Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.1590/0100-512X2021N14907LUM
Luis Uribe Miranda
RESUMO Este texto tem como escopo mostrar a plausibilidade da tese de Gianni Vattimo, segundo a qual, a morte ou fim da arte, pensada pelo filosofo italiano como tramonto ou crepusculo da arte, pode ser uma chance para pensar a estetica filosofica na chamada condicao pos-moderna. A plausibilidade dessa tese e mostrada por meio de um percurso estetico-filosofico a partir das obras esteticas na lingua original do autor, nas quais se evidenciam a constante dos conceitos de producao, ontologia, verdade e Verwindung com o intuito de mostrar a vocacao ontologica da estetica vattimiana. A pergunta que norteia as reflexoes esteticas de Vattimo nao tem por finalidade responder o que e a arte e, sim, qual o sentido de produzir obras artisticas na epoca do fim da arte. Lidas nessa perspectiva, as obras esteticas de Vattimo mostram a necessidade de iniciar toda e cada estetica filosofica da aceitacao do pressuposto da historicidade da arte e da necessaria experiencia artistica porque nela, seguindo a filosofia de Heidegger, acontece a arte como posta em obra da verdade.
{"title":"A ESTÉTICA FILOSÓFICA DE GIANNI VATTIMO","authors":"Luis Uribe Miranda","doi":"10.1590/0100-512X2021N14907LUM","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0100-512X2021N14907LUM","url":null,"abstract":"RESUMO Este texto tem como escopo mostrar a plausibilidade da tese de Gianni Vattimo, segundo a qual, a morte ou fim da arte, pensada pelo filosofo italiano como tramonto ou crepusculo da arte, pode ser uma chance para pensar a estetica filosofica na chamada condicao pos-moderna. A plausibilidade dessa tese e mostrada por meio de um percurso estetico-filosofico a partir das obras esteticas na lingua original do autor, nas quais se evidenciam a constante dos conceitos de producao, ontologia, verdade e Verwindung com o intuito de mostrar a vocacao ontologica da estetica vattimiana. A pergunta que norteia as reflexoes esteticas de Vattimo nao tem por finalidade responder o que e a arte e, sim, qual o sentido de produzir obras artisticas na epoca do fim da arte. Lidas nessa perspectiva, as obras esteticas de Vattimo mostram a necessidade de iniciar toda e cada estetica filosofica da aceitacao do pressuposto da historicidade da arte e da necessaria experiencia artistica porque nela, seguindo a filosofia de Heidegger, acontece a arte como posta em obra da verdade.","PeriodicalId":52055,"journal":{"name":"Kriterion-Revista de Filosofia","volume":"16 1","pages":"459-480"},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88618134","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.1590/0100-512X2021N14909AP
A. Perin
RESUMO Este trabalho discute o status critico-sistematico da argumentacao kantiana no manuscrito intitulado Opus postumum. A primeira secao apresenta os elementos que compoem o rigor conceitual de Kant em sua metodologia de redacao e contrasta esses elementos com a estrutura argumentativa do Opus postumum. A segunda secao considera a condicao historia do manuscrito quanto as suas ordenacao e presenca/ausencia de elementos probatorios. A terceira secao pondera a situacao filosofica do Opus postumum no que diz respeito a sua contextualizacao (pos)critica. A conclusao apresentada e a de que a limitacao probatoria e a condicao historica do manuscrito do Opus postumum determinam a sua natureza filosofica: ele sempre sera passivel de uma interpretacao de necessidade transcendental condicionada pela contingencia empirica.
{"title":"O OPUS POSTUMUM DE KANT ENTRE A CONDICIONALIDADE EMPÍRICA E A INDETERMINAÇÃO TRANSCENDENTAL","authors":"A. Perin","doi":"10.1590/0100-512X2021N14909AP","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0100-512X2021N14909AP","url":null,"abstract":"RESUMO Este trabalho discute o status critico-sistematico da argumentacao kantiana no manuscrito intitulado Opus postumum. A primeira secao apresenta os elementos que compoem o rigor conceitual de Kant em sua metodologia de redacao e contrasta esses elementos com a estrutura argumentativa do Opus postumum. A segunda secao considera a condicao historia do manuscrito quanto as suas ordenacao e presenca/ausencia de elementos probatorios. A terceira secao pondera a situacao filosofica do Opus postumum no que diz respeito a sua contextualizacao (pos)critica. A conclusao apresentada e a de que a limitacao probatoria e a condicao historica do manuscrito do Opus postumum determinam a sua natureza filosofica: ele sempre sera passivel de uma interpretacao de necessidade transcendental condicionada pela contingencia empirica.","PeriodicalId":52055,"journal":{"name":"Kriterion-Revista de Filosofia","volume":"23 1","pages":"497-518"},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81080125","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.1590/0100-512X2021N14913RW
Roberto Wu
RESUMO O artigo discute a importância do termo demorar-se (Verweilen) na hermeneutica tardia de Hans-Georg Gadamer. A hipotese e a de que a sua relevância pode ser mais bem compreendida se relacionada ao conceito de ductus, tal apresentado por teoricos da retorica, como Mary Carruthers e Paul Crossley. O texto inicia com uma apresentacao breve centrada em quatro conceitos fundamentais para a concepcao de arte em Verdade e Metodo, a saber, acontecimento, conformacao, contemporaneidade e festa. Apos, discutese a importância da relacao entre o demorar-se e a conformacao para a temporalidade da arte. Em seguida, relaciona-se o demorar-se com o sermovido pelo vies da retorica. Por fim, o texto finaliza com a apresentacao do conceito retorico de ductus, e indica a proximidade deste com a concepcao gadameriana do demorar-se.
{"title":"A MUTUALIDADE ENTRE O DEMORAR-SE E O SER-MOVIDO: ARTE E RETÓRICA NA HERMENÊUTICA TARDIA DE GADAMER","authors":"Roberto Wu","doi":"10.1590/0100-512X2021N14913RW","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0100-512X2021N14913RW","url":null,"abstract":"RESUMO O artigo discute a importância do termo demorar-se (Verweilen) na hermeneutica tardia de Hans-Georg Gadamer. A hipotese e a de que a sua relevância pode ser mais bem compreendida se relacionada ao conceito de ductus, tal apresentado por teoricos da retorica, como Mary Carruthers e Paul Crossley. O texto inicia com uma apresentacao breve centrada em quatro conceitos fundamentais para a concepcao de arte em Verdade e Metodo, a saber, acontecimento, conformacao, contemporaneidade e festa. Apos, discutese a importância da relacao entre o demorar-se e a conformacao para a temporalidade da arte. Em seguida, relaciona-se o demorar-se com o sermovido pelo vies da retorica. Por fim, o texto finaliza com a apresentacao do conceito retorico de ductus, e indica a proximidade deste com a concepcao gadameriana do demorar-se.","PeriodicalId":52055,"journal":{"name":"Kriterion-Revista de Filosofia","volume":"81 1","pages":"595-614"},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76854662","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.1590/0100-512X2021N14901CB
Cristobal Balbontin-Gallo
Cet article entend pratiquer une confrontation de la pensee de Levinas et Hegel sur la question de la reconnaissance. En general, c'est sur un ton de veneration et d'admiration que Levinas fait reference a Hegel. Cependant, le philosophe n'hesite pas a formuler une critique virulente a l'encontre du philosophe allemand, qui se developpe avec une extreme prudence. En d'autres termes, Levinas ne perd jamais de vue la capacite de la philosophie hegelienne a se proteger des critiques et a les anticiper jusqu'a ce qu'elles soient incluses dans son systeme. C'est egalement le cas de la critique que presente Levinas sur la lutte pour la reconnaissance chez Hegel. Notre position est que Levinas n'embrasse jamais ouvertement, mais implicitement et avec prudence, la critique de la notion d'identite, de reciprocite et de conflit comme faisant partie de l'ensemble de la metaphysique ontologique qui domine l'histoire de la pensee occidentale, laquelle le penseur juif invite a abandonner.
{"title":"TROIS CRITIQUES LEVINASSIENNES À L’EGARD DE LA LUTTE POUR LA RECONNAISSANCE HEGELIENNE","authors":"Cristobal Balbontin-Gallo","doi":"10.1590/0100-512X2021N14901CB","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0100-512X2021N14901CB","url":null,"abstract":"Cet article entend pratiquer une confrontation de la pensee de Levinas et Hegel sur la question de la reconnaissance. En general, c'est sur un ton de veneration et d'admiration que Levinas fait reference a Hegel. Cependant, le philosophe n'hesite pas a formuler une critique virulente a l'encontre du philosophe allemand, qui se developpe avec une extreme prudence. En d'autres termes, Levinas ne perd jamais de vue la capacite de la philosophie hegelienne a se proteger des critiques et a les anticiper jusqu'a ce qu'elles soient incluses dans son systeme. C'est egalement le cas de la critique que presente Levinas sur la lutte pour la reconnaissance chez Hegel. Notre position est que Levinas n'embrasse jamais ouvertement, mais implicitement et avec prudence, la critique de la notion d'identite, de reciprocite et de conflit comme faisant partie de l'ensemble de la metaphysique ontologique qui domine l'histoire de la pensee occidentale, laquelle le penseur juif invite a abandonner.","PeriodicalId":52055,"journal":{"name":"Kriterion-Revista de Filosofia","volume":"19 1","pages":"319-340"},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85664002","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.1590/0100-512X2021N14912MCS
Meline Costa Sousa
RESUMO O proposito do texto e investigar se a relacao entre o intelecto humano e o intelecto agente, apresentada por Avicena no Livro sobre a alma V (Kitāb al-Nafs), comprometeria a autonomia epistemologica do intelecto humano. Partindo de uma discussao previa1 acerca da atividade colaborativa entre a alma racional e os sentidos internos, a analise que se segue e inteiramente devotada a apresentar os limites da interacao causal entre os dois intelectos. Para isso, e necessario compreender o tipo de causalidade realizado pelo intelecto agente a partir da analogia com o sol e a visao tal como Avicena a emprega.
总结文本的目的和研究的人类智慧和智力之间的关系,提出美国在本书的灵魂V b (Kitā-Nafs),会危及epistemologica失去人类的智慧。从之前关于理性灵魂和内在感官之间的合作活动的讨论开始,接下来的分析完全致力于呈现两种智力之间因果相互作用的局限性。为此,有必要从阿维森纳使用的太阳和视觉的类比来理解能动智力所实现的因果关系。
{"title":"SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O INTELECTO HUMANO E O INTELECTO AGENTE NO LIVRO SOBRE A ALMA V DE AVICENA","authors":"Meline Costa Sousa","doi":"10.1590/0100-512X2021N14912MCS","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0100-512X2021N14912MCS","url":null,"abstract":"RESUMO O proposito do texto e investigar se a relacao entre o intelecto humano e o intelecto agente, apresentada por Avicena no Livro sobre a alma V (Kitāb al-Nafs), comprometeria a autonomia epistemologica do intelecto humano. Partindo de uma discussao previa1 acerca da atividade colaborativa entre a alma racional e os sentidos internos, a analise que se segue e inteiramente devotada a apresentar os limites da interacao causal entre os dois intelectos. Para isso, e necessario compreender o tipo de causalidade realizado pelo intelecto agente a partir da analogia com o sol e a visao tal como Avicena a emprega.","PeriodicalId":52055,"journal":{"name":"Kriterion-Revista de Filosofia","volume":"9 1","pages":"573-593"},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84381011","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.1590/0100-512X2021N14902DC
D. Coitinho
RESUMO O objetivo e refletir sobre o escopo do conhecimento moral a partir do modelo da etica das virtudes, que toma por base a ideia de carater virtuoso e florescimento humano, sendo esta abordagem bastante promissora para responder ao argumento cetico que diz que o desacordo moral e uma prova irrefutavel da impossibilidade do conhecimento no campo da etica. Para este fim, inicio problematizando o conhecimento moral, com a consideracao especifica do raciocinio etico. Posteriormente, investigo o papel das virtudes epistemicas de sabedoria pratica, humildade e integridade para a aquisicao do conhecimento moral. Por fim, postulo que a etica das virtudes, que conta com certas virtudes epistemicas, pode explicar adequadamente o conhecimento moral e responder de forma mais eficiente ao ceticismo.
{"title":"CONHECIMENTO MORAL E VIRTUDES EPISTÊMICAS","authors":"D. Coitinho","doi":"10.1590/0100-512X2021N14902DC","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0100-512X2021N14902DC","url":null,"abstract":"RESUMO O objetivo e refletir sobre o escopo do conhecimento moral a partir do modelo da etica das virtudes, que toma por base a ideia de carater virtuoso e florescimento humano, sendo esta abordagem bastante promissora para responder ao argumento cetico que diz que o desacordo moral e uma prova irrefutavel da impossibilidade do conhecimento no campo da etica. Para este fim, inicio problematizando o conhecimento moral, com a consideracao especifica do raciocinio etico. Posteriormente, investigo o papel das virtudes epistemicas de sabedoria pratica, humildade e integridade para a aquisicao do conhecimento moral. Por fim, postulo que a etica das virtudes, que conta com certas virtudes epistemicas, pode explicar adequadamente o conhecimento moral e responder de forma mais eficiente ao ceticismo.","PeriodicalId":52055,"journal":{"name":"Kriterion-Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":"341-364"},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79993000","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.1590/0100-512X2021N14908LCGO
Luís César Guimarães Oliva
RESUMO Longe de criticar o divertimento como mera futilidade, Pascal o considera um dispositivo de sobrevivencia incontornavel para a condicao humana, continuamente ameacada pelo tedio (ennui). O que ainda nao e totalmente claro, porem, e o alcance desta incontornabilidade. Em outras palavras: o cristao tambem se diverte ou o divertimento e um caminho necessario apenas ao nao cristao? Trata-se de uma descricao fenomenologica dos comportamentos humanos, sem implicacao para o projeto apologetico pascaliano, ou de um elemento constitutivo deste ultimo? Essas perguntas fazem necessario um retorno ao tema, analisando os principais fragmentos que o exploram e retomando alguns interpretes fundamentais. Ao final, pretendemos ter mostrado que o divertimento so pode ser contornado quando ocorre a intervencao sobre-humana da graca.
{"title":"AS REVIRAVOLTAS DO DIVERTIMENTO EM PASCAL","authors":"Luís César Guimarães Oliva","doi":"10.1590/0100-512X2021N14908LCGO","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0100-512X2021N14908LCGO","url":null,"abstract":"RESUMO Longe de criticar o divertimento como mera futilidade, Pascal o considera um dispositivo de sobrevivencia incontornavel para a condicao humana, continuamente ameacada pelo tedio (ennui). O que ainda nao e totalmente claro, porem, e o alcance desta incontornabilidade. Em outras palavras: o cristao tambem se diverte ou o divertimento e um caminho necessario apenas ao nao cristao? Trata-se de uma descricao fenomenologica dos comportamentos humanos, sem implicacao para o projeto apologetico pascaliano, ou de um elemento constitutivo deste ultimo? Essas perguntas fazem necessario um retorno ao tema, analisando os principais fragmentos que o exploram e retomando alguns interpretes fundamentais. Ao final, pretendemos ter mostrado que o divertimento so pode ser contornado quando ocorre a intervencao sobre-humana da graca.","PeriodicalId":52055,"journal":{"name":"Kriterion-Revista de Filosofia","volume":"63 1","pages":"481-496"},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73800289","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.1590/0100-512X2021N14910CR
C. Rossi
RESUMEN Aristoteles introduce en Fisica II 3 lo que comunmente se ha considerado como su teoria de las cuatro causas. Sin embargo, en las decadas pasadas pareciera haberse vuelto igualmente comun la idea de que lo que Aristoteles estaria haciendo en ese y otros pasajes paralelos es introducir una teoria sobre los distintos tipos de explicaciones que disponemos para dar cuenta de los fenomenos del mundo natural. El presente articulo argumenta en contra de tal interpretacion de la nocion aristotelica de α’ιτία. Para ello, presenta dos argumentos. Mientras el primero desarrolla una objecion de caracter textual contra tal postura interpretativa, el segundo - y mas importante - mostraria la insuficiencia de esta postura para comprender adecuadamente la relacion que Aristoteles entrevio entre la causalidad y el azar.
{"title":"¿SOSTUVO ARISTÓTELES UNA TEORÍA DE LA EXPLICACIÓN? ALGUNAS OBSERVACIONES ACERCA DEL ALCANCE DE LA NOCIÓN ARISTOTÉLICA DE α’ιτία *","authors":"C. Rossi","doi":"10.1590/0100-512X2021N14910CR","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0100-512X2021N14910CR","url":null,"abstract":"RESUMEN Aristoteles introduce en Fisica II 3 lo que comunmente se ha considerado como su teoria de las cuatro causas. Sin embargo, en las decadas pasadas pareciera haberse vuelto igualmente comun la idea de que lo que Aristoteles estaria haciendo en ese y otros pasajes paralelos es introducir una teoria sobre los distintos tipos de explicaciones que disponemos para dar cuenta de los fenomenos del mundo natural. El presente articulo argumenta en contra de tal interpretacion de la nocion aristotelica de α’ιτία. Para ello, presenta dos argumentos. Mientras el primero desarrolla una objecion de caracter textual contra tal postura interpretativa, el segundo - y mas importante - mostraria la insuficiencia de esta postura para comprender adecuadamente la relacion que Aristoteles entrevio entre la causalidad y el azar.","PeriodicalId":52055,"journal":{"name":"Kriterion-Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":"519-547"},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76317838","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.1590/0100-512X2021N14911MAS
M. Serra-Pérez
RESUMEN Aristoteles afirma en Phys. II 7, 198a 25 que de las cuatro causas principales del devenir, tres de ellas se reducen a una, la forma. De este modo, el Estagirita parece establecer que la forma es el fundamento de la causalidad. A partir de esta consideracion, en este escrito seran planteadas dos cuestiones principales desde un comun denominador: una sera como interpretar la primacia causal de la forma, y la otra, cual es la relacion entre esta primacia y el Primer Motor Inmovil, como causa primera del movimiento, ambas cuestiones a la luz de la teoria de acto-potencia.
{"title":"“ἔρχεται δὲ τὰ τρία εἰς [τὸ] ἕν πολλάκις” UNA INTERPRETACIÓN DE PHYS. II 7, 198A 25 ACERCA DEL SENTIDO CAUSAL FUNDANTE DEL DEVENIR A LA LUZ DE LA TEORÍA DE ACTO-POTENCIA:","authors":"M. Serra-Pérez","doi":"10.1590/0100-512X2021N14911MAS","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0100-512X2021N14911MAS","url":null,"abstract":"RESUMEN Aristoteles afirma en Phys. II 7, 198a 25 que de las cuatro causas principales del devenir, tres de ellas se reducen a una, la forma. De este modo, el Estagirita parece establecer que la forma es el fundamento de la causalidad. A partir de esta consideracion, en este escrito seran planteadas dos cuestiones principales desde un comun denominador: una sera como interpretar la primacia causal de la forma, y la otra, cual es la relacion entre esta primacia y el Primer Motor Inmovil, como causa primera del movimiento, ambas cuestiones a la luz de la teoria de acto-potencia.","PeriodicalId":52055,"journal":{"name":"Kriterion-Revista de Filosofia","volume":"63 1","pages":"549-571"},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80091245","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.1590/0100-512X2021N14904AG
Alfredo Gatto
RESUMO L’articolo si propone di analizzare il dibattito che ha caratterizzato l’XI secolo alla luce dell’onnipotenza divina, con particolare riguardo per le riflessioni di Pier Damiani e Anselmo d’Aosta. Dopo aver presentato la disputa tra Lanfranco di Pavia e Berengario di Tours sul ruolo e la funzione dell’ars dialectica, l’articolo si concentra sul De divina omnipotentia di Damiani, mettendo in risalto la radicalita dell’approccio sostenuto dal monaco ravennate. L’articolo procede prendendo in esame la posizione sostenuta da Anselmo nel Proslogion, nel De libertate arbitrii, nel De casu diaboli e nel Cur Deus homo per porre in risalto la centralita dell’approccio anselmiano nella storia successiva della filosofia medievale.
我重申这篇文章的目的是根据神圣的全能来分析11世纪的辩论,特别注意皮尔·达米亚尼和安塞尔莫·达奥斯塔的思想。在介绍了Lanfranco di Pavia和Berengario di Tours之间关于ars对话的作用和职能的争论之后,这篇文章集中讨论了Damiani神圣的omsunentia,强调了ravennate僧侣所提倡的方法的激进性。这篇文章接着考察了安塞尔莫在即将发生的事情中所持的立场
{"title":"QUOMODO SIT OMNIPOTENS CUM MULTA NON POSSIT. ANSELMO D’AOSTA E PIER DAMIANI SULL’ONNIPOTENZA DIVINA","authors":"Alfredo Gatto","doi":"10.1590/0100-512X2021N14904AG","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0100-512X2021N14904AG","url":null,"abstract":"RESUMO L’articolo si propone di analizzare il dibattito che ha caratterizzato l’XI secolo alla luce dell’onnipotenza divina, con particolare riguardo per le riflessioni di Pier Damiani e Anselmo d’Aosta. Dopo aver presentato la disputa tra Lanfranco di Pavia e Berengario di Tours sul ruolo e la funzione dell’ars dialectica, l’articolo si concentra sul De divina omnipotentia di Damiani, mettendo in risalto la radicalita dell’approccio sostenuto dal monaco ravennate. L’articolo procede prendendo in esame la posizione sostenuta da Anselmo nel Proslogion, nel De libertate arbitrii, nel De casu diaboli e nel Cur Deus homo per porre in risalto la centralita dell’approccio anselmiano nella storia successiva della filosofia medievale.","PeriodicalId":52055,"journal":{"name":"Kriterion-Revista de Filosofia","volume":"72 1","pages":"387-408"},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89192815","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"哲学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}