No âmbito da filosofia feminista francesa as discussões a respeito da mulher, do feminino e da feminilidade passam a compor o cenário intelectual nos anos sessenta, momento no qual a filosofia passava igualmente por processos de ruptura e novas problemáticas. Advindas das discussões promovidas, especialmente pelo estruturalismo, o campo filosófico vivencia nova ruptura com os movimentos feministas e o surgimento de novas concepções filosóficas. Nesse contexto salienta-se o feminismo da diferença apresentado pela filósofa, psicanalista, escritora e feminista belga Luce Irigaray. O presente artigo busca inicialmente traçar o projeto de sua filosofia feminista, o qual se encontra alicerçado na ausência da diferença sexual, pois afirma a inexistência do sujeito feminino enquanto feminino, salientando a existência de uma única lógica, a falocêntrica. O discurso do conhecimento é, entendido com um discurso sexuado, tema da conferência Le Sujet de la Science est-il sexué (1985), a partir da qual surge a pergunta a respeito do discurso filosófico, objeto das considerações finais.
在法国女权主义哲学的背景下,关于女性、女性和女性气质的讨论在60年代开始构成知识分子的场景,当时哲学也经历了破裂的过程和新的问题。由于讨论的推动,特别是结构主义的推动,哲学领域经历了新的突破与女权运动和新的哲学概念的出现。在这种背景下,比利时哲学家、精神分析学家、作家和女权主义者卢斯·伊里加雷提出的差异女权主义被强调。本文最初试图追溯她的女权主义哲学的设计,这是建立在性别差异的缺失之上的,因为它肯定了女性主体作为女性的不存在,强调了一种单一的逻辑的存在,即以阴茎为中心。知识的话语被理解为性的话语,是Le Sujet de la Science est-il sexual(1985)会议的主题,由此产生了关于哲学话语的问题,这是最后考虑的对象。
{"title":"filosofia feminista de Luce Irigaray","authors":"O. Cortés","doi":"10.23845/KGT.V15I2.745","DOIUrl":"https://doi.org/10.23845/KGT.V15I2.745","url":null,"abstract":"No âmbito da filosofia feminista francesa as discussões a respeito da mulher, do feminino e da feminilidade passam a compor o cenário intelectual nos anos sessenta, momento no qual a filosofia passava igualmente por processos de ruptura e novas problemáticas. Advindas das discussões promovidas, especialmente pelo estruturalismo, o campo filosófico vivencia nova ruptura com os movimentos feministas e o surgimento de novas concepções filosóficas. Nesse contexto salienta-se o feminismo da diferença apresentado pela filósofa, psicanalista, escritora e feminista belga Luce Irigaray. O presente artigo busca inicialmente traçar o projeto de sua filosofia feminista, o qual se encontra alicerçado na ausência da diferença sexual, pois afirma a inexistência do sujeito feminino enquanto feminino, salientando a existência de uma única lógica, a falocêntrica. O discurso do conhecimento é, entendido com um discurso sexuado, tema da conferência Le Sujet de la Science est-il sexué (1985), a partir da qual surge a pergunta a respeito do discurso filosófico, objeto das considerações finais.","PeriodicalId":56263,"journal":{"name":"Kalagatos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48180070","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ao partir da crítica de que as teorias morais tradicionais não se ocuparam dos problemas da desigualdade de gênero nos papeis morais, este artigo busca apresentar o cuidado como uma habilidade fundamental humana a ser desenvolvida pelo agente moral. Situa-se a condição de vulnerabilidade na base da abordagem moral, deslocando-se o agente moral autônomo do centro das teorias, para considerar o aspecto relacional do ser humano que, ao longo de sua vida, depara-se com diferentes dimensões da vulnerabildiade e é afetado por experiências de vulnerabilidade, de maior ou menor intensidade e duração. Defende-se a necessidade de formação de agentes morais completos, não mais separados por habilidades morais limitadas à atribuição de papeis sociais fixos orientados por gênero. A partir disso, explora-se uma complementaridade entre cuidado e direitos na formação do agente moral.
{"title":"Vulnerabilidade e desigualdade moral de gênero:","authors":"T. A. Kuhnen","doi":"10.23845/KGT.V15I2.733","DOIUrl":"https://doi.org/10.23845/KGT.V15I2.733","url":null,"abstract":"Ao partir da crítica de que as teorias morais tradicionais não se ocuparam dos problemas da desigualdade de gênero nos papeis morais, este artigo busca apresentar o cuidado como uma habilidade fundamental humana a ser desenvolvida pelo agente moral. Situa-se a condição de vulnerabilidade na base da abordagem moral, deslocando-se o agente moral autônomo do centro das teorias, para considerar o aspecto relacional do ser humano que, ao longo de sua vida, depara-se com diferentes dimensões da vulnerabildiade e é afetado por experiências de vulnerabilidade, de maior ou menor intensidade e duração. Defende-se a necessidade de formação de agentes morais completos, não mais separados por habilidades morais limitadas à atribuição de papeis sociais fixos orientados por gênero. A partir disso, explora-se uma complementaridade entre cuidado e direitos na formação do agente moral.","PeriodicalId":56263,"journal":{"name":"Kalagatos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47339077","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sustenta-se, neste artigo, que a filosofia, na perspectiva do pensador francês Gilles Deleuze, designe menos a busca da verdade e muito mais a possibilidade de que se inaugure, no seu interior, uma nova imagem de pensamento. Tudo se passaria como se não fosse outro o movimento filosófico, senão o da sua particular e constante reinvenção. Por este viés, pretende-se transcorrer obras do referido autor, em particular Nietzsche e a Filosofia (1976), Proust e os Signos (2003), bem como o texto Pensamento Nômade (2006b), de maneira a evidenciar as implicações desta tarefa, cuja exigência é da criação do novo em filosofia.
{"title":"Por uma nova imagem do pensamento:","authors":"Américo Grisotto","doi":"10.23845/KGT.V14I3.250","DOIUrl":"https://doi.org/10.23845/KGT.V14I3.250","url":null,"abstract":"Sustenta-se, neste artigo, que a filosofia, na perspectiva do pensador francês Gilles Deleuze, designe menos a busca da verdade e muito mais a possibilidade de que se inaugure, no seu interior, uma nova imagem de pensamento. Tudo se passaria como se não fosse outro o movimento filosófico, senão o da sua particular e constante reinvenção. Por este viés, pretende-se transcorrer obras do referido autor, em particular Nietzsche e a Filosofia (1976), Proust e os Signos (2003), bem como o texto Pensamento Nômade (2006b), de maneira a evidenciar as implicações desta tarefa, cuja exigência é da criação do novo em filosofia.","PeriodicalId":56263,"journal":{"name":"Kalagatos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42920092","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo propõe, a partir da leitura de O homem revoltado, compreender a revolta como a postura filosófica coerente perante o absurdo da existência, destacando a ideia de limite, de solidariedade metafísica e de fundamento da dignidade do homem, no movimento da revolta. Assim, para lograr o objetivo almejado, será abordada a compreensão de revolta metafísica de Albert Camus, assim como sua crítica à revolução e o compromisso ético do homem revoltado.
{"title":"revolta em Albert Camus","authors":"Danilo Rodrigues Pimenta","doi":"10.23845/KGT.V14I3.249","DOIUrl":"https://doi.org/10.23845/KGT.V14I3.249","url":null,"abstract":"Este artigo propõe, a partir da leitura de O homem revoltado, compreender a revolta como a postura filosófica coerente perante o absurdo da existência, destacando a ideia de limite, de solidariedade metafísica e de fundamento da dignidade do homem, no movimento da revolta. Assim, para lograr o objetivo almejado, será abordada a compreensão de revolta metafísica de Albert Camus, assim como sua crítica à revolução e o compromisso ético do homem revoltado.","PeriodicalId":56263,"journal":{"name":"Kalagatos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45925463","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O filósofo franco-argelino Albert Camus (1913-1960) critica em seu ensaio O Homem Revoltado (1951) as filosofias políticas totalitárias que tentavam justificar os crimes de Estado em nome de sociedades perfeitas no futuro. O trabalho busca analisar em que sentido o diagnóstico camusiano de sua época tem como consequência a recusa do assassinato legitimado pela filosofia. O horizonte ético-político camusiano contrapõe-se às tentativas de justificação teórica do assassinato através de filosofias totalitárias. Este tema foi tratado anteriormente em seus Editoriais presentes em Nem Vítimas, Nem Carrascos (1948), entretanto, o trabalho visa mostrar estas questões a partir apenas de O Homem Revoltado.
{"title":"Albert Camus e a recusa do assassinato legitimado em o homem revoltado (1951)","authors":"L. Sampaio","doi":"10.23845/KGT.V14I3.133","DOIUrl":"https://doi.org/10.23845/KGT.V14I3.133","url":null,"abstract":"O filósofo franco-argelino Albert Camus (1913-1960) critica em seu ensaio O Homem Revoltado (1951) as filosofias políticas totalitárias que tentavam justificar os crimes de Estado em nome de sociedades perfeitas no futuro. O trabalho busca analisar em que sentido o diagnóstico camusiano de sua época tem como consequência a recusa do assassinato legitimado pela filosofia. O horizonte ético-político camusiano contrapõe-se às tentativas de justificação teórica do assassinato através de filosofias totalitárias. Este tema foi tratado anteriormente em seus Editoriais presentes em Nem Vítimas, Nem Carrascos (1948), entretanto, o trabalho visa mostrar estas questões a partir apenas de O Homem Revoltado.","PeriodicalId":56263,"journal":{"name":"Kalagatos","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41770693","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Elvis de Oliveira Mendes, Vagner Acácio de Oliveira
O presente estudo pretende tecer algumas considerações sobre a visão trágica do filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o posterior advento dos totalitarismos no século XX. Ora, embora o filósofo tenha encerrado sua atividade intelectual no ano de 1889, vítima de um colapso nervoso, suas especulações sobre o Niilismo Europeu abarcam, dentro de uma perspectiva abrangente, o surgimento do totalitarismo enquanto uma consequência da própria dinâmica interna dos valores e da visão de mundo constitutivos da modernidade: primeiro, por sua lógica de organização social e política, pautados na racionalidade e nos ideais liberais; segundo, por seus projetos científicos e morais, herdeiros da avaliação cristã do mundo e, por fim, o princípio fundante da modernidade, a saber; “a fé no valor incondicional da verdade”, através da qual este período da história humana se estrutura como o desfecho de um processo de rebelião contra a natureza, a tradição e toda autoridade. Sendo assim, o niilismo é precisamente o desdobramento da lógica oculta da crença inabalável no valor incondicional da verdade, na qual estão ancorados todos os ideais e valores da modernidade, poderíamos dizer, seu “centro de gravidade”.
{"title":"Vontade de verdade e niilismo:","authors":"Elvis de Oliveira Mendes, Vagner Acácio de Oliveira","doi":"10.23845/KGT.V15I1.654","DOIUrl":"https://doi.org/10.23845/KGT.V15I1.654","url":null,"abstract":"O presente estudo pretende tecer algumas considerações sobre a visão trágica do filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o posterior advento dos totalitarismos no século XX. Ora, embora o filósofo tenha encerrado sua atividade intelectual no ano de 1889, vítima de um colapso nervoso, suas especulações sobre o Niilismo Europeu abarcam, dentro de uma perspectiva abrangente, o surgimento do totalitarismo enquanto uma consequência da própria dinâmica interna dos valores e da visão de mundo constitutivos da modernidade: primeiro, por sua lógica de organização social e política, pautados na racionalidade e nos ideais liberais; segundo, por seus projetos científicos e morais, herdeiros da avaliação cristã do mundo e, por fim, o princípio fundante da modernidade, a saber; “a fé no valor incondicional da verdade”, através da qual este período da história humana se estrutura como o desfecho de um processo de rebelião contra a natureza, a tradição e toda autoridade. Sendo assim, o niilismo é precisamente o desdobramento da lógica oculta da crença inabalável no valor incondicional da verdade, na qual estão ancorados todos os ideais e valores da modernidade, poderíamos dizer, seu “centro de gravidade”.","PeriodicalId":56263,"journal":{"name":"Kalagatos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43631855","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ética Demostrada Segundo a Ordem Geométrica, é uma obra dividida em cinco livros. Para Espinosa a Ética é uma ontologia universal, uma lógica e uma antropologia. Esta tríplice visão da ética espinosana se compreende na linha das formas de conhecimento por ele advogados: o empírico, o racional, e o da ciência intuitiva. A filosofia de Espinosa é uma crítica da superstição em todas as suas formas. A partir do título Ética Geométrica, se observa que Espinosa concebe a filosofia como ciência para a vida, como norma de comportamento, onde os postulados e as deduções podem ser concatenados numa ordem matemática.
{"title":"Dimensão geométrica da ética em Baruch Espinosa","authors":"Anselmo Orlando Pinto","doi":"10.23845/KGT.V14I3.85","DOIUrl":"https://doi.org/10.23845/KGT.V14I3.85","url":null,"abstract":"Ética Demostrada Segundo a Ordem Geométrica, é uma obra dividida em cinco livros. Para Espinosa a Ética é uma ontologia universal, uma lógica e uma antropologia. Esta tríplice visão da ética espinosana se compreende na linha das formas de conhecimento por ele advogados: o empírico, o racional, e o da ciência intuitiva. A filosofia de Espinosa é uma crítica da superstição em todas as suas formas. A partir do título Ética Geométrica, se observa que Espinosa concebe a filosofia como ciência para a vida, como norma de comportamento, onde os postulados e as deduções podem ser concatenados numa ordem matemática.","PeriodicalId":56263,"journal":{"name":"Kalagatos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49327689","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O propósito deste artigo é a interseção (interação) do mito e da religião com a arte, como um celeiro dos verdadeiros símbolos da humanidade. Na concepção de Cassirer, o homem é "um animal simbólico", não apenas o "animal racional" de Aristóteles, pois antes de raciocinar e concatenar idéias em linguagem articulada, o homem gesticula, chora, ri, dança, caminha, canta, come, caça, cozinha, tece, dorme, ama, isto é, atua no mundo, instituindo o que Lévy-Strauss conceituou como o primado da "pré-semiótica". Por esta razão, o estudo dos símbolos das sociedades primitivas é fundamental para a compreensão não só do homem como um ser existencial, ético e estético, mas também das relações que o homem tece com o mundo.
{"title":"Simbolismo e expressão poética","authors":"Maria Luzia Chollopetz da Cunha","doi":"10.23845/kgt.v14i3.302","DOIUrl":"https://doi.org/10.23845/kgt.v14i3.302","url":null,"abstract":"O propósito deste artigo é a interseção (interação) do mito e da religião com a arte, como um celeiro dos verdadeiros símbolos da humanidade. Na concepção de Cassirer, o homem é \"um animal simbólico\", não apenas o \"animal racional\" de Aristóteles, pois antes de raciocinar e concatenar idéias em linguagem articulada, o homem gesticula, chora, ri, dança, caminha, canta, come, caça, cozinha, tece, dorme, ama, isto é, atua no mundo, instituindo o que Lévy-Strauss conceituou como o primado da \"pré-semiótica\". Por esta razão, o estudo dos símbolos das sociedades primitivas é fundamental para a compreensão não só do homem como um ser existencial, ético e estético, mas também das relações que o homem tece com o mundo.","PeriodicalId":56263,"journal":{"name":"Kalagatos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45154896","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo constrói o panorama francês da leitura de Hegel. Percorremos a relação que subsiste entre consciência e negatividade através de Alexandre Kojève e Jean Hyppolite a fim de chegar a Merleau-Ponty, de modo a vislumbrar duas interpretações distintas da obra hegeliana. A primeira, dualista e “antropológica”, aloca a negatividade produtora da história e do sentido na consciência humana; a outra, de cunho monista, não distingue entre uma esfera meramente “natural” e outra propriamente “humana”, sendo que a negatividade passa a ser princípio da realidade em si mesma. Essa segunda interpretação permite traçar um paralelo com Merleau-Ponty, uma vez que este autor não contrapõe Ser e Nada em sua fenomenologia, tratando o tema da negatividade de forma análoga a Hyppolite. Veremos como a noção de “fenômeno” em Merleau-Ponty admite uma imbricação entre negativo e positivo. Trata-se aqui, portanto, de investigar a absorção da questão da negatividade presente, na Fenomenologia do Espírito de Hegel, pela filosofia francesa.
{"title":"Consciência e negatividade em Hyppolite e Merleau-Ponty","authors":"André Dias de Andrade","doi":"10.23845/KGT.V14I3.121","DOIUrl":"https://doi.org/10.23845/KGT.V14I3.121","url":null,"abstract":"Este artigo constrói o panorama francês da leitura de Hegel. Percorremos a relação que subsiste entre consciência e negatividade através de Alexandre Kojève e Jean Hyppolite a fim de chegar a Merleau-Ponty, de modo a vislumbrar duas interpretações distintas da obra hegeliana. A primeira, dualista e “antropológica”, aloca a negatividade produtora da história e do sentido na consciência humana; a outra, de cunho monista, não distingue entre uma esfera meramente “natural” e outra propriamente “humana”, sendo que a negatividade passa a ser princípio da realidade em si mesma. Essa segunda interpretação permite traçar um paralelo com Merleau-Ponty, uma vez que este autor não contrapõe Ser e Nada em sua fenomenologia, tratando o tema da negatividade de forma análoga a Hyppolite. Veremos como a noção de “fenômeno” em Merleau-Ponty admite uma imbricação entre negativo e positivo. Trata-se aqui, portanto, de investigar a absorção da questão da negatividade presente, na Fenomenologia do Espírito de Hegel, pela filosofia francesa.","PeriodicalId":56263,"journal":{"name":"Kalagatos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44998902","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente texto aborda as relações entre economia política e biopolítica, a partir de Foucault, para tentar fazer uma análise pertinente da situação política na atualidade. Nossa hipótese é a de que o mundo, na atualidade, caminha para uma situação política muito desfavorável à participação democrática e à vida comunitária, na qual a cidadania, certamente, passa a ser um valor cada vez mais sem importância. No caso brasileiro e nas américas em geral, temos um panorama político, agora, desolador, o que viabiliza um campo de possibilidades políticas inusual. O campo das lutas políticas, no presente, é o acaso. E a ação dos agentes políticos.
{"title":"Economia política e biopolítica","authors":"Guilherme Castelo Branco","doi":"10.23845/KGT.V14I3.652","DOIUrl":"https://doi.org/10.23845/KGT.V14I3.652","url":null,"abstract":"O presente texto aborda as relações entre economia política e biopolítica, a partir de Foucault, para tentar fazer uma análise pertinente da situação política na atualidade. Nossa hipótese é a de que o mundo, na atualidade, caminha para uma situação política muito desfavorável à participação democrática e à vida comunitária, na qual a cidadania, certamente, passa a ser um valor cada vez mais sem importância. No caso brasileiro e nas américas em geral, temos um panorama político, agora, desolador, o que viabiliza um campo de possibilidades políticas inusual. O campo das lutas políticas, no presente, é o acaso. E a ação dos agentes políticos.","PeriodicalId":56263,"journal":{"name":"Kalagatos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46382099","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}