Juliandre Agostini, Guilherme Taioqui Fioruci, H. Rocha, Letícia Vieira Senger, R.F.M. Rosa
Introdução: A síndrome de Turner (ST) é uma condição genética caracterizada por retardo de crescimento e hipogonadismo. Objetivos: Relatar uma paciente com ST que apresentou trombose de veia porta, chamando atenção para a sua possível relação com complicações tromboembólicas. Material e métodos: Realizamos a descrição do caso, juntamente com uma revisão da literatura. Os dados da paciente foram obtidos através da revisão do seu prontuário. Nele, buscou-se por dados clínicos e de exames complementares. A revisão da literatura foi realizada utilizando-se o banco de dados do PubMed/MEDLINE e descritores do Mesh. O período de revisão incluiu os últimos 15 anos, sendo que foram considerados apenas trabalhos cujo idioma era o português e/ou inglês. O período total de realização do trabalho foi de cerca de 1 mês. Resultados: A paciente veio encaminhada para avaliação devido à baixa estatura. Ela era a primeira filha de uma mãe jovem. Nasceu de parto normal, a termo, pesando 2760 g e medindo 46 cm. A criança evoluiu com adequado desenvolvimento neuropsicomotor. Aos 4 anos, apresentou vômitos com sangue e recebeu o diagnóstico de trombose de veia porta. Aos 8 anos, notou-se a baixa estatura. Nesta época, verificou-se estatura de 116,5 cm. Conclusão: Relatos da literatura sugerem que complicações tromboembólicas podem estar presentes em indivíduos com a ST. Alguns pacientes apresentariam um balanço hemostático não favorável, que poderia contribuir para um risco aumentado de trombose, incluindo a da veia porta, como observado em nosso caso.
{"title":"TROMBOSE DE VEIA PORTA EM UMA PACIENTE COM SÍNDROME DE TURNER","authors":"Juliandre Agostini, Guilherme Taioqui Fioruci, H. Rocha, Letícia Vieira Senger, R.F.M. Rosa","doi":"10.51161/hematoclil/83","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/83","url":null,"abstract":"Introdução: A síndrome de Turner (ST) é uma condição genética caracterizada por retardo de crescimento e hipogonadismo. Objetivos: Relatar uma paciente com ST que apresentou trombose de veia porta, chamando atenção para a sua possível relação com complicações tromboembólicas. Material e métodos: Realizamos a descrição do caso, juntamente com uma revisão da literatura. Os dados da paciente foram obtidos através da revisão do seu prontuário. Nele, buscou-se por dados clínicos e de exames complementares. A revisão da literatura foi realizada utilizando-se o banco de dados do PubMed/MEDLINE e descritores do Mesh. O período de revisão incluiu os últimos 15 anos, sendo que foram considerados apenas trabalhos cujo idioma era o português e/ou inglês. O período total de realização do trabalho foi de cerca de 1 mês. Resultados: A paciente veio encaminhada para avaliação devido à baixa estatura. Ela era a primeira filha de uma mãe jovem. Nasceu de parto normal, a termo, pesando 2760 g e medindo 46 cm. A criança evoluiu com adequado desenvolvimento neuropsicomotor. Aos 4 anos, apresentou vômitos com sangue e recebeu o diagnóstico de trombose de veia porta. Aos 8 anos, notou-se a baixa estatura. Nesta época, verificou-se estatura de 116,5 cm. Conclusão: Relatos da literatura sugerem que complicações tromboembólicas podem estar presentes em indivíduos com a ST. Alguns pacientes apresentariam um balanço hemostático não favorável, que poderia contribuir para um risco aumentado de trombose, incluindo a da veia porta, como observado em nosso caso.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126906122","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Renata Slowik, Mariana da Cruz Moreira Fogaça, N. N. Valencio, Paloma Sabrina Ribeiro Faria, Tatiane Amorim Coelho
Introdução: A COVID-19 é uma síndrome respiratória causada pelo SARS-CoV-2 e em março de 2020 foi declarada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde. As infecções são importantes causas de morbimortalidade no transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) devido ao regime de quimioterapia e seus consequentes efeitos de mielossupressão. Estudos apontam que receptores de TCTH possuem risco moderado-severo de pneumonia por COVID-19 e maior mortalidade se comparados à população em geral. Diante disso, diretrizes foram publicados para prover assistência na decisão médica. Mesmo assim, houve redução nos TCTH não-aparentados realizados no Brasil. Objetivo: Analisar retrospectivamente impactos e vislumbrar perspectivas dos TCTH diante da pandemia de COVID-19. Material e métodos: Levantamento bibliográfico nas plataformas PubMed e Scielo, com base nos descritores: “impacto”; “COVID-19”, “medula óssea”. Resultados: Há maior risco de mortalidade em receptores de TCTH com COVID-19, chegando a 28% quando comparado a população geral. Vários fatores estão associados: idade avançada, menor tempo de transplante e linfopenia. Não foram observadas diferenças entre os tipos de transplantes, porém o TCTH alogênico parece ser um preditor de gravidade. O RNA-SARS-Cov-2 pode ser encontrado em receptores de TCTH em até 78 dias após o início dos sintomas, indicando que esses pacientes precisam de isolamento prolongado. Mudanças nas estratégias dos serviços do TMO foram necessárias para proteger os receptores e doadores, como as do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, o que diminuiu significativamente o número de internações na enfermaria de TMO no primeiro semestre de 2020 comparado aos anos anteriores, com média de 16% , além de redução em 75% nos atendimentos ambulatoriais. Em contrapartida, o número de transplantes a nível nacional (REDOME) apresentou redução em média de 30% nos anos de 2020-2021 em relação a 2019. Conclusão: A COVID-19 pode gerar um impacto negativo no paciente transplantado, uma vez que este permanece imunossuprimido por um longo período, tornando-se vulnerável a infecções. Os estudos sobre o impacto direto dessa infecção não são conclusivos, portanto, é necessário se atentar aos cuidados adotados para diminuir o risco de contaminação e seguir as diretrizes para a realização dos transplantes durante a pandemia.
{"title":"IMPACTO E PERSPECTIVAS DA COVID-19 NOS TRANSPLANTES DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS","authors":"Renata Slowik, Mariana da Cruz Moreira Fogaça, N. N. Valencio, Paloma Sabrina Ribeiro Faria, Tatiane Amorim Coelho","doi":"10.51161/hematoclil/55","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/55","url":null,"abstract":"Introdução: A COVID-19 é uma síndrome respiratória causada pelo SARS-CoV-2 e em março de 2020 foi declarada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde. As infecções são importantes causas de morbimortalidade no transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) devido ao regime de quimioterapia e seus consequentes efeitos de mielossupressão. Estudos apontam que receptores de TCTH possuem risco moderado-severo de pneumonia por COVID-19 e maior mortalidade se comparados à população em geral. Diante disso, diretrizes foram publicados para prover assistência na decisão médica. Mesmo assim, houve redução nos TCTH não-aparentados realizados no Brasil. Objetivo: Analisar retrospectivamente impactos e vislumbrar perspectivas dos TCTH diante da pandemia de COVID-19. Material e métodos: Levantamento bibliográfico nas plataformas PubMed e Scielo, com base nos descritores: “impacto”; “COVID-19”, “medula óssea”. Resultados: Há maior risco de mortalidade em receptores de TCTH com COVID-19, chegando a 28% quando comparado a população geral. Vários fatores estão associados: idade avançada, menor tempo de transplante e linfopenia. Não foram observadas diferenças entre os tipos de transplantes, porém o TCTH alogênico parece ser um preditor de gravidade. O RNA-SARS-Cov-2 pode ser encontrado em receptores de TCTH em até 78 dias após o início dos sintomas, indicando que esses pacientes precisam de isolamento prolongado. Mudanças nas estratégias dos serviços do TMO foram necessárias para proteger os receptores e doadores, como as do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, o que diminuiu significativamente o número de internações na enfermaria de TMO no primeiro semestre de 2020 comparado aos anos anteriores, com média de 16% , além de redução em 75% nos atendimentos ambulatoriais. Em contrapartida, o número de transplantes a nível nacional (REDOME) apresentou redução em média de 30% nos anos de 2020-2021 em relação a 2019. Conclusão: A COVID-19 pode gerar um impacto negativo no paciente transplantado, uma vez que este permanece imunossuprimido por um longo período, tornando-se vulnerável a infecções. Os estudos sobre o impacto direto dessa infecção não são conclusivos, portanto, é necessário se atentar aos cuidados adotados para diminuir o risco de contaminação e seguir as diretrizes para a realização dos transplantes durante a pandemia.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127840106","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Anna Luísa Lipinski, Davi Carboni, Eduarda Negrini, Bianca Schemberk Chamma, D. Borges
Introdução: A leucemia é uma neoplasia maligna, que pode estar associadas a anemias, infecções, hemorragias e infiltração de órgãos. As manifestações oculares são o terceiro local extra-medular mais acometido em pacientes diagnosticados com leucemias agudas. Embora todos os segmentos oculares possam ser afetados, alguns sinais oftalmológicos podem preceder as características sistêmicas, proporcionado um diagnóstico precoce, melhor manejo e bem-estar dos pacientes. Objetivos: Relatar um caso de leucemia linfoide aguda (LLA) com apresentação de alterações oftalmológicas no início do quadro. Destacar a relevância da investigação interdisciplinar para correto manejo terapêutico de pacientes. Material e métodos: Análise criteriosa do prontuário de paciente ao longo de um período de quatro meses, discussão com equipe de hematologia e oftalmologia de hospital em Curitiba para melhor manejo clínico. Resultados: Paciente masculino, cinquenta e cinco anos, veio a consulta ambulatorial oftalmológica com quadro de quemose e hiperemia conjuntival em olho direito, baixa da acuidade visual, diplopia, pupilas fixas, impossibilidade de fechamento palpebral, ptose e redução da mobilidade ocular. Subsequentemente foi constatada a presença de linfonodomegalia submandibular direita, emagrecimento, sudorese e adinamia em fevereiro de 2021. Posteriormente o paciente foi diagnosticado com LLA e síndrome lise tumoral, e recebeu encaminhamento para oncologia, onde foi solicitado imunofenotipagem de sg periférico. Apresentou melhora gradual recebendo alta hospitalar em abril de 2021. Evolui com acometimento renal, linfonodal, cardíaco e pulmonar. Em maio de 2021, compareceu ao pronto socorro devido queixa em vias aéreas superiores, durante tratamento quimioterápico, que resultaram no óbito do paciente. Conclusão: O envolvimento conjuntival é a forma mais frequente de manifestação ocular em pacientes com leucemias linfocíticas, portanto, é imprescindível que seja valorizado e desperte o alerta para essa patologia. Destaca-se a importância de uma propedêutica direcionada em casos de alterações oculares atípicas, que podem ser a primeira manifestação de doenças sistêmicas graves.
{"title":"INFILTRAÇÃO CONJUNTIVAL COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DE LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA: RELATO DE CASO","authors":"Anna Luísa Lipinski, Davi Carboni, Eduarda Negrini, Bianca Schemberk Chamma, D. Borges","doi":"10.51161/hematoclil/86","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/86","url":null,"abstract":"Introdução: A leucemia é uma neoplasia maligna, que pode estar associadas a anemias, infecções, hemorragias e infiltração de órgãos. As manifestações oculares são o terceiro local extra-medular mais acometido em pacientes diagnosticados com leucemias agudas. Embora todos os segmentos oculares possam ser afetados, alguns sinais oftalmológicos podem preceder as características sistêmicas, proporcionado um diagnóstico precoce, melhor manejo e bem-estar dos pacientes. Objetivos: Relatar um caso de leucemia linfoide aguda (LLA) com apresentação de alterações oftalmológicas no início do quadro. Destacar a relevância da investigação interdisciplinar para correto manejo terapêutico de pacientes. Material e métodos: Análise criteriosa do prontuário de paciente ao longo de um período de quatro meses, discussão com equipe de hematologia e oftalmologia de hospital em Curitiba para melhor manejo clínico. Resultados: Paciente masculino, cinquenta e cinco anos, veio a consulta ambulatorial oftalmológica com quadro de quemose e hiperemia conjuntival em olho direito, baixa da acuidade visual, diplopia, pupilas fixas, impossibilidade de fechamento palpebral, ptose e redução da mobilidade ocular. Subsequentemente foi constatada a presença de linfonodomegalia submandibular direita, emagrecimento, sudorese e adinamia em fevereiro de 2021. Posteriormente o paciente foi diagnosticado com LLA e síndrome lise tumoral, e recebeu encaminhamento para oncologia, onde foi solicitado imunofenotipagem de sg periférico. Apresentou melhora gradual recebendo alta hospitalar em abril de 2021. Evolui com acometimento renal, linfonodal, cardíaco e pulmonar. Em maio de 2021, compareceu ao pronto socorro devido queixa em vias aéreas superiores, durante tratamento quimioterápico, que resultaram no óbito do paciente. Conclusão: O envolvimento conjuntival é a forma mais frequente de manifestação ocular em pacientes com leucemias linfocíticas, portanto, é imprescindível que seja valorizado e desperte o alerta para essa patologia. Destaca-se a importância de uma propedêutica direcionada em casos de alterações oculares atípicas, que podem ser a primeira manifestação de doenças sistêmicas graves.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127567676","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Carine Pimenta Maurício Dantas Tostes, Kelly Costa de Almeida, C. Carvalho, Gustavo Manso Fernandes, Aislan Cristina R. F.Pascoal
INTRODUÇÃO: A leucemia mielóide crônica (LMC) é uma neoplasia mieloproliferativa relacionada à presença do gene de fusão BCR-ABL. É originada de uma célula-tronco hematopoiética anormal, que se caracteriza, como suas contrapartes normais. OBJETIVO: Avaliar o efeito do uso da hidroxiureia e mesilato de imatulibe nos parâmetros hematológicos em paciente diagnosticado com LMC. MATERIAL E MÉTODOS: Avaliação dos hemogramas realizados pelo paciente, após introdução das medicações. RESULTADOS: Paciente do sexo masculino, 57 anos, procurou auxílio médico após apresentar episódios recorrentes de cansaço, tontura, mal estar e dores abdominais. Dentre os diversos exames solicitados, em 23/08/21 os achados no hemograma apresentaram alterações consideráveis como leucometria de 40.820, com identificação de células jovens e trombocitose de 772.000/ mm³. Em relação à série vermelha foi evidenciada a presença de policromasia discreta, sendo encontrados 2 eritroblastos/100 células. O paciente foi encaminhado para hematologia oncológica, onde foi solicitado hemograma e Translocação BCR-ABL QUALITATIVO. Em 20/09/21 o resultado da translocação comprovou a presença de transcrito da fusão BCR-ABL. Perante o exposto, foi iniciado tratamento com hidroxiureia uma vez ao dia, esperava-se que a medicação fosse capaz de causar intercorrências no funcionamento da medula óssea, conseqüentemente a leucopenia em decorrência a mielodepressão. A dose administrada não foi capaz de causar melhoras no quadro. Por decisão médica o tratamento foi alterado para 2 comprimidos ao dia,com isso em 16/11/2021 o leucograma teve queda de 60%, no entanto a trombocitose se manteve, cumprindo o objetivo do uso da hidroxiureia no primeiro momento, que se limita a reduzir a contagem total de leucócitos. Embora tenha ocorrido a redução esperada, diante do quadro de leucocitose que se manteve, o paciente teve a dosagem da medicação aumentada para 4 comprimidos ao dia, como resultado, a leucometria atingiu a normalidade em 30/11/2021,com queda de aproximadamente 85% e plaquetas com redução de 42%. Iniciou-se uma segunda etapa do tratamento, utilizando o mesilato de imatinibe. A imatinibe causa inibição da proteína tirosinoquinase que inibe a atividade da Bcr-Abl. Em 30/12/21, o paciente apresentou taxa de leucometria e plaquetas dentro da normalidade. CONCLUSAO: Paciente apresentou resposta hematológica controlada, com possível remissão da LMC e aumento da sobrevida.
{"title":"O EFEITO DA HIDROXIUREIA E MESILATO DE IMATINIBE NO TRATAMENTO DA LMC: RELATO DE CASO","authors":"Carine Pimenta Maurício Dantas Tostes, Kelly Costa de Almeida, C. Carvalho, Gustavo Manso Fernandes, Aislan Cristina R. F.Pascoal","doi":"10.51161/hematoclil/14","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/14","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: A leucemia mielóide crônica (LMC) é uma neoplasia mieloproliferativa relacionada à presença do gene de fusão BCR-ABL. É originada de uma célula-tronco hematopoiética anormal, que se caracteriza, como suas contrapartes normais. OBJETIVO: Avaliar o efeito do uso da hidroxiureia e mesilato de imatulibe nos parâmetros hematológicos em paciente diagnosticado com LMC. MATERIAL E MÉTODOS: Avaliação dos hemogramas realizados pelo paciente, após introdução das medicações. RESULTADOS: Paciente do sexo masculino, 57 anos, procurou auxílio médico após apresentar episódios recorrentes de cansaço, tontura, mal estar e dores abdominais. Dentre os diversos exames solicitados, em 23/08/21 os achados no hemograma apresentaram alterações consideráveis como leucometria de 40.820, com identificação de células jovens e trombocitose de 772.000/ mm³. Em relação à série vermelha foi evidenciada a presença de policromasia discreta, sendo encontrados 2 eritroblastos/100 células. O paciente foi encaminhado para hematologia oncológica, onde foi solicitado hemograma e Translocação BCR-ABL QUALITATIVO. Em 20/09/21 o resultado da translocação comprovou a presença de transcrito da fusão BCR-ABL. Perante o exposto, foi iniciado tratamento com hidroxiureia uma vez ao dia, esperava-se que a medicação fosse capaz de causar intercorrências no funcionamento da medula óssea, conseqüentemente a leucopenia em decorrência a mielodepressão. A dose administrada não foi capaz de causar melhoras no quadro. Por decisão médica o tratamento foi alterado para 2 comprimidos ao dia,com isso em 16/11/2021 o leucograma teve queda de 60%, no entanto a trombocitose se manteve, cumprindo o objetivo do uso da hidroxiureia no primeiro momento, que se limita a reduzir a contagem total de leucócitos. Embora tenha ocorrido a redução esperada, diante do quadro de leucocitose que se manteve, o paciente teve a dosagem da medicação aumentada para 4 comprimidos ao dia, como resultado, a leucometria atingiu a normalidade em 30/11/2021,com queda de aproximadamente 85% e plaquetas com redução de 42%. Iniciou-se uma segunda etapa do tratamento, utilizando o mesilato de imatinibe. A imatinibe causa inibição da proteína tirosinoquinase que inibe a atividade da Bcr-Abl. Em 30/12/21, o paciente apresentou taxa de leucometria e plaquetas dentro da normalidade. CONCLUSAO: Paciente apresentou resposta hematológica controlada, com possível remissão da LMC e aumento da sobrevida.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"62 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127382763","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Osmar Júnior Da Silva Silva, Matteus Gomes De Oliveira, Luis Felipe da Silva Alves Carneiro, S. B. D. S. Brasil, Josuelem Portela Castro
Introdução: A anemia é comum nos departamentos de emergência, é frequentemente diagnosticada em avaliações laboratoriais e clínicas. Médicos intensivistas tem papel fundamental no diagnóstico e manejo da anemia no departamento de emergência. Os sintomas decorrentes da doença são variáveis e muitos são assintomáticos. Poucos pacientes necessitam de intervenção aguda, todavia existem muitas formas de manejo. Objetivos: descrever suscintamente as alternativas para transfusão sanguínea na anemia no departamento de emergência. Material e métodos: Foram utilizados a base de dados Pubmed e os descritores "Anemia" e "Emergency". Resultados: aproximadamente 30-40% dos pacientes em Unidades de Terapia Intensiva necessitam de transfusão de células vermelhas. A anemia, ou baixa hemoglobina, é a principal indicação do procedimento segundo profissionais intensivistas. As indicações para transfusão sanguínea variaram grandemente no decorrer do tempo. Durante a maior parte do século XX, a indicação mais aceita para transfusão sanguínea foi de valores de hemoglobina < 10mg/dL ou hematócrito de 30%. Há mais de duas décadas a indicação geral para transfusão sanguínea na Unidade de terapia intensiva é para hemoglobina <7mg/dL. Esse valor foi estabelecido pois não se verificou aumento da mortalidade dos pacientes com valores <9mg/dL quando comparado ao parâmetro anterior de 10mg/dL. É válido ressaltar que o a indicação de transfusão pode mudar de acordo com a origem da anemia. Conclusão: As indicações para transfusão sanguínea nas Unidades de Terapia Intensiva são de suma importância para o correto tratamento das anemias. A literatura à respeito é abrangente e é necessário que os estudos sejam cada vez mais precisos e abrangentes.
{"title":"INDICAÇÕES PARA TRANSFUSÃO SANGUÍNEA NO DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA: UM BREVE RESUMO","authors":"Osmar Júnior Da Silva Silva, Matteus Gomes De Oliveira, Luis Felipe da Silva Alves Carneiro, S. B. D. S. Brasil, Josuelem Portela Castro","doi":"10.51161/hematoclil/120","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/120","url":null,"abstract":"Introdução: A anemia é comum nos departamentos de emergência, é frequentemente diagnosticada em avaliações laboratoriais e clínicas. Médicos intensivistas tem papel fundamental no diagnóstico e manejo da anemia no departamento de emergência. Os sintomas decorrentes da doença são variáveis e muitos são assintomáticos. Poucos pacientes necessitam de intervenção aguda, todavia existem muitas formas de manejo. Objetivos: descrever suscintamente as alternativas para transfusão sanguínea na anemia no departamento de emergência. Material e métodos: Foram utilizados a base de dados Pubmed e os descritores \"Anemia\" e \"Emergency\". Resultados: aproximadamente 30-40% dos pacientes em Unidades de Terapia Intensiva necessitam de transfusão de células vermelhas. A anemia, ou baixa hemoglobina, é a principal indicação do procedimento segundo profissionais intensivistas. As indicações para transfusão sanguínea variaram grandemente no decorrer do tempo. Durante a maior parte do século XX, a indicação mais aceita para transfusão sanguínea foi de valores de hemoglobina < 10mg/dL ou hematócrito de 30%. Há mais de duas décadas a indicação geral para transfusão sanguínea na Unidade de terapia intensiva é para hemoglobina <7mg/dL. Esse valor foi estabelecido pois não se verificou aumento da mortalidade dos pacientes com valores <9mg/dL quando comparado ao parâmetro anterior de 10mg/dL. É válido ressaltar que o a indicação de transfusão pode mudar de acordo com a origem da anemia. Conclusão: As indicações para transfusão sanguínea nas Unidades de Terapia Intensiva são de suma importância para o correto tratamento das anemias. A literatura à respeito é abrangente e é necessário que os estudos sejam cada vez mais precisos e abrangentes.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"71 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133634264","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) representa 14% das ocorrências de leucemia. Sua etiologia é relacionada a translocação 9:22 (cromossomo Filadélfia positivo). Assim, os tratamentos atuais para LMC vêm se mostrando promissores no incremento da sobrevida do paciente, a eles será dado foco neste resumo. Objetivos: Analisar as recomendações europeias para manejo da LMC e descrever os fármacos de primeira geração para tratamento da LMC. Material e métodos: O resumo sucedeu uma revisão da literatura mediante fontes qualitativas e ensaios clínicos. Nesse sentido, as bases de dados utilizadas para a pesquisa do material foram PebMed e Clinicalkey. Resultados: Enquanto monitoramento da LMC, doravante é recomendada a realização de hemograma quinzenal até a resposta hematológica ser atingida. PCR quantitativo para BCR-ABL é recomendado a cada três meses. Alvo terapêutico: 3 meses: ≤10%; 6 meses: ≤1%; 12 meses: ≤0,1%; Qualquer momento da evolução: ≤ 0,1%. Assim, o tratamento de primeira linha inclui os seguintes fármacos: Imatinibe: Dose padrão: 400mg 1x/dia. Em fase crônica o indivíduo é intolerante à dose padrão, em boa resposta reduz-se para 300mg/dia. Não possui contraindicação, todavia, pacientes portadores de insuficiência cardíaca e disfunção renal necessitam de acompanhamento. Desatinibe: Dose padrão: 100mg 1x/dia em fase crônica 70mg 2x/dia nas demais fases. Apresenta toxicidade pleuropulmonar. O principal efeito adverso é a ocorrência de derrame pleural, atenção a idosos e portadores de comorbidades. Nilotinibe: Dose padrão: 300mg 2x/dia na fase crônica 400mg 2x/dia nas demais fases. Os principais efeitos adversos graves são cardiovasculares e pancreatite. Conclusão: O tratamento é efetivo em grande parte dos casos, porém a particularidade do paciente deve sempre ser levada em conta.
{"title":"RECOMENDAÇÕES FARMACOLÓGICAS PARA TRATAMENTO DE LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA","authors":"L. M. D. Lima, Cássia Bassetto Lorenzoni","doi":"10.51161/hematoclil/51","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/51","url":null,"abstract":"Introdução: A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) representa 14% das ocorrências de leucemia. Sua etiologia é relacionada a translocação 9:22 (cromossomo Filadélfia positivo). Assim, os tratamentos atuais para LMC vêm se mostrando promissores no incremento da sobrevida do paciente, a eles será dado foco neste resumo. Objetivos: Analisar as recomendações europeias para manejo da LMC e descrever os fármacos de primeira geração para tratamento da LMC. Material e métodos: O resumo sucedeu uma revisão da literatura mediante fontes qualitativas e ensaios clínicos. Nesse sentido, as bases de dados utilizadas para a pesquisa do material foram PebMed e Clinicalkey. Resultados: Enquanto monitoramento da LMC, doravante é recomendada a realização de hemograma quinzenal até a resposta hematológica ser atingida. PCR quantitativo para BCR-ABL é recomendado a cada três meses. Alvo terapêutico: 3 meses: ≤10%; 6 meses: ≤1%; 12 meses: ≤0,1%; Qualquer momento da evolução: ≤ 0,1%. Assim, o tratamento de primeira linha inclui os seguintes fármacos: Imatinibe: Dose padrão: 400mg 1x/dia. Em fase crônica o indivíduo é intolerante à dose padrão, em boa resposta reduz-se para 300mg/dia. Não possui contraindicação, todavia, pacientes portadores de insuficiência cardíaca e disfunção renal necessitam de acompanhamento. Desatinibe: Dose padrão: 100mg 1x/dia em fase crônica 70mg 2x/dia nas demais fases. Apresenta toxicidade pleuropulmonar. O principal efeito adverso é a ocorrência de derrame pleural, atenção a idosos e portadores de comorbidades. Nilotinibe: Dose padrão: 300mg 2x/dia na fase crônica 400mg 2x/dia nas demais fases. Os principais efeitos adversos graves são cardiovasculares e pancreatite. Conclusão: O tratamento é efetivo em grande parte dos casos, porém a particularidade do paciente deve sempre ser levada em conta.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117212843","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
L. Silva, J. G. Barreto, Cristiano Guilherme Alves de Oliveira, Sandra Chalhub De Oliveira
Introdução: Existe um grande número de hemoglobinas anormais, as quais compreendem um grupo de distúrbios hereditários que afetam os genes que codificam as cadeias globínicas alfa (α) e beta (β) da molécula de hemoglobina. Os portadores do traço falciforme são clínica e hematologicamente saudáveis, portanto aptos à doação de sangue. Objetivo: Avaliar a prevalência de traço falcemico em doadores de sangue na região Norte do Estado do Rio de Janeiro. Materiais e métodos: A metodologia empregada foi pesquisa com caráter exploratório de natureza retrospectiva baseada em informações do banco de dados do Hemocentro Regional de Campos dos Goytacazes/RJ, abrangendo o período de 2004 à 2020. Resultados: Foram avaliados um total de 167.215 amostras de ambos os sexos, onde 4.992 amostras foram positivas, representando 2,99% para o traço falciforme (HbS), o que comparado com dados publicados de pesquisas em outras regiões do Brasil no mesmo período, observa-se que obtivemos na presente pesquisa valores que chegam ao dobro do percentual encontrado nas demais regiões brasileiras. Os resultados demostram um número considerável de doadores portadores de traço falcêmico, o que também reflete como o traço falcêmico encontra-se presente na população brasileira, demonstrando a importância da atenção nos serviços de hemoterapia, para as unidades de hemocomponentes oriundos de doadores portadores de traço falcêmico, no intuito de promover a sua adequada utilização transfusional. Conclusão: Através da presente pesquisa foi possível estimar a incidência de traço falcêmico em 2,99% da população de doadores do Hemocentro Regional de Campos – RJ, o que reflete uma realidade da Região Norte Fluminense. Tais fatos demonstram a importância da triagem hematológica na doação sanguínea, e a necessidade de orientação aos portadores de traço da Hbs com aconselhamento genético visando reduzir o risco nascimento de crianças portadoras de doença falciforme, onde estima-se um elevado risco baseado na incidência de traço falcemico na população estudada.
{"title":"PREVALÊNCIA DE TRAÇO FALCEMICO EM DOADORES DE SANGUE NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO RJ","authors":"L. Silva, J. G. Barreto, Cristiano Guilherme Alves de Oliveira, Sandra Chalhub De Oliveira","doi":"10.51161/hematoclil/97","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/97","url":null,"abstract":"Introdução: Existe um grande número de hemoglobinas anormais, as quais compreendem um grupo de distúrbios hereditários que afetam os genes que codificam as cadeias globínicas alfa (α) e beta (β) da molécula de hemoglobina. Os portadores do traço falciforme são clínica e hematologicamente saudáveis, portanto aptos à doação de sangue. Objetivo: Avaliar a prevalência de traço falcemico em doadores de sangue na região Norte do Estado do Rio de Janeiro. Materiais e métodos: A metodologia empregada foi pesquisa com caráter exploratório de natureza retrospectiva baseada em informações do banco de dados do Hemocentro Regional de Campos dos Goytacazes/RJ, abrangendo o período de 2004 à 2020. Resultados: Foram avaliados um total de 167.215 amostras de ambos os sexos, onde 4.992 amostras foram positivas, representando 2,99% para o traço falciforme (HbS), o que comparado com dados publicados de pesquisas em outras regiões do Brasil no mesmo período, observa-se que obtivemos na presente pesquisa valores que chegam ao dobro do percentual encontrado nas demais regiões brasileiras. Os resultados demostram um número considerável de doadores portadores de traço falcêmico, o que também reflete como o traço falcêmico encontra-se presente na população brasileira, demonstrando a importância da atenção nos serviços de hemoterapia, para as unidades de hemocomponentes oriundos de doadores portadores de traço falcêmico, no intuito de promover a sua adequada utilização transfusional. Conclusão: Através da presente pesquisa foi possível estimar a incidência de traço falcêmico em 2,99% da população de doadores do Hemocentro Regional de Campos – RJ, o que reflete uma realidade da Região Norte Fluminense. Tais fatos demonstram a importância da triagem hematológica na doação sanguínea, e a necessidade de orientação aos portadores de traço da Hbs com aconselhamento genético visando reduzir o risco nascimento de crianças portadoras de doença falciforme, onde estima-se um elevado risco baseado na incidência de traço falcemico na população estudada.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132866025","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Juliane Cristina Zanella, J. Silveira, Weverson Luis Monteiro Lima
Introdução: O sangue alogênico é um recurso terapêutico, que apesar do incentivo para doação, se torna escasso com facilidade. Nesse contexto, transfundir com sabedoria se torna uma necessidade e não mais uma opção. Sendo assim, para utilização das bolsas sanguíneas de forma sábia, entra em cena a "Patient Blood Management (PBM)", uma nova abordagem baseada em evidências, multidisciplinar e centrada no paciente que visa otimizar o atendimento daqueles que podem precisar de uma transfusão de sangue. Isso ocorre por meio da transfusão de apenas determinados elementos sanguíneos que são necessários para o paciente, seja nas fases pré-operatória, operatória ou pós-operatória. Objetivos: Avaliar a eficácia, benefícios e contrapontos da PBM através de uma revisão integrativa da literatura. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que buscou artigos na base de dados PUBMED, utilizando o descritor "Patient Blood Management" e os filtros “Ensaios clínicos randomizados“, “Revisão Sistemática”, “meta análise”, “texto completo” e “resumo”. Foram encontrados 26 resultados, dos quais 12 foram selecionados por se adequarem aos objetivos deste estudo. Resultados: Quando comparada ao manejo padrão de transfusão, a PBM mostrou-se eficaz e esteve relacionada a complicações reduzidas, redução de sangramento e da necessidade de transfusão em pessoas submetidas a cirurgias de grande porte. Uma revisão e análise sistemática mostrou que essa terapia, quando guiada por tromboelastografia (TEG), pode melhorar o gerenciamento de produtos sanguíneos e melhorar o tempo de permanência na sala de cirurgia, taxa de sangramento e mortalidade. Por outro lado, uma meta análise concluiu que as intervenções de PBM não tiveram efeito estatisticamente significativo na duração do tratamento ou na redução da mortalidade hospitalar. Conclusão: Tendo em vista o sistema de saúde sobrecarregado e a falta de bolsas de sangue no Brasil, a terapia PBM mostra-se uma solução promissora, segura, e eficaz, que traz melhora para o desfecho clínico dos pacientes e, portanto, merece a atenção dos profissionais da saúde e deve ser implementada o quanto antes pelos hospitais.
{"title":"PATIENT BLOOD MANAGEMENT (PBM): TRANSFUNDINDO COM SABEDORIA, UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Juliane Cristina Zanella, J. Silveira, Weverson Luis Monteiro Lima","doi":"10.51161/hematoclil/151","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/151","url":null,"abstract":"Introdução: O sangue alogênico é um recurso terapêutico, que apesar do incentivo para doação, se torna escasso com facilidade. Nesse contexto, transfundir com sabedoria se torna uma necessidade e não mais uma opção. Sendo assim, para utilização das bolsas sanguíneas de forma sábia, entra em cena a \"Patient Blood Management (PBM)\", uma nova abordagem baseada em evidências, multidisciplinar e centrada no paciente que visa otimizar o atendimento daqueles que podem precisar de uma transfusão de sangue. Isso ocorre por meio da transfusão de apenas determinados elementos sanguíneos que são necessários para o paciente, seja nas fases pré-operatória, operatória ou pós-operatória. Objetivos: Avaliar a eficácia, benefícios e contrapontos da PBM através de uma revisão integrativa da literatura. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que buscou artigos na base de dados PUBMED, utilizando o descritor \"Patient Blood Management\" e os filtros “Ensaios clínicos randomizados“, “Revisão Sistemática”, “meta análise”, “texto completo” e “resumo”. Foram encontrados 26 resultados, dos quais 12 foram selecionados por se adequarem aos objetivos deste estudo. Resultados: Quando comparada ao manejo padrão de transfusão, a PBM mostrou-se eficaz e esteve relacionada a complicações reduzidas, redução de sangramento e da necessidade de transfusão em pessoas submetidas a cirurgias de grande porte. Uma revisão e análise sistemática mostrou que essa terapia, quando guiada por tromboelastografia (TEG), pode melhorar o gerenciamento de produtos sanguíneos e melhorar o tempo de permanência na sala de cirurgia, taxa de sangramento e mortalidade. Por outro lado, uma meta análise concluiu que as intervenções de PBM não tiveram efeito estatisticamente significativo na duração do tratamento ou na redução da mortalidade hospitalar. Conclusão: Tendo em vista o sistema de saúde sobrecarregado e a falta de bolsas de sangue no Brasil, a terapia PBM mostra-se uma solução promissora, segura, e eficaz, que traz melhora para o desfecho clínico dos pacientes e, portanto, merece a atenção dos profissionais da saúde e deve ser implementada o quanto antes pelos hospitais.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"142 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133836750","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Débora Nunes Bellani, Stéfane Santos De Fraga, Guilherme Rodrigues Viana, J. Correia, R.F.M. Rosa
Introdução: A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) é utilizada para manter a perfusão dos tecidos com sangue oxigenado enquanto se aguarda a recuperação do órgão primariamente acometido. O sistema é um circuito fechado de circulação extracorpórea em que o sangue rico em CO2 é retirado do sistema venoso, centrifugado por uma bomba através de uma membrana de oxigenação e retornado oxigenado para o sistema arterial. Objetivo: Descrever um paciente em ECMO, salientando o seu funcionamento e os seus cuidados. Materiais e métodos: Realizou-se a descrição do caso, juntamente com uma revisão da literatura. Resultados: A.G.M.F., 30 anos, previamente hígido, foi hospitalizado na emergência com dor abdominal, dificuldade ventilatória, febre e icterícia. Ele possuía história de queda ao solo na semana anterior à hospitalização. Na tomografia computadorizada de tórax e abdome verificou-se a presença de derrame pleural à direita e hepatoesplenomegalia. Após dezoito dias de hospitalização, o paciente foi admitido na unidade de terapia intensiva (UTI) por quadro de sepse mal controlada, insuficiência renal aguda e piora do padrão ventilatório, necessitando de ventilação mecânica com 100% de FiO2. A equipe da cirurgia torácica instalou dois drenos de tórax bilateralmente, os quais drenaram secreção fétida, de aspecto necrótico. Logo após, a equipe da cirurgia instalou a ECMO. A partir deste momento, iniciou-se a ECMO, além de hemodiálise contínua e controle do tempo de coagulação ativado a cada uma hora. As orientações com a ECMO baseavam-se em evitar mobilização excessiva; deixar os locais de inserção das cânulas descobertos, e cuidados com o manuseio dos equipamentos. Conclusão: A ECMO é uma forma de cuidado assistencial temporário em pacientes adultos com falência cardíaca, pulmonar ou ambas, sendo mais utilizada em pacientes pediátricos ou neonatos. Portanto, a equipe multiprofissional deve ser treinada para a utilização correta desta tecnologia e estar ciente dos seus cuidados, fazendo com que a resposta do paciente seja mais rápida e adequada ao tratamento.
{"title":"OXIGENAÇÃO POR MEMBRANA EXTRACORPÓREA (ECMO): FUNCIONAMENTO E CUIDADOS","authors":"Débora Nunes Bellani, Stéfane Santos De Fraga, Guilherme Rodrigues Viana, J. Correia, R.F.M. Rosa","doi":"10.51161/hematoclil/89","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/89","url":null,"abstract":"Introdução: A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) é utilizada para manter a perfusão dos tecidos com sangue oxigenado enquanto se aguarda a recuperação do órgão primariamente acometido. O sistema é um circuito fechado de circulação extracorpórea em que o sangue rico em CO2 é retirado do sistema venoso, centrifugado por uma bomba através de uma membrana de oxigenação e retornado oxigenado para o sistema arterial. Objetivo: Descrever um paciente em ECMO, salientando o seu funcionamento e os seus cuidados. Materiais e métodos: Realizou-se a descrição do caso, juntamente com uma revisão da literatura. Resultados: A.G.M.F., 30 anos, previamente hígido, foi hospitalizado na emergência com dor abdominal, dificuldade ventilatória, febre e icterícia. Ele possuía história de queda ao solo na semana anterior à hospitalização. Na tomografia computadorizada de tórax e abdome verificou-se a presença de derrame pleural à direita e hepatoesplenomegalia. Após dezoito dias de hospitalização, o paciente foi admitido na unidade de terapia intensiva (UTI) por quadro de sepse mal controlada, insuficiência renal aguda e piora do padrão ventilatório, necessitando de ventilação mecânica com 100% de FiO2. A equipe da cirurgia torácica instalou dois drenos de tórax bilateralmente, os quais drenaram secreção fétida, de aspecto necrótico. Logo após, a equipe da cirurgia instalou a ECMO. A partir deste momento, iniciou-se a ECMO, além de hemodiálise contínua e controle do tempo de coagulação ativado a cada uma hora. As orientações com a ECMO baseavam-se em evitar mobilização excessiva; deixar os locais de inserção das cânulas descobertos, e cuidados com o manuseio dos equipamentos. Conclusão: A ECMO é uma forma de cuidado assistencial temporário em pacientes adultos com falência cardíaca, pulmonar ou ambas, sendo mais utilizada em pacientes pediátricos ou neonatos. Portanto, a equipe multiprofissional deve ser treinada para a utilização correta desta tecnologia e estar ciente dos seus cuidados, fazendo com que a resposta do paciente seja mais rápida e adequada ao tratamento.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123050566","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Vitória Moreira Soares, Maria Clara Tomaz Feijão, A. Teles, Emanuel Cintra Austregésilo Bezerra, Aline Diogo Marinho
Introdução: A Leucemia Neutrofílica Crônica (LNC) é uma neoplasia mieloproliferativa rara, com hipercelularidade de medula. Entretanto, pouco é sabido sobre o aumento na sobrevida para LNC com o uso de IFN-α, inibidor de JAK1/2 e inibidor da MEK. Potencial curativo é expresso apenas com o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), indicado para parte dos casos. Objetivos: Revisar as novas terapias: inibição da JAK-STAT, do MEK e da tirosina quinase, potencialmente vantajosas no manejo clínico da LNC. Material e métodos: Revisão sistemática de artigos originais disponíveis na plataforma PubMed entre 2020 e 2021, ordenados por relevância, acerca do tratamento da LNC. Resultados: Foram encontrados 27 artigos na plataforma, tendo sido selecionados os 7 mais relevantes. Os fármacos têm sido capazes de estabilizar o paciente com melhor qualidade de vida, mas sem potencial curativo e sem aumento da sobrevida. Recentemente, o inibidor da JAK-STAT ruxolitinibe emergiu, como tratamento nos casos de mutação de membrana proximal de CSF3, objetivando citorredução e preparação para o TCTH. Os desafios do emprego deste medicamento são: determinação do período ideal para o uso e benefícios da sua associação ao trametinibe para evitar a resistência. Ademais, o dasatinibe, inibidor da tirosina quinase, e o trametinibe, inibidor seletivo da MEK1/2, estão sendo utilizadas para potencializar o tratamento no caso de associação de mutações. Pacientes portadores de mutação NRAS e CSF3R têm apresentado boa resposta à terapêutica com inibidores de MEK1/2.Nesse sentido, sabe-se que o ruxolitinibe apresenta taxa de resposta de 32%, sendo mais eficaz contra a mutação CSF3R-T618I, mesmo sem evidência de melhora na sobrevida. Já o dasatinibe teve eficácia comprovada em teste in vitro, atuando nos casos de mutação CSF3R, entretanto, os estudos in vivo são incipientes. Conclusão: Portanto, conclui-se que é necessário o desenvolvimento de novas terapias, visando o gene CSF3R, considerado o principal envolvido na carcinogênese da LNC, além da realização de testes com as drogas supramencionadas: ruxolitinibe, dasatinibe e trametinibe, com o fito de elucidar as suas indicações e efeitos.
{"title":"NOVOS TRATAMENTOS DA LEUCEMIA NEUTROFÍLICA CRÔNICA: REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Vitória Moreira Soares, Maria Clara Tomaz Feijão, A. Teles, Emanuel Cintra Austregésilo Bezerra, Aline Diogo Marinho","doi":"10.51161/hematoclil/119","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/119","url":null,"abstract":"Introdução: A Leucemia Neutrofílica Crônica (LNC) é uma neoplasia mieloproliferativa rara, com hipercelularidade de medula. Entretanto, pouco é sabido sobre o aumento na sobrevida para LNC com o uso de IFN-α, inibidor de JAK1/2 e inibidor da MEK. Potencial curativo é expresso apenas com o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), indicado para parte dos casos. Objetivos: Revisar as novas terapias: inibição da JAK-STAT, do MEK e da tirosina quinase, potencialmente vantajosas no manejo clínico da LNC. Material e métodos: Revisão sistemática de artigos originais disponíveis na plataforma PubMed entre 2020 e 2021, ordenados por relevância, acerca do tratamento da LNC. Resultados: Foram encontrados 27 artigos na plataforma, tendo sido selecionados os 7 mais relevantes. Os fármacos têm sido capazes de estabilizar o paciente com melhor qualidade de vida, mas sem potencial curativo e sem aumento da sobrevida. Recentemente, o inibidor da JAK-STAT ruxolitinibe emergiu, como tratamento nos casos de mutação de membrana proximal de CSF3, objetivando citorredução e preparação para o TCTH. Os desafios do emprego deste medicamento são: determinação do período ideal para o uso e benefícios da sua associação ao trametinibe para evitar a resistência. Ademais, o dasatinibe, inibidor da tirosina quinase, e o trametinibe, inibidor seletivo da MEK1/2, estão sendo utilizadas para potencializar o tratamento no caso de associação de mutações. Pacientes portadores de mutação NRAS e CSF3R têm apresentado boa resposta à terapêutica com inibidores de MEK1/2.Nesse sentido, sabe-se que o ruxolitinibe apresenta taxa de resposta de 32%, sendo mais eficaz contra a mutação CSF3R-T618I, mesmo sem evidência de melhora na sobrevida. Já o dasatinibe teve eficácia comprovada em teste in vitro, atuando nos casos de mutação CSF3R, entretanto, os estudos in vivo são incipientes. Conclusão: Portanto, conclui-se que é necessário o desenvolvimento de novas terapias, visando o gene CSF3R, considerado o principal envolvido na carcinogênese da LNC, além da realização de testes com as drogas supramencionadas: ruxolitinibe, dasatinibe e trametinibe, com o fito de elucidar as suas indicações e efeitos.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"15 6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124469032","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}