Pub Date : 2022-06-24DOI: 10.5965/2175180314362022e0205
María Laura Osta Vásquez
En el Asilo de Expósitos y Huérfanos de Montevideo existió un torno desde 1818 (siendo la Inclusa) hasta 1934 (año en que el torno fue prohibido). En este torno o dispositivo giratorio, se dejaban bebes con señales, objetos como cartas, medallas, fotos, ropa, entre otros. En este artículo se busca analizar estos objetos a través de los lentes de la historia de las emociones, buscando entender las emociones como un eco de valores y prácticas sociales propios de una moral y época determinadas. Se propone visibilizar y analizar estas señales y el lenguaje simbólico de las mismas, verlas como mensajes cifrados propios de un diálogo íntimo entre las familias y sus proles. El 90 % de estos bebés traían señales, el tiempo de recuperación legal era de dos años, en ese período, sólo el 30 % lograba recuperar a su prole. Palabras clave: señales; torno; abandono; expósitos; huérfanos.
在蒙得维的亚的Asilo de expositos y孤儿中,从1818年(包括那一年)到1934年(车床被禁止的那一年),都有车床。在这个车床或旋转装置中,婴儿留下了标志、信件、奖牌、照片、衣服等物品。本文试图通过情感历史的镜头来分析这些对象,试图将情感理解为特定道德和时代的价值观和社会实践的回声。它的目的是可视化和分析这些信号及其象征语言,将它们视为家庭和他们的后代之间亲密对话的加密信息。这是一项为期两年的研究,研究人员发现,大约90%的婴儿都有症状,法律规定的恢复时间是两年,在这段时间里,只有30%的婴儿能够恢复他们的后代。关键词:信号;围绕;遗弃;expósitos;孤儿。
{"title":"Seña y contraseña en el torno. Las huellas de un lenguaje simbólico en el Asilo de Expósitos y Huérfanos de Montevideo 1894-1934","authors":"María Laura Osta Vásquez","doi":"10.5965/2175180314362022e0205","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314362022e0205","url":null,"abstract":"En el Asilo de Expósitos y Huérfanos de Montevideo existió un torno desde 1818 (siendo la Inclusa) hasta 1934 (año en que el torno fue prohibido). En este torno o dispositivo giratorio, se dejaban bebes con señales, objetos como cartas, medallas, fotos, ropa, entre otros. En este artículo se busca analizar estos objetos a través de los lentes de la historia de las emociones, buscando entender las emociones como un eco de valores y prácticas sociales propios de una moral y época determinadas. Se propone visibilizar y analizar estas señales y el lenguaje simbólico de las mismas, verlas como mensajes cifrados propios de un diálogo íntimo entre las familias y sus proles. El 90 % de estos bebés traían señales, el tiempo de recuperación legal era de dos años, en ese período, sólo el 30 % lograba recuperar a su prole.\u0000Palabras clave: señales; torno; abandono; expósitos; huérfanos.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"43 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80701258","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-24DOI: 10.5965/2175180314362022e0202
Elisangela da Silva Machieski
O presente trabalho visa articular algumas experiências do público infantojuvenil, encontradas em meio a processos judiciais, para compreender como crianças e adolescentes institucionalizados lidavam com as decisões tomadas pelos adultos, sejam eles familiares, funcionários do abrigo ou operadores do Direito. Para alcançar tal objetivo, parte-se das seguintes perguntas: Em que ocasiões as crianças/adolescentes abrigados foram escutados? Quem os escutava? Sobre o que falavam? O que os adultos faziam em relação ao que ouviam? E, quando não eram ouvidos, que estratégias utilizavam? A ideia é apresentar a perspectiva infantojuvenil, suas ações, estratégias, sentimentos, apontando-os como sujeitos históricos. Elegeram-se como fontes documentais 36 processos judiciais da Vara da Infância e Juventude de Criciúma, datados da década de 1990. Tal recorte temporal esteve pautado na promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente e na premissa de compreender como e em quais situações as oitivas aconteciam. O Estatuto, Lei 8069/90, estabelecia que os adolescentes fossem previamente ouvidos e tivessem a sua opinião considerada em caso de colocação em família substituta. No entanto, os casos aqui analisados apontam para um cenário em que a oitiva não era uma prática constante nos primeiros anos da década de 1990, quadro que foi sendo alterado nos primeiros anos de 2000. Essa experiência de passado fez com que um novo horizonte, aos poucos, se fosse moldando, resultando na implementação da Lei 12.010/09; a partir daí, outros princípios foram incluídos no procedimento de oitivas do público infantojuvenil. Palavras-chave: história da infância e juventude; participação protagônica; contraconducta; processos judiciais.
{"title":"Nas páginas dos processos judiciais: crianças e adolescentes, suas vozes, participação protagônica e contraconduta","authors":"Elisangela da Silva Machieski","doi":"10.5965/2175180314362022e0202","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314362022e0202","url":null,"abstract":"O presente trabalho visa articular algumas experiências do público infantojuvenil, encontradas em meio a processos judiciais, para compreender como crianças e adolescentes institucionalizados lidavam com as decisões tomadas pelos adultos, sejam eles familiares, funcionários do abrigo ou operadores do Direito. Para alcançar tal objetivo, parte-se das seguintes perguntas: Em que ocasiões as crianças/adolescentes abrigados foram escutados? Quem os escutava? Sobre o que falavam? O que os adultos faziam em relação ao que ouviam? E, quando não eram ouvidos, que estratégias utilizavam? A ideia é apresentar a perspectiva infantojuvenil, suas ações, estratégias, sentimentos, apontando-os como sujeitos históricos. Elegeram-se como fontes documentais 36 processos judiciais da Vara da Infância e Juventude de Criciúma, datados da década de 1990. Tal recorte temporal esteve pautado na promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente e na premissa de compreender como e em quais situações as oitivas aconteciam. O Estatuto, Lei 8069/90, estabelecia que os adolescentes fossem previamente ouvidos e tivessem a sua opinião considerada em caso de colocação em família substituta. No entanto, os casos aqui analisados apontam para um cenário em que a oitiva não era uma prática constante nos primeiros anos da década de 1990, quadro que foi sendo alterado nos primeiros anos de 2000. Essa experiência de passado fez com que um novo horizonte, aos poucos, se fosse moldando, resultando na implementação da Lei 12.010/09; a partir daí, outros princípios foram incluídos no procedimento de oitivas do público infantojuvenil.\u0000Palavras-chave: história da infância e juventude; participação protagônica; contraconducta; processos judiciais.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89193430","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-24DOI: 10.5965/2175180314362022e0206
Ludmila Scheinkman
Este artículo indaga sobre las prácticas de consumo infantil de golosinas y dulces, productos que en las primeras décadas del siglo XX argentino devinieron específicos para la infancia y uno de sus rasgos constitutivos, junto con los juguetes y juegos. Se exploran los significados de dichas prácticas, ligadas con el deseo y la felicidad infantiles, y sus formas de circulación social, que cumplieron un rol en la constitución de sociabilidades, pero también en la difusión de jerarquías sociales y marcas de distinción de clase, género, edad y étnico-raciales que atravesaron profundamente a las infancias. La hipótesis que guía este estudio es que el consumo ‒una práctica social que se produce en el marco de relaciones de poder, vinculada con la conformación de estilos de vida y la producción de identidades sociales‒ fue una de las arenas fundamentales en las que se fue delimitando en las décadas de 1920 y 30 una concepción “universal” de la infancia que tenía entre sus componentes la expectativa y la obligación parental de garantizar la felicidad a niños y niñas. Sin embargo, el desigual acceso al consumo para infantes de distintas clases sociales contrastó profundamente con esta pretensión de universalidad, contribuyendo a delinear los contornos, las líneas y las fronteras de clase que atravesaron a las infancias en la Argentina en la primera mitad del siglo XX. Esta indagación se apoya en prensa periódica de circulación masiva, como la revista ilustrada Caras y Caretas, y en prensa obrera y de izquierdas. Palabras clave: Infancias; consumo; sociabilidad; jerarquías sociales; interseccionalidad.
这篇文章探讨了儿童对糖果和糖果的消费行为,这些产品在20世纪头几十年成为阿根廷儿童特有的产品,以及玩具和游戏的构成特征之一。探索了意义的此种做法,与儿童欢乐和幸福,愿望和社会形式的循环,达到一个sociabilidades宪法》的角色,但也在传播社会的等级和品牌区分阶级,性别、年龄和étnico-raciales深感架基金。的假设是,这项研究消费指南—社会实践发生在权力关系的框架内,与建立生产生活方式和社会—特性是金沙基本被栅栏围在1920和30年代的“普遍”概念及其组成部分之间的儿童有期待和父母有义务确保男童和女童的幸福!然而,不同社会阶层的婴儿获得消费的不平等与这种普遍性的主张形成了深刻的对比,有助于勾画出20世纪上半叶阿根廷婴儿所跨越的阶级界限、界限和边界。这一调查得到了大量发行的期刊的支持,如图文杂志Caras y Caretas,以及工人和左翼报纸。关键词:童年;消费;社交;社会的等级;interseccionalidad。
{"title":"Entre el deseo y la felicidad: prácticas de consumo de golosinas, sociabilidad infantil y jerarquías sociales (Argentina, 1898-1941)","authors":"Ludmila Scheinkman","doi":"10.5965/2175180314362022e0206","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314362022e0206","url":null,"abstract":"Este artículo indaga sobre las prácticas de consumo infantil de golosinas y dulces, productos que en las primeras décadas del siglo XX argentino devinieron específicos para la infancia y uno de sus rasgos constitutivos, junto con los juguetes y juegos. Se exploran los significados de dichas prácticas, ligadas con el deseo y la felicidad infantiles, y sus formas de circulación social, que cumplieron un rol en la constitución de sociabilidades, pero también en la difusión de jerarquías sociales y marcas de distinción de clase, género, edad y étnico-raciales que atravesaron profundamente a las infancias. La hipótesis que guía este estudio es que el consumo ‒una práctica social que se produce en el marco de relaciones de poder, vinculada con la conformación de estilos de vida y la producción de identidades sociales‒ fue una de las arenas fundamentales en las que se fue delimitando en las décadas de 1920 y 30 una concepción “universal” de la infancia que tenía entre sus componentes la expectativa y la obligación parental de garantizar la felicidad a niños y niñas. Sin embargo, el desigual acceso al consumo para infantes de distintas clases sociales contrastó profundamente con esta pretensión de universalidad, contribuyendo a delinear los contornos, las líneas y las fronteras de clase que atravesaron a las infancias en la Argentina en la primera mitad del siglo XX. Esta indagación se apoya en prensa periódica de circulación masiva, como la revista ilustrada Caras y Caretas, y en prensa obrera y de izquierdas.\u0000Palabras clave: Infancias; consumo; sociabilidad; jerarquías sociales; interseccionalidad.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86436097","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-24DOI: 10.5965/2175180314362022e0200
A. Josiowicz, Maria Carolina Zapiola
Apresentação
提交
{"title":"Apresentação da Seção Temática Infâncias e Juventudes: Perspectivas Transnacionais e Interseccionais","authors":"A. Josiowicz, Maria Carolina Zapiola","doi":"10.5965/2175180314362022e0200","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314362022e0200","url":null,"abstract":"Apresentação","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"516 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77121163","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-24DOI: 10.5965/2175180314362022e0203
Diana Marcela Aristizábal García
En Colombia la estratificación socioeconómica surge en 1994 como producto de una política pública y una estrategia gubernamental de identificación de viviendas para el pago de servicios públicos, sin embargo, más allá de este objetivo inicial, ha sido apropiada por muchos colombianos como un sistema de clasificación y representación social. Este artículo tiene como objetivo analizar de qué modo un grupo de niños y niñas colombianos interpretan, resignifican y comprenden los matices y las complejidades de esta noción. Se mostrará a través de registros etnográficos (2015 - 2018) que los niños construyen sus propias ideas sobre cómo se origina, opera y se reproduce el estrato, a la vez, que lo utilizan como una forma de dar sentido a la experiencia de crecer y vivir en sociedades desiguales. Palabras clave: infância; estratificación socioeconómica; desigualdad social; Colombia.
{"title":"Crecer en sociedades desiguales: interpretaciones de niñas y niños colombianos sobre la estratificación socioeconómica","authors":"Diana Marcela Aristizábal García","doi":"10.5965/2175180314362022e0203","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314362022e0203","url":null,"abstract":"En Colombia la estratificación socioeconómica surge en 1994 como producto de una política pública y una estrategia gubernamental de identificación de viviendas para el pago de servicios públicos, sin embargo, más allá de este objetivo inicial, ha sido apropiada por muchos colombianos como un sistema de clasificación y representación social. Este artículo tiene como objetivo analizar de qué modo un grupo de niños y niñas colombianos interpretan, resignifican y comprenden los matices y las complejidades de esta noción. Se mostrará a través de registros etnográficos (2015 - 2018) que los niños construyen sus propias ideas sobre cómo se origina, opera y se reproduce el estrato, a la vez, que lo utilizan como una forma de dar sentido a la experiencia de crecer y vivir en sociedades desiguales.\u0000Palabras clave: infância; estratificación socioeconómica; desigualdad social; Colombia.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"65 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79961159","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0401
Paul M. Renfro, Igor Lemos Moreira
{"title":"Pânico moral, infância e tempo presente nos Estados Unidos: entrevista com Paul M. Renfro","authors":"Paul M. Renfro, Igor Lemos Moreira","doi":"10.5965/2175180314352022e0401","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0401","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"254 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77487419","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0101
J. Gouveia, Levi Silva Lemos
O presente estudo visa discutir uma nova abordagem de história global: a perspectiva de rizoma. Partindo do modelo epistemológico de Gilles Deleuze e Félix Guattari, advogar-se-á um novo paradigma, explicando-se o que existe de novo e original numa história global assim perspectivada, ponderando as virtudes e os limites que essa abordagem comporta. Têm-se registado no último quarto de século, por todo o mundo, transformações muito decisivas ao nível socioeconômico, cultural e político. Essa atmosfera de mudanças, muitas das quais inegáveis avanços para o bem-estar da sociedade contemporânea, como a automação, a revolução tecnológica, e o crescimento exponencial e irreversível do mundo virtual, lançou novos reptos aos quais algumas ciências sociais e humanas ainda não conseguiram dar uma resposta cabal. Neste quadro de superfluidade, os instrumentos convencionais de pesquisa, de reflexão e de análise no âmbito da história, ou melhor, de produção de conhecimento histórico, têm vindo a ser afinados e em alguns casos substituídos. Com o seu foco na integração e na conexão, a história global emergiu desse contexto, mostrando-se uma proposta convincente para a construção de um conhecimento histórico simultaneamente abrangente e profundo, evidenciando, porém, limites que obrigam a refletir sobre como pode este modelo ainda não dominante na historiografia brasileira, do ponto de vista teórico-metodológico, ser aprimorado. É o que se propõe neste artigo. Palavras-chave: história global; rizoma; novo paradigma
{"title":"História Global como Rizoma: possibilidades e limites de uma nova abordagem","authors":"J. Gouveia, Levi Silva Lemos","doi":"10.5965/2175180314352022e0101","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0101","url":null,"abstract":"O presente estudo visa discutir uma nova abordagem de história global: a perspectiva de rizoma. Partindo do modelo epistemológico de Gilles Deleuze e Félix Guattari, advogar-se-á um novo paradigma, explicando-se o que existe de novo e original numa história global assim perspectivada, ponderando as virtudes e os limites que essa abordagem comporta. Têm-se registado no último quarto de século, por todo o mundo, transformações muito decisivas ao nível socioeconômico, cultural e político. Essa atmosfera de mudanças, muitas das quais inegáveis avanços para o bem-estar da sociedade contemporânea, como a automação, a revolução tecnológica, e o crescimento exponencial e irreversível do mundo virtual, lançou novos reptos aos quais algumas ciências sociais e humanas ainda não conseguiram dar uma resposta cabal. Neste quadro de superfluidade, os instrumentos convencionais de pesquisa, de reflexão e de análise no âmbito da história, ou melhor, de produção de conhecimento histórico, têm vindo a ser afinados e em alguns casos substituídos. Com o seu foco na integração e na conexão, a história global emergiu desse contexto, mostrando-se uma proposta convincente para a construção de um conhecimento histórico simultaneamente abrangente e profundo, evidenciando, porém, limites que obrigam a refletir sobre como pode este modelo ainda não dominante na historiografia brasileira, do ponto de vista teórico-metodológico, ser aprimorado. É o que se propõe neste artigo.\u0000Palavras-chave: história global; rizoma; novo paradigma","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"70 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84237905","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Aparentemente, muitas coisas","authors":"Luciana Mendes dos Santos","doi":"10.5965/2175180314352022e0501","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0501","url":null,"abstract":"Resenha do livro: TAYLOR, Diana. ¡Presente! la política de la presencia. Trad. Ana Stevenson. Santiago: Ediciones Universidad Alberto Hurtado, 2020.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"41 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86688072","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0106
P. Gomes, Carlos Benítez Trinidad
Este artigo tem como objetivo analisar a questão indígena brasileira durante os anos centrais da ditadura militar a partir de uma perspectiva transnacional. Essa abordagem enfatiza fenômenos históricos baseados em pessoas e ideias, emancipando-os dos Estados nacionais como uma estrutura “natural” para o estudo da história. A primeira parte deste texto discute a importância da opinião pública nas relações internacionais para, posteriormente, compreender como o Estado brasileiro encarou as interferências estrangeiras em questões que os governantes do período ditatorial acreditavam ser de competência nacional. Posteriormente, a partir da reflexão acerca do poder simbólico dos povos indígenas no Brasil e no exterior, será feita uma análise em duas partes: na primeira, um estudo de caso focado no impacto que o Relatório Figueiredo – ao ser divulgado internacionalmente – teve na França; em seguida, estenderemos para o âmbito transnacional nossas observações sobre os prejuízos ocasionados pelas denúncias contidas no supracitado relatório, procurando encontrar os vasos comunicantes entre o que estava acontecendo no Brasil, sua leitura pela opinião pública internacional, as formas como as autoridades militares agiram para proteger a imagem externa do país e, também, as possíveis vantagens obtidas pelos atores nacionais que, nos anos 1970, atuavam em favor da causa indígena. Palavras-chave: povos indígenas; ditadura militar; história transnacional; opinião pública; relações internacionais.
{"title":"A questão indígena durante a ditadura militar brasileira e a opinião pública estrangeira em perspectiva transnacional","authors":"P. Gomes, Carlos Benítez Trinidad","doi":"10.5965/2175180314352022e0106","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0106","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo analisar a questão indígena brasileira durante os anos centrais da ditadura militar a partir de uma perspectiva transnacional. Essa abordagem enfatiza fenômenos históricos baseados em pessoas e ideias, emancipando-os dos Estados nacionais como uma estrutura “natural” para o estudo da história. A primeira parte deste texto discute a importância da opinião pública nas relações internacionais para, posteriormente, compreender como o Estado brasileiro encarou as interferências estrangeiras em questões que os governantes do período ditatorial acreditavam ser de competência nacional. Posteriormente, a partir da reflexão acerca do poder simbólico dos povos indígenas no Brasil e no exterior, será feita uma análise em duas partes: na primeira, um estudo de caso focado no impacto que o Relatório Figueiredo – ao ser divulgado internacionalmente – teve na França; em seguida, estenderemos para o âmbito transnacional nossas observações sobre os prejuízos ocasionados pelas denúncias contidas no supracitado relatório, procurando encontrar os vasos comunicantes entre o que estava acontecendo no Brasil, sua leitura pela opinião pública internacional, as formas como as autoridades militares agiram para proteger a imagem externa do país e, também, as possíveis vantagens obtidas pelos atores nacionais que, nos anos 1970, atuavam em favor da causa indígena.\u0000Palavras-chave: povos indígenas; ditadura militar; história transnacional; opinião pública; relações internacionais.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"46 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73048775","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0108
Marçal de Menezes Paredes
A campanha anticolonial contra a presença portuguesa na África mobilizou o cenário internacional em diversos âmbitos. Para além do direto envolvimento dos movimentos de libertação com as superpotências da Guerra Fria (seja na diplomacia, seja no suporte militar), a opinião pública internacional manteve-se atenta aos acontecimentos ocorridos em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau entre 1961 e 1975. Particularmente nos países ocidentais, o contexto dos movimentos de contracultura num amplo espectro das esquerdas chamou atenção para uma tomada de consciência global sobre a relação perniciosa entre o racismo, o colonialismo e o capitalismo. Esses eixos críticos se articulam na criação de diversos comités políticos em apoio à luta pela liberdade de angolanos, moçambicanos e guineenses. Este vínculo vai além das fronteiras lusófonas, manifestando um agenciamento político transnacional de elevada significância. A fundação do Toronto Committee for the Liberation of Portugal’s African Colonies (TCLPAC), em 1972, enquadra-se nesse cenário geral. Este artigo apresenta a história desta organização canadense engajada na luta contra o colonialismo português. Dá realce à trajetória de um de seus principais fundadores, às peculiaridades do contexto canadense na época e analisa suas ações, seu significado político interno (Canadá) e externo (Angola e Moçambique), bem como os resultados conseguidos até 1975. Depois da independência das ex-colônias portuguesas na África, a organização amplia seus objetivos e troca de nomenclatura, expandindo ainda mais seu alcance. Palavras-chave: Anticolonialismo; História Transnacional; Relações África e Canadá.
{"title":"Para Além da Lusofonia: o Toronto Committee for the Liberation of Portugal’s African Colonies (TCLPAC) do Canadá e a Luta Anticolonial em Angola e Moçambique (1972-1975)","authors":"Marçal de Menezes Paredes","doi":"10.5965/2175180314352022e0108","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0108","url":null,"abstract":"A campanha anticolonial contra a presença portuguesa na África mobilizou o cenário internacional em diversos âmbitos. Para além do direto envolvimento dos movimentos de libertação com as superpotências da Guerra Fria (seja na diplomacia, seja no suporte militar), a opinião pública internacional manteve-se atenta aos acontecimentos ocorridos em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau entre 1961 e 1975. Particularmente nos países ocidentais, o contexto dos movimentos de contracultura num amplo espectro das esquerdas chamou atenção para uma tomada de consciência global sobre a relação perniciosa entre o racismo, o colonialismo e o capitalismo. Esses eixos críticos se articulam na criação de diversos comités políticos em apoio à luta pela liberdade de angolanos, moçambicanos e guineenses. Este vínculo vai além das fronteiras lusófonas, manifestando um agenciamento político transnacional de elevada significância. A fundação do Toronto Committee for the Liberation of Portugal’s African Colonies (TCLPAC), em 1972, enquadra-se nesse cenário geral. Este artigo apresenta a história desta organização canadense engajada na luta contra o colonialismo português. Dá realce à trajetória de um de seus principais fundadores, às peculiaridades do contexto canadense na época e analisa suas ações, seu significado político interno (Canadá) e externo (Angola e Moçambique), bem como os resultados conseguidos até 1975. Depois da independência das ex-colônias portuguesas na África, a organização amplia seus objetivos e troca de nomenclatura, expandindo ainda mais seu alcance.\u0000Palavras-chave: Anticolonialismo; História Transnacional; Relações África e Canadá.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"21 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91273943","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}