Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.26563/dobras.i36.1611
Roberta Del-Vechio, R. Bona
A fotografia publicitária de moda, por meio de seus arranjos estéticos, procura produzir o sentido da marca, sua identidade e personalidade. Nessas imagens, o corpo e a performance passam a ser elementos importantes na produção de moda, principalmente na construção de uma aura do luxo em mensagens publicitárias de marcas do mercado jovem e popular. O objetivo deste artigo é investigar como o corpo performático se articula nas fotografias publicitárias de moda contemporânea, ao produzir arranjos estéticos e efeitos de sentido de luxo em marcas de moda populares e jovens. A pesquisa se classifica como qualitativa e exploratória e utiliza o método de estudo de caso. Como principal resultado constata-se que pelas imagens abordadas tem-se indicadores que apontam para um certo padrão que caracteriza a aura e os efeitos do luxo e um deles é o corpo performático. Os corpos se articulam de forma a dar conta da identidade da marca e do comportamento do público a que se destina a campanha de publicidade.
{"title":"Corpo, performance e a fotografia publicitária de moda: a aura de luxo em marcas do mercado jovem e popular","authors":"Roberta Del-Vechio, R. Bona","doi":"10.26563/dobras.i36.1611","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1611","url":null,"abstract":"A fotografia publicitária de moda, por meio de seus arranjos estéticos, procura produzir o sentido da marca, sua identidade e personalidade. Nessas imagens, o corpo e a performance passam a ser elementos importantes na produção de moda, principalmente na construção de uma aura do luxo em mensagens publicitárias de marcas do mercado jovem e popular. O objetivo deste artigo é investigar como o corpo performático se articula nas fotografias publicitárias de moda contemporânea, ao produzir arranjos estéticos e efeitos de sentido de luxo em marcas de moda populares e jovens. A pesquisa se classifica como qualitativa e exploratória e utiliza o método de estudo de caso. Como principal resultado constata-se que pelas imagens abordadas tem-se indicadores que apontam para um certo padrão que caracteriza a aura e os efeitos do luxo e um deles é o corpo performático. Os corpos se articulam de forma a dar conta da identidade da marca e do comportamento do público a que se destina a campanha de publicidade.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"63 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134546198","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.26563/dobras.i36.1610
Renata Costa Leahy
Este artigo pretende abordar os corpos dos desfiles de moda a partir da compreensão do corpo como uma força sensório-motora expressiva, que nos permite considerar, em meio à visível uniformidade de performances nas passarelas, nuances das especificidades compositoras de tais aparições. Assim, apresentaremos a noção de vazamentos corporais, defendida na tese Metáfora do Cabide: corpo e aparição nos desfiles de moda (LEAHY, 2018), sobretudo a partir das noções de técnicas do corpo, do sociólogo e antropólogo Marcel Mauss (2003), e de esquema corporal, do filósofo fenomenólogo Maurice Merleau-Ponty (1999). Após situarmos as formas pelas quais os corpos vestidos realizavam suas performances nos desfiles até os modos contemporâneos, tratamos da questão das técnicas corporais utilizadas especificamente na atividade dos corpos nas passarelas, que podem ser compreendidas como técnicas do desfilar. A partir de breves exemplos de desfiles da São Paulo Fashion Week 42 (SPFW42) do ano de 2016, analisados na tese2, vamos perceber e discutir sobre os vazamentos operados e expressos por esses corpos, reconhecendo-os como elaborados em uma cultura, agenciados como potências sensíveis e motoras. 2Os desfiles analisados foram: Animale, Lab, Água de Coco e Ronaldo Fraga.
{"title":"Das técnicas do desfilar aos vazamentos corporais","authors":"Renata Costa Leahy","doi":"10.26563/dobras.i36.1610","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1610","url":null,"abstract":"Este artigo pretende abordar os corpos dos desfiles de moda a partir da compreensão do corpo como uma força sensório-motora expressiva, que nos permite considerar, em meio à visível uniformidade de performances nas passarelas, nuances das especificidades compositoras de tais aparições. Assim, apresentaremos a noção de vazamentos corporais, defendida na tese Metáfora do Cabide: corpo e aparição nos desfiles de moda (LEAHY, 2018), sobretudo a partir das noções de técnicas do corpo, do sociólogo e antropólogo Marcel Mauss (2003), e de esquema corporal, do filósofo fenomenólogo Maurice Merleau-Ponty (1999). Após situarmos as formas pelas quais os corpos vestidos realizavam suas performances nos desfiles até os modos contemporâneos, tratamos da questão das técnicas corporais utilizadas especificamente na atividade dos corpos nas passarelas, que podem ser compreendidas como técnicas do desfilar. A partir de breves exemplos de desfiles da São Paulo Fashion Week 42 (SPFW42) do ano de 2016, analisados na tese2, vamos perceber e discutir sobre os vazamentos operados e expressos por esses corpos, reconhecendo-os como elaborados em uma cultura, agenciados como potências sensíveis e motoras. \u00002Os desfiles analisados foram: Animale, Lab, Água de Coco e Ronaldo Fraga.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"225 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121624522","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.26563/dobras.i36.1605
Pâmela Tavares de Carvalho, Luciana Carmona Garcia
O presente artigo, ancorado nos estudos discursivos, a partir do método arquegenealógico engendrado por Michel Foucault, tem como objetivo observar os mecanismos que constroem o corpo dito e visto nas linhas históricas, sociais e culturais como masculino, nas redes discursivas da Moda. De início contextualizamos a noção de acontecimento para que fosse possível tomar os enunciados que, em diferentes ordens, selecionam, organizam e redirecionam os discursos que falam sobre o homem e/ou a mulher. Em seguida, procuramos demonstrar como o corpo - e seus significantes e significados - tem sido o objeto pelo que se luta no espaço da Moda. O corpus para o qual se volta nosso olhar analítico é formado por um ensaio-reportagem publicado pela revista Manchete, edição número 0652, ano de 1964, no qual fora possível observar que a Moda, ao inscrever-se na desobediência do corpo, pode ser capaz de (re)modelar-se na multiplicidade do masculino e do feminino, desestabilizando ‘verdades’ sobre as políticas determinantes do corpo, do gênero e das subjetividades.
{"title":"A (des)ordem do corpo: costuras entre moda e gênero","authors":"Pâmela Tavares de Carvalho, Luciana Carmona Garcia","doi":"10.26563/dobras.i36.1605","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1605","url":null,"abstract":"O presente artigo, ancorado nos estudos discursivos, a partir do método arquegenealógico engendrado por Michel Foucault, tem como objetivo observar os mecanismos que constroem o corpo dito e visto nas linhas históricas, sociais e culturais como masculino, nas redes discursivas da Moda. De início contextualizamos a noção de acontecimento para que fosse possível tomar os enunciados que, em diferentes ordens, selecionam, organizam e redirecionam os discursos que falam sobre o homem e/ou a mulher. Em seguida, procuramos demonstrar como o corpo - e seus significantes e significados - tem sido o objeto pelo que se luta no espaço da Moda. O corpus para o qual se volta nosso olhar analítico é formado por um ensaio-reportagem publicado pela revista Manchete, edição número 0652, ano de 1964, no qual fora possível observar que a Moda, ao inscrever-se na desobediência do corpo, pode ser capaz de (re)modelar-se na multiplicidade do masculino e do feminino, desestabilizando ‘verdades’ sobre as políticas determinantes do corpo, do gênero e das subjetividades.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131958191","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.26563/dobras.i36.1607
Álamo Bandeira, Walter Franklin M. Correia
Dos resultados obtidos em pesquisa de doutoramento (uma fotoetnografia urbana aplicada à moda), apresenta-se aqui um grupo urbano, formado por homens, entre 25 e 50 anos, com forte desejo de consumo, frequentadores das pool parties e after parties (festas eletrônicas voltadas ao público homossexual), que elabora seu léxico de moda por meio da escolha de vestuário e intervenções estéticas que projetam e emolduram seus corpos (re)desenhados. Convergem daí reflexões acerca de consumo e identidade (BAUMAN, 2008), corporalidade (LE BRETON, 2012, 2013, 2016) e capital simbólico (BOURDIEU, 1989, 2015). Os frequentadores de pool party traduzem seus ideais de consumo de moda no credo que sua musculatura — comprada, construída e padronizada — é sinônimo de sucesso e inserção social, portanto deve ser evidenciada. A seleção de fotografias, realizadas por este pesquisador, relata suas imersões nos seguinte locais: Brasília, Recife, São Paulo, João Pessoa, Natal, Tibau do Sul e Maceió, entre dezembro de 2020 e março de 2022. Os dados etnográficos apresentados corroboram, assim, a tese de que, diante das inúmeras pressões de consumo, o corpo masculino (coberto por tatuagens, lapidado em horas de academia, modulações hormonais e vultosos e invasivos procedimentos dermato-cosméticos, em diferentes graus) — antes mero coadjuvante do vestir — é (re)desenhado e elevado ao posto central de elemento de moda, gerando desejo de pertencimentocomparável ao provocado pelos tradicionais produtos de moda masculina.
{"title":"Corpos (des)cobertos: moda e masculinidades em uma abordagem etnográfica","authors":"Álamo Bandeira, Walter Franklin M. Correia","doi":"10.26563/dobras.i36.1607","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1607","url":null,"abstract":"Dos resultados obtidos em pesquisa de doutoramento (uma fotoetnografia urbana aplicada à moda), apresenta-se aqui um grupo urbano, formado por homens, entre 25 e 50 anos, com forte desejo de consumo, frequentadores das pool parties e after parties (festas eletrônicas voltadas ao público homossexual), que elabora seu léxico de moda por meio da escolha de vestuário e intervenções estéticas que projetam e emolduram seus corpos (re)desenhados. Convergem daí reflexões acerca de consumo e identidade (BAUMAN, 2008), corporalidade (LE BRETON, 2012, 2013, 2016) e capital simbólico (BOURDIEU, 1989, 2015). Os frequentadores de pool party traduzem seus ideais de consumo de moda no credo que sua musculatura — comprada, construída e padronizada — é sinônimo de sucesso e inserção social, portanto deve ser evidenciada. A seleção de fotografias, realizadas por este pesquisador, relata suas imersões nos seguinte locais: Brasília, Recife, São Paulo, João Pessoa, Natal, Tibau do Sul e Maceió, entre dezembro de 2020 e março de 2022. Os dados etnográficos apresentados corroboram, assim, a tese de que, diante das inúmeras pressões de consumo, o corpo masculino (coberto por tatuagens, lapidado em horas de academia, modulações hormonais e vultosos e invasivos procedimentos dermato-cosméticos, em diferentes graus) — antes mero coadjuvante do vestir — é (re)desenhado e elevado ao posto central de elemento de moda, gerando desejo de pertencimentocomparável ao provocado pelos tradicionais produtos de moda masculina.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126776626","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.26563/dobras.i36.1614
Renato Gonçalves Ferreira Filho
Este artigo busca desenvolver uma reflexão filosófica acerca dos sentidos do desnudamento a partir de um estudo de caso dos figurinos assinados por Fábia Bercsek para as performances de Laura Diaz, vocalista do grupo musical independente Teto Preto. Em diálogo com as discussões empreendidas por Giorgio Agamben sobre a nudez e a noção de performance de Paul Zumthor, observamos como a veste pode se colocar como um agente a emoldurar e ressignificar a nudez no contexto performático. Como corpus de análise, elencamos três peças usadas em cena e analisamos suas modelagens, suas dinâmicas e seus sentidos em relação à tríade corpo vestido-espaço-espectador, que propomos como modelo analítico. Como resultados, destacamos as possibilidades e as potencialidades políticas do figurino de Fábia Bercsek, considerando-se a modelagem, a leitura de gênero e o tensionamento do dispositivo nudez/veste.
{"title":"A moldura do desnudamento. Tensionamentos do dispositivo nudez/veste no figurino de Fábia Bercsek para a performance musical de Laura Diaz (Teto Preto)","authors":"Renato Gonçalves Ferreira Filho","doi":"10.26563/dobras.i36.1614","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1614","url":null,"abstract":"Este artigo busca desenvolver uma reflexão filosófica acerca dos sentidos do desnudamento a partir de um estudo de caso dos figurinos assinados por Fábia Bercsek para as performances de Laura Diaz, vocalista do grupo musical independente Teto Preto. Em diálogo com as discussões empreendidas por Giorgio Agamben sobre a nudez e a noção de performance de Paul Zumthor, observamos como a veste pode se colocar como um agente a emoldurar e ressignificar a nudez no contexto performático. Como corpus de análise, elencamos três peças usadas em cena e analisamos suas modelagens, suas dinâmicas e seus sentidos em relação à tríade corpo vestido-espaço-espectador, que propomos como modelo analítico. Como resultados, destacamos as possibilidades e as potencialidades políticas do figurino de Fábia Bercsek, considerando-se a modelagem, a leitura de gênero e o tensionamento do dispositivo nudez/veste.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124946268","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.26563/dobras.i36.1618
Cristiane Maria Medeiros Laia
Um documentário de moda que narra a criação de uma agência de modelos na Favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro. Os desfiles de passarela que têm, nos últimos anos, diversificado as cores, traços e texturas dos corpos que os compõem. A ideia de direito das gentes, que Achille Mbembe desenvolve para dizer dos lugares que são cedidos a cada corpo na divisão colonial do mundo. O Multinaturalismo que, oferecido por Eduardo Viveiros de Castro, aparece como um contraponto aos modelos multiculturalistas ocidentais, e traz o Equívoco como uma possibilidade de múltiplas vozes no lugar de discursos unívocos de mundo. Ailton Krenak e Denilson Baniwa, com as cosmologias de seus povos que despertam a vontade de entender os fenômenos do Ocidente por outras perspectivas. Aparecida Vilaça e os relatos que nos oferece sobre xamanismo do povo Wari’. A ideia de tradução de mundos, presente em algumas cosmologias indígenas, que surge como alternativa para pensar fenômenos ocidentais. É na junção de tudo isso que se ergue esse escrito. Uma tentativa, um exercício em curso de olhar para a chegada de corpos periféricos nas passarelas de moda, inspirados em formas não ocidentalizadas de entender o mundo e suas relações. Uma esperançosa proposta de novas leituras e apropriações de mundo, que atendam às convocações éticas, estéticas, políticas e sensíveis dos tempos atuais.
一部时尚纪录片,讲述了在里约热内卢北部Jacarezinho贫民窟创建一家模特经纪公司的故事。的跑道时装表演,在过去的几年里,不同颜色和纹理特征,构成人的尸体。阿基利·姆本贝(Achille Mbembe)提出的国际法概念是指在世界殖民划分中分配给每个机构的地方。由Eduardo Viveiros de Castro提供的多自然主义,似乎是西方多元文化主义模式的对立面,并带来了误解,作为多种声音的可能性,而不是单一的世界话语。Ailton Krenak和Denilson Baniwa,他们的人民的宇宙学唤醒了从其他角度理解西方现象的意愿。Aparecida vilaca和它提供给我们的关于瓦里人萨满教的报告。世界翻译的想法,存在于一些本土宇宙论中,作为思考西方现象的一种选择而出现。正是在这一切的交汇处,这篇文章才出现了。这是一种尝试,一种持续的练习,旨在观察时尚t台上外围身体的到来,灵感来自非西方化的理解世界及其关系的方式。这是对世界的新解读和挪用的一个充满希望的建议,符合当今时代的伦理、美学、政治和敏感的呼吁。
{"title":"Os Corpos Periféricos são um Equívoco! Sobre a impossibilidade de soterrar a chegada da favela nas passarelas de moda","authors":"Cristiane Maria Medeiros Laia","doi":"10.26563/dobras.i36.1618","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1618","url":null,"abstract":"Um documentário de moda que narra a criação de uma agência de modelos na Favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro. Os desfiles de passarela que têm, nos últimos anos, diversificado as cores, traços e texturas dos corpos que os compõem. A ideia de direito das gentes, que Achille Mbembe desenvolve para dizer dos lugares que são cedidos a cada corpo na divisão colonial do mundo. O Multinaturalismo que, oferecido por Eduardo Viveiros de Castro, aparece como um contraponto aos modelos multiculturalistas ocidentais, e traz o Equívoco como uma possibilidade de múltiplas vozes no lugar de discursos unívocos de mundo. Ailton Krenak e Denilson Baniwa, com as cosmologias de seus povos que despertam a vontade de entender os fenômenos do Ocidente por outras perspectivas. Aparecida Vilaça e os relatos que nos oferece sobre xamanismo do povo Wari’. A ideia de tradução de mundos, presente em algumas cosmologias indígenas, que surge como alternativa para pensar fenômenos ocidentais. É na junção de tudo isso que se ergue esse escrito. Uma tentativa, um exercício em curso de olhar para a chegada de corpos periféricos nas passarelas de moda, inspirados em formas não ocidentalizadas de entender o mundo e suas relações. Uma esperançosa proposta de novas leituras e apropriações de mundo, que atendam às convocações éticas, estéticas, políticas e sensíveis dos tempos atuais.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131487376","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.26563/dobras.i36.1613
Wadson Gomes Amorim, Flávia Marieta Magalhães Rigoni, Maria Regina Álvares Correia Dias
Este artigo tem como objetivo relatar e discutir dinâmicas de aprendizagem inventiva, com foco na experiência corporal, utilizadas na disciplina optativa Laboratório de Joalheria Contemporânea, ofertada na Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais no período de 2017 a 2019. Ao abordar a relação entre corpo e joia, pensando nos desdobramentos desse entrelace nos indivíduos que projetam as peças e as usam, a disciplina propôs explorar a conexão entre ser no mundo e mundo vivido. Tendo como referência o sentido de corpo-próprio, de Maurice Merleau-Ponty (2011), os alunos foram convocados a experimentar e a criar a partir do próprio corpo, em interação com territórios coletivos. Por meio de atividades prático-reflexivas, as dinâmicas corporais permitiram extrair motivações e reflexões para o desenvolvimento de uma joia contemporânea. Ao explorar diferentes formatos pedagógicos, buscamos estimular a invenção, fomentar a produção de subjetividades e criar ambientes propícios à experimentação a partir da análise e da entrega do corpo ao processo e do questionamento do contemporâneo.
{"title":"Laboratório de Joalheria Contemporânea: o corpo como matéria-prima da invenção","authors":"Wadson Gomes Amorim, Flávia Marieta Magalhães Rigoni, Maria Regina Álvares Correia Dias","doi":"10.26563/dobras.i36.1613","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1613","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo relatar e discutir dinâmicas de aprendizagem inventiva, com foco na experiência corporal, utilizadas na disciplina optativa Laboratório de Joalheria Contemporânea, ofertada na Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais no período de 2017 a 2019. Ao abordar a relação entre corpo e joia, pensando nos desdobramentos desse entrelace nos indivíduos que projetam as peças e as usam, a disciplina propôs explorar a conexão entre ser no mundo e mundo vivido. Tendo como referência o sentido de corpo-próprio, de Maurice Merleau-Ponty (2011), os alunos foram convocados a experimentar e a criar a partir do próprio corpo, em interação com territórios coletivos. Por meio de atividades prático-reflexivas, as dinâmicas corporais permitiram extrair motivações e reflexões para o desenvolvimento de uma joia contemporânea. Ao explorar diferentes formatos pedagógicos, buscamos estimular a invenção, fomentar a produção de subjetividades e criar ambientes propícios à experimentação a partir da análise e da entrega do corpo ao processo e do questionamento do contemporâneo.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127095945","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.26563/dobras.i36.1609
M. Medeiros, T. Siciliano
A Socila foi uma escola de boas maneiras fundada no Rio de Janeiro, com grande sucesso entre as décadas de 1950 e 1970, que até hoje é mencionada na imprensa como sinônimo de elegância. Uma de suas fundadoras, Maria Augusta, ensinou a centenas de mulheres o chamado “aperfeiçoamento social”: era importante não apenas se embelezar, mas dominar técnicas de postura e educação do corpo a fim de compor o que Goffman ([1959] 2014) denomina “fachada”. A moda é um elemento da fachada? Quais são os outros? Por meio da análise de reportagens3 sobre a Socila na imprensa (1954-2022), propomos refletir em que medida a elegância é uma construção a partir dos modos; se e como pode ser aprendida por meio do ensino do habitus e de uma hexis corporal (BOURDIEU, 1983); e refletir sobre roupa e corpo como elementos que se amalgamam em uma produção de sentido.
{"title":"A moda e os modos na Socila: hexis corporal e a fachada da elegância","authors":"M. Medeiros, T. Siciliano","doi":"10.26563/dobras.i36.1609","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1609","url":null,"abstract":"A Socila foi uma escola de boas maneiras fundada no Rio de Janeiro, com grande sucesso entre as décadas de 1950 e 1970, que até hoje é mencionada na imprensa como sinônimo de elegância. Uma de suas fundadoras, Maria Augusta, ensinou a centenas de mulheres o chamado “aperfeiçoamento social”: era importante não apenas se embelezar, mas dominar técnicas de postura e educação do corpo a fim de compor o que Goffman ([1959] 2014) denomina “fachada”. A moda é um elemento da fachada? Quais são os outros? Por meio da análise de reportagens3 sobre a Socila na imprensa (1954-2022), propomos refletir em que medida a elegância é uma construção a partir dos modos; se e como pode ser aprendida por meio do ensino do habitus e de uma hexis corporal (BOURDIEU, 1983); e refletir sobre roupa e corpo como elementos que se amalgamam em uma produção de sentido.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"67 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126317480","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.26563/dobras.i36.1617
Érica Maria Calíope Sobreira, Clayton Robson Moreira da Silva, Áurio Lúcio Leocádio
Esta pesquisa teve como objetivo compreender o papel da identidade e do consumo de roupas no processo de adoção do armário-cápsula. Foi desenvolvido um estudo qualitativo com treze mulheres que adotaram o armário-cápsula. Entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo foram aplicadas para coletar e explorar os dados. Com base nas descobertas, foi proposto um diagrama do processo de adoção do armário-cápsula. Os resultados indicam que o processo de adoção do armário-cápsula está intrinsecamente relacionado às mudanças na identidade e no consumo de roupas de seus adeptos. O papel da identidade nesse processo foi percebido por meio de uma transição do foco na identidade social para o foco na identidade pessoal. Portanto, com a adoção do armário--cápsula, “você veste o que você é”. Como limitações da pesquisa, mencionamos as falhas de conexão que algumas vezes interromperam o fluxo das entrevistas. Como implicações gerenciais, sugerimos que varejistas e outras empresas poderiam adaptar ou desenvolverestratégias de marketing adequadas para esse novo segmento de consumidores: os adeptos do armário-cápsula. Por exemplo, produtos focados em durabilidade e alta qualidade (por exemplo, slow fashion) seriam uma alternativa para atingir esses consumidores. As marcas de slow fashion podem focar na conexão entre identidade pessoal e consumo de moda como uma representação visual do eu dos indivíduos (ou seja, a ideia de “você veste o que você é”) em suas campanhas. Por fim, este estudo contribui para o campo acadêmico ao propor um diagrama sobre o processo de adoção do armário-cápsula. Contribui também para a literatura de estudos sobre projetos de identidade do consumidor na Teoria da Cultura do Consumidor a partir da associação da identidade com o consumo de vestuário.
{"title":"Você veste o que você é: identidade e consumo de vestuário no processo de adoção do armário-cápsula","authors":"Érica Maria Calíope Sobreira, Clayton Robson Moreira da Silva, Áurio Lúcio Leocádio","doi":"10.26563/dobras.i36.1617","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1617","url":null,"abstract":"Esta pesquisa teve como objetivo compreender o papel da identidade e do consumo de roupas no processo de adoção do armário-cápsula. Foi desenvolvido um estudo qualitativo com treze mulheres que adotaram o armário-cápsula. Entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo foram aplicadas para coletar e explorar os dados. Com base nas descobertas, foi proposto um diagrama do processo de adoção do armário-cápsula. Os resultados indicam que o processo de adoção do armário-cápsula está intrinsecamente relacionado às mudanças na identidade e no consumo de roupas de seus adeptos. O papel da identidade nesse processo foi percebido por meio de uma transição do foco na identidade social para o foco na identidade pessoal. Portanto, com a adoção do armário--cápsula, “você veste o que você é”. Como limitações da pesquisa, mencionamos as falhas de conexão que algumas vezes interromperam o fluxo das entrevistas. Como implicações gerenciais, sugerimos que varejistas e outras empresas poderiam adaptar ou desenvolverestratégias de marketing adequadas para esse novo segmento de consumidores: os adeptos do armário-cápsula. Por exemplo, produtos focados em durabilidade e alta qualidade (por exemplo, slow fashion) seriam uma alternativa para atingir esses consumidores. As marcas de slow fashion podem focar na conexão entre identidade pessoal e consumo de moda como uma representação visual do eu dos indivíduos (ou seja, a ideia de “você veste o que você é”) em suas campanhas. Por fim, este estudo contribui para o campo acadêmico ao propor um diagrama sobre o processo de adoção do armário-cápsula. Contribui também para a literatura de estudos sobre projetos de identidade do consumidor na Teoria da Cultura do Consumidor a partir da associação da identidade com o consumo de vestuário.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114886719","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.26563/dobras.i36.1606
Joana Bosak, Ana Carolina Cruz Acom
Este artigo apresenta uma leitura da Ninfa na história da arte, para pensar desdobramentos do corpo feminino e indícios humanos. Desde o pensamento de Georges Didi-Huberman, a figura mitológica da Ninfa se bifurca entre um corpo feminino e os panejamentos caídos no chão, dobrados ou amassados, desprendidos de um corpo. Refletir sobre a personagem torna-se instrumento para falar do corpo feminino impregnado de significações, o movimento do tempo e queda da Ninfa, o corpo violado ou subversivo. Do outro lado temos os panos separados do corpo, como naturezas mortas eles apodrecem no chão e testemunham histórias de violência e esquecimento.
{"title":"Da Ninfa ao Trapeiro: o panejamento caído, entre restos de moda e rastros de Arte","authors":"Joana Bosak, Ana Carolina Cruz Acom","doi":"10.26563/dobras.i36.1606","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i36.1606","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma leitura da Ninfa na história da arte, para pensar desdobramentos do corpo feminino e indícios humanos. Desde o pensamento de Georges Didi-Huberman, a figura mitológica da Ninfa se bifurca entre um corpo feminino e os panejamentos caídos no chão, dobrados ou amassados, desprendidos de um corpo. Refletir sobre a personagem torna-se instrumento para falar do corpo feminino impregnado de significações, o movimento do tempo e queda da Ninfa, o corpo violado ou subversivo. Do outro lado temos os panos separados do corpo, como naturezas mortas eles apodrecem no chão e testemunham histórias de violência e esquecimento.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126337736","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}