Pub Date : 2022-10-07DOI: 10.22456/2236-3254.125188
Celi Do Nascimento Palacios, Andrea Pinheiro, Maksin Oliveira
O presente ensaio aborda a experiência do estágio supervisionado num colégio de aplicação durante o período em que estivemos trabalhando com o Ensino Remoto Emergencial. Partimos do princípio que, apesar de estarmos impedidos de trabalhar na escola física, manter o ensino de teatro em suas especificidades – considerando os limites das plataformas digitais – junto a nossos licenciandos e licenciandas era uma forma de reforçar e afirmar o lugar das Artes Cênicas no currículo da escola básica, em contraposição às agendas neoliberais e coloniais conteudistas. Partimos do conceito de re-existir, tal como proposto pelo ator e diretor teatral José Celso Martinez, como uma fusão do termos resistência e existência.Entretanto, não legitimamos a virtualidade como uma possibilidade futura para a Educação, principalmente, a Educação Básica. Acreditamos que era preciso explorar a plataforma digital naquele momento emergencial para manter a arte teatral no cotidiano educacional de jovens e crianças. Entendemos que escola é convívio e construção de alteridade e que o teatro é arte do presente e da presença.
{"title":"Re-existência do ensino de teatro na escola básica: uma experiência de estágio supervisionado no ensino remoto","authors":"Celi Do Nascimento Palacios, Andrea Pinheiro, Maksin Oliveira","doi":"10.22456/2236-3254.125188","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.125188","url":null,"abstract":"O presente ensaio aborda a experiência do estágio supervisionado num colégio de aplicação durante o período em que estivemos trabalhando com o Ensino Remoto Emergencial. Partimos do princípio que, apesar de estarmos impedidos de trabalhar na escola física, manter o ensino de teatro em suas especificidades – considerando os limites das plataformas digitais – junto a nossos licenciandos e licenciandas era uma forma de reforçar e afirmar o lugar das Artes Cênicas no currículo da escola básica, em contraposição às agendas neoliberais e coloniais conteudistas. Partimos do conceito de re-existir, tal como proposto pelo ator e diretor teatral José Celso Martinez, como uma fusão do termos resistência e existência.Entretanto, não legitimamos a virtualidade como uma possibilidade futura para a Educação, principalmente, a Educação Básica. Acreditamos que era preciso explorar a plataforma digital naquele momento emergencial para manter a arte teatral no cotidiano educacional de jovens e crianças. Entendemos que escola é convívio e construção de alteridade e que o teatro é arte do presente e da presença.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43634156","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-07DOI: 10.22456/2236-3254.122971
M. Vieira
Essa escrita partiu das inquietações e reflexões sobre a temática do Estágio Supervisionado Obrigatório, em particular do Curso de Licenciatura em Dança da UFRN, e de minhas experiências vividas em tais estágios supervisionados como professor orientador. O objetivo desse artigo se propõe a compreender como se dá a formação inicial do aluno-docente em Dança no campo de estágio a partir da leitura e reflexões dos relatórios de estágio supervisionado obrigatório do Curso de Dança da UFRN. Delineado o objetivo, questiona-se: O Estágio Supervisionado Obrigatório do Curso de Licenciatura em Dança da UFRN “prepara” o aluno em sua formação inicial para o mercado de trabalho? Como, a partir de tais estágios o aluno pode desenvolver habilidades necessárias para a docência? Qual a importância do Estágio Supervisionado Obrigatório na formação inicial do aluno futuro docente do curso de Dança da UFRN? A metodologia de pesquisa adotada é de natureza qualitativa descritiva, tendo como abordagem a Análise de conteúdo. Para essa escrita foram lidos os relatórios de estágio de 2011 até 2021 e priorizamos para essa pesquisa os estágios feitos no Ensino Fundamental I.
{"title":"Estágio/Docência o Aprender da Profissão: reflexões sobre o estágio supervisionado obrigatório do curso de Licenciatura em Dança da UFRN","authors":"M. Vieira","doi":"10.22456/2236-3254.122971","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.122971","url":null,"abstract":"Essa escrita partiu das inquietações e reflexões sobre a temática do Estágio Supervisionado Obrigatório, em particular do Curso de Licenciatura em Dança da UFRN, e de minhas experiências vividas em tais estágios supervisionados como professor orientador. O objetivo desse artigo se propõe a compreender como se dá a formação inicial do aluno-docente em Dança no campo de estágio a partir da leitura e reflexões dos relatórios de estágio supervisionado obrigatório do Curso de Dança da UFRN. Delineado o objetivo, questiona-se: O Estágio Supervisionado Obrigatório do Curso de Licenciatura em Dança da UFRN “prepara” o aluno em sua formação inicial para o mercado de trabalho? Como, a partir de tais estágios o aluno pode desenvolver habilidades necessárias para a docência? Qual a importância do Estágio Supervisionado Obrigatório na formação inicial do aluno futuro docente do curso de Dança da UFRN? A metodologia de pesquisa adotada é de natureza qualitativa descritiva, tendo como abordagem a Análise de conteúdo. Para essa escrita foram lidos os relatórios de estágio de 2011 até 2021 e priorizamos para essa pesquisa os estágios feitos no Ensino Fundamental I.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42953394","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-07DOI: 10.22456/2236-3254.125085
Heloise Baurich Vidor
O texto apresenta proposições de ensino realizadas pela autora no formato remoto, devido à pandemia do coronavírus, nos cursos de graduação e pós-graduação do Departamento de Artes Cênicas do CEART/UDESC; e no Projeto PIBID/Arte - edição 2020-2022, do qual foi coordenadora da subárea. A exigência de realizar encontros online abriu espaço para a experimentação de propostas que poderiam se alinhar com a ideia de uma “aula-poema” (Branco, [2020]), na medida em que a escrita se amplificou como campo de criação e experimentação na aula de Arte. Os temas de estudo giraram em torno de noções como: os pares experiência e sentido e útil/inútil na educação e nas artes, com Alex Nógues (2020), Jorge Larrosa (2016; 2018) e Ailton Krenak (2020); o sentido de fazer e refazer escola, com Jan Masschelein, Maarten Simons (2014) e James Rumford (2012); o cansaço, o medo e a violência, que se intensificaram no período pandêmico com Hannah Arendt (2009), José Sergio de Carvalho (2016) e Jeferson Tenório (2020). Os autores e as autoras lidos(as), do campo da pedagogia e da literatura, contribuíram para a tentativa de instauração de uma aula poética e, neste texto, ajudaram a elaborar o caminho percorrido.
{"title":"Aula-poema: experimentos de fazer escola na pandemia","authors":"Heloise Baurich Vidor","doi":"10.22456/2236-3254.125085","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.125085","url":null,"abstract":"O texto apresenta proposições de ensino realizadas pela autora no formato remoto, devido à pandemia do coronavírus, nos cursos de graduação e pós-graduação do Departamento de Artes Cênicas do CEART/UDESC; e no Projeto PIBID/Arte - edição 2020-2022, do qual foi coordenadora da subárea. A exigência de realizar encontros online abriu espaço para a experimentação de propostas que poderiam se alinhar com a ideia de uma “aula-poema” (Branco, [2020]), na medida em que a escrita se amplificou como campo de criação e experimentação na aula de Arte. Os temas de estudo giraram em torno de noções como: os pares experiência e sentido e útil/inútil na educação e nas artes, com Alex Nógues (2020), Jorge Larrosa (2016; 2018) e Ailton Krenak (2020); o sentido de fazer e refazer escola, com Jan Masschelein, Maarten Simons (2014) e James Rumford (2012); o cansaço, o medo e a violência, que se intensificaram no período pandêmico com Hannah Arendt (2009), José Sergio de Carvalho (2016) e Jeferson Tenório (2020). Os autores e as autoras lidos(as), do campo da pedagogia e da literatura, contribuíram para a tentativa de instauração de uma aula poética e, neste texto, ajudaram a elaborar o caminho percorrido.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45679767","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-07DOI: 10.22456/2236-3254.125162
Maristani Polidori Zamperetti
O presente artigo desenvolveu-se a partir de pesquisa-ensino (PENTEADO, 2010) na prática universitária e propõe-se a discutir, através de relatos de alunas do Curso de Artes Visuais – Licenciatura de uma universidade pública do Estado do Rio Grande do Sul, as vivências e experiências do Estágio Curricular Supervisionado no contexto do ensino remoto emergencial (ERE), em 2021. Trago, a partir de questionamentos advindos das práticas pedagógicas como orientadora deste componente curricular, temas que convergem para a reflexão sobre as percepções, desafios e dificuldades enfrentadas pelas acadêmicas estagiárias, a partir de pontos de inflexão frente às práticas educativas remotas desenvolvidas em contextos escolares mediados por tecnologias digitais, como também suas percepções frente ao ERE desenvolvido no contexto acadêmico. Aplicativos e programas como o Google Meet, redes sociais como o Facebook e o Whatsapp, e-mails e a plataforma Google Classroom possibilitaram relativos direcionamentos de recursos ao ensino, mas também, visaram a simplificação de processos educativos, ao modo instrucional. Concluí, a partir dos depoimentos e dos aportes teóricos, que a experiência do estágio no ensino remoto foi uma possibilidade rara de gestão de vivências, trocas e construção de uma identidade docente, que se transformou frente aos desafios impostos. Porém, é necessário mencionar que a resposta educacional à crise pandêmica revelou um paroxismo, um nível alto de tensão em busca de emersão de processos educativos a serem compreendidos e refletidos, e que estavam em curso. De outra forma, entendo que as práticas de estágio em ERE, pelo seu ineditismo, conduziram as alunas à atenta observação e investigação de outras realidades escolares, propiciando a aprendizagem e construção profissional em meio à conflitos e desafios, pois não existiam respostas antes de surgirem os problemas e não as temos ainda.
{"title":"O Estágio Curricular Supervisionado no Ensino Remoto: experiências e reflexões na Licenciatura em Artes Visuais","authors":"Maristani Polidori Zamperetti","doi":"10.22456/2236-3254.125162","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.125162","url":null,"abstract":"O presente artigo desenvolveu-se a partir de pesquisa-ensino (PENTEADO, 2010) na prática universitária e propõe-se a discutir, através de relatos de alunas do Curso de Artes Visuais – Licenciatura de uma universidade pública do Estado do Rio Grande do Sul, as vivências e experiências do Estágio Curricular Supervisionado no contexto do ensino remoto emergencial (ERE), em 2021. Trago, a partir de questionamentos advindos das práticas pedagógicas como orientadora deste componente curricular, temas que convergem para a reflexão sobre as percepções, desafios e dificuldades enfrentadas pelas acadêmicas estagiárias, a partir de pontos de inflexão frente às práticas educativas remotas desenvolvidas em contextos escolares mediados por tecnologias digitais, como também suas percepções frente ao ERE desenvolvido no contexto acadêmico. Aplicativos e programas como o Google Meet, redes sociais como o Facebook e o Whatsapp, e-mails e a plataforma Google Classroom possibilitaram relativos direcionamentos de recursos ao ensino, mas também, visaram a simplificação de processos educativos, ao modo instrucional. Concluí, a partir dos depoimentos e dos aportes teóricos, que a experiência do estágio no ensino remoto foi uma possibilidade rara de gestão de vivências, trocas e construção de uma identidade docente, que se transformou frente aos desafios impostos. Porém, é necessário mencionar que a resposta educacional à crise pandêmica revelou um paroxismo, um nível alto de tensão em busca de emersão de processos educativos a serem compreendidos e refletidos, e que estavam em curso. De outra forma, entendo que as práticas de estágio em ERE, pelo seu ineditismo, conduziram as alunas à atenta observação e investigação de outras realidades escolares, propiciando a aprendizagem e construção profissional em meio à conflitos e desafios, pois não existiam respostas antes de surgirem os problemas e não as temos ainda.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45858780","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-07DOI: 10.22456/2236-3254.125199
M. Fazzioni, Diego de Medeiros Pereira
Este texto trata de uma reflexão acerca de um processo de Drama - abordagem para o ensino e experimentação do teatro - desenvolvido com estudantes de Licenciatura em Teatro, cuja narrativa buscava tensionar as construções sociais de gênero e sexualidade impostas às crianças. Mediante uma experimentação virtual, diferentes estratégias dessa abordagem foram experimentadas e discussões acerca do modo como se lida com crianças dissidentes no ambiente escolar foram possibilitadas. Defende-se a necessidade de que os(as) profissionais da educação estejam preparados(as) para lidarem com os corpos e subjetividades dessas crianças e se vê no Drama uma proposta de fazer teatral que considera as vozes dos(as) participantes no processo de criação.
{"title":"“O menino que brincava de ser”: Drama virtual, infâncias dissidentes e formação de professores(as) de teatro","authors":"M. Fazzioni, Diego de Medeiros Pereira","doi":"10.22456/2236-3254.125199","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.125199","url":null,"abstract":"Este texto trata de uma reflexão acerca de um processo de Drama - abordagem para o ensino e experimentação do teatro - desenvolvido com estudantes de Licenciatura em Teatro, cuja narrativa buscava tensionar as construções sociais de gênero e sexualidade impostas às crianças. Mediante uma experimentação virtual, diferentes estratégias dessa abordagem foram experimentadas e discussões acerca do modo como se lida com crianças dissidentes no ambiente escolar foram possibilitadas. Defende-se a necessidade de que os(as) profissionais da educação estejam preparados(as) para lidarem com os corpos e subjetividades dessas crianças e se vê no Drama uma proposta de fazer teatral que considera as vozes dos(as) participantes no processo de criação.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48590642","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-07DOI: 10.22456/2236-3254.125190
L. Matos, Luan Nagib Marques Peres, Lucy Barbosa Pina Pereira
A pandemia de Covid-19 mudou nossa rotina de maneira abrupta, suas consequências e legados ainda não podemos mensurar de todo. Neste sentido, é certo que temos muito a pensar sobre quanto avançamos e retrocedemos neste período de dois anos no que diz respeito à educação, principalmente quando a educação em questão se suporta na relação entre construção subjetiva e expressão, o que é o caso do trabalho com teatro na escola. Este ensaio propõe olhar para uma experiência de lonjuras, de instabilidades, de presença/ausência em simultâneo. Experiência que acontece ilhada, na ilha de Florianópolis, nas ilhas de nossas casas em isolamento, tem o mar como premissa: o tempo lento da praia no inverno, o conhecimento observador dos pescadores. É esse outro tempo que nos convidou a trazer a leitura e a escuta acoplada ao teatro à em experimentações teatrais síncronas e assíncronas baseadas em uma condição que pressupõe desatar os nós das expectativas, dos vislumbres produtivos e por isso nos cercamos daquilo que em geral se considera inutilidade. Neste texto acompanhamos os passos de uma personagem intrigada pela possibilidade não ser útil, ou de, se ser, ser inútil, e a ela apresentamos outros autores que também já se perguntaram se há lugar para o inútil, e como, estando em confinamento, suportar a vontade de cumprir com as demandas de produção que nos cercam, a produção pasteurizada, embalada e poluente. A personagem nos acompanha na descoberta de possibilidades criativas e teatrais em uma prática pessoal, coletiva, acessível e de extrema importância nos dias atuais: a leitura e a escuta.
{"title":"Na onda dos inúteis: uma experiência remota com teatro e leitura na escola","authors":"L. Matos, Luan Nagib Marques Peres, Lucy Barbosa Pina Pereira","doi":"10.22456/2236-3254.125190","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.125190","url":null,"abstract":"A pandemia de Covid-19 mudou nossa rotina de maneira abrupta, suas consequências e legados ainda não podemos mensurar de todo. Neste sentido, é certo que temos muito a pensar sobre quanto avançamos e retrocedemos neste período de dois anos no que diz respeito à educação, principalmente quando a educação em questão se suporta na relação entre construção subjetiva e expressão, o que é o caso do trabalho com teatro na escola. Este ensaio propõe olhar para uma experiência de lonjuras, de instabilidades, de presença/ausência em simultâneo. Experiência que acontece ilhada, na ilha de Florianópolis, nas ilhas de nossas casas em isolamento, tem o mar como premissa: o tempo lento da praia no inverno, o conhecimento observador dos pescadores. É esse outro tempo que nos convidou a trazer a leitura e a escuta acoplada ao teatro à em experimentações teatrais síncronas e assíncronas baseadas em uma condição que pressupõe desatar os nós das expectativas, dos vislumbres produtivos e por isso nos cercamos daquilo que em geral se considera inutilidade. Neste texto acompanhamos os passos de uma personagem intrigada pela possibilidade não ser útil, ou de, se ser, ser inútil, e a ela apresentamos outros autores que também já se perguntaram se há lugar para o inútil, e como, estando em confinamento, suportar a vontade de cumprir com as demandas de produção que nos cercam, a produção pasteurizada, embalada e poluente. A personagem nos acompanha na descoberta de possibilidades criativas e teatrais em uma prática pessoal, coletiva, acessível e de extrema importância nos dias atuais: a leitura e a escuta.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45501053","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-07DOI: 10.22456/2236-3254.125178
Jair Mario Gabardo Junior, Lui Martins dos Reis, Antony Vinicius De Paula Fedalto
Este artigo tem por objetivo discutir uma experiência com a docência em Dança no Estágio Supervisionado Obrigatório IV, destinado ao contexto da Educação formal para a etapa do Ensino Médio e vinculado a um curso de bacharelado e licenciatura em Dança. Para tanto, apresentamos algumas reflexões a partir da nossa experiência educativa como sujeitos professores em formação e docente orientador do processo, cuja vivência ocorreu de forma remota com uma turma de um colégio da rede pública de Curitiba/PR. O foco, contudo, está nos saberes selecionados a partir não apenas dos interesses inerentes aos autores, mas também dos desafios de problematizar questões de gênero, sexualidade e promoção da cidadania de sujeitos LGBTQIA+ nesta última etapa da Educação Básica. A ação artístico-pedagógica buscou aproximar os sujeitos estudantes da escola da cultura ballroom por intermédio da dança voguing, atravessada em especial pelas lentes dos Estudos Culturais. Como possíveis respostas, reconhecemos a potência do saber em Dança como disparador de novas corporeidades na sala de aula e a urgência em desvelar na atual BNCC meios para ampliar os debates sobre currículo, arte e diversidade no Ensino Médio.
{"title":"BNCC, voguing, gênero e sexualidade: reflexões a partir de uma experiência na formação docente em dança no estágio supervisionado","authors":"Jair Mario Gabardo Junior, Lui Martins dos Reis, Antony Vinicius De Paula Fedalto","doi":"10.22456/2236-3254.125178","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.125178","url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo discutir uma experiência com a docência em Dança no Estágio Supervisionado Obrigatório IV, destinado ao contexto da Educação formal para a etapa do Ensino Médio e vinculado a um curso de bacharelado e licenciatura em Dança. Para tanto, apresentamos algumas reflexões a partir da nossa experiência educativa como sujeitos professores em formação e docente orientador do processo, cuja vivência ocorreu de forma remota com uma turma de um colégio da rede pública de Curitiba/PR. O foco, contudo, está nos saberes selecionados a partir não apenas dos interesses inerentes aos autores, mas também dos desafios de problematizar questões de gênero, sexualidade e promoção da cidadania de sujeitos LGBTQIA+ nesta última etapa da Educação Básica. A ação artístico-pedagógica buscou aproximar os sujeitos estudantes da escola da cultura ballroom por intermédio da dança voguing, atravessada em especial pelas lentes dos Estudos Culturais. Como possíveis respostas, reconhecemos a potência do saber em Dança como disparador de novas corporeidades na sala de aula e a urgência em desvelar na atual BNCC meios para ampliar os debates sobre currículo, arte e diversidade no Ensino Médio.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49054787","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-07DOI: 10.22456/2236-3254.125173
Marcelo Eduardo Rocco de Gásperi, Giulia Oliva De Araújo, Matheus Felipe Marques Pessôa
O presente artigo analisa a aproximação entre a arte da performance e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – Componente Curricular Arte. Para tanto, fez-se um estudo histórico-crítico acerca do processo de formulação da BNCC, a fim de se compreender quais os impactos para o ensino de Artes no Brasil. Após tal panorama, investiga-se uma experiência docente realizada no Instituto Federal de Minas Gerais – IFMG – Campus Ouro Preto (MG), dentro do contexto de obrigatoriedade da Lei 10.639/03, que prevê o estudo da cultura afro-brasileira nos currículos das escolas públicas. Para discorrer sobre essa experiência, parte da fundamentação teórica se baseou em estudos acerca de necropolítica e de refiguração de si (MBEMBE, 2018). Com isso, buscou-se investigar o estudo de parte da arte da performance como proposta metodológica para o ensino do afrocentramento na escola, pontuando a pertinência de políticas públicas que valorizem a cultura afro- brasileira. Palavras-Chave BNCC. Cultura Afro-brasileira. Performance Artística.
{"title":"Os Lugares da Arte na Base Nacional Comum Curricular (BNCC): experiência docente a partir da arte da performance e suas imbricações com a cultura afro-brasileira","authors":"Marcelo Eduardo Rocco de Gásperi, Giulia Oliva De Araújo, Matheus Felipe Marques Pessôa","doi":"10.22456/2236-3254.125173","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.125173","url":null,"abstract":"O presente artigo analisa a aproximação entre a arte da performance e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – Componente Curricular Arte. Para tanto, fez-se um estudo histórico-crítico acerca do processo de formulação da BNCC, a fim de se compreender quais os impactos para o ensino de Artes no Brasil. Após tal panorama, investiga-se uma experiência docente realizada no Instituto Federal de Minas Gerais – IFMG – Campus Ouro Preto (MG), dentro do contexto de obrigatoriedade da Lei 10.639/03, que prevê o estudo da cultura afro-brasileira nos currículos das escolas públicas. Para discorrer sobre essa experiência, parte da fundamentação teórica se baseou em estudos acerca de necropolítica e de refiguração de si (MBEMBE, 2018). Com isso, buscou-se investigar o estudo de parte da arte da performance como proposta metodológica para o ensino do afrocentramento na escola, pontuando a pertinência de políticas públicas que valorizem a cultura afro- brasileira.\u0000Palavras-Chave\u0000BNCC. Cultura Afro-brasileira. Performance Artística.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41395747","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-07DOI: 10.22456/2236-3254.125164
Luciana Hartmann, Ana Carolina De Sousa Castro
Este artigo propõe uma reflexão teórico-prática sobre os impactos da pandemia de Covid 19 em uma pesquisa sobre o Teatro do Oprimido, realizada com professoras de artes do Distrito Federal. Como pensar/fazer uma educação libertadora em um contexto de crise sanitária, política e econômica que condicionou as práticas escolares ao ensino remoto? Pensada inicialmente para ser realizada com estudantes do Ensino Médio, esta pesquisa foi reorientada no sentido de verificar como a Estética do Oprimido, proposta por Augusto Boal, em diálogo com a Educação Libertadora de Paulo Freire (2003), pode se apresentar como uma perspectiva que auxilie professores/as de Artes Cênicas em tempos pandêmicos e, esperamos, pós-pandêmicos.
{"title":"A estética do oprimido em tempos pandêmicos: uma experiência com professores de artes do distrito federal","authors":"Luciana Hartmann, Ana Carolina De Sousa Castro","doi":"10.22456/2236-3254.125164","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.125164","url":null,"abstract":"Este artigo propõe uma reflexão teórico-prática sobre os impactos da pandemia de Covid 19 em uma pesquisa sobre o Teatro do Oprimido, realizada com professoras de artes do Distrito Federal. Como pensar/fazer uma educação libertadora em um contexto de crise sanitária, política e econômica que condicionou as práticas escolares ao ensino remoto? Pensada inicialmente para ser realizada com estudantes do Ensino Médio, esta pesquisa foi reorientada no sentido de verificar como a Estética do Oprimido, proposta por Augusto Boal, em diálogo com a Educação Libertadora de Paulo Freire (2003), pode se apresentar como uma perspectiva que auxilie professores/as de Artes Cênicas em tempos pandêmicos e, esperamos, pós-pandêmicos.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48523135","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-07DOI: 10.22456/2236-3254.125083
B. B. Nunes, Andrisa Kemel Zanella
Este artigo propõe problematizar a formação e o exercício da docência no curso de Dança-Licenciatura de uma instituição pública federal a partir da experiência de estágio em formato remoto. Diante do contexto pandêmico, novos caminhos, estratégias e pensares sobre o ensino da dança foram ressignificados por meio da ausência do contato presencial de sala de aula. Esta escrita é desenvolvida com o intuito de visibilizar e refletir sobre o vivido, a partir de uma outra perspectiva, em que o distanciamento trouxe outros desafios à construção do(a) professor(a) em formação. Palavras-chave: Estágio. Dança. Pandemia. Ensino Remoto. Formação de Professores.
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