This article speaks of a literary comparativism provided by the environment-making dynamics of commodity frontiers. How is world-literature imbricated in these movements? How do texts mediate the logic of commodity frontiers and how might this mediation be differently inflected by the specific political ecologies of sugar, coffee, oil, or rubber? To approach literature from this angle clearly resonates with Patricia Yaeger’s call to attend to the energy resources that make texts possible (2011). By responding to this call through the optic of the commodity frontier, I seek to underscore the necessity of understanding those resources in terms of the systemic logic and structural relations of capitalism as a world-ecology.
{"title":"World-Literature, Commodity Frontiers, and Aesthetic Form","authors":"M. Niblett","doi":"10.11606/va.i40.173470","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i40.173470","url":null,"abstract":"This article speaks of a literary comparativism provided by the environment-making dynamics of commodity frontiers. How is world-literature imbricated in these movements? How do texts mediate the logic of commodity frontiers and how might this mediation be differently inflected by the specific political ecologies of sugar, coffee, oil, or rubber? To approach literature from this angle clearly resonates with Patricia Yaeger’s call to attend to the energy resources that make texts possible (2011). By responding to this call through the optic of the commodity frontier, I seek to underscore the necessity of understanding those resources in terms of the systemic logic and structural relations of capitalism as a world-ecology.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64444491","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A história de um(a) jovem que vem das províncias à cidade em busca de trabalho - este é um dos topoi centrais da ficção moderna. Romance após romance, vemos a força centrípeta da cidade. A transformação incessante, irregular e incessante da cidade por meio da modernização é então sobredeterminada nessas narrativas literárias de campo a cidade por ser representada sob o signo do choque do novo, à medida que os protagonistas rurais são levados a confrontar seu ritmo, tamanho, intensidade, aspereza e insensível impessoalidade. A cidade é evidentemente o locus dominante de modernização no sistema-mundo capitalista, em contrapartida, com muito menos representação, o campo, menos presente, é representado como matriz esgotada, cada vez menos capaz de sustentar a vida, não apenas afetiva ou experiencialmente, mas também muitas vezes literariamente.
{"title":"Pedra sobre pedra: terra, trabalho e consciência na perspectiva literária-mundial","authors":"Neil Lazarus","doi":"10.11606/va.i40.173466","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i40.173466","url":null,"abstract":"A história de um(a) jovem que vem das províncias à cidade em busca de trabalho - este é um dos topoi centrais da ficção moderna. Romance após romance, vemos a força centrípeta da cidade. A transformação incessante, irregular e incessante da cidade por meio da modernização é então sobredeterminada nessas narrativas literárias de campo a cidade por ser representada sob o signo do choque do novo, à medida que os protagonistas rurais são levados a confrontar seu ritmo, tamanho, intensidade, aspereza e insensível impessoalidade. A cidade é evidentemente o locus dominante de modernização no sistema-mundo capitalista, em contrapartida, com muito menos representação, o campo, menos presente, é representado como matriz esgotada, cada vez menos capaz de sustentar a vida, não apenas afetiva ou experiencialmente, mas também muitas vezes literariamente.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64444418","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Franco Moretti (2005) afirma que as formas narrativas a que chamamos de gêneros têm longevidades perceptíveis, devido ao seu uso relativo e valor de troca como mercadorias culturais. Concentrando-se no romance europeu pós-1800, ele argumenta que gêneros específicos têm um ciclo de vida de cerca de 25-30 anos antes de sua eficácia no mercado se desgastar. Por que, no entanto, os gêneros não apenas têm um padrão ondulatório de ascensão e queda, mas também diminuem (ou reaparecem) em aglomerados em pontos de inflexão, como "final de 1760, início de 1790, final de 1820, 1850, início de 1870 e meados da década de 1880”? Esse movimento em grupo significa, para Moretti, a presença de uma “explicação causal [que] deve ser externa aos gêneros e comum a todos: como uma mudança repentina e total de seu ecossistema. Ou seja, uma mudança em seu público. Livros sobrevivem se são lidos e desaparecem se não o são: e quando todo um sistema genérico desaparece de uma vez, a explicação mais provável é que seus leitores desapareceram de uma vez ”. O desaparecimento de gêneros agregados marca o tempo de vida de uma "geração", uma duração do "clima mental" particular dos leitores.
{"title":"O arranjo cultural: capital, gênero e os tempos de estudos americanos","authors":"Stephen Shapiro","doi":"10.11606/va.i40.173472","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i40.173472","url":null,"abstract":"Franco Moretti (2005) afirma que as formas narrativas a que chamamos de gêneros têm longevidades perceptíveis, devido ao seu uso relativo e valor de troca como mercadorias culturais. Concentrando-se no romance europeu pós-1800, ele argumenta que gêneros específicos têm um ciclo de vida de cerca de 25-30 anos antes de sua eficácia no mercado se desgastar. Por que, no entanto, os gêneros não apenas têm um padrão ondulatório de ascensão e queda, mas também diminuem (ou reaparecem) em aglomerados em pontos de inflexão, como \"final de 1760, início de 1790, final de 1820, 1850, início de 1870 e meados da década de 1880”? Esse movimento em grupo significa, para Moretti, a presença de uma “explicação causal [que] deve ser externa aos gêneros e comum a todos: como uma mudança repentina e total de seu ecossistema. Ou seja, uma mudança em seu público. Livros sobrevivem se são lidos e desaparecem se não o são: e quando todo um sistema genérico desaparece de uma vez, a explicação mais provável é que seus leitores desapareceram de uma vez ”. O desaparecimento de gêneros agregados marca o tempo de vida de uma \"geração\", uma duração do \"clima mental\" particular dos leitores.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64444502","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Com foco na inerente relação entre as esferas locais e globais que marca a ficção de João Paulo Borges Coelho, este ensaio propõe que a articulação estética da memória pós-colonial presente em sua obra constitui-na como literatura-mundial. Através da análise do romance Rainhas da Noite (2013), argumentamos que sua representação nuançada do colonialismo pela lente da memória opera uma crítica das sociedades pós-coloniais que é, intrinsecamente, transnacional e sistêmica.
{"title":"Por uma estética Mundial-Literária da memória pós-colonial: Rainhas da Noite, de João Paulo Borges Coelho","authors":"Emanuelle Justino dos Santos","doi":"10.11606/va.i40.174344","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i40.174344","url":null,"abstract":"Com foco na inerente relação entre as esferas locais e globais que marca a ficção de João Paulo Borges Coelho, este ensaio propõe que a articulação estética da memória pós-colonial presente em sua obra constitui-na como literatura-mundial. Através da análise do romance Rainhas da Noite (2013), argumentamos que sua representação nuançada do colonialismo pela lente da memória opera uma crítica das sociedades pós-coloniais que é, intrinsecamente, transnacional e sistêmica.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64444516","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mário César Lugarinho, P. Medeiros, E. R. D. Santos
Editorial nº 40
第40号社论
{"title":"A literatura-mundial e o sistema-mundial moderno","authors":"Mário César Lugarinho, P. Medeiros, E. R. D. Santos","doi":"10.11606/va.i40.190936","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i40.190936","url":null,"abstract":"Editorial nº 40","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64444655","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo constitui um estudo de caso de comparativismo literário-mundial considerando duas obras de ficção contemporâneas da semiperiferia, African Psycho [Psicopata Africano] (2003) do congolês Alain Mabanckou e Jaime Bunda, Agente Secreto (2001) do angolano Pepetela, os quais empregam narradores "imperfeitos" com corpos comicamente exagerados cujas assimetrias físicas empregam uma semiótica somática que incorpora satiricamente os afetos e habitus corporais associados ao desenvolvimento desigual, com assimetrias correspondentes no enredo, narração e forma. Ambos os textos se apropriam e reinventam autoconscientemente dispositivos narratológicos anteriores de escritores das periferias, incluindo Machado e Dostoiévski. Essas inovações narratológicas são soldadas a uma estética desigual que combina elementos dos gêneros ficção policial, detetive e de suspense. Eu proponho que o "narrador falho" proeminente nas obras de Pepetela e Mabanckou pode ser interpretado como um dispositivo formal que intermedia as pressões sociais do desenvolvimento desigual em vários contextos sócio-temporais, e compararei seu uso contemporâneo nesses dois contextos diversos de nações pós-coloniais africanas à luz de localizações de produção literária semiperiféricas anteriores, considerando Luanda de Pepetela e Brazavile de Mabanckou em referência a São Petersburgo de Dostoiévski, Praga-Boskovice de Herman Ungar e Rio de Janeiro de Machado.
{"title":"“Um James Bond subdesenvolvido” e uma “Cabeça Retangular”: estética desigual e combinada em Pepetela e Mabanckou","authors":"Sharae Deckard","doi":"10.11606/va.i40.173463","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i40.173463","url":null,"abstract":"Este artigo constitui um estudo de caso de comparativismo literário-mundial considerando duas obras de ficção contemporâneas da semiperiferia, African Psycho [Psicopata Africano] (2003) do congolês Alain Mabanckou e Jaime Bunda, Agente Secreto (2001) do angolano Pepetela, os quais empregam narradores \"imperfeitos\" com corpos comicamente exagerados cujas assimetrias físicas empregam uma semiótica somática que incorpora satiricamente os afetos e habitus corporais associados ao desenvolvimento desigual, com assimetrias correspondentes no enredo, narração e forma. Ambos os textos se apropriam e reinventam autoconscientemente dispositivos narratológicos anteriores de escritores das periferias, incluindo Machado e Dostoiévski. Essas inovações narratológicas são soldadas a uma estética desigual que combina elementos dos gêneros ficção policial, detetive e de suspense. Eu proponho que o \"narrador falho\" proeminente nas obras de Pepetela e Mabanckou pode ser interpretado como um dispositivo formal que intermedia as pressões sociais do desenvolvimento desigual em vários contextos sócio-temporais, e compararei seu uso contemporâneo nesses dois contextos diversos de nações pós-coloniais africanas à luz de localizações de produção literária semiperiféricas anteriores, considerando Luanda de Pepetela e Brazavile de Mabanckou em referência a São Petersburgo de Dostoiévski, Praga-Boskovice de Herman Ungar e Rio de Janeiro de Machado.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47647282","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A polifonia como o procedimento literário que, por meio de efeitos mundiais, dá voz às múltiplas vozes do sistema-mundial. Mas do outro lado, uma ideologia autoritária e monológica, amenizada por aspirações utópicas, ditando ou orquestrando essa polifonia: Riobaldo. Patriarca sagaz e carismático, mostraremos como esse narrador dúbio e digressivo conta a história do avanço da civilização sobre o sertão, enfatizando poeticamente o que há de épico e ocultando retoricamente o que há de prosaico nesse feito que, enfim, é tão comum ao mundo moderno: a assimilação de uma zona periférica e em conflito (leia-se, improdutiva) ao sistema-mundial.
{"title":"Polifonia, Utopia e Sistema-Mundial no Grande Sertão: Veredas","authors":"M. Coelho","doi":"10.11606/va.i40.163709","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i40.163709","url":null,"abstract":"A polifonia como o procedimento literário que, por meio de efeitos mundiais, dá voz às múltiplas vozes do sistema-mundial. Mas do outro lado, uma ideologia autoritária e monológica, amenizada por aspirações utópicas, ditando ou orquestrando essa polifonia: Riobaldo. Patriarca sagaz e carismático, mostraremos como esse narrador dúbio e digressivo conta a história do avanço da civilização sobre o sertão, enfatizando poeticamente o que há de épico e ocultando retoricamente o que há de prosaico nesse feito que, enfim, é tão comum ao mundo moderno: a assimilação de uma zona periférica e em conflito (leia-se, improdutiva) ao sistema-mundial.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-12-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49618575","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A poesia da escritora angolana Ana Paula Tavares, embora reverbere as culturas locais e a sua conexão muito específica com a realidade feminina, não deixam de evocar uma sensibilidade ampla, que pode ser identificada com o que Agnes Heller refere como genericamente humano. Para que se possa compreender essa referência em sua complexa relação dialética com cada esfera da heterogênea realidade social, ressalva-se que a expressão de generalidade do humano não deixa de se configurar como produto histórico-social localizado e condicionado pela história, pela geografia, pelo gênero, pela classe e pelas condições muito específicas vivenciadas pelas mulheres retratadas nos poemas.
安哥拉作家安娜·保拉·塔瓦雷斯(Ana Paula Tavares)的诗歌,虽然与当地文化产生了共鸣,并与女性现实有着非常特殊的联系,但它唤起了一种广泛的敏感性,这可以与艾格尼丝·海勒(Agnes Heller)所说的一般人性相一致。为了理解这个引用的复杂的辩证关系和每个领域异构社会现实,认为所谓的表情作为整体的人类社会历史不会再像产品配置定位和历史条件、地理环境、性别、阶级和特定环境困扰女性诗中描绘的。
{"title":"Cotidiano e história na perspectiva das mulheres retratadas pela poesia de Ana Paula Tavares","authors":"Rosana Baú Rabello","doi":"10.11606/va.i39.180957","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i39.180957","url":null,"abstract":"A poesia da escritora angolana Ana Paula Tavares, embora reverbere as culturas locais e a sua conexão muito específica com a realidade feminina, não deixam de evocar uma sensibilidade ampla, que pode ser identificada com o que Agnes Heller refere como genericamente humano. Para que se possa compreender essa referência em sua complexa relação dialética com cada esfera da heterogênea realidade social, ressalva-se que a expressão de generalidade do humano não deixa de se configurar como produto histórico-social localizado e condicionado pela história, pela geografia, pelo gênero, pela classe e pelas condições muito específicas vivenciadas pelas mulheres retratadas nos poemas.\u0000 ","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-09-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64443847","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este ensaio aborda a produção literária de intelectuais que se opuseram ao colonialismo português em África, reconhecendo o papel ativo que tais produções tiveram na história, os processos culturais e políticos que as influenciaram e suas repercussões. A trajetória da escritora são-tomense Alda Espírito Santo constitui uma oportunidade para pensar como múltiplas opressões (de classe, raça e género) foram experienciadas na época, assim como para repensar a marginalização destas intelectuais em relação aos colegas e companheiros de luta seus contemporâneos. Representa, ainda, um pretexto para pensar os limites da ideia de unificação das lutas que tem permeado algumas construções discursivas.
{"title":"Múltiplas subalternidades, múltiplas resistências: reflexões sobre mulheres, escrita e colonialismo a partir da escrita de Alda Espírito Santo","authors":"Noemi Alfieri","doi":"10.11606/va.i39.181176","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i39.181176","url":null,"abstract":"Este ensaio aborda a produção literária de intelectuais que se opuseram ao colonialismo português em África, reconhecendo o papel ativo que tais produções tiveram na história, os processos culturais e políticos que as influenciaram e suas repercussões. A trajetória da escritora são-tomense Alda Espírito Santo constitui uma oportunidade para pensar como múltiplas opressões (de classe, raça e género) foram experienciadas na época, assim como para repensar a marginalização destas intelectuais em relação aos colegas e companheiros de luta seus contemporâneos. Representa, ainda, um pretexto para pensar os limites da ideia de unificação das lutas que tem permeado algumas construções discursivas.\u0000 ","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-09-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"64444761","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Uma onírica bicicleta, a Instrumentalina, será o objeto eleito pela narradora para embarcar em uma viagem à sua infância e a Portugal, a partir do relato da traumática partida de seu tio Fernando. Todos esses elementos fazem parte do universo diegético do conto A Instrumentalina (1992), como também são os componentes do romance A Manta do Soldado (1998), que na construção de uma narrativa que mostra, através das memórias pessoais da narradora, uma sociedade portuguesa rural e agonizante nos anos finais da ditadura de Salazar. O objetivo desta análise foi delinear a forma como a Instrumentalina constrói-se como símbolo, para falar da estagnação social vivida e experimentada em Portugal.
{"title":"A Instrumentalina de Lídia Jorge e o veículo da mudança","authors":"Elisângela Aneli Ramos de Freitas","doi":"10.11606/va.i39.181168","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/va.i39.181168","url":null,"abstract":"Uma onírica bicicleta, a Instrumentalina, será o objeto eleito pela narradora para embarcar em uma viagem à sua infância e a Portugal, a partir do relato da traumática partida de seu tio Fernando. Todos esses elementos fazem parte do universo diegético do conto A Instrumentalina (1992), como também são os componentes do romance A Manta do Soldado (1998), que na construção de uma narrativa que mostra, através das memórias pessoais da narradora, uma sociedade portuguesa rural e agonizante nos anos finais da ditadura de Salazar. O objetivo desta análise foi delinear a forma como a Instrumentalina constrói-se como símbolo, para falar da estagnação social vivida e experimentada em Portugal.","PeriodicalId":55911,"journal":{"name":"Via Atlantica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-09-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47142288","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}