Pub Date : 2018-12-21DOI: 10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.42096
D. Brum
O presente artigo tem por objetivo investigar a atuação de mulheres palhaças, abordando para tanto os aspectos artísticos, políticos, históricos e de pesquisa acadêmica sobre este fenômeno, sobretudo no Brasil contemporâneo. A partir de investigações bibliográficas, exploratórias e experimentais, bem como da descrição e investigação de experiências de palhaças, questiona-se sobre as especificidades deste tipo de atuação que passou por um processo de expansão e visibilidade desde as décadas de 1980 e 1990, ressaltando, ainda, resquícios de sua existência em períodos anteriores. Palavras-chave: Gênero. Mulheres. Palhaçaria. Teatro.Resistência.
{"title":"A atuação de mulheres como palhaças: resistência e subversão","authors":"D. Brum","doi":"10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.42096","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.42096","url":null,"abstract":"O presente artigo tem por objetivo investigar a atuação de mulheres palhaças, abordando para tanto os aspectos artísticos, políticos, históricos e de pesquisa acadêmica sobre este fenômeno, sobretudo no Brasil contemporâneo. A partir de investigações bibliográficas, exploratórias e experimentais, bem como da descrição e investigação de experiências de palhaças, questiona-se sobre as especificidades deste tipo de atuação que passou por um processo de expansão e visibilidade desde as décadas de 1980 e 1990, ressaltando, ainda, resquícios de sua existência em períodos anteriores. \u0000Palavras-chave: Gênero. Mulheres. Palhaçaria. Teatro.Resistência.","PeriodicalId":438381,"journal":{"name":"Revista Ártemis","volume":"45 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128180863","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-21DOI: 10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.42102
A. Volpato, N. A. Damião, R. Miani
Este artigo pretende refletir sobre o uso da violência contra mulheres como um pretexto temático utilizado como argumento visual na produção de charges. Entendemos que as charges consistem em uma modalidade do humor gráfico, produzido pelo traço humano, de natureza dissertativa. A charge, imbuída de crítica política e social, é construída retratando um determinado ponto de vista sobre um fato histórico por meio de recursos visuais. Produzida no contexto da sociedade patriarcal, pode reproduzir as relações de dominação e exploração a que as mulheres estão submetidas. Por meio da metodologia de análise do discurso chárgico, analisamos a presença de mulheres em charges que discutem temas como política, economia e sociedade, enfatizando o uso da violência contra a mulher - sobretudo, violência sexual - como um pretexto temático para construir a crítica na charge, que acaba contribuindo para a manutenção de estereótipos e da condição opressiva imposta sobre as mulheres. Palavras-chave: Violência contra a mulher. Patriarcado. Charge. Humor gráfico.
{"title":"Misoginia no traço: violência contra as mulheres como pretexto temático em charges","authors":"A. Volpato, N. A. Damião, R. Miani","doi":"10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.42102","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.42102","url":null,"abstract":"Este artigo pretende refletir sobre o uso da violência contra mulheres como um pretexto temático utilizado como argumento visual na produção de charges. Entendemos que as charges consistem em uma modalidade do humor gráfico, produzido pelo traço humano, de natureza dissertativa. A charge, imbuída de crítica política e social, é construída retratando um determinado ponto de vista sobre um fato histórico por meio de recursos visuais. Produzida no contexto da sociedade patriarcal, pode reproduzir as relações de dominação e exploração a que as mulheres estão submetidas. Por meio da metodologia de análise do discurso chárgico, analisamos a presença de mulheres em charges que discutem temas como política, economia e sociedade, enfatizando o uso da violência contra a mulher - sobretudo, violência sexual - como um pretexto temático para construir a crítica na charge, que acaba contribuindo para a manutenção de estereótipos e da condição opressiva imposta sobre as mulheres. \u0000Palavras-chave: Violência contra a mulher. Patriarcado. Charge. Humor gráfico.","PeriodicalId":438381,"journal":{"name":"Revista Ártemis","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123338507","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-21DOI: 10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.40660
V. L. Andrade
{"title":"Raça, gênero e sexualidade em livros didáticos","authors":"V. L. Andrade","doi":"10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.40660","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.40660","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":438381,"journal":{"name":"Revista Ártemis","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132012631","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-21DOI: 10.22478/ufpb.1807-8214.2018v26n1.42099
M. Acevedo
{"title":"Humor como espacio de dialogismo sexogenérico: Del canon y el contracanon a la constelación crítica","authors":"M. Acevedo","doi":"10.22478/ufpb.1807-8214.2018v26n1.42099","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2018v26n1.42099","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":438381,"journal":{"name":"Revista Ártemis","volume":"142 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131851141","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-21DOI: 10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.38980
Natan Schmitz Kremer, H. Domingos, Rachel Tomás dos Santos Abrão, D. Macêdo, M. Pisani
Propomos analisar como Gênero e Sexualidades emergem nos livros didáticos de Sociologia aprovados no PNLD 2015. Dos seis livros, apenas três (Sociologia; Sociologia em Movimento; Sociologia para Jovens do Século XXI) dedicam capítulos inteiros aos estudos de Gênero e Sexualidades; nos outros (Tempos Modernos, Tempos de Sociologia; Sociologia Hoje; Sociologia para o Ensino Médio) encontramos fragmentado nos demais capítulos. Em Sociologia, focando-se em Família e Parentesco, encontramos diálogo com teóricos clássicos (Durkheim, Giddens, Bourdieu), mas reduzida referência à epistemologia feminista. Em Sociologia em Movimento há constante relação com trabalho e feminismo classista, observável no referencial teórico (Angela Davis, Elisabeth Lobo, Cristina Brueschini). Por fim, em Sociologia para Jovens do Século XXI, dá-se mais atenção aos estudos de gênero, com diálogo entre autoras clássicas e contemporâneas, mostrando a trajetória dos conceitos, além da influência de outras áreas, como Kinsey/Psicologia.
{"title":"Gênero e sexualidades nos livros didáticos de Sociologia aprovados pelo PNLD 2015","authors":"Natan Schmitz Kremer, H. Domingos, Rachel Tomás dos Santos Abrão, D. Macêdo, M. Pisani","doi":"10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.38980","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1807-8214.2018V26N1.38980","url":null,"abstract":"Propomos analisar como Gênero e Sexualidades emergem nos livros didáticos de Sociologia aprovados no PNLD 2015. Dos seis livros, apenas três (Sociologia; Sociologia em Movimento; Sociologia para Jovens do Século XXI) dedicam capítulos inteiros aos estudos de Gênero e Sexualidades; nos outros (Tempos Modernos, Tempos de Sociologia; Sociologia Hoje; Sociologia para o Ensino Médio) encontramos fragmentado nos demais capítulos. Em Sociologia, focando-se em Família e Parentesco, encontramos diálogo com teóricos clássicos (Durkheim, Giddens, Bourdieu), mas reduzida referência à epistemologia feminista. Em Sociologia em Movimento há constante relação com trabalho e feminismo classista, observável no referencial teórico (Angela Davis, Elisabeth Lobo, Cristina Brueschini). Por fim, em Sociologia para Jovens do Século XXI, dá-se mais atenção aos estudos de gênero, com diálogo entre autoras clássicas e contemporâneas, mostrando a trajetória dos conceitos, além da influência de outras áreas, como Kinsey/Psicologia.","PeriodicalId":438381,"journal":{"name":"Revista Ártemis","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125956184","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.38944
Mariana Sarmento Lira, L. Nascimento
Verdade registral, biológica ou socioafetiva, qual prevalece diante de conflito no caso concreto? A partir do direito constitucionalmente assegurado às crianças e adolescentes à prioritária proteção de seus interesses, pergunta-se sobre quais os efeitos da desconsideração da socioafetividade na determinação jurídica da paternidade. Percebeu-se que no discurso Jurídico, em dois recursos distintos, julgados no Superior Tribunal de Justiça em 2015, posições divergentes coexistiram quanto aos critérios de determinação da paternidade. Algumas categorias nortearam a discussão: flexibilidade de alteração dos Registros de Nascimento, vontade e voluntariedade na manutenção do vínculo paterno, provisão de alimentos para sustento do filho, espontaneidade no registro via ‘adoção à brasileira’, ‘traição’ feminina caracterizando o ‘erro’ que autoriza a Negatória de Paternidade, culpabilização da mulher e proteção à honra subjetiva do homem traído. Observou-se o confronto entre interesses incompatíveis: o do homem de desobrigar-se da parentalidade versus o do filho de ter seu status de filiação preservado.
{"title":"Desconsideração da socioafetividade e desproteção à infância: regulação e discurso jurídico sobre a paternidade","authors":"Mariana Sarmento Lira, L. Nascimento","doi":"10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.38944","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.38944","url":null,"abstract":"Verdade registral, biológica ou socioafetiva, qual prevalece diante de conflito no caso concreto? A partir do direito constitucionalmente assegurado às crianças e adolescentes à prioritária proteção de seus interesses, pergunta-se sobre quais os efeitos da desconsideração da socioafetividade na determinação jurídica da paternidade. Percebeu-se que no discurso Jurídico, em dois recursos distintos, julgados no Superior \u0000Tribunal de Justiça em 2015, posições divergentes coexistiram quanto aos critérios de determinação da paternidade. Algumas categorias nortearam a discussão: flexibilidade de alteração dos Registros de Nascimento, vontade e voluntariedade na manutenção do vínculo paterno, provisão de alimentos para sustento do filho, espontaneidade no registro via ‘adoção à brasileira’, ‘traição’ feminina caracterizando o ‘erro’ que autoriza \u0000a Negatória de Paternidade, culpabilização da mulher e proteção à honra subjetiva do homem traído. Observou-se o confronto entre interesses incompatíveis: o do homem de desobrigar-se da parentalidade versus o do filho de ter seu status de filiação preservado.","PeriodicalId":438381,"journal":{"name":"Revista Ártemis","volume":"132 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133343782","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/ufpb.1807-8214.2018v25n1.36187
K. Oliveira
Este artigo olha para mulheres de diferentes tempos e a conquista por espaços na ciência agropecuária paulista. Neste sentido, tem como objetivo principal verificar a relação entre atributos sociodemográficos e o desenvolvimento da carreira de pesquisadoras lotadas em instituições públicas de pesquisa paulistas, no contexto do agronegócio. Para tanto, fez-se uso do aporte teórico-metodológico da demografia organizacional e dos estudos de gênero e geração nas ciências. O banco de dados sociodemográfico foi concedido pela unidade gestora das instituições e a produção bibliográfica extraída dos currículos cadastrados na Plataforma Lattes (CNPq). Em seguida, a partir de uma abordagem quantitativo-descritiva, foram realizadas análises estatísticas uni e multivariadas. Os resultados permitiram descrever a participação, contribuição e inserção feminina no contexto investigado. A partir disso, observou-se a complexidade do fenômeno, no qual a tríplice linha argumentativa qualificação-maternidade-produtividade mostrou-se insuficiente para explicar a baixa penetração feminina nos mais altos cargos de direção.
{"title":"Mulheres, tempos e espaços na ciência agropecuária paulista","authors":"K. Oliveira","doi":"10.22478/ufpb.1807-8214.2018v25n1.36187","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2018v25n1.36187","url":null,"abstract":"Este artigo olha para mulheres de diferentes tempos e a conquista por espaços na ciência agropecuária paulista. Neste sentido, tem como objetivo principal verificar a relação entre atributos sociodemográficos e o desenvolvimento da carreira de pesquisadoras lotadas em instituições públicas de pesquisa paulistas, no contexto do agronegócio. Para tanto, fez-se uso do aporte teórico-metodológico da demografia organizacional e dos estudos de gênero e geração nas ciências. O banco de dados sociodemográfico foi concedido pela unidade gestora das instituições e a produção bibliográfica extraída dos currículos cadastrados na Plataforma Lattes (CNPq). Em seguida, a partir de uma abordagem quantitativo-descritiva, foram realizadas análises estatísticas uni e multivariadas. Os resultados permitiram descrever a participação, contribuição e inserção feminina no contexto investigado. A partir disso, observou-se a complexidade do fenômeno, no qual a tríplice linha argumentativa qualificação-maternidade-produtividade mostrou-se insuficiente para explicar a baixa penetração feminina nos mais altos cargos de direção.","PeriodicalId":438381,"journal":{"name":"Revista Ártemis","volume":"277 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134199041","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.36663
Cassiano Ricardo Martines Bovo
As travestis brasileiras sofrem violências e violações de direitos que partem de várias direções. Uma delas é a que vem da área da segurança pública. Nesse caso, há considerável bibliografia sobre o período mais recente e o da ditadura militar brasileira, o que não acontece para o período pós ditadura até os 2000, sobretudo para a cidade de São Paulo (SP), meu foco. O objetivo deste artigo é tentar cobrir essa lacuna e observar as mudanças ocorridas até os dias de hoje. Foi utilizada a metodologia da história oral, a partir de entrevistas realizadas com travestis que começaram a se prostituir nesta cidade ainda nos anos 1990. Das lembranças das entrevistadas, em que pese a diminuição da violência mais contundente ao longo dos 2000, se observa um padrão de práticas policiais compostas por violações de direitos e corrupção, que é agravado pelo fato dos agentes de segurança pública, em geral, estarem imersos numa moldura cultural heteronormativa e estigmatizante em relação às travestis.
{"title":"Um experimento de história oral sobre violências entre travestis e policiais na cidade de São Paulo a partir da década dos 1990","authors":"Cassiano Ricardo Martines Bovo","doi":"10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.36663","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.36663","url":null,"abstract":"As travestis brasileiras sofrem violências e violações de direitos que partem de várias direções. Uma delas é a que vem da área da segurança pública. Nesse caso, há considerável bibliografia sobre o período mais recente e o da ditadura militar brasileira, o que não acontece para o período pós ditadura até os 2000, sobretudo para a cidade de São Paulo (SP), meu foco. O objetivo deste artigo é tentar cobrir essa lacuna e observar as mudanças ocorridas até os dias de hoje. Foi utilizada a metodologia da história oral, a partir de entrevistas realizadas com travestis que começaram a se prostituir nesta cidade ainda nos anos 1990. Das lembranças das entrevistadas, em que pese a diminuição da violência mais contundente ao longo dos 2000, se observa um padrão de práticas policiais compostas por violações de direitos e corrupção, que é agravado pelo fato dos agentes de segurança pública, em geral, estarem imersos numa moldura cultural heteronormativa e estigmatizante em relação às travestis.","PeriodicalId":438381,"journal":{"name":"Revista Ártemis","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130285244","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.37047
T. Souza, S. Souza
Este trabalho analisa o discurso acerca da representação da mulher vitoriana no final do Século XIX, por meio da obra literária Carmilla: a vampira de Karnstein, de Sheridan Le Fanu, de 1872. A representação angelical e meiga, o Anjo do Lar (PATMORE, 1864), uma mulher sem desejos, totalmente reprimida sexualmente e objeto do homem, é representada pela personagem Laura. Ao passo que Carmilla representa a libertação dessa mulher, correspondendo à imagem da Femme Fatale, em sendo sedutora e dominadora, se encaixaria no padrão da Femme Fatale, rompendo com os padrões sociais deste período.
{"title":"O Anjo do Lar e Femme Fatale: a representação da mulher vitoriana na obra Carmilla, de Le Fanu","authors":"T. Souza, S. Souza","doi":"10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.37047","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.37047","url":null,"abstract":"Este trabalho analisa o discurso acerca da representação da mulher vitoriana no final do Século XIX, por meio da obra literária Carmilla: a vampira de Karnstein, de Sheridan Le Fanu, de 1872. A representação angelical e meiga, o Anjo do Lar (PATMORE, 1864), uma mulher sem desejos, totalmente reprimida sexualmente e objeto do homem, é representada pela personagem Laura. Ao passo que Carmilla representa a libertação dessa \u0000mulher, correspondendo à imagem da Femme Fatale, em sendo sedutora e dominadora, se encaixaria no padrão da Femme Fatale, rompendo com os padrões sociais deste período.","PeriodicalId":438381,"journal":{"name":"Revista Ártemis","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114794369","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-01DOI: 10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.41140
Renata Pimentel
Este artigo busca propor reflexões sobre o feminismo como uma práxis desdobrada a partir do fazer artístico e de estratégias políticas de uso da linguagem, partindo da noção de representação artística e do exemplo de um trabalho com o coletivo Bárbara Idade (grupo de teatro composto por atrizes senescentes) e de algumas referências literárias usadas para a criação desta dramaturgia em paralelo com o pensamento de Butler (2013); Adichie (2009; 2015); Preciado (2014); Hanisch (2000) entre outros, no sentido de fortalecer interseccionalidades efetivas para além das demandas específicas de grupos dentro do feminismo (mulheres trans; negras; lésbicas) com o objetivo de provocar um pensamento feminista abrangente e plural.
{"title":"Novas auroras ao feminismo: nós vamos quebrar as paredes!","authors":"Renata Pimentel","doi":"10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.41140","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1807-8214.2018V25N1.41140","url":null,"abstract":"Este artigo busca propor reflexões sobre o feminismo como uma práxis desdobrada a partir do fazer artístico e de estratégias políticas de uso da linguagem, partindo da noção de representação artística e do exemplo de um trabalho com o coletivo Bárbara Idade (grupo de teatro composto por atrizes senescentes) e de algumas referências literárias usadas para a criação desta dramaturgia em paralelo com o pensamento de Butler (2013); Adichie (2009; 2015); Preciado (2014); Hanisch (2000) entre outros, no \u0000sentido de fortalecer interseccionalidades efetivas para além das demandas específicas de grupos dentro do feminismo (mulheres trans; negras; lésbicas) com o objetivo de provocar um pensamento feminista abrangente e plural.","PeriodicalId":438381,"journal":{"name":"Revista Ártemis","volume":"57 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127710588","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}