Pub Date : 2022-12-26DOI: 10.51359/2238-6211.2022.256053
L. F. A. Botêlho, Francisco Kennedy Silva dos Santos
O presente texto objetiva argumentar e propor crítico-reflexivamente tessituras que destaquem e iluminem o papel e o lugar do ensino de Geografia para a construção crítico-transformadora do conhecimento socioambiental que leve os sujeitos da aprendizagem à cidadania planetária, assumindo atitudes e posturas de enfrentamento e protagonismo perante este cenário de crise. Para tal, realiza-se uma discussão teórico-bibliográfica fundamentada em um diálogo com autores que apontam em múltiplas direções – política, histórica, geográfica, biológica, antropológica, sociológica etc. –, compondo um tecido multirreferencializado de conhecimentos. Em face das questões seculares, que ainda não adentram a Geografia escolar com tanta força, necessitamos prover um debate focalizado nos temas e entremear diálogos que contribuam com o desenvolvimento do pensamento e da ação diante dos males sociais neste tempo. Para isto, faz-se um conjunto de proposições, de ideais, de elementos que (des)centralizam novos debates em favor da reivindicação de Geografias que furam os clichês e constituem outras leituras, compreensões e ações nos lugares de vida, a partir de si, para o lugar-mundo, a Terra.
{"title":"Tessituras crítico-tranformadoras para a geografia escolar: do conhecimento social à cidadania planetária","authors":"L. F. A. Botêlho, Francisco Kennedy Silva dos Santos","doi":"10.51359/2238-6211.2022.256053","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2238-6211.2022.256053","url":null,"abstract":"O presente texto objetiva argumentar e propor crítico-reflexivamente tessituras que destaquem e iluminem o papel e o lugar do ensino de Geografia para a construção crítico-transformadora do conhecimento socioambiental que leve os sujeitos da aprendizagem à cidadania planetária, assumindo atitudes e posturas de enfrentamento e protagonismo perante este cenário de crise. Para tal, realiza-se uma discussão teórico-bibliográfica fundamentada em um diálogo com autores que apontam em múltiplas direções – política, histórica, geográfica, biológica, antropológica, sociológica etc. –, compondo um tecido multirreferencializado de conhecimentos. Em face das questões seculares, que ainda não adentram a Geografia escolar com tanta força, necessitamos prover um debate focalizado nos temas e entremear diálogos que contribuam com o desenvolvimento do pensamento e da ação diante dos males sociais neste tempo. Para isto, faz-se um conjunto de proposições, de ideais, de elementos que (des)centralizam novos debates em favor da reivindicação de Geografias que furam os clichês e constituem outras leituras, compreensões e ações nos lugares de vida, a partir de si, para o lugar-mundo, a Terra.","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"112 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79715128","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-26DOI: 10.51359/2594-9616.2022.251331
V. P. Sousa
Pensar em corporificar a escola e o ensino de Geografia é mais do que entender que existem corpos presentes tanto no espaço escolar quanto no ensino da ciência geográfica e que devemos fazer algo a respeito disso. Isso porque essa afirmação reduzir o constituir a escola e o ensino ao estar na escola ensinando, o que não leva em consideração que nossos corpos constituem tanto o espaço escolar quanto os processos de ensino-aprendizagem. Utilizando da Geografia da Percepção como método, e arcabouçado pelas Geografias Feministas, entre demais intelectuais, por meio de um esforço teórico, o presente texto busca problematizar as abstrações com que, muitas vezes, o ensino de Geografia é trabalhado pensando em outros horizontes tanto para esse ensino quanto para a escola, por meio da corporificação. Assim, a sala de aula dá espaço para a incerteza e para o desconhecido no que tange ao ensinar e aprender Geografia, onde diferenças como as de gênero, sexualidades e raça não se deixam invisibilizar, demonstrando como o corpo está além do trabalho dele em conteúdos a serem ministrados e percebendo a importância de se trabalhar com ele tanto para ensinar como para aprender Geografia.
{"title":"Corporificar a escola e o ensino de geografia: diálogos necessários para o reconhecimento das diferenças na produção do espaço escolar","authors":"V. P. Sousa","doi":"10.51359/2594-9616.2022.251331","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2594-9616.2022.251331","url":null,"abstract":"Pensar em corporificar a escola e o ensino de Geografia é mais do que entender que existem corpos presentes tanto no espaço escolar quanto no ensino da ciência geográfica e que devemos fazer algo a respeito disso. Isso porque essa afirmação reduzir o constituir a escola e o ensino ao estar na escola ensinando, o que não leva em consideração que nossos corpos constituem tanto o espaço escolar quanto os processos de ensino-aprendizagem. Utilizando da Geografia da Percepção como método, e arcabouçado pelas Geografias Feministas, entre demais intelectuais, por meio de um esforço teórico, o presente texto busca problematizar as abstrações com que, muitas vezes, o ensino de Geografia é trabalhado pensando em outros horizontes tanto para esse ensino quanto para a escola, por meio da corporificação. Assim, a sala de aula dá espaço para a incerteza e para o desconhecido no que tange ao ensinar e aprender Geografia, onde diferenças como as de gênero, sexualidades e raça não se deixam invisibilizar, demonstrando como o corpo está além do trabalho dele em conteúdos a serem ministrados e percebendo a importância de se trabalhar com ele tanto para ensinar como para aprender Geografia.","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"90 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81549461","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-26DOI: 10.51359/2594-9616.2022.253845
Aldeíze Bonifácio Silva
O estágio supervisionado se conforma como uma atividade teórico instrumentalizadora da práxis docente em prol da transformação da realidade, tendo em vista que teoria e prática são elementos indissociáveis no fazer docente. Nessa perspectiva, o presente trabalho objetiva tecer algumas considerações acerca do campo de Estágio Supervisionado em Geografia com base em inquietações que emergem no transcurso do Estágio de Formação de Professores para o Ensino Fundamental realizado na Escola Estadual Professor José Fernandes Machado em Natal/RN. Dentre os procedimentos metodológicos utilizados estão a pesquisa-ação associada a pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados obtidos demonstram que para a superação do paradigma do estágio como prática instrumental se faz necessário a compreensão da escola enquanto espacialidade concreta. Portanto, a ressignificação do estágio deve partir do entendimento de que a sua finalidade é a promoção de uma aproximação do profissional em formação com a realidade na qual atuará, com a análise e a problematização das ações frente a realidade dos alunos e do ambiente escolar no qual essas práticas vão se integrar.
{"title":"Caminhos e (des)caminhos do estágio supervisionado: a escola enquanto espacialidade concreta","authors":"Aldeíze Bonifácio Silva","doi":"10.51359/2594-9616.2022.253845","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2594-9616.2022.253845","url":null,"abstract":"O estágio supervisionado se conforma como uma atividade teórico instrumentalizadora da práxis docente em prol da transformação da realidade, tendo em vista que teoria e prática são elementos indissociáveis no fazer docente. Nessa perspectiva, o presente trabalho objetiva tecer algumas considerações acerca do campo de Estágio Supervisionado em Geografia com base em inquietações que emergem no transcurso do Estágio de Formação de Professores para o Ensino Fundamental realizado na Escola Estadual Professor José Fernandes Machado em Natal/RN. Dentre os procedimentos metodológicos utilizados estão a pesquisa-ação associada a pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados obtidos demonstram que para a superação do paradigma do estágio como prática instrumental se faz necessário a compreensão da escola enquanto espacialidade concreta. Portanto, a ressignificação do estágio deve partir do entendimento de que a sua finalidade é a promoção de uma aproximação do profissional em formação com a realidade na qual atuará, com a análise e a problematização das ações frente a realidade dos alunos e do ambiente escolar no qual essas práticas vão se integrar.","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85466949","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-26DOI: 10.51359/2238-6211.2022.254112
Camila Nunes Dantas, Jacson Tavares de Oliveira, Edvaldo Oliveira, Lara de Oliveira Carvalho
A prática de habitar e construir em áreas próximas aos cursos d’água permeia as práticas de ocupação das matas riparias, ao longo da história e por diversos motivos. A ocupação desordenada e a forma inadequada do uso a terra acabam por acarretar inúmeros impactos sociais e ambientais, nos recursos hídricos, no solo, bem como na população de entorno. Uma das ferramentas utilizadas atualmente para analisar o processo de uso da terra e cobertura da terra remete a construção de mapas, com a utilização das técnicas de sensoriamento remoto, sendo possível avaliar as imagens da superfície terrestre obtendo dados sobre o território ou região. O artigo tem como objetivo analisar o uso da terra no rio Brumado no trecho urbano do município de Rio de Contas - BA, dentro de uma perspectiva de enquadramento legal à luz do Código Florestal vigente. No plano metodológico, foram utilizadas imagens de satélites disponíveis nas plataformas SAS.Planet/Bing Satellite e Google Earth. Os mapas foram construídos através dos softwares Map Viewer 8.0 e QGis 3.9.10. Os resultados apontam que a APP do rio Brumado no trecho urbano de Rio de Contas – BA é composta por 77,1% de vegetação nativa (Savana Gramíneo – Lenhosa ou Caatinga do Sertão Árido), na faixa de APP de 30 metros apresentando áreas antrópicas agrícolas que ocupam 2,6% e 15,9% de áreas descobertas. Esses resultados indicam a necessidade de implementação de projetos de recuperação dessas áreas, pois são de extrema importância para a manutenção do ecossistema e da biodiversidade em longo prazo e preservação do corpo hídrico, sendo o modelo proposto baseado na técnica de nucleação proposta por Yarranton e Marrison (1974).
{"title":"Uso da terra no rio Brumado no trecho urbano de Rio de Contas - BA: perspectivas de enquadramento legal à luz do Código Florestal vigente","authors":"Camila Nunes Dantas, Jacson Tavares de Oliveira, Edvaldo Oliveira, Lara de Oliveira Carvalho","doi":"10.51359/2238-6211.2022.254112","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2238-6211.2022.254112","url":null,"abstract":"A prática de habitar e construir em áreas próximas aos cursos d’água permeia as práticas de ocupação das matas riparias, ao longo da história e por diversos motivos. A ocupação desordenada e a forma inadequada do uso a terra acabam por acarretar inúmeros impactos sociais e ambientais, nos recursos hídricos, no solo, bem como na população de entorno. Uma das ferramentas utilizadas atualmente para analisar o processo de uso da terra e cobertura da terra remete a construção de mapas, com a utilização das técnicas de sensoriamento remoto, sendo possível avaliar as imagens da superfície terrestre obtendo dados sobre o território ou região. O artigo tem como objetivo analisar o uso da terra no rio Brumado no trecho urbano do município de Rio de Contas - BA, dentro de uma perspectiva de enquadramento legal à luz do Código Florestal vigente. No plano metodológico, foram utilizadas imagens de satélites disponíveis nas plataformas SAS.Planet/Bing Satellite e Google Earth. Os mapas foram construídos através dos softwares Map Viewer 8.0 e QGis 3.9.10. Os resultados apontam que a APP do rio Brumado no trecho urbano de Rio de Contas – BA é composta por 77,1% de vegetação nativa (Savana Gramíneo – Lenhosa ou Caatinga do Sertão Árido), na faixa de APP de 30 metros apresentando áreas antrópicas agrícolas que ocupam 2,6% e 15,9% de áreas descobertas. Esses resultados indicam a necessidade de implementação de projetos de recuperação dessas áreas, pois são de extrema importância para a manutenção do ecossistema e da biodiversidade em longo prazo e preservação do corpo hídrico, sendo o modelo proposto baseado na técnica de nucleação proposta por Yarranton e Marrison (1974).","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"142 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86276904","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-26DOI: 10.51359/2238-6211.2022.256588
Tânia Cristina Meira Garcia, Micarla Silva de Azevedo, N. Souza, Tulia Fernanda Meira Garcia
Os materiais didáticos utilizados por professores na Geografia escolar têm sido alvo de discussões e questionamentos, a começar pela nomenclatura. É possível afirmar, entretanto, que a utilização desses materiais está direcionada a facilitação do processo de ensino e aprendizagem, sendo possível identificar uma gama desses recursos didáticos com modos de uso distintos. Metodologicamente, este artigo resulta de uma técnica da pesquisa bibliográfica, que é a revisão sistemática de literatura referente às publicações brasileiras entre os anos de 2018 a 2022, a fim de atender o objetivo deste estudo, que é identificar os materiais didáticos mais utilizados no ensino de Geografia no Brasil. Para isso, fez-se uso de uma revisão sistemática de literatura com recomendações do anagrama PICo. Como resultado é possível constatar que há uma definição do que são materiais didáticos, sendo o livro didático, um dos mais incidentes nas práticas educativas de Geografia. Portanto, a técnica da revisão sistemática traça o estado da arte das publicações brasileiras no ensino de Geografia a partir de um recorte temporal, que permite responder a questionamentos dentro dessa área do ensino.
{"title":"Materiais didáticos no ensino de geografia no Brasil: uma revisão sistemática","authors":"Tânia Cristina Meira Garcia, Micarla Silva de Azevedo, N. Souza, Tulia Fernanda Meira Garcia","doi":"10.51359/2238-6211.2022.256588","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2238-6211.2022.256588","url":null,"abstract":"Os materiais didáticos utilizados por professores na Geografia escolar têm sido alvo de discussões e questionamentos, a começar pela nomenclatura. É possível afirmar, entretanto, que a utilização desses materiais está direcionada a facilitação do processo de ensino e aprendizagem, sendo possível identificar uma gama desses recursos didáticos com modos de uso distintos. Metodologicamente, este artigo resulta de uma técnica da pesquisa bibliográfica, que é a revisão sistemática de literatura referente às publicações brasileiras entre os anos de 2018 a 2022, a fim de atender o objetivo deste estudo, que é identificar os materiais didáticos mais utilizados no ensino de Geografia no Brasil. Para isso, fez-se uso de uma revisão sistemática de literatura com recomendações do anagrama PICo. Como resultado é possível constatar que há uma definição do que são materiais didáticos, sendo o livro didático, um dos mais incidentes nas práticas educativas de Geografia. Portanto, a técnica da revisão sistemática traça o estado da arte das publicações brasileiras no ensino de Geografia a partir de um recorte temporal, que permite responder a questionamentos dentro dessa área do ensino.","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"62 2 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89803602","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-26DOI: 10.51359/2238-6211.2022.254608
Marcus Vinícius Dos Santos Silva, Paulo César De Oliveira, Cláudio Roberto Farias Passos
Nas instituições escolares a violência é bastante corriqueira e não ocorre igualitariamente em termos de tipologia, fatores e circunstâncias que se retroalimentam. O bullying é um fenômeno interpessoal marcado por um conjunto de práticas sistemáticas, continuadas, intencionais e perversas acompanhadas pela desproporcionalidade de poder que tem o intuito de humilhar os alvos dessa conduta. Este artigo apresenta propostas didáticas, através de oficinas práticas, para compreenderem-se as relações da Educação Geográfica, por intermédio da categoria de análise geográfica lugar, para mitigação do bullying em unidade escolar a partir de um estudo baseado em relatos e experiências da literatura acadêmica. Os resultados revelaram que a Educação Geográfica, através dos estudos voltados ao lugar dos alunos, é relevante para que eles se reconheçam como sujeitos da história e que podem ser influenciados pelas relações sociais depreendidas nele.
{"title":"O estudo do lugar e a abordagem geográfica para mitigar o bullying: oficina prática como instrumento de ensino didático","authors":"Marcus Vinícius Dos Santos Silva, Paulo César De Oliveira, Cláudio Roberto Farias Passos","doi":"10.51359/2238-6211.2022.254608","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2238-6211.2022.254608","url":null,"abstract":"Nas instituições escolares a violência é bastante corriqueira e não ocorre igualitariamente em termos de tipologia, fatores e circunstâncias que se retroalimentam. O bullying é um fenômeno interpessoal marcado por um conjunto de práticas sistemáticas, continuadas, intencionais e perversas acompanhadas pela desproporcionalidade de poder que tem o intuito de humilhar os alvos dessa conduta. Este artigo apresenta propostas didáticas, através de oficinas práticas, para compreenderem-se as relações da Educação Geográfica, por intermédio da categoria de análise geográfica lugar, para mitigação do bullying em unidade escolar a partir de um estudo baseado em relatos e experiências da literatura acadêmica. Os resultados revelaram que a Educação Geográfica, através dos estudos voltados ao lugar dos alunos, é relevante para que eles se reconheçam como sujeitos da história e que podem ser influenciados pelas relações sociais depreendidas nele.","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"733 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84822893","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-26DOI: 10.51359/2238-6211.2022.250982
Rômulo Dias Dos Santos Rocha, A. E. Ferraz
A cidade (re)produz-se constantemente ampliando as possibilidades e necessidades de se buscar o entendimento do espaço por meio da análise do urbano. O bairro Nossa Senhora Aparecida - BNSA, na periferia da cidade de Vitória da Conquista – Bahia, foi escolhido como recorte espacial da pesquisa que pauta este texto, por se considerar que as problemáticas do espaço urbano aparecem de forma explícita em periferias, materializando as contradições da realidade social. Com base em elementos do cotidiano dos moradores e em relações que envolvem a produção dos espaços periféricos realizou-se análises buscando compreender como se dá a produção, a apropriação e as relações socioespaciais no BNSA, considerando-o como espaço de reprodução da vida. A metodologia utilizada considerou a relação teoria e empiria e pautou-se na base teórica proposta por Henry Lefebvre e outros autores que deram suporte às discussões e análises. A construção do trabalho se constituiu em pesquisa bibliográfica e documental, pesquisas de campo, análise e caracterização da infraestrutura, observações in loco, registros fotográficos, aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas.
城市(再)产生不断扩大的可能性和需求,通过城市分析寻求对空间的理解。位于vitoria da Conquista - Bahia市外围的Nossa Senhora aprecida - BNSA社区被选为指导本文研究的空间区域,因为它认为城市空间问题明确地出现在外围,实现了社会现实的矛盾。基于居民的日常生活元素和涉及外围空间生产的关系进行分析,试图了解BNSA的生产、占用和社会空间关系是如何发生的,将其视为生命的再生产空间。该方法考虑了理论和经验的关系,并以列斐伏尔和其他支持讨论和分析的作者提出的理论基础为基础。工作的构建包括文献和文献研究、实地研究、基础设施的分析和表征、现场观察、摄影记录、问卷调查和半结构化访谈。
{"title":"Produção e reprodução do espaço na periferia de uma cidade média: uma análise do cotidiano no bairro Nossa Senhora Aparecida, em Vitória da Conquista - Bahia, 2018","authors":"Rômulo Dias Dos Santos Rocha, A. E. Ferraz","doi":"10.51359/2238-6211.2022.250982","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2238-6211.2022.250982","url":null,"abstract":"A cidade (re)produz-se constantemente ampliando as possibilidades e necessidades de se buscar o entendimento do espaço por meio da análise do urbano. O bairro Nossa Senhora Aparecida - BNSA, na periferia da cidade de Vitória da Conquista – Bahia, foi escolhido como recorte espacial da pesquisa que pauta este texto, por se considerar que as problemáticas do espaço urbano aparecem de forma explícita em periferias, materializando as contradições da realidade social. Com base em elementos do cotidiano dos moradores e em relações que envolvem a produção dos espaços periféricos realizou-se análises buscando compreender como se dá a produção, a apropriação e as relações socioespaciais no BNSA, considerando-o como espaço de reprodução da vida. A metodologia utilizada considerou a relação teoria e empiria e pautou-se na base teórica proposta por Henry Lefebvre e outros autores que deram suporte às discussões e análises. A construção do trabalho se constituiu em pesquisa bibliográfica e documental, pesquisas de campo, análise e caracterização da infraestrutura, observações in loco, registros fotográficos, aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas.","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"4 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77651076","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-26DOI: 10.51359/2594-9616.2022.253458
Victória Zaupa Montini, Margarida de Cássia Campos
O presente texto tem como objetivo compreender como os docentes que atuam nas escolas do campo percebem a construção de pedagogias próprias para sua prática docente. A metodologia da pesquisa é do tipo qualitativa, tendo como procedimento metodológico levantamento bibliográfico sobre a produção científica da temática de educação do campo, organização de um roteiro de perguntas no Google Formulários, respondidas por 12 educadores que atuam em escolas do campo no segundo semestre de 2021, e, por fim, a sistematização dos dados obtidos. Conclui-se que uma pedagogia que atenda à realidade dos educandos do campo, nasce a partir das experiências e das lutas dos coletivos envolvidos na reivindicação por direitos de autodeterminação das populações que vivem no campo.
{"title":"Pedagogias para educação do campo: um novo (re)criar","authors":"Victória Zaupa Montini, Margarida de Cássia Campos","doi":"10.51359/2594-9616.2022.253458","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2594-9616.2022.253458","url":null,"abstract":"O presente texto tem como objetivo compreender como os docentes que atuam nas escolas do campo percebem a construção de pedagogias próprias para sua prática docente. A metodologia da pesquisa é do tipo qualitativa, tendo como procedimento metodológico levantamento bibliográfico sobre a produção científica da temática de educação do campo, organização de um roteiro de perguntas no Google Formulários, respondidas por 12 educadores que atuam em escolas do campo no segundo semestre de 2021, e, por fim, a sistematização dos dados obtidos. Conclui-se que uma pedagogia que atenda à realidade dos educandos do campo, nasce a partir das experiências e das lutas dos coletivos envolvidos na reivindicação por direitos de autodeterminação das populações que vivem no campo.","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"36 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80350419","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-26DOI: 10.51359/2238-6211.2022.252456
Silvana Aparecida Cardoso, S. Neves, A. Ramos, Jakeline Weigert da Cruz, Jesã Pereira Kreitlow
O objetivo desta pesquisa é analisar a dinâmica da cobertura vegetal e o uso da terra no município mato-grossense de Juína, e avaliar suas implicações na paisagem. Para tanto, foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos: análise espaço-temporal da cobertura vegetal e do uso da terra, utilizando imagens dos satélites Landsat 5, dos anos de 1990, 2000 e 2010, e Landsat 8, do ano de 2020; elaboração dos mapas e quantificação das classes temáticas identificadas; análise e discussão dos dados; e mensuração do estado ambiental, através do Índice de Transformação Antrópica (ITA). Os resultados obtidos demonstram que os usos antrópicos em Juína aumentaram em cada década analisada. No período de 1990 a 2000 houve redução em cinco fitofisionomias florestais, enquanto de 2010 a 2020 a Agricultura e a Pecuária apresentaram aumentos de 81,25% e 12,48%, respectivamente. Nos períodos de 2000 a 2010 ocorreu reduções nas classes Água, Floresta e Vegetação natural. No período de 2010 a 2020 foi observado aumento de 3,63% e 0,72% nas áreas de Floresta e Savana, respectivamente. Os valores de ITA enquadraram o município como Pouco Degradado. Concluiu-se que as modificações ocorridas na paisagem de Juína decorrentes da supressão vegetal foram ocasionadas, principalmente, para desenvolvimento da agropecuária, que são as principais atividades econômicas de Mato Grosso. Apesar de Pouco Degradado, os dados mostram que há uma pressão crescente a cada década sobre a paisagem municipal, e que a tendência aponta para uma pressão ambiental vindoura ainda maior, deixando um alerta para o monitoramento do uso da terra.
{"title":"Usos da terra e suas implicações na configuração da paisagem de Juína/MT, Brasil","authors":"Silvana Aparecida Cardoso, S. Neves, A. Ramos, Jakeline Weigert da Cruz, Jesã Pereira Kreitlow","doi":"10.51359/2238-6211.2022.252456","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2238-6211.2022.252456","url":null,"abstract":"O objetivo desta pesquisa é analisar a dinâmica da cobertura vegetal e o uso da terra no município mato-grossense de Juína, e avaliar suas implicações na paisagem. Para tanto, foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos: análise espaço-temporal da cobertura vegetal e do uso da terra, utilizando imagens dos satélites Landsat 5, dos anos de 1990, 2000 e 2010, e Landsat 8, do ano de 2020; elaboração dos mapas e quantificação das classes temáticas identificadas; análise e discussão dos dados; e mensuração do estado ambiental, através do Índice de Transformação Antrópica (ITA). Os resultados obtidos demonstram que os usos antrópicos em Juína aumentaram em cada década analisada. No período de 1990 a 2000 houve redução em cinco fitofisionomias florestais, enquanto de 2010 a 2020 a Agricultura e a Pecuária apresentaram aumentos de 81,25% e 12,48%, respectivamente. Nos períodos de 2000 a 2010 ocorreu reduções nas classes Água, Floresta e Vegetação natural. No período de 2010 a 2020 foi observado aumento de 3,63% e 0,72% nas áreas de Floresta e Savana, respectivamente. Os valores de ITA enquadraram o município como Pouco Degradado. Concluiu-se que as modificações ocorridas na paisagem de Juína decorrentes da supressão vegetal foram ocasionadas, principalmente, para desenvolvimento da agropecuária, que são as principais atividades econômicas de Mato Grosso. Apesar de Pouco Degradado, os dados mostram que há uma pressão crescente a cada década sobre a paisagem municipal, e que a tendência aponta para uma pressão ambiental vindoura ainda maior, deixando um alerta para o monitoramento do uso da terra.","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"25 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81757901","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-26DOI: 10.51359/2594-9616.2022.253666
José Lucas Alves Ribeiro, A. Façanha
A cidade, apesar de estar inserida historicamente em um contexto de desigualdades, é, por excelência, a possibilidade de mudanças e transformações sociais. Assim, a presente produção científica tem como questão central identificar como o ensino de cidade na educação geográfica pode contribuir para a construção da cidadania dos educandos. Objetiva-se analisar o ensino de cidade na educação geográfica como possibilidade da cidadania. Essa discussão tona-se relevante para a construção de uma consciência dos educandos sobre a cidadania e a cidade, e para ajudar os professores na mediação do conhecimento. A educação geográfica deve propiciar um contexto que leve os educandos à construção de uma cidadania ativa, não restrita a direito, mas uma forma de participação na produção de uma cidade melhor. Por meio da proposta de processo de mediação de Cavalcanti (2014) e Portela (2017), propõem-se práticas e recursos possíveis de contribuir de forma mais efetiva na construção da cidadania por meio da cidade. Foi possível assinalar como o ensino de cidade por meio da educação geográfica pode contribuir para a construção da cidadania dos alunos, inclusive por meio de atividade e usos de recursos.
{"title":"Ensino de cidade, educação geográfica e cidadania: apontamentos e estratégias metodológicas","authors":"José Lucas Alves Ribeiro, A. Façanha","doi":"10.51359/2594-9616.2022.253666","DOIUrl":"https://doi.org/10.51359/2594-9616.2022.253666","url":null,"abstract":"A cidade, apesar de estar inserida historicamente em um contexto de desigualdades, é, por excelência, a possibilidade de mudanças e transformações sociais. Assim, a presente produção científica tem como questão central identificar como o ensino de cidade na educação geográfica pode contribuir para a construção da cidadania dos educandos. Objetiva-se analisar o ensino de cidade na educação geográfica como possibilidade da cidadania. Essa discussão tona-se relevante para a construção de uma consciência dos educandos sobre a cidadania e a cidade, e para ajudar os professores na mediação do conhecimento. A educação geográfica deve propiciar um contexto que leve os educandos à construção de uma cidadania ativa, não restrita a direito, mas uma forma de participação na produção de uma cidade melhor. Por meio da proposta de processo de mediação de Cavalcanti (2014) e Portela (2017), propõem-se práticas e recursos possíveis de contribuir de forma mais efetiva na construção da cidadania por meio da cidade. Foi possível assinalar como o ensino de cidade por meio da educação geográfica pode contribuir para a construção da cidadania dos alunos, inclusive por meio de atividade e usos de recursos.","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"13 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78784654","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}