M. Ferreira, Nathanael Nascimento dos Santos, Sthefany dos Santos Brazil, Beatriz Gonçalves Guimarães, Morgana Sousa da Cunha
Introdução: a doença respiratória pandêmica COVID-19 que é causada pelos vírus SARS-COV-2 e suas variantes pertencentes à família Coronavírus matou, segundo dados científicos, mais de 4 mil pessoas até o início do segundo semestre de 2021. Isso tem levado cientistas e empresas farmacêuticas do mundo inteiro buscar metodologias para profilaxia, tratamento e cura dessa doença. Nesse panorama, pesquisas científicas mostram que peptídeos antimicrobianos (PAMs) e antivirais são excelentes candidatos ao desenvolvimento de estratégias no enfrentamento às doenças respiratórias causadas pelos coronavírus. Objetivos: esse trabalho teve como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre o uso de peptídeos antimicrobianos no combate à COVID-19. Material e métodos: a busca por estudos, ocorrida em agosto de 2021, foi realizada nas bases de dados PubMed em que se delimitou um período entre dezembro de 2019 e agosto de 2021. Essa delimitação temporal é importante porque foi nessa faixa de tempo que artigos relacionados à doença em estudo começaram a ser publicados. Assim, buscou-se pela sentença traduzida do inglês “peptídeos antimicrobianos e COVID-19”. Nessa busca foram ativados os filtros diagnóstico, prevenção, tratamento e mecanismo a fim de selecionar apenas artigos relacionados à COVID-19, SARS-CoV-2 e estudos clínicos a eles relacionados. Resultados: o mecanismo de busca utilizado localizou 40 artigos, sendo que 5 deles foram descartados por não atenderem aos objetivos dessa pesquisa. Prevalece nos artigos estudo in sílico envolvendo desenho racional de PAMs inspirados nos peptídeos do sistema imunológico inato humano como as α-defensinas e docagem molecular que simula a interação desses peptídeos com proteínas da estrutura viral. Conclusão: os estudos mostraram que os PAMs podem inibir a proteína S da estrutura dos coronavírus, impedindo assim que eles reconheçam e invadam células hospedeiras. Além disso, muitas estratégias estão sendo utilizadas para alcançar aplicação prática desses PAMs naturais que podem ser ativados no corpo com exercícios físicos, por exemplo, e sintéticos que podem agir sozinhos ou em combinação com vacinas na prevenção da COVID-19 ou no tratamento pós-infecção em combinação com vários medicamentos.
{"title":"USO DE PEPTÍDEOS ANTIMICROBIANOS COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA NO COMBATE À COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"M. Ferreira, Nathanael Nascimento dos Santos, Sthefany dos Santos Brazil, Beatriz Gonçalves Guimarães, Morgana Sousa da Cunha","doi":"10.51161/rems/2228","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2228","url":null,"abstract":"Introdução: a doença respiratória pandêmica COVID-19 que é causada pelos vírus SARS-COV-2 e suas variantes pertencentes à família Coronavírus matou, segundo dados científicos, mais de 4 mil pessoas até o início do segundo semestre de 2021. Isso tem levado cientistas e empresas farmacêuticas do mundo inteiro buscar metodologias para profilaxia, tratamento e cura dessa doença. Nesse panorama, pesquisas científicas mostram que peptídeos antimicrobianos (PAMs) e antivirais são excelentes candidatos ao desenvolvimento de estratégias no enfrentamento às doenças respiratórias causadas pelos coronavírus. Objetivos: esse trabalho teve como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre o uso de peptídeos antimicrobianos no combate à COVID-19. Material e métodos: a busca por estudos, ocorrida em agosto de 2021, foi realizada nas bases de dados PubMed em que se delimitou um período entre dezembro de 2019 e agosto de 2021. Essa delimitação temporal é importante porque foi nessa faixa de tempo que artigos relacionados à doença em estudo começaram a ser publicados. Assim, buscou-se pela sentença traduzida do inglês “peptídeos antimicrobianos e COVID-19”. Nessa busca foram ativados os filtros diagnóstico, prevenção, tratamento e mecanismo a fim de selecionar apenas artigos relacionados à COVID-19, SARS-CoV-2 e estudos clínicos a eles relacionados. Resultados: o mecanismo de busca utilizado localizou 40 artigos, sendo que 5 deles foram descartados por não atenderem aos objetivos dessa pesquisa. Prevalece nos artigos estudo in sílico envolvendo desenho racional de PAMs inspirados nos peptídeos do sistema imunológico inato humano como as α-defensinas e docagem molecular que simula a interação desses peptídeos com proteínas da estrutura viral. Conclusão: os estudos mostraram que os PAMs podem inibir a proteína S da estrutura dos coronavírus, impedindo assim que eles reconheçam e invadam células hospedeiras. Além disso, muitas estratégias estão sendo utilizadas para alcançar aplicação prática desses PAMs naturais que podem ser ativados no corpo com exercícios físicos, por exemplo, e sintéticos que podem agir sozinhos ou em combinação com vacinas na prevenção da COVID-19 ou no tratamento pós-infecção em combinação com vários medicamentos.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"95 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127099339","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Juliane Oliveira Brum, Vera Regina Pereira de Andrade
Introdução: o sistema imune das crianças é caracterizado pela resposta inata mais rápida e eficiente, tendo como consequência a diminuição da produção de citosinas inflamatórias que em quadros de Covid-19 podem ser um agravante, e raramente apresentam comorbidades. Alguns estudos apontam que a contaminação de crianças por Sars-Cov-2 é de 6%, e desses 0,6% são casos graves. Na maioria das vezes os pacientes são assintomáticos, entretanto quando apresentam sintomas, eles se assemelham a síndrome gripal. O grande impasse da comunidade pediátrica é o desenvolvimento da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), manifestada cerca de 30 dias após a infecção. Objetivo: caracterizar o desenvolvimento, sintomas, diagnóstico e tratamento para a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). Materiais e métodos: revisão bibliográfica nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando palavras chave em português COVID-19, Pediatria e Criança, e em inglês COVID-19, Pediatrics, Child, no período de 2019 a 2021. Resultados: a SIM-P pode acometer a faixa etária de 0 a 19 anos. Caracteriza-se por um quadro pós-infeccioso, potencialmente grave, entretanto, sua recorrência é rara. A SIM-P pode manifestar sintomas após cerca de 30 dias após a infecção por covid-19 ou epidemiologia positiva associada com sintomas de febre e inflamação adjunto à achados clínicos como; manifestações clinicas da Doença de Kawasaki, choque, problemas cardíacos, coagulopatia e distúrbios gastrointestinais. Exames laboratoriais avaliativos como os marcadores inflamatórios PCR, VHS ou prolactina podem ser realizados para diagnóstico, assim como, teste antigênico ou sorológico para Covid-19 ou histórico de contato com indivíduos contaminados. O tratamento ocorre do forma individual conforme a evolução do caso do paciente. Em casos leves, em geral, são tratados os sintomas manifestados, nos casos graves o tratamento diferencia de acordo com a complicação desenvolvida. Para pacientes pediátricos não há medicamento com efeito antiviral eficaz. Conclusão: a SIM-P, apesar de ser um quadro raro, pode conduzir complicações graves como o acometimento cardíaco. Portanto, é necessário acompanhar o processo pós infeccioso em crianças afim de evitar complicações desencadeadas pela SIM-P.
{"title":"SÍNDROME INFLAMATÓRIA MULTISSISTÊMICA PEDIÁTRICA (SIM-P) PÓS COVID-19","authors":"Juliane Oliveira Brum, Vera Regina Pereira de Andrade","doi":"10.51161/rems/2241","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2241","url":null,"abstract":"Introdução: o sistema imune das crianças é caracterizado pela resposta inata mais rápida e eficiente, tendo como consequência a diminuição da produção de citosinas inflamatórias que em quadros de Covid-19 podem ser um agravante, e raramente apresentam comorbidades. Alguns estudos apontam que a contaminação de crianças por Sars-Cov-2 é de 6%, e desses 0,6% são casos graves. Na maioria das vezes os pacientes são assintomáticos, entretanto quando apresentam sintomas, eles se assemelham a síndrome gripal. O grande impasse da comunidade pediátrica é o desenvolvimento da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), manifestada cerca de 30 dias após a infecção. Objetivo: caracterizar o desenvolvimento, sintomas, diagnóstico e tratamento para a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). Materiais e métodos: revisão bibliográfica nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando palavras chave em português COVID-19, Pediatria e Criança, e em inglês COVID-19, Pediatrics, Child, no período de 2019 a 2021. Resultados: a SIM-P pode acometer a faixa etária de 0 a 19 anos. Caracteriza-se por um quadro pós-infeccioso, potencialmente grave, entretanto, sua recorrência é rara. A SIM-P pode manifestar sintomas após cerca de 30 dias após a infecção por covid-19 ou epidemiologia positiva associada com sintomas de febre e inflamação adjunto à achados clínicos como; manifestações clinicas da Doença de Kawasaki, choque, problemas cardíacos, coagulopatia e distúrbios gastrointestinais. Exames laboratoriais avaliativos como os marcadores inflamatórios PCR, VHS ou prolactina podem ser realizados para diagnóstico, assim como, teste antigênico ou sorológico para Covid-19 ou histórico de contato com indivíduos contaminados. O tratamento ocorre do forma individual conforme a evolução do caso do paciente. Em casos leves, em geral, são tratados os sintomas manifestados, nos casos graves o tratamento diferencia de acordo com a complicação desenvolvida. Para pacientes pediátricos não há medicamento com efeito antiviral eficaz. Conclusão: a SIM-P, apesar de ser um quadro raro, pode conduzir complicações graves como o acometimento cardíaco. Portanto, é necessário acompanhar o processo pós infeccioso em crianças afim de evitar complicações desencadeadas pela SIM-P.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128786884","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A dengue é uma arbovirose tropical negligenciada mundialmente, transmitida pelo Aedes aegypti. A proteína não-estrutural 1 (NS1) está presente nos quatro sorotipos da dengue, e é um importante marcador de viremia na fase inicial da doença por ser secretada na circulação durante a replicação viral, está associada a doença clínica grave que se manifesta como febre hemorrágica da dengue (DHF) ou síndrome do choque da dengue pela indução de interleucina (IL) ‐10 e tem sido estudada além de biomarcador para diagnóstico, como alvo terapêutico. Objetivos: Descrever o uso da proteína não estrutural (NS1) para diagnóstico precoce da dengue e como potencial alvo terapêutico. Material e métodos: Foi realizado uma revisão da literatura, onde os artigos foram consultados nas bases de dados científicos: NCBI e Scielo, com os termos: “Dengue”, “NS1”, “Patogênese”, publicados entre 2014 e 2020. Resultados: Estudos mostram que a NS1 contribui na patogênese da doença, ao interagir com o endotélio e induzir vazamento vascular, uma característica clínica da dengue grave, também ativando o sistema complemento e induzindo citocinas imunossupressoras. Por isso, sua detecção precoce contribui para o diagnóstico/tratamento imediato, prevenindo a evolução para formas mais agressivas da doença. Essa proteína também pode ser utilizada para identificar quais pacientes tem chances de desenvolver febre hemorrágica, pois durante a fase inicial da doença os níveis de NS1 são mais altos. Tem sido recomendada a combinação da detecção do antígeno NS1 na circulação e dos anticorpos anti-NS1 para melhorar a sensibilidade e a especificidade do diagnóstico. Em estudos em camundongos, os anticorpos anti-NS1 podem reduzir a replicação viral de células infectadas, bloquear os efeitos patogênicos desencadeados por NS1 in vitro e em in vivo. Conclusão: É necessário o desenvolvimento de novos testes que aumentem a sensibilidade e especificidade do diagnóstico da NS1 e também tratamentos direcionados à NS1 que podem ser úteis na redução da gravidade da doença.
{"title":"PROTEÍNA NÃO-ESTRUTURAL (NS1) COMO FERRAMENTA DIAGNÓSTICA PRECOCE E ALVO TERAPÊUTICO NA DENGUE","authors":"A. Alves","doi":"10.51161/rems/2230","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2230","url":null,"abstract":"Introdução: A dengue é uma arbovirose tropical negligenciada mundialmente, transmitida pelo Aedes aegypti. A proteína não-estrutural 1 (NS1) está presente nos quatro sorotipos da dengue, e é um importante marcador de viremia na fase inicial da doença por ser secretada na circulação durante a replicação viral, está associada a doença clínica grave que se manifesta como febre hemorrágica da dengue (DHF) ou síndrome do choque da dengue pela indução de interleucina (IL) ‐10 e tem sido estudada além de biomarcador para diagnóstico, como alvo terapêutico. Objetivos: Descrever o uso da proteína não estrutural (NS1) para diagnóstico precoce da dengue e como potencial alvo terapêutico. Material e métodos: Foi realizado uma revisão da literatura, onde os artigos foram consultados nas bases de dados científicos: NCBI e Scielo, com os termos: “Dengue”, “NS1”, “Patogênese”, publicados entre 2014 e 2020. Resultados: Estudos mostram que a NS1 contribui na patogênese da doença, ao interagir com o endotélio e induzir vazamento vascular, uma característica clínica da dengue grave, também ativando o sistema complemento e induzindo citocinas imunossupressoras. Por isso, sua detecção precoce contribui para o diagnóstico/tratamento imediato, prevenindo a evolução para formas mais agressivas da doença. Essa proteína também pode ser utilizada para identificar quais pacientes tem chances de desenvolver febre hemorrágica, pois durante a fase inicial da doença os níveis de NS1 são mais altos. Tem sido recomendada a combinação da detecção do antígeno NS1 na circulação e dos anticorpos anti-NS1 para melhorar a sensibilidade e a especificidade do diagnóstico. Em estudos em camundongos, os anticorpos anti-NS1 podem reduzir a replicação viral de células infectadas, bloquear os efeitos patogênicos desencadeados por NS1 in vitro e em in vivo. Conclusão: É necessário o desenvolvimento de novos testes que aumentem a sensibilidade e especificidade do diagnóstico da NS1 e também tratamentos direcionados à NS1 que podem ser úteis na redução da gravidade da doença.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132031674","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário intracelular obrigatório, toxoplasma gondii. É uma zoonose cosmopolita e distribuída mundialmente, o ciclo biológico é complexo, e tem três formas importantes: oocisto, taquizoíto e bradizoíto. O felídeo doméstico e silvestre é o hospedeiro definitivo . A contaminação ao homem ocorre através do contato direto com as fezes contaminadas , e a ingestão dos oocistos através da manipulação de alimentos e a forma congênita. Apresenta um quadro clínico variado, desde a infecção assintomática até manifestações clínicas. Quanto a manifestação ocular, a uveíte pode ser observada, porém a lesão mais frequente e de alta morbidade é a coriorretinite, atribuída em até 60% dos pacientes. Objetivo: Neste contexto, sabendo que a toxoplasmose ocular é uma zoonose, este estudo tem como objetivo realizar uma revisão sobre os aspectos gerais como: etiologia, epidemiologia, manifestação ocular, diagnóstico , tratamento e prevenção. Materiais e Métodos: Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica descritiva para atender os objetivos propostos. Foram analisados leituras de periódicos, revistas, trabalhos e artigos eletrônicos indexados sobre o tema Resultados: Tendo em vista que a toxoplasmose ocular na população é atribuída a diversos fatores , a hipótese inicial é devido a intensidade de exposição. Há uma estimativa que 70% a 90% dos pacientes com toxoplasmose congênita e de 10% a 12% de pacientes com infecção pós-natal desenvolvem a doença ocular sempre em forma de retinocoroidite. As características clínicas são : retinitite acometendo a coroide e vítreo e são observados infiltrados de células inflamatórias aderidas a face posterior da córnea . O diagnóstico é feito pelas manifestações clínicas e laboratoriais. O tratamento é o uso da antibioticoterapia e corticoide. Conclusão: A toxoplasmose ocular tem caráter zoonótico e a forma ocular pode acarretar a perda da acuidade visual se não tratado. Espera-se que o conhecimento do ciclo biológico , formas profiláticas como : lavagem das mãos após manipulação das fezes do gato doméstico e não ingestão de carnes cruas , possa diminuir a infecção na forma congênita e que esse levantamento bibliográfico possa contribuir e abrir novos outros estudos para esclarecer melhores formas de tratamentos e abordagens para uma maior atenção e assistência a esses pacientes.
{"title":"TOXOPLASMOSE OCULAR CONGÊNITA ADQUIRIDA : UMA DOENÇA INFECTOCONTAGIOSA DE CARÁTER ZOONÓTICO : UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"V. M. D. Oliveira, A. Ribeiro","doi":"10.51161/rems/2198","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2198","url":null,"abstract":"Introdução: A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário intracelular obrigatório, toxoplasma gondii. É uma zoonose cosmopolita e distribuída mundialmente, o ciclo biológico é complexo, e tem três formas importantes: oocisto, taquizoíto e bradizoíto. O felídeo doméstico e silvestre é o hospedeiro definitivo . A contaminação ao homem ocorre através do contato direto com as fezes contaminadas , e a ingestão dos oocistos através da manipulação de alimentos e a forma congênita. Apresenta um quadro clínico variado, desde a infecção assintomática até manifestações clínicas. Quanto a manifestação ocular, a uveíte pode ser observada, porém a lesão mais frequente e de alta morbidade é a coriorretinite, atribuída em até 60% dos pacientes. Objetivo: Neste contexto, sabendo que a toxoplasmose ocular é uma zoonose, este estudo tem como objetivo realizar uma revisão sobre os aspectos gerais como: etiologia, epidemiologia, manifestação ocular, diagnóstico , tratamento e prevenção. Materiais e Métodos: Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica descritiva para atender os objetivos propostos. Foram analisados leituras de periódicos, revistas, trabalhos e artigos eletrônicos indexados sobre o tema Resultados: Tendo em vista que a toxoplasmose ocular na população é atribuída a diversos fatores , a hipótese inicial é devido a intensidade de exposição. Há uma estimativa que 70% a 90% dos pacientes com toxoplasmose congênita e de 10% a 12% de pacientes com infecção pós-natal desenvolvem a doença ocular sempre em forma de retinocoroidite. As características clínicas são : retinitite acometendo a coroide e vítreo e são observados infiltrados de células inflamatórias aderidas a face posterior da córnea . O diagnóstico é feito pelas manifestações clínicas e laboratoriais. O tratamento é o uso da antibioticoterapia e corticoide. Conclusão: A toxoplasmose ocular tem caráter zoonótico e a forma ocular pode acarretar a perda da acuidade visual se não tratado. Espera-se que o conhecimento do ciclo biológico , formas profiláticas como : lavagem das mãos após manipulação das fezes do gato doméstico e não ingestão de carnes cruas , possa diminuir a infecção na forma congênita e que esse levantamento bibliográfico possa contribuir e abrir novos outros estudos para esclarecer melhores formas de tratamentos e abordagens para uma maior atenção e assistência a esses pacientes.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130269561","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Morgana Sousa da Cunha, Beatriz Gonçalves Guimarães, Sthefany dos Santos Brazil, Marcos Antônio Camargo Ferreira, Nathanael Nascimento dos Santos
Introdução: A pandemia de H1N1 em 2009 e a atual pandemia causada por Sars-CoV-2 iniciada em 2019, são duas doenças infecciosas transmitidas pelo ar ou por gotículas de saliva e secreções respiratórias. Logo, semelhanças nos sintomas e na propagação do H1N1 e do Covid-19 são notórias. No entanto, pacientes com doenças crônicas apresentam maior risco de desenvolverem a Síndrome do Desconforto Respiratória Agudo – SDRA, caso sejam contaminados por uma das enfermidades. Objetivos: Este estudo tem como objetivo analisar a semelhança do comportamento da SDRA, quando os pacientes são hospitalizados devido à infecção por Covid-19 ou H1N1. Material e Métodos: Foi realizado uma busca de estudos no mês de agosto/2021 nas bases de dados Pubmed e Scielo, com um prazo definido entre 2009 e 2021. Os termos utilizados para o levantamento foram: Síndrome Respiratória Aguda Covid-19 e H1N1. Resultados: O mecanismo de busca utilizado encontrou 25 artigos, dos quais 5 foram descartados, sujeitos a filtragem para artigos que tratam da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo relacionada à Covid-19 e H1N1. Os artigos resultaram em principais manifestações comuns as duas doenças infecciosas, de modo que: febre, seguida por tosse, fadiga, dispneia apareceram com maior relevância. Além do mais, pacientes com morbidades como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias possuem um maior risco de desenvolverem a SDRA. Conclusão: Completa-se que os sintomas apresentam similaridades no Covid-19 e H1N1, e que as morbidades prevalentes são as mesmas, portanto, o risco de desenvolvimento da síndrome respiratória e evolução do quadro etiológico do paciente para as formas críticas é considerado muito relevante e deve servir de alerta.
{"title":"COVID-19 E H1N1: UMA REVISÃO DAS SEMELHANÇAS EM RELAÇÃO A SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO - SDRA","authors":"Morgana Sousa da Cunha, Beatriz Gonçalves Guimarães, Sthefany dos Santos Brazil, Marcos Antônio Camargo Ferreira, Nathanael Nascimento dos Santos","doi":"10.51161/rems/2221","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2221","url":null,"abstract":"Introdução: A pandemia de H1N1 em 2009 e a atual pandemia causada por Sars-CoV-2 iniciada em 2019, são duas doenças infecciosas transmitidas pelo ar ou por gotículas de saliva e secreções respiratórias. Logo, semelhanças nos sintomas e na propagação do H1N1 e do Covid-19 são notórias. No entanto, pacientes com doenças crônicas apresentam maior risco de desenvolverem a Síndrome do Desconforto Respiratória Agudo – SDRA, caso sejam contaminados por uma das enfermidades. Objetivos: Este estudo tem como objetivo analisar a semelhança do comportamento da SDRA, quando os pacientes são hospitalizados devido à infecção por Covid-19 ou H1N1. Material e Métodos: Foi realizado uma busca de estudos no mês de agosto/2021 nas bases de dados Pubmed e Scielo, com um prazo definido entre 2009 e 2021. Os termos utilizados para o levantamento foram: Síndrome Respiratória Aguda Covid-19 e H1N1. Resultados: O mecanismo de busca utilizado encontrou 25 artigos, dos quais 5 foram descartados, sujeitos a filtragem para artigos que tratam da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo relacionada à Covid-19 e H1N1. Os artigos resultaram em principais manifestações comuns as duas doenças infecciosas, de modo que: febre, seguida por tosse, fadiga, dispneia apareceram com maior relevância. Além do mais, pacientes com morbidades como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias possuem um maior risco de desenvolverem a SDRA. Conclusão: Completa-se que os sintomas apresentam similaridades no Covid-19 e H1N1, e que as morbidades prevalentes são as mesmas, portanto, o risco de desenvolvimento da síndrome respiratória e evolução do quadro etiológico do paciente para as formas críticas é considerado muito relevante e deve servir de alerta.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"130 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124494717","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O encarceramento em que se encontram as pessoas privadas de liberdade é decisivo para o surgimento de doenças infecto contagiosas, sendo assim influencia na qualidade de vida dos portadores dessas patologias, muitas vezes, não são contabilizadas no que diz respeito aos investimentos em saúde é, em geral, negligenciada, no sistema prisional encontram-se dificuldades de acesso aos serviços de saúde devido a barreiras jurídicas, marginalização social e estigma, o que colabora para o crescimento de doenças transmissíveis entre a população do cárcere privado. Objetivo: Revisar a literatura científica com a finalidade de identificar o surgimento das doenças infectocontagiosas em pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. A seleção dos estudos foi realizada através de busca de dados online como: Scielo, BVS, google acadêmico com base nos critérios ano de publicação entre 2011 e 2019; publicados em português, espanhol e inglês e artigos com textos completos. Para a consulta foram obtidos por meio de busca das publicações, a combinação dos descritores "doenças infectocontagiosas”, “qualidade de vida” e "Pessoa Privada de Liberdade''. Resultado: Os resultados desta pesquisa reforçaram a concepção de que a população privada de liberdade compõe um grupo vulnerável às doenças infecto contagiosas, devido às questões socioeconômicas e educacionais estarem atreladas ao problema. Estratégias para o controle das doenças devem ser adotadas entre a saúde e a justiça, com a finalidade de detectar e tratar precocemente todos os casos de doenças transmissíveis, seja entre os ingressos do sistema prisional e ou entre a população já encarcerada. Conclusão: De acordo com os dados analisados é possível identificar que as doenças infectocontagiosas constituem um grande problema de saúde na população privada de liberdade e isso necessita ser encarado como uma preocupação por parte dos governantes, uma vez que esses indivíduos possam adoecer e vir a óbito e não completarem seu tempo de reclusão e assim serem impedidos de terem uma nova chance de ressocialização.
{"title":"ENCARCERAMENTO DAS PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE E SUAS RELAÇÕES COM A VULNERABILIDADE DAS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSA","authors":"Andresssa Prates Sá, Kezia Danielle Leite Duarte, Karine Suene Mendes Almeida Ribeiro, Keilla Isabelle da Silva Santos, Thais Pereira Silva","doi":"10.51161/rems/2223","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2223","url":null,"abstract":"Introdução: O encarceramento em que se encontram as pessoas privadas de liberdade é decisivo para o surgimento de doenças infecto contagiosas, sendo assim influencia na qualidade de vida dos portadores dessas patologias, muitas vezes, não são contabilizadas no que diz respeito aos investimentos em saúde é, em geral, negligenciada, no sistema prisional encontram-se dificuldades de acesso aos serviços de saúde devido a barreiras jurídicas, marginalização social e estigma, o que colabora para o crescimento de doenças transmissíveis entre a população do cárcere privado. Objetivo: Revisar a literatura científica com a finalidade de identificar o surgimento das doenças infectocontagiosas em pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. A seleção dos estudos foi realizada através de busca de dados online como: Scielo, BVS, google acadêmico com base nos critérios ano de publicação entre 2011 e 2019; publicados em português, espanhol e inglês e artigos com textos completos. Para a consulta foram obtidos por meio de busca das publicações, a combinação dos descritores \"doenças infectocontagiosas”, “qualidade de vida” e \"Pessoa Privada de Liberdade''. Resultado: Os resultados desta pesquisa reforçaram a concepção de que a população privada de liberdade compõe um grupo vulnerável às doenças infecto contagiosas, devido às questões socioeconômicas e educacionais estarem atreladas ao problema. Estratégias para o controle das doenças devem ser adotadas entre a saúde e a justiça, com a finalidade de detectar e tratar precocemente todos os casos de doenças transmissíveis, seja entre os ingressos do sistema prisional e ou entre a população já encarcerada. Conclusão: De acordo com os dados analisados é possível identificar que as doenças infectocontagiosas constituem um grande problema de saúde na população privada de liberdade e isso necessita ser encarado como uma preocupação por parte dos governantes, uma vez que esses indivíduos possam adoecer e vir a óbito e não completarem seu tempo de reclusão e assim serem impedidos de terem uma nova chance de ressocialização.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115711267","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Lilian Eckstein Teixeira, Bruna Kuhn de Freitas Silva
Introdução: A criptococose cutânea primária é uma infecção severa causada por Cryptococcus neoformans ou Cryptococcus gattii. A doença é classificada como primária, pois a região afetada é somente a pele e as bactérias fastidiosas dependem tanto desse órgão, como do estado imunológico do hospedeiro. Acomete mais pacientes adultos e imunossuprimidos. Objetivos: Definir a criptococose cutânea primária, seu diagnóstico e ocorrência em pacientes imunossuprimidos. Materiais e métodos: O presente trabalho é uma revisão integrativa da literatura, onde foram selecionados artigos científicos, disponíveis nas bases de dados virtuais em saúde: PubMed, Google Acadêmico, Portal do Ministério da Saúde e SciELO, publicados entre os anos 1998 a 2021. A seleção dos artigos se deu por meio da utilização dos DeCS: “criptococose cutânea primária”, “imunossuprimidos”, “Cryptococcus neoformans”, “Cryptococcus gattii”, “infecção”, os mesmos termos aplicáveis em inglês e foram excluídos artigos que não contemplavam o enfoque temático. Resultados: A contaminação pelos Cryptococcus neoformans ou Cryptococcus gattii ocorre por via inalatória, comprometendo as vias pulmonares por conseguinte. Não há transmissão inter-humana, nem de animais ao homem. Tem maior incidência em áreas rurais e apresenta histórico de lesão local e exposição a matéria orgânica morta presente no solo, em frutas secas, cereais, em árvores e, em especial, contato com excretas de aves. Nos hospedeiros imunossuprimidos, em uso de corticóides, a infecção possui sintomatologia discreta e fica restringida, majoritariamente, ao pulmão. Raramente a transmissão pode ocorrer pela ingestão ou pela via dérmica. A via disseminatória da doença é pelo sangue, com propensão para contaminar células nervosas e outros órgãos. O diagnóstico deve ser clínico e laboratorial. A confirmação desse último é feita com o uso de nanquim, visualizando a presença de criptococos em materiais clínicos. A sustentação é feita pela sorologia e histopatologia e por exames de imagens, para evidenciar danos pulmonares, presença de criptococoma único ou múltiplo. A precisão do diagnóstico efetiva o tratamento correto da patologia. Conclusão: A infecção cutânea primária é uma doença rara, que acomete em grande parte, pacientes imunossuprimidos, destacando os pacientes com AIDS. O aspecto clínico da infecção, efetivado por cultura, exames bioquímicos e de imagem, possibilita diagnóstico e tratamento precoces.
简介:原发性皮肤隐球菌病是一种由新型隐球菌或加蒂隐球菌引起的严重感染。这种疾病被归类为原发性疾病,因为受影响的区域只有皮肤,而挑剔的细菌既依赖于这个器官,也依赖于宿主的免疫状态。它影响更多的成人和免疫抑制患者。摘要目的:探讨免疫抑制患者原发性皮肤隐球菌病的诊断及发生情况。材料和方法:本研究是一篇综合文献综述,选取1998年至2021年在虚拟健康数据库:PubMed、谷歌scholar、Portal do ministerio da saude和SciELO上发表的科学文章。文章的选择是通过使用DeCS进行的:“原发性皮肤隐球菌病”、“免疫抑制”、“新型隐球菌”、“加蒂隐球菌”、“感染”,这些术语在英语中适用,不考虑主题焦点的文章被排除在外。结果:新型隐球菌或加蒂隐球菌的污染是通过吸入途径发生的,因此影响肺途径。没有人之间的传播,也没有动物传染给人。在农村地区发病率较高,有局部损伤和接触土壤、干果、谷物、树木中的死有机质的历史,特别是与鸟类粪便接触。在使用皮质类固醇的免疫抑制宿主中,感染有离散的症状,主要局限于肺。很少通过摄入或皮肤途径传播。这种疾病的传播途径是血液,容易污染神经细胞和其他器官。诊断必须是临床和实验室的。后者的确认是通过使用纳米技术,在临床材料中可视化隐球菌的存在。支持是通过血清学、组织病理学和影像学检查,以证明肺损伤,存在单或多隐球菌。有效诊断的准确性和病理的正确治疗。结论:原发性皮肤感染是一种罕见的疾病,主要影响免疫抑制患者,特别是艾滋病患者。感染的临床方面,通过培养、生化和影像学检查,可以早期诊断和治疗。
{"title":"CRIPTOCOCOSE CUTÂNEA PRIMÁRIA EM PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDOS","authors":"Lilian Eckstein Teixeira, Bruna Kuhn de Freitas Silva","doi":"10.51161/rems/2227","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2227","url":null,"abstract":"Introdução: A criptococose cutânea primária é uma infecção severa causada por Cryptococcus neoformans ou Cryptococcus gattii. A doença é classificada como primária, pois a região afetada é somente a pele e as bactérias fastidiosas dependem tanto desse órgão, como do estado imunológico do hospedeiro. Acomete mais pacientes adultos e imunossuprimidos. Objetivos: Definir a criptococose cutânea primária, seu diagnóstico e ocorrência em pacientes imunossuprimidos. Materiais e métodos: O presente trabalho é uma revisão integrativa da literatura, onde foram selecionados artigos científicos, disponíveis nas bases de dados virtuais em saúde: PubMed, Google Acadêmico, Portal do Ministério da Saúde e SciELO, publicados entre os anos 1998 a 2021. A seleção dos artigos se deu por meio da utilização dos DeCS: “criptococose cutânea primária”, “imunossuprimidos”, “Cryptococcus neoformans”, “Cryptococcus gattii”, “infecção”, os mesmos termos aplicáveis em inglês e foram excluídos artigos que não contemplavam o enfoque temático. Resultados: A contaminação pelos Cryptococcus neoformans ou Cryptococcus gattii ocorre por via inalatória, comprometendo as vias pulmonares por conseguinte. Não há transmissão inter-humana, nem de animais ao homem. Tem maior incidência em áreas rurais e apresenta histórico de lesão local e exposição a matéria orgânica morta presente no solo, em frutas secas, cereais, em árvores e, em especial, contato com excretas de aves. Nos hospedeiros imunossuprimidos, em uso de corticóides, a infecção possui sintomatologia discreta e fica restringida, majoritariamente, ao pulmão. Raramente a transmissão pode ocorrer pela ingestão ou pela via dérmica. A via disseminatória da doença é pelo sangue, com propensão para contaminar células nervosas e outros órgãos. O diagnóstico deve ser clínico e laboratorial. A confirmação desse último é feita com o uso de nanquim, visualizando a presença de criptococos em materiais clínicos. A sustentação é feita pela sorologia e histopatologia e por exames de imagens, para evidenciar danos pulmonares, presença de criptococoma único ou múltiplo. A precisão do diagnóstico efetiva o tratamento correto da patologia. Conclusão: A infecção cutânea primária é uma doença rara, que acomete em grande parte, pacientes imunossuprimidos, destacando os pacientes com AIDS. O aspecto clínico da infecção, efetivado por cultura, exames bioquímicos e de imagem, possibilita diagnóstico e tratamento precoces.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114867116","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ananda Grein de Araújo, Ana Carolyne Souza Guimarães, Isabela de Assis Palú
Introdução: Acreditava-se que a infecção por SARS-Cov-2 restringia-se apenas ao sistema respiratório. No entanto, estudos revelaram que pode afetar vários outros sistemas, como o gastrointestinal. Essa capacidade de afetar vários órgãos se deve à presença do receptor enzima conversora de angiotensina 2(ACE2), expresso principalmente na borda em escova dos enterócitos intestinais, juntamente com as células ciliadas e as células epiteliais alveolares do tipo II nos pulmões. Apesar da via mais comum de transmissão ser pelo trato respiratório, a capacidade de acometer o trato digestivo releva que o vírus também pode sofrer transmissão fecal-oral. Objetivos: Discorrer sobre os mecanismos fisiopatológicos de invasão do SARS-CoV-2 através do trato gastrointestinal. Material e métodos: Para atingir o objetivo, realizou-se uma revisão integrativa, de caráter exploratória e descritiva, executada mediante a investigação das bases de dados: Scielo e PubMed. Tal revisão encontrou três trabalhos, por meio dos descritores ACE2, COVID-19, SARS-COV-2 e sistema gastrointestinal, que possibilitaram a compreensão dos mecanismos de infecção. Resultado: Os receptores de ACE2, possibilitam que o hospedeiro seja potencialmente acessível à infecção por COVID-19. Com isso, o vírus é capaz de assumir a maquinaria da célula para se replicar e invadir novas células. Como consequência, o sistema imunológico libera mediadores inflamatórios os quais são responsáveis por uma tempestade de citocinas, aumentando a permeabilidade pulmonar, de modo que o vírus, junto com os mediadores inflamatórios via circulação, migre para o intestino. Dessa forma, o SARS-Cov-2 é capaz de afetar a composição microbiana e o sistema imunológico do hospedeiro, os mediadores inflamatórios interrompem a permeabilidade intestinal, levando ao escape de microrganismo intestinais e metabólitos associados para circulação acarretando migração para outros órgãos, incluindo pulmões, produzindo anormalidades. Ademais, ocorre disbiose microbiana devido ao quadro de diarreia como principal sintoma gastrointestinal. Conclusão: Os sintomas gastrointestinais de pacientes com COVID-19 são significativos e não devem ser ignorados, sendo necessário atenção aos casos com diarreia, náuseas, vômitos e dor abdominal. Além disso, casos de detecção viral e persistente a longo prazo em amostrar fecais corroboram para via oral-fecal de transmissão destacando a importância de medidas preventivas como higienização adequada das mãos e cuidados ao utilizar banheiros públicos.
{"title":"MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS DE INVASÃO DO SARS-COV-2 ATRAVÉS DO TRATO GASTROINTESTINAL","authors":"Ananda Grein de Araújo, Ana Carolyne Souza Guimarães, Isabela de Assis Palú","doi":"10.51161/rems/2233","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2233","url":null,"abstract":"Introdução: Acreditava-se que a infecção por SARS-Cov-2 restringia-se apenas ao sistema respiratório. No entanto, estudos revelaram que pode afetar vários outros sistemas, como o gastrointestinal. Essa capacidade de afetar vários órgãos se deve à presença do receptor enzima conversora de angiotensina 2(ACE2), expresso principalmente na borda em escova dos enterócitos intestinais, juntamente com as células ciliadas e as células epiteliais alveolares do tipo II nos pulmões. Apesar da via mais comum de transmissão ser pelo trato respiratório, a capacidade de acometer o trato digestivo releva que o vírus também pode sofrer transmissão fecal-oral. Objetivos: Discorrer sobre os mecanismos fisiopatológicos de invasão do SARS-CoV-2 através do trato gastrointestinal. Material e métodos: Para atingir o objetivo, realizou-se uma revisão integrativa, de caráter exploratória e descritiva, executada mediante a investigação das bases de dados: Scielo e PubMed. Tal revisão encontrou três trabalhos, por meio dos descritores ACE2, COVID-19, SARS-COV-2 e sistema gastrointestinal, que possibilitaram a compreensão dos mecanismos de infecção. Resultado: Os receptores de ACE2, possibilitam que o hospedeiro seja potencialmente acessível à infecção por COVID-19. Com isso, o vírus é capaz de assumir a maquinaria da célula para se replicar e invadir novas células. Como consequência, o sistema imunológico libera mediadores inflamatórios os quais são responsáveis por uma tempestade de citocinas, aumentando a permeabilidade pulmonar, de modo que o vírus, junto com os mediadores inflamatórios via circulação, migre para o intestino. Dessa forma, o SARS-Cov-2 é capaz de afetar a composição microbiana e o sistema imunológico do hospedeiro, os mediadores inflamatórios interrompem a permeabilidade intestinal, levando ao escape de microrganismo intestinais e metabólitos associados para circulação acarretando migração para outros órgãos, incluindo pulmões, produzindo anormalidades. Ademais, ocorre disbiose microbiana devido ao quadro de diarreia como principal sintoma gastrointestinal. Conclusão: Os sintomas gastrointestinais de pacientes com COVID-19 são significativos e não devem ser ignorados, sendo necessário atenção aos casos com diarreia, náuseas, vômitos e dor abdominal. Além disso, casos de detecção viral e persistente a longo prazo em amostrar fecais corroboram para via oral-fecal de transmissão destacando a importância de medidas preventivas como higienização adequada das mãos e cuidados ao utilizar banheiros públicos.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126012914","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
K. Fernandes, G. Almeida, Luiz Fernando Framil Fernandes, A. Santos
Introdução: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível de evolução natural lenta que tem como seu agente etiológico a bactéria Treponema pallidum, sendo transmitido predominantemente através do contato sexual. Hodiernamente, observa-se que a coinfecção da sífilis com o HIV age de maneira sinérgica, aumentando assim, a taxa de transmissão do HIV e modifica o histórico natural da doença. Objetivo: Analisar os casos de sífilis e a coinfecção com o vírus HIV. Materiais e métodos: Neste estudo, foram usufruídos os métodos de leitura crítica, pesquisas bibliográficas e procuras epidemiológicas através de dados. As buscas foram realizadas através das principais bases de dados de artigos científicos, como: PubMed, SciELO, BDTD. Resultados: A seguinte pesquisa aponta que: No estado de São Paulo, foram constatados 648 casos de sífilis adquirida, entre as idades de 25 à 34 anos, sendo 98% do sexo masculino, onde 88% eram homossexuais e a 56,5% apresentavam prevalência de coinfecção com o HIV. Em outra pesquisa realizada em Porto Alegre, local onde se tem 2% de gestantes com a coinfecção, houve-se a participação de 1 500 gestantes HIV-positivas, de 2010 a 2013, onde 155 também eram infectadas por sífilis, correspondendo a uma taxa de coinfecção de 10,2%. Em relação à região centro-oeste, em Goiânia, no período de setembro de 2014 à agosto de 2015, foram recrutados 355 indivíduos em situação de rua, o qual eram testados positivos para os marcadores sorológicos para anti-HIV 1 e 2, e anti-Treponema pallidum, Das 355 amostras testadas para sífilis, 22,0% foram positivas, tendo uma prevalência de coinfecção HIV/sífilis de 0,6%. Conclusão: Portanto, observa-se que as pesquisas referentes a infecções aumentaram consequentes a elevação epidemiológica de infectados, visto que os jovens são os que menos tem acompanhamentos individuais relacionados ao uso de preservativos e de drogas injetáveis, acabando por perdurar com a doença. A coinfecção do HIV e sífilis acaba agindo para uma piora do quadro do paciente que as contrai, necessitando de um atendimento mais eficaz e cauteloso para pacientes que apresentam ambas as doenças.
{"title":"ANÁLISE DE CASOS DE COINFECÇÃO DE SÍFILIS E HIV","authors":"K. Fernandes, G. Almeida, Luiz Fernando Framil Fernandes, A. Santos","doi":"10.51161/rems/2208","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2208","url":null,"abstract":"Introdução: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível de evolução natural lenta que tem como seu agente etiológico a bactéria Treponema pallidum, sendo transmitido predominantemente através do contato sexual. Hodiernamente, observa-se que a coinfecção da sífilis com o HIV age de maneira sinérgica, aumentando assim, a taxa de transmissão do HIV e modifica o histórico natural da doença. Objetivo: Analisar os casos de sífilis e a coinfecção com o vírus HIV. Materiais e métodos: Neste estudo, foram usufruídos os métodos de leitura crítica, pesquisas bibliográficas e procuras epidemiológicas através de dados. As buscas foram realizadas através das principais bases de dados de artigos científicos, como: PubMed, SciELO, BDTD. Resultados: A seguinte pesquisa aponta que: No estado de São Paulo, foram constatados 648 casos de sífilis adquirida, entre as idades de 25 à 34 anos, sendo 98% do sexo masculino, onde 88% eram homossexuais e a 56,5% apresentavam prevalência de coinfecção com o HIV. Em outra pesquisa realizada em Porto Alegre, local onde se tem 2% de gestantes com a coinfecção, houve-se a participação de 1 500 gestantes HIV-positivas, de 2010 a 2013, onde 155 também eram infectadas por sífilis, correspondendo a uma taxa de coinfecção de 10,2%. Em relação à região centro-oeste, em Goiânia, no período de setembro de 2014 à agosto de 2015, foram recrutados 355 indivíduos em situação de rua, o qual eram testados positivos para os marcadores sorológicos para anti-HIV 1 e 2, e anti-Treponema pallidum, Das 355 amostras testadas para sífilis, 22,0% foram positivas, tendo uma prevalência de coinfecção HIV/sífilis de 0,6%. Conclusão: Portanto, observa-se que as pesquisas referentes a infecções aumentaram consequentes a elevação epidemiológica de infectados, visto que os jovens são os que menos tem acompanhamentos individuais relacionados ao uso de preservativos e de drogas injetáveis, acabando por perdurar com a doença. A coinfecção do HIV e sífilis acaba agindo para uma piora do quadro do paciente que as contrai, necessitando de um atendimento mais eficaz e cauteloso para pacientes que apresentam ambas as doenças.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121721682","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
R. C. Souza, Kauan Gabriel Backes Greggio, Letícia Amantino Maciel, A. Santos
Introdução: A profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um novo método de prevenção à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Logo, o controle é um problema de saúde pública, pois o vírus caracteriza-se por ser assintomático e é incurável. Assim, admite-se o uso da PrEP como alternativa de prevenção à doença. Ela atua como uma estratégia de prevenção através da prescrição de um antirretroviral oral uma vez ao dia, que visa impedir e reduzir que o vírus se espalha antes mesmo do indivíduo ter contato com o agente. Objetivo: Objetiva-se discutir os limites e possibilidades da PrEP e evidenciar o impacto da profilaxia pré-exposição ao HIV em populações vulneráveis. Materiais e métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando ferramentas online de busca de artigos científicos, como: Public Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed), MedScape, Scientific Electronic Library Online (Scielo). Foram considerados artigos publicados entre os anos 2017 a 2021. Utilizaram-se os seguintes descritores para seleção dos artigos: profilaxia pré-exposição ao HIV. Resultados: A PrEP apresentou-se como uma opção no controle da alta incidência de HIV, autonomia para escolha e não hierarquização dos métodos, gestão de risco sexual podem favorecer a organização do serviço e cuidado, facilitando a vinculação e retenção dos usuários. A inutilização da prevenção combinada é um real motivo que acaba atenuando o uso de preservativos, aumentando o risco de contágio de outros tipos de IST e até mesmo do HIV, colocando a PrEP como primeiro método de prevenção. Alguns princípios estudados comprovam a eficácia da profilaxia congruente à concessão em participantes com fatores sanguíneos detectáveis dos antirretrovirais, a redução da incidência de HIV foi de 95%. Em homens que fazem sexo com homens e mulheres trans observou-se redução de 44% no risco de contágio por HIV. Conclusão: Concluiu-se que a eficiência da PrEP como política pública de saúde depende de dois aspectos centrais: assegurar que os serviços sejam ambientes culturalmente diversos e livres de discriminação e a intensificação das intervenções comunitárias, incluindo as redes sociais, de forma a reduzir iniquidades no acesso aos serviços e à PrEP.
{"title":"A INFLUÊNCIA DA PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PREP) AO HIV NA INCIDÊNCIA DA POPULAÇÃO VULNERÁVEL","authors":"R. C. Souza, Kauan Gabriel Backes Greggio, Letícia Amantino Maciel, A. Santos","doi":"10.51161/rems/2219","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/rems/2219","url":null,"abstract":"Introdução: A profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um novo método de prevenção à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Logo, o controle é um problema de saúde pública, pois o vírus caracteriza-se por ser assintomático e é incurável. Assim, admite-se o uso da PrEP como alternativa de prevenção à doença. Ela atua como uma estratégia de prevenção através da prescrição de um antirretroviral oral uma vez ao dia, que visa impedir e reduzir que o vírus se espalha antes mesmo do indivíduo ter contato com o agente. Objetivo: Objetiva-se discutir os limites e possibilidades da PrEP e evidenciar o impacto da profilaxia pré-exposição ao HIV em populações vulneráveis. Materiais e métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando ferramentas online de busca de artigos científicos, como: Public Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed), MedScape, Scientific Electronic Library Online (Scielo). Foram considerados artigos publicados entre os anos 2017 a 2021. Utilizaram-se os seguintes descritores para seleção dos artigos: profilaxia pré-exposição ao HIV. Resultados: A PrEP apresentou-se como uma opção no controle da alta incidência de HIV, autonomia para escolha e não hierarquização dos métodos, gestão de risco sexual podem favorecer a organização do serviço e cuidado, facilitando a vinculação e retenção dos usuários. A inutilização da prevenção combinada é um real motivo que acaba atenuando o uso de preservativos, aumentando o risco de contágio de outros tipos de IST e até mesmo do HIV, colocando a PrEP como primeiro método de prevenção. Alguns princípios estudados comprovam a eficácia da profilaxia congruente à concessão em participantes com fatores sanguíneos detectáveis dos antirretrovirais, a redução da incidência de HIV foi de 95%. Em homens que fazem sexo com homens e mulheres trans observou-se redução de 44% no risco de contágio por HIV. Conclusão: Concluiu-se que a eficiência da PrEP como política pública de saúde depende de dois aspectos centrais: assegurar que os serviços sejam ambientes culturalmente diversos e livres de discriminação e a intensificação das intervenções comunitárias, incluindo as redes sociais, de forma a reduzir iniquidades no acesso aos serviços e à PrEP.","PeriodicalId":435751,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line","volume":"76 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116587753","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}