Andreza Damiana De Lacerda, Luiz Felipe Neves Frazão
Introdução: Leucemia linfoide aguda é um tipo de neoplasia que atinge as células do sangue. A doença surge, primordialmente, na medula óssea, que se dá pela proliferação desregulada na produção de células imaturas. Acomete, sobretudo, crianças de 2 a 5 anos de idade, mas totalmente fatal quando diagnosticada em fase tardia. Os exacerbados índices dessa neoplasia em crianças, causam consequências graves, tanto para a vida pessoal, como no seu desenvolvimento social. Objetivo: Descrever os efeitos da leucemia linfoide aguda na qualidade de vida dos pacientes pediátricos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, na qual foram utilizadas as bases de dados do Scielo. Foram selecionados artigos da língua portuguesa e estudos publicados entre os anos de 2019 e 2022. Utilizou- se os descritores: Leucemia, Neoplasia Hematológica e Pediatria. Os critérios de inclusão foram estudos originais, como critérios de exclusão; artigos que não correlacionaram com o objetivo do estudo, totalizando 14 artigos selecionados. Resultados: Após análise minuciosa de literatura, destaca-se que na população infantil a leucemia é o tipo mais comum de neoplasia, com cerca de 75% dos casos sendo de leucemia linfoide aguda. Nesse contexto, ao relacionar com a vivência do público infantil, pode-se afirmar que esta neoplasia hematológica influencia na qualidade do desenvolvimento pessoal e social, pois há necessidade da criança se ausentar do ambiente escolar para cuidados com a saúde. Em resultância do afastamento do lugar primordial para trocas de experiências por conta da doença, tem-se um sujeito com interação social comprometida. Com isso, cresce um indivíduo com comportamento retraído e com dificuldade de expressar sua opinião na sociedade, de modo que doenças psicológicas oportunistas podem surgir, como depressão e ansiedade. Conclusão: É evidente que a leucemia linfoide aguda interfere na qualidade de vida de crianças em âmbito íntimo e social, de forma que favorece o surgimento de mazelas da mente.
{"title":"RESULTÂNCIA DA LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA NA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS","authors":"Andreza Damiana De Lacerda, Luiz Felipe Neves Frazão","doi":"10.51161/hematoclil/53","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/53","url":null,"abstract":"Introdução: Leucemia linfoide aguda é um tipo de neoplasia que atinge as células do sangue. A doença surge, primordialmente, na medula óssea, que se dá pela proliferação desregulada na produção de células imaturas. Acomete, sobretudo, crianças de 2 a 5 anos de idade, mas totalmente fatal quando diagnosticada em fase tardia. Os exacerbados índices dessa neoplasia em crianças, causam consequências graves, tanto para a vida pessoal, como no seu desenvolvimento social. Objetivo: Descrever os efeitos da leucemia linfoide aguda na qualidade de vida dos pacientes pediátricos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, na qual foram utilizadas as bases de dados do Scielo. Foram selecionados artigos da língua portuguesa e estudos publicados entre os anos de 2019 e 2022. Utilizou- se os descritores: Leucemia, Neoplasia Hematológica e Pediatria. Os critérios de inclusão foram estudos originais, como critérios de exclusão; artigos que não correlacionaram com o objetivo do estudo, totalizando 14 artigos selecionados. Resultados: Após análise minuciosa de literatura, destaca-se que na população infantil a leucemia é o tipo mais comum de neoplasia, com cerca de 75% dos casos sendo de leucemia linfoide aguda. Nesse contexto, ao relacionar com a vivência do público infantil, pode-se afirmar que esta neoplasia hematológica influencia na qualidade do desenvolvimento pessoal e social, pois há necessidade da criança se ausentar do ambiente escolar para cuidados com a saúde. Em resultância do afastamento do lugar primordial para trocas de experiências por conta da doença, tem-se um sujeito com interação social comprometida. Com isso, cresce um indivíduo com comportamento retraído e com dificuldade de expressar sua opinião na sociedade, de modo que doenças psicológicas oportunistas podem surgir, como depressão e ansiedade. Conclusão: É evidente que a leucemia linfoide aguda interfere na qualidade de vida de crianças em âmbito íntimo e social, de forma que favorece o surgimento de mazelas da mente.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"82 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130666171","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O diagnóstico de COVID-19 é associado a desregulação imunológica, desequilíbrio humoral e celular. Existem inúmeras neoplasias hematológicas descritas, tais como leucemia mielóide aguda, linfoma de Hodgkin e mielomas, todas afetando negativamente a imunidade celular e humoral. Diversos estudos demonstram que indivíduos com tumores sólidos têm maior probabilidade de pior prognóstico de COVID-19, porém há poucos estudos acerca do prognóstico de pacientes com neoplasias hematológicas e COVID-19. Objetivo: Sintetizar informações sobre o prognóstico de pacientes com COVID-19 e neoplasias hematológicas. Material e Métodos: O estudo consiste em uma revisão bibliográfica, fundamentado na análise de 13 artigos indexados nas bases de dados Google Acadêmico e PubMed, dos quais foram analisados dados coletados entre fevereiro de 2020 e março de 2021. Resultados: Indivíduos com neoplasias hematológicas e COVID-19 têm maiores chances de pior prognóstico em comparação a pacientes com outras malignidades. Dentre os pacientes onco-hematológicos e com COVID-19 em média 28% tinha leucemia aguda, principalmente leucemia mielóide aguda, 29% dos pacientes tinha linfoma não Hodking e 12% tinha mieloma múltiplo. Em média e independentemente do tipo de neoplasia hematológica, 57% dos pacientes tiveram COVID-19 grave, 38% foram internados na UTI, 19,5% utilizaram ventilação mecânica e a mortalidade foi de 37,45%. Oito estudos apontaram que pacientes com mais de 60 anos tem risco aumentado de morte. Oito estudos também indicaram hipertensão e quimioterapia ou imunoterapia concomitante ao diagnóstico de infecção por SARS-CoV-2 como fatores de pior prognóstico. Dois estudos constataram que a probabilidade de crianças com neoplasias hematológicas desenvolverem COVID-19 grave ou morrerem é em média de 3%. Interessantemente, um estudo relatou que pacientes com neoplasias hematológicas e COVID-19 com melhores prognósticos têm maiores contingentes de linfócitos T CD8+. Conclusão: Pacientes, principalmente adultos, com neoplasias hematológicas e COVID-19 têm maior probabilidade de piores prognósticos. Neste contexto, é relevante analisar dados desses pacientes a fim de auxiliar em decisões médicas baseadas em evidências científicas. Também são necessários estudos futuros para esclarecer a relação de processos imunológicos com os prognósticos de pacientes com malignidades hematológicas e COVID-19. Ademais, estratégias de prevenção de infecção pelo SARS-CoV-2 devem ser enfatizadas prioritariamente para indivíduos com neoplasias hematológicas.
{"title":"PROGNÓSTICO DE PACIENTES COM NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS E COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Helen Cristina Beckert","doi":"10.51161/hematoclil/118","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/118","url":null,"abstract":"Introdução: O diagnóstico de COVID-19 é associado a desregulação imunológica, desequilíbrio humoral e celular. Existem inúmeras neoplasias hematológicas descritas, tais como leucemia mielóide aguda, linfoma de Hodgkin e mielomas, todas afetando negativamente a imunidade celular e humoral. Diversos estudos demonstram que indivíduos com tumores sólidos têm maior probabilidade de pior prognóstico de COVID-19, porém há poucos estudos acerca do prognóstico de pacientes com neoplasias hematológicas e COVID-19. Objetivo: Sintetizar informações sobre o prognóstico de pacientes com COVID-19 e neoplasias hematológicas. Material e Métodos: O estudo consiste em uma revisão bibliográfica, fundamentado na análise de 13 artigos indexados nas bases de dados Google Acadêmico e PubMed, dos quais foram analisados dados coletados entre fevereiro de 2020 e março de 2021. Resultados: Indivíduos com neoplasias hematológicas e COVID-19 têm maiores chances de pior prognóstico em comparação a pacientes com outras malignidades. Dentre os pacientes onco-hematológicos e com COVID-19 em média 28% tinha leucemia aguda, principalmente leucemia mielóide aguda, 29% dos pacientes tinha linfoma não Hodking e 12% tinha mieloma múltiplo. Em média e independentemente do tipo de neoplasia hematológica, 57% dos pacientes tiveram COVID-19 grave, 38% foram internados na UTI, 19,5% utilizaram ventilação mecânica e a mortalidade foi de 37,45%. Oito estudos apontaram que pacientes com mais de 60 anos tem risco aumentado de morte. Oito estudos também indicaram hipertensão e quimioterapia ou imunoterapia concomitante ao diagnóstico de infecção por SARS-CoV-2 como fatores de pior prognóstico. Dois estudos constataram que a probabilidade de crianças com neoplasias hematológicas desenvolverem COVID-19 grave ou morrerem é em média de 3%. Interessantemente, um estudo relatou que pacientes com neoplasias hematológicas e COVID-19 com melhores prognósticos têm maiores contingentes de linfócitos T CD8+. Conclusão: Pacientes, principalmente adultos, com neoplasias hematológicas e COVID-19 têm maior probabilidade de piores prognósticos. Neste contexto, é relevante analisar dados desses pacientes a fim de auxiliar em decisões médicas baseadas em evidências científicas. Também são necessários estudos futuros para esclarecer a relação de processos imunológicos com os prognósticos de pacientes com malignidades hematológicas e COVID-19. Ademais, estratégias de prevenção de infecção pelo SARS-CoV-2 devem ser enfatizadas prioritariamente para indivíduos com neoplasias hematológicas.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"1172 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"113994976","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Silvia Maria Guedes Rocha Lobão, D. Z. M. Arruda, Cleane Machado Lima Sales, Rosiane Marcelino Lobo Fernandes
Introdução: O PNTN é um programa nacional de triagem neonatal que foi criado pelo MS, para diminuir o índice de morbimortalidade dos recém-nascidos (RN) acometidos por doenças genéticas com sequelas irreversíveis, sendo, a doença falciforme (DF), uma delas. A DF, considerada um transtorno de saúde pública, é definida como uma anemia hemolítica hereditária crônica, que ocorre quase que exclusivamente em negros e pardos. É causada por uma alteração estrutural na cadeia β-globina da hemoglobina, tornando-a anômala (HbS). Objetivo: Demonstrar se a cobertura do Programa de Triagem Neonatal - PNTN/SUS/CEARÀ foi afetada pela atual pandemia do SARS-CoV-2. Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de incidência da DF triada pelo PNTN /LACEN.CE, com dados obtidos do sistema de informática Vega Triagem do LACEN.CE, entre os anos de 2015 a 2021. Os resultados dos exames realizados antes da pandemia foram analisados separadamente dos exames realizados no período durante a pandemia. Resultados: Desta forma, observou-se que no período de 2015 a 2019, foram triados 537.594 (x=107.519) RN pelo PNTN/SUS/LACEN.CE, sendo que 118 (x=23,5) com DF. Já durante o período da pandemia (2020-2021) foram triadas 197.063 (x=98.531) RN, dos quais 35 (x=17,5) com diagnóstico de DF. A incidência da DF no período de 2015 a 2019 foi crescente, variando 0,017% a 0,020%, respectivamente. Enquanto no período da pandemia, a incidência caiu para 0,011%. Conclusão: Concluiu-se que houve um discreto declínio na cobertura do PNTN/SUS/CEARÁ durante a pandemia, que pode estar relacionado ao adoecimento, tanto da população, como também dos funcionários envolvidos no PNTN, pois o sucesso do programa depende exclusivamente da adesão dos municípios, os quais, todos foram também afetados.
{"title":"A PANDEMIA DO SARS-COV-2 AFETOU A COBERTURA DO PROJETO DE TRIAGEM NEONATAL- PTN/SUS NO ESTADO DO CEARÁ? UMA REFLEXÃO","authors":"Silvia Maria Guedes Rocha Lobão, D. Z. M. Arruda, Cleane Machado Lima Sales, Rosiane Marcelino Lobo Fernandes","doi":"10.51161/hematoclil/113","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/113","url":null,"abstract":"Introdução: O PNTN é um programa nacional de triagem neonatal que foi criado pelo MS, para diminuir o índice de morbimortalidade dos recém-nascidos (RN) acometidos por doenças genéticas com sequelas irreversíveis, sendo, a doença falciforme (DF), uma delas. A DF, considerada um transtorno de saúde pública, é definida como uma anemia hemolítica hereditária crônica, que ocorre quase que exclusivamente em negros e pardos. É causada por uma alteração estrutural na cadeia β-globina da hemoglobina, tornando-a anômala (HbS). Objetivo: Demonstrar se a cobertura do Programa de Triagem Neonatal - PNTN/SUS/CEARÀ foi afetada pela atual pandemia do SARS-CoV-2. Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de incidência da DF triada pelo PNTN /LACEN.CE, com dados obtidos do sistema de informática Vega Triagem do LACEN.CE, entre os anos de 2015 a 2021. Os resultados dos exames realizados antes da pandemia foram analisados separadamente dos exames realizados no período durante a pandemia. Resultados: Desta forma, observou-se que no período de 2015 a 2019, foram triados 537.594 (x=107.519) RN pelo PNTN/SUS/LACEN.CE, sendo que 118 (x=23,5) com DF. Já durante o período da pandemia (2020-2021) foram triadas 197.063 (x=98.531) RN, dos quais 35 (x=17,5) com diagnóstico de DF. A incidência da DF no período de 2015 a 2019 foi crescente, variando 0,017% a 0,020%, respectivamente. Enquanto no período da pandemia, a incidência caiu para 0,011%. Conclusão: Concluiu-se que houve um discreto declínio na cobertura do PNTN/SUS/CEARÁ durante a pandemia, que pode estar relacionado ao adoecimento, tanto da população, como também dos funcionários envolvidos no PNTN, pois o sucesso do programa depende exclusivamente da adesão dos municípios, os quais, todos foram também afetados.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"57 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115893256","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
R. Oliveira, Brenda Regio Garcia, A. Guimarães, Emanuel Cintra Austregésilo Bezerra
Introdução: A doença de Castleman (DC) caracteriza-se como um grupo de patologias linfoproliferativas raras agrupadas a partir das suas características histopatológicas linfonodais semelhantes: aumento do número de folículos linfoides com involução do centro germinativo e proliferação capilar. A DC multicêntrica (DCM) é caracterizada pelo aumento linfonodal difuso e pela linfoproliferação de células B, apresentando evolução clínica agressiva. Uma das etiologias da DCM é a infecção pelo HHV-8, Rhadinovirus oncogênico e de aspecto linfotrópico. Diante da ainda escassez de dados sobre esta temática e da carência de revisões sistemáticas específicas para este subtipo, percebe-se a importância de uma revisão da literatura acerca da etiopatogenia da HHV-8-MCD. Objetivo: Apresentar os principais achados acerca do papel do HHV-8 na patogênese da Doença de Castleman. Material e métodos: Como bases bibliográficas, esta revisão narrativa utilizou o Pubmed a partir dos seguintes descritores: “multicentric castleman Disease” e “HHV-8”. Foram incluídas publicações em inglês, com artigos originais e de revisão sistemática dos últimos cinco anos. Excluíram-se os trabalhos sem relação direta com a patogênese supracitada. Resultados: Foram encontrados 15 artigos relevantes para o objetivo desta revisão. A gênese da HHV-8-DCM dá-se com a infecção de um indivíduo através de contato com fluidos corporais. Após um período de latência, pode haver início da fase lítica do vírus nos linfonodos de indivíduos imunocomprometidos, predominando invasão e replicação em plasmoblastos e linfócitos B. Subsequentemente, nas células afetadas há upregulation de fatores como VEGF e NF-kB e citocinas inflamatórias por ação de proteínas virais, causando hiperproliferação celular. O aumento de secreção de IL-6 (seja o subtipo humano ou viral vIL-6) acentua o recrutamento de linfócitos B e aparenta ser o principal responsável pela sintomatologia da HHV-8-DCM. Como resultado, há alargamento linfonodal multicêntrico com padrão histológico característico (embora não patognomônico) e sintomas inflamatórios sistêmicos. Conclusão: Diante da compreensão da HHV-8-DCM, percebe-se o potencial dos rhadinovirus de sustentar uma doença crônica, sobretudo em pacientes HIV+. A infecção por rhadinovirus é extremamente comum, e o estudo sobre a etiopatogenia da HHV-8-DCM é essencial para a compreensão dos mecanismos virais de evasão do sistema imune e, portanto, de prováveis alvos terapêuticos.
{"title":"PAPEL DO HHV-8 NA GÊNESE DA DOENÇA DE CASTLEMAN: UMA REVISÃO NARRATIVA","authors":"R. Oliveira, Brenda Regio Garcia, A. Guimarães, Emanuel Cintra Austregésilo Bezerra","doi":"10.51161/hematoclil/137","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/137","url":null,"abstract":"Introdução: A doença de Castleman (DC) caracteriza-se como um grupo de patologias linfoproliferativas raras agrupadas a partir das suas características histopatológicas linfonodais semelhantes: aumento do número de folículos linfoides com involução do centro germinativo e proliferação capilar. A DC multicêntrica (DCM) é caracterizada pelo aumento linfonodal difuso e pela linfoproliferação de células B, apresentando evolução clínica agressiva. Uma das etiologias da DCM é a infecção pelo HHV-8, Rhadinovirus oncogênico e de aspecto linfotrópico. Diante da ainda escassez de dados sobre esta temática e da carência de revisões sistemáticas específicas para este subtipo, percebe-se a importância de uma revisão da literatura acerca da etiopatogenia da HHV-8-MCD. Objetivo: Apresentar os principais achados acerca do papel do HHV-8 na patogênese da Doença de Castleman. Material e métodos: Como bases bibliográficas, esta revisão narrativa utilizou o Pubmed a partir dos seguintes descritores: “multicentric castleman Disease” e “HHV-8”. Foram incluídas publicações em inglês, com artigos originais e de revisão sistemática dos últimos cinco anos. Excluíram-se os trabalhos sem relação direta com a patogênese supracitada. Resultados: Foram encontrados 15 artigos relevantes para o objetivo desta revisão. A gênese da HHV-8-DCM dá-se com a infecção de um indivíduo através de contato com fluidos corporais. Após um período de latência, pode haver início da fase lítica do vírus nos linfonodos de indivíduos imunocomprometidos, predominando invasão e replicação em plasmoblastos e linfócitos B. Subsequentemente, nas células afetadas há upregulation de fatores como VEGF e NF-kB e citocinas inflamatórias por ação de proteínas virais, causando hiperproliferação celular. O aumento de secreção de IL-6 (seja o subtipo humano ou viral vIL-6) acentua o recrutamento de linfócitos B e aparenta ser o principal responsável pela sintomatologia da HHV-8-DCM. Como resultado, há alargamento linfonodal multicêntrico com padrão histológico característico (embora não patognomônico) e sintomas inflamatórios sistêmicos. Conclusão: Diante da compreensão da HHV-8-DCM, percebe-se o potencial dos rhadinovirus de sustentar uma doença crônica, sobretudo em pacientes HIV+. A infecção por rhadinovirus é extremamente comum, e o estudo sobre a etiopatogenia da HHV-8-DCM é essencial para a compreensão dos mecanismos virais de evasão do sistema imune e, portanto, de prováveis alvos terapêuticos.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133645820","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maria Eduarda Dugonski, Stephanie Nayara Lenz, Julia Valle Pezzini, Nayla Michenko Nunes, Tatiane Amorim Coelho
Introdução: O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é realizado em pacientes com doenças hematológicas. Cerca de 30% dos pacientes encontram um doador compatível aparentado, os demais dependem da busca por um doador não-aparentado no Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Diante disso, é notável a necessidade de realizar conscientização e cadastro de doadores voluntários, e as redes sociais tem se mostrado uma ferramenta de grande valia, mobilizando pessoas comuns, organizações não governamentais, artistas e instituições de ensino. Objetivo: Avaliar o impacto e o papel das redes sociais na conscientização sobre a doação voluntária de medula óssea. Métodos: Revisão bibliográfica de artigos no PubMed, Scielo, e mídias tradicionais utilizando descritores “transplante de medula óssea”, “TCTH”, "mídias sociais”, “instagram”. Resultados: Visto que o desconhecimento sobre o processo de doação, a desconfiança e o medo são fatores que afastam potenciais doadores, a divulgação de informações e sensibilização por meio de redes sociais mostra-se uma importante ferramenta de conscientização. Através delas, pessoas, ONGs e instituições de ensino podem publicar conteúdos, fornecer apoio aos pacientes e até mesmo fazer depoimentos atingindo assim uma ampla audiência e aumentando o engajamento da causa - nesse sentido as contas “@CaçadoresdeMedula” e “@ValorizaraVida” contam com 17,5 mil e 5 mil seguidores no Instagram, respectivamente. Inclusive artistas utilizam de seu alcance para a conscientização, como é o caso da atriz Drica Moraes, transplantada em 2010 que frequentemente coloca o assunto em pauta. Fortalecendo o movimento, o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea (WMDD) é marcado pelo engajamento nas plataformas virtuais e posts sobre o assunto, fator relacionado à intenção de cadastrar mais doadores nos bancos mundiais. Conclusão: Levando em conta que as redes sociais são tipicamente voltadas ao entretenimento e comunicação, é interessante buscar o maior alcance possível nas mensagens, utilizando-se de ferramentas de design gráfico e visual, além do apelo emocional inerente à causa. As redes sociais atuam como meio de engajamento e cadastro de mais doadores, além de servirem como veículo de conscientização sobre a doação voluntária e atualização dos dados pessoais daqueles que já estão cadastrados.
{"title":"PAPEL DAS REDES SOCIAIS NA CONSCIENTIZAÇÃO DE DOADORES DE MEDULA ÓSSEA","authors":"Maria Eduarda Dugonski, Stephanie Nayara Lenz, Julia Valle Pezzini, Nayla Michenko Nunes, Tatiane Amorim Coelho","doi":"10.51161/hematoclil/57","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/57","url":null,"abstract":"Introdução: O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é realizado em pacientes com doenças hematológicas. Cerca de 30% dos pacientes encontram um doador compatível aparentado, os demais dependem da busca por um doador não-aparentado no Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Diante disso, é notável a necessidade de realizar conscientização e cadastro de doadores voluntários, e as redes sociais tem se mostrado uma ferramenta de grande valia, mobilizando pessoas comuns, organizações não governamentais, artistas e instituições de ensino. Objetivo: Avaliar o impacto e o papel das redes sociais na conscientização sobre a doação voluntária de medula óssea. Métodos: Revisão bibliográfica de artigos no PubMed, Scielo, e mídias tradicionais utilizando descritores “transplante de medula óssea”, “TCTH”, \"mídias sociais”, “instagram”. Resultados: Visto que o desconhecimento sobre o processo de doação, a desconfiança e o medo são fatores que afastam potenciais doadores, a divulgação de informações e sensibilização por meio de redes sociais mostra-se uma importante ferramenta de conscientização. Através delas, pessoas, ONGs e instituições de ensino podem publicar conteúdos, fornecer apoio aos pacientes e até mesmo fazer depoimentos atingindo assim uma ampla audiência e aumentando o engajamento da causa - nesse sentido as contas “@CaçadoresdeMedula” e “@ValorizaraVida” contam com 17,5 mil e 5 mil seguidores no Instagram, respectivamente. Inclusive artistas utilizam de seu alcance para a conscientização, como é o caso da atriz Drica Moraes, transplantada em 2010 que frequentemente coloca o assunto em pauta. Fortalecendo o movimento, o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea (WMDD) é marcado pelo engajamento nas plataformas virtuais e posts sobre o assunto, fator relacionado à intenção de cadastrar mais doadores nos bancos mundiais. Conclusão: Levando em conta que as redes sociais são tipicamente voltadas ao entretenimento e comunicação, é interessante buscar o maior alcance possível nas mensagens, utilizando-se de ferramentas de design gráfico e visual, além do apelo emocional inerente à causa. As redes sociais atuam como meio de engajamento e cadastro de mais doadores, além de servirem como veículo de conscientização sobre a doação voluntária e atualização dos dados pessoais daqueles que já estão cadastrados.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133259021","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Lucas Torres Tavares, Ana Paula Barbosa, Maria Eduarda Santos Albuquerque, Natan Perry E Silva Siqueira, Pablynne Emanuelle Serpa
Introdução: A auto-hemoterapia se dá pela coleta sanguínea por punção venosa e sua imediata administração por via intramuscular ou subcutânea, em que o doador e o receptor são o mesmo indivíduo e tem sido utilizado para o tratamento de diversos problemas de saúde. O atual momento de emergência em saúde tem levado indivíduos a procurarem meios alternativos, sem comprovação científica, para o tratamento da Covid-19, sendo a auto-hemoterapia um meio bem utilizado, mesmo sem comprovação científica, com o fito de estimular o sistema imunológico. Objetivo: Analisar a prática de auto-hemoterapia como terapêutica para o COVID-19, demonstrando, assim, seus problemas e riscos à saúde. Metodologia: Foram selecionados artigos científicos na base de dados da PubMed - “US National Library of Medicine”. Foi pesquisada a plataforma da ANVISA sobre terapias alternativas e o novo coronavírus e na ABHH. Resultados: A prática da auto-hemoterapia pode ser eficaz para a saúde, entretanto ainda não há nenhuma comprovação científica para o tratamento do SARS-CoV-2. Muitos pacientes têm realizado a auto-hemoterapia sem a supervisão e apoio de médicos e de profissionais de saúde, se expondo, assim, a riscos de transmissão de doenças infecciosas e contaminação das pessoas envolvidas. Por conseguinte, essa prática acaba acarretando no abandono de tratamentos convencionais mais eficazes pela ilusão de que a auto-hemoterapia será a solução para o COVID-19. Isso ainda se agrava pela falta de conhecimento e pesquisas sobre o comportamento do novo coronavírus e sua transmissibilidade pelo sangue. Mesmo que exista relatos de melhoras quanto ao uso da hemoterapia, ainda se faz necessário que estudos sejam feitos para a melhor eficácia do tratamento contra a COVID-19. Conclusão: A auto-hemoterapia pode trazer benefícios para a saúde, mas dentro do contexto de infecção pelo SARS-COV-2 ainda não há evidências que comprovem essa eficácia, devendo aos indivíduos que utilizam essa prática se aterem às terapêuticas já comprovadas, como a vacina, dessa forma, haverá um menor risco de contaminações entre os indivíduos envolvidos em todo esse processo.
{"title":"AUTO-HEMOTERAPIA E COVID-19.","authors":"Lucas Torres Tavares, Ana Paula Barbosa, Maria Eduarda Santos Albuquerque, Natan Perry E Silva Siqueira, Pablynne Emanuelle Serpa","doi":"10.51161/hematoclil/76","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/76","url":null,"abstract":"Introdução: A auto-hemoterapia se dá pela coleta sanguínea por punção venosa e sua imediata administração por via intramuscular ou subcutânea, em que o doador e o receptor são o mesmo indivíduo e tem sido utilizado para o tratamento de diversos problemas de saúde. O atual momento de emergência em saúde tem levado indivíduos a procurarem meios alternativos, sem comprovação científica, para o tratamento da Covid-19, sendo a auto-hemoterapia um meio bem utilizado, mesmo sem comprovação científica, com o fito de estimular o sistema imunológico. Objetivo: Analisar a prática de auto-hemoterapia como terapêutica para o COVID-19, demonstrando, assim, seus problemas e riscos à saúde. Metodologia: Foram selecionados artigos científicos na base de dados da PubMed - “US National Library of Medicine”. Foi pesquisada a plataforma da ANVISA sobre terapias alternativas e o novo coronavírus e na ABHH. Resultados: A prática da auto-hemoterapia pode ser eficaz para a saúde, entretanto ainda não há nenhuma comprovação científica para o tratamento do SARS-CoV-2. Muitos pacientes têm realizado a auto-hemoterapia sem a supervisão e apoio de médicos e de profissionais de saúde, se expondo, assim, a riscos de transmissão de doenças infecciosas e contaminação das pessoas envolvidas. Por conseguinte, essa prática acaba acarretando no abandono de tratamentos convencionais mais eficazes pela ilusão de que a auto-hemoterapia será a solução para o COVID-19. Isso ainda se agrava pela falta de conhecimento e pesquisas sobre o comportamento do novo coronavírus e sua transmissibilidade pelo sangue. Mesmo que exista relatos de melhoras quanto ao uso da hemoterapia, ainda se faz necessário que estudos sejam feitos para a melhor eficácia do tratamento contra a COVID-19. Conclusão: A auto-hemoterapia pode trazer benefícios para a saúde, mas dentro do contexto de infecção pelo SARS-COV-2 ainda não há evidências que comprovem essa eficácia, devendo aos indivíduos que utilizam essa prática se aterem às terapêuticas já comprovadas, como a vacina, dessa forma, haverá um menor risco de contaminações entre os indivíduos envolvidos em todo esse processo.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131687945","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Esther Mendonça dos Santos, Eclésio Batista de Oliveira Neto, Daiane Maria Correia De Souza Guimarães
Introdução: A anemia por doença crônica é um distúrbio multifatorial e o segundo tipo de anemia mais frequente no mundo, sendo desenvolvida a partir de um quadro inflamatório associado a doenças inflamatórias crônicas, infecciosas ou não, renais e cancerígenas, essas comprometem o metabolismo do ferro aumentando a síntese hepática da hepcidina que inibe a absorção e a reciclagem desse micronutriente. Possui como quadro clínico: deficiência nutricional, sangramentos crônicos, anemia de instalação lenta associada a outras causas, tornando o diagnóstico difícil. Objetivos: Abordar sobre a interpretação clínica e laboratorial do hemograma em anemia decorrente de doenças crônicas. Material e métodos: Foram utilizadas as bases eletrônicas de dados New England Journal of Medicine (NEJM) e PubMed, com a estratégia de busca: "Anemia of inflammation" AND "Diagnosis" AND "Iron". A seleção foi realizada em três etapas consecutivas: leitura dos títulos, resumos e textos completos. Foram incluídos artigos do tipo revisões integrativas e sistemáticas, publicados entre 2011 e 2021, condizentes com o tema e objetivo do trabalho, sendo excluídos aqueles sem relevância científica. Foram encontrados 17 artigos, após a aplicação desses critérios foram selecionados oito artigos. Resultados: A fisiopatologia da anemia por doença crônica é descrita pela ativação do sistema imune e inflamatório, ocasionando a liberação de citocinas e proteínas na fase aguda, o que ocasiona: eritropoese insuficiente, devido à redução da produção renal de eritropoietina, redução da sobrevida dos eritrócitos e alteração do metabolismo do ferro. Laboratorialmente, essa anemia pode apresentar-se por hipoferremia na presença de estoques adequados de ferro nos macrófagos da medula óssea, do baço e do fígado, devido a isso, é classificada como anemia normo normo, podendo ser microcítica e hipocrômica. Assim, os exames laboratoriais apontam-se elevados: hepcidina, ferropenia, Velocidade de Sedimentação das Hemácias, proteína C-reativa e fibrinogênio. Nesse tipo de anemia, reticulócitos diminuídos, os estoques de ferritina estão normais, bem como os índices de hematimétricos, apenas a hemoglobina e hematócritos estão diminuídos. O leucograma e plaquetograma geralmente apresentam-se normais. Conclusão: Por tudo isso, compreender clínica e interpretação laboratorial do hemograma em anemia decorrente de doenças crônicas, facilita o diagnóstico da anemia decorrente de doenças crônicas.
{"title":"INTERPRETAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL DO HEMOGRAMA EM ANEMIA DECORRENTE DE DOENÇAS CRÔNICAS","authors":"Esther Mendonça dos Santos, Eclésio Batista de Oliveira Neto, Daiane Maria Correia De Souza Guimarães","doi":"10.51161/hematoclil/4","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/4","url":null,"abstract":"Introdução: A anemia por doença crônica é um distúrbio multifatorial e o segundo tipo de anemia mais frequente no mundo, sendo desenvolvida a partir de um quadro inflamatório associado a doenças inflamatórias crônicas, infecciosas ou não, renais e cancerígenas, essas comprometem o metabolismo do ferro aumentando a síntese hepática da hepcidina que inibe a absorção e a reciclagem desse micronutriente. Possui como quadro clínico: deficiência nutricional, sangramentos crônicos, anemia de instalação lenta associada a outras causas, tornando o diagnóstico difícil. Objetivos: Abordar sobre a interpretação clínica e laboratorial do hemograma em anemia decorrente de doenças crônicas. Material e métodos: Foram utilizadas as bases eletrônicas de dados New England Journal of Medicine (NEJM) e PubMed, com a estratégia de busca: \"Anemia of inflammation\" AND \"Diagnosis\" AND \"Iron\". A seleção foi realizada em três etapas consecutivas: leitura dos títulos, resumos e textos completos. Foram incluídos artigos do tipo revisões integrativas e sistemáticas, publicados entre 2011 e 2021, condizentes com o tema e objetivo do trabalho, sendo excluídos aqueles sem relevância científica. Foram encontrados 17 artigos, após a aplicação desses critérios foram selecionados oito artigos. Resultados: A fisiopatologia da anemia por doença crônica é descrita pela ativação do sistema imune e inflamatório, ocasionando a liberação de citocinas e proteínas na fase aguda, o que ocasiona: eritropoese insuficiente, devido à redução da produção renal de eritropoietina, redução da sobrevida dos eritrócitos e alteração do metabolismo do ferro. Laboratorialmente, essa anemia pode apresentar-se por hipoferremia na presença de estoques adequados de ferro nos macrófagos da medula óssea, do baço e do fígado, devido a isso, é classificada como anemia normo normo, podendo ser microcítica e hipocrômica. Assim, os exames laboratoriais apontam-se elevados: hepcidina, ferropenia, Velocidade de Sedimentação das Hemácias, proteína C-reativa e fibrinogênio. Nesse tipo de anemia, reticulócitos diminuídos, os estoques de ferritina estão normais, bem como os índices de hematimétricos, apenas a hemoglobina e hematócritos estão diminuídos. O leucograma e plaquetograma geralmente apresentam-se normais. Conclusão: Por tudo isso, compreender clínica e interpretação laboratorial do hemograma em anemia decorrente de doenças crônicas, facilita o diagnóstico da anemia decorrente de doenças crônicas.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115631378","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Matteus Gomes De Oliveira, S. B. D. S. Brasil, Osmar Júnior Da Silva Silva, L. Carneiro
Introdução: Epistaxe é uma importante causa de sangramentos em atendimentos de emergência, de modo que estima-se que 60% dos adultos terão pelo menos um episódio durante a vida. A hipertensão arterial sistêmica por sua vez pode gerar disfunção endotelial e sua ruptura de modo que possa levar ao aumento do risco de ocorrência de epistaxis Objetivo: Investigar a literatura em busca da associação entre a hipertensão arterial e a ocorrência de epistaxe. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão integrativa no banco de dados Pubmed, utilizando os descritores “epistaxis” e “hypertension”, de modo que foram encontrados 84 artigos e selecionou-se os de maior relevância nos últimos 5 anos. A análise trouxe que houve uma associação entre os pacientes que tinham o diagnóstico de epistaxe obtiveram um índice de diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica mais elevado em 6 meses. Também que os pacientes que tinham pressão arterial com complicação de retinopatia tiveram maior associação com epistaxe. Entretanto a literatura mostrou-se bastante diverte. Alguns estudos mostraram associação de pressão alta durante o episódio e outros divergiram desta constatação. A mesma situação ocorre ao que se refere à história de hipertensão. Do mesmo modo os pacientes em que a epistaxe foi mais exuberante houveram estudos demonstrando sua associação com histórico de hipertensão e outros em que isso não foi evidenciado. Conclusão: Foi sim observado uma associação maior de diagnóstico de hipertensão arterial após episódios de epistaxe, entretanto ao mesmo tempo foi encontrado um alto índice de divergência na literatura, de modo a trazer a necessidade de novos estudos na área para elucidar melhor essa questão polêmica.
{"title":"ASSOCIAÇÃO ENTRE EPISTAXE E HIPERTENSÃO ARTERIAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Matteus Gomes De Oliveira, S. B. D. S. Brasil, Osmar Júnior Da Silva Silva, L. Carneiro","doi":"10.51161/hematoclil/110","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/110","url":null,"abstract":"Introdução: Epistaxe é uma importante causa de sangramentos em atendimentos de emergência, de modo que estima-se que 60% dos adultos terão pelo menos um episódio durante a vida. A hipertensão arterial sistêmica por sua vez pode gerar disfunção endotelial e sua ruptura de modo que possa levar ao aumento do risco de ocorrência de epistaxis Objetivo: Investigar a literatura em busca da associação entre a hipertensão arterial e a ocorrência de epistaxe. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão integrativa no banco de dados Pubmed, utilizando os descritores “epistaxis” e “hypertension”, de modo que foram encontrados 84 artigos e selecionou-se os de maior relevância nos últimos 5 anos. A análise trouxe que houve uma associação entre os pacientes que tinham o diagnóstico de epistaxe obtiveram um índice de diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica mais elevado em 6 meses. Também que os pacientes que tinham pressão arterial com complicação de retinopatia tiveram maior associação com epistaxe. Entretanto a literatura mostrou-se bastante diverte. Alguns estudos mostraram associação de pressão alta durante o episódio e outros divergiram desta constatação. A mesma situação ocorre ao que se refere à história de hipertensão. Do mesmo modo os pacientes em que a epistaxe foi mais exuberante houveram estudos demonstrando sua associação com histórico de hipertensão e outros em que isso não foi evidenciado. Conclusão: Foi sim observado uma associação maior de diagnóstico de hipertensão arterial após episódios de epistaxe, entretanto ao mesmo tempo foi encontrado um alto índice de divergência na literatura, de modo a trazer a necessidade de novos estudos na área para elucidar melhor essa questão polêmica.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115671261","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gabriela Jubilato Bosso, Letícia Cappellano, Luis Fernando Ventura Vilella, André Viu Matheus, A. P. Batista
Introdução: Rara em crianças e adolescentes, a leucemia mieloide crônica representa cerca de 2 a 3% dos casos de leucemia em menores de 15 anos. A doença mieloproliferativa é originada a partir da translocação dos cromossomos 9 e 22, dando origem ao cromossomo Philadelphia. O tratamento recomendado para crianças e adolescentes com LMC segue os protocolos de pacientes adultos pela falta de estudos na pediatria pela raridade da doença. O uso de inibidores de tirosina-quinase como o imatinibe tem mostrado bons resultados nos pacientes pediátricos. Objetivo: Relatar um caso de leucemia mieloide crônica em paciente pediátrico e o tratamento utilizado. Material e métodos: Os dados foram retirados do prontuário médico do paciente e foram coletados desde o momento da entrada do paciente no Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil, por profissionais envolvidos durante toda a assistência através de anamnese, exame físico e exames laboratoriais. Resultado: Nesse estudo é relatado o caso de um paciente de 21 anos do sexo masculino que deu entrada no Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil aos 14 anos com diagnóstico de LMC. Apresentou leucocitose, cromossomo Ph+ presente e fusão dos genes BCR/ABL1. Paciente está em tratamento com imatinibe desde 2014. A partir do diagnóstico de LMC no paciente pediátrico, a primeira linha de tratamento sugerida nos estudos mais recentes com adultos é o mesilato de imatinibe, que apresenta boa resposta e remissão da doença em um período de 12 a 18 meses. Para avaliação dos resultados do tratamento ou possibilidade de falha dele são observadas respostas hematológica, citogenética e molecular. O sucesso do tratamento em 18 meses é indicado pela ausência do cromossomo Ph+, resposta hematológica completa e razão BCR-ABL1/ABL menor ou igual a 0,1% na escala internacional. Conclusão: Pela escassez de casos e estudos da LMC na pediatria, o tratamento atual segue protocolos de pacientes adultos.
{"title":"LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA EM ADOLESCENTE: RELATO DE CASO","authors":"Gabriela Jubilato Bosso, Letícia Cappellano, Luis Fernando Ventura Vilella, André Viu Matheus, A. P. Batista","doi":"10.51161/hematoclil/28","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/28","url":null,"abstract":"Introdução: Rara em crianças e adolescentes, a leucemia mieloide crônica representa cerca de 2 a 3% dos casos de leucemia em menores de 15 anos. A doença mieloproliferativa é originada a partir da translocação dos cromossomos 9 e 22, dando origem ao cromossomo Philadelphia. O tratamento recomendado para crianças e adolescentes com LMC segue os protocolos de pacientes adultos pela falta de estudos na pediatria pela raridade da doença. O uso de inibidores de tirosina-quinase como o imatinibe tem mostrado bons resultados nos pacientes pediátricos. Objetivo: Relatar um caso de leucemia mieloide crônica em paciente pediátrico e o tratamento utilizado. Material e métodos: Os dados foram retirados do prontuário médico do paciente e foram coletados desde o momento da entrada do paciente no Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil, por profissionais envolvidos durante toda a assistência através de anamnese, exame físico e exames laboratoriais. Resultado: Nesse estudo é relatado o caso de um paciente de 21 anos do sexo masculino que deu entrada no Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil aos 14 anos com diagnóstico de LMC. Apresentou leucocitose, cromossomo Ph+ presente e fusão dos genes BCR/ABL1. Paciente está em tratamento com imatinibe desde 2014. A partir do diagnóstico de LMC no paciente pediátrico, a primeira linha de tratamento sugerida nos estudos mais recentes com adultos é o mesilato de imatinibe, que apresenta boa resposta e remissão da doença em um período de 12 a 18 meses. Para avaliação dos resultados do tratamento ou possibilidade de falha dele são observadas respostas hematológica, citogenética e molecular. O sucesso do tratamento em 18 meses é indicado pela ausência do cromossomo Ph+, resposta hematológica completa e razão BCR-ABL1/ABL menor ou igual a 0,1% na escala internacional. Conclusão: Pela escassez de casos e estudos da LMC na pediatria, o tratamento atual segue protocolos de pacientes adultos.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124343292","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
João Gabriel Assis Toledo, Maurício Vargas da Silva, J. G. Barreto, S. Mattos, Cristiano Guilherme Alves de Oliveira
Introdução: O Coronavírus, um vírus da família Coronaviridae foi identificado no fim de 2019 na cidade de Wuhan na China, sendo esse novo vírus o causador da doença COVID-19, tornando-se, a partir de uma epidemia originada na China, uma crise de saúde global sem precedentes, a doença em questão, ainda pouco estudada, apresenta sintomatologia variada e ainda não muito bem esclarecida, variando de uma febre, a até mesmo dispneia. O tratamento da COVID ainda é muito incerto, tendo em vista que até hoje não possua uma droga anti-SARS-CoV-2 específica, há alguns medicamentos antivirais que se destacam em testes clínicos, porém, deve-se também levar em consideração os efeitos colaterais dos mesmos. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo identificar o perfil dos pacientes submetidos ao teste rápido para COVID-19 em uma farmácia comunitária do interior do estado do Rio de Janeiro, utilizando como base de dados as informações fornecidas pela mesma. Material e Métodos: 292 pacientes foram submetidos ao teste rápido de COVID-19 na drogaria supracitada durante o período de 15 de junho de 2020 a 15 de agosto de 2020. Os dados foram tabulados em planilha do Excel® e tratados estatisticamente com as ferramentas disponíveis no software. Resultados: Dentre os pacientes testados, a maioria (59,2%) testaram negativo [IgM/IgG (-)] e 119 testaram positivo (40,8%). Conclusão: Através de análise estatística notou-se que não há diferença no olhar estatístico referente à etnia, idade, sexo e presença de comorbidades para o acometimento ou não da doença, salvo nos casos de agravos decorrentes de sequelas ocasionadas posteriormente à evolução clínica da doença. Por falta de conhecimento de maiores informações sobre o comportamento da doença, se faz necessário estudos mais robustos e aprofundados sobre a COVID-19 para melhor entendimento da mesma. Cabendo ressaltar ainda que diferentemente de outras doenças virais, a resposta imune por COVID-19 vem se comportando de forma variada, com anticorpos IgM prevalecendo por períodos de até 90 dias após a infecção inicial, e anticorpos IgG ainda sem uma comprovação evidente de permanência por longos períodos superiores 12 meses.
{"title":"AVALIAÇÃO DO PERFIL DE PACIENTES SUBMETIDOS AO TESTE RÁPIDO PARA COVID-19 EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA DO NOROESTE FLUMINENSE","authors":"João Gabriel Assis Toledo, Maurício Vargas da Silva, J. G. Barreto, S. Mattos, Cristiano Guilherme Alves de Oliveira","doi":"10.51161/hematoclil/146","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/146","url":null,"abstract":"Introdução: O Coronavírus, um vírus da família Coronaviridae foi identificado no fim de 2019 na cidade de Wuhan na China, sendo esse novo vírus o causador da doença COVID-19, tornando-se, a partir de uma epidemia originada na China, uma crise de saúde global sem precedentes, a doença em questão, ainda pouco estudada, apresenta sintomatologia variada e ainda não muito bem esclarecida, variando de uma febre, a até mesmo dispneia. O tratamento da COVID ainda é muito incerto, tendo em vista que até hoje não possua uma droga anti-SARS-CoV-2 específica, há alguns medicamentos antivirais que se destacam em testes clínicos, porém, deve-se também levar em consideração os efeitos colaterais dos mesmos. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo identificar o perfil dos pacientes submetidos ao teste rápido para COVID-19 em uma farmácia comunitária do interior do estado do Rio de Janeiro, utilizando como base de dados as informações fornecidas pela mesma. Material e Métodos: 292 pacientes foram submetidos ao teste rápido de COVID-19 na drogaria supracitada durante o período de 15 de junho de 2020 a 15 de agosto de 2020. Os dados foram tabulados em planilha do Excel® e tratados estatisticamente com as ferramentas disponíveis no software. Resultados: Dentre os pacientes testados, a maioria (59,2%) testaram negativo [IgM/IgG (-)] e 119 testaram positivo (40,8%). Conclusão: Através de análise estatística notou-se que não há diferença no olhar estatístico referente à etnia, idade, sexo e presença de comorbidades para o acometimento ou não da doença, salvo nos casos de agravos decorrentes de sequelas ocasionadas posteriormente à evolução clínica da doença. Por falta de conhecimento de maiores informações sobre o comportamento da doença, se faz necessário estudos mais robustos e aprofundados sobre a COVID-19 para melhor entendimento da mesma. Cabendo ressaltar ainda que diferentemente de outras doenças virais, a resposta imune por COVID-19 vem se comportando de forma variada, com anticorpos IgM prevalecendo por períodos de até 90 dias após a infecção inicial, e anticorpos IgG ainda sem uma comprovação evidente de permanência por longos períodos superiores 12 meses.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114891328","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}