Pub Date : 2022-07-29DOI: 10.26563/dobras.i35.1385
Priscila Kieling Pontin, Moisés Waismann, J. Bem
Já existe um tempo em que a moda está sendo repensada no que tange às questões do seu ciclo existencial, o de uma peça, por exemplo. A construção de uma identidade com base na moda DIY ressignifica os brechós como objeto de consumo crescente nas sociedades. Assim, o público pode se expressar com uma identidade única, uma mistura de estilos em que as peças garimpadas em brechós tomam cena no cotidiano do vestuário e possibilitam uma cultura de “resistência” à tendência comum, ao mainstream, que muitos buscam ao vestir peças de segunda mão ou feitas de forma artesanal, criando, assim, um estilo próprio como forma de se diferenciar no que tange sua comunicação visual. Este texto problematiza a construção de uma identidade a partir da moda DIY e sua relação com o consumo em brechós, especificamente no Bendita Traça. Fez-se uma revisão bibliográfica sobre o tema. Percebe-se que os donos de brechós estão atentos à escolha de peças que são verdadeiros vestígios memoriais, e aqueles que as adquirem mais atentos ainda, pois elas representam uma das bases do DIY. O trabalho oriundo do brechó pesquisado (Bendita Traça) revela uma conexão do passado com o presente por meio dos vestígios e, dessa forma, foi possível refletir sobre a relação do público consumidor com esse tipo de estabelecimento, de forma a estabelecer uma comunicação visual diferenciada.
{"title":"moda e a memória","authors":"Priscila Kieling Pontin, Moisés Waismann, J. Bem","doi":"10.26563/dobras.i35.1385","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i35.1385","url":null,"abstract":"Já existe um tempo em que a moda está sendo repensada no que tange às questões do seu ciclo existencial, o de uma peça, por exemplo. A construção de uma identidade com base na moda DIY ressignifica os brechós como objeto de consumo crescente nas sociedades. Assim, o público pode se expressar com uma identidade única, uma mistura de estilos em que as peças garimpadas em brechós tomam cena no cotidiano do vestuário e possibilitam uma cultura de “resistência” à tendência comum, ao mainstream, que muitos buscam ao vestir peças de segunda mão ou feitas de forma artesanal, criando, assim, um estilo próprio como forma de se diferenciar no que tange sua comunicação visual. Este texto problematiza a construção de uma identidade a partir da moda DIY e sua relação com o consumo em brechós, especificamente no Bendita Traça. Fez-se uma revisão bibliográfica sobre o tema. Percebe-se que os donos de brechós estão atentos à escolha de peças que são verdadeiros vestígios memoriais, e aqueles que as adquirem mais atentos ainda, pois elas representam uma das bases do DIY. O trabalho oriundo do brechó pesquisado (Bendita Traça) revela uma conexão do passado com o presente por meio dos vestígios e, dessa forma, foi possível refletir sobre a relação do público consumidor com esse tipo de estabelecimento, de forma a estabelecer uma comunicação visual diferenciada.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115541058","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-29DOI: 10.26563/dobras.i35.1549
Mercedes Rodrigues Sanchez
Este artigo apresenta um estudo sobre a construção do arquétipo da femme fatale cinematográfica através do design do vestuário, desde a aparição da personagem da vamp no cinema mudo, até as femmes fatales do thriller erótico dos finais de 80 e 90, passando pelas mulheres que protagonizaram o film noir clássico da década de 40. A autora realiza uma seleção de filmes levando em consideração não apenas a qualidade do filme, mas fundamentalmente baseada na importância do design do figurino para a construção de personagens icônicas e a repercussão que determinados fatos tiveram, quer nas tendências da indústria da moda, quer na construção do arquétipo da mulher fatal no imaginário coletivo.
{"title":"Desvestindo a fatalidade","authors":"Mercedes Rodrigues Sanchez","doi":"10.26563/dobras.i35.1549","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i35.1549","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta um estudo sobre a construção do arquétipo da femme fatale cinematográfica através do design do vestuário, desde a aparição da personagem da vamp no cinema mudo, até as femmes fatales do thriller erótico dos finais de 80 e 90, passando pelas mulheres que protagonizaram o film noir clássico da década de 40. A autora realiza uma seleção de filmes levando em consideração não apenas a qualidade do filme, mas fundamentalmente baseada na importância do design do figurino para a construção de personagens icônicas e a repercussão que determinados fatos tiveram, quer nas tendências da indústria da moda, quer na construção do arquétipo da mulher fatal no imaginário coletivo.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132509696","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-29DOI: 10.26563/dobras.i35.1547
Paulo Catrica
Este portfólio reúne fotografias de Pedro Bandeira e Paulo Catrica, selecionadas a partir de dois projectos editoriais distintos. As fotografias de Bandeira, foram retiradas de “O Mundo às Costas” (2001-2021) e as de Catrica de “Memorator” (2015).[...]
{"title":"Imagens do dossiê","authors":"Paulo Catrica","doi":"10.26563/dobras.i35.1547","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i35.1547","url":null,"abstract":"Este portfólio reúne fotografias de Pedro Bandeira e Paulo Catrica, selecionadas a partir de dois projectos editoriais distintos. As fotografias de Bandeira, foram retiradas de “O Mundo às Costas” (2001-2021) e as de Catrica de “Memorator” (2015).[...]","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"480 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116169689","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-29DOI: 10.26563/dobras.i35.1414
Teresa Biondi
Il verismo filmico viscontiano riguarda il racconto delle trasformazioni identitarie degli italiani dal dopoguerra al boom economico, e si basa sulla rappresentazione del contesto psico-socio-antropologico in cui “modelli di donne della contemporaneità” appaiono per tratti erotizzati, e sempre emblematici di tentativi di una rivalsa femminile ancora in germe. Nei primi film di Visconti questo particolare aspetto prende dunque forma in toni solo idealmente progressisti e non concreti, rappresentati in personaggi interpretati da dive del tempo quali Giovanna-Calamai in Ossessione (1943), Maddalena-Magnani in Bellissima (1951) e Pupe-Schneider ne Il lavoro (1962). Alla base dei potenziali espressivi di queste opere vi è il valore antropomorfico del cinema, descritto in un suo saggio famoso che sembra più una “dichiarazione di intenti”, un preambolo ai suoi film atto a evidenziare la capacità, tutta da costruire, di riprodurre il valore dell’autenticità umana nella recitazione attoriale e nella scena, o a partire dagli aspetti materiali di cui è composta. Proprio la teoria filmica alla base dei suoi film e la correlata rappresentazione scenica, sia nelle forme simboliche costruite dalla regia, sia in quelle materialistiche dell’insieme di scenografie, costumi e fabbisogno scena, inizialmente assumono i tratti del neorealismo, o come egli precisava del “verismo umano” del quale manterrà sempre il carattere, anche nei film del secondo periodo definito dalla critica barocco e decadentista. Questo cambiamento sarà determinato dalla comprensione che il boom economico e il correlato avvento di una nuova società capitalista hanno cambiato radicalmente la vita e la cultura degli italiani, e non sempre verso il meglio. Per narrare tale cambiamento Visconti definirà nuove forme del racconto “realisticamente pre-strutturate” che mostrano, nella ricchezza della materialità degli ambienti e dei costumi, gli aspetti simbolici di un nuovo verismo umano degenerato dal denaro e spesso celato dietro la maschera dell’apparente crescita sociale. A partire da questo discorso si analizzano i tre personaggi femminili citati sopra, con particolare attenzione a Pupe-Schneider, caso di studio scelto per le particolari connotazioni drammaturgiche costruite tramite elementi barocchi della scena e costumi/abiti del marchio Chanel.
{"title":"Donne in rivalsa e nuove “simboliche dei corpi femminili” tra antropomorfismo filmico, moda e idealismo di genere nel primo periodo del cinema viscontiano","authors":"Teresa Biondi","doi":"10.26563/dobras.i35.1414","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i35.1414","url":null,"abstract":"Il verismo filmico viscontiano riguarda il racconto delle trasformazioni identitarie degli italiani dal dopoguerra al boom economico, e si basa sulla rappresentazione del contesto psico-socio-antropologico in cui “modelli di donne della contemporaneità” appaiono per tratti erotizzati, e sempre emblematici di tentativi di una rivalsa femminile ancora in germe. Nei primi film di Visconti questo particolare aspetto prende dunque forma in toni solo idealmente progressisti e non concreti, rappresentati in personaggi interpretati da dive del tempo quali Giovanna-Calamai in Ossessione (1943), Maddalena-Magnani in Bellissima (1951) e Pupe-Schneider ne Il lavoro (1962). Alla base dei potenziali espressivi di queste opere vi è il valore antropomorfico del cinema, descritto in un suo saggio famoso che sembra più una “dichiarazione di intenti”, un preambolo ai suoi film atto a evidenziare la capacità, tutta da costruire, di riprodurre il valore dell’autenticità umana nella recitazione attoriale e nella scena, o a partire dagli aspetti materiali di cui è composta. Proprio la teoria filmica alla base dei suoi film e la correlata rappresentazione scenica, sia nelle forme simboliche costruite dalla regia, sia in quelle materialistiche dell’insieme di scenografie, costumi e fabbisogno scena, inizialmente assumono i tratti del neorealismo, o come egli precisava del “verismo umano” del quale manterrà sempre il carattere, anche nei film del secondo periodo definito dalla critica barocco e decadentista. Questo cambiamento sarà determinato dalla comprensione che il boom economico e il correlato avvento di una nuova società capitalista hanno cambiato radicalmente la vita e la cultura degli italiani, e non sempre verso il meglio. Per narrare tale cambiamento Visconti definirà nuove forme del racconto “realisticamente pre-strutturate” che mostrano, nella ricchezza della materialità degli ambienti e dei costumi, gli aspetti simbolici di un nuovo verismo umano degenerato dal denaro e spesso celato dietro la maschera dell’apparente crescita sociale. A partire da questo discorso si analizzano i tre personaggi femminili citati sopra, con particolare attenzione a Pupe-Schneider, caso di studio scelto per le particolari connotazioni drammaturgiche costruite tramite elementi barocchi della scena e costumi/abiti del marchio Chanel.\u0000 ","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"754 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116126709","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-29DOI: 10.26563/dobras.i35.1459
Rodrigo Diego de Oliveira, M. Okimoto
A moda inclusiva vem ganhando destaque no Brasil desde a criação do Concurso de Moda Inclusiva em 2009, que expôs o potencial de mercado na indústria da moda envolvendo as pessoas com deficiência. Trata-se de um modelo de negócios com grande potencial, considerando que 23,9% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência, sendo 18,8% com algum tipo de deficiência visual de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Assim, o presente estudo tem como objetivo identificar o estado da arte das tecnologias assistivas para pessoas com deficiência visual no âmbito da moda. Como método, os pesquisadores adaptaram a Revisão Bibliográfica Sistemática Roadmap, identificando 19 artigos relevantes para análise e interpretação. Como resultado da RBS, foram mapeadas 30 soluções de tecnologias assistivas com foco no vestuário e nas PcD visual (etiquetas têxteis em Braille, códigos de cores, aplicativos inteligentes entre outras). Além disso, o estudo traz um aprofundamento sobre as barreiras, preferências e as relações dos deficientes visuais com o vestuário no cotidiano, demonstrando que muitas soluções propostas para este público não proporcionam um design universal e/ou inclusivo.
{"title":"Tecnologias assistivas relacionadas à moda para pessoas com deficiência visual","authors":"Rodrigo Diego de Oliveira, M. Okimoto","doi":"10.26563/dobras.i35.1459","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i35.1459","url":null,"abstract":"A moda inclusiva vem ganhando destaque no Brasil desde a criação do Concurso de Moda Inclusiva em 2009, que expôs o potencial de mercado na indústria da moda envolvendo as pessoas com deficiência. Trata-se de um modelo de negócios com grande potencial, considerando que 23,9% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência, sendo 18,8% com algum tipo de deficiência visual de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Assim, o presente estudo tem como objetivo identificar o estado da arte das tecnologias assistivas para pessoas com deficiência visual no âmbito da moda. Como método, os pesquisadores adaptaram a Revisão Bibliográfica Sistemática Roadmap, identificando 19 artigos relevantes para análise e interpretação. Como resultado da RBS, foram mapeadas 30 soluções de tecnologias assistivas com foco no vestuário e nas PcD visual (etiquetas têxteis em Braille, códigos de cores, aplicativos inteligentes entre outras). Além disso, o estudo traz um aprofundamento sobre as barreiras, preferências e as relações dos deficientes visuais com o vestuário no cotidiano, demonstrando que muitas soluções propostas para este público não proporcionam um design universal e/ou inclusivo.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"68 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133819540","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-29DOI: 10.26563/dobras.i35.1550
Paulo Catrica, Pedro Bandeira
{"title":"Galeria","authors":"Paulo Catrica, Pedro Bandeira","doi":"10.26563/dobras.i35.1550","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i35.1550","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"104 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133380887","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-29DOI: 10.26563/dobras.i35.1341
Flavia Jakemiu Araujo Bortolon
Dzi Croquettes: roupas da moda, trajes em cena tem como tema central as peças de roupa usadas pelos dançarinos e atores do grupo Dzi Croquettes, da década de 1970 no Brasil, a fim de criar a atmosfera que provocou a discussão de gênero por meio da fusão do vestuário feminino com o masculino, na qual mesclou-se tecidos delicados com pelos e barbas. Os conceitos de figurino e roupa foram revisitados para demonstrar como o grupo utilizou peças do cotidiano ou da moda vigente para a construção do seu figurino. Segundo Fausto Viana (2017) e Rita Bustamante (2008), o figurino são vestimentas específicas para a representação no palco, que criam personagens e um texto por meio da estética. Essa tese está em consonância com o pensamento da semióloga Lucia Santaella (2004; 2008) e do pesquisador de moda Carlos Gardin (2008), que concebem que a roupa cotidiana, ou uma peça extraída da moda, também apresenta uma linguagem não verbal, traduzindo uma ideia para quem a veste e para quem a visualiza, aproximando o figurino do vestuário. Seguindo esse princípio, neste artigo, os conceitos de roupa e de figurino serão utilizados como sinônimos para analisar o vestuário dos integrantes do Dzi Croquettes.
{"title":"Dzi Croquettes","authors":"Flavia Jakemiu Araujo Bortolon","doi":"10.26563/dobras.i35.1341","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i35.1341","url":null,"abstract":"Dzi Croquettes: roupas da moda, trajes em cena tem como tema central as peças de roupa usadas pelos dançarinos e atores do grupo Dzi Croquettes, da década de 1970 no Brasil, a fim de criar a atmosfera que provocou a discussão de gênero por meio da fusão do vestuário feminino com o masculino, na qual mesclou-se tecidos delicados com pelos e barbas. Os conceitos de figurino e roupa foram revisitados para demonstrar como o grupo utilizou peças do cotidiano ou da moda vigente para a construção do seu figurino. Segundo Fausto Viana (2017) e Rita Bustamante (2008), o figurino são vestimentas específicas para a representação no palco, que criam personagens e um texto por meio da estética. Essa tese está em consonância com o pensamento da semióloga Lucia Santaella (2004; 2008) e do pesquisador de moda Carlos Gardin (2008), que concebem que a roupa cotidiana, ou uma peça extraída da moda, também apresenta uma linguagem não verbal, traduzindo uma ideia para quem a veste e para quem a visualiza, aproximando o figurino do vestuário. Seguindo esse princípio, neste artigo, os conceitos de roupa e de figurino serão utilizados como sinônimos para analisar o vestuário dos integrantes do Dzi Croquettes.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"174 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124272622","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-03-29DOI: 10.26563/dobras.i34.1474
Henrique Grimaldi Figueredo
Tomando as comunidades artísticas em Londres no final dos anos 1980 e início dos anos 1990 como foco, esse artigo pretende desnudar as condicionantes sociais, políticas e econômicas que permitiram a emergência das práticas do-it-yourself na arte e na moda. Identificando na remodelação curricular inglesa e no imaginário social do risco as conjunturas centrais dessas mudanças, demonstraremos como essa geração incorpora outra epistemologia da criação que irá reverberar em distintas ordens simbólicas e materiais, nomeadamente, (i) na reativação do East End; (ii) na criação de empreendedorismos criativos; e, (iii) no rejuvenescimento das energias capitalísticas da cultura, incorporando na primeira década do novo milênio uma conversão das práticas DIY em práticas mainstream. Metodologicamente, utilizaremos uma extensa revisão bibliográfica assim como a aplicação de uma etnografia visual, de modo a constituir os lastros materiais que nos permitem traçar tais concatenações.
{"title":"Fashion Desperados e a geração Sensation","authors":"Henrique Grimaldi Figueredo","doi":"10.26563/dobras.i34.1474","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i34.1474","url":null,"abstract":"Tomando as comunidades artísticas em Londres no final dos anos 1980 e início dos anos 1990 como foco, esse artigo pretende desnudar as condicionantes sociais, políticas e econômicas que permitiram a emergência das práticas do-it-yourself na arte e na moda. Identificando na remodelação curricular inglesa e no imaginário social do risco as conjunturas centrais dessas mudanças, demonstraremos como essa geração incorpora outra epistemologia da criação que irá reverberar em distintas ordens simbólicas e materiais, nomeadamente, (i) na reativação do East End; (ii) na criação de empreendedorismos criativos; e, (iii) no rejuvenescimento das energias capitalísticas da cultura, incorporando na primeira década do novo milênio uma conversão das práticas DIY em práticas mainstream. Metodologicamente, utilizaremos uma extensa revisão bibliográfica assim como a aplicação de uma etnografia visual, de modo a constituir os lastros materiais que nos permitem traçar tais concatenações.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"153 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116050875","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-03-29DOI: 10.26563/dobras.i34.1470
P. Guerra
A moda - em Portugal - ainda permanece algo remota nos estudos académicos. Poucas são as investigações, de enfoque histórico-social, que se debruçaram sobre a importância da moda em Portugal à exceção dos trabalhos de Cristina L. Duarte (2016). Procurando obviar esta relativa omissão, propomos um exercício diacrónico – desde finais dos anos 1970 – incidente na relação entre o do-it-yourself (DIY), a moda manifesta nas culturas urbanas (juvenis) e o (pós)-punk privilegiando uma abordagem de caráter qualitativo e etnográfico. O presente artigo visa, sobretudo, elucidar, analisar e refletir sobre a tríade moda, DIY e punk, procurando dar conta das metamorfoses que a praxis e o ethos DIY sofreram desde meados da década de 1970 (no pós Revolução dos Cravos) até à atualidade. Prioriza-se, nesse sentido, a abordagem dos seguintes eixos: a anti-moda, o punk, o cosmopolitismo e a inevitabilidade do DIY no final dos anos 1970; a moda, o (pós)-punk, a resistência e a implantação do DIY nos anos 1980; a penetração da moda e da estética punk e o desenvolvimento do DIY nos movimentos sociais e lifestyles alternativos nos anos 1990; e ainda, a moda, a comodificação do DIY, a produção artística, o ativismo ecológico e os slow fashion movements nos anos 2000 e subsequentes. Assim, através destes quatro eixos-bússola, aduzimos um percurso empírico-concetual em torno da evolução do DIY e da moda em Portugal, enveredando por um périplo mnemónico, onde revisitámos lojas, eventos, acontecimentos, espaços de lazer, atores e estéticas; indagando, em cada um destes tópicos, os fios com que se foi costurando o DIY tendo em vista o princípio barthesiano de que uma variação do vestuário se faz necessariamente escoltar por uma variação do mundo e vice-versa.
在葡萄牙,时尚在学术研究中仍然有些遥远。除了克里斯蒂娜·l·杜阿尔特(Cristina L. Duarte, 2016)的作品外,很少有研究关注葡萄牙时尚的重要性。为了避免这种相对的遗漏,我们提出了一个历时性的练习——自20世纪70年代末以来——关于DIY (DIY)、城市文化中的时尚表现(青年)和(后)朋克之间的关系,强调定性和人种学的方法。本文旨在阐明、分析和反思时尚、DIY和朋克三位一体,试图解释DIY实践和精神从20世纪70年代中期(康乃馨革命后)到现在所经历的蜕变。在这个意义上,优先考虑以下轴的方法:反时尚、朋克、世界主义和20世纪70年代末DIY的必然性;20世纪80年代的时尚、(后)朋克、抵抗和DIY的实施;20世纪90年代朋克时尚和美学的渗透以及DIY在另类社会运动和生活方式中的发展;还有21世纪及以后的时尚、DIY商品化、艺术生产、生态行动主义和慢时尚运动。因此,通过这四个指南针轴,我们添加了一个关于DIY和葡萄牙时尚演变的经验-概念路径,踏上了一段记忆之旅,在那里我们重新访问了商店、事件、事件、休闲空间、演员和美学;在每一个主题中,探究DIY缝纫的纱线,考虑到barthesiano的原则,即服装的变化必然伴随着世界的变化,反之亦然。
{"title":"Teenagers From Outer Space","authors":"P. Guerra","doi":"10.26563/dobras.i34.1470","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i34.1470","url":null,"abstract":"A moda - em Portugal - ainda permanece algo remota nos estudos académicos. Poucas são as investigações, de enfoque histórico-social, que se debruçaram sobre a importância da moda em Portugal à exceção dos trabalhos de Cristina L. Duarte (2016). Procurando obviar esta relativa omissão, propomos um exercício diacrónico – desde finais dos anos 1970 – incidente na relação entre o do-it-yourself (DIY), a moda manifesta nas culturas urbanas (juvenis) e o (pós)-punk privilegiando uma abordagem de caráter qualitativo e etnográfico. O presente artigo visa, sobretudo, elucidar, analisar e refletir sobre a tríade moda, DIY e punk, procurando dar conta das metamorfoses que a praxis e o ethos DIY sofreram desde meados da década de 1970 (no pós Revolução dos Cravos) até à atualidade. Prioriza-se, nesse sentido, a abordagem dos seguintes eixos: a anti-moda, o punk, o cosmopolitismo e a inevitabilidade do DIY no final dos anos 1970; a moda, o (pós)-punk, a resistência e a implantação do DIY nos anos 1980; a penetração da moda e da estética punk e o desenvolvimento do DIY nos movimentos sociais e lifestyles alternativos nos anos 1990; e ainda, a moda, a comodificação do DIY, a produção artística, o ativismo ecológico e os slow fashion movements nos anos 2000 e subsequentes. Assim, através destes quatro eixos-bússola, aduzimos um percurso empírico-concetual em torno da evolução do DIY e da moda em Portugal, enveredando por um périplo mnemónico, onde revisitámos lojas, eventos, acontecimentos, espaços de lazer, atores e estéticas; indagando, em cada um destes tópicos, os fios com que se foi costurando o DIY tendo em vista o princípio barthesiano de que uma variação do vestuário se faz necessariamente escoltar por uma variação do mundo e vice-versa.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121483562","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-03-29DOI: 10.26563/dobras.i34.1487
Mayra Carlos da Silva, Olga Maria Coutinho Pépece
A proposta desta pesquisa é compreender o significado social do consumo de saia para mulheres de diferentes religiões, no século XXI. Para tanto, a fundamentação teórica contempla a teoria da moda, explorando seus conceitos e sua história, compreendendo- a como um fenômeno cultural que reflete a sociedade e suas características em cada época. Foi apresentado um breve histórico de como a saia feminina e seus significados foram sendo alterados ao longo do tempo, analisando, principalmente, suas influências e seus papéis na sociedade. Quanto aos procedimentos metodológicos, esta é uma pesquisa de natureza qualitativa e caráter descritivo e com recorte transversal. Para a coleta dos dados, na primeira etapa, foram realizadas 13 entrevistas semiestruturadas, complementadas por fotos dos looks do dia registradas ao longo de 10 dias pelas entrevistadas, que permitiram, assim, analisar como as mulheres faziam uso dessas saias – partindo da importância da interação social para a construção dos significados do consumo compartilhados socialmente. Para a análise dos dados, foi utilizada a análise de conteúdo categorial. Como resultados relevantes, destacam-se nove principais significados atribuídos ao consumo da saia feminina, sendo eles: expressão do feminino; elegância; religiosidade; socialização e pertencimento; sedução; vergonha; conforto; versatilidade e vulnerabilidade.
{"title":"Saias femininas e seus significados para mulheres de religiões distintas","authors":"Mayra Carlos da Silva, Olga Maria Coutinho Pépece","doi":"10.26563/dobras.i34.1487","DOIUrl":"https://doi.org/10.26563/dobras.i34.1487","url":null,"abstract":"A proposta desta pesquisa é compreender o significado social do consumo de saia para mulheres de diferentes religiões, no século XXI. Para tanto, a fundamentação teórica contempla a teoria da moda, explorando seus conceitos e sua história, compreendendo- a como um fenômeno cultural que reflete a sociedade e suas características em cada época. Foi apresentado um breve histórico de como a saia feminina e seus significados foram sendo alterados ao longo do tempo, analisando, principalmente, suas influências e seus papéis na sociedade. Quanto aos procedimentos metodológicos, esta é uma pesquisa de natureza qualitativa e caráter descritivo e com recorte transversal. Para a coleta dos dados, na primeira etapa, foram realizadas 13 entrevistas semiestruturadas, complementadas por fotos dos looks do dia registradas ao longo de 10 dias pelas entrevistadas, que permitiram, assim, analisar como as mulheres faziam uso dessas saias – partindo da importância da interação social para a construção dos significados do consumo compartilhados socialmente. Para a análise dos dados, foi utilizada a análise de conteúdo categorial. Como resultados relevantes, destacam-se nove principais significados atribuídos ao consumo da saia feminina, sendo eles: expressão do feminino; elegância; religiosidade; socialização e pertencimento; sedução; vergonha; conforto; versatilidade e vulnerabilidade.","PeriodicalId":432147,"journal":{"name":"dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128873676","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}