Introdução: A tuberculose é a doença infectocontagiosa que mais aumenta a taxa de mortalidade no mundo, sua transmissão ocorre através de gotículas de aerossóis oriundas das vias aéreas de indivíduos com tuberculose ativa, que é causada pelo microrganismo Mycobacterium tuberculosis. Dentre suas formas clínicas, a pulmonar tem maior prevalência na população. Por ter uma elevada transmissibilidade a organização mundial de saúde (OMS) estima que um terço da população mundial se encontra infectada, e em relação ao Brasil, o país continua entre os 30 países de alta carga para a Tuberculose. Objetivo: Descrever os aspectos epidemiológicos dos casos de tuberculose em pacientes na faixa etária de 1 a 79 anos diagnosticados no estado do Tocantins nos anos de 2011 a 2021. Método: Estudo epidemiológico, quantitativo, descritivo com base nos dados colhidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN). As variáveis analisadas foram: ano de diagnóstico, sexo, idade, raça, formas de TB, coinfecção de HIV e término dos casos. Através da coleta foi realizada uma análise descritiva. Resultados: Durante o período de 2011 a 2021 foram diagnosticados 2.265 casos de tuberculose, com um pico maior no ano de 2021. O sexo masculino foi o mais acometido com 69% dos casos, com faixa etária de maior ocorrência dos 20 aos 39 anos, tendo a raça parda com taxa de 66% dos casos. A forma pulmonar teve uma taxa de prevalência de 84% e os indivíduos que apresentaram coinfecção por HIV somaram 6%. O desfecho dos casos analisados teve no total 1.504 indivíduos curados que corresponde a 66%. Conclusão: Os aspectos epidemiológicos analisados no estado do Tocantins permitem evidenciar que, por ser uma doença de fácil contágio e de alta transmissibilidade por mais que o ministério da saúde disponibilize esquemas terapêuticos comprovadamente eficazes, ocorre uma variação ao longo do tempo de novos casos, que são atribuídos a diversos fatores modificáveis que contribuem para elevada incidência. Portanto conclui-se que medidas de conscientização a respeito da doença, bem como diagnóstico e tratamento precoce são de extrema necessidade para aumentar o índice de cura e diminuir a transmissão da tuberculose.
{"title":"ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA TUBERCULOSE NO ESTADO DO TOCANTINS NOS ANOS DE 2011 A 2021","authors":"Gabriella Reis Granata Pereira, Luana Dias Borges","doi":"10.51161/epidemion/7627","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7627","url":null,"abstract":"Introdução: A tuberculose é a doença infectocontagiosa que mais aumenta a taxa de mortalidade no mundo, sua transmissão ocorre através de gotículas de aerossóis oriundas das vias aéreas de indivíduos com tuberculose ativa, que é causada pelo microrganismo Mycobacterium tuberculosis. Dentre suas formas clínicas, a pulmonar tem maior prevalência na população. Por ter uma elevada transmissibilidade a organização mundial de saúde (OMS) estima que um terço da população mundial se encontra infectada, e em relação ao Brasil, o país continua entre os 30 países de alta carga para a Tuberculose. Objetivo: Descrever os aspectos epidemiológicos dos casos de tuberculose em pacientes na faixa etária de 1 a 79 anos diagnosticados no estado do Tocantins nos anos de 2011 a 2021. Método: Estudo epidemiológico, quantitativo, descritivo com base nos dados colhidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN). As variáveis analisadas foram: ano de diagnóstico, sexo, idade, raça, formas de TB, coinfecção de HIV e término dos casos. Através da coleta foi realizada uma análise descritiva. Resultados: Durante o período de 2011 a 2021 foram diagnosticados 2.265 casos de tuberculose, com um pico maior no ano de 2021. O sexo masculino foi o mais acometido com 69% dos casos, com faixa etária de maior ocorrência dos 20 aos 39 anos, tendo a raça parda com taxa de 66% dos casos. A forma pulmonar teve uma taxa de prevalência de 84% e os indivíduos que apresentaram coinfecção por HIV somaram 6%. O desfecho dos casos analisados teve no total 1.504 indivíduos curados que corresponde a 66%. Conclusão: Os aspectos epidemiológicos analisados no estado do Tocantins permitem evidenciar que, por ser uma doença de fácil contágio e de alta transmissibilidade por mais que o ministério da saúde disponibilize esquemas terapêuticos comprovadamente eficazes, ocorre uma variação ao longo do tempo de novos casos, que são atribuídos a diversos fatores modificáveis que contribuem para elevada incidência. Portanto conclui-se que medidas de conscientização a respeito da doença, bem como diagnóstico e tratamento precoce são de extrema necessidade para aumentar o índice de cura e diminuir a transmissão da tuberculose.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117183701","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Laís de Souza Gomes, Larissa Bernardes Araújo Garrido, Weberson Lima Silva, Jordana Alves Novais, Thamiris DE Souza Lopes
Introdução: Os animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas venenosas conectadas a dentes ocos, ferrões ou aguilhões por onde inoculam seu veneno ativamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5,4 milhões de pessoas são picadas por cobras a cada ano no mundo, das quais mais de 81.000 morrem e até 400.000 ficam permanentemente incapacitadas ou desfiguradas. No Brasil os acidentes são mais frequentes no verão, já que as chuvas e altas temperaturas incentivam o maior deslocamento desses animais. Assim, entender o contexto epidemiológico destes acidentes podem contribuir para o aprimoramento das estratégias de prevenção e atenuação de seus danos. Objetivo: O estudo objetivou analisar a série temporal da frequência de acidentes com animais peçonhentos entre os anos de 2012 a 2021 no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo de análise temporal para a frequência de acidentes com animais peçonhentos, no período de 2012 a 2021, que contempla toda a esfera nacional. Os dados foram obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde(DataSUS) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET). A análise de série temporal foi produzida a partir do software Stata 14.0, através do método de regressão linear de Prais-Winsten, considerada significativa. A partir disto, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, bem como a taxa de variação anual. Resultado: A partir da análise observou-se uma tendência crescente significativa da frequência de acidentes com animais peçonhentos no Brasil, registrando em todo o período 2.089.108 casos, com destaque para a região Sudeste(786.904) e região Nordeste(708.518). Além disso, o ano de 2012 registrou o menor número de episódios, 141.340, enquanto 2019 apresentou o maior acumulado, 285.863 casos. Por último, a análise demonstrou uma taxa de variação anual de 7% para o intervalo pesquisado. Conclusão: Frente aos resultados obtidos, verificou-se a ascendência do número de acidentes com animais peçonhentos no Brasil durante a última década. Nesse contexto, torna-se necessário o desenvolvimento e aperfeiçoamento de medidas estatais para alertar e orientar a população acerca de tais acidentes, bem como propiciar a atenuação de sua exacerbada frequência e consequentes sequelas ou óbitos.
{"title":"FREQUÊNCIA DE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS NO BRASIL, 2012-2021","authors":"Laís de Souza Gomes, Larissa Bernardes Araújo Garrido, Weberson Lima Silva, Jordana Alves Novais, Thamiris DE Souza Lopes","doi":"10.51161/epidemion/7626","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7626","url":null,"abstract":"Introdução: Os animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas venenosas conectadas a dentes ocos, ferrões ou aguilhões por onde inoculam seu veneno ativamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5,4 milhões de pessoas são picadas por cobras a cada ano no mundo, das quais mais de 81.000 morrem e até 400.000 ficam permanentemente incapacitadas ou desfiguradas. No Brasil os acidentes são mais frequentes no verão, já que as chuvas e altas temperaturas incentivam o maior deslocamento desses animais. Assim, entender o contexto epidemiológico destes acidentes podem contribuir para o aprimoramento das estratégias de prevenção e atenuação de seus danos. Objetivo: O estudo objetivou analisar a série temporal da frequência de acidentes com animais peçonhentos entre os anos de 2012 a 2021 no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo de análise temporal para a frequência de acidentes com animais peçonhentos, no período de 2012 a 2021, que contempla toda a esfera nacional. Os dados foram obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde(DataSUS) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET). A análise de série temporal foi produzida a partir do software Stata 14.0, através do método de regressão linear de Prais-Winsten, considerada significativa. A partir disto, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, bem como a taxa de variação anual. Resultado: A partir da análise observou-se uma tendência crescente significativa da frequência de acidentes com animais peçonhentos no Brasil, registrando em todo o período 2.089.108 casos, com destaque para a região Sudeste(786.904) e região Nordeste(708.518). Além disso, o ano de 2012 registrou o menor número de episódios, 141.340, enquanto 2019 apresentou o maior acumulado, 285.863 casos. Por último, a análise demonstrou uma taxa de variação anual de 7% para o intervalo pesquisado. Conclusão: Frente aos resultados obtidos, verificou-se a ascendência do número de acidentes com animais peçonhentos no Brasil durante a última década. Nesse contexto, torna-se necessário o desenvolvimento e aperfeiçoamento de medidas estatais para alertar e orientar a população acerca de tais acidentes, bem como propiciar a atenuação de sua exacerbada frequência e consequentes sequelas ou óbitos.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122271988","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A próstata é uma glândula presente em homens, que tem como principal função a fecundação, já que protege e nutri os espermatozoides. O câncer de próstata é considerado o segundo tumor mais comum em homens adultos e segunda causa de óbitos nesta população, superado apenas pelo câncer de pulmão. No Brasil estimam-se que há cerca de 65.840 novos casos por ano de acordo com o Instituto Nacional de Câncer e que um em cada nove homens será diagnosticado com câncer de próstata. Objetivo: Identificar e caracterizar os casos diagnosticados de neoplasia maligna da próstata em homens a partir de 40 anos de idade no estado do Tocantins no período de 2013 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, quantitativo, cujos os dados foram obtidos no painel oncologia Brasil, no departamento normativo do SUS. Dentre as variáveis analisadas estão: ano de diagnóstico, faixa etária, modalidade terapêutica e tempo até o início do tratamento. A partir da coleta foi realizada uma análise descritiva. Resultados: No período de 2013 a 2022 foram diagnosticados 1.219 casos de neoplasia maligna da próstata, com um pico maior no ano de 2018. Por meio dos dados foi possível observar que há um maior acometimento da doença na faixa etária de 70 a 74 anos. O tratamento mais realizado foi através da quimioterapia em 78% dos pacientes. Com início em tempo superior a 60 dias após o diagnóstico em mais de 65% dos casos. Conclusão: O câncer de próstata no estado do Tocantins demonstrou um aumento progressivo no número de casos com o decorrer dos anos e com o aumento da idade, oque condiz com as literaturas acerca do tema, sendo dessa forma de grande relevância uma atenção maior ao desenvolvimento dessa comorbidade. Posto isto, são necessárias ações que visam o rastreamento e o diagnóstico precoce dos indivíduos acometidos por essa patologia e consequentemente aumentar a possibilidade de cura, além da melhora da qualidade de vida.
{"title":"NEOPLASIA MALIGNA DA PRÓSTATA: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO NO ESTADO DO TOCANTINS NO PERÍODO DE 2013 A 2022","authors":"Gabriella Reis Granata Pereira, Luana Dias Borges","doi":"10.51161/epidemion/7628","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7628","url":null,"abstract":"Introdução: A próstata é uma glândula presente em homens, que tem como principal função a fecundação, já que protege e nutri os espermatozoides. O câncer de próstata é considerado o segundo tumor mais comum em homens adultos e segunda causa de óbitos nesta população, superado apenas pelo câncer de pulmão. No Brasil estimam-se que há cerca de 65.840 novos casos por ano de acordo com o Instituto Nacional de Câncer e que um em cada nove homens será diagnosticado com câncer de próstata. Objetivo: Identificar e caracterizar os casos diagnosticados de neoplasia maligna da próstata em homens a partir de 40 anos de idade no estado do Tocantins no período de 2013 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, quantitativo, cujos os dados foram obtidos no painel oncologia Brasil, no departamento normativo do SUS. Dentre as variáveis analisadas estão: ano de diagnóstico, faixa etária, modalidade terapêutica e tempo até o início do tratamento. A partir da coleta foi realizada uma análise descritiva. Resultados: No período de 2013 a 2022 foram diagnosticados 1.219 casos de neoplasia maligna da próstata, com um pico maior no ano de 2018. Por meio dos dados foi possível observar que há um maior acometimento da doença na faixa etária de 70 a 74 anos. O tratamento mais realizado foi através da quimioterapia em 78% dos pacientes. Com início em tempo superior a 60 dias após o diagnóstico em mais de 65% dos casos. Conclusão: O câncer de próstata no estado do Tocantins demonstrou um aumento progressivo no número de casos com o decorrer dos anos e com o aumento da idade, oque condiz com as literaturas acerca do tema, sendo dessa forma de grande relevância uma atenção maior ao desenvolvimento dessa comorbidade. Posto isto, são necessárias ações que visam o rastreamento e o diagnóstico precoce dos indivíduos acometidos por essa patologia e consequentemente aumentar a possibilidade de cura, além da melhora da qualidade de vida.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131061520","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Tainá Amora Felix, Ana Queiroz, Deise Maria do Nascimento Sousa
INTRODUÇÃO. A dengue é um agravo de alta incidência no Brasil, tendo sido registrado, em 2019, 735.2 casos/100.000 habitantes. Além disto, a doença em curso contribui para a perda de anos saudáveis de vida, pois atinge um grande número de pessoas de todas as faixas etárias, podendo gerar incapacidade durante a infecção, inclusive levando até a morte. OBJETIVO. Descrever a ocorrência de internação hospitalar por dengue no Ceará. METODOLOGIA. Estudo transversal, quantitativo. Foi realizado em março/2022. A população e amostra constituiu-se dos casos notificados de dengue no banco de dados do DATASUS registrados entre 2018-2021. Foram respeitados os aspectos éticos contidos na Declaração de Helsinki. RESULTADOS. Os dados registrados demonstraram dentre 2018 a 2021, foram notificadas 3.394 internações hospitalares por dengue. Destes, 135 foram em menores de 1 ano, 1.225 estavam na faixa etária de 1 – 14 anos, 425 tinham entre 15-19 anos, 1.060 entre 20-39 anos, 719 entre 40 – 59 anos e 428 tinham acima de 60 anos. Observa-se que a faixa etária com maior número de internados é de crianças e pré-adolescentes (1-14 anos), adultos jovens (20-39 anos) e adultos (40-59 anos). O menor número de hospitalização por dengue ocorreu entre os idosos. CONCLUSÃO. A dengue é uma doença de grande importância na saúde pública, pois ocorre em todas as faixas etárias. Percebe-se que a população infanto-juvenil apresenta maior morbidade em relação a doença, levando-as a internação hospitalar. Deve-se elaborar medidas de enfrentamento especificas para esta população e seus responsáveis, como por exemplo educação em saúde nas escolas.
{"title":"OCORRÊNCIA DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR DENGUE NO CEARÁ","authors":"Tainá Amora Felix, Ana Queiroz, Deise Maria do Nascimento Sousa","doi":"10.51161/epidemion/6968","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/6968","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO. A dengue é um agravo de alta incidência no Brasil, tendo sido registrado, em 2019, 735.2 casos/100.000 habitantes. Além disto, a doença em curso contribui para a perda de anos saudáveis de vida, pois atinge um grande número de pessoas de todas as faixas etárias, podendo gerar incapacidade durante a infecção, inclusive levando até a morte. OBJETIVO. Descrever a ocorrência de internação hospitalar por dengue no Ceará. METODOLOGIA. Estudo transversal, quantitativo. Foi realizado em março/2022. A população e amostra constituiu-se dos casos notificados de dengue no banco de dados do DATASUS registrados entre 2018-2021. Foram respeitados os aspectos éticos contidos na Declaração de Helsinki. RESULTADOS. Os dados registrados demonstraram dentre 2018 a 2021, foram notificadas 3.394 internações hospitalares por dengue. Destes, 135 foram em menores de 1 ano, 1.225 estavam na faixa etária de 1 – 14 anos, 425 tinham entre 15-19 anos, 1.060 entre 20-39 anos, 719 entre 40 – 59 anos e 428 tinham acima de 60 anos. Observa-se que a faixa etária com maior número de internados é de crianças e pré-adolescentes (1-14 anos), adultos jovens (20-39 anos) e adultos (40-59 anos). O menor número de hospitalização por dengue ocorreu entre os idosos. CONCLUSÃO. A dengue é uma doença de grande importância na saúde pública, pois ocorre em todas as faixas etárias. Percebe-se que a população infanto-juvenil apresenta maior morbidade em relação a doença, levando-as a internação hospitalar. Deve-se elaborar medidas de enfrentamento especificas para esta população e seus responsáveis, como por exemplo educação em saúde nas escolas.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129839521","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O envelhecimento populacional produz impacto direto nos sistemas de saúde, gerando gastos elevados com sua atenção sem necessariamente alcançar melhoria da qualidade de vida e recuperação da saúde dessa população. Uma vez que o aumento acelerado da população idosa brasileira é preocupante, ascende-se um debate quanto à elaboração de novas políticas públicas, fazendo-se necessário conhecer o perfil da mortalidade desse grupo etário para o planejamento das ações de saúde de que será alvo. Objetivos: Caracterizar a morbimortalidade hospitalar da população com 60 anos e mais do Estado de Pernambuco (Brasil), no período de janeiro a dezembro de 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico de caráter exploratório, cujos dados foram obtidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). A coleta de dados ocorreu entre os meses de junho a setembro de 2021. Para análise estatística dos dados foi utilizado o Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0. Foi realizada uma análise univariada dos dados coletados por meio do teste qui-quadrado, para comparação de proporções. As estimativas de risco foram calculadas pelo Odds Ratios (OR) e o intervalo de confiança utilizado foi de 95%. Resultados: Verificou-se que os idosos, que representavam 10,66% da população geral do Estado de Pernambuco, foram responsáveis por 26,08% das internações hospitalares (AIH tipo I). As seis principais causas de internação em idosos foram as doenças do aparelho circulatório, seguidas das doenças infecciosas e parasitárias, neoplasias, doenças do aparelho digestivo, causas externas, doenças do aparelho geniturinário e respiratório, que juntas, representaram 84,57% das causas de morbidade hospitalar em idosos. Entre os homens, o Coeficiente de Mortalidade Hospitalar é de 14,7, enquanto entre as mulheres, 14,5. Entre os idosos de 80 anos e mais, os do gênero feminino apresentaram 4 vezes mais chances de evoluírem ao óbito (OR: 4,425), em detrimento do gênero masculino (OR: 3,874). Conclusões: Verificou-se que as principais causas de morbimortalidade entre os idosos de Pernambuco são oriundas de doenças passíveis de intervenção e redução, por meio de políticas efetivas de promoção, prevenção e tratamento oportuno e adequado dessas patologias.
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR ENTRE IDOSOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO EM 2020","authors":"Lucas Mariano da Silva Barbosa, J. Nascimento","doi":"10.51161/epidemion/7610","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7610","url":null,"abstract":"Introdução: O envelhecimento populacional produz impacto direto nos sistemas de saúde, gerando gastos elevados com sua atenção sem necessariamente alcançar melhoria da qualidade de vida e recuperação da saúde dessa população. Uma vez que o aumento acelerado da população idosa brasileira é preocupante, ascende-se um debate quanto à elaboração de novas políticas públicas, fazendo-se necessário conhecer o perfil da mortalidade desse grupo etário para o planejamento das ações de saúde de que será alvo. Objetivos: Caracterizar a morbimortalidade hospitalar da população com 60 anos e mais do Estado de Pernambuco (Brasil), no período de janeiro a dezembro de 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico de caráter exploratório, cujos dados foram obtidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). A coleta de dados ocorreu entre os meses de junho a setembro de 2021. Para análise estatística dos dados foi utilizado o Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0. Foi realizada uma análise univariada dos dados coletados por meio do teste qui-quadrado, para comparação de proporções. As estimativas de risco foram calculadas pelo Odds Ratios (OR) e o intervalo de confiança utilizado foi de 95%. Resultados: Verificou-se que os idosos, que representavam 10,66% da população geral do Estado de Pernambuco, foram responsáveis por 26,08% das internações hospitalares (AIH tipo I). As seis principais causas de internação em idosos foram as doenças do aparelho circulatório, seguidas das doenças infecciosas e parasitárias, neoplasias, doenças do aparelho digestivo, causas externas, doenças do aparelho geniturinário e respiratório, que juntas, representaram 84,57% das causas de morbidade hospitalar em idosos. Entre os homens, o Coeficiente de Mortalidade Hospitalar é de 14,7, enquanto entre as mulheres, 14,5. Entre os idosos de 80 anos e mais, os do gênero feminino apresentaram 4 vezes mais chances de evoluírem ao óbito (OR: 4,425), em detrimento do gênero masculino (OR: 3,874). Conclusões: Verificou-se que as principais causas de morbimortalidade entre os idosos de Pernambuco são oriundas de doenças passíveis de intervenção e redução, por meio de políticas efetivas de promoção, prevenção e tratamento oportuno e adequado dessas patologias.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127885864","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Arthur Sodré de Mendonça, Kayan Soares Rocha, Thiago Vinícius Lemos Gonçalves, Crislaini de Sousa Marques, Cyntya Kethurin Ribeiro
Introdução: A dengue corresponde a uma arbovirose da família Flaviviridae, que compreende 4 sorotipos distintos, com um amplo espectro sintomático, variando de infecções assintomáticas e autolimitadas até quadros graves potencialmente letais. O Brasil se destaca entre os países mais afetados pela doença com aproximadamente 13,6 milhões de casos, equivalendo a mais de 60% dos casos nas Américas. Tal contexto endêmico é favorecido e desencadeado pelo comportamento do mosquito vetor Aedes aegypti, tornando a dengue um importante problema de saúde pública. Objetivo: O presente estudo objetiva analisar a tendência temporal da taxa de mortalidade por dengue entre os anos de 2014 e 2020 no Brasil. Metodologia: Corresponde a um estudo observacional, analítico e retrospectivo, para o qual adquiriu-se os dados a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde(DATASUS). Os dados utilizados corresponderam ao número de óbitos por Dengue e o número populacional do Brasil, referentes aos anos de 2014 a 2020. Calculou-se o coeficiente de mortalidade dividindo-se o número de óbitos pelos seus respectivos números populacionais de cada ano. As séries temporais foram estimadas no software Stata 14.0, através do método de Prais-Winsten para análise de regressão linear. A partir desse processo, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, utilizados para calcular a taxa de incremento anual(TI), de modo que as tendências com menor que 0,05 foram consideradas significativas. Resultados: No período analisado(2014 a 2020) foram registrados 9.336.995 óbitos por dengue no Brasil. O ano de 2020 manifestou a maior taxa de mortalidade do período, com 7,35 óbitos por mil habitantes, e 2014 o menor (6,08), demonstrando um importante aumento dos óbitos por dengue no país. A tendência temporal demonstrou-se significativa e ascendente, com taxa de variação anual positiva de 2,3%, refletindo o impacto da dengue no país. Conclusão: Portanto, os dados permitem inferir que a mortalidade por dengue no país evidenciaram um aumento relevante entre os anos de 2014 a 2020. Dessa forma, faz-se necessário a manutenção, aperfeiçoamento e desenvolvimentos de campanhas e estratégias, incentivadas pelo sistema público de saúde, que aumentem a adesão da população no combate ao mosquito vetor.
简介:登革热是一种虫媒病毒病,属于黄病毒科,由4种不同的血清型组成,症状范围广泛,从无症状和自限性感染到可能致命的严重疾病。巴西是受该疾病影响最严重的国家之一,约有1360万例病例,相当于美洲病例的60%以上。这种流行背景是由埃及伊蚊的行为促进和触发的,使登革热成为一个重要的公共卫生问题。目的:本研究旨在分析2014 - 2020年巴西登革热死亡率的时间趋势。方法:对应于一项观察性、分析性和回顾性研究,数据来自Sistema unico de saude (DATASUS)的信息学部门。使用的数据对应于2014年至2020年巴西因登革热死亡的人数和人口数量。死亡率是用每年的死亡人数除以各自的人口数字来计算的。采用Stata 14.0软件,采用Prais-Winsten方法进行线性回归分析,估计时间序列。从这个过程中,得到了贝塔系数和标准误差的值,用于计算年增长率(TI),因此小于0.05的趋势被认为是显著的。结果:在分析期间(2014 - 2020年),巴西登记了9,336,995人死于登革热。2020年的死亡率最高,为每千人7.35人死亡,2014年最低(6.08人),表明该国登革热死亡人数大幅增加。这一时间趋势显示出显著的上升趋势,年增长率为2.3%,反映了登革热对该国的影响。结论:因此,数据表明,2014年至2020年期间,该国登革热死亡率显著上升。因此,有必要在公共卫生系统的鼓励下,维持、改进和发展运动和战略,以增加人口对蚊虫病媒的坚持。
{"title":"TAXA DE MORTALIDADE DA DENGUE NA POPULAÇÃO BRASILEIRA: UM ESTUDO DE SÉRIE TEMPORAL, 2014-2020","authors":"Arthur Sodré de Mendonça, Kayan Soares Rocha, Thiago Vinícius Lemos Gonçalves, Crislaini de Sousa Marques, Cyntya Kethurin Ribeiro","doi":"10.51161/epidemion/7624","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7624","url":null,"abstract":"Introdução: A dengue corresponde a uma arbovirose da família Flaviviridae, que compreende 4 sorotipos distintos, com um amplo espectro sintomático, variando de infecções assintomáticas e autolimitadas até quadros graves potencialmente letais. O Brasil se destaca entre os países mais afetados pela doença com aproximadamente 13,6 milhões de casos, equivalendo a mais de 60% dos casos nas Américas. Tal contexto endêmico é favorecido e desencadeado pelo comportamento do mosquito vetor Aedes aegypti, tornando a dengue um importante problema de saúde pública. Objetivo: O presente estudo objetiva analisar a tendência temporal da taxa de mortalidade por dengue entre os anos de 2014 e 2020 no Brasil. Metodologia: Corresponde a um estudo observacional, analítico e retrospectivo, para o qual adquiriu-se os dados a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde(DATASUS). Os dados utilizados corresponderam ao número de óbitos por Dengue e o número populacional do Brasil, referentes aos anos de 2014 a 2020. Calculou-se o coeficiente de mortalidade dividindo-se o número de óbitos pelos seus respectivos números populacionais de cada ano. As séries temporais foram estimadas no software Stata 14.0, através do método de Prais-Winsten para análise de regressão linear. A partir desse processo, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, utilizados para calcular a taxa de incremento anual(TI), de modo que as tendências com menor que 0,05 foram consideradas significativas. Resultados: No período analisado(2014 a 2020) foram registrados 9.336.995 óbitos por dengue no Brasil. O ano de 2020 manifestou a maior taxa de mortalidade do período, com 7,35 óbitos por mil habitantes, e 2014 o menor (6,08), demonstrando um importante aumento dos óbitos por dengue no país. A tendência temporal demonstrou-se significativa e ascendente, com taxa de variação anual positiva de 2,3%, refletindo o impacto da dengue no país. Conclusão: Portanto, os dados permitem inferir que a mortalidade por dengue no país evidenciaram um aumento relevante entre os anos de 2014 a 2020. Dessa forma, faz-se necessário a manutenção, aperfeiçoamento e desenvolvimentos de campanhas e estratégias, incentivadas pelo sistema público de saúde, que aumentem a adesão da população no combate ao mosquito vetor.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"102 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116814101","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A raiva é uma doença infectocontagiosa de caráter agudo que pode acometer animais de estimação, como os de produção e os silvestres. É uma zoonose ocasionada pelo vírus do gênero Lyssavirus. Objetivo: Objetivou-se com esse trabalho realizar uma análise qualitativa descritiva de literatura dos casos de raiva em animais domésticos, cães e gatos, no Brasil, durante o mês de janeiro de 2017 a abril de 2022. Material e Métodos: Realizou-se pesquisas em artigos e utilizou-se também sites oficiais para leitura de informações e notícias, selecionando apenas os relatos de casos no Brasil, durante o período descrito anteriormente, em que havia cão ou gato testado positivo para raiva. Foram analisados cinco artigos científicos e quatro notícias e informativos. Resultados: Os resultados obtidos foram 41 casos positivos para raiva no período de janeiro de 2017 a abril de 2022, sendo 25 desses pertencentes aos animais da espécie canina e 16 a espécie felina. A região Centro-oeste apresentou dois casos positivos nesse período de tempo, sendo um caso pertencente ao estado do Mato Grosso com um cão e o outro era um gato do estado de Goiás. Já o Nordeste apresentou 25 casos, sendo que 19 dos casos acometeram os cães e 6 os gatos. A região Sudeste, Norte e Sul totalizaram 14 casos. Conclusão: Apesar da vacina ser um método presente e eficiente na vida dos animais de companhia, cães e gatos, a raiva, doença com uma taxa de mortalidade extremamente alta e de caráter zoonótico, ainda é presente na vida desses animais e de outros, como também na dos seres humanos. Ademais, no período entre 2019 a 2021 obteve-se um aumento nos casos positivos, muitos denominam esse acréscimo como decorrente a ausência de vacinação gratuita disponibilizada pelo governo, o que gerou uma enorme queda na taxa de vacinação contra a raiva. Apesar dessa doença ser extremamente contagiosa, ela pode ser evitada com vacinação e ausência de contanto com animais positivos.
{"title":"ANÁLISE DE CASOS DE RAIVA NO BRASIL EM CÃES E GATOS NO PERÍODO DE 01/2017 A 04/2022","authors":"Vanessa Gonçalves de Andrade, O. J. S. Neto","doi":"10.51161/epidemion/7602","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7602","url":null,"abstract":"Introdução: A raiva é uma doença infectocontagiosa de caráter agudo que pode acometer animais de estimação, como os de produção e os silvestres. É uma zoonose ocasionada pelo vírus do gênero Lyssavirus. Objetivo: Objetivou-se com esse trabalho realizar uma análise qualitativa descritiva de literatura dos casos de raiva em animais domésticos, cães e gatos, no Brasil, durante o mês de janeiro de 2017 a abril de 2022. Material e Métodos: Realizou-se pesquisas em artigos e utilizou-se também sites oficiais para leitura de informações e notícias, selecionando apenas os relatos de casos no Brasil, durante o período descrito anteriormente, em que havia cão ou gato testado positivo para raiva. Foram analisados cinco artigos científicos e quatro notícias e informativos. Resultados: Os resultados obtidos foram 41 casos positivos para raiva no período de janeiro de 2017 a abril de 2022, sendo 25 desses pertencentes aos animais da espécie canina e 16 a espécie felina. A região Centro-oeste apresentou dois casos positivos nesse período de tempo, sendo um caso pertencente ao estado do Mato Grosso com um cão e o outro era um gato do estado de Goiás. Já o Nordeste apresentou 25 casos, sendo que 19 dos casos acometeram os cães e 6 os gatos. A região Sudeste, Norte e Sul totalizaram 14 casos. Conclusão: Apesar da vacina ser um método presente e eficiente na vida dos animais de companhia, cães e gatos, a raiva, doença com uma taxa de mortalidade extremamente alta e de caráter zoonótico, ainda é presente na vida desses animais e de outros, como também na dos seres humanos. Ademais, no período entre 2019 a 2021 obteve-se um aumento nos casos positivos, muitos denominam esse acréscimo como decorrente a ausência de vacinação gratuita disponibilizada pelo governo, o que gerou uma enorme queda na taxa de vacinação contra a raiva. Apesar dessa doença ser extremamente contagiosa, ela pode ser evitada com vacinação e ausência de contanto com animais positivos.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"48 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115846907","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mariana Hamida Casale, Emilly Kelly Cordeiro dos Santos, Emilly Lisa Sousa Santiago, Nathalya Nayr Rodrigues Martins
Introdução: A deambulação é um marcador importante de independência e autonomia em idosos e que esses indivíduos são mais suscetíveis às fraturas de fêmur, devido as inúmeras disfunções no organismo humano causadas pelo processo fisiológico e patológico do envelhecimento. Objetivos: Abordar sobre a incidência de fraturas de fêmur na população idosa, afim de compreender a epidemiologia dessa variável associado as internações hospitalares. Metodologia: O presente estudo baseou-se em análise quantitativa, valendo-se de ferramentas de pesquisa disponibilizadas no sistema DATASUS (Departamento de Informação do Sistema Único de Saúde). Os dados foram apurados no sentido de selecionar resultados que constatam a incidência de fratura do fêmur em idosos. Nesse contexto, as ocorrências observadas nessa base de dados foram de janeiro de 2019 a janeiro de 2021, e em relação aos casos de internações decorrentes de fratura de fêmur, demonstraram que em uma população com idade igual ou superior a 50 anos a incidência foi de 141.068 ao total, sendo, respectivamente, 67.957 internações em 2019, 67.646 em 2020, e em 2021 foram registrados 5.456 casos até o mês de janeiro. Resultado: Diante desse exposto, e dos dados epidemiológicos colhidos através do DATASUS, demonstraram que o maior índice de internação é na faixa etária acima de 50 anos, com 141.068 casos em idosos entre 2019 e 2021, evidenciando mais de 47.000 casos de internações ao ano decorrentes dessas fraturas, além disso, ressalta-se que pacientes que foram internados apresentavam maior risco de mortalidade, sendo a taxa deste evento em torno de 5,88% dos casos. Dessa forma, alguns fatores de risco contribuem para esses quadros de fraturas seguidos de internações, tais como idade, gênero feminino, presença de comorbidades, menopausa precoce, quadro de osteoporose, hábitos de vida - sendo relevante verificar o uso de álcool, tabaco e drogas - sedentarismo, perda de equilíbrio e capacidade cognitiva. Conclusão: Em virtude dos argumentos, apresentados, conclui-se que o processo de envelhecimento compromete a deambulação do indivíduo e assim o predispõe a fratura, sendo a mais comum relacionada ao fêmur em idosos acima dos 50 anos de idade.
{"title":"INCIDÊNCIA DE FRATURA DE FÊMUR EM IDOSOS: RESUMO SIMPLES","authors":"Mariana Hamida Casale, Emilly Kelly Cordeiro dos Santos, Emilly Lisa Sousa Santiago, Nathalya Nayr Rodrigues Martins","doi":"10.51161/epidemion/7734","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7734","url":null,"abstract":"Introdução: A deambulação é um marcador importante de independência e autonomia em idosos e que esses indivíduos são mais suscetíveis às fraturas de fêmur, devido as inúmeras disfunções no organismo humano causadas pelo processo fisiológico e patológico do envelhecimento. Objetivos: Abordar sobre a incidência de fraturas de fêmur na população idosa, afim de compreender a epidemiologia dessa variável associado as internações hospitalares. Metodologia: O presente estudo baseou-se em análise quantitativa, valendo-se de ferramentas de pesquisa disponibilizadas no sistema DATASUS (Departamento de Informação do Sistema Único de Saúde). Os dados foram apurados no sentido de selecionar resultados que constatam a incidência de fratura do fêmur em idosos. Nesse contexto, as ocorrências observadas nessa base de dados foram de janeiro de 2019 a janeiro de 2021, e em relação aos casos de internações decorrentes de fratura de fêmur, demonstraram que em uma população com idade igual ou superior a 50 anos a incidência foi de 141.068 ao total, sendo, respectivamente, 67.957 internações em 2019, 67.646 em 2020, e em 2021 foram registrados 5.456 casos até o mês de janeiro. Resultado: Diante desse exposto, e dos dados epidemiológicos colhidos através do DATASUS, demonstraram que o maior índice de internação é na faixa etária acima de 50 anos, com 141.068 casos em idosos entre 2019 e 2021, evidenciando mais de 47.000 casos de internações ao ano decorrentes dessas fraturas, além disso, ressalta-se que pacientes que foram internados apresentavam maior risco de mortalidade, sendo a taxa deste evento em torno de 5,88% dos casos. Dessa forma, alguns fatores de risco contribuem para esses quadros de fraturas seguidos de internações, tais como idade, gênero feminino, presença de comorbidades, menopausa precoce, quadro de osteoporose, hábitos de vida - sendo relevante verificar o uso de álcool, tabaco e drogas - sedentarismo, perda de equilíbrio e capacidade cognitiva. Conclusão: Em virtude dos argumentos, apresentados, conclui-se que o processo de envelhecimento compromete a deambulação do indivíduo e assim o predispõe a fratura, sendo a mais comum relacionada ao fêmur em idosos acima dos 50 anos de idade.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"50 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128974326","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: As doenças não transmissíveis são um grave problema de saúde pública no Brasil. De 213,3 milhões de habitantes, no ano de 2019 foram registrados, 54,7% dos óbitos oriundos da prevalência dessas doenças. Para isso, o enfrentamento das doenças crônicas e seus agravos ocorre através de diretrizes para prevenção aos fatores de riscos e promoção da saúde. Objetivo: Analisar os fatores agravantes para mortalidade decorrente de doenças não transmissíveis entre os anos de 2010-2022. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, do tipo descritiva que busca analisar os dados epidemiológicos mediante a prevalência da mortalidade proveniente das doenças não transmissíveis. Para esse estudo foi utilizado dados da Biblioteca. Cientifica Eletrônica Online (SCIELO) a Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS), bem como dados do Ministério da Saúde. Resultados: As repercussões mediante o estudo demonstram que as doenças não transmissíveis somatizada à abrupta redução da taxa de fecundidade, tem por consequência a forte diminuição populacional. Sendo assim, são elaboradas medidas pelas três esferas federais, com o plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas e agravos não transmissíveis no Brasil ou plano Dant (2021-2030) que pretende estruturar a prevenção das doenças não transmissíveis, com intervenções, produção do cuidado e assistência, como ferramenta de combate aos fatores de riscos modificáveis, tais como: obesidade, inadequada alimentação, inatividade física, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, poluição do ambiente e saúde mental. Conclusão: Portanto, obteve-se que os determinantes na saúde pública, necessitam de modificações perante a promoção e educação da saúde populacional, visando articulações do poder público com a população, para inserções eficientes de políticas públicas coerentes com a análise sistemática de dados e informações sobre os agravos e mortalidade decorrente de doenças não transmissíveis. A excelência da aplicação de estratégias são executadas pelos representantes do ministério da saúde, a nível estadual e municipal, com objetivo de impulsionar as ações e serviços de saúde.
{"title":"A MORTALIDADE DECORRENTE DAS DOENÇAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2010 A 2022","authors":"Joanne Victória Pereira dos Santos","doi":"10.51161/epidemion/7645","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7645","url":null,"abstract":"Introdução: As doenças não transmissíveis são um grave problema de saúde pública no Brasil. De 213,3 milhões de habitantes, no ano de 2019 foram registrados, 54,7% dos óbitos oriundos da prevalência dessas doenças. Para isso, o enfrentamento das doenças crônicas e seus agravos ocorre através de diretrizes para prevenção aos fatores de riscos e promoção da saúde. Objetivo: Analisar os fatores agravantes para mortalidade decorrente de doenças não transmissíveis entre os anos de 2010-2022. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, do tipo descritiva que busca analisar os dados epidemiológicos mediante a prevalência da mortalidade proveniente das doenças não transmissíveis. Para esse estudo foi utilizado dados da Biblioteca. Cientifica Eletrônica Online (SCIELO) a Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS), bem como dados do Ministério da Saúde. Resultados: As repercussões mediante o estudo demonstram que as doenças não transmissíveis somatizada à abrupta redução da taxa de fecundidade, tem por consequência a forte diminuição populacional. Sendo assim, são elaboradas medidas pelas três esferas federais, com o plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas e agravos não transmissíveis no Brasil ou plano Dant (2021-2030) que pretende estruturar a prevenção das doenças não transmissíveis, com intervenções, produção do cuidado e assistência, como ferramenta de combate aos fatores de riscos modificáveis, tais como: obesidade, inadequada alimentação, inatividade física, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, poluição do ambiente e saúde mental. Conclusão: Portanto, obteve-se que os determinantes na saúde pública, necessitam de modificações perante a promoção e educação da saúde populacional, visando articulações do poder público com a população, para inserções eficientes de políticas públicas coerentes com a análise sistemática de dados e informações sobre os agravos e mortalidade decorrente de doenças não transmissíveis. A excelência da aplicação de estratégias são executadas pelos representantes do ministério da saúde, a nível estadual e municipal, com objetivo de impulsionar as ações e serviços de saúde.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130510236","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Thaylla Horbylon Nascimento, Kevin Alves Duarte, M. Ramalho, Hélio Ranes de Menezes Filho
Introdução: O Google trends possibilita acompanhar buscas sobre uma palavra-chave ou assunto em determinado lugar ao longo do tempo. Assim, pode ser uma ferramenta útil para auxiliar na detecção precoce de epidemias por dengue, chikungunya e zika. Durante períodos epidêmicos, essas arboviroses aumentam a demanda aos serviços de saúde, necessitando então de medidas de controle precoce e avaliações de eficácia comportamental em tempo hábil. Objetivo: Avaliar a eficácia do Google trends na detecção precoce de epidemias. Metodologia: Foi realizada pesquisa quantitativa exploratória avaliando gráficos de interesse do Google trends dos termos dengue, chikungunya e zika em 2021 no Brasil. Nesses gráficos, o valor 100 representa o pico de popularidade, 50 é relativo à metade da popularidade e 0 significa que não havia dados suficientes naquele período. Os resultados foram comparados com os picos de notificação de casos suspeitos no Brasil no mesmo período. Resultados: Em 2021, a notificação de casos suspeitos de dengue teve pico nas semanas epidemiológicas (SE) 14 e 16, entre os dias 05-25 de abril, coincidindo com o período de maior interesse sobre o termo “dengue”. Em relação à chikungunya, os maiores picos de notificação de casos prováveis foram na SE11 (15-21 de março), SE22 (31 de maio a 06 de junho) e SE27 (05-11 de julho), ao passo que os períodos de maior interesse de pesquisa foram entre os dias 23-29 de maio e 4-10 de julho, coincidindo os períodos de aumento das notificações e pesquisa. Sobre a zika, o maior número de casos prováveis foi notificado nas SE25 e SE26, entre 21 de junho a 04 de julho. Um segundo pico foi observado na SE22 (31 de maio a 06 de junho). No Google trends, o pico de interesse ocorreu entre os dias 23-29 de maio, precedendo a semana 22, onde ocorreu o 2º maior número de notificações de casos suspeitos. Conclusão: De acordo com os dados apresentados, pode-se inferir que o Google trends possui grande potencial na rotina de avaliação comportamental sobre epidemias, auxiliando na adoção precoce de medidas eficazes de prevenção e controle.
{"title":"USO DO GOOGLE TRENDS NA DETECÇÃO PRECOCE DE EPIDEMIAS POR ARBOVIROSES","authors":"Thaylla Horbylon Nascimento, Kevin Alves Duarte, M. Ramalho, Hélio Ranes de Menezes Filho","doi":"10.51161/epidemion/7596","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/epidemion/7596","url":null,"abstract":"Introdução: O Google trends possibilita acompanhar buscas sobre uma palavra-chave ou assunto em determinado lugar ao longo do tempo. Assim, pode ser uma ferramenta útil para auxiliar na detecção precoce de epidemias por dengue, chikungunya e zika. Durante períodos epidêmicos, essas arboviroses aumentam a demanda aos serviços de saúde, necessitando então de medidas de controle precoce e avaliações de eficácia comportamental em tempo hábil. Objetivo: Avaliar a eficácia do Google trends na detecção precoce de epidemias. Metodologia: Foi realizada pesquisa quantitativa exploratória avaliando gráficos de interesse do Google trends dos termos dengue, chikungunya e zika em 2021 no Brasil. Nesses gráficos, o valor 100 representa o pico de popularidade, 50 é relativo à metade da popularidade e 0 significa que não havia dados suficientes naquele período. Os resultados foram comparados com os picos de notificação de casos suspeitos no Brasil no mesmo período. Resultados: Em 2021, a notificação de casos suspeitos de dengue teve pico nas semanas epidemiológicas (SE) 14 e 16, entre os dias 05-25 de abril, coincidindo com o período de maior interesse sobre o termo “dengue”. Em relação à chikungunya, os maiores picos de notificação de casos prováveis foram na SE11 (15-21 de março), SE22 (31 de maio a 06 de junho) e SE27 (05-11 de julho), ao passo que os períodos de maior interesse de pesquisa foram entre os dias 23-29 de maio e 4-10 de julho, coincidindo os períodos de aumento das notificações e pesquisa. Sobre a zika, o maior número de casos prováveis foi notificado nas SE25 e SE26, entre 21 de junho a 04 de julho. Um segundo pico foi observado na SE22 (31 de maio a 06 de junho). No Google trends, o pico de interesse ocorreu entre os dias 23-29 de maio, precedendo a semana 22, onde ocorreu o 2º maior número de notificações de casos suspeitos. Conclusão: De acordo com os dados apresentados, pode-se inferir que o Google trends possui grande potencial na rotina de avaliação comportamental sobre epidemias, auxiliando na adoção precoce de medidas eficazes de prevenção e controle.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"212 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133425969","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}