Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0102
PedroB . Albuquerque, Francisco José García Fernández
O presente trabalho analisa questões relativas à aplicação das recentes metodologias do estudo da História Global aos territórios fronteiriços, valorizando a sua apetência para o desenvolvimento de relações sociais singulares e de interconexões. Este estudo centra-se, sobretudo, no Baixo Guadiana, que separa parcialmente dois países (Portugal e Espanha), assinalando-se a sua permeabilidade e o modo como, ao longo do tempo e do espaço, se desenvolveram processos locais que fazem com que as fronteiras possam ser um objecto de estudo idóneo para a História Global. Palavras-chave: história comparada; estudos de fronteira; arqueologia; património cultural
{"title":"Processos locais e História Global no estudo da Raia do Baixo Guadiana (Portugal e Espanha)","authors":"PedroB . Albuquerque, Francisco José García Fernández","doi":"10.5965/2175180314352022e0102","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0102","url":null,"abstract":"O presente trabalho analisa questões relativas à aplicação das recentes metodologias do estudo da História Global aos territórios fronteiriços, valorizando a sua apetência para o desenvolvimento de relações sociais singulares e de interconexões. Este estudo centra-se, sobretudo, no Baixo Guadiana, que separa parcialmente dois países (Portugal e Espanha), assinalando-se a sua permeabilidade e o modo como, ao longo do tempo e do espaço, se desenvolveram processos locais que fazem com que as fronteiras possam ser um objecto de estudo idóneo para a História Global.\u0000Palavras-chave: história comparada; estudos de fronteira; arqueologia; património cultural","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"30 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86799255","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0301
M. Téo
O presente ensaio tem por objetivo explorar, na prática, algumas das questões metodológicas discutidas no primeiro artigo da série “Desequilíbrio de histórias” (TÉO, 2018), a partir da trajetória da Diva Inclusive Solutions, iniciativa fundada pelo autor. O texto descreve o seu processo de constituição em torno do problema que dá título aos dois artigos, bem como algumas das soluções criadas para o seu combate, para ao final propor leituras possíveis no que diz respeito ao ingresso de profissionais do campo das humanidades em outras instâncias além da docência e da pesquisa acadêmica. Palavras-chave: mercado; empatia; diversidade; tecnologia; desequilíbrio de histórias.
{"title":"Desequilíbrio de histórias parte II: uma iniciativa em torno de um problema","authors":"M. Téo","doi":"10.5965/2175180314352022e0301","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0301","url":null,"abstract":"O presente ensaio tem por objetivo explorar, na prática, algumas das questões metodológicas discutidas no primeiro artigo da série “Desequilíbrio de histórias” (TÉO, 2018), a partir da trajetória da Diva Inclusive Solutions, iniciativa fundada pelo autor. O texto descreve o seu processo de constituição em torno do problema que dá título aos dois artigos, bem como algumas das soluções criadas para o seu combate, para ao final propor leituras possíveis no que diz respeito ao ingresso de profissionais do campo das humanidades em outras instâncias além da docência e da pesquisa acadêmica.\u0000Palavras-chave: mercado; empatia; diversidade; tecnologia; desequilíbrio de histórias.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77527199","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0109
Julio Lisandro Cañón Voirin
In this paper, we present the study of a transnational discursive community: the Inter-American Confederation of Continental Defence. This became the institutional meeting point for Latin American anti-communist intellectuals who, during the Cold War, articulated a conservative and counterrevolutionary nucleus of power. In the framework of the Cold War, this discursive community placed communism outside of humanity, and only contemplated its extermination. Thus, we analyse the discursive materiality that gradually colonized the state structures and gave rise to a systematic persecution against the communists and all those who, from the spheres of power, were typified as a threat. We structure the text in a chronological account that allows us to know the evolution of the Inter-American Confederation of Continental Defence, from its origins to its last continental congress. We use a wide documentary corpus (correspondence, minutes, bulletins, manuscripts, notes and speeches) compiled in Argentina, Mexico, Spain and the USA. Keywords: anti-comunist; discursive community; intellectuality; Latin America
{"title":"The conformation of a transnational discursive community: anti-communist intellectuals in Latin America during the Cold War","authors":"Julio Lisandro Cañón Voirin","doi":"10.5965/2175180314352022e0109","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0109","url":null,"abstract":"In this paper, we present the study of a transnational discursive community: the Inter-American Confederation of Continental Defence. This became the institutional meeting point for Latin American anti-communist intellectuals who, during the Cold War, articulated a conservative and counterrevolutionary nucleus of power. In the framework of the Cold War, this discursive community placed communism outside of humanity, and only contemplated its extermination. Thus, we analyse the discursive materiality that gradually colonized the state structures and gave rise to a systematic persecution against the communists and all those who, from the spheres of power, were typified as a threat. We structure the text in a chronological account that allows us to know the evolution of the Inter-American Confederation of Continental Defence, from its origins to its last continental congress. We use a wide documentary corpus (correspondence, minutes, bulletins, manuscripts, notes and speeches) compiled in Argentina, Mexico, Spain and the USA.\u0000Keywords: anti-comunist; discursive community; intellectuality; Latin America","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"70 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81528549","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0104
P. F. Muñoz, Stefan Rinke
In 1912, Karl Lingner created the German Hygiene Museum Dresden profiting from the Dresden International Hygiene Exhibition 1911. Lingner aimed to build a permanent building for the museum, but due to the Great War and post-war economic crisis in Germany, the permanent building was not opened until 1930. In the Weimar Republic, the museum circulated internationally through traveling exhibitions and the sale and donation of collections and exhibits. This circulation comprised a global exchange promoting health education that included Latin America. In keeping with German foreign cultural policy of the period, the German Hygiene Museum played an active role in the transatlantic cultural relations and the German-Latin American exchange, functioning as "a cultural propaganda institute". In this article, we explore the transnational circulation of objects and collections between Dresden and Latin America which was also associated with international efforts to promote public health. Keywords: Public Health; Health Education; Cultural Propaganda; German-Latin American Relations; Transnational and Global History.
{"title":"Latin America in the global exchange of the German Hygiene Museum in Dresden (1919-1930)","authors":"P. F. Muñoz, Stefan Rinke","doi":"10.5965/2175180314352022e0104","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0104","url":null,"abstract":"In 1912, Karl Lingner created the German Hygiene Museum Dresden profiting from the Dresden International Hygiene Exhibition 1911. Lingner aimed to build a permanent building for the museum, but due to the Great War and post-war economic crisis in Germany, the permanent building was not opened until 1930. In the Weimar Republic, the museum circulated internationally through traveling exhibitions and the sale and donation of collections and exhibits. This circulation comprised a global exchange promoting health education that included Latin America. In keeping with German foreign cultural policy of the period, the German Hygiene Museum played an active role in the transatlantic cultural relations and the German-Latin American exchange, functioning as \"a cultural propaganda institute\". In this article, we explore the transnational circulation of objects and collections between Dresden and Latin America which was also associated with international efforts to promote public health.\u0000Keywords: Public Health; Health Education; Cultural Propaganda; German-Latin American Relations; Transnational and Global History.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"116 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87693844","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0201
Maria Bernardete Ramos Flores
Boitatá é um mito de origem tupi que protege os campos contra aqueles que os incendeiam. Nas décadas de 1960 e 1970, quando a Ilha de Santa Catarina passava por um forte processo de modernização, com impacto no meio ambiente, o artista folclorista, Franklin Cascaes (1908-1983) inventou aproximadamente 30 iconografias para o boitatá no grafite ou no bico-de-pena, invocando-o a restaurar a mitosfera ilhoa. Na ficção, as figuras de boitatá assumem o papel de porta-voz do discurso ambientalista do artista e de sua visão cosmológica do mundo. A partir da abordagem da relação entre “mito” e “natureza”, o artigo tem por objetivo mostrar como Cascaes pensava por imagem, inserindo-se no debate ecológico que eclodiu à época em esfera global. Essa preocupação se foi tornando cada vez mais forte até os dias atuais, tempo do Antropoceno, quando o ser humano passa a ser um agente geológico que afeta o planeta como um todo. Como conclusão, levanta-se o alerta, com base em referências teóricas, para o risco de criarmos uma humanidade de exclusão de todas as outras possíveis e de todos os outros seres que habitam a Terra. Palavras-chave: Franklin Cascaes; Boitatá; folclore; mito; ecologia.
{"title":"Pensar com os mitos: sobre ecologia nos boitatás de Franklin Cascaes","authors":"Maria Bernardete Ramos Flores","doi":"10.5965/2175180314352022e0201","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0201","url":null,"abstract":"Boitatá é um mito de origem tupi que protege os campos contra aqueles que os incendeiam. Nas décadas de 1960 e 1970, quando a Ilha de Santa Catarina passava por um forte processo de modernização, com impacto no meio ambiente, o artista folclorista, Franklin Cascaes (1908-1983) inventou aproximadamente 30 iconografias para o boitatá no grafite ou no bico-de-pena, invocando-o a restaurar a mitosfera ilhoa. Na ficção, as figuras de boitatá assumem o papel de porta-voz do discurso ambientalista do artista e de sua visão cosmológica do mundo. A partir da abordagem da relação entre “mito” e “natureza”, o artigo tem por objetivo mostrar como Cascaes pensava por imagem, inserindo-se no debate ecológico que eclodiu à época em esfera global. Essa preocupação se foi tornando cada vez mais forte até os dias atuais, tempo do Antropoceno, quando o ser humano passa a ser um agente geológico que afeta o planeta como um todo. Como conclusão, levanta-se o alerta, com base em referências teóricas, para o risco de criarmos uma humanidade de exclusão de todas as outras possíveis e de todos os outros seres que habitam a Terra.\u0000Palavras-chave: Franklin Cascaes; Boitatá; folclore; mito; ecologia.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"40 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81134803","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0110
Carolina Amaral de Aguiar
Este artigo tem como objetivo analisar o papel que os festivais de cinema europeus tiveram na articulação de uma rede de solidariedade às vítimas da ditadura chilena nos primeiros anos após o golpe de Estado de 1973. Por meio de uma perspectiva transnacional e em diálogo com os festival studies, o texto se dedica à complexidade dos vínculos entre o cinema político da América Latina e os encontros cinematográficos ocorridos na Europa desde a década anterior, com foco no chamado “longo” 1968, época marcada pela renovação estética, discursiva e institucional que modificou a natureza dos festivais europeus. Dessa forma, a presença de filmes, agentes do meio cinematográfico, figuras públicas de outra natureza, críticos, público, declarações de protesto, cobertura da imprensa, entre outros aspectos que compõem um festival são analisados como parte de um fenômeno mais amplo de aproximação entre América Latina e Europa em torno da noção de solidariedade e engajamento nas pautas “terceiro-mundistas”. O artigo analisa a presença da causa chilena em três festivais específicos, tomados como estudos de caso: a Mostra Internacional do Novo Cinema de Pesaro, o Festival de Cannes e o Festival Internacional de Documentário de Leipzig. Esses encontros apresentam distintos graus de centralidade no circuito dos festivais e se localizam em países/blocos de zonas de influência diferentes, o que permite entender os complexos fluxos que se estabeleceram nas redes solidárias. Palavras-chave: festival; Chile; ditadura; solidariedade.
{"title":"Cinema latino-americano, festivais europeus e redes de solidariedade","authors":"Carolina Amaral de Aguiar","doi":"10.5965/2175180314352022e0110","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0110","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo analisar o papel que os festivais de cinema europeus tiveram na articulação de uma rede de solidariedade às vítimas da ditadura chilena nos primeiros anos após o golpe de Estado de 1973. Por meio de uma perspectiva transnacional e em diálogo com os festival studies, o texto se dedica à complexidade dos vínculos entre o cinema político da América Latina e os encontros cinematográficos ocorridos na Europa desde a década anterior, com foco no chamado “longo” 1968, época marcada pela renovação estética, discursiva e institucional que modificou a natureza dos festivais europeus. Dessa forma, a presença de filmes, agentes do meio cinematográfico, figuras públicas de outra natureza, críticos, público, declarações de protesto, cobertura da imprensa, entre outros aspectos que compõem um festival são analisados como parte de um fenômeno mais amplo de aproximação entre América Latina e Europa em torno da noção de solidariedade e engajamento nas pautas “terceiro-mundistas”. O artigo analisa a presença da causa chilena em três festivais específicos, tomados como estudos de caso: a Mostra Internacional do Novo Cinema de Pesaro, o Festival de Cannes e o Festival Internacional de Documentário de Leipzig. Esses encontros apresentam distintos graus de centralidade no circuito dos festivais e se localizam em países/blocos de zonas de influência diferentes, o que permite entender os complexos fluxos que se estabeleceram nas redes solidárias.\u0000Palavras-chave: festival; Chile; ditadura; solidariedade.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"52 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73880871","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0202
Dante Guimaraens Guazzelli
Este artigo analisa a atuação da seccional sul-rio-grandense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS) durante a prisão de militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em março de 1975. Esse evento foi resultado de um processo realizado ao longo da ditadura no qual a entidade foi se colocando como uma voz de oposição às violências cometidas pela ditadura civil-militar. Dentro disso, a atuação de advogados comunistas dentro das organizações profissionais foi decisiva, muitas vezes em posição de destaque. As prisões foram realizadas em decorrência de investigações relacionadas com Rio de Janeiro e São Paulo, e teriam relação com a atuação de militantes do partido no MDB. Esse acontecimento foi crucial para a postura assumida pela entidade durante a abertura política. Da mesma forma, ao adotar uma postura pública ativa na denúncia das prisões, a entidade contribuiu para o processo de fortalecimento da luta pelos direitos humanos e pela democracia. Palavras-chave: OAB; advogados; PCB; ditadura civil-militar.
{"title":"“A exaltação da figura do advogado”: a mobilização da OAB/RS durante a prisão de comunistas em 1975","authors":"Dante Guimaraens Guazzelli","doi":"10.5965/2175180314352022e0202","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0202","url":null,"abstract":"Este artigo analisa a atuação da seccional sul-rio-grandense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS) durante a prisão de militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em março de 1975. Esse evento foi resultado de um processo realizado ao longo da ditadura no qual a entidade foi se colocando como uma voz de oposição às violências cometidas pela ditadura civil-militar. Dentro disso, a atuação de advogados comunistas dentro das organizações profissionais foi decisiva, muitas vezes em posição de destaque. As prisões foram realizadas em decorrência de investigações relacionadas com Rio de Janeiro e São Paulo, e teriam relação com a atuação de militantes do partido no MDB. Esse acontecimento foi crucial para a postura assumida pela entidade durante a abertura política. Da mesma forma, ao adotar uma postura pública ativa na denúncia das prisões, a entidade contribuiu para o processo de fortalecimento da luta pelos direitos humanos e pela democracia.\u0000Palavras-chave: OAB; advogados; PCB; ditadura civil-militar.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"54 34 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88465109","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0107
Eloísa Rosalen
A perspectiva de análise da história global fornece aspectos pertinentes para pensar as conexões entre pessoas, projetos, grupos políticos e ideias. O objetivo deste artigo é analisar, sob a perspectiva da história global, as solidariedades transnacionais que se voltaram às mulheres brasileiras ou às quais elas integraram durante o exílio da ditadura militar brasileira na França e em Portugal. Isto é, busca-se demonstrar as conexões entre as brasileiras e as francesas e entre as brasileiras e as portuguesas. A história global auxiliará na compressão das solidariedades transnacionais e das solidariedades feministas ou femininas que existiram no período, a partir do slogan da época: sisterhood is global. O recorte temporal estabelecido é a partir de 1973 (ano do golpe do militar no Chile, que levou muitas latino-americanas à Europa) até 1979 (quando se deu a Lei de Anistia nº 6.683). As fontes principais são os documentos do Círculo de Mulheres Brasileiras em Paris, e do Movimento Democrático de Mulheres de Portugal, e os jornais Nosotras, do Grupo Latino-Americano de Mulheres em Paris. Também, a fim de complementar algumas informações, foram utilizados os informes do Centro de Informação de Exterior (CIEx) e três entrevistas de ex-exiladas. Palavras-chave: mulheres exiladas; solidariedades transnacionais; perspectiva global.
{"title":"Sob a perspectiva global: as solidariedades transnacionais das e às mulheres brasileiras exiladas na França e em Portugal","authors":"Eloísa Rosalen","doi":"10.5965/2175180314352022e0107","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0107","url":null,"abstract":"A perspectiva de análise da história global fornece aspectos pertinentes para pensar as conexões entre pessoas, projetos, grupos políticos e ideias. O objetivo deste artigo é analisar, sob a perspectiva da história global, as solidariedades transnacionais que se voltaram às mulheres brasileiras ou às quais elas integraram durante o exílio da ditadura militar brasileira na França e em Portugal. Isto é, busca-se demonstrar as conexões entre as brasileiras e as francesas e entre as brasileiras e as portuguesas. A história global auxiliará na compressão das solidariedades transnacionais e das solidariedades feministas ou femininas que existiram no período, a partir do slogan da época: sisterhood is global. O recorte temporal estabelecido é a partir de 1973 (ano do golpe do militar no Chile, que levou muitas latino-americanas à Europa) até 1979 (quando se deu a Lei de Anistia nº 6.683). As fontes principais são os documentos do Círculo de Mulheres Brasileiras em Paris, e do Movimento Democrático de Mulheres de Portugal, e os jornais Nosotras, do Grupo Latino-Americano de Mulheres em Paris. Também, a fim de complementar algumas informações, foram utilizados os informes do Centro de Informação de Exterior (CIEx) e três entrevistas de ex-exiladas.\u0000Palavras-chave: mulheres exiladas; solidariedades transnacionais; perspectiva global.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"31 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91370384","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0105
Carlos André Silva de Moura
As narrativas sobre as aparições marianas marcaram parte dos projetos dos membros da Igreja Católica na primeira metade do século XX. A partir da formação de uma cultura visionária, em Portugal os eventos foram utilizados para a reação ao laicismo e anticlericalismo instituído após a implementação da República. Neste sentido, com as propostas da História Cultural das Religiões, analisamos como os eventos marianos foram importantes para os projetos transnacionais de eclesiásticos e intelectuais entre 1917 e 1950. Para isso, utilizamo-nos de materiais da imprensa, documentos religiosos e memórias dos personagens, com o objetivo de compreender as narrativas em torno dos eventos religiosos. Deste modo, consideramos que parte da hierarquia eclesiástica colaborou com a formação de uma rede visionária, com projetos em diferentes espaços territoriais, fundamentais para a reafirmação das ideias religiosas no recorte temporal estabelecido. Palavras-chave: Aparições Marianas; Histórias Transnacionais; Século XX.
{"title":"Aparições e Devoções Marianas: a formação de uma cultura visionária em Portugal e seus usos no projeto de Restauração Católica (1917-1950)","authors":"Carlos André Silva de Moura","doi":"10.5965/2175180314352022e0105","DOIUrl":"https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0105","url":null,"abstract":"As narrativas sobre as aparições marianas marcaram parte dos projetos dos membros da Igreja Católica na primeira metade do século XX. A partir da formação de uma cultura visionária, em Portugal os eventos foram utilizados para a reação ao laicismo e anticlericalismo instituído após a implementação da República. Neste sentido, com as propostas da História Cultural das Religiões, analisamos como os eventos marianos foram importantes para os projetos transnacionais de eclesiásticos e intelectuais entre 1917 e 1950. Para isso, utilizamo-nos de materiais da imprensa, documentos religiosos e memórias dos personagens, com o objetivo de compreender as narrativas em torno dos eventos religiosos. Deste modo, consideramos que parte da hierarquia eclesiástica colaborou com a formação de uma rede visionária, com projetos em diferentes espaços territoriais, fundamentais para a reafirmação das ideias religiosas no recorte temporal estabelecido.\u0000Palavras-chave: Aparições Marianas; Histórias Transnacionais; Século XX.","PeriodicalId":21251,"journal":{"name":"Revista Tempo e Argumento","volume":"23 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81569465","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-30DOI: 10.5965/2175180314352022e0103
Isabel Corrêa da Silva
Já desde o período anterior à independência do Brasil que a figura do “brasileiro” ocupa um lugar importante na literatura portuguesa, ficcional e não ficcional. E desde sempre a qualificação acarretou a ideia de uma natureza intermediária entre dois mundos. No espaço da monarquia atlântica não havia portugueses e brasileiros, mas havia territórios bem distintos e o “brasileiro” era o português que ia residir para o território do Brasil e depois voltava, ou não, para o reino. No século XIX, a manutenção e renovação deste circuito migratório consolidou-se já num contexto internacional pós-colonial entre dois países independentes. Sobretudo na segunda metade do século, o significativo aumento do fluxo de circulação de pessoas reflectiu-se no incremento da presença do “brasileiro” nas representações literárias, nos debates da opinião pública e mesmo nas agendas políticas. Mas neste contexto, e considerando o passado colonial que unia Portugal e Brasil, o “brasileiro” não foi visto como um mero emigrante. Mas, de facto, como uma figura que continuava a fazer a mediação entre dois mundos, entre duas entidades nacionais, sem nunca corresponder à integridade da origem nem do destino: uma categoria social híbrida e, veremos, transnacional. Palavras-chave: Portugal; Brasil; transnacionalismo; emigração; identidade nacional; categorização social.
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