Pub Date : 2021-07-05DOI: 10.34019/2318-101x.2021.v16.30732
Junior Augusto Silva, M. L. Heilborn
O presente trabalho tem como tema o impacto das politicas publicas na construção social da masculinidade, e analisa a maneira como os contextos normativos e culturais nos quais os indivíduos estão inseridos tornam-se os balizadores para a forma como serão interpretadas as noções de gênero, e por consequência, de masculinidades. Sabe-se que as políticas públicas de saúde no desenvolvimento das sociedades modernas sempre foram o principal instrumento de interferência estatal na busca pelo controle dos corpos e das mentalidades das populações governadas. Tem-se por referencial empírico o texto que institui a Política Nacional de Saúde do Homem e procura-se refletir na forma como o aparato estatal brasileiro atua como um agente regulador da conduta da população masculina do país, estabelecendo um horizonte subjetivo limitado para esses homens se constituírem. Constata-se que a noção de autonomia na construção do universo subjetivo masculino seria mais um recurso retorico do que uma realidade propriamente implementada.
{"title":"Saúde do homem e construção da subjetividade:","authors":"Junior Augusto Silva, M. L. Heilborn","doi":"10.34019/2318-101x.2021.v16.30732","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-101x.2021.v16.30732","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como tema o impacto das politicas publicas na construção social da masculinidade, e analisa a maneira como os contextos normativos e culturais nos quais os indivíduos estão inseridos tornam-se os balizadores para a forma como serão interpretadas as noções de gênero, e por consequência, de masculinidades. Sabe-se que as políticas públicas de saúde no desenvolvimento das sociedades modernas sempre foram o principal instrumento de interferência estatal na busca pelo controle dos corpos e das mentalidades das populações governadas. Tem-se por referencial empírico o texto que institui a Política Nacional de Saúde do Homem e procura-se refletir na forma como o aparato estatal brasileiro atua como um agente regulador da conduta da população masculina do país, estabelecendo um horizonte subjetivo limitado para esses homens se constituírem. Constata-se que a noção de autonomia na construção do universo subjetivo masculino seria mais um recurso retorico do que uma realidade propriamente implementada.","PeriodicalId":33386,"journal":{"name":"Teoria e Cultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46308478","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-05DOI: 10.34019/2318-101x.2021.v16.31391
Adrielle Luchi Coutinho Bove, Rogéria Campos de Almeida Dutra
O artigo traz como proposta a análise das políticas culturais e seu papel na democratização do acesso aos bens culturais, não somente na perspectiva de seu consumo, mas também no agenciamento dos sujeitos enquanto produtores de cultura. Baseando-se em pesquisa realizada acerca das relações entre juventude e música em Juiz de Fora, MG, destaca o evento Festival de Bandas Novas, realizado na cidade ao longo dos últimos 21 anos, procurando refletir sobre as políticas culturais e os efeitos positivos do desenvolvimento de iniciativas locais como forma de atender à diversidade e às desigualdades sociais no espaço urbano. Assim, participação dos jovens no festival traz à tona os elementos-chave de suas sociabilidades, construção de gostos e o compartilhamento destes entre os seus pares, que se utilizam do tempo livre (lazer) e do consumo da cultura para compor um dos cenários de expressão das juventudes na cidade, sendo esta potencializada pelo poder público.
文章提出分析文化政策及其在实现文化产品民主化方面的作用,不仅从文化产品消费的角度,而且从主体作为文化生产者的代理角度。根据对Juiz de Fora青年与音乐之间关系的研究,MG强调了过去21年在该市举办的班达斯诺瓦斯音乐节,旨在反思文化政策和地方举措发展的积极影响,以此来解决城市空间的多样性和社会不平等问题。因此,年轻人的参与带来了他们的社交能力、品味的构建以及同龄人之间的分享等关键要素,他们利用空闲时间(休闲)和文化消费来构成城市中青年表达的场景之一,这一场景得到了公共权力的加强。
{"title":"Política cultural, juventude e espaços da cidade:","authors":"Adrielle Luchi Coutinho Bove, Rogéria Campos de Almeida Dutra","doi":"10.34019/2318-101x.2021.v16.31391","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-101x.2021.v16.31391","url":null,"abstract":"O artigo traz como proposta a análise das políticas culturais e seu papel na democratização do acesso aos bens culturais, não somente na perspectiva de seu consumo, mas também no agenciamento dos sujeitos enquanto produtores de cultura. Baseando-se em pesquisa realizada acerca das relações entre juventude e música em Juiz de Fora, MG, destaca o evento Festival de Bandas Novas, realizado na cidade ao longo dos últimos 21 anos, procurando refletir sobre as políticas culturais e os efeitos positivos do desenvolvimento de iniciativas locais como forma de atender à diversidade e às desigualdades sociais no espaço urbano. Assim, participação dos jovens no festival traz à tona os elementos-chave de suas sociabilidades, construção de gostos e o compartilhamento destes entre os seus pares, que se utilizam do tempo livre (lazer) e do consumo da cultura para compor um dos cenários de expressão das juventudes na cidade, sendo esta potencializada pelo poder público.","PeriodicalId":33386,"journal":{"name":"Teoria e Cultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49460468","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-05DOI: 10.34019/2318-101x.2021.v16.31053
A. Viana
A maternidade está, historicamente, relacionada ao cuidado e à criação. São as mulheres que, principalmente, executam essas tarefas domésticas. Quando falamos de mulheres da favela tratamos, também, de mulheres pobres e em sua maioria negras. E mulheres que não possuem recursos financeiros para delegar as tarefas do cuidado. Neste sentido, as tarefas domésticas e do cuidar são socializadas entre as mulheres da família e da vizinhança criando, assim, uma rede de apoio e de suporte. O presente trabalho é um estudo de caso que tem como objetivo analisar as narrativas e discursos construídos por duas mulheres moradoras de uma favela do Complexo do Alemão, Na Zona Norte do Rio de Janeiro, acerca da maternidade, da execução das tarefas domésticas e do viver e criar um filho na favela em meio ao contexto de violência do Estado. Trazemos as conversas desenvolvidas com duas mulheres moradoras da favela, analisando suas narrativas acerca das temáticas sobre maternidade, trabalho doméstico, informalidade, assistência social, o morar na favela, o ser uma mulher mãe moradora da favela, dentre outros pontos.
{"title":"Maternidade na favela:","authors":"A. Viana","doi":"10.34019/2318-101x.2021.v16.31053","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-101x.2021.v16.31053","url":null,"abstract":"A maternidade está, historicamente, relacionada ao cuidado e à criação. São as mulheres que, principalmente, executam essas tarefas domésticas. Quando falamos de mulheres da favela tratamos, também, de mulheres pobres e em sua maioria negras. E mulheres que não possuem recursos financeiros para delegar as tarefas do cuidado. Neste sentido, as tarefas domésticas e do cuidar são socializadas entre as mulheres da família e da vizinhança criando, assim, uma rede de apoio e de suporte. O presente trabalho é um estudo de caso que tem como objetivo analisar as narrativas e discursos construídos por duas mulheres moradoras de uma favela do Complexo do Alemão, Na Zona Norte do Rio de Janeiro, acerca da maternidade, da execução das tarefas domésticas e do viver e criar um filho na favela em meio ao contexto de violência do Estado. Trazemos as conversas desenvolvidas com duas mulheres moradoras da favela, analisando suas narrativas acerca das temáticas sobre maternidade, trabalho doméstico, informalidade, assistência social, o morar na favela, o ser uma mulher mãe moradora da favela, dentre outros pontos.","PeriodicalId":33386,"journal":{"name":"Teoria e Cultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45742988","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-05DOI: 10.34019/2318-101x.2021.v16.30401
Gabriela Lauterbach, Ana Claudia Delajustine, Julia Burton
O aborto na Argentina é uma prática tipificada pelo código penal como crime contra a vida, ainda que existam duas exceções não puníveis: quando a gravidez é resultado de um estupro ou quando pressupõe um risco para a saúde da mulher e não pode ser evitado por outros meios. Apesar disso, quando uma mulher engravida e não deseja a gestação recorre à diferentes mecanismos para interromper o processo gestacional. Assim, desde a década de 1980, na Argentina, o movimento feminista e de mulheres têm se organizado de diferentes formas e formado grupos e coalizões diversas para reivindicar o aborto legal. Neste artigo proponho traçar um caminho sobre algumas dessas experiências de articulação que nutrem a existência da Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito. Finalmente, me interessa particularizar, uma forma inovadora de organização de ações coletivas em relação ao aborto, o surgimento das Socorristas em Rede (Feministas que abortamos).
{"title":"Práticas feministas em torno do direito ao aborto na Argentina:","authors":"Gabriela Lauterbach, Ana Claudia Delajustine, Julia Burton","doi":"10.34019/2318-101x.2021.v16.30401","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-101x.2021.v16.30401","url":null,"abstract":"O aborto na Argentina é uma prática tipificada pelo código penal como crime contra a vida, ainda que existam duas exceções não puníveis: quando a gravidez é resultado de um estupro ou quando pressupõe um risco para a saúde da mulher e não pode ser evitado por outros meios. Apesar disso, quando uma mulher engravida e não deseja a gestação recorre à diferentes mecanismos para interromper o processo gestacional. Assim, desde a década de 1980, na Argentina, o movimento feminista e de mulheres têm se organizado de diferentes formas e formado grupos e coalizões diversas para reivindicar o aborto legal. Neste artigo proponho traçar um caminho sobre algumas dessas experiências de articulação que nutrem a existência da Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito. Finalmente, me interessa particularizar, uma forma inovadora de organização de ações coletivas em relação ao aborto, o surgimento das Socorristas em Rede (Feministas que abortamos).","PeriodicalId":33386,"journal":{"name":"Teoria e Cultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47565402","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-05DOI: 10.34019/2318-101x.2021.v16.30814
I. Caixeta
Neste ensaio tenho por intuito tecer diálogos epistemológicos entre autoras pretas que acredito fazerem coro e movimento às reflexões contra coloniais. Proponho aproximar debates pertinentes acerca das experiências ao sul da luta anticapitalista, necessária para as (re)existências periféricas no encontro entre diferentes vozes insurgentes. A ideia é engajar travessias que encontrem terrenos pluriversais no enfrentamento ao racismo e sexismo estruturais, em perspectiva interseccional sobre os desafios de viver nessa modernidade ocidental. Em tempos de grande magnitude na crise dos valores civilizatórios coloniais, refletir sobre os necessários aquilombamentos torna-se exercício ético e êmico para uma prática de liberdade. Num mar de sofrimentos coletivos, ancoro as reflexões propostas por bell hooks (1994) quando nos desperta para as possibilidades da teoria como lugar de cura. Que esses saberes ancestrais em travessias possam nutrir solos existenciais calejados e quem sabe ascender as fogueiras de luta, que em meio aos tantos lutos, como farol na tempestade.
{"title":"Tecendo resistências contra-coloniais entre azmies:","authors":"I. Caixeta","doi":"10.34019/2318-101x.2021.v16.30814","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-101x.2021.v16.30814","url":null,"abstract":"Neste ensaio tenho por intuito tecer diálogos epistemológicos entre autoras pretas que acredito fazerem coro e movimento às reflexões contra coloniais. Proponho aproximar debates pertinentes acerca das experiências ao sul da luta anticapitalista, necessária para as (re)existências periféricas no encontro entre diferentes vozes insurgentes. A ideia é engajar travessias que encontrem terrenos pluriversais no enfrentamento ao racismo e sexismo estruturais, em perspectiva interseccional sobre os desafios de viver nessa modernidade ocidental. Em tempos de grande magnitude na crise dos valores civilizatórios coloniais, refletir sobre os necessários aquilombamentos torna-se exercício ético e êmico para uma prática de liberdade. Num mar de sofrimentos coletivos, ancoro as reflexões propostas por bell hooks (1994) quando nos desperta para as possibilidades da teoria como lugar de cura. Que esses saberes ancestrais em travessias possam nutrir solos existenciais calejados e quem sabe ascender as fogueiras de luta, que em meio aos tantos lutos, como farol na tempestade.","PeriodicalId":33386,"journal":{"name":"Teoria e Cultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43898682","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-15DOI: 10.34019/2318-101x.2020.v15.33000
M. A. D. S. Albuquerque
Este artigo aborda a mobilização étnica de uma população indígena migrante na cidade de São Paulo. De forma a promoverem a visibilidade de sua condição social e reivindicarem a identidade de indígenas, organizaram apresentações públicas de uma tradição até então restrita a suas aldeias. Neste artigo defendo a ideia de que os indígenas Pankararu construíram, em uma situação e um local não usualmente indígena, um espaço para exibição de autênticas renovações culturais e de novas reflexividades sobre a identidade étnica.
{"title":"O exotismo inverso Pankararu","authors":"M. A. D. S. Albuquerque","doi":"10.34019/2318-101x.2020.v15.33000","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-101x.2020.v15.33000","url":null,"abstract":"\u0000 \u0000 \u0000 \u0000Este artigo aborda a mobilização étnica de uma população indígena migrante na cidade de São Paulo. De forma a promoverem a visibilidade de sua condição social e reivindicarem a identidade de indígenas, organizaram apresentações públicas de uma tradição até então restrita a suas aldeias. Neste artigo defendo a ideia de que os indígenas Pankararu construíram, em uma situação e um local não usualmente indígena, um espaço para exibição de autênticas renovações culturais e de novas reflexividades sobre a identidade étnica. \u0000 \u0000 \u0000 \u0000","PeriodicalId":33386,"journal":{"name":"Teoria e Cultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45349556","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-15DOI: 10.34019/2318-101x.2020.v15.33001
C. Reyna, Mariana Stolf Friggi
Este artigo tem como objetivo discutir os aspectos estilísticos e subjetivos dos conceitos de autoetnografia e documentário dispositivo em primeira pessoa, construídos pelo encontro entre Patrícia Ferreiro Pará Yxapy e Sophia Ferreira Pinheiro, cujo resultado é o documentário experimental Teko Haxy-Ser Imperfeita (2016). O filme é particularmente instigante para saber, como essas vozes estão construídas, do que falam essas vozes e, certamente, quais são as questões estéticas e subjetivas advindas desse documentário que deriva do ato de filmar a outra e a si mesmas. Para elaborar essa análise fílmica, utilizamos os princípios metodológicos da antropologia do cinema, notadamente, o conceito de etnografia fílmica e, os princípios metodológicos de mise en scène e auto-mise en scène oriundas da antropologia fílmica.
本文旨在探讨由patricia Ferreiro para Yxapy和Sophia Ferreira Pinheiro的相遇所构建的自传体民族志和第一人称纪录片装置概念的文体和主观方面,其结果是实验性纪录片Teko Haxy-Ser Imperfeita(2016)。这部电影特别发人深思,想知道这些声音是如何构建的,这些声音在说什么,当然,这部纪录片产生了什么美学和主观问题,这些问题来自于拍摄他人和自己的行为。为了准备这一电影分析,我们使用了电影人类学的方法论原则,特别是电影人种学的概念,以及源自电影人类学的mise en scene和auto-mise en scene的方法论原则。
{"title":"Teko Haxy: autoetnografia e o documentário dispositivo na terra imperfeita","authors":"C. Reyna, Mariana Stolf Friggi","doi":"10.34019/2318-101x.2020.v15.33001","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-101x.2020.v15.33001","url":null,"abstract":"\u0000 \u0000 \u0000 \u0000Este artigo tem como objetivo discutir os aspectos estilísticos e subjetivos dos conceitos de autoetnografia e documentário dispositivo em primeira pessoa, construídos pelo encontro entre Patrícia Ferreiro Pará Yxapy e Sophia Ferreira Pinheiro, cujo resultado é o documentário experimental Teko Haxy-Ser Imperfeita (2016). O filme é particularmente instigante para saber, como essas vozes estão construídas, do que falam essas vozes e, certamente, quais são as questões estéticas e subjetivas advindas desse documentário que deriva do ato de filmar a outra e a si mesmas. Para elaborar essa análise fílmica, utilizamos os princípios metodológicos da antropologia do cinema, notadamente, o conceito de etnografia fílmica e, os princípios metodológicos de mise en scène e auto-mise en scène oriundas da antropologia fílmica. \u0000 \u0000 \u0000 \u0000","PeriodicalId":33386,"journal":{"name":"Teoria e Cultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47696580","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-15DOI: 10.34019/2318-101x.2020.v15.33003
José Francisco Serafim, Francisco Gabriel Rêgo
Esse artigo analisa a mise en scène no documentário Bicicletas de Nhanderú (2011). Buscamos nicialmente apontar para o papel dos sujeitos no processo de registro documental, de modo a atentar, tendo como base uma discussão já estabelecida na teoria documental, para o caráter intersubjetivo da cena. Em uma perspectiva ampla buscamos estabelecer um debate acerca da mise en scène no documentário e a sua importância do ponto de vista teórico e metodológico, relacionando análise fílmica e antropologia fílmica. Em seguida, partindo dos estudos de Claudine De France, analisamos a gestualística dos sujeitos representados tendo como base os dispositivos utilizados na mise en scène. Como conclusão, reiteramos a importância da dominância dos aspectos ritualísticos frente aos demais dispositivos, em uma mise en scène descritiva das relações entre os sujeitos sociais, a câmera e os significados tradicionais da cultura Mbyá.
本文分析了纪录片Bicicletas de Nhanderu(2011)中的场景。我们最初试图指出主体在文献登记过程中的作用,以便在文献理论中已经建立的讨论的基础上,关注场景的主体间性。在一个广阔的视野中,我们试图从理论和方法论的角度,将分析与人类学联系起来,对纪录片中的不幸及其重要性展开辩论。然后,基于Claudine De France的研究,我们基于mise en scène中使用的设备来分析被代表对象的手势。最后,我们重申,在描述社会主体、相机和姆比亚文化传统意义之间关系的背景下,仪式性方面相对于其他手段的主导地位非常重要。
{"title":"Deuses, chuvas e homens: um estudo da mise en scène no documentário Bicicletas de Nhanderú","authors":"José Francisco Serafim, Francisco Gabriel Rêgo","doi":"10.34019/2318-101x.2020.v15.33003","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-101x.2020.v15.33003","url":null,"abstract":"\u0000 \u0000 \u0000 \u0000Esse artigo analisa a mise en scène no documentário Bicicletas de Nhanderú (2011). Buscamos nicialmente apontar para o papel dos sujeitos no processo de registro documental, de modo a atentar, tendo como base uma discussão já estabelecida na teoria documental, para o caráter intersubjetivo da cena. Em uma perspectiva ampla buscamos estabelecer um debate acerca da mise en scène no documentário e a sua importância do ponto de vista teórico e metodológico, relacionando análise fílmica e antropologia fílmica. Em seguida, partindo dos estudos de Claudine De France, analisamos a gestualística dos sujeitos representados tendo como base os dispositivos utilizados na mise en scène. Como conclusão, reiteramos a importância da dominância dos aspectos ritualísticos frente aos demais dispositivos, em uma mise en scène descritiva das relações entre os sujeitos sociais, a câmera e os significados tradicionais da cultura Mbyá. \u0000 \u0000 \u0000 \u0000","PeriodicalId":33386,"journal":{"name":"Teoria e Cultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49010422","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-15DOI: 10.34019/2318-101x.2020.v15.32998
Sylvia Caiuby Novaes
Produzimos e contemplamos imagens desde o início da humanidade. Historicamente a presença de imagens entre nós vem se intensificando e está presente nos mais diversos contextos: no contexto médico, científico, religioso, no apoio à segurança de nossas cidades, nas mídias sociais que passam a substituir a interação social, na espetacularização da vida cotidiana. O objetivo desse artigo é apontar para a importância de análises antropológicas voltadas a esses diversos usos da imagem em nossa sociedade e, simultaneamente, discutir como, historicamente, a importância que atribuímos aos nossos sentidos pode variar, dependendo da época e da cultura em questão. Se a visão era órgão central do conhecimento desde o século XIX, no século XVI, em plena Reforma, a audição era o órgão valorizado, era necessário escutar as palavras de Deus, a fé era audição. Cabe perguntar: como nós, cientistas sociais, valorizamos cada um dos sentidos, que papel atribuímos à visão e às imagens na produção de nosso conhecimento? O artigo procura2 mostrar o paradoxo de uma ciência atravessada pelo visualismo e que, ao mesmo tempo, reitera a primazia do texto verbal, afastando-se seja da produção de imagens, seja de sua análise. Nas Ciências Sociais foi a Antropologia que passou a apontar para a riqueza do uso da imagem em nossas disciplinas e foram muitos os núcleos criados no país para a análise e produção de imagens em uma perspectiva antropológica.
{"title":"Antropologia e imagem","authors":"Sylvia Caiuby Novaes","doi":"10.34019/2318-101x.2020.v15.32998","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/2318-101x.2020.v15.32998","url":null,"abstract":"\u0000 \u0000 \u0000 \u0000Produzimos e contemplamos imagens desde o início da humanidade. Historicamente a presença de imagens entre nós vem se intensificando e está presente nos mais diversos contextos: no contexto médico, científico, religioso, no apoio à segurança de nossas cidades, nas mídias sociais que passam a substituir a interação social, na espetacularização da vida cotidiana. O objetivo desse artigo é apontar para a importância de análises antropológicas voltadas a esses diversos usos da imagem em nossa sociedade e, simultaneamente, discutir como, historicamente, a importância que atribuímos aos nossos sentidos pode variar, dependendo da época e da cultura em questão. Se a visão era órgão central do conhecimento desde o século XIX, no século XVI, em plena Reforma, a audição era o órgão valorizado, era necessário escutar as palavras de Deus, a fé era audição. Cabe perguntar: como nós, cientistas sociais, valorizamos cada um dos sentidos, que papel atribuímos à visão e às imagens na produção de nosso conhecimento? O artigo procura2 mostrar o paradoxo de uma ciência atravessada pelo visualismo e que, ao mesmo tempo, reitera a primazia do texto verbal, afastando-se seja da produção de imagens, seja de sua análise. Nas Ciências Sociais foi a Antropologia que passou a apontar para a riqueza do uso da imagem em nossas disciplinas e foram muitos os núcleos criados no país para a análise e produção de imagens em uma perspectiva antropológica. \u0000 \u0000 \u0000 \u0000","PeriodicalId":33386,"journal":{"name":"Teoria e Cultura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48013681","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-15DOI: 10.34019/2318-101x.2020.v15.29993
Candela Hernández, Ezequiel Saferstein
O propósito do presente artigo é abordar as instâncias de produção cultural e simbólica em sua relação com as esferas pública e política. A questão central está focada na atuação do setor editorial, da mídia e dos especialistas ou referentes desses campos na construção de problemas públicos. O estudo é abordado a partir do caso das ferrovias metropolitanas de Buenos Aires, objeto de tratamento de livros de atualidade política por suas más condições de funcionamento. Para avançar na análise, utiliza-se uma série de dados quantitativos (registro de livros sobre políticas publicados entre 2003 e 2015) e dados qualitativos (entrevistas e observações). O artigo conclui que o espaço editorial operou neste caso como um agente estratégico e hierárquico para a instalação de um tópico para debate público, como o estado do sistema ferroviário do passageiros argentino.
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