Introdução: A Leishmaniose Visceral Americana (LVA), também conhecida como calazar, é uma doença crônica de alta letalidade e que vem se tornando um importante problema de saúde pública. É transmitida por insetos flebotomíneos, e tem como agente etiológico as espécies do gênero Leishmania. Objetivo: Objetivou-se com a realização deste estudo delinear o perfil hematológico da Leishmaniose visceral americana, identificando as principais alterações, suas possíveis causas e consequências. Material e Métodos: Foi realizado uma pesquisa integrativa de literatura, descritiva e exploratória, utilizando a base de dados como PUBMED, SCIELO, MEDLINE E BVS, com artigos dos últimos dez anos. Resultados: Com base na literatura o achado mais comum encontrado na LVA é a anemia normocítica e normocrômica, trombocitopenia e leucopenia. Observa-se também um aumento nos valores de VHS principalmente no período inicial da doença, que por sua vez, está relacionado com o processo infeccioso e é decorrente da presença de proteínas de fase aguda. A análise do tempo de protrombina também se encontra diminuída em pacientes com LVA, o que pode ser atribuído a um possível comprometimento hepático. Os parâmetros ferro sérico e transferrina apresentam valores médios inferiores aos de referência, o que pode estar relacionado à grande utilização do ferro pelo parasita. Infecções, hemorragias e anemia grave são responsáveis pela maioria das mortes por LVA, sendo que o retardo no diagnóstico, a baixa idade e a desnutrição são consideradas como fatores importantes que contribuem para o óbito. Conclusão: Certificou-se que de uma maneira geral a existência de um comprometimento na hematopoese nesses pacientes, principalmente por pancitopenia e que o diagnóstico da LVA vem se apresentando como um problema para os serviços de saúde. Dessa forma, é necessário a utilização de medidas educativas e o aprimoramento das medidas de controle e prevenção para que se possa conscientizar a população sobre a patologia, facilitando assim o seu combate e eliminação.
{"title":"PERFIL HEMATOLÓGICO DE PACIENTES COM LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA","authors":"D. Silva, Graciele Pereira Costa","doi":"10.51161/hematoclil/102","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/102","url":null,"abstract":"Introdução: A Leishmaniose Visceral Americana (LVA), também conhecida como calazar, é uma doença crônica de alta letalidade e que vem se tornando um importante problema de saúde pública. É transmitida por insetos flebotomíneos, e tem como agente etiológico as espécies do gênero Leishmania. Objetivo: Objetivou-se com a realização deste estudo delinear o perfil hematológico da Leishmaniose visceral americana, identificando as principais alterações, suas possíveis causas e consequências. Material e Métodos: Foi realizado uma pesquisa integrativa de literatura, descritiva e exploratória, utilizando a base de dados como PUBMED, SCIELO, MEDLINE E BVS, com artigos dos últimos dez anos. Resultados: Com base na literatura o achado mais comum encontrado na LVA é a anemia normocítica e normocrômica, trombocitopenia e leucopenia. Observa-se também um aumento nos valores de VHS principalmente no período inicial da doença, que por sua vez, está relacionado com o processo infeccioso e é decorrente da presença de proteínas de fase aguda. A análise do tempo de protrombina também se encontra diminuída em pacientes com LVA, o que pode ser atribuído a um possível comprometimento hepático. Os parâmetros ferro sérico e transferrina apresentam valores médios inferiores aos de referência, o que pode estar relacionado à grande utilização do ferro pelo parasita. Infecções, hemorragias e anemia grave são responsáveis pela maioria das mortes por LVA, sendo que o retardo no diagnóstico, a baixa idade e a desnutrição são consideradas como fatores importantes que contribuem para o óbito. Conclusão: Certificou-se que de uma maneira geral a existência de um comprometimento na hematopoese nesses pacientes, principalmente por pancitopenia e que o diagnóstico da LVA vem se apresentando como um problema para os serviços de saúde. Dessa forma, é necessário a utilização de medidas educativas e o aprimoramento das medidas de controle e prevenção para que se possa conscientizar a população sobre a patologia, facilitando assim o seu combate e eliminação.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126507413","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Diana Letícia Krueger Pacheco Carvalho, Isadora Bueloni Ghiorzi, Mateus Dos Santos Taiarol, P. Zen, R.F.M. Rosa
Introdução: a histiocitose engloba um grupo raro de distúrbios proliferativos caracterizados pelo acúmulo e infiltração de monócitos, macrófagos e células dendríticas. Objetivo: relatar uma paciente com histiocitose de células de Langerhans, chamando atenção para os seus achados clínicos e laboratoriais. Material e métodos: realizou-se a descrição do caso junto com uma revisão da literatura. A obtenção dos achados clínicos e resultados de exames complementares foi feita através de revisão do prontuário da paciente. Na revisão da literatura, foram utilizados descritores Mesh, junto à base de dados PubMed/MEDLINE. Foram incluídos apenas trabalhos em português/inglês, publicados após 2007. O tempo de duração para a montagem do relato foi de cerca de 1 mês. Resultados: a paciente era a filha única de um casal sem história de casos semelhantes na família. Aos 20 dias de vida, ela foi hospitalizada por edema facial e exoftalmia. No seu exame físico, observavam-se macrocrania, afastamento das suturas cranianas e dismorfias de face secundárias à infiltração de tecidos moles. Os seus exames laboratoriais mostravam anemia e neutropenia. A tomografia computadorizada do crânio revelou reação periosteal, tipo raios de sol, comprometendo os côndilos mandibulares, asas do esfenoide, maxilas e porções escamosas dos ossos temporais. A ressonância magnética de encéfalo revelou formações expansivas bilaterais e simétricas, que comprometiam os ossos da base do crânio, especialmente as escamas temporais, as asas esfenoidais, as paredes laterais das órbitas, as estruturas maxilares e os ramos da mandíbula, as quais apresentavam aspecto tumescente, com realce irregular ao contraste. A avaliação oftalmológica diagnosticou proptose ocular e lagoftalmo. As radiografias de corpo inteiro evidenciaram expansão difusa das vértebras, com importante alargamento da superfície da metáfise dos ossos longos. Os achados foram compatíveis com hiperproliferação osteoblástica e/ou lesão infiltrativa. Na imunofluorescência foram encontradas células monocíticas com fenótipo aberrante, e no mielograma, displasia e hiperplasia relativa eritroide, além de monocitose. Conclusão: a histiocitose de células de Langerhans é uma condição típica da infância, cuja causa exata ainda não é conhecida. A sua apresentação clínica pode variar muito, indo desde casos leves a fatais. Esta depende dos órgãos e sistemas envolvidos.
{"title":"HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS: ACHADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS DE UMA CONDIÇÃO RARA","authors":"Diana Letícia Krueger Pacheco Carvalho, Isadora Bueloni Ghiorzi, Mateus Dos Santos Taiarol, P. Zen, R.F.M. Rosa","doi":"10.51161/hematoclil/125","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/125","url":null,"abstract":"Introdução: a histiocitose engloba um grupo raro de distúrbios proliferativos caracterizados pelo acúmulo e infiltração de monócitos, macrófagos e células dendríticas. Objetivo: relatar uma paciente com histiocitose de células de Langerhans, chamando atenção para os seus achados clínicos e laboratoriais. Material e métodos: realizou-se a descrição do caso junto com uma revisão da literatura. A obtenção dos achados clínicos e resultados de exames complementares foi feita através de revisão do prontuário da paciente. Na revisão da literatura, foram utilizados descritores Mesh, junto à base de dados PubMed/MEDLINE. Foram incluídos apenas trabalhos em português/inglês, publicados após 2007. O tempo de duração para a montagem do relato foi de cerca de 1 mês. Resultados: a paciente era a filha única de um casal sem história de casos semelhantes na família. Aos 20 dias de vida, ela foi hospitalizada por edema facial e exoftalmia. No seu exame físico, observavam-se macrocrania, afastamento das suturas cranianas e dismorfias de face secundárias à infiltração de tecidos moles. Os seus exames laboratoriais mostravam anemia e neutropenia. A tomografia computadorizada do crânio revelou reação periosteal, tipo raios de sol, comprometendo os côndilos mandibulares, asas do esfenoide, maxilas e porções escamosas dos ossos temporais. A ressonância magnética de encéfalo revelou formações expansivas bilaterais e simétricas, que comprometiam os ossos da base do crânio, especialmente as escamas temporais, as asas esfenoidais, as paredes laterais das órbitas, as estruturas maxilares e os ramos da mandíbula, as quais apresentavam aspecto tumescente, com realce irregular ao contraste. A avaliação oftalmológica diagnosticou proptose ocular e lagoftalmo. As radiografias de corpo inteiro evidenciaram expansão difusa das vértebras, com importante alargamento da superfície da metáfise dos ossos longos. Os achados foram compatíveis com hiperproliferação osteoblástica e/ou lesão infiltrativa. Na imunofluorescência foram encontradas células monocíticas com fenótipo aberrante, e no mielograma, displasia e hiperplasia relativa eritroide, além de monocitose. Conclusão: a histiocitose de células de Langerhans é uma condição típica da infância, cuja causa exata ainda não é conhecida. A sua apresentação clínica pode variar muito, indo desde casos leves a fatais. Esta depende dos órgãos e sistemas envolvidos.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129484794","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
J. Spira, E. Borges, Paula Gabriela Ribeiro Andrade, Cristiane Rabelo Lisboa, V. L. Lima
Introdução: Úlceras da perna são uma das complicações da doença falciforme (DF), acomete principalmente homens com anemia falciforme (HbSS) na segunda década de vida. Elas são dolorosas, de difícil cicatrização e altas taxas de recidiva. O manejo, na maioria das vezes, fica a cargo de profissionais de enfermagem, que nem sempre têm o conhecimento suficiente para atender à demanda de cuidado requerida. Objetivo: Identificar o local de tratamento das pessoas com DF e úlcera da perna, bem como o tipo de tratamento recebido. Material e métodos: Estudo transversal, realizado em 11 centros da Fundação Hemominas, com pessoas com DF e com úlcera da perna ativa. A pesquisa foi aprovada pelos CEPs nos pareceres n° 08052818.3.0000.5149 e 08052818.3.3001.5118. Resultado: Das 72 pessoas com úlcera da perna, 54,2% eram solteiras, do sexo feminino (51,4%), de declararam negras (48,6%), com idade média de 39 anos, mediana de tempo de existência da úlcera foi de 3 anos e escore de dor entre ≥7 a ≤10 (40,3%). O principal prescritor do tratamento tópico era o médico (45,8%). A respeito do cuidado direto da úlcera, 66,7% pessoas realizavam o cuidado exclusivamente no domicílio, 15,3% no domicílio e na Unidade Básica de Saúde (UBS), 8,3% no serviço ambulatorial público, 5,6% exclusivamente na UBS e 4,2% no serviço privado. Os produtos mais utilizados no tratamento tópico eram colagenase (22,2%), coberturas especiais (19,4%), antibiótico tópico (15,3%) e AGE (9,7%). No que se refere ao intervalo da troca de curativo, 72,2% realizavam uma ou mais trocas/dia. O edema nos membros inferiores estava presente em 76,4% pessoas e 89% não utilizavam terapia para o controle do edema. Conclusão: A maioria dos participantes não recebia insumos e assistência sistematizada para o tratamento da úlcera.
{"title":"DOENÇA FALCIFORME: O CUIDADO ÀS PESSOAS COM ÚLCERAS DA PERNA","authors":"J. Spira, E. Borges, Paula Gabriela Ribeiro Andrade, Cristiane Rabelo Lisboa, V. L. Lima","doi":"10.51161/hematoclil/47","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/47","url":null,"abstract":"Introdução: Úlceras da perna são uma das complicações da doença falciforme (DF), acomete principalmente homens com anemia falciforme (HbSS) na segunda década de vida. Elas são dolorosas, de difícil cicatrização e altas taxas de recidiva. O manejo, na maioria das vezes, fica a cargo de profissionais de enfermagem, que nem sempre têm o conhecimento suficiente para atender à demanda de cuidado requerida. Objetivo: Identificar o local de tratamento das pessoas com DF e úlcera da perna, bem como o tipo de tratamento recebido. Material e métodos: Estudo transversal, realizado em 11 centros da Fundação Hemominas, com pessoas com DF e com úlcera da perna ativa. A pesquisa foi aprovada pelos CEPs nos pareceres n° 08052818.3.0000.5149 e 08052818.3.3001.5118. Resultado: Das 72 pessoas com úlcera da perna, 54,2% eram solteiras, do sexo feminino (51,4%), de declararam negras (48,6%), com idade média de 39 anos, mediana de tempo de existência da úlcera foi de 3 anos e escore de dor entre ≥7 a ≤10 (40,3%). O principal prescritor do tratamento tópico era o médico (45,8%). A respeito do cuidado direto da úlcera, 66,7% pessoas realizavam o cuidado exclusivamente no domicílio, 15,3% no domicílio e na Unidade Básica de Saúde (UBS), 8,3% no serviço ambulatorial público, 5,6% exclusivamente na UBS e 4,2% no serviço privado. Os produtos mais utilizados no tratamento tópico eram colagenase (22,2%), coberturas especiais (19,4%), antibiótico tópico (15,3%) e AGE (9,7%). No que se refere ao intervalo da troca de curativo, 72,2% realizavam uma ou mais trocas/dia. O edema nos membros inferiores estava presente em 76,4% pessoas e 89% não utilizavam terapia para o controle do edema. Conclusão: A maioria dos participantes não recebia insumos e assistência sistematizada para o tratamento da úlcera.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129509092","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Arthur Gomes da Silva Brito, Leticia Goulart Japiassou, Caroline Divina Gomes da Silva Brito, B. S. Cardoso, João Vitor Fiorese
Introdução: Atualmente cada vez mais pessoas são diagnosticadas com doenças oncológicas. Dentre o conjunto demais de 100 doenças que envolvem o câncer, as neoplasias hematológicas, por se tratar de doenças com alteração no sangue e em tecidos apresenta uma incidência de 257 mil novos casos ano. O tratamento atualmente é a quimioterapia, com resultados de cura para muitos e aumento de sobrevida, no entanto os efeitos invasivos da terapia oncológica deixam o organismo vulnerável e debilitado, prejudicando a qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Descrever como é a qualidade de vida dos pacientes com neoplasia hematológica, que realizam quimioterapia, e indicar maneiras de melhorar fatores que interfiram na qualidade de vida do paciente. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica utilizando artigos originais nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde e Scielo. Os descritores foram Qualidade de Vida, Quimioterapia e Neoplasia Hematológica. Os critérios de inclusão foram artigos nos idiomas inglês e português, publicados nos últimos cinco anos. Posteriormente, descartou-se estudos duplicados, não gratuitos e que não atendiam ao objetivo proposto. Resultados: Dentre os estudos a média analisada foram de duas a 24 semanas com as sessões de quimioterapia variando de uma a 80 sessões. Sendo que os efeitos colaterais são náuseas, alopecia, mucosite e inapetência. Dentre as analises os pacientes relatam que a sua qualidade de vida é boa, quando questionados sobre a saúde mostraram-se satisfeitos. No entanto, apresentaram um isolamento social, nesse sentido o convívio com os familiares e amigos que estimulam a pratica de atividades são importantes fatores positivos. Outro fator bastante relatado é a falta de remuneração durante o tratamento, muitos pacientes não tem condições de manter seus empregos durante os tratamentos. Dentre os domínios físicos, as limitações e os efeitos colaterais são refletidos na diminuição da função física e qualidade de vida. Conclusões: Ao se tratar de uma doença que provoca debilidade e dificuldades, a convivência familiar, pratica de exercícios ter uma vida social podem contribuir de forma significativa na qualidade de vida do paciente
简介:目前越来越多的人被诊断为肿瘤疾病。在涉及癌症的其他100种疾病中,血液系统肿瘤,因为它们是血液和组织改变的疾病,每年有25.7万新病例的发病率。目前的治疗方法是化疗,可以治愈许多人,提高生存率,但肿瘤治疗的侵袭性作用使机体脆弱和衰弱,损害患者的生活质量。目的:描述接受化疗的血液肿瘤患者的生活质量,并指出改善影响患者生活质量的因素的方法。方法:利用Biblioteca Virtual em saude和Scielo数据库中的原始文章进行文献检索。关键词为生活质量、化疗和血液学肿瘤。入选标准是过去5年发表的英语和葡萄牙语文章。随后,重复的、非免费的、不符合预期目标的研究被丢弃。结果:在研究中,平均分析为2 - 24周,化疗疗程从1 - 80个疗程不等。副作用包括恶心、脱发、粘膜炎和食欲不振。在分析中,患者报告他们的生活质量很好,当被问及健康状况时,他们感到满意。然而,他们表现出社会孤立,在这个意义上,与家人和朋友的生活刺激活动的实践是重要的积极因素。另一个被广泛报道的因素是治疗期间缺乏报酬,许多患者在治疗期间无法保住工作。在物理领域中,限制和副作用反映在身体功能和生活质量的下降。结论:由于这是一种导致虚弱和困难的疾病,家庭生活、锻炼和社会生活对患者的生活质量有显著的贡献
{"title":"QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE COM NEOPLASIA: REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Arthur Gomes da Silva Brito, Leticia Goulart Japiassou, Caroline Divina Gomes da Silva Brito, B. S. Cardoso, João Vitor Fiorese","doi":"10.51161/hematoclil/112","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/112","url":null,"abstract":"Introdução: Atualmente cada vez mais pessoas são diagnosticadas com doenças oncológicas. Dentre o conjunto demais de 100 doenças que envolvem o câncer, as neoplasias hematológicas, por se tratar de doenças com alteração no sangue e em tecidos apresenta uma incidência de 257 mil novos casos ano. O tratamento atualmente é a quimioterapia, com resultados de cura para muitos e aumento de sobrevida, no entanto os efeitos invasivos da terapia oncológica deixam o organismo vulnerável e debilitado, prejudicando a qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Descrever como é a qualidade de vida dos pacientes com neoplasia hematológica, que realizam quimioterapia, e indicar maneiras de melhorar fatores que interfiram na qualidade de vida do paciente. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica utilizando artigos originais nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde e Scielo. Os descritores foram Qualidade de Vida, Quimioterapia e Neoplasia Hematológica. Os critérios de inclusão foram artigos nos idiomas inglês e português, publicados nos últimos cinco anos. Posteriormente, descartou-se estudos duplicados, não gratuitos e que não atendiam ao objetivo proposto. Resultados: Dentre os estudos a média analisada foram de duas a 24 semanas com as sessões de quimioterapia variando de uma a 80 sessões. Sendo que os efeitos colaterais são náuseas, alopecia, mucosite e inapetência. Dentre as analises os pacientes relatam que a sua qualidade de vida é boa, quando questionados sobre a saúde mostraram-se satisfeitos. No entanto, apresentaram um isolamento social, nesse sentido o convívio com os familiares e amigos que estimulam a pratica de atividades são importantes fatores positivos. Outro fator bastante relatado é a falta de remuneração durante o tratamento, muitos pacientes não tem condições de manter seus empregos durante os tratamentos. Dentre os domínios físicos, as limitações e os efeitos colaterais são refletidos na diminuição da função física e qualidade de vida. Conclusões: Ao se tratar de uma doença que provoca debilidade e dificuldades, a convivência familiar, pratica de exercícios ter uma vida social podem contribuir de forma significativa na qualidade de vida do paciente","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"531 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123779257","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A doença falciforme é uma hemoglobinopatia associada à mortalidade, e tem sido um desafio contínuo na saúde pública, apesar dos extensos esforços para a prevenção da mortalidade e o tratamento da doença. Os fatores de risco potenciais que podem predispor os indivíduos a desfechos fatais estão cada vez mais se tornando tópicos, diante disso, pontuar os principais fatores relacionados à mortalidade da doença falciforme são necessários para planejar com eficácia as intervenções para reduzir as taxas de letalidade da doença. Objetivo: Identificar os fatores de risco para mortalidade em pacientes com doença falciforme a partir de estudos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa que teve como fonte de busca de dados o Portal de Pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde utilizando pesquisas no referido banco de dados de 2017 a 2021. Resultados: Da busca inicial com 117 artigos, após utilizar os critérios de inclusão e exclusão, restaram 13 artigos. Dos estudos utilizados, observou-se que os fatores de risco mais associados à mortalidade na doença falciforme foram: doenças cardiovasculares (regurgitação tricúspide e infarto do miocárdio) e pulmonares, doenças renais (insuficiência renal), acidente vascular cerebral, elevados níveis de creatinina sérica, lactato desidrogenase e dímero D, hipertensão pulmonar, infecções (coronavírus e dengue), eventos tromboembólicos (tromboembolismo venoso), sobrecarga de ferro, síndrome torácica aguda, doença isquêmica do intestino, síndrome de encefalopatia reversível e níveis de hemoglobina. Conclusão: A prevenção do óbito poderá promover uma melhoria na sobrevida da população com essa doença. O conhecimento dos fatores de risco que levam a óbitos em pacientes com doença falciforme é fundamental para possibilitar ações que previnam um desfecho negativo no paciente, que tanto impacta a saúde pública. Então faz-se necessário atentar para novos estudos acerca da temática para possibilitar o avanço do conhecimento e melhoria da expectativa de vida dessa população.
{"title":"FATORES DE RISCO PARA MORTALIDADE EM PACIENTES COM DOENÇA FALCIFORME: REVISÃO INTEGRATIVA","authors":"Tailah Lopes Almeida","doi":"10.51161/hematoclil/30","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/30","url":null,"abstract":"Introdução: A doença falciforme é uma hemoglobinopatia associada à mortalidade, e tem sido um desafio contínuo na saúde pública, apesar dos extensos esforços para a prevenção da mortalidade e o tratamento da doença. Os fatores de risco potenciais que podem predispor os indivíduos a desfechos fatais estão cada vez mais se tornando tópicos, diante disso, pontuar os principais fatores relacionados à mortalidade da doença falciforme são necessários para planejar com eficácia as intervenções para reduzir as taxas de letalidade da doença. Objetivo: Identificar os fatores de risco para mortalidade em pacientes com doença falciforme a partir de estudos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa que teve como fonte de busca de dados o Portal de Pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde utilizando pesquisas no referido banco de dados de 2017 a 2021. Resultados: Da busca inicial com 117 artigos, após utilizar os critérios de inclusão e exclusão, restaram 13 artigos. Dos estudos utilizados, observou-se que os fatores de risco mais associados à mortalidade na doença falciforme foram: doenças cardiovasculares (regurgitação tricúspide e infarto do miocárdio) e pulmonares, doenças renais (insuficiência renal), acidente vascular cerebral, elevados níveis de creatinina sérica, lactato desidrogenase e dímero D, hipertensão pulmonar, infecções (coronavírus e dengue), eventos tromboembólicos (tromboembolismo venoso), sobrecarga de ferro, síndrome torácica aguda, doença isquêmica do intestino, síndrome de encefalopatia reversível e níveis de hemoglobina. Conclusão: A prevenção do óbito poderá promover uma melhoria na sobrevida da população com essa doença. O conhecimento dos fatores de risco que levam a óbitos em pacientes com doença falciforme é fundamental para possibilitar ações que previnam um desfecho negativo no paciente, que tanto impacta a saúde pública. Então faz-se necessário atentar para novos estudos acerca da temática para possibilitar o avanço do conhecimento e melhoria da expectativa de vida dessa população.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"66 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121955039","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A Leucemia Mielóide Aguda (LMA), também conhecida como leucemia mielogênica aguda, é caracterizada pelo desequilíbrio no crescimento clonal das células sem distinção seguido do bloqueio de maturação descontinuo, ou seja, descontrole no crescimento das células indiferenciadas, células estas denominadas de mieloblastos e o acúmulo destas na medula óssea (M.O.) conduz as manifestações clínicas, tal como: neutropenia, anemia e plaquetopenia. O desenvolvimento da neoplasia está ligado a mutações nos oncogenes que estão ligados a hematopoese, originando a desordem celular destes blastos mielóides leucêmicos que suprimem a produção de demais linhagens sendo as análises imunofenotípicas e morfológicas fundamentais para o diagnóstico desta patologia. A imunofenotipagem por citometria de fluxo serve para avaliar populações celulares normais e neoplásicas, realizada por meio da incubação das células com anticorpos conjugados a fluorocromos através de uma coalização entre os padrões e intensidade da expressão de variados antígenos expressos que melhora o diagnóstico na LMA e é eficaz para distinguir dentre os tipos de leucemias que existe. Objetivos: Avaliar a imunofenotipagem por citometria de fluxo nos diagnósticos das LMA’s. Materiais e Métodos: O presente resumo é uma revisão bibliografia manuseando artigos da base de dados do site SciELO aplicando como critério artigos nos anos 2012 a 2022. Resultados: A imunofenotipagem por citometria de fluxo é um método que encaminha ao diagnóstico e tratamento as Leucemia Mieloide Aguda ao qual avalia as populações de células, estabelecendo as características físicas e biológicas destas sendo um método quantitativo e qualitativo através de painéis de triagem para essas leucemias agudas com o objetivo de promover um custo-benefício para os serviços de saúde. Conclusão: A imunofenotipagem por citometria de fluxo é um método de análise das células em suspensão, verificando a orientação biológica das células de interesse para diagnóstico prévio.
{"title":"A IMUNOFENOTIPAGEM POR CITOMETRIA DE FLUXO NO DIAGÓSTICO DA LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA (LMA)","authors":"Natália Pereira da Silva","doi":"10.51161/hematoclil/70","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/70","url":null,"abstract":"Introdução: A Leucemia Mielóide Aguda (LMA), também conhecida como leucemia mielogênica aguda, é caracterizada pelo desequilíbrio no crescimento clonal das células sem distinção seguido do bloqueio de maturação descontinuo, ou seja, descontrole no crescimento das células indiferenciadas, células estas denominadas de mieloblastos e o acúmulo destas na medula óssea (M.O.) conduz as manifestações clínicas, tal como: neutropenia, anemia e plaquetopenia. O desenvolvimento da neoplasia está ligado a mutações nos oncogenes que estão ligados a hematopoese, originando a desordem celular destes blastos mielóides leucêmicos que suprimem a produção de demais linhagens sendo as análises imunofenotípicas e morfológicas fundamentais para o diagnóstico desta patologia. A imunofenotipagem por citometria de fluxo serve para avaliar populações celulares normais e neoplásicas, realizada por meio da incubação das células com anticorpos conjugados a fluorocromos através de uma coalização entre os padrões e intensidade da expressão de variados antígenos expressos que melhora o diagnóstico na LMA e é eficaz para distinguir dentre os tipos de leucemias que existe. Objetivos: Avaliar a imunofenotipagem por citometria de fluxo nos diagnósticos das LMA’s. Materiais e Métodos: O presente resumo é uma revisão bibliografia manuseando artigos da base de dados do site SciELO aplicando como critério artigos nos anos 2012 a 2022. Resultados: A imunofenotipagem por citometria de fluxo é um método que encaminha ao diagnóstico e tratamento as Leucemia Mieloide Aguda ao qual avalia as populações de células, estabelecendo as características físicas e biológicas destas sendo um método quantitativo e qualitativo através de painéis de triagem para essas leucemias agudas com o objetivo de promover um custo-benefício para os serviços de saúde. Conclusão: A imunofenotipagem por citometria de fluxo é um método de análise das células em suspensão, verificando a orientação biológica das células de interesse para diagnóstico prévio.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121978638","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: Anemia ferropriva é uma condição em que a hemoglobina presente no sangue está reduzida em concentração como consequência da escassez de ferro no organismo. A principal causa de anemia ao redor do mundo é a deficiência de ferro. Embora apresente ampla distribuição na população de uma forma geral e considerável implicação clínica, os dados epidemiológicos permanecem inconsistentes, principalmente com relação a etiologia da doença. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico das internações por anemia ferropriva no estado de São Paulo. Material e métodos: Estudo observacional, descritivo, retrospectivo, de caráter quantitativo com dados referentes as internações por anemia ferropriva, obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), sendo as variáveis de interesse: número de internações, sexo, faixa etária, cor/raça e valor total, analisados no período de novembro de 2011 a novembro de 2021. Resultados: No período de 2011 a 2021 foram registrados 25.241 casos de anemia por deficiência de ferro no estado de São Paulo, destes 57,9% eram do sexo feminino e 42,1% do sexo masculino. A principal faixa etária acometida foi a dos 70 a 79 anos de idade equivalendo a 18,9%, já a menos afetada encontrava-se entre os 5 a 9 anos representada por apenas 0,4%. No que concerne à cor/raça, a branca (62,8%) correspondeu a maioria dos casos, seguida pela parda (19,7%), negra (5,7%), amarela (0,8%) e indígena representada por 0%, além de 10,7% que estavam sem essa informação. Os anos que apresentaram maior número de internações foram 2017 e 2018, com 2736 (10,8%) e 2713 (10,7%) casos respectivamente. Ao longo do período em questão foram gastos R$ 9.320.022,41 como custo total das internações. Conclusão: O presente estudo permitiu observar que a maioria dos casos ocorreu em mulheres brancas, na faixa etária dos 70 a 79 anos, com predominância no ano de 2017. Tal doença acarreta implicações clínicas e custos consideráveis, necessitando mais estudos para uma melhor definição epidemiológica em território brasileiro.
{"title":"EPIDEMIOLOGIA DAS INTERNAÇÕES POR ANEMIA FERROPRIVA NO ESTADO DE SÃO PAULO","authors":"D. Ferreira, Ieda Maria Gonçalves Pacce Bispo","doi":"10.51161/hematoclil/41","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/41","url":null,"abstract":"Introdução: Anemia ferropriva é uma condição em que a hemoglobina presente no sangue está reduzida em concentração como consequência da escassez de ferro no organismo. A principal causa de anemia ao redor do mundo é a deficiência de ferro. Embora apresente ampla distribuição na população de uma forma geral e considerável implicação clínica, os dados epidemiológicos permanecem inconsistentes, principalmente com relação a etiologia da doença. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico das internações por anemia ferropriva no estado de São Paulo. Material e métodos: Estudo observacional, descritivo, retrospectivo, de caráter quantitativo com dados referentes as internações por anemia ferropriva, obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), sendo as variáveis de interesse: número de internações, sexo, faixa etária, cor/raça e valor total, analisados no período de novembro de 2011 a novembro de 2021. Resultados: No período de 2011 a 2021 foram registrados 25.241 casos de anemia por deficiência de ferro no estado de São Paulo, destes 57,9% eram do sexo feminino e 42,1% do sexo masculino. A principal faixa etária acometida foi a dos 70 a 79 anos de idade equivalendo a 18,9%, já a menos afetada encontrava-se entre os 5 a 9 anos representada por apenas 0,4%. No que concerne à cor/raça, a branca (62,8%) correspondeu a maioria dos casos, seguida pela parda (19,7%), negra (5,7%), amarela (0,8%) e indígena representada por 0%, além de 10,7% que estavam sem essa informação. Os anos que apresentaram maior número de internações foram 2017 e 2018, com 2736 (10,8%) e 2713 (10,7%) casos respectivamente. Ao longo do período em questão foram gastos R$ 9.320.022,41 como custo total das internações. Conclusão: O presente estudo permitiu observar que a maioria dos casos ocorreu em mulheres brancas, na faixa etária dos 70 a 79 anos, com predominância no ano de 2017. Tal doença acarreta implicações clínicas e custos consideráveis, necessitando mais estudos para uma melhor definição epidemiológica em território brasileiro.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122512120","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Iandra de Freitas Oliveira, Marcelo Dias de Castro
Introdução: O linfoma de células do manto é um linfoma não-Hodgkin de células B maduras, que comumente evolui de forma indolente, sendo tipicamente uma doença agressiva. Corresponde a cerca de 7% dos casos de linfomas não-Hodgkin, com incidência estimada de 4 a 8 casos por milhão de pessoas por ano. 70% dos pacientes apresentam doença em estágio avançado ao diagnóstico, frequentemente associado à linfadenopatia. O diagnóstico é feito através de biópsia, histologia e imuno-histoquímica de rotina. Objetivo: Relatar apresentação atípica de linfoma de células do manto. Relato de caso: Paciente feminino, 50 anos, admitida no hospital com relato de dor abdominal, inapetência e ascite volumosa iniciados há dois meses, evoluindo com piora progressiva. Na admissão encontrava-se hipocorada (++/4+), desidratada (+/4+) e com esforço respiratório discreto que piorava com movimentação ativa, também evidenciada em decúbito. Ao exame físico abdome globoso, doloroso à palpação superficial e profunda, sem sinais de irritação peritoneal e com sinal de piparote positivo. A palpação foi prejudicada pela ascite, mas evidenciou hepatoesplenomegalia (com fígado e baço a 9 e 14 cm, respectivamente, abaixo do rebordo costal). Apresentava ainda linfonodomegalia em fossa cubital de membro superior direito, cuja biópsia evidenciou hiperplasia linfóide à custa de células linfóides pequenas difusas. Para auxílio diagnóstico foi efetuado imunofenotipagem que demonstrou presença de linfócitos B anômalos e clonais para cadeia leve Lambda, na frequência de 65% da celularidade total, compatível com doença linfoma de células do manto, confirmado à biópsia de medula óssea. Apresentou melhora do padrão respiratório mediante realização de paracentese de alívio e foi encaminhada para tratamento quimioterápico. Discussão: O padrão histológico de crescimento nodal do linfoma de células do manto pode ser difuso, nodular ou zona do manto, ou ainda uma combinação destes. As células tumorais expressam altos níveis de imunoglobulina M de membrana de superfície e imunoglobulina D, mais frequentemente do tipo de cadeia leve Lambda. Conclusão: O curso do linfoma de células do manto é moderadamente agressivo e variável. A abordagem terapêutica pretende prolongar a sobrevida livre de doença. A paciente desse caso segue com abordagem quimioterápica apresentando resposta relativa.
{"title":"RELATO: HEPATOESPLENOMEGALIA GIGANTE COMO APRESENTAÇÃO DE LINFOMA DE CÉLULAS DO MANTO","authors":"Iandra de Freitas Oliveira, Marcelo Dias de Castro","doi":"10.51161/hematoclil/43","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/43","url":null,"abstract":"Introdução: O linfoma de células do manto é um linfoma não-Hodgkin de células B maduras, que comumente evolui de forma indolente, sendo tipicamente uma doença agressiva. Corresponde a cerca de 7% dos casos de linfomas não-Hodgkin, com incidência estimada de 4 a 8 casos por milhão de pessoas por ano. 70% dos pacientes apresentam doença em estágio avançado ao diagnóstico, frequentemente associado à linfadenopatia. O diagnóstico é feito através de biópsia, histologia e imuno-histoquímica de rotina. Objetivo: Relatar apresentação atípica de linfoma de células do manto. Relato de caso: Paciente feminino, 50 anos, admitida no hospital com relato de dor abdominal, inapetência e ascite volumosa iniciados há dois meses, evoluindo com piora progressiva. Na admissão encontrava-se hipocorada (++/4+), desidratada (+/4+) e com esforço respiratório discreto que piorava com movimentação ativa, também evidenciada em decúbito. Ao exame físico abdome globoso, doloroso à palpação superficial e profunda, sem sinais de irritação peritoneal e com sinal de piparote positivo. A palpação foi prejudicada pela ascite, mas evidenciou hepatoesplenomegalia (com fígado e baço a 9 e 14 cm, respectivamente, abaixo do rebordo costal). Apresentava ainda linfonodomegalia em fossa cubital de membro superior direito, cuja biópsia evidenciou hiperplasia linfóide à custa de células linfóides pequenas difusas. Para auxílio diagnóstico foi efetuado imunofenotipagem que demonstrou presença de linfócitos B anômalos e clonais para cadeia leve Lambda, na frequência de 65% da celularidade total, compatível com doença linfoma de células do manto, confirmado à biópsia de medula óssea. Apresentou melhora do padrão respiratório mediante realização de paracentese de alívio e foi encaminhada para tratamento quimioterápico. Discussão: O padrão histológico de crescimento nodal do linfoma de células do manto pode ser difuso, nodular ou zona do manto, ou ainda uma combinação destes. As células tumorais expressam altos níveis de imunoglobulina M de membrana de superfície e imunoglobulina D, mais frequentemente do tipo de cadeia leve Lambda. Conclusão: O curso do linfoma de células do manto é moderadamente agressivo e variável. A abordagem terapêutica pretende prolongar a sobrevida livre de doença. A paciente desse caso segue com abordagem quimioterápica apresentando resposta relativa.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"85 ","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120877345","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A. Barbosa, Gabriela Fernandes Ribeiro, Carla Caroline Figueira de Oliveira, Jéssyka Viana Valadares Franco, Letícia Clara Pires Campos
Introdução: A COVID-19 é uma infecção viral causada pelo SARS-Cov-2, evolui com processo inflamatório rápido, manifestações respiratórias e alterações hematológicas de origem trombóticas ou hemorrágicas, altera a expressão do gene plaquetário e desencadeia uma hiperreatividade plaquetária. Objetivos: Evidenciar quais os fatores responsáveis pelos eventos hematológicos ligados a COVID-19. Material e métodos: Trata-se de estudo analítico descritivo, utilizando publicações das plataformas PubMed, MedLine, Scielo, os termos COVID-19 e HEMATOLOGIA foram utilizados para as buscas, como critérios utilizou-se os trabalhos publicados nos anos de 2020 e 2021, artigos originais e contendo no título quaisquer alterações hematológicas referentes a doença. Resultados: A pesquisa demonstrou que dos pacientes hospitalizados considerados graves, testado para COVID-19, 3 a 8% apresentaram manifestações hematológicas, dentre elas: tromboembolismo venoso, coagulação intravascular disseminada (CID) e hemorragias. Comparando os paciente com e sem complicações, o grupo de complicações trombóticas apresentou maior D-dímero, fibrinogênio, PCR, ferritina e procalcitonina, o de complicações hemorrágicas apresentou maior procalcitonina, pico de D-dímero, menor contagem de plaquetas. Os mecanismos desencadeantes ainda não estão bem claros, contudo sabe-se que as plaquetas mesmo não expressando o receptor de ligação ao SARS-CoV-2 - ACE2, possuem TLRs, incluindo TLR7, que seria a via de entrada do vírus na célula, alterando o transcriptoma, expressando receptores de selectina-P, levando a ativação plaquetária, juntamente com fatores de coagulação para outras células (monócitos e células T). As respostas hiperreativas são impulsionadas pela ação de tromboxano A2. A CID apareceu na maioria das mortes, o seu desenvolvimento resulta quando monócitos e células endoteliais são ativados e liberam citocinas, expressando fator tecidual e secreção de fator de von Willebrand, dessa forma a circulação de trombina livre, não controlada por anticoagulantes naturais, induz a ativação plaquetária e estimula a fibrinólise O uso de anticoagulação profilática não foi consistente entre os estudos, pois não chegaram a um consenso sobre se a dose profilática padrão ou a anticoagulação para prevenir eventos trombóticos. Conclusão: É necessária melhor compreensão dos riscos hematológicos relacionados a COVID-19 para otimizar as estratégias de diagnóstico e condução sobre prevenção de distúrbios circulatórios decorrentes da doença, investigar e avaliar a eficácia e segurança da tromboprofilaxia.
{"title":"MANIFESTAÇÕES HEMATOLÓGICAS RELACIONADAS À COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"A. Barbosa, Gabriela Fernandes Ribeiro, Carla Caroline Figueira de Oliveira, Jéssyka Viana Valadares Franco, Letícia Clara Pires Campos","doi":"10.51161/hematoclil/73","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/73","url":null,"abstract":"Introdução: A COVID-19 é uma infecção viral causada pelo SARS-Cov-2, evolui com processo inflamatório rápido, manifestações respiratórias e alterações hematológicas de origem trombóticas ou hemorrágicas, altera a expressão do gene plaquetário e desencadeia uma hiperreatividade plaquetária. Objetivos: Evidenciar quais os fatores responsáveis pelos eventos hematológicos ligados a COVID-19. Material e métodos: Trata-se de estudo analítico descritivo, utilizando publicações das plataformas PubMed, MedLine, Scielo, os termos COVID-19 e HEMATOLOGIA foram utilizados para as buscas, como critérios utilizou-se os trabalhos publicados nos anos de 2020 e 2021, artigos originais e contendo no título quaisquer alterações hematológicas referentes a doença. Resultados: A pesquisa demonstrou que dos pacientes hospitalizados considerados graves, testado para COVID-19, 3 a 8% apresentaram manifestações hematológicas, dentre elas: tromboembolismo venoso, coagulação intravascular disseminada (CID) e hemorragias. Comparando os paciente com e sem complicações, o grupo de complicações trombóticas apresentou maior D-dímero, fibrinogênio, PCR, ferritina e procalcitonina, o de complicações hemorrágicas apresentou maior procalcitonina, pico de D-dímero, menor contagem de plaquetas. Os mecanismos desencadeantes ainda não estão bem claros, contudo sabe-se que as plaquetas mesmo não expressando o receptor de ligação ao SARS-CoV-2 - ACE2, possuem TLRs, incluindo TLR7, que seria a via de entrada do vírus na célula, alterando o transcriptoma, expressando receptores de selectina-P, levando a ativação plaquetária, juntamente com fatores de coagulação para outras células (monócitos e células T). As respostas hiperreativas são impulsionadas pela ação de tromboxano A2. A CID apareceu na maioria das mortes, o seu desenvolvimento resulta quando monócitos e células endoteliais são ativados e liberam citocinas, expressando fator tecidual e secreção de fator de von Willebrand, dessa forma a circulação de trombina livre, não controlada por anticoagulantes naturais, induz a ativação plaquetária e estimula a fibrinólise O uso de anticoagulação profilática não foi consistente entre os estudos, pois não chegaram a um consenso sobre se a dose profilática padrão ou a anticoagulação para prevenir eventos trombóticos. Conclusão: É necessária melhor compreensão dos riscos hematológicos relacionados a COVID-19 para otimizar as estratégias de diagnóstico e condução sobre prevenção de distúrbios circulatórios decorrentes da doença, investigar e avaliar a eficácia e segurança da tromboprofilaxia.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"189 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116394610","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Vinicyus Eduardo Melo Amorim, Ana Cecília Araújo Cabral
Introdução: O transplante de medula óssea consiste na substituição de uma medula deficitária por outra com células normais, objetivando uma reconstituição hematopoiética. É na medula óssea que se localizam as células-tronco, responsáveis pela geração de todo o sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). A chance de encontrar um doador compatível não aparentado é de um entre 100.000 habitantes, por isso, quanto maior o número de doadores cadastrados, mais rápido indivíduos compatíveis poderão ser achados para atender a enorme lista de espera. Percebe-se, no entanto, que a pandemia dificultou as doações, principalmente pelo distanciamento social, redução de campanhas e serviços de saúde desprevenidos para agir neste cenário atípico, reduzindo o número de novos doadores cadastrados, significativamente, comparado aos anos anteriores. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo avaliar como a pandemia da COVID-19 influencia nos indicadores epidemiológicos de doação de medula óssea, assim como identificar as principais causas operacionais que levam a redução de novos doadores cadastrados. Material e métodos: Este estudo teve como base artigos de plataformas literárias como PUBMED e BVS, assim como dados epidemiológicos coletados nas plataformas digitais de órgãos federais, dentre elas, REDOME, SBTMO, ABRALE e Ministério da Saúde. Resultados: Notou-se uma redução de 46,92% do número de doadores novos cadastrados em 2021 em relação a 2019, sobretudo nos picos da pandemia. Existem 108 hemocentros espalhados pelo país responsáveis pela coleta de medula óssea e 13 bancos coletores de cordões umbilicais, entretanto, todos os estados foram impactados com o baixo número de doadores devido às medidas de distanciamento social, cuidados com a COVID-19 e carência de informações sobre dúvidas e receios da população pela redução de campanhas integrativas. Conclusão: Conclui-se que a pandemia gerou impactos severos na redução de doadores de medula óssea, principalmente pelas medidas restritivas e mudanças de foco no período pandêmico, prejudicando a qualidade de vida e atrasando a cura de vários pacientes que esperam na fila um doador compatível entre milhares.
{"title":"IMPACTO DA PANDEMIA DA COVID-19 NOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS DE DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA","authors":"Vinicyus Eduardo Melo Amorim, Ana Cecília Araújo Cabral","doi":"10.51161/hematoclil/49","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/49","url":null,"abstract":"Introdução: O transplante de medula óssea consiste na substituição de uma medula deficitária por outra com células normais, objetivando uma reconstituição hematopoiética. É na medula óssea que se localizam as células-tronco, responsáveis pela geração de todo o sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). A chance de encontrar um doador compatível não aparentado é de um entre 100.000 habitantes, por isso, quanto maior o número de doadores cadastrados, mais rápido indivíduos compatíveis poderão ser achados para atender a enorme lista de espera. Percebe-se, no entanto, que a pandemia dificultou as doações, principalmente pelo distanciamento social, redução de campanhas e serviços de saúde desprevenidos para agir neste cenário atípico, reduzindo o número de novos doadores cadastrados, significativamente, comparado aos anos anteriores. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo avaliar como a pandemia da COVID-19 influencia nos indicadores epidemiológicos de doação de medula óssea, assim como identificar as principais causas operacionais que levam a redução de novos doadores cadastrados. Material e métodos: Este estudo teve como base artigos de plataformas literárias como PUBMED e BVS, assim como dados epidemiológicos coletados nas plataformas digitais de órgãos federais, dentre elas, REDOME, SBTMO, ABRALE e Ministério da Saúde. Resultados: Notou-se uma redução de 46,92% do número de doadores novos cadastrados em 2021 em relação a 2019, sobretudo nos picos da pandemia. Existem 108 hemocentros espalhados pelo país responsáveis pela coleta de medula óssea e 13 bancos coletores de cordões umbilicais, entretanto, todos os estados foram impactados com o baixo número de doadores devido às medidas de distanciamento social, cuidados com a COVID-19 e carência de informações sobre dúvidas e receios da população pela redução de campanhas integrativas. Conclusão: Conclui-se que a pandemia gerou impactos severos na redução de doadores de medula óssea, principalmente pelas medidas restritivas e mudanças de foco no período pandêmico, prejudicando a qualidade de vida e atrasando a cura de vários pacientes que esperam na fila um doador compatível entre milhares.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116499738","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}