O Evangelho de Nicodemos é certamente o modelo mais influente e mais difundido de uma narrativa da descida de Cristo aos infernos. Mesmo não sendo a única fonte de autores medievais que falaram desse evento na história da salvação, o Evangelho de Nicodemos não foi o menos importante seja direta ou indiretamente. A influência da narrativa da Descida de Cristo aos infernos que se apresenta no Evangelho de Nicodemos se faz frequentemente sentir e pode ser identificado através da presença de vários personagens, sequências e discursos específicos ou ainda por episódios característicos. O Evangelho de Nicodemos se apresenta com uma linguagem dramática, colorida na sua maior parte na terceira seção do Evangelho apócrifo.
{"title":"Uma análise do Evangelho de Nicodemos e sua relação com o artigo de fé da descida de Cristo à mansão dos mortos.","authors":"Roberto Marcelo Da Silva","doi":"10.46525/ret.v37i2.1708","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v37i2.1708","url":null,"abstract":"O Evangelho de Nicodemos é certamente o modelo mais influente e mais difundido de uma narrativa da descida de Cristo aos infernos. Mesmo não sendo a única fonte de autores medievais que falaram desse evento na história da salvação, o Evangelho de Nicodemos não foi o menos importante seja direta ou indiretamente. A influência da narrativa da Descida de Cristo aos infernos que se apresenta no Evangelho de Nicodemos se faz frequentemente sentir e pode ser identificado através da presença de vários personagens, sequências e discursos específicos ou ainda por episódios característicos. O Evangelho de Nicodemos se apresenta com uma linguagem dramática, colorida na sua maior parte na terceira seção do Evangelho apócrifo.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"61 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87023968","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo pretende analisar o tema da sinodalidade em chave teológica, a partir do pontificado do Papa Francisco. A interpretação terá seu foco dentro da perspectiva moral, mas abrangerá uma retomada da eclesiologia proveniente da concepção da Igreja como Povo de Deus, do Concílio Vaticano II. A sinodalidade apresenta-se hoje como uma dimensão estrutural na vida eclesial. Francisco pensa a Igreja e a sua reforma dentro de uma alargada e abrangente mudança estrutural, já iniciada em uma mudança de mentalidade, cuja superação do clericalismo é fundamental. Esta proposta será desdobrada em três momentos. No primeiro, resgatar-se-á algumas perspectivas históricas da sinodalidade para que se compreender a proposta atual de Francisco. Na segunda, será apresentada propriamente a contribuição do atual pontífice no que tange ao tema da sinodalidade e o seu desdobramento. Enfim, na terceira, destacar-se-á as implicações de uma sinodalidade eclesial na reflexão teológico-moral, principalmente na abrangência à formação e escuta dos novos sujeitos eclesiais.
{"title":"Teologia e Sinodalidade a partir do Papa Francisco. Uma reflexão teológico-moral sobre o sentido da eclesiologia do Povo de Deus em chave sinodal","authors":"André Luiz Boccato de Almeida, Carolina Mureb","doi":"10.46525/ret.v37i2.1716","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v37i2.1716","url":null,"abstract":"O presente artigo pretende analisar o tema da sinodalidade em chave teológica, a partir do pontificado do Papa Francisco. A interpretação terá seu foco dentro da perspectiva moral, mas abrangerá uma retomada da eclesiologia proveniente da concepção da Igreja como Povo de Deus, do Concílio Vaticano II. A sinodalidade apresenta-se hoje como uma dimensão estrutural na vida eclesial. Francisco pensa a Igreja e a sua reforma dentro de uma alargada e abrangente mudança estrutural, já iniciada em uma mudança de mentalidade, cuja superação do clericalismo é fundamental. Esta proposta será desdobrada em três momentos. No primeiro, resgatar-se-á algumas perspectivas históricas da sinodalidade para que se compreender a proposta atual de Francisco. Na segunda, será apresentada propriamente a contribuição do atual pontífice no que tange ao tema da sinodalidade e o seu desdobramento. Enfim, na terceira, destacar-se-á as implicações de uma sinodalidade eclesial na reflexão teológico-moral, principalmente na abrangência à formação e escuta dos novos sujeitos eclesiais.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"46 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90544819","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sinodalidade e Liturgia: ensaio ritual simbólico","authors":"Rafael Alex Lima Da Silva","doi":"10.46525/ret.v37i2.1732","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v37i2.1732","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"66 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85614524","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo tem por objeto explicitar a relação intrínseca entre sinodalidade e Igreja local, bem como apresentar o potencial de um sínodo diocesano na reabilitação da sinodalidade eclesial, resgatada pelos padres conciliares na volta às fontes promovida pelo Concílio Vaticano II. A palavra “sínodo” (syn-odos) significa “caminhar juntos”. Dela deriva a palavra sinodalidade, entendida pelos Santos Padres como característica e princípio constitutivo da Igreja, por sua vez, o fundamento da renovação eclesiológica do Concílio Vaticano II. Quando referida à vida eclesial, pode ser traduzida ou compreendida como sinodalidade eclesial, ou seja, é a assembleia (ekklesia) do povo convocado por Deus para caminhar juntos. Por isso, é um povo de convocados para ser sinal e sacramento de Jesus Cristo aos outros povos no mundo em vista do Reino de Deus.
{"title":"Da Igreja local à Sinodalidade: a relevância de um sínodo diocesano neste caminho","authors":"Pedro Paulo Das Neves","doi":"10.46525/ret.v37i2.1719","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v37i2.1719","url":null,"abstract":"O presente artigo tem por objeto explicitar a relação intrínseca entre sinodalidade e Igreja local, bem como apresentar o potencial de um sínodo diocesano na reabilitação da sinodalidade eclesial, resgatada pelos padres conciliares na volta às fontes promovida pelo Concílio Vaticano II. A palavra “sínodo” (syn-odos) significa “caminhar juntos”. Dela deriva a palavra sinodalidade, entendida pelos Santos Padres como característica e princípio constitutivo da Igreja, por sua vez, o fundamento da renovação eclesiológica do Concílio Vaticano II. Quando referida à vida eclesial, pode ser traduzida ou compreendida como sinodalidade eclesial, ou seja, é a assembleia (ekklesia) do povo convocado por Deus para caminhar juntos. Por isso, é um povo de convocados para ser sinal e sacramento de Jesus Cristo aos outros povos no mundo em vista do Reino de Deus.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87851855","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A estrutura eclesiástica no Brasil foi se desenvolvendo muito lentamente até fins do século XIX. A primeira diocese foi erigida em 1551, em São Salvador da Bahia de Todos os Santos, e por mais de cem anos seria a única no Brasil2. Em 1676 criaram-se as dioceses de Rio de Janeiro e Olinda, sendo Salvador elevada à condição de arquidiocese. No restante do período colonial, poucas dioceses a mais seriam erigidas, e o mesmo depois da independência, durante o período monárquico3. O número de bispos, portanto, era pequeno, e menor ainda era a ação em conjunto que desenvolviam. Cada diocese caminhava, praticamente, isolada das demais. As causas eram diversas: a distância entre as sedes diocesanas, as dificuldades de comunicação e viagem, a larga vacância de algumas sedes, e, sobretudo, a complicada engrenagem do padroado, na qual a Igreja no Brasil esteve atrelada até 18894.
直到19世纪末,巴西的教会结构发展非常缓慢。第一个教区于1551年在sao Salvador da Bahia de Todos os Santos建立,这将是巴西100多年来唯一的一个教区。1676年,里约热内卢和奥林达教区成立,萨尔瓦多被提升为大主教区。在殖民时期的剩余时间里,建立的教区很少,在独立后的君主制时期也是如此。因此,主教的数量很少,他们的联合行动就更少了。每个教区实际上都与其他教区隔绝了。原因有很多:教区之间的距离,沟通和旅行的困难,一些教区的巨大空缺,最重要的是,赞助的复杂机制,巴西教会一直与之联系到18894年。
{"title":"Os inícios da sinodalidade na Igreja do Brasil","authors":"Kelvin Borges Konz","doi":"10.46525/ret.v37i2.1735","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v37i2.1735","url":null,"abstract":"A estrutura eclesiástica no Brasil foi se desenvolvendo muito lentamente até fins do século XIX. A primeira diocese foi erigida em 1551, em São Salvador da Bahia de Todos os Santos, e por mais de cem anos seria a única no Brasil2. Em 1676 criaram-se as dioceses de Rio de Janeiro e Olinda, sendo Salvador elevada à condição de arquidiocese. No restante do período colonial, poucas dioceses a mais seriam erigidas, e o mesmo depois da independência, durante o período monárquico3. O número de bispos, portanto, era pequeno, e menor ainda era a ação em conjunto que desenvolviam. Cada diocese caminhava, praticamente, isolada das demais. As causas eram diversas: a distância entre as sedes diocesanas, as dificuldades de comunicação e viagem, a larga vacância de algumas sedes, e, sobretudo, a complicada engrenagem do padroado, na qual a Igreja no Brasil esteve atrelada até 18894.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"186 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75559932","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo trata o tema da sinodalidade da Igreja e como essa característica estava presente nas Comunidades de Base no contexto latino-americano. Ao olhar para o magistério do Papa Francisco, é possível relacionar aqueles valores presentes nas CEBs com o apelo do nosso papa para uma Igreja, mais participativa, mais fraterna e sinodal. Nas CEBs o valor da participação de todos e o empenho pela justiça e pela fraternidade fez delas um modelo exemplar de vida cristã. Com o impulso do Vaticano II e diante de tão grande desigualdade social, as Comunidades de Base renovaram o modo de ser Igreja e deram grande contribuição para a renovação eclesial proposta pelo concílio. O sentido de Povo de Deus, vivamente realçado na prática dessas comunidades, garantiu a dignidade de cada batizado, favorecendo também a participação de todos, garantindo o ‘juntos’ do caminho eclesial. O Papa Francisco, com seus pronunciamentos e ações, ajuda a renovar no coração da Igreja o valor da sinodalidade, valor que, de certo modo, foi sufocado na história das CEBs.
{"title":"A CEBs como Escola de Sinodalidade na América Latina – koinonia e diakonia, uma Igreja que se renova no magistério do Papa Francisco.","authors":"Romildo Henriques Pinas","doi":"10.46525/ret.v37i2.1714","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v37i2.1714","url":null,"abstract":"O presente artigo trata o tema da sinodalidade da Igreja e como essa característica estava presente nas Comunidades de Base no contexto latino-americano. Ao olhar para o magistério do Papa Francisco, é possível relacionar aqueles valores presentes nas CEBs com o apelo do nosso papa para uma Igreja, mais participativa, mais fraterna e sinodal. Nas CEBs o valor da participação de todos e o empenho pela justiça e pela fraternidade fez delas um modelo exemplar de vida cristã. Com o impulso do Vaticano II e diante de tão grande desigualdade social, as Comunidades de Base renovaram o modo de ser Igreja e deram grande contribuição para a renovação eclesial proposta pelo concílio. O sentido de Povo de Deus, vivamente realçado na prática dessas comunidades, garantiu a dignidade de cada batizado, favorecendo também a participação de todos, garantindo o ‘juntos’ do caminho eclesial. O Papa Francisco, com seus pronunciamentos e ações, ajuda a renovar no coração da Igreja o valor da sinodalidade, valor que, de certo modo, foi sufocado na história das CEBs.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"30 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73251356","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O mundo pós-moderno possui muitas disposições para a construção de uma cultura da paz e do diálogo inter-religioso. Entretanto, a intolerância religiosa ainda é um terrível mal presente em nossa sociedade. Objetivamos, a partir do que se compreende por verdade (s) na pós-modernidade, olhar o cenário da intolerância religiosa, sobretudo a que está presente no tradicionalismo católico brasileiro, e os possíveis caminhos de uma cultura do encontro e de abertura religiosa. A pesquisa foi desenvolvida por meio de fontes bibliográficas revisitando autores que tratam da religião, dos tradicionalismos e do diálogo inter-religioso. Constatamos altos índices de intolerância religiosa, mas também o crescimento de vários debates, como o da questão decolonial, e os próprios discursos do Papa Francisco, reincidentes na ótica da abertura da Igreja para o mundo. Esses desafios e essas luzes vêm apontar para novos espaços dialogais, inter-religiosos, de abertura de si e de promoção do outro.
{"title":"Intolerância religiosa em tempos de abertura: os desafios para uma cultura do encontro","authors":"C. Lemos, G. Fernandez","doi":"10.46525/ret.v37i2.1715","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v37i2.1715","url":null,"abstract":"O mundo pós-moderno possui muitas disposições para a construção de uma cultura da paz e do diálogo inter-religioso. Entretanto, a intolerância religiosa ainda é um terrível mal presente em nossa sociedade. Objetivamos, a partir do que se compreende por verdade (s) na pós-modernidade, olhar o cenário da intolerância religiosa, sobretudo a que está presente no tradicionalismo católico brasileiro, e os possíveis caminhos de uma cultura do encontro e de abertura religiosa. A pesquisa foi desenvolvida por meio de fontes bibliográficas revisitando autores que tratam da religião, dos tradicionalismos e do diálogo inter-religioso. Constatamos altos índices de intolerância religiosa, mas também o crescimento de vários debates, como o da questão decolonial, e os próprios discursos do Papa Francisco, reincidentes na ótica da abertura da Igreja para o mundo. Esses desafios e essas luzes vêm apontar para novos espaços dialogais, inter-religiosos, de abertura de si e de promoção do outro.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"95 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73424462","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
João Melo E Silva Junior, Emerson Sbardelotti Tavares
O artigo propõe At 15,1-31 como paradigma bíblico de evento sinodal para que os Conselhos Pastorais Paroquiais sejam mais sinodais. Para isso, primeiro apresentamos uma breve análise exegética de At 15,1-31, buscando na dinâmica do evento sinodal do texto lucano algumas características da sinodalidade da Igreja, à luz do documento da Comissão Teológica Internacional, ‘a Sinodalidade na Vida e na Missão da Igreja’ (2018). Então, propomos alguns pressupostos de tradução dessas características na prática dos Conselhos Pastorais Paroquiais, tendo em conta o que a Congregação para o Clero aponta na Instrução ‘a conversão pastoral da comunidade paroquial a serviço da missão evangelizadora da Igreja’ (2020).Palavras-chave: sinodalidade; conselho pastoral paroquial; Atos dos Apóstolos.
{"title":"O evento sinodal de At 15: paradigma para Conselhos Pastorais Paroquiais mais sinodais","authors":"João Melo E Silva Junior, Emerson Sbardelotti Tavares","doi":"10.46525/ret.v37i2.1706","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v37i2.1706","url":null,"abstract":"O artigo propõe At 15,1-31 como paradigma bíblico de evento sinodal para que os Conselhos Pastorais Paroquiais sejam mais sinodais. Para isso, primeiro apresentamos uma breve análise exegética de At 15,1-31, buscando na dinâmica do evento sinodal do texto lucano algumas características da sinodalidade da Igreja, à luz do documento da Comissão Teológica Internacional, ‘a Sinodalidade na Vida e na Missão da Igreja’ (2018). Então, propomos alguns pressupostos de tradução dessas características na prática dos Conselhos Pastorais Paroquiais, tendo em conta o que a Congregação para o Clero aponta na Instrução ‘a conversão pastoral da comunidade paroquial a serviço da missão evangelizadora da Igreja’ (2020).Palavras-chave: sinodalidade; conselho pastoral paroquial; Atos dos Apóstolos. ","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79279667","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Há uma empresa comum a todos os batizados, membros da ekklêsía: a missão que o Senhor lhes confiou. A missão consiste num movimento que, originando-se no Pai, extrapolou os “limites” da intimidade trinitária, com o derramamento do Espírito Santo e a encarnação do Verbo Eterno. Este movimento missionário, protagonizado pelo Espírito, vem ultrapassando as barreiras de espaço e de tempo e visa atingir toda a criação, para nela difundir a dinâmica da recriação que tudo faz convergir a Cristo, gerando comunhão. Considera-se que a sinodalidade é filha da comunhão e que a comunhão da Igreja culmina na missão. Koinonia remete a uma parceria com vistas a uma empresa comum. Visa-se com este artigo, apontar a sinodalidade como o modus operandi da comunhão na missão, para que ocorra a interação missionária, orgânica e corresponsável, de todas as forças carismático-ministeriais concedidas à Igreja.
{"title":"Sinodalidade e missão na perspectiva trinitária do decreto conciliar Ad Gentes 2 - 4","authors":"Ademir Eing","doi":"10.46525/ret.v37i2.1727","DOIUrl":"https://doi.org/10.46525/ret.v37i2.1727","url":null,"abstract":"Há uma empresa comum a todos os batizados, membros da ekklêsía: a missão que o Senhor lhes confiou. A missão consiste num movimento que, originando-se no Pai, extrapolou os “limites” da intimidade trinitária, com o derramamento do Espírito Santo e a encarnação do Verbo Eterno. Este movimento missionário, protagonizado pelo Espírito, vem ultrapassando as barreiras de espaço e de tempo e visa atingir toda a criação, para nela difundir a dinâmica da recriação que tudo faz convergir a Cristo, gerando comunhão. Considera-se que a sinodalidade é filha da comunhão e que a comunhão da Igreja culmina na missão. Koinonia remete a uma parceria com vistas a uma empresa comum. Visa-se com este artigo, apontar a sinodalidade como o modus operandi da comunhão na missão, para que ocorra a interação missionária, orgânica e corresponsável, de todas as forças carismático-ministeriais concedidas à Igreja.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"374 ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91519327","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}