Pub Date : 2021-11-01DOI: 10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id522
Lara Prazeres, Ana Paula Grillo El-Jaick
O artigo tem como objetivo principal realizar uma análise dos discursos que atravessam o caso dos 80 tiros – ação do Exército Brasileiro que resultou no assassinato de dois civis em 2019. O fato dividiu opiniões quando alguns grupos políticos tentaram isentar o Exército e os soldados de culpa e outros tentaram desvelar o despreparo da instituição militar, servindo, então, de exemplo para entender como fatos históricos podem ser moldados e recontados a depender dos falantes. Como base teórica, foram utilizadas as reflexões contidas em “O Rumor da Língua”, de Roland Barthes, sobre a dóxa e os discursos encrático e acrático, observando como a língua pode operar uma manutenção do poder ou uma reforma dele. Para isso, foram selecionadas manchetes, trechos de notícias e entrevistas veiculadas acerca do caso para realizar a análise linguística e identificar os significados gerados pela enunciação. Percebeu-se que há mecanismos que provocam o apagamento de ideias, tais como a esquiva discursiva; a retificação constante e incerta de números; bem como a criação de narrativas alternativas. Com isso, pretende-se examinar as disputas de poder na sociedade que utilizam da língua como arma principal para fundar a história.
{"title":"O discurso histórico e a dóxa","authors":"Lara Prazeres, Ana Paula Grillo El-Jaick","doi":"10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id522","DOIUrl":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id522","url":null,"abstract":"O artigo tem como objetivo principal realizar uma análise dos discursos que atravessam o caso dos 80 tiros – ação do Exército Brasileiro que resultou no assassinato de dois civis em 2019. O fato dividiu opiniões quando alguns grupos políticos tentaram isentar o Exército e os soldados de culpa e outros tentaram desvelar o despreparo da instituição militar, servindo, então, de exemplo para entender como fatos históricos podem ser moldados e recontados a depender dos falantes. Como base teórica, foram utilizadas as reflexões contidas em “O Rumor da Língua”, de Roland Barthes, sobre a dóxa e os discursos encrático e acrático, observando como a língua pode operar uma manutenção do poder ou uma reforma dele. Para isso, foram selecionadas manchetes, trechos de notícias e entrevistas veiculadas acerca do caso para realizar a análise linguística e identificar os significados gerados pela enunciação. Percebeu-se que há mecanismos que provocam o apagamento de ideias, tais como a esquiva discursiva; a retificação constante e incerta de números; bem como a criação de narrativas alternativas. Com isso, pretende-se examinar as disputas de poder na sociedade que utilizam da língua como arma principal para fundar a história. ","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"259 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123094194","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-01DOI: 10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id526
E. Ferreira, H. Vicente
Este artigo relata os principais resultados de Ferreira (2017), dissertação que investiga construções de predicação secundária no português brasileiro (PB), como “O João leu a carta cansado” e “O João comeu a carne crua”, caracterizadas pelo fato de um mesmo argumento ser partilhado por dois predicados: o predicado da oração matriz e o adjetivo, predicado secundário depictivo (cf. HIMMELMANN; SCHULTZE-BERNDT, 2005). Há na literatura um intenso debate sobre essas construções, voltado especialmente a determinar se o depictivo e seu sujeito formam ou não um constituinte small clause (SC) e se, havendo uma SC, seu sujeito seria PRO (cf. WINKLER, 1997). Outra questão importante, mas menos explorada na literatura, refere-se ao mecanismo de concordância operante nessas sentenças. Diante desse cenário, abordaremos neste artigo: (i) argumentos apresentados em Ferreira (2017) em defesa de uma SC adjunta; (ii) a proposta minimalista de derivação dessas construções apresentada pela autora, que assume não haver PRO na SC, e sim o movimento lateral do DP (NUNES, 2004) da SC para uma posição-θ na oração matriz, sendo o núcleo da SC um Asp φ-incompleto, que estabelece com o DP uma relação de Agree (CHOMSKY, 2000, 2001). Tal proposta, entendida como uma consequência da teoria de controle como movimento (HORNSTEIN, 1999, 2001), tem a vantagem de dispensar PRO e unificar o tratamento de concordância no âmbito das predicações primária e secundária. A dupla atribuição de papel-θ ao DP partilhado pelos dois predicados também é abordada no trabalho.
{"title":"Predicação secundária depictiva","authors":"E. Ferreira, H. Vicente","doi":"10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id526","DOIUrl":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id526","url":null,"abstract":"Este artigo relata os principais resultados de Ferreira (2017), dissertação que investiga construções de predicação secundária no português brasileiro (PB), como “O João leu a carta cansado” e “O João comeu a carne crua”, caracterizadas pelo fato de um mesmo argumento ser partilhado por dois predicados: o predicado da oração matriz e o adjetivo, predicado secundário depictivo (cf. HIMMELMANN; SCHULTZE-BERNDT, 2005). Há na literatura um intenso debate sobre essas construções, voltado especialmente a determinar se o depictivo e seu sujeito formam ou não um constituinte small clause (SC) e se, havendo uma SC, seu sujeito seria PRO (cf. WINKLER, 1997). Outra questão importante, mas menos explorada na literatura, refere-se ao mecanismo de concordância operante nessas sentenças. Diante desse cenário, abordaremos neste artigo: (i) argumentos apresentados em Ferreira (2017) em defesa de uma SC adjunta; (ii) a proposta minimalista de derivação dessas construções apresentada pela autora, que assume não haver PRO na SC, e sim o movimento lateral do DP (NUNES, 2004) da SC para uma posição-θ na oração matriz, sendo o núcleo da SC um Asp φ-incompleto, que estabelece com o DP uma relação de Agree (CHOMSKY, 2000, 2001). Tal proposta, entendida como uma consequência da teoria de controle como movimento (HORNSTEIN, 1999, 2001), tem a vantagem de dispensar PRO e unificar o tratamento de concordância no âmbito das predicações primária e secundária. A dupla atribuição de papel-θ ao DP partilhado pelos dois predicados também é abordada no trabalho.","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114951012","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-01DOI: 10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id523
G. F. Oliveira
Este artigo tem três objetivos. O primeiro consiste em problematizar a ideia de Silva (2009) de que a criança, em sua constituição como falante, converte o discurso em sistema e o sistema em discurso. O segundo objetivo consiste em investigar a noção de “conversão” na teoria da linguagem de Émile Benveniste. O terceiro objetivo consiste em produzir uma reflexão acerca da aquisição da escrita, com base em dados de duas crianças acompanhadas durante dois anos e seis meses. Os resultados indicam que: (1) se o falante/escrevente constituído opera a conversão do sistema em discurso, o falante/escrevente em constituição precisa operar, antes, a conversão do discurso em sistema; (2) a criança opera tais conversões na enunciação enquanto estrutura que a inclui como locutor (“eu”), o outro como alocutário (“tu”), a língua (“ele”) como sistema e discurso situados na cultura e a cultura (“ELE”) como conjunto de valores, de prescrições e de interdições que determinam os modos de enunciação; (3) nessa estrutura, a criança vai convertendo o discurso – falado e escrito – do outro em sistema próprio, até se tornar capaz de converter esse sistema em discurso próprio; (4) é, pois, o discurso do outro, do falante/escrevente constituído, que promove a criança à condição loquens/scriptor, sendo para ela como uma ponte que a alça ao sistema.
{"title":"O vir a ser escrevente","authors":"G. F. Oliveira","doi":"10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id523","DOIUrl":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id523","url":null,"abstract":"Este artigo tem três objetivos. O primeiro consiste em problematizar a ideia de Silva (2009) de que a criança, em sua constituição como falante, converte o discurso em sistema e o sistema em discurso. O segundo objetivo consiste em investigar a noção de “conversão” na teoria da linguagem de Émile Benveniste. O terceiro objetivo consiste em produzir uma reflexão acerca da aquisição da escrita, com base em dados de duas crianças acompanhadas durante dois anos e seis meses. Os resultados indicam que: (1) se o falante/escrevente constituído opera a conversão do sistema em discurso, o falante/escrevente em constituição precisa operar, antes, a conversão do discurso em sistema; (2) a criança opera tais conversões na enunciação enquanto estrutura que a inclui como locutor (“eu”), o outro como alocutário (“tu”), a língua (“ele”) como sistema e discurso situados na cultura e a cultura (“ELE”) como conjunto de valores, de prescrições e de interdições que determinam os modos de enunciação; (3) nessa estrutura, a criança vai convertendo o discurso – falado e escrito – do outro em sistema próprio, até se tornar capaz de converter esse sistema em discurso próprio; (4) é, pois, o discurso do outro, do falante/escrevente constituído, que promove a criança à condição loquens/scriptor, sendo para ela como uma ponte que a alça ao sistema.","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115903194","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-01DOI: 10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id528
Jean Carlos da Silva Gomes, Adriana Leitão Martins, Fernanda Rodrigues
Taking into account that neuropsychological studies with subjects with language pathologies can contribute to the investigation of the organization of syntactic knowledge, the objective of this work is to investigate the syntactic representation of the perfect aspect based on data from subjects with pathologies that affect their language. More specifically, we aimed to investigate the possible phrases associated with the types of the perfect aspect and the hierarchy among them. This work aims to investigate the syntactic representation of the perfect aspect. Therefore, we sought to verify a possible linguistic impairment of this aspect in individuals diagnosed with Alzheimer's Disease (AD) and Primary Progressive Logopenic Aphasia (LPPA). A double case study was carried out with one patient with AD and another with LPPA. The methodology consisted of applying functionality tests, neuropsychological tests, and linguistic tests. The results indicated that both the AD patient and the LPPA patient present functional decline and cognitive impairment, with the degree of impairment of the first patient being more extensive than that of the second one in both cases. Regarding language, the patient with AD showed impairment with all four types of perfect, present tense, and imperfective aspect, whereas the LPPA patient has shown impairment only in perfect of recent past and present tense. Based on the results we propose the existence of a phrase to perfect of recent past and the dominance of the temporal phrase over the perfect phrases in the syntactic hierarchy.
{"title":"The linguistic impairment of the perfect aspect in Alzheimer’s disease and logopenic primary progressive aphasia","authors":"Jean Carlos da Silva Gomes, Adriana Leitão Martins, Fernanda Rodrigues","doi":"10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id528","DOIUrl":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id528","url":null,"abstract":"Taking into account that neuropsychological studies with subjects with language pathologies can contribute to the investigation of the organization of syntactic knowledge, the objective of this work is to investigate the syntactic representation of the perfect aspect based on data from subjects with pathologies that affect their language. More specifically, we aimed to investigate the possible phrases associated with the types of the perfect aspect and the hierarchy among them. This work aims to investigate the syntactic representation of the perfect aspect. Therefore, we sought to verify a possible linguistic impairment of this aspect in individuals diagnosed with Alzheimer's Disease (AD) and Primary Progressive Logopenic Aphasia (LPPA). A double case study was carried out with one patient with AD and another with LPPA. The methodology consisted of applying functionality tests, neuropsychological tests, and linguistic tests. The results indicated that both the AD patient and the LPPA patient present functional decline and cognitive impairment, with the degree of impairment of the first patient being more extensive than that of the second one in both cases. Regarding language, the patient with AD showed impairment with all four types of perfect, present tense, and imperfective aspect, whereas the LPPA patient has shown impairment only in perfect of recent past and present tense. Based on the results we propose the existence of a phrase to perfect of recent past and the dominance of the temporal phrase over the perfect phrases in the syntactic hierarchy.","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132422494","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-28DOI: 10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id515
Rafahel Jean Parintins Lima
Este artigo tem como objetivo discutir as interações entre aspectos conceptuais e histórico-culturais em representações racistas sobre pessoas negras. Essa exploração é realizada a partir dos estudos sociocognitivos da linguagem (SALOMÃO, 1999; KOCH; CUNHA-LIMA, 2004; MARCUSCHI, 2002; entre outros) e de estudos sócio-históricos do racismo (MUNANGA, 1999; 2003; COSTA, 2006; REGINALDO, 2018; entre outros). Neste artigo, apresentamos e discutimos argumentos, exemplos linguísticos e resultados analisados das pesquisas linguístico-cognitivas recentes de Vereza e Puente (2017) sobre a conceptualização do mal como escuridão e de Mendes (2016) sobre a representação do negro como macaco na linguagem em uso. A pesquisa de Vereza e Puente (2017) utiliza metodologias baseadas no levantamento de expressões linguísticas metafóricas (não) racistas nos textos bíblicos. A pesquisa de Mendes (2016) analisa comentários racistas da rede social Facebook e textos dos séculos XIV a XX do Corpus do Português. Os resultados dessas pesquisas indicam que a representação negativa da escuridão e da cor preta tem forte base corpórea ou experiencial, enquanto a representação do negro como macaco tem uma base mais histórico-cultural. Com base nessas pesquisas, concluímos que aspectos conceptuais e histórico-culturais se imbricam de diferentes formas em representações racistas de pessoas negras.
{"title":"Aspectos sociocognitivos de representações racistas na linguagem metafórica","authors":"Rafahel Jean Parintins Lima","doi":"10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id515","DOIUrl":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id515","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo discutir as interações entre aspectos conceptuais e histórico-culturais em representações racistas sobre pessoas negras. Essa exploração é realizada a partir dos estudos sociocognitivos da linguagem (SALOMÃO, 1999; KOCH; CUNHA-LIMA, 2004; MARCUSCHI, 2002; entre outros) e de estudos sócio-históricos do racismo (MUNANGA, 1999; 2003; COSTA, 2006; REGINALDO, 2018; entre outros). Neste artigo, apresentamos e discutimos argumentos, exemplos linguísticos e resultados analisados das pesquisas linguístico-cognitivas recentes de Vereza e Puente (2017) sobre a conceptualização do mal como escuridão e de Mendes (2016) sobre a representação do negro como macaco na linguagem em uso. A pesquisa de Vereza e Puente (2017) utiliza metodologias baseadas no levantamento de expressões linguísticas metafóricas (não) racistas nos textos bíblicos. A pesquisa de Mendes (2016) analisa comentários racistas da rede social Facebook e textos dos séculos XIV a XX do Corpus do Português. Os resultados dessas pesquisas indicam que a representação negativa da escuridão e da cor preta tem forte base corpórea ou experiencial, enquanto a representação do negro como macaco tem uma base mais histórico-cultural. Com base nessas pesquisas, concluímos que aspectos conceptuais e histórico-culturais se imbricam de diferentes formas em representações racistas de pessoas negras.","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"72 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126551765","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-27DOI: 10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id450
Michelle Andréa Murta, Guilherme Lourenço
Este trabalho investiga os mapeamentos icônicos presentes na estrutura interna dos verbos na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Entendemos iconicidade como uma relação analógica entre forma e significado, de modo que há semelhança ou similaridade entre eles (MEIR; TKACHMAN, 2018). Além da iconicidade, o presente trabalho aborda a estrutura morfofonológica dos verbos em Libras. Adotamos a proposta de Lourenço (2018a, 2018b) e Lourenço e Wilbur (2018) de que há uma simultaneidade de informações visuais, envolvendo cinco estruturas morfofonológicas do item verbal: as expressões não manuais, que compreendem a face superior e a face inferior, e os três parâmetros primários, que compreendem configuração de mão, movimento e locação. A partir dos conceitos de iconicidade e de estrutura morfofonológica interna dos verbos, questionamos se é possível identificar mapeamentos icônicos independentes em cada “camada” de informação visual da estrutura verbal, que chamaremos de slots morfológicos. Argumentaremos que há, sim, mapeamentos icônicos na estrutura morfológica do item verbal e que cada slot morfológico pode codificar relações icônicas entre forma e significado. Além disso, indicamos ser possível estabelecer o grau de iconicidade que um item verbal possui a partir da quantidade de mapeamentos icônicos presentes em sua estrutura interna, de modo a construirmos uma escala de iconicidade que leva em consideração a estrutura morfofonológica do item lexical.
这项工作研究了巴西手语(天秤座)动词内部结构中的图标映射。我们将象似性理解为形式和意义之间的一种类比关系,因此它们之间存在相似或相似之处(MEIR;TKACHMAN, 2018)。除了象似性外,本文还研究了天秤座动词的形态音系结构。信奉的劳伦斯(2018 a, 2018 b)和劳伦斯•(2018)和有一个同时性的视觉信息,包括五项结构morfofonológicas口头:表达式没有教科书,他们明白的上部和底部的三个主要参数,包括配置手,运动和租赁。从象似性和动词内部形态音位结构的概念出发,我们质疑是否有可能在语言结构的每一层视觉信息中识别独立的象似映射,我们称之为形态槽。我们认为,在动词项目的形态结构中存在着图标映射,每个形态槽都可以编码形式和意义之间的图标关系。此外,我们还指出,可以从一个动词项目内部结构中存在的图标映射的数量来确定其象似性程度,从而构建一个考虑词汇项目形态语音结构的象似性量表。
{"title":"Mapeamentos icônicos na estrutura interna dos verbos em Língua Brasileira de Sinais","authors":"Michelle Andréa Murta, Guilherme Lourenço","doi":"10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id450","DOIUrl":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id450","url":null,"abstract":"Este trabalho investiga os mapeamentos icônicos presentes na estrutura interna dos verbos na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Entendemos iconicidade como uma relação analógica entre forma e significado, de modo que há semelhança ou similaridade entre eles (MEIR; TKACHMAN, 2018). Além da iconicidade, o presente trabalho aborda a estrutura morfofonológica dos verbos em Libras. Adotamos a proposta de Lourenço (2018a, 2018b) e Lourenço e Wilbur (2018) de que há uma simultaneidade de informações visuais, envolvendo cinco estruturas morfofonológicas do item verbal: as expressões não manuais, que compreendem a face superior e a face inferior, e os três parâmetros primários, que compreendem configuração de mão, movimento e locação. A partir dos conceitos de iconicidade e de estrutura morfofonológica interna dos verbos, questionamos se é possível identificar mapeamentos icônicos independentes em cada “camada” de informação visual da estrutura verbal, que chamaremos de slots morfológicos. Argumentaremos que há, sim, mapeamentos icônicos na estrutura morfológica do item verbal e que cada slot morfológico pode codificar relações icônicas entre forma e significado. Além disso, indicamos ser possível estabelecer o grau de iconicidade que um item verbal possui a partir da quantidade de mapeamentos icônicos presentes em sua estrutura interna, de modo a construirmos uma escala de iconicidade que leva em consideração a estrutura morfofonológica do item lexical.","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114008687","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-27DOI: 10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id483
Jan Edson R Leite, Michele I Feist, Mábia Nunes Toscano
Esta pesquisa pretende examinar de que forma os falantes do Português Brasileiro compreendem e interpretam a representação linguístico-visual de cenas locativas, nas quais dois objetos estão dispostos em relações espaciais diferentes. Os participantes da pesquisa foram distribuídos em dois grupos etários (adultos jovens e adultos idosos) e dois níveis de comprometimento cognitivo (idosos com comprometimento cognitivo leve ou moderado devido a provável doença de Alzheimer e pessoas sem comprometimento cognitivo). Para demonstrar uma possível correlação entre o declínio cognitivo dos grupos de idosos e alterações na compreensão linguístico-visual da espacialidade, conduzimos um estudo-piloto sobre a interpretação de cenas espaciais, cuja ambiguidade pode ser resolvida pela adoção de um “Ponto de Vantagem” sobre a relação Figura-Fundo e, consequentemente pela aplicação de um “Frame de Referência” espacial. Ao comparar grupos com idades diferentes, pretendemos monitorar como estes dois domínios cognitivos estão preservados no processo de envelhecimento e verificar como os déficits provocados pela demência afetam a descrição linguística de espaço. Nossos resultados preliminares nos permitem tecer considerações a respeito dos custos de processamento das informações espaciais que, como esperado, foram consideravelmente mais altos em grupos com maior faixa etária e com comprometimento cognitivo; além da qualidade das respostas aos testes, que indicam uma manutenção no tipo de Frame aplicado para resolver a ambiguidade espacial. Além disso, como achado desta pesquisa, encontramos uma preferência geral do falante do português brasileiro por um Frame de Referência diferente daquele adotado por outras línguas de origem europeia.
{"title":"Compreensão da referência espacial e comprometimento cognitivo pela Doença de Alzheimer","authors":"Jan Edson R Leite, Michele I Feist, Mábia Nunes Toscano","doi":"10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id483","DOIUrl":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id483","url":null,"abstract":"Esta pesquisa pretende examinar de que forma os falantes do Português Brasileiro compreendem e interpretam a representação linguístico-visual de cenas locativas, nas quais dois objetos estão dispostos em relações espaciais diferentes. Os participantes da pesquisa foram distribuídos em dois grupos etários (adultos jovens e adultos idosos) e dois níveis de comprometimento cognitivo (idosos com comprometimento cognitivo leve ou moderado devido a provável doença de Alzheimer e pessoas sem comprometimento cognitivo). Para demonstrar uma possível correlação entre o declínio cognitivo dos grupos de idosos e alterações na compreensão linguístico-visual da espacialidade, conduzimos um estudo-piloto sobre a interpretação de cenas espaciais, cuja ambiguidade pode ser resolvida pela adoção de um “Ponto de Vantagem” sobre a relação Figura-Fundo e, consequentemente pela aplicação de um “Frame de Referência” espacial. Ao comparar grupos com idades diferentes, pretendemos monitorar como estes dois domínios cognitivos estão preservados no processo de envelhecimento e verificar como os déficits provocados pela demência afetam a descrição linguística de espaço. Nossos resultados preliminares nos permitem tecer considerações a respeito dos custos de processamento das informações espaciais que, como esperado, foram consideravelmente mais altos em grupos com maior faixa etária e com comprometimento cognitivo; além da qualidade das respostas aos testes, que indicam uma manutenção no tipo de Frame aplicado para resolver a ambiguidade espacial. Além disso, como achado desta pesquisa, encontramos uma preferência geral do falante do português brasileiro por um Frame de Referência diferente daquele adotado por outras línguas de origem europeia.","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128612389","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-30DOI: 10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id475
Iraci Ferreira da Silva
O objetivo deste estudo é analisar as estratégias sociorretóricas mobilizadas na escrita de introduções de artigos científicos, produzidas por graduandos dos cursos de Letras/ Linguística e História no contexto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), em uma Instituição de Ensino Superior pública. A pesquisa encontra-se ancorada nos pressupostos dos teóricos: Bazerman (2011) e Miller (2012) trazem discussão sobre gênero; Motta-Roth e Hendges (2010) e Bezerra (2006) apresentam reflexões alusivas à análise de gêneros acadêmicos; Silva (2020) faz uma abordagem sobre estratégias sociorretóricas nas introduções de artigos científicos de graduandos pibidianos das áreas de Letras / Linguística e História. A metodologia de análise centra-se no modelo CARS (Create a Research Space) Swales (1990). O corpus é constituído por dez introduções de artigos, sendo cinco de cada área. Com base nos resultados, foi possível perceber que as estratégias sociorretóricas mobilizadas pelos estudantes, nas introduções dos artigos analisados, apresentam passos previstos pelo modelo CARS. Foi observado, no entanto, que cada área disciplinar realiza estratégias de organização das informações excedentes ao modelo referido, sinalizando a relevância desse modelo na orientação da escrita acadêmica.
{"title":"Análise sociorretórica de introduções de artigos de graduandos pibidianos de áreas disciplinares diferentes","authors":"Iraci Ferreira da Silva","doi":"10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id475","DOIUrl":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id475","url":null,"abstract":"O objetivo deste estudo é analisar as estratégias sociorretóricas mobilizadas na escrita de introduções de artigos científicos, produzidas por graduandos dos cursos de Letras/ Linguística e História no contexto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), em uma Instituição de Ensino Superior pública. A pesquisa encontra-se ancorada nos pressupostos dos teóricos: Bazerman (2011) e Miller (2012) trazem discussão sobre gênero; Motta-Roth e Hendges (2010) e Bezerra (2006) apresentam reflexões alusivas à análise de gêneros acadêmicos; Silva (2020) faz uma abordagem sobre estratégias sociorretóricas nas introduções de artigos científicos de graduandos pibidianos das áreas de Letras / Linguística e História. A metodologia de análise centra-se no modelo CARS (Create a Research Space) Swales (1990). O corpus é constituído por dez introduções de artigos, sendo cinco de cada área. Com base nos resultados, foi possível perceber que as estratégias sociorretóricas mobilizadas pelos estudantes, nas introduções dos artigos analisados, apresentam passos previstos pelo modelo CARS. Foi observado, no entanto, que cada área disciplinar realiza estratégias de organização das informações excedentes ao modelo referido, sinalizando a relevância desse modelo na orientação da escrita acadêmica.","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"90 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125488041","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-30DOI: 10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id470
Humberto Borges
Este artigo discute dois processos comuns às línguas naturais, quais seja, variação e mudança, a partir da perspectiva da linguística gerativa, que concebe a capacidade da espécie humana de adquirir línguas como uma dotação genética. Mais especificamente, este artigo oferece uma reflexão gerativista sobre os pressupostos teóricos envolvidos nos conceitos de variação e mudança, apresentando o tratamento e desenvolvimento desses conceitos e conceitos paralelos em duas etapas da Gramática Gerativa: a teoria dos Princípios e Parâmetros e o Programa Minimalista. Contra modelos teóricos que defendem a possibilidade de transmissão linguística irregular e certa gradualidade no processo de mudança sintática, os argumentos deste trabalho estão muito mais em consonância com uma visão de descontinuidade para o processo de mudança sintática do que aqueles que concebem uma aquisição imperfeita da linguagem para explicar a mudança sintática.
{"title":"Variação e mudança linguística na perspectiva da Gramática Gerativa","authors":"Humberto Borges","doi":"10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id470","DOIUrl":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id470","url":null,"abstract":"Este artigo discute dois processos comuns às línguas naturais, quais seja, variação e mudança, a partir da perspectiva da linguística gerativa, que concebe a capacidade da espécie humana de adquirir línguas como uma dotação genética. Mais especificamente, este artigo oferece uma reflexão gerativista sobre os pressupostos teóricos envolvidos nos conceitos de variação e mudança, apresentando o tratamento e desenvolvimento desses conceitos e conceitos paralelos em duas etapas da Gramática Gerativa: a teoria dos Princípios e Parâmetros e o Programa Minimalista. Contra modelos teóricos que defendem a possibilidade de transmissão linguística irregular e certa gradualidade no processo de mudança sintática, os argumentos deste trabalho estão muito mais em consonância com uma visão de descontinuidade para o processo de mudança sintática do que aqueles que concebem uma aquisição imperfeita da linguagem para explicar a mudança sintática.","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127909402","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-30DOI: 10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id498
R. Sanches
Este artigo apresenta uma amostra dos aspectos da variação linguística no português falado no estado do Amapá. Como discussão teórica, foram utilizados os estudos de Meyerhoff (2006) e Calvet (2002) para situar os pressupostos da Sociolinguística, além Cardoso (2010) para situar os pressupostos Dialetologia. Em seguida, apresentam-se as pesquisas variacionistas realizadas sobre o português falado no Amapá, buscando contemplar os seguintes níveis de variação linguística: fonético-fonológico, semântico-lexical, morfossintático e prosódico. Deste modo, foram identificados 22 trabalhos que tratam da variação fonético-fonológica, 21 sobre variação semântico-lexical, 5 sobre variação morfossintático e apenas 2 sobre variação prosódico. A partir desses estudos é possível traçar um perfil linguístico preliminar do português falado no Amapá em diferentes pontos da região, como saber as denominações lexicais, por exemplos, para garoa, conjuntivite, nuca, cambalhota etc., usadas no português falado em áreas urbanas do Amapá. É possível também visualizar como se comportam os fonemas /S/ e /R/ em coda silábica, as vogais médias pretônicas posteriores e anteriores e a palatalização dos fonemas /t/ e /d/ diante de /i/ e /e/, além de poder identificar as influências linguísticas e extralinguísticas para concordância nominal de número na fala de oiapoquenses e observar a variação entoacional na fala de macapaenses.
本文提供了amapa州葡萄牙语语言变异方面的样本。作为理论讨论,我们使用Meyerhoff(2006)和Calvet(2002)的研究来定位社会语言学的假设,以及Cardoso(2010)来定位方言学的假设。然后,我们在amapa中对葡萄牙语进行了变异研究,试图思考以下层次的语言变异:语音-语音、语义-词汇、形态句法和韵律。因此,我们确定了22篇关于语音-音位变异的论文,21篇关于语义-词汇变异的论文,5篇关于形态句法变异的论文,只有2篇关于韵律变异的论文。从这些研究中,有可能绘制amapa中葡萄牙语在该地区不同地区的初步语言概况,如了解在amapa城市地区葡萄牙语中使用的garoa、结膜炎、nuca、cambalhota等词汇名称。可能也看看怎么做》/ / e / R /在后面的元音结尾,中型pretônicas》和前腭音化/ t / e / d / /我/和/ /面前除了查出影响语言和extralinguísticas协议的数目在谈论oiapoquenses变化并观察entoacional macapaenses说话的。
{"title":"Variação linguística no Português falado no Amapá","authors":"R. Sanches","doi":"10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id498","DOIUrl":"https://doi.org/10.25189/2675-4916.2021.v2.n4.id498","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma amostra dos aspectos da variação linguística no português falado no estado do Amapá. Como discussão teórica, foram utilizados os estudos de Meyerhoff (2006) e Calvet (2002) para situar os pressupostos da Sociolinguística, além Cardoso (2010) para situar os pressupostos Dialetologia. Em seguida, apresentam-se as pesquisas variacionistas realizadas sobre o português falado no Amapá, buscando contemplar os seguintes níveis de variação linguística: fonético-fonológico, semântico-lexical, morfossintático e prosódico. Deste modo, foram identificados 22 trabalhos que tratam da variação fonético-fonológica, 21 sobre variação semântico-lexical, 5 sobre variação morfossintático e apenas 2 sobre variação prosódico. A partir desses estudos é possível traçar um perfil linguístico preliminar do português falado no Amapá em diferentes pontos da região, como saber as denominações lexicais, por exemplos, para garoa, conjuntivite, nuca, cambalhota etc., usadas no português falado em áreas urbanas do Amapá. É possível também visualizar como se comportam os fonemas /S/ e /R/ em coda silábica, as vogais médias pretônicas posteriores e anteriores e a palatalização dos fonemas /t/ e /d/ diante de /i/ e /e/, além de poder identificar as influências linguísticas e extralinguísticas para concordância nominal de número na fala de oiapoquenses e observar a variação entoacional na fala de macapaenses.","PeriodicalId":137098,"journal":{"name":"Cadernos de Linguística","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129988535","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}