O trabalho busca refletir sobre os desafios para a escrita argumentativa e as contribuições que as mídias digitais podem oferecer para a prática de escrita, e propõe algumas estratégias para a produção textual focalizando a escrita de caráter argumentativo e a utilização de mensagens de SMS como elemento motivador para a escrita. Para tanto, o artigo apresenta algumas considerações sobre a escrita por meio de aplicativos para mensagens em celular, abordando a escrita compartilhada do SMS, seus desafios e contribuições (CARON; CARONIA, 2005; ANIS, 2002); expõe o conceito de sequência argumentativa (ADAM, 2011); aborda os desafios para a prática de escrita encarada com uma atividade que põe a linguagem em uso (COIRIER, GAONAC’H; PASSERAULT, 1996) e apela para uma variedade de estratégias (FAYOL, FOULIN, MAGGIO; LÉTÉ, 2012), incluindo a escrita argumentativa; analisa, a título de exemplificação, uma troca de mensagens via SMS entre adolescentes; e apresenta uma proposta de utilização desse recurso para estimular a escrita argumentativa na escola.
{"title":"Ensino de língua portuguesa e produção de textos argumentativos: o SMS em foco","authors":"Ana Lúcia Tinoco Cabral","doi":"10.22297/DL.V7I3.3326","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I3.3326","url":null,"abstract":"O trabalho busca refletir sobre os desafios para a escrita argumentativa e as contribuições que as mídias digitais podem oferecer para a prática de escrita, e propõe algumas estratégias para a produção textual focalizando a escrita de caráter argumentativo e a utilização de mensagens de SMS como elemento motivador para a escrita. Para tanto, o artigo apresenta algumas considerações sobre a escrita por meio de aplicativos para mensagens em celular, abordando a escrita compartilhada do SMS, seus desafios e contribuições (CARON; CARONIA, 2005; ANIS, 2002); expõe o conceito de sequência argumentativa (ADAM, 2011); aborda os desafios para a prática de escrita encarada com uma atividade que põe a linguagem em uso (COIRIER, GAONAC’H; PASSERAULT, 1996) e apela para uma variedade de estratégias (FAYOL, FOULIN, MAGGIO; LÉTÉ, 2012), incluindo a escrita argumentativa; analisa, a título de exemplificação, uma troca de mensagens via SMS entre adolescentes; e apresenta uma proposta de utilização desse recurso para estimular a escrita argumentativa na escola.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41614485","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sueli Cristina Marquesi, Gilton Sampaio de Souza, C. Pereira, J. Bessa
Neste número da revista Diálogo das Letras, que marca a primeira década do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) e do Grupo de Pesquisa em Produção e Ensino do Texto (GPET), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, temos a oportunidade de ver confirmada mais uma interlocução desta natureza: da perspectiva conjunta de olhares de pesquisadores de três continentes – América do Sul, África e Europa – dos lugares específicos do Brasil, Argentina, Moçambique e Portugal, podemos ver a reflexão sobre questões do texto não só na realidade do ensino, como também em outros domínios da sociedade do mundo globalizado.
这一期的Diálogo das Letras杂志标志着北里奥格兰德州州立大学文学研究生项目(PPGL)和文本生产与教学研究小组(GPET)的第一个十年,我们有机会看到另一场这种性质的对话得到了证实:从南美洲、非洲和欧洲三大洲研究人员的共同视角,从巴西、阿根廷、莫桑比克和葡萄牙的具体地方,我们可以看到对文本问题的反思,不仅在教学的现实中,以及全球化世界中的其他社会领域。
{"title":"O texto, a produção textual e seu ensino na diversidade educacional do Brasil e de outras nações","authors":"Sueli Cristina Marquesi, Gilton Sampaio de Souza, C. Pereira, J. Bessa","doi":"10.22297/dl.v7i3.3324","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/dl.v7i3.3324","url":null,"abstract":"Neste número da revista Diálogo das Letras, que marca a primeira década do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) e do Grupo de Pesquisa em Produção e Ensino do Texto (GPET), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, temos a oportunidade de ver confirmada mais uma interlocução desta natureza: da perspectiva conjunta de olhares de pesquisadores de três continentes – América do Sul, África e Europa – dos lugares específicos do Brasil, Argentina, Moçambique e Portugal, podemos ver a reflexão sobre questões do texto não só na realidade do ensino, como também em outros domínios da sociedade do mundo globalizado.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48588516","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Com o intuito de situar historicamente as práticas de produção de texto em contextos formais de ensino, consideraremos as relações entre a forma escolar e a língua escrita partindo de duas abordagens teóricas: i) as reflexões feitas sobre a origem da forma escolar, suas relações com a língua escrita e os modos como se institui uma relação escritural-escolar da linguagem com os saberes historicamente construídos pela humanidade (VINCENT; LAHIRE; THIN, 2001) e ii) o redesenho da forma escolar a partir das últimas décadas do século XX em decorrência de um novo cenário social delineado e dos novos modos de pensar o ensino da produção escrita (TARDIF; BORGÈS, 2009). Para compreendermos as transformações na relação didática das práticas escolares da atualidade convocamos a teoria do trabalho docente que evidencia os modos como o professor organiza a interação dos alunos com o saber, destacando como unidades relevantes de análise o uso de instrumentos e gestos didáticos (SCHNEUWLY, 2009). Por fim, apresentamos os dados gerados no desenvolvimento de uma atividade de produção de textos em um Laboratório de Informática Educativa de uma escola municipal. Os resultados apontam para mudanças nos modos como ocorre a interação entre professores e alunos no interior do desenvolvimento da atividade em decorrência da organização espacial diferenciada e pelo uso de computadores interconectados. O gesto didático da regulação local ganha relevo no trabalho das duas professoras acompanhadas, despontando como principal gesto de articulação do trabalho de ensino para gerenciar os diferentes níveis de aprendizagem em relação à língua escrita.
{"title":"Forma escolar, trabalho docente e produção textual: novas configurações","authors":"Heloisa Gonçalves Jordão, S. Nonato","doi":"10.22297/DL.V7I3.3336","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I3.3336","url":null,"abstract":"Com o intuito de situar historicamente as práticas de produção de texto em contextos formais de ensino, consideraremos as relações entre a forma escolar e a língua escrita partindo de duas abordagens teóricas: i) as reflexões feitas sobre a origem da forma escolar, suas relações com a língua escrita e os modos como se institui uma relação escritural-escolar da linguagem com os saberes historicamente construídos pela humanidade (VINCENT; LAHIRE; THIN, 2001) e ii) o redesenho da forma escolar a partir das últimas décadas do século XX em decorrência de um novo cenário social delineado e dos novos modos de pensar o ensino da produção escrita (TARDIF; BORGÈS, 2009). Para compreendermos as transformações na relação didática das práticas escolares da atualidade convocamos a teoria do trabalho docente que evidencia os modos como o professor organiza a interação dos alunos com o saber, destacando como unidades relevantes de análise o uso de instrumentos e gestos didáticos (SCHNEUWLY, 2009). Por fim, apresentamos os dados gerados no desenvolvimento de uma atividade de produção de textos em um Laboratório de Informática Educativa de uma escola municipal. Os resultados apontam para mudanças nos modos como ocorre a interação entre professores e alunos no interior do desenvolvimento da atividade em decorrência da organização espacial diferenciada e pelo uso de computadores interconectados. O gesto didático da regulação local ganha relevo no trabalho das duas professoras acompanhadas, despontando como principal gesto de articulação do trabalho de ensino para gerenciar os diferentes níveis de aprendizagem em relação à língua escrita.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44806491","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Anderson Borges Corrêa, Ana Maria Esteves Bortolanza
Este artigo apresenta parte dos resultados de uma dissertação de Mestrado, em que a linguagem escrita é compreendida como um instrumento cultural complexo, capaz de possibilitar a interação verbal pela via do discurso. Tendo em vista que a capacidade de escrever textos tem papel determinante no desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade, nos propomos a eleger a produção textual e sua aprendizagem pela criança como um processo de apropriação de uma atividade discursiva de caráter dialógico, buscando apontar implicações pedagógicas para pensar a organização adequada do processo de instrução da escrita de textos nos anos iniciais do ensino fundamental, com foco na formação autora e leitora da criança. Situado na perspectiva histórico-cultural, partimos das concepções de Vigotski, Bakhtin e outros autores que dialogam conceitualmente sobre a linguagem, a enunciação e a prática de produção de textos, com foco na escrita como um instrumento de interação verbal. Os resultados apontam que as crianças aprendem a escrever textos como uma forma de dar significado ao mundo e, para isso, se envolvem em um processo dialógico de construção do discurso. Concluímos que um processo de instrução da escrita de textos, quando organizado de forma adequada para favorecer o desenvolvimento discursivo em contextos dialógicos, pode levar à aprendizagem e impulsionar o desenvolvimento, com foco na formação de crianças leitoras e autoras de textos.
{"title":"A produção textual como uma atividade discursiva e dialógica da criança: implicações da teoria histórico-cultural","authors":"Anderson Borges Corrêa, Ana Maria Esteves Bortolanza","doi":"10.22297/dl.v7i3.3327","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/dl.v7i3.3327","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta parte dos resultados de uma dissertação de Mestrado, em que a linguagem escrita é compreendida como um instrumento cultural complexo, capaz de possibilitar a interação verbal pela via do discurso. Tendo em vista que a capacidade de escrever textos tem papel determinante no desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade, nos propomos a eleger a produção textual e sua aprendizagem pela criança como um processo de apropriação de uma atividade discursiva de caráter dialógico, buscando apontar implicações pedagógicas para pensar a organização adequada do processo de instrução da escrita de textos nos anos iniciais do ensino fundamental, com foco na formação autora e leitora da criança. Situado na perspectiva histórico-cultural, partimos das concepções de Vigotski, Bakhtin e outros autores que dialogam conceitualmente sobre a linguagem, a enunciação e a prática de produção de textos, com foco na escrita como um instrumento de interação verbal. Os resultados apontam que as crianças aprendem a escrever textos como uma forma de dar significado ao mundo e, para isso, se envolvem em um processo dialógico de construção do discurso. Concluímos que um processo de instrução da escrita de textos, quando organizado de forma adequada para favorecer o desenvolvimento discursivo em contextos dialógicos, pode levar à aprendizagem e impulsionar o desenvolvimento, com foco na formação de crianças leitoras e autoras de textos.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45962249","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este trabalho traz uma reflexão sobre ensino de Língua Portuguesa escrita para graduandos surdos, realizado no Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Como fundamentação teórica, apoiamo-nos em orientações apresentadas em documentos legais que resguardam a educação de surdos (BRASIL, 2002; 2005), em pesquisadores que se dedicam ao ensino de Língua Portuguesa para surdos em uma perspectiva bilíngue (QUADROS, 1997; FERNANDES, 2002, 2006; PEREIRA, 2014) e na concepção de ensino de línguas para fins específicos (LEFFA, 1998, 2007; RAMOS, 2004). Trata-se de um estudo bibliográfico, cujos procedimentos seguem os pressupostos de uma pesquisa de campo (GIL, 2008). Os resultados mostram que o professor de surdos deve estar preparado para atender às demandas desses aprendizes, utilizando estratégias e recursos visuais condizentes com suas necessidades. Como produto da pesquisa, foram produzidos anúncios publicitários, cuja elaboração seguiu três fases de ensino: Apresentação, Detalhamento e Aplicação (RAMOS, 2004) e os resultados comprovam a necessidade de produção de materiais didáticos autênticos para se trabalhar com alunos surdos, que usam a LP como segunda língua.
{"title":"Produção textual escrita de graduandos surdos a partir de gêneros discursivos e de proposta de ensino bilíngue","authors":"O. Cruz, R. M. P. L. Meireles","doi":"10.22297/DL.V7I3.3335","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I3.3335","url":null,"abstract":"Este trabalho traz uma reflexão sobre ensino de Língua Portuguesa escrita para graduandos surdos, realizado no Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Como fundamentação teórica, apoiamo-nos em orientações apresentadas em documentos legais que resguardam a educação de surdos (BRASIL, 2002; 2005), em pesquisadores que se dedicam ao ensino de Língua Portuguesa para surdos em uma perspectiva bilíngue (QUADROS, 1997; FERNANDES, 2002, 2006; PEREIRA, 2014) e na concepção de ensino de línguas para fins específicos (LEFFA, 1998, 2007; RAMOS, 2004). Trata-se de um estudo bibliográfico, cujos procedimentos seguem os pressupostos de uma pesquisa de campo (GIL, 2008). Os resultados mostram que o professor de surdos deve estar preparado para atender às demandas desses aprendizes, utilizando estratégias e recursos visuais condizentes com suas necessidades. Como produto da pesquisa, foram produzidos anúncios publicitários, cuja elaboração seguiu três fases de ensino: Apresentação, Detalhamento e Aplicação (RAMOS, 2004) e os resultados comprovam a necessidade de produção de materiais didáticos autênticos para se trabalhar com alunos surdos, que usam a LP como segunda língua.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47500817","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este trabalho visa a descrever valores sociais “politicamente corretos” transmitidos por empresas portuguesas e multinacionais, a partir de uma descrição textual-discursiva (BRONCKART, 1999, 2008) de alguns exemplares de textos que circulam a partir da comunicação externa destas organizações. Objetiva mostrar que o “ser politicamente correto” na comunicação organizacional pode requerer diferentes estratégias linguístico-textuais em função dos interesses mercadológicos institucionais. De forma a atingir os objetivos propostos, serão analisados alguns estudos de caso selecionados entre 2008 e 2012. Estudos prelimininares mostram que questões ambientais (um dos aspectos relevantes para a caracterização da sustentabilidade das empresas), evidenciadas por empresas politicamente corretas, em seu ‘triple bottom line’, estão diretamente relacionadas a valores éticos, sendo que estes são semiotizados distintamente nos textos analisados. Evidentemente, estes valores estão a serviço de valores pragmáticos, característicos da comunicação organizacional centrada no seu papel mercadológico.
{"title":"O “politicamente correto” na produção da comunicação organizacional: uma perspectiva interacionista sociodiscursiva","authors":"Rosalice Pinto","doi":"10.22297/DL.V7I3.3328","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I3.3328","url":null,"abstract":"Este trabalho visa a descrever valores sociais “politicamente corretos” transmitidos por empresas portuguesas e multinacionais, a partir de uma descrição textual-discursiva (BRONCKART, 1999, 2008) de alguns exemplares de textos que circulam a partir da comunicação externa destas organizações. Objetiva mostrar que o “ser politicamente correto” na comunicação organizacional pode requerer diferentes estratégias linguístico-textuais em função dos interesses mercadológicos institucionais. De forma a atingir os objetivos propostos, serão analisados alguns estudos de caso selecionados entre 2008 e 2012. Estudos prelimininares mostram que questões ambientais (um dos aspectos relevantes para a caracterização da sustentabilidade das empresas), evidenciadas por empresas politicamente corretas, em seu ‘triple bottom line’, estão diretamente relacionadas a valores éticos, sendo que estes são semiotizados distintamente nos textos analisados. Evidentemente, estes valores estão a serviço de valores pragmáticos, característicos da comunicação organizacional centrada no seu papel mercadológico.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46628115","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pesquisas sobre livros didáticos de Língua Portuguesa vêm apontando, há um tempo, o efeito sistematizador e, consequentemente, homogeneizante de propostas didáticas neles apresentadas (CORACINI, 1999; D’ÁVILA, 2008; ROJO, 2013). Buscando discutir esse aspecto, examina-se, neste artigo, livro didático aprovado no contexto do PNLD 2017 e que compõe uma coleção muito utilizada em escolas da rede pública do estado do Espírito Santo. Pela análise documental, pretende-se discutir os possíveis efeitos de uma determinada abordagem de produção textual no ensino de Língua Portuguesa. Considerando, pois, a concepção de linguagem como “interação de intencionalidades” (CHARAUDEAU, 2001) e tendo como base questões teórico-metodológicas relacionadas ao livro didático de Língua Portuguesa e ao letramento digital em livros didáticos, busca-se observar as formas como o livro didático de Língua Portuguesa do 6º ano do Ensino Fundamental potencializa práticas de produção de textos, inclusive as que se voltam para os gêneros do ambiente digital. Os resultados apontam para propostas de produção de textos que ainda não se configuram como práticas sociais situadas, o que corrobora a importância da autoria do docente em relação ao material didático por ele utilizado.
{"title":"Propostas de produção de textos em livro didático de Língua Portuguesa: desafios para a prática docente na contemporaneidade","authors":"J. B. C. Casotti, S. Silva","doi":"10.22297/dl.v7i3.3333","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/dl.v7i3.3333","url":null,"abstract":"Pesquisas sobre livros didáticos de Língua Portuguesa vêm apontando, há um tempo, o efeito sistematizador e, consequentemente, homogeneizante de propostas didáticas neles apresentadas (CORACINI, 1999; D’ÁVILA, 2008; ROJO, 2013). Buscando discutir esse aspecto, examina-se, neste artigo, livro didático aprovado no contexto do PNLD 2017 e que compõe uma coleção muito utilizada em escolas da rede pública do estado do Espírito Santo. Pela análise documental, pretende-se discutir os possíveis efeitos de uma determinada abordagem de produção textual no ensino de Língua Portuguesa. Considerando, pois, a concepção de linguagem como “interação de intencionalidades” (CHARAUDEAU, 2001) e tendo como base questões teórico-metodológicas relacionadas ao livro didático de Língua Portuguesa e ao letramento digital em livros didáticos, busca-se observar as formas como o livro didático de Língua Portuguesa do 6º ano do Ensino Fundamental potencializa práticas de produção de textos, inclusive as que se voltam para os gêneros do ambiente digital. Os resultados apontam para propostas de produção de textos que ainda não se configuram como práticas sociais situadas, o que corrobora a importância da autoria do docente em relação ao material didático por ele utilizado.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43696416","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
El debido proceso o proceso judicial justo incluye el derecho a “ser escuchado” por la jurisdicción y, por implicancia, el derecho a comprender la respuesta jurisdiccional. En este sentido, nos proponemos mostrar cómo ciertos rasgos que caracterizan el lenguaje empleado en los textos jurídicos darían cuenta de un fuerte “ritualismo” que atenta contra su orientación pragmática, provocando una comunicación endogámica y asimétrica, en la que usualmente se ignora a un destinatario fundamental: al ciudadano “común” o lego en cuestiones jurídicas. A continuación, se postulará la necesidad de incorporar institucionalmente la formación lingüística de los operadores de justicia, a fin de promover el empleo de una lengua clara y sencilla que permita una comunicación más fluida entre estos y los justiciables. Por último, se presentarán algunos lineamientos generales de dos cursos, “Lenguaje jurídico y Comunicación” y “Redacción jurídica: cuestiones gramaticales”, cursos de capacitación que se vienen desarrollando desde el año 2011, bajo la modalidad virtual, en la Escuela Judicial dependiente del Consejo de la Magistratura de la Provincia de Buenos Aires (Argentina).
{"title":"La formación lingüística de los operadores judiciales y el derecho a comprender de los ciudadanos","authors":"Mariana Cucatto","doi":"10.22297/dl.v7i3.3330","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/dl.v7i3.3330","url":null,"abstract":"El debido proceso o proceso judicial justo incluye el derecho a “ser escuchado” por la jurisdicción y, por implicancia, el derecho a comprender la respuesta jurisdiccional. En este sentido, nos proponemos mostrar cómo ciertos rasgos que caracterizan el lenguaje empleado en los textos jurídicos darían cuenta de un fuerte “ritualismo” que atenta contra su orientación pragmática, provocando una comunicación endogámica y asimétrica, en la que usualmente se ignora a un destinatario fundamental: al ciudadano “común” o lego en cuestiones jurídicas. A continuación, se postulará la necesidad de incorporar institucionalmente la formación lingüística de los operadores de justicia, a fin de promover el empleo de una lengua clara y sencilla que permita una comunicación más fluida entre estos y los justiciables. Por último, se presentarán algunos lineamientos generales de dos cursos, “Lenguaje jurídico y Comunicación” y “Redacción jurídica: cuestiones gramaticales”, cursos de capacitación que se vienen desarrollando desde el año 2011, bajo la modalidad virtual, en la Escuela Judicial dependiente del Consejo de la Magistratura de la Provincia de Buenos Aires (Argentina).","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42331801","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste artigo, tomamos por base conceitos advindos da teoria bakthiniana, 2017 [1970-71], 2015 [1930-36], 1996 [1965]; Pavel N. Medviédev, 2012 [1928]; Valentin Volóchinov, 2017 [1929], a fim de compreender a linguagem em seu caráter indissociável com a vida social. Para exemplificar essa forma escrita, apresentamos textos verbo-visuais narrativos, recolhidos da produção de estudantes de uma escola pública de Belém do Pará. O objetivo é analisar o modo de organização narrativa dos alunos do 6° ano do ensino fundamental, em torno do tema trajeto casa/escola. O resultado obtido frente à proposta didática retoma as tensões entre a cultura ribeirinha e a cultura eurocêntrica. Ao contar suas histórias reais, os alunos-autores desempenham um papel de testemunhas da vida na várzea, e o rio Guamá adquire um papel central em suas vidas, por ser o único acesso que lhes permite estabelecer um elo entre duas diferentes realidades. Alguns aspectos da materialidade semiótica ajudam a compor o texto narrativo, trazendo numa dupla tensão entre a cultura popular e a escolar, o confronto entre várzea e cidade. A solução criativa dos estudantes para o texto é usar ora o desenho colorido ora em preto e branco. De comunidades nos vários igarapés e ilhas, os jovens autores estão interligados pela singularidade dos percursos que trilham para chegar e sair da escola.
本文基于bakthinian理论的概念,2017 [1970-71],2015 [1930-36],1996 [1965];帕维尔·n·梅德韦杰夫,2012 [1928];瓦伦丁·沃洛奇诺夫,2017[1929],以理解语言与社会生活密不可分的特性。为了说明这种书面形式,我们展示了从belem do Para的一所公立学校的学生的作品中收集的动词-视觉叙事文本。目的是分析小学六年级学生围绕家庭/学校路径主题的叙事组织模式。教学建议的结果恢复了河边文化和欧洲中心文化之间的紧张关系。通过讲述他们的真实故事,学生作者扮演了varzea生活的见证人角色,guama河在他们的生活中扮演了中心角色,因为这是让他们在两个不同的现实之间建立联系的唯一途径。符号学物质性的某些方面有助于构成叙事文本,带来了流行文化和学校文化之间的双重张力,低地和城市之间的对抗。学生对文本的创造性解决方案是使用彩色或黑白绘图。来自不同河流和岛屿的社区,年轻的作家们通过他们上学和离开学校的独特路径相互联系。
{"title":"A produção do texto narrativo às margens do rio Guamá","authors":"Maria Inês Batista Campos, C. D. V. Burlamaqui","doi":"10.22297/DL.V7I3.3329","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I3.3329","url":null,"abstract":"Neste artigo, tomamos por base conceitos advindos da teoria bakthiniana, 2017 [1970-71], 2015 [1930-36], 1996 [1965]; Pavel N. Medviédev, 2012 [1928]; Valentin Volóchinov, 2017 [1929], a fim de compreender a linguagem em seu caráter indissociável com a vida social. Para exemplificar essa forma escrita, apresentamos textos verbo-visuais narrativos, recolhidos da produção de estudantes de uma escola pública de Belém do Pará. O objetivo é analisar o modo de organização narrativa dos alunos do 6° ano do ensino fundamental, em torno do tema trajeto casa/escola. O resultado obtido frente à proposta didática retoma as tensões entre a cultura ribeirinha e a cultura eurocêntrica. Ao contar suas histórias reais, os alunos-autores desempenham um papel de testemunhas da vida na várzea, e o rio Guamá adquire um papel central em suas vidas, por ser o único acesso que lhes permite estabelecer um elo entre duas diferentes realidades. Alguns aspectos da materialidade semiótica ajudam a compor o texto narrativo, trazendo numa dupla tensão entre a cultura popular e a escolar, o confronto entre várzea e cidade. A solução criativa dos estudantes para o texto é usar ora o desenho colorido ora em preto e branco. De comunidades nos vários igarapés e ilhas, os jovens autores estão interligados pela singularidade dos percursos que trilham para chegar e sair da escola.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44751297","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo tem como foco discutir o papel da avalição formativa e da regulação dentro do dispositivo sequência didática no contexto do ensino e aprendizagem da escrita em situação de formação do professor de línguas. As autoras ressaltam o papel da intervenção do professor na mediação no processo da produção escrita e mostram a relevância de trabalhar a avaliação formativa e a regulação de maneira sistemática, haja vista sua capacidade de potencializar a aprendizagem da escrita e a apropriação dos saberes. Apresentam procedimentos complementares, que favorecem o processo de autorreflexão e autorregulação dos alunos. Dessa maneira, a mediação na perspectiva vygotskiana de desenvolvimento é evidenciada, em especial seu reflexo no desenvolvimento das capacidades linguístico-discursivas e na apropriação dos saberes.
{"title":"Sequência didática para o ensino e aprendizagem da produção de gêneros escritos: reflexões sobre avaliação formativa e regulação","authors":"Fatiha Parahyba, Eulalia Leurquin","doi":"10.22297/dl.v7i2.3215","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/dl.v7i2.3215","url":null,"abstract":"Este artigo tem como foco discutir o papel da avalição formativa e da regulação dentro do dispositivo sequência didática no contexto do ensino e aprendizagem da escrita em situação de formação do professor de línguas. As autoras ressaltam o papel da intervenção do professor na mediação no processo da produção escrita e mostram a relevância de trabalhar a avaliação formativa e a regulação de maneira sistemática, haja vista sua capacidade de potencializar a aprendizagem da escrita e a apropriação dos saberes. Apresentam procedimentos complementares, que favorecem o processo de autorreflexão e autorregulação dos alunos. Dessa maneira, a mediação na perspectiva vygotskiana de desenvolvimento é evidenciada, em especial seu reflexo no desenvolvimento das capacidades linguístico-discursivas e na apropriação dos saberes.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44704762","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}