Pub Date : 2023-05-05DOI: 10.5007/2176-8552.2022.e88090
V. Gelado
O texto analisa três antologias recentes da poesia e dos ensaios de Augusto de Campos em espanhol; as primeiras a apresentar diversos momentos e aspectos de um projeto sustentado pela sua coerência poética e política ao longo de sete décadas. As antologias se destacam tanto pela qualidade visual e do trabalho de tradução, quanto pelo aparato crítico que situa a poesia de Augusto de Campos e a poesia concreta brasileira na sua singularidade no contexto da produção poética ibero-americana.
{"title":"Lenguaviaje com Augusto de Campos","authors":"V. Gelado","doi":"10.5007/2176-8552.2022.e88090","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2176-8552.2022.e88090","url":null,"abstract":"O texto analisa três antologias recentes da poesia e dos ensaios de Augusto de Campos em espanhol; as primeiras a apresentar diversos momentos e aspectos de um projeto sustentado pela sua coerência poética e política ao longo de sete décadas. As antologias se destacam tanto pela qualidade visual e do trabalho de tradução, quanto pelo aparato crítico que situa a poesia de Augusto de Campos e a poesia concreta brasileira na sua singularidade no contexto da produção poética ibero-americana.","PeriodicalId":31415,"journal":{"name":"Outra Travessia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47157671","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-05DOI: 10.5007/2176-8552.2022.e94084
S. H. D. Mello
Poema
诗
{"title":"ready&remade para Augusto de Campos","authors":"S. H. D. Mello","doi":"10.5007/2176-8552.2022.e94084","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2176-8552.2022.e94084","url":null,"abstract":"<jats:p>Poema</jats:p>","PeriodicalId":31415,"journal":{"name":"Outra Travessia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42340257","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Definido pelo próprio autor como uma “novelinha fantástica” e “ninharia”, o conto Sonho (1877) foi escrito em Paris, quando Turguêniev já havia se instalado em definitivo no exterior e se tornado o escritor russo mais lido e conhecido fora dos limites do seu país, além de divulgador e tradutor da literatura russa. Assim como a narrativa em si, a história da sua publicação une cronotopos distintos.
{"title":"O sonho de Turguêniev","authors":"Márcia Chagas Kondratiuk, Ekaterina Vólkova Américo","doi":"10.5007/2176-8552.2022.e87787","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2176-8552.2022.e87787","url":null,"abstract":"Definido pelo próprio autor como uma “novelinha fantástica” e “ninharia”, o conto Sonho (1877) foi escrito em Paris, quando Turguêniev já havia se instalado em definitivo no exterior e se tornado o escritor russo mais lido e conhecido fora dos limites do seu país, além de divulgador e tradutor da literatura russa. Assim como a narrativa em si, a história da sua publicação une cronotopos distintos.","PeriodicalId":31415,"journal":{"name":"Outra Travessia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46392384","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-05DOI: 10.5007/2176-8552.2022.e87161
Ana Maria Ferreira Torres
Este trabalho consiste em uma leitura crítica de São Sebastião, tradução de Augusto de Campos do poema Sankt Sebastian, de Rainer Maria Rilke, presente na antologia Rilke: poesia-coisa (1994), antologia que se desdobrou em Coisas e anjos de Rilke (2001), com segunda edição, revisada e ampliada, de 2013. Objetivou-se neste estudo compreender os procedimentos tradutórios de Campos nessa tradução, com destaque aos elementos do poema original realçados pelo tradutor – o foco na construção de perspectivas espaciais e incongruências. O entendimento de tradução utilizado neste artigo segue as concepções de Paul Ricoeur (2011) e Maurício Cardozo (2019), de modo que foi identificado como o tradutor interpreta o texto original e o que ele acrescenta em seu novo poema. A leitura do poema e da tradução também buscou suporte no entendimento de Jane Reid (1967) e no próprio Augusto de Campos, em seu prefácio a Coisas e anjos de Rilke (2001).
这部作品包括对sao sebastiao的批判性阅读,这是奥古斯托·德·坎波斯翻译的雷纳·玛丽亚·里尔克的诗《圣塞巴斯蒂安》,收录在里尔克选集:poesia-coisa(1994)中,该选集在里尔克的《Coisas e anjos》(2001)中展开,第二版,2013年修订和扩展。本研究的目的是了解坎波斯在这一翻译中的翻译过程,突出译者所强调的原诗元素——关注空间视角和不协调的构建。本文对翻译的理解遵循了Paul Ricoeur(2011)和mauricio Cardozo(2019)的概念,从而确定了译者是如何解读原文的,以及他在新诗中添加了什么。阅读这首诗和翻译也得到了简·里德(1967)和奥古斯托·德·坎波斯本人在里尔克(2001)的《事物与天使》序言中的理解的支持。
{"title":"Augusto de Campos, tradutor dos gestos e incongruências de Sankt Sebastian, de Rainer Maria Rilke","authors":"Ana Maria Ferreira Torres","doi":"10.5007/2176-8552.2022.e87161","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2176-8552.2022.e87161","url":null,"abstract":"Este trabalho consiste em uma leitura crítica de São Sebastião, tradução de Augusto de Campos do poema Sankt Sebastian, de Rainer Maria Rilke, presente na antologia Rilke: poesia-coisa (1994), antologia que se desdobrou em Coisas e anjos de Rilke (2001), com segunda edição, revisada e ampliada, de 2013. Objetivou-se neste estudo compreender os procedimentos tradutórios de Campos nessa tradução, com destaque aos elementos do poema original realçados pelo tradutor – o foco na construção de perspectivas espaciais e incongruências. O entendimento de tradução utilizado neste artigo segue as concepções de Paul Ricoeur (2011) e Maurício Cardozo (2019), de modo que foi identificado como o tradutor interpreta o texto original e o que ele acrescenta em seu novo poema. A leitura do poema e da tradução também buscou suporte no entendimento de Jane Reid (1967) e no próprio Augusto de Campos, em seu prefácio a Coisas e anjos de Rilke (2001).","PeriodicalId":31415,"journal":{"name":"Outra Travessia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48245103","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-05DOI: 10.5007/2176-8552.2022.e90444
Luciana Villas Bôas
Este artigo investiga a história de formação do conceito moderno de esfera pública em língua alemã (Öffentlichkeit) e os limites da sua tradução pela expressão ‘esfera pública’. Se adjetivos “öffentlich” e público”, entrelaçados em tradições comuns, são semanticamente afins, a palavra alemã destaca um sentido que não é evidente em outras línguas: a oposição entre o visível e o encoberto, entre aquilo que é de conhecimento geral, öffentlich, aberto, e aquilo que é vedado à apreciação e à discussão geral. Na tradução do conceito alemão através da expressão esfera pública a exigência de ‘abertura’ literalmente se desprende da forma. Com base em pesquisas já realizadas, teço algumas observações sobre a história e a pré-história do moderno conceito, chamando a atenção para o elo entre palavra e conceito, a associação e dissociação do elo entre o que é aberto e comum. As considerações histórico-filológicos sobre, finalmente, iluminam o nexo traçado por Hannah Arendt entre o âmbito do público e do político. O “espaço de aparição” (Erscheinungsraum), conceito-chave de Arendt, associa-se intimamente à semântica do que é visível, evidente e aberto a todos, no termo Öffentlichkeit. Vindicar a expressão daquilo que é ao mesmo tempo comum e aberto leva a pensar a atual opacidade da esfera pública de uma nova perspectiva.
{"title":"O aberto e a esfera do público: notas sobre a história do conceito e da sua tradução","authors":"Luciana Villas Bôas","doi":"10.5007/2176-8552.2022.e90444","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2176-8552.2022.e90444","url":null,"abstract":"Este artigo investiga a história de formação do conceito moderno de esfera pública em língua alemã (Öffentlichkeit) e os limites da sua tradução pela expressão ‘esfera pública’. Se adjetivos “öffentlich” e público”, entrelaçados em tradições comuns, são semanticamente afins, a palavra alemã destaca um sentido que não é evidente em outras línguas: a oposição entre o visível e o encoberto, entre aquilo que é de conhecimento geral, öffentlich, aberto, e aquilo que é vedado à apreciação e à discussão geral. Na tradução do conceito alemão através da expressão esfera pública a exigência de ‘abertura’ literalmente se desprende da forma. Com base em pesquisas já realizadas, teço algumas observações sobre a história e a pré-história do moderno conceito, chamando a atenção para o elo entre palavra e conceito, a associação e dissociação do elo entre o que é aberto e comum. As considerações histórico-filológicos sobre, finalmente, iluminam o nexo traçado por Hannah Arendt entre o âmbito do público e do político. O “espaço de aparição” (Erscheinungsraum), conceito-chave de Arendt, associa-se intimamente à semântica do que é visível, evidente e aberto a todos, no termo Öffentlichkeit. Vindicar a expressão daquilo que é ao mesmo tempo comum e aberto leva a pensar a atual opacidade da esfera pública de uma nova perspectiva. \u0000 \u0000 \u0000 ","PeriodicalId":31415,"journal":{"name":"Outra Travessia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45497847","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-05DOI: 10.5007/2176-8552.2022.e94083
S. H. D. Mello
Republicação de: HOMEM DE MELLO, Simone; CAMPOS, Augusto de. "Muito do que traduzimos partia da ideia de traduzir o aparentemente intraduzível" - Entrevista de Augusto de Campos concedida à Simone Homem de Mello. Toledo, 2020. Disponível em: http://www.toledo-programm.de/ cities_of_translators/1764/muito-do-que-traduzimos-partia-da-ideia-de-traduzir-o-aparentementeintraduzivel.
再版:《梅洛的男人》,西蒙娜;坎波斯,奥古斯都。奥古斯托·德·坎波斯(Augusto de Campos)对西蒙娜·霍姆·德梅洛(Simone Homem de Mello)的采访:“我们翻译的很多东西都来自于翻译看似不可翻译的东西的想法。”托莱多,2020。可在http://www.toledo-programm.de/cities_of_translators /1764/muito-do -traduzimos-partia-da-ideia-de- traducao -o-显然不可翻译。
{"title":"\"Muito do que traduzimos partia da ideia de traduzir o aparentemente intraduzível\"","authors":"S. H. D. Mello","doi":"10.5007/2176-8552.2022.e94083","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2176-8552.2022.e94083","url":null,"abstract":"Republicação de: HOMEM DE MELLO, Simone; CAMPOS, Augusto de. \"Muito do que traduzimos partia da ideia de traduzir o aparentemente intraduzível\" - Entrevista de Augusto de Campos concedida à Simone Homem de Mello. Toledo, 2020. Disponível em: http://www.toledo-programm.de/ cities_of_translators/1764/muito-do-que-traduzimos-partia-da-ideia-de-traduzir-o-aparentementeintraduzivel.","PeriodicalId":31415,"journal":{"name":"Outra Travessia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47939805","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-05DOI: 10.5007/2176-8552.2022.e87169
Susana Fuentes
A escuta atenta de rumores na língua, rumores no tempo, no processo de tradução/transcriação para a língua inglesa do conto de Cristiane Sobral “Cândido Abdellah Jr.”. Ecos de travessias e diásporas no ato tradutório, em perspectiva intercultural. A tradução como diálogo com as temporalidades diaspóricas que aparecem no ruído entre línguas, no Jetztzeit, o tempo benjaminiano que se faz ouvir. Em conversas de mundos identitários em constante devir. A tarefa do tradutor às voltas com tempos diversos que se chocam, e resíduos - e pregas, na imagem de Benjamin. Homi Bhabha fala do “‘presente’ benjaminiano: aquele momento que explode para fora do contínuo da história”. Na tradução intercultural, caminhos de uma escuta atenta para indagações, para que esses ruídos falem e incidam sobre o original em intensidade e desejo de escuta. Ouvir, na tradução, fendas por onde seguir, e no conto de Cristiane Sobral, aberturas falam de um personagem que dialoga com a dor de separações, travessias. No ato de sobrevivência, pensar, com Bhabha, “o tempo do corpo em performance”. O conto e minha tradução foram apresentados na Oficina do SELCS Brazilian Translation Club, uma parceria realizada entre a Universidade de Londres, a Festa Literária das Periferias e o Escritório Modelo de Tradução Ana Cristina Cesar/Uerj.
{"title":"Nos tempos da diáspora, ruídos na língua, travessias: uma experiência de tradução como dança","authors":"Susana Fuentes","doi":"10.5007/2176-8552.2022.e87169","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2176-8552.2022.e87169","url":null,"abstract":"A escuta atenta de rumores na língua, rumores no tempo, no processo de tradução/transcriação para a língua inglesa do conto de Cristiane Sobral “Cândido Abdellah Jr.”. Ecos de travessias e diásporas no ato tradutório, em perspectiva intercultural. A tradução como diálogo com as temporalidades diaspóricas que aparecem no ruído entre línguas, no Jetztzeit, o tempo benjaminiano que se faz ouvir. Em conversas de mundos identitários em constante devir. A tarefa do tradutor às voltas com tempos diversos que se chocam, e resíduos - e pregas, na imagem de Benjamin. Homi Bhabha fala do “‘presente’ benjaminiano: aquele momento que explode para fora do contínuo da história”. Na tradução intercultural, caminhos de uma escuta atenta para indagações, para que esses ruídos falem e incidam sobre o original em intensidade e desejo de escuta. Ouvir, na tradução, fendas por onde seguir, e no conto de Cristiane Sobral, aberturas falam de um personagem que dialoga com a dor de separações, travessias. No ato de sobrevivência, pensar, com Bhabha, “o tempo do corpo em performance”. O conto e minha tradução foram apresentados na Oficina do SELCS Brazilian Translation Club, uma parceria realizada entre a Universidade de Londres, a Festa Literária das Periferias e o Escritório Modelo de Tradução Ana Cristina Cesar/Uerj.","PeriodicalId":31415,"journal":{"name":"Outra Travessia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42553043","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-05DOI: 10.5007/2176-8552.2022.e87024
Alice S. Leal
A publicação do Vocabulaire Européen des Philosophies : Le Dictionnaire des Intraduisibles (2004), coordenado por Barbara Cassin, causou uma reviravolta nos estudos da tradução por retomar a bête noire da “intraduzibilidade” – afinal, atualmente, dizer que tudo é sempre traduzível tornou-se um truísmo. Este artigo se debruça sobre a noção de “intraduzível” na filosofia de Cassin, aproveitando, além disso, o gancho proposto por Fernando Santoro em 2014 com o conceito de “intradução”, o famoso neologismo cunhado por Augusto de Campos nos anos 70. Em que medida os “intraduzíveis” de Cassin advêm de uma ideia nostálgica de originalidade como completude e marco inicial de um determinado conceito? Os “intraduzíveis” de fato se pautam por uma noção logocêntrica de tradução, como sugere, por exemplo, Lawrence Venuti? Os “intraduzíveis” podem ser lidos à luz das “intraduções” de Campos, como traduções temporárias, inevitavelmente presas entre línguas e oriundas de interversões de tradutoras? Como as “intraduções” (Campos) e os “intraduzíveis” (Cassin) se enquadram na temporalidade de uma dada palavra? E faz sentido falar de intraduzibilidade hoje – ou qualquer menção nesse sentido presta um desserviço aos estudos da tradução? Essas são as principais perguntas que permeiam o presente trabalho.
由芭芭拉·卡辛(Barbara Cassin)协调出版的《欧洲哲学词汇:不可译词典》(the dictionary europeen des Philosophies: Le Dictionnaire des intradutiques, 2004)的出版,通过恢复bete noire的“不可译性”,给翻译研究带来了一个转折点——毕竟,在今天,说一切都是可译的已经成为一个真理。本文探讨了卡辛哲学中的“不可翻译”概念,并利用了费尔南多·桑托罗(Fernando Santoro)在2014年提出的“intraducao”概念,这是奥古斯托·德·坎波斯(Augusto de Campos)在70年代创造的著名新词。卡辛的“不可翻译”在多大程度上源于一种怀旧的想法,即原创性是一个特定概念的完整性和起点?“不可翻译”实际上是由一个以逻辑为中心的翻译概念指导的,例如,劳伦斯·韦努蒂提出的?“不可翻译”是否可以从字段的“翻译内”来解读,作为临时翻译,不可避免地夹在语言之间,由译者的互换产生?“非翻译”(字段)和“不可翻译”(卡辛)如何适应给定单词的时间性?今天谈论不可译性有意义吗?或者任何提到不可译性都会对翻译研究造成伤害?这些是贯穿本文的主要问题。
{"title":"Intraduzíveis, intraduções e temporalidade em Barbara Cassin e Augusto de Campos","authors":"Alice S. Leal","doi":"10.5007/2176-8552.2022.e87024","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2176-8552.2022.e87024","url":null,"abstract":"A publicação do Vocabulaire Européen des Philosophies : Le Dictionnaire des Intraduisibles (2004), coordenado por Barbara Cassin, causou uma reviravolta nos estudos da tradução por retomar a bête noire da “intraduzibilidade” – afinal, atualmente, dizer que tudo é sempre traduzível tornou-se um truísmo. Este artigo se debruça sobre a noção de “intraduzível” na filosofia de Cassin, aproveitando, além disso, o gancho proposto por Fernando Santoro em 2014 com o conceito de “intradução”, o famoso neologismo cunhado por Augusto de Campos nos anos 70. Em que medida os “intraduzíveis” de Cassin advêm de uma ideia nostálgica de originalidade como completude e marco inicial de um determinado conceito? Os “intraduzíveis” de fato se pautam por uma noção logocêntrica de tradução, como sugere, por exemplo, Lawrence Venuti? Os “intraduzíveis” podem ser lidos à luz das “intraduções” de Campos, como traduções temporárias, inevitavelmente presas entre línguas e oriundas de interversões de tradutoras? Como as “intraduções” (Campos) e os “intraduzíveis” (Cassin) se enquadram na temporalidade de uma dada palavra? E faz sentido falar de intraduzibilidade hoje – ou qualquer menção nesse sentido presta um desserviço aos estudos da tradução? Essas são as principais perguntas que permeiam o presente trabalho. ","PeriodicalId":31415,"journal":{"name":"Outra Travessia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42976517","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-05DOI: 10.5007/2176-8552.2022.e94089
C. Matos
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{"title":"Boas-vindas a Augusto de Campos: por ocasião da outorga do título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal Fluminense, em 25 de janeiro de 2022","authors":"C. Matos","doi":"10.5007/2176-8552.2022.e94089","DOIUrl":"https://doi.org/10.5007/2176-8552.2022.e94089","url":null,"abstract":"<jats:p>.</jats:p>","PeriodicalId":31415,"journal":{"name":"Outra Travessia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42015993","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}