A utilização do texto como unidade de sentido para o trabalho com sequências didáticas no 1º ano do ensino fundamental contribui para a consolidação dos processos de alfabetização e letramento das crianças, a exemplo do alcançado por alunos da rede municipal de Porteiras CE, em 2017. Este trabalho se propõe a analisar a pertinência de o professor do primeiro ciclo do ensino fundamental investir no trabalho com sequências didáticas, garantindo o desenvolvimento das habilidades relacionadas à consolidação dos processos de alfabetização e letramento. Serviram de base para esta pesquisa as contribuições de Soares (1998), Tfouni (1998) e Dolz; Noverraz; Schneuwly (2010). Tratamos ainda das orientações legais constantes nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental – Língua Portuguesa (1997). Nos procedimentos metodológicos, adotamos uma análise qualitativa, a partir de amostras das produções textuais disponibilizadas pela formadora municipal. Os resultados apontam que das 262 crianças matriculadas no 1º ano do Ensino Fundamental em 2017, ao final do 3º bimestre, 94 crianças já haviam desenvolvido as habilidades básicas situadas no âmbito da leitura e escrita, evidência observada na reescrita de um conto fantástico e de uma fábula. Com base nesses resultados, concluímos que a sequência didática constitui um procedimento eficaz ao desenvolvimento das habilidades previstas para o ciclo.
{"title":"Sequência didática: procedimento eficaz na alfabetização e letramento no primeiro ciclo do ensino fundamental","authors":"Cícera Alves Agostinho de Sá","doi":"10.22297/DL.V7I2.3216","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I2.3216","url":null,"abstract":"A utilização do texto como unidade de sentido para o trabalho com sequências didáticas no 1º ano do ensino fundamental contribui para a consolidação dos processos de alfabetização e letramento das crianças, a exemplo do alcançado por alunos da rede municipal de Porteiras CE, em 2017. Este trabalho se propõe a analisar a pertinência de o professor do primeiro ciclo do ensino fundamental investir no trabalho com sequências didáticas, garantindo o desenvolvimento das habilidades relacionadas à consolidação dos processos de alfabetização e letramento. Serviram de base para esta pesquisa as contribuições de Soares (1998), Tfouni (1998) e Dolz; Noverraz; Schneuwly (2010). Tratamos ainda das orientações legais constantes nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental – Língua Portuguesa (1997). Nos procedimentos metodológicos, adotamos uma análise qualitativa, a partir de amostras das produções textuais disponibilizadas pela formadora municipal. Os resultados apontam que das 262 crianças matriculadas no 1º ano do Ensino Fundamental em 2017, ao final do 3º bimestre, 94 crianças já haviam desenvolvido as habilidades básicas situadas no âmbito da leitura e escrita, evidência observada na reescrita de um conto fantástico e de uma fábula. Com base nesses resultados, concluímos que a sequência didática constitui um procedimento eficaz ao desenvolvimento das habilidades previstas para o ciclo.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44311786","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Luiz Antônio Marcuschi é um linguista pioneiro no estudo das características da oralidade em língua portuguesa. Seu legado nos é imprescindível não somente para a descrição do português falado como também para a valorização da produção oral em situações de ensino e aprendizagem. O vulto dos estudos sobre a oralidade, no Brasil, tem referência nesse linguista e acompanhamento dos que nele se alicerçaram. Assim, a oralidade, o texto falado é fator de aprendizado e não deve ser visto como fato “natural”, como não ensinável. Inserimo-nos nessa perspectiva, com o objetivo de problematizar a avaliação de produções orais no Ensino Superior. Para isso, elencamos a noção bakhtiniana de gênero e elaboramos um questionário online, a fim de saber a percepção de estudantes do ensino superior sobre critérios avaliativos de três gêneros orais, a saber, a entrevista, o debate regrado e o seminário com arguição. Essa estratégia baseou-se na orientação de Normand (2006) a respeito de ter no falante a fonte para a análise linguística. À essa proposta articulamos as “pistas” para avaliação do oral propostas por Dolz & Schneuwly (1998). Dessa articulação, chegamos a parâmetros gerais para avaliação dos gêneros orais eleitos.
{"title":"Avaliação de gêneros orais: critérios em debate","authors":"S. Silva, Célia Helena de Pelegrini Della Méa","doi":"10.22297/DL.V7I2.3205","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I2.3205","url":null,"abstract":"Luiz Antônio Marcuschi é um linguista pioneiro no estudo das características da oralidade em língua portuguesa. Seu legado nos é imprescindível não somente para a descrição do português falado como também para a valorização da produção oral em situações de ensino e aprendizagem. O vulto dos estudos sobre a oralidade, no Brasil, tem referência nesse linguista e acompanhamento dos que nele se alicerçaram. Assim, a oralidade, o texto falado é fator de aprendizado e não deve ser visto como fato “natural”, como não ensinável. Inserimo-nos nessa perspectiva, com o objetivo de problematizar a avaliação de produções orais no Ensino Superior. Para isso, elencamos a noção bakhtiniana de gênero e elaboramos um questionário online, a fim de saber a percepção de estudantes do ensino superior sobre critérios avaliativos de três gêneros orais, a saber, a entrevista, o debate regrado e o seminário com arguição. Essa estratégia baseou-se na orientação de Normand (2006) a respeito de ter no falante a fonte para a análise linguística. À essa proposta articulamos as “pistas” para avaliação do oral propostas por Dolz & Schneuwly (1998). Dessa articulação, chegamos a parâmetros gerais para avaliação dos gêneros orais eleitos.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42643725","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente artigo visa investigar elementos interacionais que proporcionam reflexões e podem se tornar objeto de ensino de gêneros orais na sala de aula de português como língua materna, especificamente nas séries iniciais do ensino fundamental. Partimos do entendimento de linguagem como interação, desde as perspectivas teóricas do Interacionismo Sociodiscursivo e da Análise da Conversa Etnometodológica, voltando-nos ao banco de dados de interações em sala de aula gravadas em vídeo como parte de um projeto de formação continuada desenvolvido entre os anos de 2011 a 2014. Desse projeto, surgiu o dispositivo Projeto Didático de Gênero (PDG), inspirado nos princípios de Sequências Didáticas e de Projetos de Letramento, já amplamente demonstrado e discutido em outras publicações. Um desses PDG, que tem como foco o gênero entrevista oral, é analisado aqui. As interações produzidas por uma aluna em específico (sua produção inicial, produção final e produção pós-final) são vistas comparativamente. Refletimos, finalmente, sobre sua aprendizagem e sobre o que a sua trajetória pode apontar a respeito de peculiaridades no ensino do gênero oral entrevista.
{"title":"Pela necessidade de trabalhar a oralidade na sala de aula","authors":"A. M. R. Guimarães, Joseane Pereira de Souza","doi":"10.22297/DL.V7I2.3207","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I2.3207","url":null,"abstract":"O presente artigo visa investigar elementos interacionais que proporcionam reflexões e podem se tornar objeto de ensino de gêneros orais na sala de aula de português como língua materna, especificamente nas séries iniciais do ensino fundamental. Partimos do entendimento de linguagem como interação, desde as perspectivas teóricas do Interacionismo Sociodiscursivo e da Análise da Conversa Etnometodológica, voltando-nos ao banco de dados de interações em sala de aula gravadas em vídeo como parte de um projeto de formação continuada desenvolvido entre os anos de 2011 a 2014. Desse projeto, surgiu o dispositivo Projeto Didático de Gênero (PDG), inspirado nos princípios de Sequências Didáticas e de Projetos de Letramento, já amplamente demonstrado e discutido em outras publicações. Um desses PDG, que tem como foco o gênero entrevista oral, é analisado aqui. As interações produzidas por uma aluna em específico (sua produção inicial, produção final e produção pós-final) são vistas comparativamente. Refletimos, finalmente, sobre sua aprendizagem e sobre o que a sua trajetória pode apontar a respeito de peculiaridades no ensino do gênero oral entrevista.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49129048","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Devido ao processo de internacionalização vivido pelas principais instituições de ensino superior brasileiras, que teve início por volta dos anos de 2011, é cada vez mais comum que estudantes tenham que produzir textos que circulam no contexto acadêmico em língua estrangeira. No entanto, pesquisas mostram que grande parte dos estudantes não domina esses gêneros e que, ao mesmo tempo, não há, na maioria das universidades, cursos e/ou formações sobre a produção de gêneros acadêmicos em língua materna e estrangeira. Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados de análise realizada, a partir de dados de um curso de escrita acadêmica, sobre a transferência de capacidades de linguagem (DOLZ; PASQUIER; BRONCKART, 1993) do gênero résumé para o gênero note de lecture. Apoiamo-nos nos conceitos do Interacionismo Sociodiscursivo para a análise de textos (BRONCKART, 1999) e nos estudos voltados para a didatização dos gêneros (SCHNEUWLY; DOLZ, 2004; DOLZ, 2016), assim como, nas questões de letramento acadêmico (KLEIMAN, 2004).
{"title":"O trabalho com os gêneros textuais acadêmicos em sala de aula: desenvolvimento e transferência de capacidades de linguagem","authors":"A. P. Dias, E. Lousada","doi":"10.22297/DL.V7I2.3203","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I2.3203","url":null,"abstract":"Devido ao processo de internacionalização vivido pelas principais instituições de ensino superior brasileiras, que teve início por volta dos anos de 2011, é cada vez mais comum que estudantes tenham que produzir textos que circulam no contexto acadêmico em língua estrangeira. No entanto, pesquisas mostram que grande parte dos estudantes não domina esses gêneros e que, ao mesmo tempo, não há, na maioria das universidades, cursos e/ou formações sobre a produção de gêneros acadêmicos em língua materna e estrangeira. Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados de análise realizada, a partir de dados de um curso de escrita acadêmica, sobre a transferência de capacidades de linguagem (DOLZ; PASQUIER; BRONCKART, 1993) do gênero résumé para o gênero note de lecture. Apoiamo-nos nos conceitos do Interacionismo Sociodiscursivo para a análise de textos (BRONCKART, 1999) e nos estudos voltados para a didatização dos gêneros (SCHNEUWLY; DOLZ, 2004; DOLZ, 2016), assim como, nas questões de letramento acadêmico (KLEIMAN, 2004).","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47727158","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Busca-se, neste artigo, reunir diferentes reflexões sobre o lugar do texto literário na vida humana, agrupando-lhes em duas vertentes opostas, uma de caráter estético, outra de caráter estético e ético, para o reconhecimento da formação do leitor literário enquanto produto de um projeto discursivo que, a despeito da natural variação de suas bases teórico-metodológicas, revela-se ideologicamente marcado, admitindo quaisquer eventos e práticas de letramento, em virtude dos quais deve, pois, ser problematizado – especialmente em uma era na qual perspectivas como a dos novos e multiletramentos surgem em resposta a um modelo de educação dito ultrapassado. Para tanto, a literatura é aqui concebida pelo valor que lhe atribuem Bakhtin (2011 [1978]), Eagleton (2006 [1983]), Candido (2011 [1988]), Eco (2003 [2000]) e Bloom (2011 [2000]), na tensão entre as diferentes ideologias às quais pode servir, conforme permitem constatar Eagleton (2006 [1983]) e Moita Lopes (2013); ao passo em que se reconhece, na sua escolarização, um conjunto de eventos e práticas de letramento (HEATH, 2004 [1980]; STREET, 2014 [1995], notadamente literário (COSSON, 2016 [2006]), inscrito em um projeto discursivo maior que pode / deve ser ampliado pela perspectiva dos novos e multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2009; KNOBEL; LANKSHEAR, 2012).
{"title":"A formação do leitor literário enquanto intérprete incômodo de seu tempo: um projeto não por acaso negligenciado de letramento ideológico","authors":"D. Pereira","doi":"10.22297/DL.V7I1.2996","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I1.2996","url":null,"abstract":"Busca-se, neste artigo, reunir diferentes reflexões sobre o lugar do texto literário na vida humana, agrupando-lhes em duas vertentes opostas, uma de caráter estético, outra de caráter estético e ético, para o reconhecimento da formação do leitor literário enquanto produto de um projeto discursivo que, a despeito da natural variação de suas bases teórico-metodológicas, revela-se ideologicamente marcado, admitindo quaisquer eventos e práticas de letramento, em virtude dos quais deve, pois, ser problematizado – especialmente em uma era na qual perspectivas como a dos novos e multiletramentos surgem em resposta a um modelo de educação dito ultrapassado. Para tanto, a literatura é aqui concebida pelo valor que lhe atribuem Bakhtin (2011 [1978]), Eagleton (2006 [1983]), Candido (2011 [1988]), Eco (2003 [2000]) e Bloom (2011 [2000]), na tensão entre as diferentes ideologias às quais pode servir, conforme permitem constatar Eagleton (2006 [1983]) e Moita Lopes (2013); ao passo em que se reconhece, na sua escolarização, um conjunto de eventos e práticas de letramento (HEATH, 2004 [1980]; STREET, 2014 [1995], notadamente literário (COSSON, 2016 [2006]), inscrito em um projeto discursivo maior que pode / deve ser ampliado pela perspectiva dos novos e multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2009; KNOBEL; LANKSHEAR, 2012).","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41881049","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este trabalho discute a tradução de jogos de palavras (JP) na direção português-inglês (versão), mais especificamente o jogo de palavras intitulado ‘Homem/Holmes/home’, que faz parte do romance ‘O xangô de Baker Street’ (SOARES, 1995). O artigo é o recorte de uma investigação mais ampla, nossa tese de doutorado, e tem como objetivo analisar a tradução do jogo de palavras citado para a língua inglesa. Utiliza a abordagem teórico-metodológica da Linguística de Corpus para selecionar o jogo de palavras como dado a ser analisado na pesquisa e se identifica como um estudo direcionado pelo corpus (TOGNINI-BONELLI, 2001). A análise se baseia nas estratégias de tradução de jogos de palavras apresentadas por Delabastita (1996). Os resultados demonstram que as estratégias de tradução usadas para recriar (traduzir) o jogo de palavras em inglês são compatíveis com a estratégia JP → JP, em que um jogo de palavras é traduzido por outro na língua de chegada, sendo permitidas diferenças em termos de estrutura formal, estrutura semântica, ou função textual.
{"title":"Tradução e Linguística de Corpus: o jogo de palavras ‘homem/holmes/home’","authors":"Nilson Fernando Barbosa da Silva","doi":"10.22297/DL.V7I1.2980","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I1.2980","url":null,"abstract":"Este trabalho discute a tradução de jogos de palavras (JP) na direção português-inglês (versão), mais especificamente o jogo de palavras intitulado ‘Homem/Holmes/home’, que faz parte do romance ‘O xangô de Baker Street’ (SOARES, 1995). O artigo é o recorte de uma investigação mais ampla, nossa tese de doutorado, e tem como objetivo analisar a tradução do jogo de palavras citado para a língua inglesa. Utiliza a abordagem teórico-metodológica da Linguística de Corpus para selecionar o jogo de palavras como dado a ser analisado na pesquisa e se identifica como um estudo direcionado pelo corpus (TOGNINI-BONELLI, 2001). A análise se baseia nas estratégias de tradução de jogos de palavras apresentadas por Delabastita (1996). Os resultados demonstram que as estratégias de tradução usadas para recriar (traduzir) o jogo de palavras em inglês são compatíveis com a estratégia JP → JP, em que um jogo de palavras é traduzido por outro na língua de chegada, sendo permitidas diferenças em termos de estrutura formal, estrutura semântica, ou função textual.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42856623","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Não podemos negar que existem relações de poder que envolvem os indivíduos em sua prática cotidiana, relações essas materializadas nas mais diversas práticas discursivas. Assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar as relações de saber-poder e os modos de subjetivação do sujeito mulher na Lei Maria da Penha. Nesse trajeto, buscamos realizar a análise da¬¬¬ construção dos efeitos de sentidos que marcam o posicionamento dos sujeitos ao longo do discurso jurídico. Como base teórica, utilizamo-nos do suporte teórico-metodológico da Análise do Discurso de vertente francesa, embasada principalmente nas contribuições de Michel Pêcheux e Michel Foucault. Os resultados de nossa análise indicam que, no discurso da Lei Maria da Penha, opera uma discursividade na qual são constituídos modos de subjetivação sobre o sujeito mulher, por meio do efeito de sentido de frágil e submissa.
我们不能否认,在个人的日常实践中存在着涉及个人的权力关系,这种关系体现在最多样化的话语实践中。因此,本研究旨在分析《玛利亚·达佩尼亚法》中主体女性的知识权力关系和主观主义模式。在这条道路上,我们试图对意义的建构效果进行分析,这些意义标志着主体在整个法律话语中的定位。作为理论基础,我们使用了法语话语分析的理论和方法论支持,主要基于米歇尔·佩切和米歇尔·福柯的贡献。我们的分析结果表明,在Maria da Penha定律的话语中,通过感觉脆弱和顺从的影响,对主体女性构成了一种话语性的主观主义模式。
{"title":"Relações de poder e modos de subjetivação: uma análise discursiva da Lei Maria da Penha","authors":"Nívea Barros de Moura","doi":"10.22297/dl.v7i1.2977","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/dl.v7i1.2977","url":null,"abstract":"Não podemos negar que existem relações de poder que envolvem os indivíduos em sua prática cotidiana, relações essas materializadas nas mais diversas práticas discursivas. Assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar as relações de saber-poder e os modos de subjetivação do sujeito mulher na Lei Maria da Penha. Nesse trajeto, buscamos realizar a análise da¬¬¬ construção dos efeitos de sentidos que marcam o posicionamento dos sujeitos ao longo do discurso jurídico. Como base teórica, utilizamo-nos do suporte teórico-metodológico da Análise do Discurso de vertente francesa, embasada principalmente nas contribuições de Michel Pêcheux e Michel Foucault. Os resultados de nossa análise indicam que, no discurso da Lei Maria da Penha, opera uma discursividade na qual são constituídos modos de subjetivação sobre o sujeito mulher, por meio do efeito de sentido de frágil e submissa.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48700439","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Dans le cadre de l’enseignement du Français Langue Étrangère à l’université, il nous a paru que l’étude de biographies langagières d’auteurs francophones ayant appris le français à l’âge adulte, constitue un puissant encouragement pour les apprenants de FLE et leur permet de se pencher sur leur propre parcours linguistico-culturel en découvrant comment s’est forgée l’identité langagière d’auteurs bilingues riches d’une double culture, l’une héritée avec leur langue maternelle, l’autre construite avec la langue de leur choix, le français. L’objectif de cet article est de susciter auprès des étudiants de FLE une métaréflexion sur leur propre parcours langagier entre le portugais et le français, ainsi qu’à prendre conscience que leur propre identité linguistique bilingue se construit jour après jour pendant leurs études et que cette construction continuera, à condition qu’ils le veuillent, au-delà de l’université. Parmi les auteurs francophones, nous avons choisi de présenter ici Brina Svit, auteur d’expression française d’origine slovène, pour la clarté de sa réflexion métalinguistique dans deux de ses récits : Moreno (2003) et Petit éloge de la rupture (2009). Elle y explique son rapport à la langue française : ce qui l’a conduite à délaisser sa langue maternelle pour écrire en français ? Par quels chemins y est-elle arrivée ? En effet, pour Brina Svit, le choix de langue relève, d’une part, d’une certaine attirance, du goût et du défi pour la langue française, et, d’autre part, d’une rupture avec sa langue maternelle. Enfin, ce choix construit la nouvelle identité de l’auteure enrichie d’une double langue-culture.
一部分的法语大学外语教学研究,我们发现的传记作家的语言,成年后曾学过法语,法语是对外法语学习者是强大的鼓励和允许他们专注自己的旅程linguistico-culturel通过发现如何打造了双语作家的语言富有特色、双重文化的继承与母语之一,另一个是用他们选择的语言——法语建造的。本文的目的是激发学生的旅程FLE métaréflexion对自己的语言葡萄牙语和法语之间,以及认识到自身身份双语语言里日复一日地建立起来,而该建筑将继续学业,只要他们愿意,大学以后。在讲法语的作家中,我们选择介绍斯洛文尼亚法语作家Brina Svit,因为她在两个故事中清晰地反映了元语言:Moreno(2003)和Petit eloge de la rupture(2009)。在书中,她解释了自己与法语的关系:是什么让她放弃了母语,转而用法语写作?它是如何到达那里的?对于Brina Svit来说,语言的选择一方面是法语的吸引力、品味和挑战,另一方面是与母语的决裂。最后,这个选择建立了作者的新身份,丰富了双重语言文化。
{"title":"Le rapport à la langue française de Brina Svit Dans Moreno (2003) et Petit Éloge de la Rupture (2009)","authors":"Rosiane Xypas","doi":"10.22297/DL.V7I1.2949","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/DL.V7I1.2949","url":null,"abstract":"Dans le cadre de l’enseignement du Français Langue Étrangère à l’université, il nous a paru que l’étude de biographies langagières d’auteurs francophones ayant appris le français à l’âge adulte, constitue un puissant encouragement pour les apprenants de FLE et leur permet de se pencher sur leur propre parcours linguistico-culturel en découvrant comment s’est forgée l’identité langagière d’auteurs bilingues riches d’une double culture, l’une héritée avec leur langue maternelle, l’autre construite avec la langue de leur choix, le français. L’objectif de cet article est de susciter auprès des étudiants de FLE une métaréflexion sur leur propre parcours langagier entre le portugais et le français, ainsi qu’à prendre conscience que leur propre identité linguistique bilingue se construit jour après jour pendant leurs études et que cette construction continuera, à condition qu’ils le veuillent, au-delà de l’université. Parmi les auteurs francophones, nous avons choisi de présenter ici Brina Svit, auteur d’expression française d’origine slovène, pour la clarté de sa réflexion métalinguistique dans deux de ses récits : Moreno (2003) et Petit éloge de la rupture (2009). Elle y explique son rapport à la langue française : ce qui l’a conduite à délaisser sa langue maternelle pour écrire en français ? Par quels chemins y est-elle arrivée ? En effet, pour Brina Svit, le choix de langue relève, d’une part, d’une certaine attirance, du goût et du défi pour la langue française, et, d’autre part, d’une rupture avec sa langue maternelle. Enfin, ce choix construit la nouvelle identité de l’auteure enrichie d’une double langue-culture.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44116817","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Inscrito sob a Análise do Discurso (AD) francesa, mais especificamente em Michel Pêcheux, este artigo tem por objetivo abordar um dos grandes problemas que a cultura grega antiga impôs a si mesma: seu movimento de reclusão no já inscrito, não permitindo que novos acontecimentos fossem inseridos em sua memória discursiva. A memória grega antiga se fundamentava no mito que contava sobre cinco idades para a humanidade: Ouro, Prata, Bronze, Heróis e Ferro (STEPHANIDES, 2001). Por conta de diversos acontecimentos discursivos, os gregos acreditavam que a última idade da humanidade, a de Ferro, deveria se limitar a cultuar os acontecimentos e os heróis da idade anterior: a dos Heróis (NAGY, 2013). Este movimento discursivo de manutenção de uma memória social diacrônica culminou, por um lado, no surgimento de grandes poetas, cantos líricos e de glória que fundamentam dizeres até nossos dias através de um já-dito milenar, mas, por outro lado, encerrou a possibilidade de novas inscrições na memória discursiva grega enquanto condição de produção de sentidos de um dado contexto sócio histórico. Através da metodologia de análise da própria AD, que não pressupõe uma leitura teleológica do corpus, mas sim realiza uma análise em espiral que se aprofunda tocando teoria e corpus, observaremos os efeitos da reclusão da memória discursiva grega no filme Blade Runner, de Ridley Scott.
{"title":"Poesia e memória discursiva na Grécia Antiga","authors":"João Flávio de Almeida, D. Garcia, L. Sousa","doi":"10.22297/dl.v7i1.2976","DOIUrl":"https://doi.org/10.22297/dl.v7i1.2976","url":null,"abstract":"Inscrito sob a Análise do Discurso (AD) francesa, mais especificamente em Michel Pêcheux, este artigo tem por objetivo abordar um dos grandes problemas que a cultura grega antiga impôs a si mesma: seu movimento de reclusão no já inscrito, não permitindo que novos acontecimentos fossem inseridos em sua memória discursiva. A memória grega antiga se fundamentava no mito que contava sobre cinco idades para a humanidade: Ouro, Prata, Bronze, Heróis e Ferro (STEPHANIDES, 2001). Por conta de diversos acontecimentos discursivos, os gregos acreditavam que a última idade da humanidade, a de Ferro, deveria se limitar a cultuar os acontecimentos e os heróis da idade anterior: a dos Heróis (NAGY, 2013). Este movimento discursivo de manutenção de uma memória social diacrônica culminou, por um lado, no surgimento de grandes poetas, cantos líricos e de glória que fundamentam dizeres até nossos dias através de um já-dito milenar, mas, por outro lado, encerrou a possibilidade de novas inscrições na memória discursiva grega enquanto condição de produção de sentidos de um dado contexto sócio histórico. Através da metodologia de análise da própria AD, que não pressupõe uma leitura teleológica do corpus, mas sim realiza uma análise em espiral que se aprofunda tocando teoria e corpus, observaremos os efeitos da reclusão da memória discursiva grega no filme Blade Runner, de Ridley Scott.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46304866","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}