Pub Date : 2023-04-12DOI: 10.35700/2359-0599.2023.17.3564
Fabrício Sprícigo, Lourival José Martins Filho
A universidade, os centros de pesquisa, os institutos, a partir daquilo que produzem de ponta, podem, no diálogo com as comunidades, possibilitar a troca, a socialização e a aprendizagem. A experiência aqui no NAPE/UDESC, que é mais voltada para a formação de professores de educação básica, mostra que a extensão retroalimenta o ensino e a pesquisa na perspectiva de pensar que estamos em lugares diferentes, mas somos sujeitos de aprendizagem. Então, a extensão torna isso possível. A extensão é o que nos ensina que só estamos em espaços diferentes, mas somos todos sujeitos cognoscentes. Então, não existe o professor-pesquisador encastelado (como se fosse detentor da última palavra) e o professor da educação básica como se fosse dependente do saber do professor-pesquisador. É uma cumplicidade e o que retroalimenta é a extensão. Então, nesse sentido, toda instituição contemporânea de pesquisa e de formação docente precisa da extensão como possibilidade não apenas de intervir, mas, sobretudo, de aprender.
{"title":"Não se faz extensão partindo do pressuposto de que eu sei o que o outro precisa - Entrevista com Lourival José Martins Filho","authors":"Fabrício Sprícigo, Lourival José Martins Filho","doi":"10.35700/2359-0599.2023.17.3564","DOIUrl":"https://doi.org/10.35700/2359-0599.2023.17.3564","url":null,"abstract":"A universidade, os centros de pesquisa, os institutos, a partir daquilo que produzem de ponta, podem, no diálogo com as comunidades, possibilitar a troca, a socialização e a aprendizagem. A experiência aqui no NAPE/UDESC, que é mais voltada para a formação de professores de educação básica, mostra que a extensão retroalimenta o ensino e a pesquisa na perspectiva de pensar que estamos em lugares diferentes, mas somos sujeitos de aprendizagem. Então, a extensão torna isso possível. A extensão é o que nos ensina que só estamos em espaços diferentes, mas somos todos sujeitos cognoscentes. Então, não existe o professor-pesquisador encastelado (como se fosse detentor da última palavra) e o professor da educação básica como se fosse dependente do saber do professor-pesquisador. É uma cumplicidade e o que retroalimenta é a extensão. Então, nesse sentido, toda instituição contemporânea de pesquisa e de formação docente precisa da extensão como possibilidade não apenas de intervir, mas, sobretudo, de aprender. ","PeriodicalId":55662,"journal":{"name":"Caminho Aberto Revista de Extensao do IFSC","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47826851","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-12DOI: 10.35700/2359-0599.2023.17.3563
Camila Gasparin
Em 2013, a tendência de internacionalização dos periódicos acadêmicos já havia sido identificada nos países emergentes como China, Coréia do Sul, Rússia e Brasil, que ainda ficava atrás nas produções em língua e em parceria com instituições estrangeiras, de acordo com a avaliação dos participantes de um painel dedicado ao tópico na conferência de comemoração dos 15 anos da rede SciELO. Isto resulta em menos visibilidade e impacto internacional da produção e publicações acadêmicas. Nações com produções científicas massivas e que precisam de revistas para publicá-las recorrem ao Brasil para este fim, como é o caso da China, que publica muitas produções sem participação de colaboradores brasileiros. Entre 2003 e 2013, este tipo de publicação, de países emergentes no Brasil, havia aumentado em 10x (ALISSON, 2013), tendo no mesmo período o Brasil apenas dobrado suas publicações internacionais em países avançados.
{"title":"internacionalização como caminho acadêmico e os usos dos termos “extension” e “outreach”","authors":"Camila Gasparin","doi":"10.35700/2359-0599.2023.17.3563","DOIUrl":"https://doi.org/10.35700/2359-0599.2023.17.3563","url":null,"abstract":"Em 2013, a tendência de internacionalização dos periódicos acadêmicos já havia sido identificada nos países emergentes como China, Coréia do Sul, Rússia e Brasil, que ainda ficava atrás nas produções em língua e em parceria com instituições estrangeiras, de acordo com a avaliação dos participantes de um painel dedicado ao tópico na conferência de comemoração dos 15 anos da rede SciELO. Isto resulta em menos visibilidade e impacto internacional da produção e publicações acadêmicas. Nações com produções científicas massivas e que precisam de revistas para publicá-las recorrem ao Brasil para este fim, como é o caso da China, que publica muitas produções sem participação de colaboradores brasileiros. Entre 2003 e 2013, este tipo de publicação, de países emergentes no Brasil, havia aumentado em 10x (ALISSON, 2013), tendo no mesmo período o Brasil apenas dobrado suas publicações internacionais em países avançados.","PeriodicalId":55662,"journal":{"name":"Caminho Aberto Revista de Extensao do IFSC","volume":"41 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69918615","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-23DOI: 10.35700/2359-0599.2022.16.3369
Carlos Felipe Ábido Araújo de Assis, Karine Fernanda da Costa Souza, Cristiane Regina do Amaral Duarte, J. R. Rambo
O projeto de extensão “Cestas da Reforma Agrária: comercialização de produtos da nossa terra em tempos de COVID-19” surgiu como ferramenta de apoio, articulação, sistematização, divulgação e distribuição dos produtos oriundos do segmento da agricultura familiar do Assentamento Antônio Conselheiro em Tangará da Serra, Mato Grosso – Brasil para consumidores finais, visando diminuir os efeitos adversos da pandemia da COVID-19, e suas restrições, sobre as famílias de agricultores assentados. Parte da produção agropecuária dos agricultores familiares assentados que participaram do projeto foi organizada em “Cestas da Reforma Agrária” e comercializada ao consumidor final pela mediação de Projeto de Extensão. O avanço do projeto revelou, ao mesmo tempo, dificuldades dos agricultores familiares em comercializar a produção e de consumidores a adquirir produtos durante a pandemia da COVID-19. Ademais, a iniciativa obteve resultado positivo, pois conseguiu levar renda às famílias assentadas em tempos de Pandemia e alimentos de qualidade aos consumidores finais.
{"title":"Cestas da Reforma Agrária:","authors":"Carlos Felipe Ábido Araújo de Assis, Karine Fernanda da Costa Souza, Cristiane Regina do Amaral Duarte, J. R. Rambo","doi":"10.35700/2359-0599.2022.16.3369","DOIUrl":"https://doi.org/10.35700/2359-0599.2022.16.3369","url":null,"abstract":"O projeto de extensão “Cestas da Reforma Agrária: comercialização de produtos da nossa terra em tempos de COVID-19” surgiu como ferramenta de apoio, articulação, sistematização, divulgação e distribuição dos produtos oriundos do segmento da agricultura familiar do Assentamento Antônio Conselheiro em Tangará da Serra, Mato Grosso – Brasil para consumidores finais, visando diminuir os efeitos adversos da pandemia da COVID-19, e suas restrições, sobre as famílias de agricultores assentados. Parte da produção agropecuária dos agricultores familiares assentados que participaram do projeto foi organizada em “Cestas da Reforma Agrária” e comercializada ao consumidor final pela mediação de Projeto de Extensão. O avanço do projeto revelou, ao mesmo tempo, dificuldades dos agricultores familiares em comercializar a produção e de consumidores a adquirir produtos durante a pandemia da COVID-19. Ademais, a iniciativa obteve resultado positivo, pois conseguiu levar renda às famílias assentadas em tempos de Pandemia e alimentos de qualidade aos consumidores finais.","PeriodicalId":55662,"journal":{"name":"Caminho Aberto Revista de Extensao do IFSC","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69918671","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-21DOI: 10.35700/2359-0599.2022.16.3363
Thais Klein de Azevedo, Ana Maria De Sena, Valéria Ghisloti Iared
O presente trabalho analisou a avaliação parcial dos participantes do projeto de extensão Palotina recicla o orgânico, o qual mobilizou a comunidade local para a segregação dos resíduos em três frações, incentivando os moradores a destinarem seus materiais recicláveis aos centros de triagem; os orgânicos às composteiras domiciliares e os rejeitos, aos aterros sanitários. O projeto distribuiu mais de 500 composteiras, contemplando os moradores e instituições de ensino do município de Palotina (oeste do Paraná). O estudo, de natureza qualitativa e documental, analisou 143 fichas de avaliação preenchidas pelos moradores e 09 questionários respondidos por professores atuantes no projeto. Os dados indicam que 99% dos moradores têm intenção de continuar compostando, já que os beneficiários desenvolveram senso crítico, autonomia e pró-atividade em relação ao processo de compostagem. Os resultados também apontaram que dentre as principais dificuldades encontradas pelos professores estão: a conciliação das atividades do projeto com a rotina, dificuldade em relacionar o tema com os assuntos já existentes no currículo e a sobrecarga docente. Os participantes relataram que o subsídio técnico da equipe executora do projeto possibilitou a troca de saberes, ideias e experiências entre escolas, moradores e universidade. Por fim, salientamos que o trabalho nas instituições de ensino foi iniciado após a consolidação do projeto na comunidade, fato que culminou na potencialização e enraizamento da prática de compostagem nas escolas.
本研究分析了Palotina recicla O organico扩展项目参与者的部分评估,该项目动员当地社区将垃圾分为三个部分,鼓励居民将可回收材料分配到分拣中心;有机废物被送往家庭堆肥厂,废物被送往垃圾填埋场。该项目向帕洛蒂纳市(parana西部)的居民和教育机构分发了500多个堆肥机。本研究采用定性和文献研究法,分析了143份居民填写的评估表和09份参与项目的教师填写的问卷。数据显示,99%的居民打算继续堆肥,因为受益人在堆肥过程中培养了批判性意识、自主性和主动性。结果还表明,教师面临的主要困难包括:项目活动与常规的协调,难以将主题与课程中已经存在的主题联系起来,以及教师超负荷。参与者报告说,项目执行团队的技术支持使学校、居民和大学之间能够交流知识、想法和经验。最后,我们强调,教育机构的工作是在社区项目巩固后开始的,这一事实最终导致了学校堆肥实践的加强和扎根。
{"title":"Compostagem urbana","authors":"Thais Klein de Azevedo, Ana Maria De Sena, Valéria Ghisloti Iared","doi":"10.35700/2359-0599.2022.16.3363","DOIUrl":"https://doi.org/10.35700/2359-0599.2022.16.3363","url":null,"abstract":"O presente trabalho analisou a avaliação parcial dos participantes do projeto de extensão Palotina recicla o orgânico, o qual mobilizou a comunidade local para a segregação dos resíduos em três frações, incentivando os moradores a destinarem seus materiais recicláveis aos centros de triagem; os orgânicos às composteiras domiciliares e os rejeitos, aos aterros sanitários. O projeto distribuiu mais de 500 composteiras, contemplando os moradores e instituições de ensino do município de Palotina (oeste do Paraná). O estudo, de natureza qualitativa e documental, analisou 143 fichas de avaliação preenchidas pelos moradores e 09 questionários respondidos por professores atuantes no projeto. Os dados indicam que 99% dos moradores têm intenção de continuar compostando, já que os beneficiários desenvolveram senso crítico, autonomia e pró-atividade em relação ao processo de compostagem. Os resultados também apontaram que dentre as principais dificuldades encontradas pelos professores estão: a conciliação das atividades do projeto com a rotina, dificuldade em relacionar o tema com os assuntos já existentes no currículo e a sobrecarga docente. Os participantes relataram que o subsídio técnico da equipe executora do projeto possibilitou a troca de saberes, ideias e experiências entre escolas, moradores e universidade. Por fim, salientamos que o trabalho nas instituições de ensino foi iniciado após a consolidação do projeto na comunidade, fato que culminou na potencialização e enraizamento da prática de compostagem nas escolas.","PeriodicalId":55662,"journal":{"name":"Caminho Aberto Revista de Extensao do IFSC","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69918621","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-21DOI: 10.35700/2359-0599.2022.16.3395
Renata Camacho Bezerra, Richael Silva Caetano, Luciana Peron da Silva
A Extensão Universitária num curso de Licenciatura em Matemática é importante na medida em que estabelece a comunicação entre a Universidade e a sociedade, além de promover a relação entre as atividades acadêmicas de ensino e de pesquisa, por meio de processos ativos de formação e/ou transformação do futuro professor de Matemática. Neste relato de experiência, apresentamos o projeto de extensão “O Planejamento da Aula de Matemática por meio da Lesson Study” que teve como objetivo geral “Criar um grupo e implementar a metodologia Lesson Study no ensino da Matemática”. Neste processo, foi importante a troca de experiências entre a Formação Inicial e Continuada, o que resultou no enriquecimento para ambos os lados e na compreensão de que o objeto do conhecimento matemático e o conhecimento da e na prática devem ser articulados e servir como base para reflexões que visem a melhoria do processo de ensino e aprendizagem da Matemática, o desenvolvimento profissional do professor que ensina Matemática e a Formação Inicial do futuro professor de Matemática. Além disso, a indissociabilidade entre ensino, extensão e pesquisa é fundamental na formação do futuro professor de Matemática que, além de participar de um projeto de extensão, deve vivenciar e ser capaz de articular, por meio de processos de reflexão e colaboração, os conhecimentos oriundos da universidade com a experiência do professor na escola (ou seja, os conhecimentos de conteúdo e os conhecimentos experienciais).
{"title":"Lesson Study na Formação Inicial e Continuada de Professores que Ensinam Matemática:","authors":"Renata Camacho Bezerra, Richael Silva Caetano, Luciana Peron da Silva","doi":"10.35700/2359-0599.2022.16.3395","DOIUrl":"https://doi.org/10.35700/2359-0599.2022.16.3395","url":null,"abstract":"A Extensão Universitária num curso de Licenciatura em Matemática é importante na medida em que estabelece a comunicação entre a Universidade e a sociedade, além de promover a relação entre as atividades acadêmicas de ensino e de pesquisa, por meio de processos ativos de formação e/ou transformação do futuro professor de Matemática. Neste relato de experiência, apresentamos o projeto de extensão “O Planejamento da Aula de Matemática por meio da Lesson Study” que teve como objetivo geral “Criar um grupo e implementar a metodologia Lesson Study no ensino da Matemática”. Neste processo, foi importante a troca de experiências entre a Formação Inicial e Continuada, o que resultou no enriquecimento para ambos os lados e na compreensão de que o objeto do conhecimento matemático e o conhecimento da e na prática devem ser articulados e servir como base para reflexões que visem a melhoria do processo de ensino e aprendizagem da Matemática, o desenvolvimento profissional do professor que ensina Matemática e a Formação Inicial do futuro professor de Matemática. Além disso, a indissociabilidade entre ensino, extensão e pesquisa é fundamental na formação do futuro professor de Matemática que, além de participar de um projeto de extensão, deve vivenciar e ser capaz de articular, por meio de processos de reflexão e colaboração, os conhecimentos oriundos da universidade com a experiência do professor na escola (ou seja, os conhecimentos de conteúdo e os conhecimentos experienciais).","PeriodicalId":55662,"journal":{"name":"Caminho Aberto Revista de Extensao do IFSC","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69918852","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-21DOI: 10.35700/2359-0599.2022.16.3375
Leonardo Bis dos Santos, Ariane Lucas Guimarães, Vanessa Darmani Lima
O texto aborda o desenvolvimento de projeto de extensão apoiado por duas pesquisas de mestrado em Ensino de Humanidades. O lócus das ações foram dois bairros distintos da periferia urbana de Vitória/ES, realizadas entre os anos de 2017 e 2020 e analisadas em 2021. Apesar das diferenças, os dados apontam problemas comuns nas duas comunidades: falta de espaços de lazer, ocorrência de violências das mais variadas ordens – inclusive a incentivada pelo Estado – e representação social negativa dos bairros e suas consequências para os moradores. Com base em dados produzidos a partir de diagnósticos comunitários, buscou-se potencializar ações conjuntas – intervenções sociais dialógicas – que potencializaram a expressão periférica positiva. Temos como resultados que a valorização do protagonismo comunitário tem relações diretas com a superação de subjetividades negativadas – amparadas no medo –, que são atravessadas pela representação social do lugar.
{"title":"Potencialização de ações coletivas em periferias urbanas","authors":"Leonardo Bis dos Santos, Ariane Lucas Guimarães, Vanessa Darmani Lima","doi":"10.35700/2359-0599.2022.16.3375","DOIUrl":"https://doi.org/10.35700/2359-0599.2022.16.3375","url":null,"abstract":"O texto aborda o desenvolvimento de projeto de extensão apoiado por duas pesquisas de mestrado em Ensino de Humanidades. O lócus das ações foram dois bairros distintos da periferia urbana de Vitória/ES, realizadas entre os anos de 2017 e 2020 e analisadas em 2021. Apesar das diferenças, os dados apontam problemas comuns nas duas comunidades: falta de espaços de lazer, ocorrência de violências das mais variadas ordens – inclusive a incentivada pelo Estado – e representação social negativa dos bairros e suas consequências para os moradores. Com base em dados produzidos a partir de diagnósticos comunitários, buscou-se potencializar ações conjuntas – intervenções sociais dialógicas – que potencializaram a expressão periférica positiva. Temos como resultados que a valorização do protagonismo comunitário tem relações diretas com a superação de subjetividades negativadas – amparadas no medo –, que são atravessadas pela representação social do lugar.","PeriodicalId":55662,"journal":{"name":"Caminho Aberto Revista de Extensao do IFSC","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69918772","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-04DOI: 10.35700/2359-0599.2022.16.3357
Paula Clarissa Souza
A Professora Miriam Pillar Grossi é Doutora em Antropologia Social e Cultura pela Universidade de Paris V, com estágios pós-doutorais no Laboratório de Antropologia Social do Collège da França e Universidade da California-Berkeley. Atua no Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e nos cursos de graduação em Antropologia e Ciências Sociais da UFSC. Recentemente, foi empossada como secretária da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Miriam fala à Caminho Aberto sobre a importância de alinhar a práxis extensionista à pesquisa aplicada, os desafios da área interdisciplinar bem como os caminhos para promover uma maior conscientização da população com relação ao combate à violência contra as mulheres.
{"title":"A extensão é indissociável da pesquisa - Entrevista com Miriam Grossi","authors":"Paula Clarissa Souza","doi":"10.35700/2359-0599.2022.16.3357","DOIUrl":"https://doi.org/10.35700/2359-0599.2022.16.3357","url":null,"abstract":"A Professora Miriam Pillar Grossi é Doutora em Antropologia Social e Cultura pela Universidade de Paris V, com estágios pós-doutorais no Laboratório de Antropologia Social do Collège da França e Universidade da California-Berkeley. Atua no Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e nos cursos de graduação em Antropologia e Ciências Sociais da UFSC. Recentemente, foi empossada como secretária da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Miriam fala à Caminho Aberto sobre a importância de alinhar a práxis extensionista à pesquisa aplicada, os desafios da área interdisciplinar bem como os caminhos para promover uma maior conscientização da população com relação ao combate à violência contra as mulheres.","PeriodicalId":55662,"journal":{"name":"Caminho Aberto Revista de Extensao do IFSC","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48130338","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-04DOI: 10.35700/2359-0599.2022.16.3085
Carla Rafaelle Costa dos Santos, Otávio Luiz de Castro Romano Jr., Bruno Rafael Dias Lucena, F. Guimarães
As organizações sociais do terceiro setor têm grande responsabilidade com a sociedade. Independentemente da causa pelas quais essas organizações normalmente se estabelecem, são muitos os desafios enfrentados. Diante dessa realidade, docentes da Universidade Federal do Pará (UFPA) tomaram a iniciativa de desenvolver o projeto de extensão intitulado “Incubadora de Projetos Sociais da UFPA”. Esse projeto, através da metodologia aplicada, possibilitou até o momento a aprovação de dois projetos em edital de financiamento; cinquenta organizações atendidas; a realização de vinte eventos de capacitação e mais de quatrocentas pessoas alcançadas.
{"title":"Extensão universitária para o terceiro setor: a experiência da Incubadora de Projetos Sociais da UFPA","authors":"Carla Rafaelle Costa dos Santos, Otávio Luiz de Castro Romano Jr., Bruno Rafael Dias Lucena, F. Guimarães","doi":"10.35700/2359-0599.2022.16.3085","DOIUrl":"https://doi.org/10.35700/2359-0599.2022.16.3085","url":null,"abstract":"As organizações sociais do terceiro setor têm grande responsabilidade com a sociedade. Independentemente da causa pelas quais essas organizações normalmente se estabelecem, são muitos os desafios enfrentados. Diante dessa realidade, docentes da Universidade Federal do Pará (UFPA) tomaram a iniciativa de desenvolver o projeto de extensão intitulado “Incubadora de Projetos Sociais da UFPA”. Esse projeto, através da metodologia aplicada, possibilitou até o momento a aprovação de dois projetos em edital de financiamento; cinquenta organizações atendidas; a realização de vinte eventos de capacitação e mais de quatrocentas pessoas alcançadas.","PeriodicalId":55662,"journal":{"name":"Caminho Aberto Revista de Extensao do IFSC","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69917534","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-04DOI: 10.35700/2359-0599.2022.16.3190
Fernanda Garcia Giordani Junglos, Manoela Andrea Hass, D. Vargas, Luciane Coutinho de Azevedo
A Horta Pedagógica foi uma atividade de Educação em Saúde interprofissional e intersetorial do Projeto de Extensão SupraVita que envolveu estudantes do quinto ano do ensino fundamental de uma escola pública municipal de Blumenau, Santa Catarina. A partir da horta, atividades de Educação Alimentar e Nutricional foram desenvolvidas e conteúdos referentes às disciplinas curriculares, como Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e Artes, foram desenvolvidos durante as aulas. A atividade permitiu ao público-alvo aproximação com o meio ambiente, melhora nas escolhas alimentares, valorização de alimentos naturais e de receitas da família. A interação com a comunidade permitiu aos extensionistas trocar experiências e saberes e vivenciar formas inovadoras de fazer Educação em Saúde.
{"title":"Horta pedagógica: uma proposta de educação em saúde interprofissional e intersetorial","authors":"Fernanda Garcia Giordani Junglos, Manoela Andrea Hass, D. Vargas, Luciane Coutinho de Azevedo","doi":"10.35700/2359-0599.2022.16.3190","DOIUrl":"https://doi.org/10.35700/2359-0599.2022.16.3190","url":null,"abstract":"A Horta Pedagógica foi uma atividade de Educação em Saúde interprofissional e intersetorial do Projeto de Extensão SupraVita que envolveu estudantes do quinto ano do ensino fundamental de uma escola pública municipal de Blumenau, Santa Catarina. A partir da horta, atividades de Educação Alimentar e Nutricional foram desenvolvidas e conteúdos referentes às disciplinas curriculares, como Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e Artes, foram desenvolvidos durante as aulas. A atividade permitiu ao público-alvo aproximação com o meio ambiente, melhora nas escolhas alimentares, valorização de alimentos naturais e de receitas da família. A interação com a comunidade permitiu aos extensionistas trocar experiências e saberes e vivenciar formas inovadoras de fazer Educação em Saúde.","PeriodicalId":55662,"journal":{"name":"Caminho Aberto Revista de Extensao do IFSC","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69917996","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-02-04DOI: 10.35700/2359-0599.2022.16.3359
M. Brandão, Letícia Cunico, M. I. Pessini, Vitória Karla Silva Araújo Macedo
A educação formal e pública das mulheres precisou romper várias barreiras, entre elas a segregação sexual, o ideário de uma educação mais restrita em função da imagem de fragilidade socialmente construída, além da carga atribuída ao papel da maternidade. O acesso à educação pelas mulheres é, no Brasil, um fato relativamente recente. A criação de políticas públicas visando incentivar a participação das mulheres nos cursos voltados para áreas tecnológicas possibilita a abertura para análise de dados relevantes, uma das reflexões desenvolvidas neste editorial.
{"title":"Representatividade da mulher no ensino, na pesquisa e na extensão","authors":"M. Brandão, Letícia Cunico, M. I. Pessini, Vitória Karla Silva Araújo Macedo","doi":"10.35700/2359-0599.2022.16.3359","DOIUrl":"https://doi.org/10.35700/2359-0599.2022.16.3359","url":null,"abstract":"A educação formal e pública das mulheres precisou romper várias barreiras, entre elas a segregação sexual, o ideário de uma educação mais restrita em função da imagem de fragilidade socialmente construída, além da carga atribuída ao papel da maternidade. O acesso à educação pelas mulheres é, no Brasil, um fato relativamente recente. A criação de políticas públicas visando incentivar a participação das mulheres nos cursos voltados para áreas tecnológicas possibilita a abertura para análise de dados relevantes, uma das reflexões desenvolvidas neste editorial.","PeriodicalId":55662,"journal":{"name":"Caminho Aberto Revista de Extensao do IFSC","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69918577","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}