Pub Date : 2023-04-17DOI: 10.22456/2236-3254.129138
Michele Bicca Rolim, Clóvis Dias Massa
Este artigo discute as características e a finalidade do Programa Municipal de Fomento ao Trabalho continuado em Artes Cênicas para a cidade de Porto Alegre/RS, lei Nº 10.742, de 1º de setembro de 2009. A partir de exemplos concretos de grupos e companhias beneficiadas com o fomento, e tendo como referência a experiência pioneira do financiamento público direto à cultura do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, o estudo propõe uma discussão sobre os mecanismos de financiamento do setor teatral e as condições de sustentabilidade financeira dos grupos de teatro da cidade de Porto Alegre, bem como tensiona o debate sobre as políticas públicas culturais necessárias para garantir o trabalho continuado dos grupos teatrais. Para isso, aborda os limites e restrições da lei em efetivar a viabilidade econômica do setor das artes cênicas e o papel do Estado na sua promoção.
{"title":"Os Limites da Lei de Fomento em Porto Alegre","authors":"Michele Bicca Rolim, Clóvis Dias Massa","doi":"10.22456/2236-3254.129138","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.129138","url":null,"abstract":"Este artigo discute as características e a finalidade do Programa Municipal de Fomento ao Trabalho continuado em Artes Cênicas para a cidade de Porto Alegre/RS, lei Nº 10.742, de 1º de setembro de 2009. A partir de exemplos concretos de grupos e companhias beneficiadas com o fomento, e tendo como referência a experiência pioneira do financiamento público direto à cultura do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, o estudo propõe uma discussão sobre os mecanismos de financiamento do setor teatral e as condições de sustentabilidade financeira dos grupos de teatro da cidade de Porto Alegre, bem como tensiona o debate sobre as políticas públicas culturais necessárias para garantir o trabalho continuado dos grupos teatrais. Para isso, aborda os limites e restrições da lei em efetivar a viabilidade econômica do setor das artes cênicas e o papel do Estado na sua promoção.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46349011","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-17DOI: 10.22456/2236-3254.129656
Francisco Wagner Bezerra Rodrigues
O objetivo principal deste ensaio é fazer uma análise das experiências de criação do grupo teatral brasileiro Teatro da Travessia com o diretor Philippe Goudard (França) e com o grupo teatral Cie. Singulier Pluriel (Québec), tendo como material norteador da reflexão conceitos como cultura, fronteiras, grupos étnicos, entre outros. Utilizamos como material suplementar o conceito de cultura tal como é vista no campo da performance, tendo como referência os escritos de Richard Schechner e Diana Taylor. A ideia de colocar esses conceitos lado a lado é de propor uma análise dos mesmos mais diretamente ligada ao campo teatral. Mais que tentar definir o que é cada um dos conceitos, propomos aqui uma reflexão, por assim dizer, performativa, pois que será também um saber enquanto se faz, um entender em processo.
{"title":"A interculturalidade nos trabalhos do Teatro da Travessia: a cultura como performance","authors":"Francisco Wagner Bezerra Rodrigues","doi":"10.22456/2236-3254.129656","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.129656","url":null,"abstract":"O objetivo principal deste ensaio é fazer uma análise das experiências de criação do grupo teatral brasileiro Teatro da Travessia com o diretor Philippe Goudard (França) e com o grupo teatral Cie. Singulier Pluriel (Québec), tendo como material norteador da reflexão conceitos como cultura, fronteiras, grupos étnicos, entre outros. Utilizamos como material suplementar o conceito de cultura tal como é vista no campo da performance, tendo como referência os escritos de Richard Schechner e Diana Taylor. A ideia de colocar esses conceitos lado a lado é de propor uma análise dos mesmos mais diretamente ligada ao campo teatral. Mais que tentar definir o que é cada um dos conceitos, propomos aqui uma reflexão, por assim dizer, performativa, pois que será também um saber enquanto se faz, um entender em processo.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46407797","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.22456/2236-3254.127060
L. Ferraz
Este artigo, a partir de uma descrição analítica de certa fortuna crítica dos anos 1950, delineia as tensões e conflitos travados entre críticos de teatro do Recife e companhias em turnê que apostaram num repertório “chachadeiro”, termo que designa certa “sujeira” trazida aos palcos, com a busca do riso desbragado a qualquer custo. Três artistas-empresários, em especial, ganham destaque, Procópio Ferreira, Milton Carneiro e Ítalo Cúrcio, sendo este último aquele que mais embates amargou com a crítica pernambucana. Colhendo vestígios espalhados por jornais e no conceito de campo proposto pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, pensa-se a relação de disputa de pontos de vista entre representantes de uma impressa com teor higienista e empresários em itinerância que, tentando sobreviver das bilheterias e para cortejar um público mais popular, passaram a apostar não só em certa dessacralização dos textos, mas também na exibição crescente da nudez feminina em cena. A intenção é revelar este jogo inconciliável de oposições
{"title":"E a chanchada “explodiu” sensualíssima na cena teatral do Recife por companhias viageiras","authors":"L. Ferraz","doi":"10.22456/2236-3254.127060","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.127060","url":null,"abstract":"Este artigo, a partir de uma descrição analítica de certa fortuna crítica dos anos 1950, delineia as tensões e conflitos travados entre críticos de teatro do Recife e companhias em turnê que apostaram num repertório “chachadeiro”, termo que designa certa “sujeira” trazida aos palcos, com a busca do riso desbragado a qualquer custo. Três artistas-empresários, em especial, ganham destaque, Procópio Ferreira, Milton Carneiro e Ítalo Cúrcio, sendo este último aquele que mais embates amargou com a crítica pernambucana. Colhendo vestígios espalhados por jornais e no conceito de campo proposto pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, pensa-se a relação de disputa de pontos de vista entre representantes de uma impressa com teor higienista e empresários em itinerância que, tentando sobreviver das bilheterias e para cortejar um público mais popular, passaram a apostar não só em certa dessacralização dos textos, mas também na exibição crescente da nudez feminina em cena. A intenção é revelar este jogo inconciliável de oposições","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41337203","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.22456/2236-3254.125191
Lidia Larangeira
Nesse trabalho apresentamos alguns aspectos da pesquisa desenvolvida no projeto Cartografias do Corpo na Cidade, entre 2015 e 2019, realizada pelo Núcleo de Pesquisa Estudos e Encontros em Dança – onucleo/UFRJ. As práticas e reflexões aqui propostas foram discutidas inicialmente na tese de doutorado “Coreografias e contracoreografias de levante: engajando dança, escrita e feminilidade” (2019), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Partimos de algumas reflexões sobre o legado colonial da dança quando entendida como sinônimo de coreografia, em uma breve revisão da história do coreográfico. A partir dessa ideia, propomos a utilização do termo contracoreografia como uma práxis que orienta experimentações artísticas e práticas pedagógicas, convocadas por uma força de levante contra os seculares valores que estruturam o tradicional sistema de ensino das danças de palco associadas à coreografia. A seguir, apresentamos uma das Proposições (Per)Formativas Contracoreográficas realizadas pel’onucleo: “Limpeza coletiva do chão”, destacando as principais questões desdobradas nessas vivências.
在这项工作中,我们介绍了2015年至2019年间由Núcleo de Pesquisa Estudos e Encontros em Dança–onucleo/UFRJ开展的Cartografias do Corpo na Cidade项目中开发的研究的一些方面。这里提出的实践和思考最初在里约热内卢州立大学的博士论文《起义的编排和反编排:引人入胜的舞蹈、写作和女性气质》(2019)中进行了讨论。在对编舞历史的简要回顾中,我们从对舞蹈的殖民遗产的一些反思开始,当舞蹈被理解为编舞的同义词时。根据这一观点,我们建议使用“反编舞”一词作为指导艺术实验和教学实践的实践,这是由一股反抗世俗价值观的力量所召集的,世俗价值观构成了与编舞相关的舞台舞传统教学体系。接下来,我们将介绍onucleo提出的反舞蹈(Per)形成性建议之一:“集体清洁地板”,强调这些经历中出现的主要问题。
{"title":"Cinco, seis, sete, oito – balde, pano, mãos e chão: proposições (Per)Formativas Contracoreográficas","authors":"Lidia Larangeira","doi":"10.22456/2236-3254.125191","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.125191","url":null,"abstract":"Nesse trabalho apresentamos alguns aspectos da pesquisa desenvolvida no projeto Cartografias do Corpo na Cidade, entre 2015 e 2019, realizada pelo Núcleo de Pesquisa Estudos e Encontros em Dança – onucleo/UFRJ. As práticas e reflexões aqui propostas foram discutidas inicialmente na tese de doutorado “Coreografias e contracoreografias de levante: engajando dança, escrita e feminilidade” (2019), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Partimos de algumas reflexões sobre o legado colonial da dança quando entendida como sinônimo de coreografia, em uma breve revisão da história do coreográfico. A partir dessa ideia, propomos a utilização do termo contracoreografia como uma práxis que orienta experimentações artísticas e práticas pedagógicas, convocadas por uma força de levante contra os seculares valores que estruturam o tradicional sistema de ensino das danças de palco associadas à coreografia. A seguir, apresentamos uma das Proposições (Per)Formativas Contracoreográficas realizadas pel’onucleo: “Limpeza coletiva do chão”, destacando as principais questões desdobradas nessas vivências.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41321542","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.22456/2236-3254.128511
G. Vasconcelos, Nadia Ethel Basanta, R. A. L. D. Figueiredo
O artigo trata sobre os encontros entre grupos participantes de projetos de circulação e dos indicadores que nos permitem visualizar quem são esses grupos que circulam, sob o aspecto da regionalização. Nesse contexto, apresenta as noções de experiência - a do Chão e a do Giro - formuladas a partir de duas figuras que se interpenetram referenciadas por Walter Benjamin - camponês sedentário e marinheiro mercador - e das experiências de circulação do grupo Xama Teatro - MA. Propõe-se uma reflexão sobre a maneira em que os caminhos se cruzam, colocando artistas do teatro em estado de residência, passeio, viagem ou deriva. A partir da pesquisa desenvolvida pelas autoras acerca dos 20 anos de permanência do projeto SESC Palco Giratório, discute-se como o mecanismo de itinerância contribui para o fortalecimento do fluxo de produção teatral, também em termos de sustentabilidade e continuidade dos grupos participantes, quantitativo por estado, região e por ano. Por fim, reflete-se como esses vínculos que se estabelecem entre grupos que circulam - por afinidades estéticas ou espirituais- devolvem à arte um delicado essencial que a vida cotidiana insiste em massacrar.
这篇文章讨论了参与流通项目的团体之间的会议,以及让我们从区域化的角度看到这些团体是谁的指标。在此背景下,它提出了经验的概念——地板和旋转——由Walter Benjamin引用的两个相互渗透的人物——久坐的农民和商人水手——以及Xama Teatro - MA集团的运动经验形成。它提出了对道路交叉方式的反思,将戏剧艺术家置于居住、旅行、旅行或漂移的状态。从研究的作者在20年的永久旋转舞台SESC项目,讨论了漫游机制有助于加强流动的连续性和可持续性的舞台剧,也参与的团体,每年每州、地区和量化。最后,它反映了这些通过审美或精神亲和力在流通群体之间建立的联系是如何将日常生活坚持屠杀的微妙本质归还给艺术的。
{"title":"Circulação Teatral: A Experiência do Chão e do Giro","authors":"G. Vasconcelos, Nadia Ethel Basanta, R. A. L. D. Figueiredo","doi":"10.22456/2236-3254.128511","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.128511","url":null,"abstract":"O artigo trata sobre os encontros entre grupos participantes de projetos de circulação e dos indicadores que nos permitem visualizar quem são esses grupos que circulam, sob o aspecto da regionalização. Nesse contexto, apresenta as noções de experiência - a do Chão e a do Giro - formuladas a partir de duas figuras que se interpenetram referenciadas por Walter Benjamin - camponês sedentário e marinheiro mercador - e das experiências de circulação do grupo Xama Teatro - MA. Propõe-se uma reflexão sobre a maneira em que os caminhos se cruzam, colocando artistas do teatro em estado de residência, passeio, viagem ou deriva. A partir da pesquisa desenvolvida pelas autoras acerca dos 20 anos de permanência do projeto SESC Palco Giratório, discute-se como o mecanismo de itinerância contribui para o fortalecimento do fluxo de produção teatral, também em termos de sustentabilidade e continuidade dos grupos participantes, quantitativo por estado, região e por ano. Por fim, reflete-se como esses vínculos que se estabelecem entre grupos que circulam - por afinidades estéticas ou espirituais- devolvem à arte um delicado essencial que a vida cotidiana insiste em massacrar.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"68711088","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.22456/2236-3254.127894
Alberto Ferreira da Rocha Junior
O artigo tem como objetivo principal discutir o tema da in/visibilidade LGBTQIA+, partindo do texto O homossexual astucioso, de Silviano Santiago. Nosso texto tenta desconstruir tanto a estratégia do outing, defendida pela militância estadunidense, quanto a defesa do ‘silêncio’ e de uma ‘exibição menos explícita’ das expressões de identidades LGBTQIA+ em público, defendida por Santiago e por Denilson Lopes. No próprio movimento desconstrutor, propomos uma retomada do mesmo texto de Santiago, a partir da ideia de um ‘exibicionismo malandro’, pouco explorada pelo autor. Propomos uma dinâmica entre um ‘exibicionismo LGBTQIA+ malandro’ e um exibicionismo LGBTQIA+ supostamente ‘correto’ e sua presença no teatro no Brasil no período da ditadura civil-militar entre 1964 e 1985.
{"title":"Migrações da visibilidade: sair do armário e exibicionismo malandro ou a desconstrução das estratégias de luta LGBTQIA+","authors":"Alberto Ferreira da Rocha Junior","doi":"10.22456/2236-3254.127894","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.127894","url":null,"abstract":"O artigo tem como objetivo principal discutir o tema da in/visibilidade LGBTQIA+, partindo do texto O homossexual astucioso, de Silviano Santiago. Nosso texto tenta desconstruir tanto a estratégia do outing, defendida pela militância estadunidense, quanto a defesa do ‘silêncio’ e de uma ‘exibição menos explícita’ das expressões de identidades LGBTQIA+ em público, defendida por Santiago e por Denilson Lopes. No próprio movimento desconstrutor, propomos uma retomada do mesmo texto de Santiago, a partir da ideia de um ‘exibicionismo malandro’, pouco explorada pelo autor. Propomos uma dinâmica entre um ‘exibicionismo LGBTQIA+ malandro’ e um exibicionismo LGBTQIA+ supostamente ‘correto’ e sua presença no teatro no Brasil no período da ditadura civil-militar entre 1964 e 1985.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44047728","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.22456/2236-3254.127898
Thaís Alessandra Martins da Cruz, Alex Beigui
Este artigo visa contribuir para a compreensão da palavra como potencialidade performativa. A partir do estudo do fenômeno da poesia marginal dos saraus, o hip-hop, o slam até a palavra (per)formada, objetiva-se demonstrar como o poder da palavra e sua potência cênica, relação com o conceito de intuição e de ativismo na arte, são capazes de produzir sentido poético e ético na cena contemporânea. O trabalho é resultado de uma pesquisa teórica e prática realizada no campo dos processos de criação e pretende investigar a intuição como dispositivo de criação para a arte da performance. Foi utilizada a metodologia etnográfica de Sylvie Fortin e Pierre Gosselin (2014) para organização do material criativo. Desse modo, foi discutida a partir do paradigma decolonial, o racismo estrutural, a identidade negra e o corpo negro em cena. Parte dos resultados práticos foi apresentada na Bienal Black Brazil Art, produzida em parceria com a Njabala Foundation de Uganda. O trabalho foi premiado em 2019 e a autora convidada a integrar residência artística internacional.
{"title":"Do sarau à palavra (per)formada: entre paradigmas, intuição e artivismo","authors":"Thaís Alessandra Martins da Cruz, Alex Beigui","doi":"10.22456/2236-3254.127898","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.127898","url":null,"abstract":"Este artigo visa contribuir para a compreensão da palavra como potencialidade performativa. A partir do estudo do fenômeno da poesia marginal dos saraus, o hip-hop, o slam até a palavra (per)formada, objetiva-se demonstrar como o poder da palavra e sua potência cênica, relação com o conceito de intuição e de ativismo na arte, são capazes de produzir sentido poético e ético na cena contemporânea. O trabalho é resultado de uma pesquisa teórica e prática realizada no campo dos processos de criação e pretende investigar a intuição como dispositivo de criação para a arte da performance. Foi utilizada a metodologia etnográfica de Sylvie Fortin e Pierre Gosselin (2014) para organização do material criativo. Desse modo, foi discutida a partir do paradigma decolonial, o racismo estrutural, a identidade negra e o corpo negro em cena. Parte dos resultados práticos foi apresentada na Bienal Black Brazil Art, produzida em parceria com a Njabala Foundation de Uganda. O trabalho foi premiado em 2019 e a autora convidada a integrar residência artística internacional. ","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49207263","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.22456/2236-3254.127204
A. Albergaria
Resumo: A proposta deste artigo é trazer à tona a dança indiana Odissi, como um campo amplo de trabalho em diálogo desenvolvido com a poesia e a multiplicidade de possibilidades investigativas da linguagem multimodal. Da corporalidade presente na dança Odissi, em um recorte sobre a existência e apagamento do coletivo das dançarinas devocionais maharis, observadas na exibição do documentário Given to Dance (RESS, 1984), relato neste trabalho dramaturgias corporais que transitam na translação da poética, tanto no universo multimodal, quanto na própria literatura, permeadas pela minha própria experiência enquanto artista pesquisadora na dança indiana. A investigação dessa poética em dança percorre desde os gestos (mudras) e suas releituras, bem como padrões de movimentação pertinentes à dança Odissi, expandindo o universo de figuras míticas do antigo reino da Kalinga, atual Odisha, para possíveis diálogos contemporâneos entreterritoriais. Entende-se neste trabalho como entreterritórios de devires da dança indiana os alhures presentes na instalação multimodal Jardim das Cartas, na GAIA, Galeria de Arte da Unicamp, no Instituto de Artes da universidade.
摘要:本文的目的是提出印度舞蹈奥迪西,作为一个广泛的对话领域,随着诗歌和多模态语言的多样性研究可能性的发展。从奥迪西舞蹈中存在的物质性,在纪录片《给予舞蹈》(RESS,1984)的展览中观察到的关于mahari虔诚舞者集体的存在和消失的剪辑中,在这部作品中报告了在诗学翻译中的身体戏剧,无论是在多模态宇宙中,还是在文学本身中,渗透在我作为一名印度舞蹈艺术家研究员的亲身经历中。对舞蹈中这一诗学的研究从手势(mudras)及其重读,以及与奥迪西舞蹈相关的动作模式,将古代卡林加王国(现奥迪沙)的神话人物宇宙扩展到可能的当代跨地域对话。在这件作品中,它被理解为印度舞蹈的跨领域发展——在GAIA的多模式装置作品《Jardim das Cartas》中,在大学艺术学院的Unicamp美术馆。
{"title":"Narrativas transladas no Jardim das Cartas: devires da dança indiana Odissi em um entreterritório multimodal","authors":"A. Albergaria","doi":"10.22456/2236-3254.127204","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.127204","url":null,"abstract":"Resumo: A proposta deste artigo é trazer à tona a dança indiana Odissi, como um campo amplo de trabalho em diálogo desenvolvido com a poesia e a multiplicidade de possibilidades investigativas da linguagem multimodal. Da corporalidade presente na dança Odissi, em um recorte sobre a existência e apagamento do coletivo das dançarinas devocionais maharis, observadas na exibição do documentário Given to Dance (RESS, 1984), relato neste trabalho dramaturgias corporais que transitam na translação da poética, tanto no universo multimodal, quanto na própria literatura, permeadas pela minha própria experiência enquanto artista pesquisadora na dança indiana. A investigação dessa poética em dança percorre desde os gestos (mudras) e suas releituras, bem como padrões de movimentação pertinentes à dança Odissi, expandindo o universo de figuras míticas do antigo reino da Kalinga, atual Odisha, para possíveis diálogos contemporâneos entreterritoriais. Entende-se neste trabalho como entreterritórios de devires da dança indiana os alhures presentes na instalação multimodal Jardim das Cartas, na GAIA, Galeria de Arte da Unicamp, no Instituto de Artes da universidade.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45391510","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.22456/2236-3254.126209
R. Scalari
Ela viu Etienne Decroux apresentar os primeiros resultados de suas pesquisas em sua casa sentada no colo de seu pai, Jean Dasté. Ela cresceu vendo sua mãe, Marie-Hélène Dasté, ensaiar e apresentar ao lado de figuras como Jean-Louis Barrault. Foi esposa do músico Graeme Allwright. Ela é neta de Jacques Copeau. Como diretora teatral, ela foi uma das responsáveis por uma revolução nos modos de se fazer e de se pensar o teatro para crianças e adolescentes na França. Nesta entrevista, Catherine Dasté fala sobre sua trajetória teatral e sobre sua história familiar que, ela própria, se confunde com a história do teatro francês. A entrevista foi realizada em 2016 como parte de minha pesquisa de doutorado na Université Sorbonne Nouvelle Paris 3, tese intitulada “XXX XXX XXX”[1]. Palavras-Chave: Teatro francês, Jacques Copeau, Infância, Vieux Colombier, Catherine Dasté [1] Informação ocultada a fim de não causar prejuízo à avaliação cega pelos pares.
{"title":"“Catherine Dasté não está morta!”: entrevista com Catherine Dasté","authors":"R. Scalari","doi":"10.22456/2236-3254.126209","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.126209","url":null,"abstract":"Ela viu Etienne Decroux apresentar os primeiros resultados de suas pesquisas em sua casa sentada no colo de seu pai, Jean Dasté. Ela cresceu vendo sua mãe, Marie-Hélène Dasté, ensaiar e apresentar ao lado de figuras como Jean-Louis Barrault. Foi esposa do músico Graeme Allwright. Ela é neta de Jacques Copeau. Como diretora teatral, ela foi uma das responsáveis por uma revolução nos modos de se fazer e de se pensar o teatro para crianças e adolescentes na França. Nesta entrevista, Catherine Dasté fala sobre sua trajetória teatral e sobre sua história familiar que, ela própria, se confunde com a história do teatro francês. A entrevista foi realizada em 2016 como parte de minha pesquisa de doutorado na Université Sorbonne Nouvelle Paris 3, tese intitulada “XXX XXX XXX”[1].\u0000Palavras-Chave: Teatro francês, Jacques Copeau, Infância, Vieux Colombier, Catherine Dasté\u0000 \u0000[1] Informação ocultada a fim de não causar prejuízo à avaliação cega pelos pares.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46475736","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-19DOI: 10.22456/2236-3254.127723
Walter Lima Torres Neto
Neste ensaio, procuramos introduzir uma tentativa de resposta à pergunta: Por que o teatro viaja, e para que o teatro viaja? Nossa hipótese é que o teatro viaja desde sempre. E o motivo da viagem está associado a uma busca de reconhecimento e gratificação. Sugerimos algumas pistas oriundas da mitologia do próprio teatro para tentar explicitar a condição deste nomadismo teatral que nos chega até os dias de hoje em condições diferentes.
{"title":"Ensaio de excursão","authors":"Walter Lima Torres Neto","doi":"10.22456/2236-3254.127723","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.127723","url":null,"abstract":"Neste ensaio, procuramos introduzir uma tentativa de resposta à pergunta: Por que o teatro viaja, e para que o teatro viaja? Nossa hipótese é que o teatro viaja desde sempre. E o motivo da viagem está associado a uma busca de reconhecimento e gratificação. Sugerimos algumas pistas oriundas da mitologia do próprio teatro para tentar explicitar a condição deste nomadismo teatral que nos chega até os dias de hoje em condições diferentes.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42059473","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}