Pub Date : 2023-09-01DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v102i5e-209104
Manuela Izidio de Lima, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto
Introdução: A colecistite alitiásica aguda (CAA) consiste em uma inflamação da vesícula biliar sem a presença de cálculos biliares. É predominante em quadros pós-operatórios, em pacientes traumatizados ou nos internados em unidades de terapia intensiva (UTI) em razão de uma doença grave. A fisiopatologia da CAA apesar de ser associada a alguns fatores conhecidos, não é bem elucidada o que prejudica o desenvolvimento de ações preventivas, diagnósticas e terapêuticas levando assim, o aumento dos casos de óbito. Objetivo: Analisar e sintetizar os conhecimentos disponíveis sobre a CAA em pacientes em terapia intensiva. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura na base de dados PubMed, BVS e Web Of Science usando os descritores: “Colecistite acalculosa”, “Colecistite”, “Cuidados críticos” e “Diagnóstico”. Inicialmente, foram selecionados 60 artigos, sem limitação de lapso temporal, em português e/ou inglês, completo e gratuito. Após análise, 10 artigos corresponderam ao objetivo proposto. Resultados: A partir dos estudos foi demonstrado uma prevalência da CAA em pacientes do sexo masculino e com idade entre 45 - 73 anos. O motivo mais comum de internação na terapia intensiva foi pneumonia, infecções e traumas, tendo um intervalo mediano de 11 dias para o diagnóstico da CAA após a admissão na terapia intensiva e um tempo médio de internação de 26,5 dias. Foi observado que a influência da duração do uso da nutrição parenteral total, analgésicos, ventilação mecânica, drogas vasoativas e a duração do estado de choque foram fatores que contribuíram para o desenvolvimento da doença. Conclusão: Para o tratamento da colecistite alitiásica foi indicada a colecistectomia laparoscópica em pacientes com condições clínicas adequadas e a colecistostomia percutânea naqueles em piores condições clínicas por ser menos agressiva que a colecistectomia aberta ou laparoscópica.
简介:急性alitiasis胆囊炎(aac)是一种没有胆结石的胆囊炎症。它主要发生在术后、创伤患者或因严重疾病而住院的重症监护病房(icu)。aac的病理生理学虽然与一些已知因素有关,但尚不清楚是什么阻碍了预防、诊断和治疗行动的发展,从而导致死亡病例的增加。摘要目的:分析和综合重症监护患者aac的现有知识。方法:对PubMed、BVS和Web Of Science数据库中的文献进行综合综述,使用的关键词为:“胆囊炎”、“胆囊炎”、“危重护理”和“诊断”。最初,我们选择了60篇文章,没有时间限制,用葡萄牙语和/或英语,完整和免费。经过分析,10篇文章符合提出的目标。结果:研究显示ac在45 - 73岁男性患者中的患病率。住院重症监护最常见的原因是肺炎、感染和创伤,住院重症监护后aac诊断的中位间隔为11天,平均住院时间为26.5天。观察到全肠外营养使用时间、镇痛药、机械通气、血管活性药物和休克状态持续时间的影响是导致疾病发展的因素。结论:对于alitiasic胆囊炎的治疗,临床条件合适的患者采用腹腔镜胆囊切除术,临床条件较差的患者采用经皮胆囊造口术,因为它比开腹或腹腔镜胆囊切除术侵袭性小。
{"title":"Colecistite alitiásica aguda em pacientes na terapia intensiva: uma revisão integrativa","authors":"Manuela Izidio de Lima, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v102i5e-209104","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i5e-209104","url":null,"abstract":"Introdução: A colecistite alitiásica aguda (CAA) consiste em uma inflamação da vesícula biliar sem a presença de cálculos biliares. É predominante em quadros pós-operatórios, em pacientes traumatizados ou nos internados em unidades de terapia intensiva (UTI) em razão de uma doença grave. A fisiopatologia da CAA apesar de ser associada a alguns fatores conhecidos, não é bem elucidada o que prejudica o desenvolvimento de ações preventivas, diagnósticas e terapêuticas levando assim, o aumento dos casos de óbito. Objetivo: Analisar e sintetizar os conhecimentos disponíveis sobre a CAA em pacientes em terapia intensiva. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura na base de dados PubMed, BVS e Web Of Science usando os descritores: “Colecistite acalculosa”, “Colecistite”, “Cuidados críticos” e “Diagnóstico”. Inicialmente, foram selecionados 60 artigos, sem limitação de lapso temporal, em português e/ou inglês, completo e gratuito. Após análise, 10 artigos corresponderam ao objetivo proposto. Resultados: A partir dos estudos foi demonstrado uma prevalência da CAA em pacientes do sexo masculino e com idade entre 45 - 73 anos. O motivo mais comum de internação na terapia intensiva foi pneumonia, infecções e traumas, tendo um intervalo mediano de 11 dias para o diagnóstico da CAA após a admissão na terapia intensiva e um tempo médio de internação de 26,5 dias. Foi observado que a influência da duração do uso da nutrição parenteral total, analgésicos, ventilação mecânica, drogas vasoativas e a duração do estado de choque foram fatores que contribuíram para o desenvolvimento da doença. Conclusão: Para o tratamento da colecistite alitiásica foi indicada a colecistectomia laparoscópica em pacientes com condições clínicas adequadas e a colecistostomia percutânea naqueles em piores condições clínicas por ser menos agressiva que a colecistectomia aberta ou laparoscópica.","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135297760","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-14DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-203118
Jean Murilo Patrício da Assunção, Tomas Alisson Marques Raupp, Josete Mazon, F. T. Tarabay
INTRODUÇÃO: COVID-longa refere-se ao grupo de sintomas que persistem após um mês da fase aguda da doença. Destacam-se fadiga, dispneia, alterações sensoriais, mialgia e alterações cognitivas como as principais manifestações observadas. OBJETIVO: Analisar o cenário das sequelas neurológicas associadas ao COVID-19 nas regiões da Associação de Municípios do Extremo Sul Catarinense (AMESC) e Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC) de Santa Catarina. MÉTODO: Participaram da pesquisa 541 pacientes infectados que não se encontravam na fase aguda da doença. Por meio da entrevista telefônica estruturada, foram obtidos dados referentes aos sintomas e à realização de tratamento desses pacientes. RESULTADOS: Constatou-se que 71,7% dos pacientes entrevistados relataram sintomas de COVID-longa, principalmente entre as mulheres (65,4%). Alterações cognitivas (41,8%), anosmia (33,3%), alterações do paladar (27,4%) foram as manifestações neurológicas de COVID-longa mais frequentes entre os participantes nas duas regiões pesquisadas. Demonstrou-se relação significativa entre a duração do distúrbio do sono na AMREC e AMESC (p = 0,014), assim como na realização de tratamento na AMESC e não realização de tratamento na AMREC (p < 0,001). CONCLUSÃO: Dentre as manifestações neurológicas, houve maior frequência de alterações cognitivas, anosmia e alterações do paladar entre os indivíduos das duas regiões estudadas. Além disso, a procura por realização de tratamento em ambiente domiciliar, atenção básica e especializada na região na AMESC, bem como a não realização de tratamento na AMREC, demonstrou significativa diferença entre os cenários regionais. Assim também, a duração de distúrbios do sono, com apresentação mais frequente durante a fase aguda na AMESC e a fase crônica na AMREC, apresentou relevante distinção constatada entre os participantes das duas regiões, sugerindo a realização de estudos mais completos e prolongados nessas populações.
{"title":"Estudo transversal sobre o quadro de sequelas neurológicas nos pacientes com COVID-19 na região da AMREC e AMESC de Santa Catarina","authors":"Jean Murilo Patrício da Assunção, Tomas Alisson Marques Raupp, Josete Mazon, F. T. Tarabay","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-203118","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-203118","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: COVID-longa refere-se ao grupo de sintomas que persistem após um mês da fase aguda da doença. Destacam-se fadiga, dispneia, alterações sensoriais, mialgia e alterações cognitivas como as principais manifestações observadas. OBJETIVO: Analisar o cenário das sequelas neurológicas associadas ao COVID-19 nas regiões da Associação de Municípios do Extremo Sul Catarinense (AMESC) e Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC) de Santa Catarina. MÉTODO: Participaram da pesquisa 541 pacientes infectados que não se encontravam na fase aguda da doença. Por meio da entrevista telefônica estruturada, foram obtidos dados referentes aos sintomas e à realização de tratamento desses pacientes. RESULTADOS: Constatou-se que 71,7% dos pacientes entrevistados relataram sintomas de COVID-longa, principalmente entre as mulheres (65,4%). Alterações cognitivas (41,8%), anosmia (33,3%), alterações do paladar (27,4%) foram as manifestações neurológicas de COVID-longa mais frequentes entre os participantes nas duas regiões pesquisadas. Demonstrou-se relação significativa entre a duração do distúrbio do sono na AMREC e AMESC (p = 0,014), assim como na realização de tratamento na AMESC e não realização de tratamento na AMREC (p < 0,001). CONCLUSÃO: Dentre as manifestações neurológicas, houve maior frequência de alterações cognitivas, anosmia e alterações do paladar entre os indivíduos das duas regiões estudadas. Além disso, a procura por realização de tratamento em ambiente domiciliar, atenção básica e especializada na região na AMESC, bem como a não realização de tratamento na AMREC, demonstrou significativa diferença entre os cenários regionais. Assim também, a duração de distúrbios do sono, com apresentação mais frequente durante a fase aguda na AMESC e a fase crônica na AMREC, apresentou relevante distinção constatada entre os participantes das duas regiões, sugerindo a realização de estudos mais completos e prolongados nessas populações.","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":"19 6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81391644","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-14DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-208265
Rafaela Melo Macedo, Thaís Ribeiro Garcia, Eduarda Pereira Castanheira, Débora Costa Noleto, Thales Vieira Medeiros Freitas, Priscilla Ramos de Alencar Silva, Laize Evelyn Magalhães de Brito Alvares, Marina Angélica Magalhães de Brito, Guilherme Antonio Caixeta Issa, Milena Aparecida Coelho Ribeiro Bessa, Hígor Chagas Cardoso
A doença por coronavírus 2019 (Covid-19) repercutiu em diversas dimensões, afetando aspectos como o socioeconômico, o educacional e o da saúde, corroborando para o aumento de distúrbios mentais na população em geral. Por conseguinte, os pacientes em tratamento oncológico são afetados psicologicamente por esse cenário, o que pode refletir diretamente em adesão terapêutica, prognóstico e qualidade de vida. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo descrever o perfil sociodemográfico e avaliar a influência do cenário pandêmico na saúde mental de pacientes em tratamento oncológico na cidade de Anápolis – Goiás. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, envolvendo pacientes entre 18 e 90 anos de idade em tratamento antineoplásico de março de 2020 à março de 2021, sendo usado para coleta de dados o Questionário de Saúde Geral (QSG-12). Participaram da pesquisa 133 pacientes, sendo 66,2% do sexo feminino; a idade variou de 20 a 87 anos, com prevalência entre 50 e 70 anos (54,13%); a situação conjugal predominante foi “casado” (52,6%); pertencentes à religião católica (61,7%); a maioria com baixa escolaridade (51,9%); e com uma renda de até um salário mínimo (58,6%). Em relação à saúde mental, percebeu-se que a sensação de agonia (42,1%), a incapacidade em concentrar-se no que faz (45,1%) e a a perda do sono pelas preocupações (45,1%) foram os aspectos negativos mais relatados. Também notou-se que não houve diminuição significativa das visitas ambulatoriais em razão da pandemia, sendo os aspectos mais considerados por aqueles que reduziram suas idas, o isolamento social e o receio de contrair a doença da Covid-19. Desse modo, deve-se haver um maior fomento a pesquisas sobre esse assunto, a fim de oferecer um melhor atendimento a esse perfil de pacientes.
{"title":"Perfil sociodemográfico e saúde mental de pacientes em tratamento oncológico durante a pandemia da COVID-19 em uma unidade de combate ao câncer de Anápolis – GO","authors":"Rafaela Melo Macedo, Thaís Ribeiro Garcia, Eduarda Pereira Castanheira, Débora Costa Noleto, Thales Vieira Medeiros Freitas, Priscilla Ramos de Alencar Silva, Laize Evelyn Magalhães de Brito Alvares, Marina Angélica Magalhães de Brito, Guilherme Antonio Caixeta Issa, Milena Aparecida Coelho Ribeiro Bessa, Hígor Chagas Cardoso","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-208265","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-208265","url":null,"abstract":"A doença por coronavírus 2019 (Covid-19) repercutiu em diversas dimensões, afetando aspectos como o socioeconômico, o educacional e o da saúde, corroborando para o aumento de distúrbios mentais na população em geral. Por conseguinte, os pacientes em tratamento oncológico são afetados psicologicamente por esse cenário, o que pode refletir diretamente em adesão terapêutica, prognóstico e qualidade de vida. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo descrever o perfil sociodemográfico e avaliar a influência do cenário pandêmico na saúde mental de pacientes em tratamento oncológico na cidade de Anápolis – Goiás. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, envolvendo pacientes entre 18 e 90 anos de idade em tratamento antineoplásico de março de 2020 à março de 2021, sendo usado para coleta de dados o Questionário de Saúde Geral (QSG-12). Participaram da pesquisa 133 pacientes, sendo 66,2% do sexo feminino; a idade variou de 20 a 87 anos, com prevalência entre 50 e 70 anos (54,13%); a situação conjugal predominante foi “casado” (52,6%); pertencentes à religião católica (61,7%); a maioria com baixa escolaridade (51,9%); e com uma renda de até um salário mínimo (58,6%). Em relação à saúde mental, percebeu-se que a sensação de agonia (42,1%), a incapacidade em concentrar-se no que faz (45,1%) e a a perda do sono pelas preocupações (45,1%) foram os aspectos negativos mais relatados. Também notou-se que não houve diminuição significativa das visitas ambulatoriais em razão da pandemia, sendo os aspectos mais considerados por aqueles que reduziram suas idas, o isolamento social e o receio de contrair a doença da Covid-19. Desse modo, deve-se haver um maior fomento a pesquisas sobre esse assunto, a fim de oferecer um melhor atendimento a esse perfil de pacientes.","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":"50 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74833537","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-27DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-205389
Felipe Bertollo Ferreira, Gabriela Azevedo Solino, Maria José Lopes De Sousa, Marina Boechat Melado, C. C. Miranda, Matheus Zavaris Lorenzoni, L. Motta, Felipe Welling Lorentz, A. Clara
Masculino, 46 anos, com artralgia, dor abdominal, perda de peso, diarreia e inapetência. Realizada endoscopia digestiva alta que evidenciou bulbo duodenal apresentando pontilhado esbranquiçado difuso. Ao anatomopatológico de duodeno evidenciado periodic acid-Schiff positivos, firmando-se o diagnóstico de Doença de Whipple. Diante dos achados, iniciou-se o tratamento com sulfametoxazol+trimetropina, com melhora significativa dos sintomas. A Doença de Whipple é uma patologia rara, como consequência apresenta um difícil diagnóstico e o tratamento ideal da patologia ainda não é completamente elucidado. Assim, são necessários estudos clínicos com maior impacto científico para auxiliar no diagnóstico e definir a conduta preferencial diante do quadro.
{"title":"Doença de Whipple: um relato de caso","authors":"Felipe Bertollo Ferreira, Gabriela Azevedo Solino, Maria José Lopes De Sousa, Marina Boechat Melado, C. C. Miranda, Matheus Zavaris Lorenzoni, L. Motta, Felipe Welling Lorentz, A. Clara","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-205389","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-205389","url":null,"abstract":"Masculino, 46 anos, com artralgia, dor abdominal, perda de peso, diarreia e inapetência. Realizada endoscopia digestiva alta que evidenciou bulbo duodenal apresentando pontilhado esbranquiçado difuso. Ao anatomopatológico de duodeno evidenciado periodic acid-Schiff positivos, firmando-se o diagnóstico de Doença de Whipple. Diante dos achados, iniciou-se o tratamento com sulfametoxazol+trimetropina, com melhora significativa dos sintomas. A Doença de Whipple é uma patologia rara, como consequência apresenta um difícil diagnóstico e o tratamento ideal da patologia ainda não é completamente elucidado. Assim, são necessários estudos clínicos com maior impacto científico para auxiliar no diagnóstico e definir a conduta preferencial diante do quadro. ","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":"3 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86438654","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-27DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-208929
Julio Cezar de Oliveira Junior, Lorena Cristina Peres Rodrigues Gomes, Samira Yukaki Kamiyama, R. V. Araújo, Maria Carolina de Albuquerque Feitosa, Isabella Pereira Morais, Felipe de Souza Duarte
O uso do cigarro eletrônico tornou-se popular nos últimos anos, havendo um aumento na venda e utilização por parte, principalmente, dos jovens e adolescentes. Essa prática trás diversos malefícios para esses usuários, como o desenvolvimento de doenças pré-cancerígenas em específico na cavidade bucal e na região de cabeça e pescoço. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura publicada e indexada nos últimos anos entre o período de 2016 e 2023. Foram utilizadas as bases de dados do Pubmed e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), tendo sido buscados os termos “Eletronic-cigarrete and harmful effects and oral cavity” no Pubmed e os termos “Cigarro eletrônico e cavidade oral” na Biblioteca Virtual de Saúde. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foi realizada a leitura criteriosa e avaliação do conteúdo dos artigos, sendo incluídos 14 artigos em nosso trabalho. Os resultados demonstraram que as substâncias presentes no cigarro eletrônico são capazes de modular respostas inflamatórias e a expressão de citocinas e interleucinas relacionadas a processos patogênicos, comprometendo a resposta imune local de células da cavidade bucal. Conclui-se, portanto, que a utilização do cigarro eletrônico comprovadamente trás malefícios não somente para a cavidade oral, como também para a saúde sistêmica do indivíduo. Seu uso deve ser desencorajado através da promoção de saúde bucal e de orientações de profissionais do ramo odontológico.
{"title":"Malefícios do uso do cigarro eletrônico para a cavidade oral e para a saúde sistêmica- Revisão Integrativa de Literatura","authors":"Julio Cezar de Oliveira Junior, Lorena Cristina Peres Rodrigues Gomes, Samira Yukaki Kamiyama, R. V. Araújo, Maria Carolina de Albuquerque Feitosa, Isabella Pereira Morais, Felipe de Souza Duarte","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-208929","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-208929","url":null,"abstract":"O uso do cigarro eletrônico tornou-se popular nos últimos anos, havendo um aumento na venda e utilização por parte, principalmente, dos jovens e adolescentes. Essa prática trás diversos malefícios para esses usuários, como o desenvolvimento de doenças pré-cancerígenas em específico na cavidade bucal e na região de cabeça e pescoço. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura publicada e indexada nos últimos anos entre o período de 2016 e 2023. Foram utilizadas as bases de dados do Pubmed e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), tendo sido buscados os termos “Eletronic-cigarrete and harmful effects and oral cavity” no Pubmed e os termos “Cigarro eletrônico e cavidade oral” na Biblioteca Virtual de Saúde. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foi realizada a leitura criteriosa e avaliação do conteúdo dos artigos, sendo incluídos 14 artigos em nosso trabalho. Os resultados demonstraram que as substâncias presentes no cigarro eletrônico são capazes de modular respostas inflamatórias e a expressão de citocinas e interleucinas relacionadas a processos patogênicos, comprometendo a resposta imune local de células da cavidade bucal. Conclui-se, portanto, que a utilização do cigarro eletrônico comprovadamente trás malefícios não somente para a cavidade oral, como também para a saúde sistêmica do indivíduo. Seu uso deve ser desencorajado através da promoção de saúde bucal e de orientações de profissionais do ramo odontológico.","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":"200 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89094779","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-27DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-205575
Ana Clara Freitas Galvão Soares Costa, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto
Introdução: O transplante hepático (TxH) é uma intervenção cirúrgica com possibilidade de sangramento variável, no qual pode ser necessário a transfusão de hemocomponentes ou de sangue total. Contudo, pacientes Testemunhas de Jeová (TJ) conhecidamente não aceitam receber transfusões de sangue ou de hemocomponentes heterólogos, sendo necessário o uso de um gerenciamento diferenciado e utilização de terapias hemostáticas. Métodos: Foram selecionados artigos da base de dados PubMed no período de 1991 a novembro de 2022 com os descritores os descritores “Liver Transplantation in Jehovah's Witnesses”. Após uma leitura criteriosa, 16 artigos foram selecionados para esta revisão. Resultados: foram identificadas as terapias hemostáticas do pré-operatório (eritropoietina, ácido fólico, ferro), intraoperatórias (técnica de piggyback, hemodiluição normovolêmica aguda, Cell saver) e pós-operatórias (manutenção de terapias estimuladoras da eritropoiese). Conclusão: Considerando o importante papel de terapias transfusionais e hemostáticas no TxH e a necessidade de alternativas para os pacientes TJ, este estudo identificou as técnicas mais utilizadas nesses pacientes e demonstrou os benefícios individuais de cada uma.
{"title":"Alternativas às transfusões de sangue utilizadas no transplante hepático em pacientes Testemunhas de Jeová: uma revisão integrativa","authors":"Ana Clara Freitas Galvão Soares Costa, Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-205575","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-205575","url":null,"abstract":"Introdução: O transplante hepático (TxH) é uma intervenção cirúrgica com possibilidade de sangramento variável, no qual pode ser necessário a transfusão de hemocomponentes ou de sangue total. Contudo, pacientes Testemunhas de Jeová (TJ) conhecidamente não aceitam receber transfusões de sangue ou de hemocomponentes heterólogos, sendo necessário o uso de um gerenciamento diferenciado e utilização de terapias hemostáticas. Métodos: Foram selecionados artigos da base de dados PubMed no período de 1991 a novembro de 2022 com os descritores os descritores “Liver Transplantation in Jehovah's Witnesses”. Após uma leitura criteriosa, 16 artigos foram selecionados para esta revisão. Resultados: foram identificadas as terapias hemostáticas do pré-operatório (eritropoietina, ácido fólico, ferro), intraoperatórias (técnica de piggyback, hemodiluição normovolêmica aguda, Cell saver) e pós-operatórias (manutenção de terapias estimuladoras da eritropoiese). Conclusão: Considerando o importante papel de terapias transfusionais e hemostáticas no TxH e a necessidade de alternativas para os pacientes TJ, este estudo identificou as técnicas mais utilizadas nesses pacientes e demonstrou os benefícios individuais de cada uma.","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":"15 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78488182","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-27DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-203462
Caroline Fonseca Teixeira, Rodrigo Taranto de Reis, Larissa Rodrigues Perrenout Branca, Igor Dutra Braz
A fibrilação atrial (FA) é o tipo mais comum de arritmia cardíaca e está associada a um maior risco de demência. Acredita-se que o uso de fármacos anticoagulantes orais seja um fator protetivo para o desenvolvimento de demência. Assim, essa revisão narrativa teve o objetivo de apresentar e discutir a evidência atual sobre o impacto do uso de anticoagulantes e o comprometimento cognitivo em pessoas com fibrilação atrial. A seleção foi feita usando os MeSH terms: atrial fibrillation; dementia; treatment; anticoagulants. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados ou coortes prospectivos publicados entre 2015 e 2021, desenvolvidos em seres humanos. Foram identificados 155 artigos, sendo que 10 cumpriam os critérios de inclusão. A maioria dos estudos analisados observaram uma diminuição no risco de demência com o uso dos NOACs (novos anticoagulantes orais) em relação ao uso da varfarina. O estudo de Kim et al (2021) aponta a rivaroxabana como droga mais eficiente para diminuição do risco de demência, dentre os NOACs. Contudo, Søgaard et al (2019) apresentaram um risco maior de demência associado ao uso dos NOACs, quando comparado a varfarina. Conclui-se, que os NOACs e a varfarina, diminuem o risco de quadro demencial em pessoas com FA. No entanto, ainda não é possível afirmar o melhor tratamento oferecido atualmente.
{"title":"Avaliação do impacto dos anticoagulantes na incidência de demência em pacientes com fibrilação atrial: uma revisão narrativa","authors":"Caroline Fonseca Teixeira, Rodrigo Taranto de Reis, Larissa Rodrigues Perrenout Branca, Igor Dutra Braz","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-203462","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-203462","url":null,"abstract":"A fibrilação atrial (FA) é o tipo mais comum de arritmia cardíaca e está associada a um maior risco de demência. Acredita-se que o uso de fármacos anticoagulantes orais seja um fator protetivo para o desenvolvimento de demência. Assim, essa revisão narrativa teve o objetivo de apresentar e discutir a evidência atual sobre o impacto do uso de anticoagulantes e o comprometimento cognitivo em pessoas com fibrilação atrial. A seleção foi feita usando os MeSH terms: atrial fibrillation; dementia; treatment; anticoagulants. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados ou coortes prospectivos publicados entre 2015 e 2021, desenvolvidos em seres humanos. Foram identificados 155 artigos, sendo que 10 cumpriam os critérios de inclusão. A maioria dos estudos analisados observaram uma diminuição no risco de demência com o uso dos NOACs (novos anticoagulantes orais) em relação ao uso da varfarina. O estudo de Kim et al (2021) aponta a rivaroxabana como droga mais eficiente para diminuição do risco de demência, dentre os NOACs. Contudo, Søgaard et al (2019) apresentaram um risco maior de demência associado ao uso dos NOACs, quando comparado a varfarina. Conclui-se, que os NOACs e a varfarina, diminuem o risco de quadro demencial em pessoas com FA. No entanto, ainda não é possível afirmar o melhor tratamento oferecido atualmente.","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":"29 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86586017","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-27DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-205036
Roxana Flores Mamani, David Richer Araujo Coelho, Isabel Cristina Melo Mendes, Claudio Heitor Tavares Gress, Ana Luísa Botta Martins de Oliveira, Rafael Mello Galliez, Clarisse Pimentel
Introdução: A Brugmansia suaveolens, conhecida como “trombeta de anjo,” é uma planta com alcaloides anticolinérgicos que provocam inibição da atividade de receptores muscarínicos no sistema nervoso central e periférico. Sua toxicidade resulta em agitação, alucinações, hipertermia, taquicardia, rabdomiolise, insuficiência renal e morte. Objetivo: Descrever um caso de intoxicação aguda por chá de trombeta, cursando com hepatite fulminante. Materiais e Métodos: Trata-se de um relato de caso, com dados clínicos e laboratoriais coletados a partir dos registros em prontuário. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi obtido com familiar e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Relato de Caso: Masculino de 19 anos, saudável, internado por quadro de febre de 41°C e crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas, evoluindo para intubação orotraqueal. Apresentava midríase fixa e rigidez de nuca. Família relata que o paciente tinha feito uso de chá de “trombeta de anjo”. À admissão, realizou tomografia computadorizada de crânio, que não evidenciou desvio de linha média, líquor sem alterações, gasometria arterial com acidose metabólica grave, insuficiência renal aguda com necessidade dialítica e insuficiência hepática aguda fulminante. Conclusões: A intoxicação pelo “chá de trombeta” é uma emergência neurológica que deve ser rapidamente reconhecida por ser potencialmente fatal. Tendo meningite como diagnóstico diferencial, é importante obter história clínica completa para investigar possível contato prévio com a planta. Para nosso conhecimento, esse é o primeiro caso a relatar quadro de hepatite fulminante pela “trombeta de anjo,” além dos sintomas neurológicos já descritos em literatura, o que corrobora ainda mais para a importância do tema em questão.
{"title":"Intoxicação por chá de Brugmansia suaveolens (trombeta de anjo) em paciente jovem previamente hígido: relato de caso","authors":"Roxana Flores Mamani, David Richer Araujo Coelho, Isabel Cristina Melo Mendes, Claudio Heitor Tavares Gress, Ana Luísa Botta Martins de Oliveira, Rafael Mello Galliez, Clarisse Pimentel","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-205036","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-205036","url":null,"abstract":"Introdução: A Brugmansia suaveolens, conhecida como “trombeta de anjo,” é uma planta com alcaloides anticolinérgicos que provocam inibição da atividade de receptores muscarínicos no sistema nervoso central e periférico. Sua toxicidade resulta em agitação, alucinações, hipertermia, taquicardia, rabdomiolise, insuficiência renal e morte. Objetivo: Descrever um caso de intoxicação aguda por chá de trombeta, cursando com hepatite fulminante. Materiais e Métodos: Trata-se de um relato de caso, com dados clínicos e laboratoriais coletados a partir dos registros em prontuário. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi obtido com familiar e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Relato de Caso: Masculino de 19 anos, saudável, internado por quadro de febre de 41°C e crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas, evoluindo para intubação orotraqueal. Apresentava midríase fixa e rigidez de nuca. Família relata que o paciente tinha feito uso de chá de “trombeta de anjo”. À admissão, realizou tomografia computadorizada de crânio, que não evidenciou desvio de linha média, líquor sem alterações, gasometria arterial com acidose metabólica grave, insuficiência renal aguda com necessidade dialítica e insuficiência hepática aguda fulminante. Conclusões: A intoxicação pelo “chá de trombeta” é uma emergência neurológica que deve ser rapidamente reconhecida por ser potencialmente fatal. Tendo meningite como diagnóstico diferencial, é importante obter história clínica completa para investigar possível contato prévio com a planta. Para nosso conhecimento, esse é o primeiro caso a relatar quadro de hepatite fulminante pela “trombeta de anjo,” além dos sintomas neurológicos já descritos em literatura, o que corrobora ainda mais para a importância do tema em questão.","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":"36 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85447318","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-27DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-207660
Isaque Oliveira Braga, J. S. Santos, Maria Augusta Vasconcelos Palácio, Maria Luísa Dias Correia, Gabriela Tavares Magnabosco, Vicente da Silva Monteiro, I. Takenami
Objetivo: Descrever os casos de tuberculose, com base no perfil clínico-epidemiológico e na distribuição geográfica, no período de 2010 a 2020, em uma área endêmica da Bahia, Brasil. Método: Estudo realizado a partir de dados secundários obtidos mediante consulta às fichas de notificação de tuberculose de um centro de referência no município de Paulo Afonso, Bahia, Brasil. Os casos notificados de tuberculose entre 2010 e 2020 foram incluídos e submetidos à análise estatística e distribuição espacial. Resultados: Dos 391 casos, 90,8% foram diagnosticados como tuberculose pulmonar, com média de 25,9 casos por 100.000 habitantes na série histórica. Do total de casos, 69,8% eram do sexo masculino, 49,6% tinham idade entre 31 e 59 anos, média de idade 43,4 ± 17.7 anos, 62,1% eram bacilíferos e a maioria dos pacientes foram categorizados como casos novos (81,6%). Ao final do tratamento da TB, 75,7% apresentaram um resultado bem-sucedido (curado) e 48,8% dos casos receberam terapia diretamente observada. Na distribuição espacial, observou-se aglomerados nas macrozonas insular e sul no município de Paulo Afonso. Conclusão: A tuberculose persiste como significativo problema de saúde pública no município e medidas para melhorar o diagnóstico precoce e o tratamento são essenciais, principalmente após a pandemia da COVID-19, considerando o perfil epidemiológico e a distribuição espacial da doença.
{"title":"Tuberculose em área endêmica na Bahia, Brasil: análise de tendência de uma década","authors":"Isaque Oliveira Braga, J. S. Santos, Maria Augusta Vasconcelos Palácio, Maria Luísa Dias Correia, Gabriela Tavares Magnabosco, Vicente da Silva Monteiro, I. Takenami","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-207660","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-207660","url":null,"abstract":"Objetivo: Descrever os casos de tuberculose, com base no perfil clínico-epidemiológico e na distribuição geográfica, no período de 2010 a 2020, em uma área endêmica da Bahia, Brasil. Método: Estudo realizado a partir de dados secundários obtidos mediante consulta às fichas de notificação de tuberculose de um centro de referência no município de Paulo Afonso, Bahia, Brasil. Os casos notificados de tuberculose entre 2010 e 2020 foram incluídos e submetidos à análise estatística e distribuição espacial. Resultados: Dos 391 casos, 90,8% foram diagnosticados como tuberculose pulmonar, com média de 25,9 casos por 100.000 habitantes na série histórica. Do total de casos, 69,8% eram do sexo masculino, 49,6% tinham idade entre 31 e 59 anos, média de idade 43,4 ± 17.7 anos, 62,1% eram bacilíferos e a maioria dos pacientes foram categorizados como casos novos (81,6%). Ao final do tratamento da TB, 75,7% apresentaram um resultado bem-sucedido (curado) e 48,8% dos casos receberam terapia diretamente observada. Na distribuição espacial, observou-se aglomerados nas macrozonas insular e sul no município de Paulo Afonso. Conclusão: A tuberculose persiste como significativo problema de saúde pública no município e medidas para melhorar o diagnóstico precoce e o tratamento são essenciais, principalmente após a pandemia da COVID-19, considerando o perfil epidemiológico e a distribuição espacial da doença.","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":"31 5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83541612","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-27DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-166097
Juliana Vieira Queiroz Almeida, Renan Bezerra Muniz, L. Moura
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) pode ser caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade de modo que há interferência no funcionamento e no desenvolvimento do indivíduo, além de um comprometimento significativo do funcionamento familiar, social, acadêmico e comportamental. O TDAH é um quadro clínico complexo e de etiologia multifatorial, com influência de 10-30% relacionada aos fatores ambientais. Alguns dos fatores que se relacionam com o transtorno são ligados a hábitos maternos (durante ou pregressos ao período gestacional), de forma que, se identificados na Atenção Primária e evitados, seria possível impedir a evolução do transtorno para uma condição mais grave e mais sintomática. Com o objetivo de identificar e descrever os fatores de risco para o TDAH, que poderiam possibilitar algum tipo de prevenção ou melhor prognóstico, foram selecionados 41 artigos através de uma revisão de literatura nas plataformas The Journal of the American Medical Association (JAMA), PUBMED, Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Cochrane Library, sendo os principais descritores: “adhd”, “risk factors”, “premature birth” e “diagnosis”. Ademais, foram incluídas manualmente 6 referências, devido à sua importância ao tema, totalizando 47 referências. Critérios de inclusão: artigos publicados nos últimos 10 anos, em língua inglesa e/ou portuguesa, que abordavam fatores de risco para o TDAH. Critérios de exclusão: artigos tendenciosos, que apenas abordavam fatores que não influenciavam o desenvolvimento do transtorno, mas somente as intervenções medicamentosas e comportamentais a serem tomadas. Após análise dos dados, conclui-se que algum tipo de prevenção ou minimização do TDAH pode ser possível. Isso começa com a identificação dos fatores de risco na mulher em idade fértil e na gestante, e após o nascimento da criança. Foram considerados alguns dos fatores importantes a serem alterados para prevenção e/ou melhor prognóstico: ausência de planejamento familiar; uso de álcool, nicotina e paracetamol durante a gestação; pobreza; baixa escolaridade; má adesão ao tratamento especializado do transtorno; e contato com bisfenol A e ftalato. São fatores a serem melhor investigados: prematuridade, pressão cultural, demanda acadêmica e doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG). Consideramos importante a identificação dos fatores, pois isto possibilitaria um melhor prognóstico da criança e melhoria do ambiente familiar, já que o transtorno frequentemente representa um fardo para a família.
{"title":"Fatores de risco ambientais para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade","authors":"Juliana Vieira Queiroz Almeida, Renan Bezerra Muniz, L. Moura","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-166097","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-166097","url":null,"abstract":"O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) pode ser caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade de modo que há interferência no funcionamento e no desenvolvimento do indivíduo, além de um comprometimento significativo do funcionamento familiar, social, acadêmico e comportamental. O TDAH é um quadro clínico complexo e de etiologia multifatorial, com influência de 10-30% relacionada aos fatores ambientais. Alguns dos fatores que se relacionam com o transtorno são ligados a hábitos maternos (durante ou pregressos ao período gestacional), de forma que, se identificados na Atenção Primária e evitados, seria possível impedir a evolução do transtorno para uma condição mais grave e mais sintomática. Com o objetivo de identificar e descrever os fatores de risco para o TDAH, que poderiam possibilitar algum tipo de prevenção ou melhor prognóstico, foram selecionados 41 artigos através de uma revisão de literatura nas plataformas The Journal of the American Medical Association (JAMA), PUBMED, Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Cochrane Library, sendo os principais descritores: “adhd”, “risk factors”, “premature birth” e “diagnosis”. Ademais, foram incluídas manualmente 6 referências, devido à sua importância ao tema, totalizando 47 referências. Critérios de inclusão: artigos publicados nos últimos 10 anos, em língua inglesa e/ou portuguesa, que abordavam fatores de risco para o TDAH. Critérios de exclusão: artigos tendenciosos, que apenas abordavam fatores que não influenciavam o desenvolvimento do transtorno, mas somente as intervenções medicamentosas e comportamentais a serem tomadas. Após análise dos dados, conclui-se que algum tipo de prevenção ou minimização do TDAH pode ser possível. Isso começa com a identificação dos fatores de risco na mulher em idade fértil e na gestante, e após o nascimento da criança. Foram considerados alguns dos fatores importantes a serem alterados para prevenção e/ou melhor prognóstico: ausência de planejamento familiar; uso de álcool, nicotina e paracetamol durante a gestação; pobreza; baixa escolaridade; má adesão ao tratamento especializado do transtorno; e contato com bisfenol A e ftalato. São fatores a serem melhor investigados: prematuridade, pressão cultural, demanda acadêmica e doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG). Consideramos importante a identificação dos fatores, pois isto possibilitaria um melhor prognóstico da criança e melhoria do ambiente familiar, já que o transtorno frequentemente representa um fardo para a família.","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78273812","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}