desastre y además es uno de los cinco países con más volcanes activos a nivel mundial. A este escenario se suma el incremento sostenido del envejecimiento poblacional, ya que se trata de un grupo etario altamente vulnerable ante situaciones de riesgo natural. Sin embargo, experiencias previas, contextos y organizaciones locales pueden propiciar oportunidades para que las personas mayores adquieran y desplieguen capacidades de afrontamiento adaptativas ante situaciones críticas. Por ello, en el presente trabajo se analizaron las capacidades individuales y colectivas de personas mayores expuestas al riesgo volcánico en una zona rural del sur de Chile. Se utilizó un diseño de caso cualitativo, de corte fenomenológico, y se seleccionaron intencionadamente 15 personas mayores. Los datos son producidos mediante entrevistas semiestructuradas y un grupo focal, utilizando como estrategia de análisis el proceso de codificación de la teoría fundamentada. Como primer resultado, se identifican, como capacidades de afrontamiento individuales, la resiliencia psicológica, el envejecimiento positivo y la movilización ante el riesgo volcánico. En términos de capacidades colectivas, se identifica el rol del capital social, como presencia de vínculos y redes organizativas comunitarias e institucionales que facilitan procesos de participación, implicación, confianza y solidaridad a escala local. Como conclusión, se sostiene la importancia de incorporar la capacidad de agencia y el envejecimiento positivo en la gestión local de riesgo de desastre, comprendiendo que el fortalecimiento de la adaptación y la resiliencia debe ir acompañado de participación y reducción estructural e institucional de las vulnerabilidades.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43181159","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
En este artículo se describen y analizan las intervenciones y cambios antropogeomorfológicos para el territorio de Chía, situado en el centro de Colombia sobre la cordillera Oriental andina. La investigación se fundamentó en los adelantos de la subdisciplina “antropogeomorfología” y se elaboró a partir de revisión documental, fotointerpretación de insumos, trabajo de campo y el examen cuantitativo de datos. Los resultados muestran un recuento de las acciones humanas, con ejemplos gráficos del fenómeno y caracterizaciones a escala 1:10.000 para cuatro periodos de referencia (1940, 1977, 2000 y 2020). Se definieron, asimismo, patrones y tendencias de las intervenciones en relación con los sistemas morfogénicos naturales y se estimó la huella de las antropogeoformas en función de la magnitud de las excavaciones y acumulaciones artificiales. Se concluye que se presenta una primacía actual de los modelados urbanogénicos, de tránsito, gestión hídrica y residuos para los ambientes fluviolacustres del altiplano, mientras que en los flancos montañosos se destaca el predominio de los modelados agrogénicos y de minería, con el aumento de las morfologías suburbanas.
{"title":"Dinámicas de antropización geomorfológica en el municipio de Chía (Cundinamarca, Colombia)","authors":"Miguel Angel Castiblanco Sierra","doi":"10.19053/01233769.13568","DOIUrl":"https://doi.org/10.19053/01233769.13568","url":null,"abstract":"En este artículo se describen y analizan las intervenciones y cambios antropogeomorfológicos para el territorio de Chía, situado en el centro de Colombia sobre la cordillera Oriental andina. La investigación se fundamentó en los adelantos de la subdisciplina “antropogeomorfología” y se elaboró a partir de revisión documental, fotointerpretación de insumos, trabajo de campo y el examen cuantitativo de datos. Los resultados muestran un recuento de las acciones humanas, con ejemplos gráficos del fenómeno y caracterizaciones a escala 1:10.000 para cuatro periodos de referencia (1940, 1977, 2000 y 2020). Se definieron, asimismo, patrones y tendencias de las intervenciones en relación con los sistemas morfogénicos naturales y se estimó la huella de las antropogeoformas en función de la magnitud de las excavaciones y acumulaciones artificiales. Se concluye que se presenta una primacía actual de los modelados urbanogénicos, de tránsito, gestión hídrica y residuos para los ambientes fluviolacustres del altiplano, mientras que en los flancos montañosos se destaca el predominio de los modelados agrogénicos y de minería, con el aumento de las morfologías suburbanas.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46869164","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Retomando los aportes y reflexiones surgidas en el marco del foro homónimo, celebrado en octubre de 2020, en el texto se aborda la pertinencia de la cartografía participativa en diferentes contextos de disputa, despojo o reivindicación territorial que se viven en la región latinoamericana, sobre todo por el modelo extractivo neoliberal que impera en sus economías. Se hace énfasis en los procesos seguidos por los cinco colectivos participantes para la elaboración de materiales didácticos y su implementación. Esto permite entender que las guías, cartillas y manuales sirven en primer lugar como herramientas de sistematización de experiencias que cumplen un papel de mediación práctica, pedagógica y política en la reivindicación y la construcción de territorialidades diversas, contrahegemónicas o en resistencia. En segundo lugar, se convierten en instrumentos de transmisión de conocimientos tanto en el ámbito universitario, facilitando la incorporación de nuevas generaciones a este enfoque crítico y popular de la cartografía, como hacia otros sectores o territorios en contextos similares. Finalmente, evidenciamos algunos de los retos éticos y pedagógicos de estos materiales de elaboración colectiva que, más que un producto de difusión, fungen como dispositivos de diálogo y reflexión desde y para la acción territorial.
{"title":"Mapas para armar: de cartillas, manuales y guías de cartografía participativa","authors":"Gabriela Mariana Fenner Sánchez, Sofía Zaragocin, Froilán Cubillos Alfaro, Álvaro Ignacio González Ibáñez, Julieth Monroy Hernández","doi":"10.19053/01233769.13785","DOIUrl":"https://doi.org/10.19053/01233769.13785","url":null,"abstract":"Retomando los aportes y reflexiones surgidas en el marco del foro homónimo, celebrado en octubre de 2020, en el texto se aborda la pertinencia de la cartografía participativa en diferentes contextos de disputa, despojo o reivindicación territorial que se viven en la región latinoamericana, sobre todo por el modelo extractivo neoliberal que impera en sus economías. Se hace énfasis en los procesos seguidos por los cinco colectivos participantes para la elaboración de materiales didácticos y su implementación. Esto permite entender que las guías, cartillas y manuales sirven en primer lugar como herramientas de sistematización de experiencias que cumplen un papel de mediación práctica, pedagógica y política en la reivindicación y la construcción de territorialidades diversas, contrahegemónicas o en resistencia. En segundo lugar, se convierten en instrumentos de transmisión de conocimientos tanto en el ámbito universitario, facilitando la incorporación de nuevas generaciones a este enfoque crítico y popular de la cartografía, como hacia otros sectores o territorios en contextos similares. Finalmente, evidenciamos algunos de los retos éticos y pedagógicos de estos materiales de elaboración colectiva que, más que un producto de difusión, fungen como dispositivos de diálogo y reflexión desde y para la acción territorial. ","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47705513","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ana Márquez Barrenechea, Antonio Palacios García, Carmen Hidalgo Giralt
Population trends lean towards urban settings. Its rapid expansion has created inequalities and poverty in urban areas around the world. This research is part of a series of recent publications on Spanish cities (Barcelona and Madrid). The work attempts to evaluate the current situation of urban socio-environmental vulnerability in Bilbao, a city located in the north of Spain. Three spatial scales have been considered: census tract, neighbourhood and district. The 277 census tracts that make up the municipality are analysed through the Synthetic Indicator of Relative Socio-environmental Vulnerability (RSEVuSI). Subsequently, the census tracts identified as vulnerable by the indicator were analysed in depth through a qualitative methodology. Among the main findings, we highlight the spatial distribution patterns of socio-environmental vulnerability in Bilbao. In general, the least vulnerable areas are located near the centre and the Bilbao estuary, while the most vulnerable are located in the peripheral districts (i.e. Otxarkoaga-Txurdinaga and Rekalde). However, some census tracts that present high vulnerability values are located in a central district (i.e. Ibaiondo). In fact, one of the main challenges to be addressed is the gentrification of this area, as many authors argue. The qualitative evaluation reveal that, in general, there is an acceptable level of maintenance and cleaning of public spaces and urban furniture. However, with respect to the urban landscape, there are significant differences between the census tracts with the highest and lowest RSEVuSI values. It should be done more qualitative research so that planning and renewal actions can be implemented where they are really needed.
{"title":"Urban socio-environmental vulnerability in Bilbao, Spain: a study through an urban indicator, Geographical Information Systems, and qualitative data analysis","authors":"Ana Márquez Barrenechea, Antonio Palacios García, Carmen Hidalgo Giralt","doi":"10.19053/01233769.13517","DOIUrl":"https://doi.org/10.19053/01233769.13517","url":null,"abstract":"Population trends lean towards urban settings. Its rapid expansion has created inequalities and poverty in urban areas around the world. This research is part of a series of recent publications on Spanish cities (Barcelona and Madrid). The work attempts to evaluate the current situation of urban socio-environmental vulnerability in Bilbao, a city located in the north of Spain. Three spatial scales have been considered: census tract, neighbourhood and district. The 277 census tracts that make up the municipality are analysed through the Synthetic Indicator of Relative Socio-environmental Vulnerability (RSEVuSI). Subsequently, the census tracts identified as vulnerable by the indicator were analysed in depth through a qualitative methodology. Among the main findings, we highlight the spatial distribution patterns of socio-environmental vulnerability in Bilbao. In general, the least vulnerable areas are located near the centre and the Bilbao estuary, while the most vulnerable are located in the peripheral districts (i.e. Otxarkoaga-Txurdinaga and Rekalde). However, some census tracts that present high vulnerability values are located in a central district (i.e. Ibaiondo). In fact, one of the main challenges to be addressed is the gentrification of this area, as many authors argue. The qualitative evaluation reveal that, in general, there is an acceptable level of maintenance and cleaning of public spaces and urban furniture. However, with respect to the urban landscape, there are significant differences between the census tracts with the highest and lowest RSEVuSI values. It should be done more qualitative research so that planning and renewal actions can be implemented where they are really needed.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47940149","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}