Este ensaio desenvolve um estudo, a partir da obra de G. Agamben, sobre a arqueologia do ofício e as implicações ético-políticas do modo de subjetivação do funcionário. O funcionário age a partir do dever de oficio, separando, nessa ação, a responsabilidade pessoal da eficiência da ação. Ao agir como funcionário não atua em nome próprio, mas age em nome de outro, para o qual se transfere toda responsabilidade ética da ação funcional. Eichmann apresenta-se como o modelo de funcionário que cumpriu o dever de sua função, independentemente de suas convicções pessoais a respeito da catástrofe humana que provocou.
{"title":"Arqueologia do officium: eichmann, o funcionário e a banalidade da catástrofe: intersecções de G. Agamben e H. Arendt","authors":"Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz","doi":"10.5216/phi.v23i1.49991","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v23i1.49991","url":null,"abstract":"Este ensaio desenvolve um estudo, a partir da obra de G. Agamben, sobre a arqueologia do ofício e as implicações ético-políticas do modo de subjetivação do funcionário. O funcionário age a partir do dever de oficio, separando, nessa ação, a responsabilidade pessoal da eficiência da ação. Ao agir como funcionário não atua em nome próprio, mas age em nome de outro, para o qual se transfere toda responsabilidade ética da ação funcional. Eichmann apresenta-se como o modelo de funcionário que cumpriu o dever de sua função, independentemente de suas convicções pessoais a respeito da catástrofe humana que provocou. ","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70715285","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"SENTIMENTS AS THE FOUNDATION IF RECIPROCAL DEMANDS: A NATURALIZED INVESTIGATION INTO MORALS ACCORDING TO HUME AND TUGENDHAT","authors":"Matheus de Mesquita Silveira","doi":"10.5216/PHI.V23I1.44434","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V23I1.44434","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"23 1","pages":"133-159"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47545016","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Christian Fernando Fernando Ribeiro Guimarães Vinci
Este artigo objetiva pensar o debate envolvendo a questão da literalidade na obra de Gilles Deleuze, mormente naquela escrita em parceria com Félix Guattari, a partir de um recuo pelo pensamento do filósofo Henri Bergson. Apresentada como um modo singular de operar com a escrita, a literalidade deleuze-guattariana exigiria que determinadas formulações, mormente aquelas de teor imagético fossem lidas ao pé da letra (a la lettre) ao invés de interpretadas como metáforas. Tendo adentrado em nosso país por meio do dossiê Entre Deleuze e a Educação, publicado em 2005 no periódico Educação & Sociedade, a questão da literalidade fomentou uma discussão acalorada, nomeadamente no campo educacional – dado o fato de um dos participantes, François Zourabichvili, propor uma pretensa teoria de ensino deleuzeana a partir dessa noção. Longe de querer encerrar tal debate, almejamos pensá-lo sob a égide do pensamento bergsoniano, a fim de propor um escape do binarismo estabelecido.
本文旨在从哲学家亨利·柏格森的思想撤退,思考德勒兹作品中涉及文字问题的争论,特别是与felix Guattari合作的作品。作为一种独特的写作方式,德勒兹-瓜达尔的字面性要求某些公式,特别是那些意象内容,必须从字面上阅读(a la lettre),而不是作为隐喻来解释。和他们在我们国家之间的文件通过德勒兹和教育,在2005年出版的《教育与社会,和文字的这些问题的一个激烈的争论,尤其是在教育领域—鉴于其中一个参与者,弗朗索瓦•Zourabichvili提出有利于教育理论deleuzeana从这个概念。我们并不想结束这场辩论,而是打算在柏格森思想的庇护下思考它,以便提出一种摆脱既定二元主义的方法。
{"title":"Literalidade e metáfora na filosofia de Gilles Deleuze: uma via bergsoniana","authors":"Christian Fernando Fernando Ribeiro Guimarães Vinci","doi":"10.5216/phi.v23i1.43220","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v23i1.43220","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva pensar o debate envolvendo a questão da literalidade na obra de Gilles Deleuze, mormente naquela escrita em parceria com Félix Guattari, a partir de um recuo pelo pensamento do filósofo Henri Bergson. Apresentada como um modo singular de operar com a escrita, a literalidade deleuze-guattariana exigiria que determinadas formulações, mormente aquelas de teor imagético fossem lidas ao pé da letra (a la lettre) ao invés de interpretadas como metáforas. Tendo adentrado em nosso país por meio do dossiê Entre Deleuze e a Educação, publicado em 2005 no periódico Educação & Sociedade, a questão da literalidade fomentou uma discussão acalorada, nomeadamente no campo educacional – dado o fato de um dos participantes, François Zourabichvili, propor uma pretensa teoria de ensino deleuzeana a partir dessa noção. Longe de querer encerrar tal debate, almejamos pensá-lo sob a égide do pensamento bergsoniano, a fim de propor um escape do binarismo estabelecido.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"162 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70715184","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ao tratar da ação do homem contemporâneo no que diz respeito à Revolução Russa, Hannah Arendt elabora abordagens no campo da filosofia política. Trata-se de abordagens que, certamente, podem iluminar o tempo presente, principalmente quando comemoramos o centenário dessa importante ruptura ocorrida em1917. Aautora, em suas análises, procura demonstrar que as experiências dos conselhos na Rússia, configurados em Sovietes, se fortaleceram a partir dos movimentos de 1905 por meio de ondas de greves espontâneas. Arendt faz referência ao caráter republicano dos Sovietes. Ou seja, havia um ideal de fundação de uma república baseada na estrutura organizacional dos Sovietes, traduzidos em espaços de liberdade. A movimentação dos Sovietes e do Partido Bolchevique culminou com a tomada do poder. Os rumos assumidos pelo governo de Lênin abriram precedentes para o desenvolvimento posterior quando o Partido, com toda a sua máquina, se tornaria onipotente. Com a ascensão de Stalin ao poder, instaurou-se o domínio total. Isto é, o totalitarismo alcançou o seu clímax com a perseguição e destruição daqueles que foram considerados inimigos objetivos e com a criação de campos de concentração. Com a ascensão de Nikita Khrushchev ao poder, iniciaram-se alguns sinais de destotalitarização da União Soviética.
{"title":"O que diria Hannah Arendt sobre o centenário da revolução russa?","authors":"José Luiz de Oliveira","doi":"10.5216/phi.v23i1.54207","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v23i1.54207","url":null,"abstract":"Ao tratar da ação do homem contemporâneo no que diz respeito à Revolução Russa, Hannah Arendt elabora abordagens no campo da filosofia política. Trata-se de abordagens que, certamente, podem iluminar o tempo presente, principalmente quando comemoramos o centenário dessa importante ruptura ocorrida em1917. Aautora, em suas análises, procura demonstrar que as experiências dos conselhos na Rússia, configurados em Sovietes, se fortaleceram a partir dos movimentos de 1905 por meio de ondas de greves espontâneas. Arendt faz referência ao caráter republicano dos Sovietes. Ou seja, havia um ideal de fundação de uma república baseada na estrutura organizacional dos Sovietes, traduzidos em espaços de liberdade. A movimentação dos Sovietes e do Partido Bolchevique culminou com a tomada do poder. Os rumos assumidos pelo governo de Lênin abriram precedentes para o desenvolvimento posterior quando o Partido, com toda a sua máquina, se tornaria onipotente. Com a ascensão de Stalin ao poder, instaurou-se o domínio total. Isto é, o totalitarismo alcançou o seu clímax com a perseguição e destruição daqueles que foram considerados inimigos objetivos e com a criação de campos de concentração. Com a ascensão de Nikita Khrushchev ao poder, iniciaram-se alguns sinais de destotalitarização da União Soviética.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70715238","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Nos últimos anos, a pesquisa em torno do pensamento arendtiano tem buscado explicitar a existência de elementos biopolíticos, mesmo que estes não apareçam no interior de seu pensamento de maneira evidente. Para tanto, se tem procurado, fundamentalmente, em A condição humana, conceitos biopolíticos que colocariam Arendt no rol daqueles que na modernidade lançaram luz sobre a biologização da política e o esvaziamento da esfera pública. Também acreditamos que há, no interior das reflexões arendtianas, elementos biopolíticos. Contudo, nosso objetivo é demonstrar que é na descrição do ponto central da política que está uma das chaves de leitura de uma biopolítica arendtiana. Sustentaremos nossa hipótese a partir da assertiva arendtiana, contida em seu texto O que é Política?, na qual a autora diz que “no ponto central da política está sempre a preocupação com o mundo e não com o homem”. Afirmar que o ponto central da política é cuidar do mundo e não dos homens problematiza dois aspectos: o risco que há em não se cuidar do mundo e a compreensão da política enquanto instância preservadora da vida, pois eleger a vida como fundamento da política significa subtrair a liberdade pela necessidade no interior das ações humanas.
{"title":"Vida (Zoé), mundo e política: uma reflexão sobre os aspectos biopolíticos no pensamento de Hannah Arendt","authors":"Fabio Abreu Passos","doi":"10.5216/phi.v23i1.49934","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v23i1.49934","url":null,"abstract":"Nos últimos anos, a pesquisa em torno do pensamento arendtiano tem buscado explicitar a existência de elementos biopolíticos, mesmo que estes não apareçam no interior de seu pensamento de maneira evidente. Para tanto, se tem procurado, fundamentalmente, em A condição humana, conceitos biopolíticos que colocariam Arendt no rol daqueles que na modernidade lançaram luz sobre a biologização da política e o esvaziamento da esfera pública. Também acreditamos que há, no interior das reflexões arendtianas, elementos biopolíticos. Contudo, nosso objetivo é demonstrar que é na descrição do ponto central da política que está uma das chaves de leitura de uma biopolítica arendtiana. Sustentaremos nossa hipótese a partir da assertiva arendtiana, contida em seu texto O que é Política?, na qual a autora diz que “no ponto central da política está sempre a preocupação com o mundo e não com o homem”. Afirmar que o ponto central da política é cuidar do mundo e não dos homens problematiza dois aspectos: o risco que há em não se cuidar do mundo e a compreensão da política enquanto instância preservadora da vida, pois eleger a vida como fundamento da política significa subtrair a liberdade pela necessidade no interior das ações humanas.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70715130","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo busca expor a sutileza da diferença entre o antigo e o novo, entre o arcaico e o moderno, a fim de questionar o caráter emancipatório da política na modernidade. A existência e a conjectura de um contrato sexual nas variadas formas da teoria do contrato social é o contexto no qual Carole Pateman desenvolve sua obra para expor a subversiva maneira com que as mulheres têm sido estimadas desde os primórdios da modernidade. O que é posto em questão, contudo, é o fato de que a crítica de Pateman, embora de maneira exitosa rejeite o contratualismo, por outro lado não supera a estrutura discursiva da própria tradição jusnaturalista. Tal insuficiência crítica motivará, a partir de Luce Irigaray, que se ponha à prova o próprio modelo falogocêntrico da filosofia e da psicanálise, os quais se reinscreverão quando as mulheres repensarem a história do pensamento sob uma normativa feminista.
{"title":"Crítica ao passado, nova escrita do futuro: carole pateman, luce irigaray e o patriarcalismo","authors":"Henrique Braunstein Raskin","doi":"10.5216/phi.v23i1.49344","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v23i1.49344","url":null,"abstract":"Este artigo busca expor a sutileza da diferença entre o antigo e o novo, entre o arcaico e o moderno, a fim de questionar o caráter emancipatório da política na modernidade. A existência e a conjectura de um contrato sexual nas variadas formas da teoria do contrato social é o contexto no qual Carole Pateman desenvolve sua obra para expor a subversiva maneira com que as mulheres têm sido estimadas desde os primórdios da modernidade. O que é posto em questão, contudo, é o fato de que a crítica de Pateman, embora de maneira exitosa rejeite o contratualismo, por outro lado não supera a estrutura discursiva da própria tradição jusnaturalista. Tal insuficiência crítica motivará, a partir de Luce Irigaray, que se ponha à prova o próprio modelo falogocêntrico da filosofia e da psicanálise, os quais se reinscreverão quando as mulheres repensarem a história do pensamento sob uma normativa feminista.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70715489","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ao discorremos sobre o pertencimento ao mundo e a questão dos refugiados em Hannah Arendt, buscamos trazer a lume uma discussão enfrentada pela autora no século passado, mas que se torna atual, haja vista a conjuntura mundial hodierna. Nosso problema focou a seguinte questão: é possível um mundo sem acolhimento dos seres humanos e de suas relações? Ao nos indagarmos sobre isto, enfrentamos o papel do direito internacional frente à questão, sobretudo, no que concerne à tensão entre direitos humanos e soberania. Para Hannah Arendt, ocorreu uma flagrante incapacidade dos direitos humanos e, do direito, como lei para proteger e resguardar os apátridas e os refugiados. Neste contexto, as categorias de mundo e de refugiado emergem como categorias analíticas para compreendermos a ideia de pertencimento. Ainda nessa esteira, buscamos esclarecer o conceito de mundo em Hannah Arendt para melhor construção de nossa argumentação. Elegemos como metodologia a exegese textual, já consagrada nos estudos filosóficos. Destacamos como corpus central de nossa discussão a obra Escritos judaicos e, em especial, os textos Nós os refugiados (1943) e A Condição Humana (1958).
在讨论汉娜·阿伦特的世界归属和难民问题时,我们试图揭示作者在上个世纪所面临的讨论,但考虑到当今世界的情况,这是当前的讨论。我们的问题集中在以下问题上:一个没有人类及其关系的世界是否可能?在研究这一问题时,我们面对国际法在这一问题上的作用,特别是在人权与主权之间的紧张关系方面。对汉娜·阿伦特来说,人权和法律作为法律在保护和保护无国籍者和难民方面明显无能为力。在这种背景下,世界和难民的类别作为理解归属概念的分析类别出现。在这个轨道上,我们试图澄清汉娜阿伦特的世界概念,以便更好地构建我们的论点。我们选择了已经在哲学研究中确立的文本注释作为方法论。我们强调犹太著作作为我们讨论的中心主体,特别是文本nos os refugios(1943)和a condition Humana(1958)。
{"title":"A questão dos refugiados e a ideia de pertencimento ao mundo em Hannah Arendt","authors":"Ricardo George de Araujo Silva","doi":"10.5216/phi.v23i1.53031","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v23i1.53031","url":null,"abstract":"Ao discorremos sobre o pertencimento ao mundo e a questão dos refugiados em Hannah Arendt, buscamos trazer a lume uma discussão enfrentada pela autora no século passado, mas que se torna atual, haja vista a conjuntura mundial hodierna. Nosso problema focou a seguinte questão: é possível um mundo sem acolhimento dos seres humanos e de suas relações? Ao nos indagarmos sobre isto, enfrentamos o papel do direito internacional frente à questão, sobretudo, no que concerne à tensão entre direitos humanos e soberania. Para Hannah Arendt, ocorreu uma flagrante incapacidade dos direitos humanos e, do direito, como lei para proteger e resguardar os apátridas e os refugiados. Neste contexto, as categorias de mundo e de refugiado emergem como categorias analíticas para compreendermos a ideia de pertencimento. Ainda nessa esteira, buscamos esclarecer o conceito de mundo em Hannah Arendt para melhor construção de nossa argumentação. Elegemos como metodologia a exegese textual, já consagrada nos estudos filosóficos. Destacamos como corpus central de nossa discussão a obra Escritos judaicos e, em especial, os textos Nós os refugiados (1943) e A Condição Humana (1958).","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70715154","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
The main purpose of this article is to examine the terms of freedom in Hobbes, using the sense of freedom, sometimes attributed to the way the philosopher sees its position on freedom, through the discussions of Quentin Skinner about the design "neo-Roman" of freedom or liberty republican. Based on this assumption, do you want to show how the modern conception of freedom is entirely dependent on the construction of the hobbesian "freedom negative", directly influenced by a political debate that occurred in England in the mid 17th century. On this basis, the heart of the discussions that will be undertaken in this article concerns the critique hobbesian freedom republican as a prerequisite to demonstrate the development of the modern conception of freedom. Once examined this relationship is, therefore, possible to highlight the important aspects of liberalism in the political argument of Hobbes.
{"title":"O SENTIDO LIBERAL DA CONCEPÇÃO DE LIBERDADE NO ÂMBITO DO ABSOLUTISMO POLÍTICO DE HOBBES","authors":"Delmo Mattos, E. Ramos","doi":"10.5216/PHI.V22I2.50365","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V22I2.50365","url":null,"abstract":"The main purpose of this article is to examine the terms of freedom in Hobbes, using the sense of freedom, sometimes attributed to the way the philosopher sees its position on freedom, through the discussions of Quentin Skinner about the design \"neo-Roman\" of freedom or liberty republican. Based on this assumption, do you want to show how the modern conception of freedom is entirely dependent on the construction of the hobbesian \"freedom negative\", directly influenced by a political debate that occurred in England in the mid 17th century. On this basis, the heart of the discussions that will be undertaken in this article concerns the critique hobbesian freedom republican as a prerequisite to demonstrate the development of the modern conception of freedom. Once examined this relationship is, therefore, possible to highlight the important aspects of liberalism in the political argument of Hobbes.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"22 1","pages":"81-81"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-02-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48321542","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
This paper suggest that the claim for legitimate authority distinguishes a State from a sophisticated mafia. Then, we proceeded to the analysis of the meaning of such a claim, what leads us to the paradox denounced by the “philosophical anarchism”, according to which no authority may be legitimate, since obedience to any authority would necessarily entail the surrender of practical reason. Thus, we sketch a formal theory of practical reason intended to solve the anarchist paradox. Finally, we examine whether there may be an argument in favor of political authority that meet the formal conditions of legitimacy established by that theory.
{"title":"O PROBLEMA DA LEGITIMIDADE DA AUTORIDADE POLÍTICA, OU SOBRE O QUE DIFERENCIA O ESTADO DA MAFIA","authors":"Andrea Faggion","doi":"10.5216/PHI.V22I2.49609","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/PHI.V22I2.49609","url":null,"abstract":"This paper suggest that the claim for legitimate authority distinguishes a State from a sophisticated mafia. Then, we proceeded to the analysis of the meaning of such a claim, what leads us to the paradox denounced by the “philosophical anarchism”, according to which no authority may be legitimate, since obedience to any authority would necessarily entail the surrender of practical reason. Thus, we sketch a formal theory of practical reason intended to solve the anarchist paradox. Finally, we examine whether there may be an argument in favor of political authority that meet the formal conditions of legitimacy established by that theory.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"22 1","pages":"37-37"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-02-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42837816","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
This article aims at discussing the subject of knowledge as a philosophical problem in the thinking of Ludwig Feuerbach, based on formulations developed by the thinker in his Principles of the philosophy of the future (1843). It shows Feuerbach’s interest in establishing the importance of a philosophy based on concrete reality and recognition of sensibility, which he calls “new philosophy”. He presupposes the admission of a certain ontological conception by discussing the importance of material concreteness to make knowledge a theme, so that it was necessary to design a brief demarcation of the materialist ontology of which the new philosophy starts.
{"title":"ONTOLOGIA E CONHECIMENTO NOS PRINCÍPIOS DA FILOSOFIA DO FUTURO DE LUDWIG FEUERBACH","authors":"José Edmar Lima Filho","doi":"10.5216/phi.v22i2.45635","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/phi.v22i2.45635","url":null,"abstract":"This article aims at discussing the subject of knowledge as a philosophical problem in the thinking of Ludwig Feuerbach, based on formulations developed by the thinker in his Principles of the philosophy of the future (1843). It shows Feuerbach’s interest in establishing the importance of a philosophy based on concrete reality and recognition of sensibility, which he calls “new philosophy”. He presupposes the admission of a certain ontological conception by discussing the importance of material concreteness to make knowledge a theme, so that it was necessary to design a brief demarcation of the materialist ontology of which the new philosophy starts.","PeriodicalId":30368,"journal":{"name":"Philosophos Revista de Filosofia","volume":"22 1","pages":"153-153"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-02-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41469637","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}