Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p266-285
Anna Catharina de Mendonça Paes
O filme espanhol La Tribu permite explorar possibilidades de significado em diferentes meios ou mídias dentro da narrativa. Logo no início, um vídeo viral expõe o protagonista, Fidel, à humilhação pública, resultando em sua demissão e divórcio. Em paralelo à sua ruína e depressão, um cantor faz sucesso com um reggaeton inspirado nele, além de um videoclipe com coreografia. O objetivo é descrever um total de quatro processos de tradução intersemiótica ou adaptação: de vídeo para notícia, de vídeo para canção, de canção para coreografia em videoclipe, de videoclipe para flash mob. Com base em conceitos como tradução intersemiótica (Jakobson 2003 [1969]), as refrações de Lefevere (2012 [2000]) e Uma teoria da adaptação (2013) de Linda Hutcheon e Siobhan O’Flynn, torna-se possível ter diferentes perspectivas sobre cada uma das formas de adaptação no filme. O método é o estudo de caso, que considera contexto e especificidades do filme.
{"title":"“La Tribu”: um caso de múltiplas adaptações dentro da narrativa de um filme de ficção do cinema espanhol","authors":"Anna Catharina de Mendonça Paes","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p266-285","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p266-285","url":null,"abstract":"O filme espanhol La Tribu permite explorar possibilidades de significado em diferentes meios ou mídias dentro da narrativa. Logo no início, um vídeo viral expõe o protagonista, Fidel, à humilhação pública, resultando em sua demissão e divórcio. Em paralelo à sua ruína e depressão, um cantor faz sucesso com um reggaeton inspirado nele, além de um videoclipe com coreografia. O objetivo é descrever um total de quatro processos de tradução intersemiótica ou adaptação: de vídeo para notícia, de vídeo para canção, de canção para coreografia em videoclipe, de videoclipe para flash mob. Com base em conceitos como tradução intersemiótica (Jakobson 2003 [1969]), as refrações de Lefevere (2012 [2000]) e Uma teoria da adaptação (2013) de Linda Hutcheon e Siobhan O’Flynn, torna-se possível ter diferentes perspectivas sobre cada uma das formas de adaptação no filme. O método é o estudo de caso, que considera contexto e especificidades do filme.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44402348","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p286-301
Fabio Pomponio Saldanha
A partir da dificuldade de decidir como traduzir o título do conto “Misu tenkan'no fushigina aka” (ミス転換の不思議な赤), de Tawada Yōko, o artigo busca pensar a própria dificuldade em si a partir de dois movimentos distintos. Um é a explicação já interpretativa do conto, e o outro é uma discussão que envolve teorias de tradução em Jacques Derrida, no qual se valoriza a ideia de que, dada a existência prévia da confusão como fenômeno alocutário da tradução, toda tentativa não só é possível, mas existente pela própria permanência da categoria do original e, portanto, torna-se necessário não só ler, mas como tentar traduzir. O que se propõe é testar se a literatura e a tradução, através de exemplos e desenvolvimentos de trama no conto já citado, podem de fato ter alguma maneira de pensar como uma comunicação outra poderia surgir e fazer com que a experiência de comunidade literária (texto-tradutor-leitor) aparecesse, assim como o que une comunidade e tradução. O acontecimento, enquanto marca do texto e da primeira reflexão a ser feita a partir da própria ideia do evento tradutológico, começa e encerra a argumentação, de modo que se pense o texto de Tawada Yōko como não só um desafio de tradução, mas uma emulação do que significa traduzir a tradução e de como ser e estar em comum é também uma proposta de comunidade como tradução e confusão.
{"title":"Tawada Yōko, Jacques Derrida: literatura e tradução como confusão","authors":"Fabio Pomponio Saldanha","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p286-301","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p286-301","url":null,"abstract":"A partir da dificuldade de decidir como traduzir o título do conto “Misu tenkan'no fushigina aka” (ミス転換の不思議な赤), de Tawada Yōko, o artigo busca pensar a própria dificuldade em si a partir de dois movimentos distintos. Um é a explicação já interpretativa do conto, e o outro é uma discussão que envolve teorias de tradução em Jacques Derrida, no qual se valoriza a ideia de que, dada a existência prévia da confusão como fenômeno alocutário da tradução, toda tentativa não só é possível, mas existente pela própria permanência da categoria do original e, portanto, torna-se necessário não só ler, mas como tentar traduzir. O que se propõe é testar se a literatura e a tradução, através de exemplos e desenvolvimentos de trama no conto já citado, podem de fato ter alguma maneira de pensar como uma comunicação outra poderia surgir e fazer com que a experiência de comunidade literária (texto-tradutor-leitor) aparecesse, assim como o que une comunidade e tradução. O acontecimento, enquanto marca do texto e da primeira reflexão a ser feita a partir da própria ideia do evento tradutológico, começa e encerra a argumentação, de modo que se pense o texto de Tawada Yōko como não só um desafio de tradução, mas uma emulação do que significa traduzir a tradução e de como ser e estar em comum é também uma proposta de comunidade como tradução e confusão.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48971179","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p302-317
F. E. C. E. Silva, R. Silva, R. Queiroz
O objetivo deste artigo é analisar algumas das estratégias usadas no processo de adaptação do conto “Branca de Neve” dos irmãos Grimm para a primeira temporada da série Once Upon a Time, disponível na plataforma de streaming Disney +, traçando semelhanças e diferenças na construção da personagem Branca de Neve. Para tanto, partiremos da comparação entre o texto televisivo e o texto literário, perpassando, ainda, por algumas versões cinematográficas e delineando elementos que caracterizam a construção da protagonista. Justifica-se a escolha do conto “Branca de Neve”, por ser o núcleo desencadeador das demais histórias da série. Analisando Hutcheon (2013) percebe-se que adaptação é um ato criativo e intertextual extensivo com a obra adaptada, que tende a se desvincular da obra de partida, formando novos sentidos e novas estruturas.
{"title":"O conto “Branca de Neve” e a série Once Upon a Time","authors":"F. E. C. E. Silva, R. Silva, R. Queiroz","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p302-317","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p302-317","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é analisar algumas das estratégias usadas no processo de adaptação do conto “Branca de Neve” dos irmãos Grimm para a primeira temporada da série Once Upon a Time, disponível na plataforma de streaming Disney +, traçando semelhanças e diferenças na construção da personagem Branca de Neve. Para tanto, partiremos da comparação entre o texto televisivo e o texto literário, perpassando, ainda, por algumas versões cinematográficas e delineando elementos que caracterizam a construção da protagonista. Justifica-se a escolha do conto “Branca de Neve”, por ser o núcleo desencadeador das demais histórias da série. Analisando Hutcheon (2013) percebe-se que adaptação é um ato criativo e intertextual extensivo com a obra adaptada, que tende a se desvincular da obra de partida, formando novos sentidos e novas estruturas.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47284512","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p96-118
Giovanna Begotti, S. Silva
Nesta pesquisa objetivou-se analisar comparativamente as traduções em português de Adalberto Müller, Augusto de Campos e Isa Mara Lando dos poemas de Emily Dickinson. Para alcançar tal objetivo, foram verificadas, a partir de um corpus de três poemas, as estratégias e teorias utilizadas pela tradutora e pelos tradutores na tradução de aspectos estruturais e fonológicos dos poemas, levantando discussões a fim de explorar o universo desafiador da tradução poética.
{"title":"Análise comparativa de traduções poéticas: Emily Dickinson por Augusto de Campos, Adalberto Müller e Isa Mara Lando","authors":"Giovanna Begotti, S. Silva","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p96-118","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p96-118","url":null,"abstract":"Nesta pesquisa objetivou-se analisar comparativamente as traduções em português de Adalberto Müller, Augusto de Campos e Isa Mara Lando dos poemas de Emily Dickinson. Para alcançar tal objetivo, foram verificadas, a partir de um corpus de três poemas, as estratégias e teorias utilizadas pela tradutora e pelos tradutores na tradução de aspectos estruturais e fonológicos dos poemas, levantando discussões a fim de explorar o universo desafiador da tradução poética.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48819350","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p119-137
Aline Scarmen Uchida
Este artigo analisa o romance do autor britânico Joseph Conrad, intitulado O Coração das Trevas (2011, edição bilíngue), e sua adaptação para o cinema, Apocalypse Now (1979), dirigida por Francis Ford Coppola, com o intuito de verificar como o colonizado (ou ‘Outro’) é representado em ambos os meios, literário e cinematográfico. Para isso, os estudos pós-coloniais sobre identidade, alteridade (Bhabha 1991) e orientalismo (Said 2007) foram levados em consideração, assim como os pressupostos de Diniz (2005) e Hattnher (2010) sobre Adaptação.
{"title":"Alteridade, Orientalismo e Silenciamento em Coração das Trevas e Apocalypse Now Alterity, Orientalism, and Silencing in Heart of Darkness and Apocalypse Now","authors":"Aline Scarmen Uchida","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p119-137","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p119-137","url":null,"abstract":"Este artigo analisa o romance do autor britânico Joseph Conrad, intitulado O Coração das Trevas (2011, edição bilíngue), e sua adaptação para o cinema, Apocalypse Now (1979), dirigida por Francis Ford Coppola, com o intuito de verificar como o colonizado (ou ‘Outro’) é representado em ambos os meios, literário e cinematográfico. Para isso, os estudos pós-coloniais sobre identidade, alteridade (Bhabha 1991) e orientalismo (Said 2007) foram levados em consideração, assim como os pressupostos de Diniz (2005) e Hattnher (2010) sobre Adaptação.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42302521","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p73-84
Yuri Martins de Oliveira
Neste ensaio, faço uma reflexão acerca da adaptação de textos considerados clássicos, a partir de minha experiência com a adaptação e, posteriormente, a tradução integral de Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski. Para refletir sobre o processo de tradução, apresento a ideia das funções distintas de cada tipo de texto, bem como os juízos de valores atribuídos à adaptação e à tradução integral. Como respaldo teórico, uso a Teoria do Escopo (Vermeer e Chesterman 2000).
{"title":"Crimes e castigos: traduzindo e adaptando Dostoiévski","authors":"Yuri Martins de Oliveira","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p73-84","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p73-84","url":null,"abstract":"Neste ensaio, faço uma reflexão acerca da adaptação de textos considerados clássicos, a partir de minha experiência com a adaptação e, posteriormente, a tradução integral de Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski. Para refletir sobre o processo de tradução, apresento a ideia das funções distintas de cada tipo de texto, bem como os juízos de valores atribuídos à adaptação e à tradução integral. Como respaldo teórico, uso a Teoria do Escopo (Vermeer e Chesterman 2000).","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48563689","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p157-179
Ana Caroline Lopes, Carlos R. S. da Silva
O conto de “The Horse Dealer’s Daughter” (1918), de D. H. Lawrence, não segue a perspectiva dos projetos narrativos mais experimentais em termos de estrutura narrativa do período de sua publicação. Neste trabalho, investigaremos como o diretor/tradutor Robert Burgos, do filme The Horse Dealer’s Daughter (1983), lidou com esse texto na tela e quais as principais estratégias de tradução utilizadas para representar temas polêmicos desse universo literário particular no cinema, principalmente no que tange à temática do individual e do social. Como fundamentação teórica, utilizaremos a ideia de tradução como um tipo de reescritura (Lefevere 2007); o princípio da adaptação fílmica como tradução (Cattrysse (2014); e questões sobre representação (Shohat e Stam 2006).
{"title":"“The Horse Dealer’s Daughter” e a Crítica ao Racionalismo, de D. H. Lawrence, na Tela: Uma Análise do Social e do Individual","authors":"Ana Caroline Lopes, Carlos R. S. da Silva","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p157-179","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p157-179","url":null,"abstract":"O conto de “The Horse Dealer’s Daughter” (1918), de D. H. Lawrence, não segue a perspectiva dos projetos narrativos mais experimentais em termos de estrutura narrativa do período de sua publicação. Neste trabalho, investigaremos como o diretor/tradutor Robert Burgos, do filme The Horse Dealer’s Daughter (1983), lidou com esse texto na tela e quais as principais estratégias de tradução utilizadas para representar temas polêmicos desse universo literário particular no cinema, principalmente no que tange à temática do individual e do social. Como fundamentação teórica, utilizaremos a ideia de tradução como um tipo de reescritura (Lefevere 2007); o princípio da adaptação fílmica como tradução (Cattrysse (2014); e questões sobre representação (Shohat e Stam 2006).","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44174552","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p51-72
Felipe Duarte Pinheiro
A presente pesquisa analisa a adaptação cinematográfica do mangá Ghost in the Shell, de Masamune Shirow, dirigida por Mamoru Oshii. Considerando a adaptação como um ato de (re-)interpretação e (re)criação (Hutcheon, 2011) e com base no conceito de interpretantes (Venuti, 2007), procurou-se averiguar de que maneiras os interpretantes formais e temáticos aplicados na animação de Oshii afetaram a representação dos temas presentes no mangá de Shirow. A análise demonstra que tanto o recorte adotado quanto as alterações feitas na caracterização das personagens resultaram em uma adaptação com um tom muito mais sério, sugerindo uma postura mais crítica em relação ao tema das implicações dos avanços tecnológicos para a nossa concepção de humanidade em comparação à sua obra fonte.
{"title":"Interpretantes formais e temáticos na adaptação: uma análise do filme Ghost in the Shell (1995) em relação à sua obra fonte","authors":"Felipe Duarte Pinheiro","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p51-72","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p51-72","url":null,"abstract":"A presente pesquisa analisa a adaptação cinematográfica do mangá Ghost in the Shell, de Masamune Shirow, dirigida por Mamoru Oshii. Considerando a adaptação como um ato de (re-)interpretação e (re)criação (Hutcheon, 2011) e com base no conceito de interpretantes (Venuti, 2007), procurou-se averiguar de que maneiras os interpretantes formais e temáticos aplicados na animação de Oshii afetaram a representação dos temas presentes no mangá de Shirow. A análise demonstra que tanto o recorte adotado quanto as alterações feitas na caracterização das personagens resultaram em uma adaptação com um tom muito mais sério, sugerindo uma postura mais crítica em relação ao tema das implicações dos avanços tecnológicos para a nossa concepção de humanidade em comparação à sua obra fonte.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48880901","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-02DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v44p21-50
Jáder Santana
O romance O Estrangeiro, publicado por Albert Camus em 1942, foi adaptado para o cinema uma única vez pelo cineasta italiano Luchino Visconti, em 1967. Em 2013, o artista argelino Jacques Ferrandez adaptou o texto de Camus para os quadrinhos. Nas três obras, prevalece a figura do sol como elemento central e catalisador dos atos e sentimentos do protagonista. Este trabalho se propõe a analisar a tradução intersemiótica realizada nas obras de Visconti e Ferrandez para o signo solar e seus índices — o calor, o suor, a luz — a partir do romance de Camus e o modo como tais elementos se configuram como signos do mal-estar do personagem em sua trajetória de confusão e dúvida existencial.
{"title":"O sol de Meursault: a tradução intersemiótica do signo solar de O estrangeiro, de Albert Camus, para o cinema e os quadrinhos","authors":"Jáder Santana","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v44p21-50","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v44p21-50","url":null,"abstract":"O romance O Estrangeiro, publicado por Albert Camus em 1942, foi adaptado para o cinema uma única vez pelo cineasta italiano Luchino Visconti, em 1967. Em 2013, o artista argelino Jacques Ferrandez adaptou o texto de Camus para os quadrinhos. Nas três obras, prevalece a figura do sol como elemento central e catalisador dos atos e sentimentos do protagonista. Este trabalho se propõe a analisar a tradução intersemiótica realizada nas obras de Visconti e Ferrandez para o signo solar e seus índices — o calor, o suor, a luz — a partir do romance de Camus e o modo como tais elementos se configuram como signos do mal-estar do personagem em sua trajetória de confusão e dúvida existencial.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46213079","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-05DOI: 10.11606/issn.2317-9511.v42p1-4
Mariângela de Araújo, Álvaro Faleiros, Elena Vássina, John Milton
{"title":"Apresentação","authors":"Mariângela de Araújo, Álvaro Faleiros, Elena Vássina, John Milton","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v42p1-4","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v42p1-4","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":"124 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136047462","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}