Pub Date : 2023-08-30DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v43p80-106
Letícia Cristina Silva, Simone Rocha de Vasconcellos Hage
O objetivo do estudo foi realizar uma análise crítica das diretrizes para tradução e adaptação transcultural de instrumentos na área da saúde, apontando os aspectos linguísticos e culturais na adaptação de um instrumento que identifica apraxia de fala na infância. O processo de tradução foi baseado nas diretrizes de Beaton et. al. (2000), com algumas alterações: (1) tradução; (2) Síntese da Tradução; (3) Retrotradução; (4) Comitê de Peritos; (5) Revisão Final. Todos os aspectos linguísticos e culturais foram adaptados na tradução e os itens classificados como tendo problemas de equivalência foram alterados, buscando a melhor adaptação possível. Concluímos que o propósito e público alvo do texto são muito importantes e devem ser considerados no processo, e que a experiência do tradutor é uma das chaves para a qualidade da tradução.
{"title":"Aspectos linguísticos e culturais na adaptação de instrumento para a identificação de apraxia de fala na infância","authors":"Letícia Cristina Silva, Simone Rocha de Vasconcellos Hage","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v43p80-106","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v43p80-106","url":null,"abstract":"O objetivo do estudo foi realizar uma análise crítica das diretrizes para tradução e adaptação transcultural de instrumentos na área da saúde, apontando os aspectos linguísticos e culturais na adaptação de um instrumento que identifica apraxia de fala na infância. O processo de tradução foi baseado nas diretrizes de Beaton et. al. (2000), com algumas alterações: (1) tradução; (2) Síntese da Tradução; (3) Retrotradução; (4) Comitê de Peritos; (5) Revisão Final. Todos os aspectos linguísticos e culturais foram adaptados na tradução e os itens classificados como tendo problemas de equivalência foram alterados, buscando a melhor adaptação possível. Concluímos que o propósito e público alvo do texto são muito importantes e devem ser considerados no processo, e que a experiência do tradutor é uma das chaves para a qualidade da tradução.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136241863","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-25DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v43p54-79
Adauri Brezolin, Gabriela Favero Perretta
Neste manuscrito, discutiremos como um texto, mesmo altamente domesticado, consegue deixar seu tradutor visível. Coletamos 15 falas originais da primeira temporada da série norte-americana (Des)encanto (Netflix, 2018) e as respectivas falas dubladas (caracterizadas por memes) em português brasileiro para posterior cotejo. Para tanto, apresentaremos noções relacionadas à dublagem e ao seu processo; à tradução em geral e à tradução para dublagem, dando ênfase às estratégias de domesticação e estrangeirização de Venuti (1995) e aos memes. Inferimos que o principal fator responsável pela visibilidade do tradutor nesse texto domesticado foi a presença do conceito de “infidelidade abusiva” em oposição ao conceito de “fidelidade abusiva” de Lewis (1985), discutido por Venuti (1995).
{"title":"Domesticação, infidelidade abusiva e a ilusória invisibilidade do tradutor: o caso dos memes na dublagem brasileira da animação (Des)encanto","authors":"Adauri Brezolin, Gabriela Favero Perretta","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v43p54-79","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v43p54-79","url":null,"abstract":"Neste manuscrito, discutiremos como um texto, mesmo altamente domesticado, consegue deixar seu tradutor visível. Coletamos 15 falas originais da primeira temporada da série norte-americana (Des)encanto (Netflix, 2018) e as respectivas falas dubladas (caracterizadas por memes) em português brasileiro para posterior cotejo. Para tanto, apresentaremos noções relacionadas à dublagem e ao seu processo; à tradução em geral e à tradução para dublagem, dando ênfase às estratégias de domesticação e estrangeirização de Venuti (1995) e aos memes. Inferimos que o principal fator responsável pela visibilidade do tradutor nesse texto domesticado foi a presença do conceito de “infidelidade abusiva” em oposição ao conceito de “fidelidade abusiva” de Lewis (1985), discutido por Venuti (1995).","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":"2 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139355127","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p242-265
Isabela David de Lima Damasceno, Raquel Ferreira Ribeiro, Sara Mabel Ancelmo Benvenuto
Este trabalho propõe uma análise comparativa entre as personagens do conto “Eveline”, de James Joyce, que se passa na Irlanda do início do século XX, e Eveline, protagonista do curta-metragem Válvula, dirigido por Sara Benvenuto (2020). O filme se passa em Iguatu, cidade do sertão do Ceará nos tempos atuais. Ambas as personagens contemplam as possibilidades de mudança em suas vidas, mas lidam com as amarras impostas pelo seu sexo e contexto sociocultural. Consideramos o conceito de adaptação (Hutcheon 2013), a noção de reescritura (Lefevere 2007) e o estudo da estática cinematográfica (Gardies et al. 2008). A análise foi conduzida em três perspectivas: o da análise literária, do processo de construção da adaptação fílmica e a partir de um olhar pedagógico. Concluímos que, embora haja semelhanças entre as narrativas, os contextos socioculturais da mulher dublinense dos anos 1900 e da mulher interiorana de 2020 se sobressaem.
本文对詹姆斯·乔伊斯的故事《伊芙琳》中的人物进行了比较分析,故事发生在20世纪初的爱尔兰,伊芙琳是萨拉·本维努托导演的短片《阀门》(2020)的主角。这部电影发生在伊瓜图,ceara的内陆城市。这两个角色都在思考改变他们生活的可能性,但都要处理他们的性别和社会文化背景所施加的限制。我们考虑了改编的概念(Hutcheon 2013),重写的概念(Lefevere 2007)和电影静态的研究(Gardies et al. 2008)。分析从三个角度进行:文学分析、电影改编的建构过程和教学视角。我们的结论是,尽管叙事之间有相似之处,但1900年都柏林女性和2020年内陆女性的社会文化背景是突出的。
{"title":"Evelines: semelhanças e Diferenças entre a Literatura de James Joyce e a Adaptação Fílmica de Sara Benvenuto no Contexto Sociocultural","authors":"Isabela David de Lima Damasceno, Raquel Ferreira Ribeiro, Sara Mabel Ancelmo Benvenuto","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p242-265","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p242-265","url":null,"abstract":"Este trabalho propõe uma análise comparativa entre as personagens do conto “Eveline”, de James Joyce, que se passa na Irlanda do início do século XX, e Eveline, protagonista do curta-metragem Válvula, dirigido por Sara Benvenuto (2020). O filme se passa em Iguatu, cidade do sertão do Ceará nos tempos atuais. Ambas as personagens contemplam as possibilidades de mudança em suas vidas, mas lidam com as amarras impostas pelo seu sexo e contexto sociocultural. Consideramos o conceito de adaptação (Hutcheon 2013), a noção de reescritura (Lefevere 2007) e o estudo da estática cinematográfica (Gardies et al. 2008). A análise foi conduzida em três perspectivas: o da análise literária, do processo de construção da adaptação fílmica e a partir de um olhar pedagógico. Concluímos que, embora haja semelhanças entre as narrativas, os contextos socioculturais da mulher dublinense dos anos 1900 e da mulher interiorana de 2020 se sobressaem.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46770688","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p11-20
A. L. Hattnher
Já faz algum tempo que os campos dos Estudos de Adaptação e dos Estudos de Tradução têm acenado mutuamente a certa distância um do outro, em um contato marcado muitas vezes por um possível temor de descaracterização ou perda de identidade de cada uma dessas áreas de investigação. Na verdade, as teorias de adaptação têm usado amplamente o termo ‘tradução’ para representar o processo de transformação que pode ocorrer entre arquiteturas textuais diferentes. Por sua vez, os estudiosos e, em especial, os profissionais da tradução usam o termo ‘adaptação’ para descrever procedimentos que, na verdade, representam o ato tradutório em si. Esse uso de ‘adaptação’ parece criar uma zona de conforto especial que pudesse abrigar tudo o que fosse um desvio dos posicionamentos de idolatria ao ‘texto original’. Examinar as formas como tais termos são empregados, em especial no Brasil, pode nos ajudar a repensar suas definições e limites.
{"title":"Adaptação, tradução: o que há em um nome?","authors":"A. L. Hattnher","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p11-20","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p11-20","url":null,"abstract":"Já faz algum tempo que os campos dos Estudos de Adaptação e dos Estudos de Tradução têm acenado mutuamente a certa distância um do outro, em um contato marcado muitas vezes por um possível temor de descaracterização ou perda de identidade de cada uma dessas áreas de investigação. Na verdade, as teorias de adaptação têm usado amplamente o termo ‘tradução’ para representar o processo de transformação que pode ocorrer entre arquiteturas textuais diferentes. Por sua vez, os estudiosos e, em especial, os profissionais da tradução usam o termo ‘adaptação’ para descrever procedimentos que, na verdade, representam o ato tradutório em si. Esse uso de ‘adaptação’ parece criar uma zona de conforto especial que pudesse abrigar tudo o que fosse um desvio dos posicionamentos de idolatria ao ‘texto original’. Examinar as formas como tais termos são empregados, em especial no Brasil, pode nos ajudar a repensar suas definições e limites.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42481769","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p85-95
Kamila Moreira de Oliveira Lima
No romance Abril despedaçado (Prilli i Thyer), Ismail Kadaré narra os últimos dias de vida de Gjorg Berisha, jurado de morte pelo Kanun, código de honra da região, em lúgubres descrições do gélido deserto albanês que se misturam às reflexões e sentimentos da personagem. A adaptação fílmica de mesmo título, dirigida por Walter Salles e com roteiro adaptado por Karim Aïnouz, por sua vez, transpõe a história para o sertão nordestino brasileiro, acompanhando o jovem Tonho em seu rumo à morte certa, desta vez cego pelo sol, e não pela neve. Em ambas as obras, está presente o denominado sertão-mundo, conceito derivado da obra de Guimarães Rosa, em especial Grande sertão: veredas (1956). Esta característica, destacada desde a publicação do romance nas discussões sobre o (trans)regionalismo da obra e o uso do espaço e tempo pelo autor (LORENZ, 1991; LEONEL; SEGATTO, 2009; HOISEL, 2014), é discutida aqui, portanto, em sua relação com a transposição da obra albanesa para o sertão nordestino. Neste artigo, portanto, buscamos estabelecer relações não tanto entre o romance de Kadaré e sua adaptação, mas entre ambos com a reflexão recorrente na obra rosiana de que o sertão está dentro de nós.
{"title":"O sertão está em toda parte: o sertão-mundo rosiano na adaptação fílmica de Abril Despedaçado","authors":"Kamila Moreira de Oliveira Lima","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p85-95","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p85-95","url":null,"abstract":"No romance Abril despedaçado (Prilli i Thyer), Ismail Kadaré narra os últimos dias de vida de Gjorg Berisha, jurado de morte pelo Kanun, código de honra da região, em lúgubres descrições do gélido deserto albanês que se misturam às reflexões e sentimentos da personagem. A adaptação fílmica de mesmo título, dirigida por Walter Salles e com roteiro adaptado por Karim Aïnouz, por sua vez, transpõe a história para o sertão nordestino brasileiro, acompanhando o jovem Tonho em seu rumo à morte certa, desta vez cego pelo sol, e não pela neve. Em ambas as obras, está presente o denominado sertão-mundo, conceito derivado da obra de Guimarães Rosa, em especial Grande sertão: veredas (1956). Esta característica, destacada desde a publicação do romance nas discussões sobre o (trans)regionalismo da obra e o uso do espaço e tempo pelo autor (LORENZ, 1991; LEONEL; SEGATTO, 2009; HOISEL, 2014), é discutida aqui, portanto, em sua relação com a transposição da obra albanesa para o sertão nordestino. Neste artigo, portanto, buscamos estabelecer relações não tanto entre o romance de Kadaré e sua adaptação, mas entre ambos com a reflexão recorrente na obra rosiana de que o sertão está dentro de nós.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46105242","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p138-156
Cynthia Beatrice Costa, Lenita Maria Rimoli Pisetta
O que acontece com a voz de quem narra quando a narrativa muda de língua, tempo, espaço e/ou meio? Para examinar tal questão, adotamos como exemplo uma tradução para o português e uma adaptação cinematográfica do romance Jane Eyre (1847), de Charlotte Brontë. No plano da tradução interlingual, várias questões se colocam, como quando a narradora-personagem se dirige ao leitor. Como traduzir esse ‘reader’, que em português necessariamente terá marcação de gênero? A quem Jane se dirige? Já no filme de Robert Stevenson (1943), a narradora desdobra-se: a voz de Joan Fontaine em voice-over divide a tarefa narrativa com a câmera. A partir de conceitos narratológicos de Booth (1980) e Genette (1995) e dos estudos de Kozloff (1988) a respeito do uso de voice-over no cinema, examinamos a hipótese de que tradução e adaptação pressupõem ajustes significativos na voz narrativa.
{"title":"As múltiplas vozes narrativas de Jane Eyre: romance e filme","authors":"Cynthia Beatrice Costa, Lenita Maria Rimoli Pisetta","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p138-156","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p138-156","url":null,"abstract":"O que acontece com a voz de quem narra quando a narrativa muda de língua, tempo, espaço e/ou meio? Para examinar tal questão, adotamos como exemplo uma tradução para o português e uma adaptação cinematográfica do romance Jane Eyre (1847), de Charlotte Brontë. No plano da tradução interlingual, várias questões se colocam, como quando a narradora-personagem se dirige ao leitor. Como traduzir esse ‘reader’, que em português necessariamente terá marcação de gênero? A quem Jane se dirige? Já no filme de Robert Stevenson (1943), a narradora desdobra-se: a voz de Joan Fontaine em voice-over divide a tarefa narrativa com a câmera. A partir de conceitos narratológicos de Booth (1980) e Genette (1995) e dos estudos de Kozloff (1988) a respeito do uso de voice-over no cinema, examinamos a hipótese de que tradução e adaptação pressupõem ajustes significativos na voz narrativa.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46106017","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p233-241
Hyana Jéssica Silveira Rocha
Criado em 2014, o Grupo Iluminuras de Literatura e Bordado é um projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC), vinculado ao curso de Pedagogia e tem como principal objetivo o incentivo à leitura. A cada semestre, o grupo se dedica ao estudo de um clássico da literatura brasileira, discute sobre a obra e sobre como propor uma ressignificação do texto em desenhos, linhas e cores, projetando a literatura brasileira nos signos visuais do bordado para um público mais amplo. Tais atividades são categorizadas como uma prática de tradução intersemiótica, pois o bordado traduz o texto literário sob forma de imagens. Este trabalho apresenta, através da análise de um dos bordados produzidos, a tradução intersemiótica realizada pelo grupo.
Iluminuras de Literatura e Bordado成立于2014年,是ceara联邦大学(UFC)的一个扩展项目,与教育学课程相联系,其主要目标是鼓励阅读。每学期,小组致力于研究巴西文学的经典作品,讨论作品,并提出如何在图纸、线条和颜色上重新定义文本,将巴西文学投射到刺绣的视觉标志中,以供更广泛的观众使用。这些活动被归类为符号学间的翻译实践,因为刺绣以图像的形式翻译文学文本。本文通过对其中一幅刺绣作品的分析,提出了该团体所进行的符号学间翻译。
{"title":"Traduzir em Linhas e Cores: a tradução intersemiótica de Iracema, de José de Alencar dentro do grupo Iluminuras de Literatura e Bordado","authors":"Hyana Jéssica Silveira Rocha","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p233-241","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p233-241","url":null,"abstract":"Criado em 2014, o Grupo Iluminuras de Literatura e Bordado é um projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC), vinculado ao curso de Pedagogia e tem como principal objetivo o incentivo à leitura. A cada semestre, o grupo se dedica ao estudo de um clássico da literatura brasileira, discute sobre a obra e sobre como propor uma ressignificação do texto em desenhos, linhas e cores, projetando a literatura brasileira nos signos visuais do bordado para um público mais amplo. Tais atividades são categorizadas como uma prática de tradução intersemiótica, pois o bordado traduz o texto literário sob forma de imagens. Este trabalho apresenta, através da análise de um dos bordados produzidos, a tradução intersemiótica realizada pelo grupo.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44650907","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p180-205
J. C. Santos
Parto da canção romântico-popular “Evidências” (Augusto; Valle, 1990) e suas traduções por Chitãozinho & Xororó nos álbuns Caubóis do Asfalto (1990), Elas em evidências (2015) e como tema de encerramento da turnê Evidências (2016-2020) no intento de investigar os refluxos e recrudescimentos do povo caipira naquilo que se chama canção sertaneja no âmbito da Indústria Cultural. Sirvo-me de alguns elementos teoria da linguagem proposta por Henri Meschonnic (2006; 2008; 2015) para elucidar a compreensão da maneira como afeto e conceito em um só bocado de palavra agem e transformam os modos de ver, de ouvir e sentir (Meschonnic 2015: 9). Índices como tonalidade anasalada, extensão de tessitura, falsetes, dupla melodia principal, alguma arrogância e idealização afetiva, presentes em Caubóis do asfalto (1990), revigoram via intertextualidade o povo caipira da Paulistânia (RIBEIRO, 1995), trazendo os brãos da roça (Corrêa 2014) e o sertanejo (Lima 1972) onde inicialmente havia pop; em Elas em evidências (2015), há deslocamentos dados, sobretudo, pelo acréscimo das diferentes formas de empoderamento feminino por distintas oralidades (Meschonnic 2006) numa importante articulação que atende ao escopo (Veermer 1996 apud Pyn 2017) dos interesses de mercado. Já como tema de encerramento (Paladini 2015), emerge como virtuose o rock progressivo superando as expectativas do receptor e deslocando os limites das ordens do discurso.
{"title":"Indagando as aparências, apontando as evidências: resquícios da cultura caipira no hit de Chitãozinho & Xororó","authors":"J. C. Santos","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p180-205","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p180-205","url":null,"abstract":"Parto da canção romântico-popular “Evidências” (Augusto; Valle, 1990) e suas traduções por Chitãozinho & Xororó nos álbuns Caubóis do Asfalto (1990), Elas em evidências (2015) e como tema de encerramento da turnê Evidências (2016-2020) no intento de investigar os refluxos e recrudescimentos do povo caipira naquilo que se chama canção sertaneja no âmbito da Indústria Cultural. Sirvo-me de alguns elementos teoria da linguagem proposta por Henri Meschonnic (2006; 2008; 2015) para elucidar a compreensão da maneira como afeto e conceito em um só bocado de palavra agem e transformam os modos de ver, de ouvir e sentir (Meschonnic 2015: 9). Índices como tonalidade anasalada, extensão de tessitura, falsetes, dupla melodia principal, alguma arrogância e idealização afetiva, presentes em Caubóis do asfalto (1990), revigoram via intertextualidade o povo caipira da Paulistânia (RIBEIRO, 1995), trazendo os brãos da roça (Corrêa 2014) e o sertanejo (Lima 1972) onde inicialmente havia pop; em Elas em evidências (2015), há deslocamentos dados, sobretudo, pelo acréscimo das diferentes formas de empoderamento feminino por distintas oralidades (Meschonnic 2006) numa importante articulação que atende ao escopo (Veermer 1996 apud Pyn 2017) dos interesses de mercado. Já como tema de encerramento (Paladini 2015), emerge como virtuose o rock progressivo superando as expectativas do receptor e deslocando os limites das ordens do discurso.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45369734","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p1-10
Silvia Cobelo, S. Pinheiro
{"title":"Traduções e Adaptações em estudo: um panorama da IV Jornada de Tradução e Adaptação – JOTA 2021","authors":"Silvia Cobelo, S. Pinheiro","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p1-10","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p1-10","url":null,"abstract":" ","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48769459","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p206-232
Dafny Saldanha Hespanhol Vital
O presente trabalho tem por objetivo comparar duas traduções para Libras do poema Moça linda bem tratada, de Mário de Andrade, realizadas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sendo a última no projeto Videoteca Acadêmica em Libras (ViaLibras), considerando-as como produtos multimodais (Diniz e Carneiro 2021; Baptista 2015). Para esta análise, consideraremos o conceito de multimodalidade e seus componentes design, produção e distribuição (Kress e Van Leeuwen 2001; Baptista 2015). Apresentaremos algumas escolhas tradutórias que diferem em cada tradução, relacionando com a ideia de recriação na tradução de textos criativos (Campos 1967 [1962]) e de recursos de rima e ritmo em línguas de sinais (Klamt 2014). Observou-se que a versão 2 apresentava multimodalidade mais rica que a versão 1, e que os leitores de ambas as traduções precisarão acionar competências previamente construídas no momento da leitura (Souza 2021). Espera-se que o trabalho possa trazer reflexões importantes a tradutores de Libras sobre a aplicabilidade dos aspectos relacionados à multimodalidade.
本研究旨在比较mario de Andrade在里约热内卢联邦大学(UFRJ)完成的诗歌moca linda bem treat的两种天秤座翻译,这是天秤座学术视频图书馆项目(ViaLibras)的最后一种翻译,将它们视为多模式产品(Diniz和Carneiro 2021;巴普蒂斯塔2015)。在这个分析中,我们将考虑多模态的概念及其组成部分的设计、生产和分配(Kress和Van Leeuwen 2001;巴普蒂斯塔2015)。我们将提出一些在每个翻译中不同的翻译选择,与创造性文本翻译中的再创造思想(1967[1962]领域)和手语中的押韵和节奏特征(Klamt 2014)有关。据观察,版本2比版本1有更丰富的多模态,两种翻译的读者都需要在阅读时触发先前建立的技能(Souza 2021)。希望这项工作能给天秤座翻译人员带来关于多模态相关方面的适用性的重要思考。
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