Pub Date : 2022-07-07DOI: 10.22456/2238-8915.122815
Daiane Mackedanz, Karen Pupp Spinassé
O presente artigo situa-se na área da Sociolinguística Variacionista e aborda a variação linguística quanto aos nomes (nível lexical) em pomerano, uma língua de imigração germânica falada nos estados do RS, ES, MG, SC e RO. O foco desta análise recai sobre a relação do uso dos nomes em pomerano com o contato com a língua portuguesa e com o fator extralinguístico fase etária na fala de moradores do município interiorano de Arroio do Padre (RS). Trata-se de um recorte da tese de doutorado em andamento, a qual se caracteriza como estudo qualitativo de base quantitativa em tempo aparente. Como desenho metodológico, o trabalho articula concepções advindas da Sociolinguística Variacionista e da análise de Redes Sociais. Os primeiros resultados apontam maior percentual de itens lexicais semelhantes fonologicamente ao alemão standard entre a fase etária mais velha, ao passo que a fala dos mais jovens apresenta maior número de eventos com code-switching.
{"title":"INFLUÊNCIA DA FASE ETÁRIA NO USO DO LÉXICO EM POMERANO","authors":"Daiane Mackedanz, Karen Pupp Spinassé","doi":"10.22456/2238-8915.122815","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.122815","url":null,"abstract":"O presente artigo situa-se na área da Sociolinguística Variacionista e aborda a variação linguística quanto aos nomes (nível lexical) em pomerano, uma língua de imigração germânica falada nos estados do RS, ES, MG, SC e RO. O foco desta análise recai sobre a relação do uso dos nomes em pomerano com o contato com a língua portuguesa e com o fator extralinguístico fase etária na fala de moradores do município interiorano de Arroio do Padre (RS). Trata-se de um recorte da tese de doutorado em andamento, a qual se caracteriza como estudo qualitativo de base quantitativa em tempo aparente. Como desenho metodológico, o trabalho articula concepções advindas da Sociolinguística Variacionista e da análise de Redes Sociais. Os primeiros resultados apontam maior percentual de itens lexicais semelhantes fonologicamente ao alemão standard entre a fase etária mais velha, ao passo que a fala dos mais jovens apresenta maior número de eventos com code-switching.\u0000 ","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"19 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87647284","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-13DOI: 10.4467/00786500.org.22.001.15663
F. Zanin
Nicole Oresme quotes four times the passage from The Book of Wisdom (Wisdom of Solomon) or, in the Vulgate, Sapientia 11–21 (omnia in mensura et numero et pondere disposuisti), in several works covering his whole career. It goes to show the importance he gives to that passage: the order of nature arranged by God limits natural potencies within boundaries from which harmony follows, and at the same time it marks for man the path to perfection. But the human mind can know the natural order only to a certain degree of probability, as it results from De commensurabilitate. After all, it makes it possible to glimpse a more varied and complex order that one can imagine. Thus harmony results from a wise mixture of rationality and irrationality. From the point of view of his use of the passage of Sapientia 11–21, the skeptical Oresme appears as a scholar in search for a new synthesis, beyond that of mediaeval philosophy.
妮可·奥勒斯姆在他整个职业生涯的几部作品中,四次引用了《智慧之书》(所罗门的智慧)中的段落,或者在《圣经》中,《智慧之书》11-21 (omnia in mensura et numero et pondere disposuisti)。这表明了他对这段话的重视:上帝安排的自然秩序将自然的力量限制在和谐所遵循的界限之内,同时它为人类指明了通往完美的道路。但是,人类的头脑只能在一定程度的概率上了解自然秩序,因为它是由可通约性的结果。毕竟,它使人们有可能瞥见人们所能想象的更加多样化和复杂的秩序。因此,和谐源于理性与非理性的明智结合。从他对《智慧篇》第11-21段的使用来看,持怀疑态度的奥勒斯姆似乎是一位寻求超越中世纪哲学的新综合的学者。
{"title":"Natural Order and Mathematical Imagination. The Use of Quoting Sapientia 11–21 in Oresme’s Works","authors":"F. Zanin","doi":"10.4467/00786500.org.22.001.15663","DOIUrl":"https://doi.org/10.4467/00786500.org.22.001.15663","url":null,"abstract":"Nicole Oresme quotes four times the passage from The Book of Wisdom (Wisdom of Solomon) or, in the Vulgate, Sapientia 11–21 (omnia in mensura et numero et pondere disposuisti), in several works covering his whole career. It goes to show the importance he gives to that passage: the order of nature arranged by God limits natural potencies within boundaries from which harmony follows, and at the same time it marks for man the path to perfection. But the human mind can know the natural order only to a certain degree of probability, as it results from De commensurabilitate. After all, it makes it possible to glimpse a more varied and complex order that one can imagine. Thus harmony results from a wise mixture of rationality and irrationality. From the point of view of his use of the passage of Sapientia 11–21, the skeptical Oresme appears as a scholar in search for a new synthesis, beyond that of mediaeval philosophy.","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"113 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79834850","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-17DOI: 10.22456/2238-8915.116597
Annita Costa Malufe, Matheus Bagaiolo Raphaelli
O artigo desenvolve o conceito de “narrativa-carrasco”, com o objetivo de elucidar uma dinâmica importante da narrativa kafkiana: seu modo de evoluir por meio de uma autodestruição, em um processo de recomeços sem finalização e sem transcendência possível. Para tanto, parte da ideia de absurdo e busca analisar alguns procedimentos de escrita do autor tcheco que explicitam tal mecanismo, mais detidamente em um de seus contos (“O novo advogado”). Um dos traços fundamentais explorados dessa narrativa-carrasco é aquele de se constituir enquanto saída para o niilismo ocidental. Para tanto, coloca-se em diálogo a filosofia de Nietzsche para chegar-se, ao final, à relação com o conceito de crueldade de Antonin Artaud como chave para compreensão dessa escrita da imanência proposta por Kafka.
{"title":"NARRATIVA-CARRASCO: KAFKA, ARTAUD E A CRUELDADE","authors":"Annita Costa Malufe, Matheus Bagaiolo Raphaelli","doi":"10.22456/2238-8915.116597","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.116597","url":null,"abstract":"O artigo desenvolve o conceito de “narrativa-carrasco”, com o objetivo de elucidar uma dinâmica importante da narrativa kafkiana: seu modo de evoluir por meio de uma autodestruição, em um processo de recomeços sem finalização e sem transcendência possível. Para tanto, parte da ideia de absurdo e busca analisar alguns procedimentos de escrita do autor tcheco que explicitam tal mecanismo, mais detidamente em um de seus contos (“O novo advogado”). Um dos traços fundamentais explorados dessa narrativa-carrasco é aquele de se constituir enquanto saída para o niilismo ocidental. Para tanto, coloca-se em diálogo a filosofia de Nietzsche para chegar-se, ao final, à relação com o conceito de crueldade de Antonin Artaud como chave para compreensão dessa escrita da imanência proposta por Kafka.","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75388834","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-17DOI: 10.22456/2238-8915.117291
Paula Cristina Gomes Do Amparo, Gabriel Martins Da Silva
A escritora Clarice Lispector reservou, ao longo da sua obra, um espaço privilegiado para o encontro entre humanos e animais, através de trocas de olhares que desestabilizam a hierarquia ontológica entre os seres. Em uma argumentação interessada no papel do olhar durante o encontro com a diferença animal, analisaremos os contos “O búfalo”, de Laços de Família (1960), e “Tentação”, de A legião estrangeira (1964), em diálogo com os trabalhos de Giorgio Agamben e John Berger sobre o lugar social do zoológico como dispositivo de separação, controle e catalogação do que é dado como natureza e cultura.
{"title":"CLARICE VAI AO ZOOLÓGICO: NOTAS SOBRE OLHAR E DIFERENÇA ANIMAL","authors":"Paula Cristina Gomes Do Amparo, Gabriel Martins Da Silva","doi":"10.22456/2238-8915.117291","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.117291","url":null,"abstract":"A escritora Clarice Lispector reservou, ao longo da sua obra, um espaço privilegiado para o encontro entre humanos e animais, através de trocas de olhares que desestabilizam a hierarquia ontológica entre os seres. Em uma argumentação interessada no papel do olhar durante o encontro com a diferença animal, analisaremos os contos “O búfalo”, de Laços de Família (1960), e “Tentação”, de A legião estrangeira (1964), em diálogo com os trabalhos de Giorgio Agamben e John Berger sobre o lugar social do zoológico como dispositivo de separação, controle e catalogação do que é dado como natureza e cultura.","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"49 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79147116","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-17DOI: 10.22456/2238-8915.117444
Cristiane Checchia
O escritor argentino Juan José Saer (1937-2005) desenvolveu em alguns de seus ensaios críticos a ideia de que a Literatura seria uma antropologia especulativa. Proponho neste artigo investigar essa imagem mais a fundo, entendendo-a de certo modo literalmente e deixando os termos do campo discursivo antropológico ressoarem sobre a poética saeriana, tanto em seu entendimento sobre a linguagem como em algumas das imagens trabalhadas em sua ficção. Desenvolvo ainda essa leitura experimentando a sobreposição de olhares de uma antropologia que se nutre da literatura e de uma literatura que se vê como antropologia, por meio do cruzamento dos textos do escritor, Saer, e do antropólogo, Eduardo Viveiros de Castro, na condição de leitores de um mesmo conto de Guimarães Rosa.
{"title":"O ESCRITOR, O ANTROPÓLOGO E O SOBRINHO DA ONÇA","authors":"Cristiane Checchia","doi":"10.22456/2238-8915.117444","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.117444","url":null,"abstract":"O escritor argentino Juan José Saer (1937-2005) desenvolveu em alguns de seus ensaios críticos a ideia de que a Literatura seria uma antropologia especulativa. Proponho neste artigo investigar essa imagem mais a fundo, entendendo-a de certo modo literalmente e deixando os termos do campo discursivo antropológico ressoarem sobre a poética saeriana, tanto em seu entendimento sobre a linguagem como em algumas das imagens trabalhadas em sua ficção. Desenvolvo ainda essa leitura experimentando a sobreposição de olhares de uma antropologia que se nutre da literatura e de uma literatura que se vê como antropologia, por meio do cruzamento dos textos do escritor, Saer, e do antropólogo, Eduardo Viveiros de Castro, na condição de leitores de um mesmo conto de Guimarães Rosa.","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"41 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85766682","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-17DOI: 10.22456/2238-8915.117443
Mateus Toledo Gonçalves
Esse artigo é uma leitura de “Amor”, de Clarice Lispector. O artigo acompanha o conto basicamente parágrafo a parágrafo até a cena crucial do Jardim Botânico. A filosofia do rosto de Emmanuel Levinas será um referencial importante para pensar o evento da narrativa, em que a protagonista avista do bonde o cego mascando chicles. Esse evento terá “repercussões ontológicas” no conto, como argumentaremos, no que a referência à filosofia levinasiana será decisiva. Esse referencial, no entanto, será relativizado na literatura de Clarice Lispector, por meio da desestabilização da partilha entre o que é meramente um objeto e o que pode deter um rosto.
{"title":"“TUDO O QUE EXISTE PRECISA SER SALVO”: UMA LEITURA DE “AMOR”, DE CLARICE LISPECTOR.","authors":"Mateus Toledo Gonçalves","doi":"10.22456/2238-8915.117443","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.117443","url":null,"abstract":"Esse artigo é uma leitura de “Amor”, de Clarice Lispector. O artigo acompanha o conto basicamente parágrafo a parágrafo até a cena crucial do Jardim Botânico. A filosofia do rosto de Emmanuel Levinas será um referencial importante para pensar o evento da narrativa, em que a protagonista avista do bonde o cego mascando chicles. Esse evento terá “repercussões ontológicas” no conto, como argumentaremos, no que a referência à filosofia levinasiana será decisiva. Esse referencial, no entanto, será relativizado na literatura de Clarice Lispector, por meio da desestabilização da partilha entre o que é meramente um objeto e o que pode deter um rosto.","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"85 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88615554","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-17DOI: 10.22456/2238-8915.117467
Fernanda Vivacqua de Souza Galvão Boarin
Com este artigo, desenvolvo uma discussão sobre o eu e o outro nos hinos da religião brasileira Santo Daime. Esse debate é trazido tendo como enfoque o eu pesquisador e as questões epistemológicas que o estudo da poética suscita. Para tanto, em um primeiro momento, apresento a concepção de eu na doutrina daimista (REHEN, 2007), destacando a rede de agentes formada em seus rituais e cosmovisão. Após, trago as contribuições dos Estudos da performance, para refletir sobre como este eu se constitui através de uma prática incorporada – que é, justamente, os rituais, nos quais os hinos são entoados. Por fim, procuro entrecruzar essa discussão com a pesquisa no campo dos Estudos literários, pensando como o jogo enunciativo proposto pela poética daimista se imbrica a problemática ontológica da enunciação, recorrendo, para tanto, às contribuições de Nodari (2015; 2019) sobre obliquação e experiência literária.
{"title":"SE O MUNDO SE TRANSFORMA, QUEM SOU EU PARA NÃO ME TRANSFORMAR? – O EU E O OUTRO EM UMA PESQUISA SOBRE OS HINOS DO SANTO DAIME","authors":"Fernanda Vivacqua de Souza Galvão Boarin","doi":"10.22456/2238-8915.117467","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.117467","url":null,"abstract":"Com este artigo, desenvolvo uma discussão sobre o eu e o outro nos hinos da religião brasileira Santo Daime. Esse debate é trazido tendo como enfoque o eu pesquisador e as questões epistemológicas que o estudo da poética suscita. Para tanto, em um primeiro momento, apresento a concepção de eu na doutrina daimista (REHEN, 2007), destacando a rede de agentes formada em seus rituais e cosmovisão. Após, trago as contribuições dos Estudos da performance, para refletir sobre como este eu se constitui através de uma prática incorporada – que é, justamente, os rituais, nos quais os hinos são entoados. Por fim, procuro entrecruzar essa discussão com a pesquisa no campo dos Estudos literários, pensando como o jogo enunciativo proposto pela poética daimista se imbrica a problemática ontológica da enunciação, recorrendo, para tanto, às contribuições de Nodari (2015; 2019) sobre obliquação e experiência literária. ","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"21 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81707997","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-17DOI: 10.22456/2238-8915.117435
Diego Lock Farina
O presente artigo analisa os agenciamentos entre a obra de Artaud e o desdobramento de alguns de seus conceitos operado por Deleuze no campo do pensamento imanente. Partindo de Pour en finir avec le jugement de dieu e da poética da crueldade, Artaud erige o “Corpo sem órgãos”, que declara combate ao organismo antropocêntrico, em nome da liberdade pré-individual, do fim do juízo, e pela demanda de uma história do impossível na linguagem. Fora e devir, gagueira e esquizofrenia enquanto estilo, encontram em Deleuze singulares problematizações ético-políticas através da literatura como empreendimento de saúde. Nesse intuito, tensionamos sobretudo as leituras de Grossman e Blanchot acerca do silêncio e do sofrimento artauniano com o pensamento sem imagem deleuziano, no sentido de explorarmos as reais metamorfoses que acontecem em meio a esse processo artístico antimimético, não-teleológico, não-identitário e que, enfim, provoca os limites do ontológico, promovendo a multiplicidade no plano da criação.
{"title":"ARTAUD E O MEIO PARA OS DEVIRES-LOUCO","authors":"Diego Lock Farina","doi":"10.22456/2238-8915.117435","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.117435","url":null,"abstract":"O presente artigo analisa os agenciamentos entre a obra de Artaud e o desdobramento de alguns de seus conceitos operado por Deleuze no campo do pensamento imanente. Partindo de Pour en finir avec le jugement de dieu e da poética da crueldade, Artaud erige o “Corpo sem órgãos”, que declara combate ao organismo antropocêntrico, em nome da liberdade pré-individual, do fim do juízo, e pela demanda de uma história do impossível na linguagem. Fora e devir, gagueira e esquizofrenia enquanto estilo, encontram em Deleuze singulares problematizações ético-políticas através da literatura como empreendimento de saúde. Nesse intuito, tensionamos sobretudo as leituras de Grossman e Blanchot acerca do silêncio e do sofrimento artauniano com o pensamento sem imagem deleuziano, no sentido de explorarmos as reais metamorfoses que acontecem em meio a esse processo artístico antimimético, não-teleológico, não-identitário e que, enfim, provoca os limites do ontológico, promovendo a multiplicidade no plano da criação. ","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"69 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85743165","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-17DOI: 10.22456/2238-8915.117466
G. S. Philipson, F. Lucas
Partindo de um diagnóstico a respeito da crise da instituição filosófica em sua relação com a literatura, tal como ela se apresenta especificamente na experiência brasileira, em especial paulistana, propomos repensar o agenciamento da enunciação literária em seus elos e atritos com a filosofia, tentando abordar mais de perto a historicidade dos nexos entre corpo, imagem e conceito. Para tanto, a inscrição do corpo heterotópico e cinemático num poema de Herberto Helder abriria uma via de diálogo com a reflexão de Marco Antônio Valentim sobre o “conceito de conceito” indígena-kopenawano utupë. A partir desse diálogo, procuramos, ao final, retirar algumas contribuições para compreender a atual crise da democracia e do papel de mediação do espaço público, cuja formulação moderna estava calcada, precisamente, na distinção, agora em crise, entre filosofia e literatura, entre linguagens de argumentação intramundana e linguagens de abertura de mundo.
从危机诊断机构的哲学与文学的关系,就像她是特别特别的巴西圣保罗的经验,我们建议重新管理文学的清单在你的链接和摩擦与哲学,努力解决靠近那些身体形象和概念之间的联系。因此,赫贝托·海尔德(Herberto Helder)在一首诗中对异色体和电影体的题词,将开辟一条与马可·安东尼奥·瓦伦丁(Marco antonio Valentim)对土著kopenawano utupe的“概念中的概念”的反思对话的道路。从这个对话,我们最后将一些对理解当前危机的中介角色的民主和现代公共空间,其规划滚动,准确地说,在危机的区别,现在,在哲学和文学,语言要intramundana和开放的世界语言。
{"title":"CORPO, IMAGEM, CONCEITO: MAIS DE UM LIMIAR","authors":"G. S. Philipson, F. Lucas","doi":"10.22456/2238-8915.117466","DOIUrl":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.117466","url":null,"abstract":"Partindo de um diagnóstico a respeito da crise da instituição filosófica em sua relação com a literatura, tal como ela se apresenta especificamente na experiência brasileira, em especial paulistana, propomos repensar o agenciamento da enunciação literária em seus elos e atritos com a filosofia, tentando abordar mais de perto a historicidade dos nexos entre corpo, imagem e conceito. Para tanto, a inscrição do corpo heterotópico e cinemático num poema de Herberto Helder abriria uma via de diálogo com a reflexão de Marco Antônio Valentim sobre o “conceito de conceito” indígena-kopenawano utupë. A partir desse diálogo, procuramos, ao final, retirar algumas contribuições para compreender a atual crise da democracia e do papel de mediação do espaço público, cuja formulação moderna estava calcada, precisamente, na distinção, agora em crise, entre filosofia e literatura, entre linguagens de argumentação intramundana e linguagens de abertura de mundo.","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88151864","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}