Pub Date : 2020-06-08DOI: 10.22456/2594-8962.104066
A. Alós, Juliana Prestes de Oliveira, A. J. D. Oliveira
Dividida em 7 capítulos, além da apresentação, prólogo e notas, a obra A literatura em perigo (2009), de Tzvetan Todorov, evoca uma pertinente reflexão sobre o modo como a literatura é trabalhada nas salas de aulas (em especial no contexto universitário). Essa abordagem, para ele, é, muitas vezes, apenas uma discussão sobre textos teóricos que abordam determinado texto literário, sem contato efetivo com as obras literárias, ou como pretexto para estudar outro assunto, ou outra disciplina. Algo que acontece no Ensino Básico, no Brasil, uma vez que a disciplina de literatura possui amarras que a condicionam a relatos dos períodos literários e suas características.
兹韦坦·托多罗夫(Tzvetan Todorov)的《危险中的文学》(the literature in danger, 2009)共分为7章,除了介绍、序言和注释外,还引发了对文学如何在课堂上(尤其是在大学背景下)进行的相关反思。对他来说,这种方法往往只是对特定文学文本的理论文本的讨论,而没有与文学作品的有效接触,或作为学习另一门学科或另一门学科的借口。这发生在巴西的基础教育中,因为文学学科与文学时期的报告及其特点有联系。
{"title":"Estaria a literatura em perigo?","authors":"A. Alós, Juliana Prestes de Oliveira, A. J. D. Oliveira","doi":"10.22456/2594-8962.104066","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.104066","url":null,"abstract":"Dividida em 7 capítulos, além da apresentação, prólogo e notas, a obra A literatura em perigo (2009), de Tzvetan Todorov, evoca uma pertinente reflexão sobre o modo como a literatura é trabalhada nas salas de aulas (em especial no contexto universitário). Essa abordagem, para ele, é, muitas vezes, apenas uma discussão sobre textos teóricos que abordam determinado texto literário, sem contato efetivo com as obras literárias, ou como pretexto para estudar outro assunto, ou outra disciplina. Algo que acontece no Ensino Básico, no Brasil, uma vez que a disciplina de literatura possui amarras que a condicionam a relatos dos períodos literários e suas características.","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"276 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116257316","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-11DOI: 10.22456/2594-8962.98116
Ana Zandwais, J. Tutikian
A emergência do Estado-Nação nas sociedades modernas, a partir do sec.xix, coloca em cena, notadamente, relações igualitárias, em termos de compromissos do Estado para com os cidadãos e dos cidadãos para como o Estado, devendo tais relações caracterizar o bom funcionamento da res pública e a busca de um maior equilíbrio social entre os diferentes setores, atendendo às necessidades coletivas.A partir desta ótica, o exercício da democracia não pode ser reduzido ao exercício da política com fins meramente imediatistas e que visem a privilegiar um determinado conjunto de instituições em detrimento de outras. Este não pode estar apartado ou acima da sociedade civil e necessita, fundamentalmente, pautar-se por deliberações equânimes, configurando-se como governabilidade para todos, sem distinções étnicas, religiosas ou lingüísticas.No entanto, os regimes de feição totalitária ao colocarem o poder de Estado acima dos interesses públicos, da sociedade, passam a violar a democracia, tanto da perspectiva jurídica como política, colocando as ações do Estado a serviço de interesses hegemônicos de determinados segmentos da sociedade em detrimento de outros, abolindo, portanto, as práticas de representatividade dos interesses da sociedade e, por fim, dando lugar à naturalização de políticas corporativas como a implementação de leis independentes da aprovação das Câmaras, Senados, deliberações institucionais que não atendem ao bem estar social e diferentes modalidades de práticas de violência como a intolerância às minorias, o racismo, a xenofobia, a exploração do trabalho de menores e dos refugiados de países pobres e em guerra, o feminicídio, o tráfico de armamentos, entre outras, e que vêm a contribuir com o processo de destruição da própria sociedade, desmantelando, em última instância, o Estado de Direito.
{"title":"Apresentação","authors":"Ana Zandwais, J. Tutikian","doi":"10.22456/2594-8962.98116","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.98116","url":null,"abstract":"A emergência do Estado-Nação nas sociedades modernas, a partir do sec.xix, coloca em cena, notadamente, relações igualitárias, em termos de compromissos do Estado para com os cidadãos e dos cidadãos para como o Estado, devendo tais relações caracterizar o bom funcionamento da res pública e a busca de um maior equilíbrio social entre os diferentes setores, atendendo às necessidades coletivas.A partir desta ótica, o exercício da democracia não pode ser reduzido ao exercício da política com fins meramente imediatistas e que visem a privilegiar um determinado conjunto de instituições em detrimento de outras. Este não pode estar apartado ou acima da sociedade civil e necessita, fundamentalmente, pautar-se por deliberações equânimes, configurando-se como governabilidade para todos, sem distinções étnicas, religiosas ou lingüísticas.No entanto, os regimes de feição totalitária ao colocarem o poder de Estado acima dos interesses públicos, da sociedade, passam a violar a democracia, tanto da perspectiva jurídica como política, colocando as ações do Estado a serviço de interesses hegemônicos de determinados segmentos da sociedade em detrimento de outros, abolindo, portanto, as práticas de representatividade dos interesses da sociedade e, por fim, dando lugar à naturalização de políticas corporativas como a implementação de leis independentes da aprovação das Câmaras, Senados, deliberações institucionais que não atendem ao bem estar social e diferentes modalidades de práticas de violência como a intolerância às minorias, o racismo, a xenofobia, a exploração do trabalho de menores e dos refugiados de países pobres e em guerra, o feminicídio, o tráfico de armamentos, entre outras, e que vêm a contribuir com o processo de destruição da própria sociedade, desmantelando, em última instância, o Estado de Direito.","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"206 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115443893","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-11DOI: 10.22456/2594-8962.98121
Ana Zandwais
Este estudo busca refletir sobre as origens do termo propaganda durante o início do século XX nos Estados Unidos e em países europeus do “Leste e do Oeste” com vistas à produção de uma análise sobre os meios e os fins que conduzem seus diferentes empregos, de acordo com interesses econômicos e políticos em sociedades liberais e regimes totalitários. Ao abordar as formas através das quais o termo é utilizado e os sentidos que adquire, acompanhando a abordagem do filósofo francês Michel Pêcheux, buscamos ilustrar como este tipo de discurso funciona até os dias atuais.
{"title":"Possíveis leituras de “Foi Propaganda Mesmo Que Você Disse?” de Michel Pêcheux","authors":"Ana Zandwais","doi":"10.22456/2594-8962.98121","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.98121","url":null,"abstract":"Este estudo busca refletir sobre as origens do termo propaganda durante o início do século XX nos Estados Unidos e em países europeus do “Leste e do Oeste” com vistas à produção de uma análise sobre os meios e os fins que conduzem seus diferentes empregos, de acordo com interesses econômicos e políticos em sociedades liberais e regimes totalitários. Ao abordar as formas através das quais o termo é utilizado e os sentidos que adquire, acompanhando a abordagem do filósofo francês Michel Pêcheux, buscamos ilustrar como este tipo de discurso funciona até os dias atuais.","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114645845","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-11DOI: 10.22456/2594-8962.98124
M. S. Diedrich
O tema deste artigo são as relações dialógicas estabelecidas entre a materialidade linguística e os elementos da situação extraverbal e contextual da vinheta “Brasil, ame-o ou deixe-o”, produzida e divulgada pela rede de televisão aberta SBT, em novembro de 2018. A reflexão está ancorada na análise dialógica do discurso, a partir dos estudos de Bakhtin e do Círculo de Bakhtin, com o objetivo de explicitar as relações dialógicas estabelecidas nesta prática discursiva considerada como um discurso totalitário no cenário político do Brasil pós-eleições presidenciais. O estudo revela duas proposições principais: a) A veiculação da vinheta pela rede de televisão SBT, no período mencionado, dada sua orientação apreciativa e seu direcionamento, representa uma forte simbologia com valoração positiva do período de Ditadura Militar no país, o que ocorre via relações metonímicas. b) A veiculação da referida vinheta no período pós-eleições presidenciais revela uma tentativa de homogeneização do discurso por meio da ideia de exclusão de toda e qualquer outra orientação apreciativa que possa se manifestar. Portanto, há um investimento discursivo na veiculação da vinheta que permite afirmar o viés totalitário por ela assumido na situação extraverbal e contextual.
{"title":"“Brasil: ame-o ou deixe-o”: a produção de sentidos do discurso totalitário","authors":"M. S. Diedrich","doi":"10.22456/2594-8962.98124","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.98124","url":null,"abstract":"O tema deste artigo são as relações dialógicas estabelecidas entre a materialidade linguística e os elementos da situação extraverbal e contextual da vinheta “Brasil, ame-o ou deixe-o”, produzida e divulgada pela rede de televisão aberta SBT, em novembro de 2018. A reflexão está ancorada na análise dialógica do discurso, a partir dos estudos de Bakhtin e do Círculo de Bakhtin, com o objetivo de explicitar as relações dialógicas estabelecidas nesta prática discursiva considerada como um discurso totalitário no cenário político do Brasil pós-eleições presidenciais. O estudo revela duas proposições principais: a) A veiculação da vinheta pela rede de televisão SBT, no período mencionado, dada sua orientação apreciativa e seu direcionamento, representa uma forte simbologia com valoração positiva do período de Ditadura Militar no país, o que ocorre via relações metonímicas. b) A veiculação da referida vinheta no período pós-eleições presidenciais revela uma tentativa de homogeneização do discurso por meio da ideia de exclusão de toda e qualquer outra orientação apreciativa que possa se manifestar. Portanto, há um investimento discursivo na veiculação da vinheta que permite afirmar o viés totalitário por ela assumido na situação extraverbal e contextual.","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"76 4","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120892731","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-11DOI: 10.22456/2594-8962.98125
E. Santos
O presente ensaio é parte de estudos desenvolvidos sobre a polêmica, especialmente aqueles comprometidos com a abordagem dialógica. Esses estudos foram inspirados na descoberta de alguns acontecimentos relevantes da história brasileira, como a temática de 1968, com seus revolucionários movimentos e manifestações. Propomos um estudo a partir da composição do enunciado concreto e do dialogismo polêmico, conforme as indicações do Círculo de Bakhtin, que interage em múltiplos diálogos com discursos de resistência de 1968, em exemplos verbais e verbo-visuais, ainda em movimento.
{"title":"Discursos meia-oito e o dialogismo em movimentos","authors":"E. Santos","doi":"10.22456/2594-8962.98125","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.98125","url":null,"abstract":"O presente ensaio é parte de estudos desenvolvidos sobre a polêmica, especialmente aqueles comprometidos com a abordagem dialógica. Esses estudos foram inspirados na descoberta de alguns acontecimentos relevantes da história brasileira, como a temática de 1968, com seus revolucionários movimentos e manifestações. Propomos um estudo a partir da composição do enunciado concreto e do dialogismo polêmico, conforme as indicações do Círculo de Bakhtin, que interage em múltiplos diálogos com discursos de resistência de 1968, em exemplos verbais e verbo-visuais, ainda em movimento.","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125738830","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-11DOI: 10.22456/2594-8962.98126
Carolina Mendes Burach
A proposição de uma reflexão clara a respeito das políticas europeias da França, para se obter o controle dos corpos dos sujeitos, é o que se difunde no livro intitulado Da palavra ao gesto, de Claudine Haroche, publicado pela editora Papirus em 1998. Para tanto, o exemplar está dividido em nove capítulos que traduzem questões relacionadas ao poder, os quais inquietam e apaixonam a autora desde a sua infância.
克劳丁·哈罗彻(Claudine Haroche) 1998年出版的《从文字到姿态》(da palavra A gesto)一书中,提出了对法国欧洲政策进行清晰反思的建议,以获得对主体身体的控制。因此,这本书分为九章,翻译了与权力有关的问题,这些问题从她的童年就困扰和迷恋着作者。
{"title":"Da Palavra ao Gesto, de Claudine Haroche","authors":"Carolina Mendes Burach","doi":"10.22456/2594-8962.98126","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.98126","url":null,"abstract":"A proposição de uma reflexão clara a respeito das políticas europeias da França, para se obter o controle dos corpos dos sujeitos, é o que se difunde no livro intitulado Da palavra ao gesto, de Claudine Haroche, publicado pela editora Papirus em 1998. Para tanto, o exemplar está dividido em nove capítulos que traduzem questões relacionadas ao poder, os quais inquietam e apaixonam a autora desde a sua infância. ","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124320084","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-11DOI: 10.22456/2594-8962.98122
B. Magalhães
A lógica da produção capitalista está submetida a uma contradição que a cada maior produção produz a necessidade de maior consumo, sua forma de valorizar seu capital é a exploração do trabalho, baixando sempre o valor do trabalho, que inviabiliza o consumo dele, impedindo o escoamento de toda a produção. O desenvolvimento dessa contradição gerou a crise estrutural do capitalismo e demonstra a incapacidade da lógica capitalista de se revigorar sem uma intervenção direta nas leis trabalhistas. Outras formas também são ativadas como as guerras e as intervenções em países. Paralelamente, o irracionalismo se torna a forma com que a burguesia cria e expõe suas ideias necessárias à manutenção da ordem do sistema que lhe determinou a sua classe como dominante. Nesse sentido, nada que a burguesia efetive deve ser novidade para aqueles que têm uma visão crítica radical sobre as relações sociais no sistema capitalista. A alienação decorrente da própria lógica do capital e do papel da ideologia criam a cena necessária para a implementação de “mudanças” que não podem deixar de se consolidar para toda a sociedade, mas que não interessam aos trabalhadores. Elas acabam sendo efetivadas sob a roupagem de propostas carismáticas feitas em épocas de eleições mediante os órgãos políticos, e sempre em nome da democracia. Dessa forma, a democracia se tornou uma troca de benefícios pessoais entre os políticos. Seguindo essa lógica, há de se entender que a crise política que se instala após a reeleição da presidenta Dilma é uma das consequências de mais uma crise do capital; ela não se põe por si mesma, mas dialeticamente interfere nas medidas a serem tomadas pelo Estado, no discurso para “salvar” a economia brasileira.
{"title":"A crise estrutural do capitalismo e o irracionalismo","authors":"B. Magalhães","doi":"10.22456/2594-8962.98122","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.98122","url":null,"abstract":"A lógica da produção capitalista está submetida a uma contradição que a cada maior produção produz a necessidade de maior consumo, sua forma de valorizar seu capital é a exploração do trabalho, baixando sempre o valor do trabalho, que inviabiliza o consumo dele, impedindo o escoamento de toda a produção. O desenvolvimento dessa contradição gerou a crise estrutural do capitalismo e demonstra a incapacidade da lógica capitalista de se revigorar sem uma intervenção direta nas leis trabalhistas. Outras formas também são ativadas como as guerras e as intervenções em países. Paralelamente, o irracionalismo se torna a forma com que a burguesia cria e expõe suas ideias necessárias à manutenção da ordem do sistema que lhe determinou a sua classe como dominante. Nesse sentido, nada que a burguesia efetive deve ser novidade para aqueles que têm uma visão crítica radical sobre as relações sociais no sistema capitalista. A alienação decorrente da própria lógica do capital e do papel da ideologia criam a cena necessária para a implementação de “mudanças” que não podem deixar de se consolidar para toda a sociedade, mas que não interessam aos trabalhadores. Elas acabam sendo efetivadas sob a roupagem de propostas carismáticas feitas em épocas de eleições mediante os órgãos políticos, e sempre em nome da democracia. Dessa forma, a democracia se tornou uma troca de benefícios pessoais entre os políticos. Seguindo essa lógica, há de se entender que a crise política que se instala após a reeleição da presidenta Dilma é uma das consequências de mais uma crise do capital; ela não se põe por si mesma, mas dialeticamente interfere nas medidas a serem tomadas pelo Estado, no discurso para “salvar” a economia brasileira.","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"64 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116240603","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-11DOI: 10.22456/2594-8962.98127
M. Calixto
O percurso da caminhada se inicia propondo como um semanticista pode se interessar pelo texto e trazer para a análise desses textos os desenvolvimentos dos estudos da significação, contribuindo para os modos de ler sustentadamente um texto, estabelecendo o lugar dos estudos semânticos e desenvolvendo procedimentos próprios para a interpretação e compreensão do texto. Ao percorrer suas análises, percebemos o quanto o autor se deixa expor ao inesperado, nos mostrando o lugar do texto para a prática da reflexão, para o desenvolvimento da vida intelectual. Vamos percorrer juntos essa caminhada em busca dos sentidos que os textos produzem.
{"title":"Análise de texto – Procedimentos, Análises, Ensino","authors":"M. Calixto","doi":"10.22456/2594-8962.98127","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.98127","url":null,"abstract":"O percurso da caminhada se inicia propondo como um semanticista pode se interessar pelo texto e trazer para a análise desses textos os desenvolvimentos dos estudos da significação, contribuindo para os modos de ler sustentadamente um texto, estabelecendo o lugar dos estudos semânticos e desenvolvendo procedimentos próprios para a interpretação e compreensão do texto. Ao percorrer suas análises, percebemos o quanto o autor se deixa expor ao inesperado, nos mostrando o lugar do texto para a prática da reflexão, para o desenvolvimento da vida intelectual. Vamos percorrer juntos essa caminhada em busca dos sentidos que os textos produzem.","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116971438","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-11DOI: 10.22456/2594-8962.98120
P. Sériot
Este estudo propõe uma reflexão em torno das políticas linguísticas desencadeadas no Leste Europeu, investigando o problema das disputas entre as línguas Moldava e Romena. Ao questionar o que se inscreve na ação de nomear uma língua e analisar as especificidades e os argumentos históricos apresentados pelos cidadãos Romenos e Moldavos buscamos compreender as origens do nacionalismo em cada uma das nações.
{"title":"A língua Moldava nomeia o quê?","authors":"P. Sériot","doi":"10.22456/2594-8962.98120","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.98120","url":null,"abstract":"Este estudo propõe uma reflexão em torno das políticas linguísticas desencadeadas no Leste Europeu, investigando o problema das disputas entre as línguas Moldava e Romena. Ao questionar o que se inscreve na ação de nomear uma língua e analisar as especificidades e os argumentos históricos apresentados pelos cidadãos Romenos e Moldavos buscamos compreender as origens do nacionalismo em cada uma das nações.","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133310297","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-11-11DOI: 10.22456/2594-8962.98123
L. Vidon
Procuramos discutir neste artigo como concepções estruturalistas-formalistas e funcionalistas reverberaram na política linguística para o ensino de língua portuguesa no Brasil ao longo dos anos de 1970 e início dos anos de 1980. Para isso, analisamos um compêndio publicado pelo MEC em 1981, o livro “O ensino de língua portuguesa e literatura brasileira no 2° grau – Sugestões metodológicas”, uma espécie de Parâmetros Curriculares de sua época, que reflete e refrata, de um lado, a concepção de língua(gem) hegemônica, defendida oficialmente pelo Ministério da Educação e Cultura, e, de outro, concepções de língua(gem) e de ensino defendidas por diferentes teorias que ocupavam, naquele momento, a arena discursiva acadêmica nas áreas de Linguística e Educação no Brasil. Desse embate, tenso e contraditório, como não poderia deixar de ser, sobressai uma visão tecnicista de ensino de texto (redação), com base em uma psicologia ao mesmo tempo inatista e comportamental, que, de certa forma, parece nos assombrar até os dias atuais. As reflexões se dão com base nos estudos bakhtinianos, sob um viés sócio-histórico.
{"title":"O ensino de texto nos anos de 1970 no Brasil: das técnicas linguístico-cognitivas como políticas linguísticas","authors":"L. Vidon","doi":"10.22456/2594-8962.98123","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.98123","url":null,"abstract":"Procuramos discutir neste artigo como concepções estruturalistas-formalistas e funcionalistas reverberaram na política linguística para o ensino de língua portuguesa no Brasil ao longo dos anos de 1970 e início dos anos de 1980. Para isso, analisamos um compêndio publicado pelo MEC em 1981, o livro “O ensino de língua portuguesa e literatura brasileira no 2° grau – Sugestões metodológicas”, uma espécie de Parâmetros Curriculares de sua época, que reflete e refrata, de um lado, a concepção de língua(gem) hegemônica, defendida oficialmente pelo Ministério da Educação e Cultura, e, de outro, concepções de língua(gem) e de ensino defendidas por diferentes teorias que ocupavam, naquele momento, a arena discursiva acadêmica nas áreas de Linguística e Educação no Brasil. Desse embate, tenso e contraditório, como não poderia deixar de ser, sobressai uma visão tecnicista de ensino de texto (redação), com base em uma psicologia ao mesmo tempo inatista e comportamental, que, de certa forma, parece nos assombrar até os dias atuais. As reflexões se dão com base nos estudos bakhtinianos, sob um viés sócio-histórico.","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125446262","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}